Tópicos | lesbofobia

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) solicitou, nesta segunda-feira (18), que o Conselho Nacional de Direitos Humanos, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, acompanhe as investigações do assassinato da jovem Ana Caroline Sousa Campêlo, de 21 anos. O crime, que é tratado como lesbofobia, aconteceu no dia 10 de dezembro na cidade de Maranhãozinho, no estado do Maranhão.

A vítima, que tinha se mudado recentemente para a cidade para morar com a sua namorada, foi encontrada pelos policiais com a pele do rosto, orelhas, olhos e couro cabeludo arrancados. Segundo a Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), que investiga o caso, o assassinato da mulher é tratado como um crime de ódio.

##RECOMENDA##

Através das redes sociais, Erika Hilton afirmou que "a crueldade evidencia o crime de ódio" e que vai garantir que os "órgãos de fiscalização e defesa dos direitos humanos acompanham as investigações já em curso". "Especialmente após notícias conflitantes de jornais da região, publicadas neste final de semana, se a Polícia Civil está ou não tratando o caso como crime motivado pela lesbofobia, e a notícia de que ainda não há suspeitos", completou.

[#@video@#]

 

A jovem Joelma Figueiredo, de 23 anos, denuncia ter sido alvo de mensagens racistas e lesbofóbicas de um cliente, em Parnaíba, no litoral do Piauí, durante um atendimento virtual. A vítima, que trabalha em uma hamburgueria, expôs mensagens recebidas por meio de um aplicativo, em que um cliente solicita que seu pedido não seja preparado pela funcionária "negra e lésbica". O caso aconteceu no último sábado (12). 

Na conversa divulgada nas redes sociais do estabelecimento, o cliente justifica sua insatisfação com o último pedido e chega a solicitar que o local “entenda seu lado” e que “preserve a imagem” comercial. Ele chega a admitir que é racista e homofóbico e diz ter direito a uma opinião. 

##RECOMENDA##

“Desculpe a pergunta, mas meu hambúrguer poderia ser feito por outra pessoa? Lanchei aí na quarta-feira e vi que meu hambúrguer foi feito por uma pessoa que não é do meu agrado. Ela é lésbica e negra, entenda meu lado. A imagem de vocês em primeiro lugar”, diz o cliente em mensagens. 

Joelma, que é chapeira e trabalha na cozinha, não foi a primeira a ver as mensagens, mas foi alertada pela colega de trabalho, que fica responsável pelas redes sociais e atendimento ao cliente.  

“Tipo de clientes como você não fazemos a mínima questão em nosso estabelecimento. Que o senhor fique sabendo que a ‘negra e lésbica’ é a melhor chapeira da cidade. Vamos na delegacia registrar um B.O. [boletim de ocorrência] contra você”, respondeu a atendente. 

A situação foi comunicada ao proprietário da loja, Bossuet Costa Sales, de acordo com o G1. Dono e funcionárias tentaram prosseguir com o pedido, a fim de conseguir o endereço do cliente, identificado como Roberto Sanches, mas não tiveram sucesso. Segundo Bossuet, a vítima tem recebido mensagens de ódio nas redes sociais após a exposição do caso e tem medo de formalizar a denúncia, mas está sendo acompanhada juridicamente. 

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí manifestou "total repúdio ao fato" e ressaltou que "lesbofobia e racismo são condutas tipificadas como crime". 

Veja na íntegra: 

A Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção de Parnaíba, por meio da Subcomissão da Diversidade Sexual e de Gênero e da Subcomissão da Mulher Advogada, vem a público, externar total repúdio ao fato ocorrido no último sábado (12/03) contra Joelma Figueiredo, funcionária da hamburgueria ‘Alien’s Burguer’ em nossa cidade, que fora vítima de Lesbofobia e Racismo enquanto estava exercendo o seu labor. 

É válido ressaltar que a Lesbofobia e Racismo são condutas tipificadas como crime em nosso ordenamento jurídico e como tal serão tratadas. Todavia é importante frisar que, atitudes dessa natureza são completamente incompatíveis, e absolutamente inaceitáveis no seio de nossa sociedade, que deve prezar pela diversidade, pela democracia, pela justiça e a convivência respeitosa entre todos. Deixamos nosso total apoio e solidariedade à Sra. Joelma Figueiredo e a todos que fazem parte da empresa, ao passo que nos colocamos sempre à disposição para o que se fizer necessário. 

 

Nessa sexta-feira (20) a vereadora Mônica Benício (PSOL-RJ), viúva de Marielle Franco, parlamentar assassinada a tiros em 2018, fez uma denúncia de notícia-crime junto à Polícia Civil do Rio de Janeiro (RJ) após ser vítima de ataques lesbóficos no chat da TV Câmara. Segundo ela, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), também vereador, teria ligação com o crime. As informações são do UOL.

De acordo com o registro feito na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, os insultos aconteceram em meio às sessões dos dias 30 de julho e 5 de agosto na Câmara Municipal. A denúncia aponta que o perfil responsável pelos ataques pode ser do parlamentar Carlos Bolsonaro. A página supostamente criminosa marcou o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em fotos, além de também ter sido marcado pelo vereador em outras postagens.

##RECOMENDA##

Nas redes sociais, Benício enfatizou que não vai tolerar “nenhum tipo de ofensa” que fale de sua orientação sexual, ou de qualquer outro motivo. “A gente veio aqui para dizer que vai ter vereadora sapatão ocupando a Câmara Municipal”, postou a vereadora.

Bruna Linzmeyer abriu a caixinha de perguntas de seu Instagram, nessa quarta-feira (28),  e respondeu dúvidas com a temática “principais questões da comunidade lésbica 2021”, aproveitando para alertar os seguidores a respeito do preconceito sofrido até em consultórios de psicologia. “Eu mesma já vivi anos de lesbofobia dentro de um consultório”, afirmou.

Em um dos desabafos que a atriz recebeu, um seguidor reclamou não haver conversas sobre saúde mental e saúde sexual. Bruna concordou e respondeu revelando ter sofrido preconceito por anos enquanto fazia terapia.

##RECOMENDA##

“Sobre saúde mental, sim. Eu mesma já vivi anos de lesbofobia dentro de um consultório de psicanálise lacaniana. Em tese, terapia não é para ser preconceituosa, mas o mundo é, então, também temos que estar atentas a isso", declarou, antes de fazer o apelo para que se isso acontecer com outras mulheres, não tenham medo de denunciar no Conselho Regional de Psicologia (CRP).

Respondendo sobre o senso comum de que pessoas bissexuais são vetores de DST, Bruna fez questão de lembrar a todos da importância do preservativo. "ISTs e preservativos entre lésbicas e/ou pessoas com vulva são uma imensa questão”, concluiu.

O Núcleo de Pesquisas em Gênero e Masculinidade da Universidade Federal de Pernambuco (Gema-UFPE) está fazendo uma convocação para um “beijaço” na próxima sexta-feira (18), às 21h, no Pátio de Santa Cruz, no centro do Recife. O ato é um protesto contra um episódio de lesbofobia que teria ocorrido no último sábado (12) no Lisbela e Prisioneiros Bar, no bairro da Boa Vista.

De acordo com o Gema, duas mulheres identificadas como Aida e Sophia foram constrangidas por um funcionário do bar enquanto se beijavam. Elas estariam sendo empurradas constantemente, mesmo o estabelecimento não estando lotado.

##RECOMENDA##

Ainda segundo o texto do Gema, um funcionário solicitou que as duas “parassem com aquilo” porque estava causando incômodo no local. O Grupo destaca que qualquer forma de discriminação ao cidadão com base em sua orientação sexual é proibida pela Lei Municipal 16.780, de 2002, conhecida como Lei do Amor Livre. 

Além do Gema, organizam o beijaço o Fórum LGBT de Pernambuco e o coletivo feminista Diadorim.  O LeiaJá não conseguiu entrar em contato com o Lisbela e Prisioneiros Bar. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando