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A vereadora do Rio de Janeiro Monica Benicio (PSOL), viúva de Marielle Franco, vereadora assassinada em 2018, denunciou à polícia do Rio, nessa terça-feira (22), ter recebido pela internet uma ameaça de estupro "corretivo". O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que vai tentar identificar o autor da mensagem.

Segundo Monica, a ameaça chegou no último dia 14, pelo e-mail oficial que utiliza como vereadora. O autor se identifica como Astolfo Bozzônio Rodrigues e diz ser doutor em Psicologia pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

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A vereadora não sabe se essa é a identidade real do autor da ameaça, mas chegou a identificar uma conta vinculada a esse nome na rede social X (antigo Twitter) com publicações homofóbicas.

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A mensagem recebida pela vereadora tem teor lesbofóbico. "Ele diz que ser uma mulher lésbica é uma aberração", relata a vereadora. Segundo o autor da ameaça, o estupro é chamado de corretivo porque teria o efeito de "corrigir" a preferência sexual da vítima. "O e-mail descrevia, inclusive, como seria o crime, algo muito violento não só para uma mulher lésbica, mas para as mulheres como um todo", disse Monica. "É importante que a gente demande sempre que ser lésbica não é uma doença, e o estupro corretivo é crime", enfatizou.

A vereadora contou que recebe ameaças desde 2018, quando se tornou nacionalmente conhecida em função da morte de Marielle, mas esta foi a primeira vez que recebeu mensagem com esse teor de agressividade.

A Polícia Civil tentará identificar de qual computador partiu a mensagem, e quem foi o autor. A princípio, os crimes investigados são racismo, ameaça, intolerância e violência política de gênero.

A vereadora da cidade do Rio de Janeiro, Monica Benicio (PSOL-RJ), viúva de Marielle Franco, em entrevista à coluna de Paulo Cappeli, do Metrópoles, disse que tem esperança de que os acusados do assassinato sejam levados a júri popular ainda este ano.

Monica que foi eleita em 2020, dois anos após a morte de sua companheira, atua na Câmara dos Vereadores do Rio, em prol dos mesmos projetos políticos que eram defendidos por Marielle. Além disso, ultimamente vem comentando assiduamente as atualizações das investigações da PF.

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"Espero que a Polícia Federal e o Ministério Público continuem nesta atuação de cooperação mútua, para levar Ronnie Lessa e Elcio Queiroz ao júri ainda este ano. O pacto do silêncio entre estes assassinos foi rompido. É preciso agir com agilidade e prudência para se chegar às mandantes e suas motivações. Responder quem mandou matar Marielle e por que é fundamental para restabelecermos a democracia do nosso país. Tenho esperança que esse momento está se aproximando”, disse Monica Benicio.

Ela ainda afirmou que a operação da Polícia Federal e do Ministério Público realizada nesta segunda-feira (24) que culminou na prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, renovou sua esperança sobre a finalização do caso. Além disso, ela destacou a importância dos familiares e da sociedade civil, que desde 2018, cobram justiça sobre o caso.

"A atuação da PF nas investigações, em colaboração com o MPRJ, tem sido fundamental. Mas, a luta de nós familiares e da sociedade civil, que formamos uma grande Força-Tarefa, ao longo deste mais 5 anos, é o que tem deixado este caso em evidência”, disse.

Nessa sexta-feira (20) a vereadora Mônica Benício (PSOL-RJ), viúva de Marielle Franco, parlamentar assassinada a tiros em 2018, fez uma denúncia de notícia-crime junto à Polícia Civil do Rio de Janeiro (RJ) após ser vítima de ataques lesbóficos no chat da TV Câmara. Segundo ela, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), também vereador, teria ligação com o crime. As informações são do UOL.

De acordo com o registro feito na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, os insultos aconteceram em meio às sessões dos dias 30 de julho e 5 de agosto na Câmara Municipal. A denúncia aponta que o perfil responsável pelos ataques pode ser do parlamentar Carlos Bolsonaro. A página supostamente criminosa marcou o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em fotos, além de também ter sido marcado pelo vereador em outras postagens.

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Nas redes sociais, Benício enfatizou que não vai tolerar “nenhum tipo de ofensa” que fale de sua orientação sexual, ou de qualquer outro motivo. “A gente veio aqui para dizer que vai ter vereadora sapatão ocupando a Câmara Municipal”, postou a vereadora.

A ativista Mônica Benício (PSOL), viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL) assassinada em 2018, foi eleita para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Mônica foi a 11ª mais votada da cidade e recebeu 22.919 votos válidos.

Nas redes sociais, ela celebrou a eleição. "Agradeço imensamente às mais de 22 mil pessoas que votaram por um futuro mandato feminista e antifascista para a Câmara Municipal do Rio! Vamos transformar essa cidade", escreveu em seu perfil no Twitter. 

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Assim como Marelle, Mônica, que tem 34 anos, nasceu no complexo da Maré e é arquiteta. Durante a campanha, ela levantou as bandeiras defendidas pela psolista assassinada juntamente com o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018. Até hoje os mandantes do crime não foram encontrados pela polícia. Dois ex-policiais estão presos pela execução da parlamentar.  

 

A um dia das eleições municipais, Roger Waters publicou um vídeo em suas redes sociais neste sábado, 14, em que aparece pedindo votos para Monica Benício, viúva de Marielle Franco. "Retire o Brasil dos assassinos e bandidos, dos milicianos, e devolvam-no ao povo", diz, em português, o ex-baixista e líder do Pink Floyd.

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"Vote, vote, vote. E lembre-se, nós estamos com você", diz Waters. Monica está concorrendo a vereadora do Rio pelo PSOL, mesmo partido que elegeu Marielle para a Câmara Municipal, em 2016. Socióloga e ativista de direitos humanos, a ex-vereadora foi assassinada aos 38 anos de idade em uma emboscada no centro da capital fluminense, no dia 14 de março de 2018. "Que emoção!!! O Roger Waters, fundador do Pink Floyd, gravou um depoimento emocionante pedindo para que no domingo os brasileiros retirem o país dos assassinos e o devolvam ao povo", comemorou a candidata.

Essa não é a primeira vez que o líder do Pink Floyd se manifesta sobre a política brasileira. Em maio, Waters participou de uma "live" com Marina Silva e com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, além de outras lideranças políticas.

Ele também tem criticado publicamente Jair Bolsonaro desde antes das eleições presidenciais. Em 2018, durante sua última turnê no Brasil, ele incluiu o nome do presidente em uma lista de pessoas que considera neofascistas e que era exibida nos palcos ao lado da mensagem "Ele Não".

A viúva de Marielle Franco, Monica Benício, acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar "ocultar" tudo o que for relativo à execução da vereadora carioca e do motorista Anderson Gomes.

Em entrevista à ANSA, Benício disse que o mandatário "não tem nenhum compromisso com o esclarecimento" do crime, ocorrido em 14 de março de 2018, em pleno centro do Rio de Janeiro. Segundo a viúva de Marielle, Bolsonaro tenta "apagar e ocultar tudo o que for relativo" ao caso, atrás do qual "se esconde uma trama de milícias".

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"Jair Bolsonaro tentou obstruir a investigação movendo seus fios dentro da Polícia Federal, por isso nos opusemos a que a investigação do assassinato passasse para âmbito federal", afirmou.

Dois acusados de envolvimento com milícias, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, estão presos como principais suspeitos de serem os autores materiais da execução, mas as investigações ainda não chegaram nos mandantes.

"Bolsonaro nunca ocultou sua relação com as milícias, e as milícias estão envolvidas no assassinato, mas até agora não há elementos para afirmar que o presidente tem relação com o assassinato. Não podemos ser levianos nas acusações, temos que esperar as investigações", declarou Benício.

A viúva viajou por diversos países para denunciar a execução de sua companheira. Reuniu-se na Suíça com Michelle Bachelet, comissária da ONU para Direitos Humanos, e com o papa Francisco no Vaticano, acompanhada da mãe de Marielle, Marinete da Silva.

O encontro ocorreu em agosto de 2018, apenas cinco meses depois do crime. "Esse encontro foi muito importante para dar mais força a nossa luta", contou Benício, acrescentando que Francisco foi "muito solidário, demonstrando que é um homem comprometido com a Justiça". 

Da Ansa

A viúva de Marielle Franco, Monica Benício, afirmou que o papa Francisco foi "muito solidário" com a família da ex-vereadora assassinada em março de 2018 em um crime ainda sem solução.

Em entrevista à ANSA, Benício disse que Francisco - o qual recebeu Marinete Silva, a mãe de Marielle, no Vaticano - "demonstrou seu compromisso com a justiça" e que isso "foi muito importante para a nossa luta" pelo esclarecimento do crime.

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"Desse ponto de vista, tenho simpatia pelo Papa. Mesmo que não seja uma católica fervorosa, sinto muito respeito por ele, por suas posições. É muito importante a sua posição em defesa da democracia", acrescentou.

Marielle Franco foi vítima de uma atentado e quatro tiros atingiram em cheio a ex-vereadora. Na ação criminosa, também seu motorista, Anderson Gomes, foi morto e apenas a então assessora parlamentar conseguiu escapar com vida.

Uma semana após o assassinato, o Pontífice telefonou para Marinete Silva para prestar solidariedade e, em agosto de 2018, ela foi para o Vaticano e se reuniu com o líder católico.

"A mãe de Marielle se surpreendeu ao receber o telefonema. Ela é muito católica, assim como Marielle, que foi catequista durante muitos anos na Igreja dos Navegantes na favela da Maré", informou ainda Benício.

Da Ansa

A ativista Mônica Tereza Benício, viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL) que foi executada a tiros junto com seu motorista, Anderson Gomes, na noite de 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro, declarou em entrevista à coluna de Jamil Chade que Jair Bolsonaro (sem partido) age como um imperador ao tentar interferir na Polícia Federal. Apesar da prisão de Ronie Lessa, apontado como atirador, e de Elcio Vieira de Queiroz, motorista do carro de onde partiram os disparos, os motivos e mandantes do crime continuam sem resposta. 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) votará, na próxima quarta-feira (27), para decidir se o caso de Marielle deve ou não ser federalizado. A possibilidade, segundo Mônica, assusta a família, que teme que as investigações passem para a Polícia Federal, diante das últimas notícias sobre possíveis tentativas de intervenção de Bolsonaro na instituição. A família, inclusive, criou o site www.federalizacaonao.org, opondo-se à federalização do caso.

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“Considerando as últimas falas do presidente que colocou publicamente que intervir na Polícia Federal, que pediu interferência no caso da Marielle, que mandou a PF interrogar o suspeito de ser atirador e que tem cópia do inquérito, a maior preocupação é que a PF, que Bolsonaro quer intervir, controlar, comande o caso da Marielle. Ele sempre desrespeitou a memória dela e as bandeiras dela. Temos, portanto, muito medo de que o caso vá para as mãos da PF e que seja conduzido para um final que não tenha compromisso com as verdades do fato. Ou que seja arquivado ou postergado”, disse a viúva da vereadora. 

Mônica afirma ainda que o temor da família não é infundado nem parte de suposições, uma vez que o próprio Bolsonaro afirmou que pediu informações e interferiu nas investigações do caso do assassinato de Marielle e Anderson. 

“Não é uma especulação. Ele declarou isso, que fez uma intervenção, que pediu para a PF fazer uma intervenção no caso. Independente de qual motivo seja, ele não poderia ter feito isso (...) Em muitos episódios já tivemos o nome da família Bolsonaro sendo mencionado nas investigações por alguns motivos. Seja pelo filho 04 ter podido namorar a filha do Roni Lessa, que é o acusado de ser o atirador, seja pelo porteiro. São muitos os fatores que mencionaram o nome da família. Se tem responsabilidade ou não, se tem envolvimento ou não, são as investigações que devem mostrar. Mas é inaceitável que o presidente se comporte como um imperador. E é o que ele tem feito”, disse Mônica. 

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A viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL), Mônica Benício, cobrou neste domingo (9) providências do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, após a divulgação da morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como chefe da milícia "Escritório do Crime", suspeita de envolvimento no assassinato da parlamentar, em março de 2018.

Ao compartilhar a notícia da morte de Nóbrega no Instagram, ela escreveu "Moro, cadê o Queiroz?", em referência a Fabrício Queiroz, amigo de Nóbrega e ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

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Viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL), a ativista Mônica Benício usou o Twitter, nesta quarta-feira (30), para comentar a notícia de que o nome do presidente Jair Bolsonaro (PSL) havia sido citado pelo porteiro do condomínio Condomínio Vivendas da Barra como o dono da casa que Élcio Queiroz, um dos presos pela execução do crime contra Marielle, disse que visitaria na noite do assassinato, em 14 de março de 2018.

Mônica cobrou uma resposta eficaz sobre o crime e disse que "as notícias são estarrecedoras". "Espero que as autoridades competentes investiguem com isenção toda e qualquer pessoa que possa ter algum tipo de implicação na execução de Marielle e Anderson. É uma resposta que o Estado brasileiro deve aos familiares, à sociedade e ao mundo", escreveu. 

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De acordo com a contagem diária que Mônica faz no Twitter, o assassinato de Marielle completou 595 dias hoje. 

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Nessa terça-feira (29), o Jornal Nacional exibiu uma reportagem em que aponta que um dos suspeitos do assassinato, Élcio Queiroz, esteve no Condomínio Vivendas da Barra na noite do crime dizendo que iria para a casa do presidente, que na época era deputado federal. Bolsonaro tem duas casas no local, mas segundo a matéria Élcio foi direto para a casa de Ronie Lessa, também preso e suspeito de envolvimento na morte da vereadora.

Jair Bolsonaro negou qualquer envolvimento no assassinato da psolista. No dia da morte de Marielle Franco, ainda segundo o Jornal Nacional, o presidente estava na Câmara dos Deputados. 

Viúva da vereadora Marielle Franco, a arquiteta Mônica Benício criticou o pedido da ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para federalizar as investigações sobre os mandantes do assassinato da parlamentar que aconteceu em março de 2018, no Rio de Janeiro. 

Mônica disse que Dodge não estabeleceu nenhum diálogo com os familiares de Marielle e do motorista Anderson Gomes, também morto na ocasião, antes de tomar a atitude. 

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“Preocupante e profundamente desrespeitosa a atitude da PGR em pedir a federalização do caso Marielle e Anderson sem NENHUM [sic] diálogo com as famílias”, escreveu Mônica no Twitter.

A solicitação de Dodge foi uma das últimas do seu mandato à frente da PGR. Ela apresentou à Justiça uma denúncia criminal de obstrução das investigações do Rio de Janeiro apontando o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Domingos Inácio Brazão, e mais quatro pessoas como envolvidos no caso.

Brazão é apontado por Dodge como um dos eventuais mandantes do assassinato

Ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot afirmou, nesta segunda-feira (2), que acredita ter algo de "muito errado" com a investigação do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL). Marielle foi assassinada em março de 2018 e até o momento não há um desfecho sobre a investigação no caso. 

Ao compartilhar na manhã de hoje uma reportagem com uma declaração da viúva de Marielle, Mônica Benício, apontando que eles estão há um ano e meio sem respostas e pontuando que havia algo errado nisso, Janot corroborou e disparou: "[existe algo] muiiito erradoooooo mesmo".

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No fim da semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a Justiça do Rio fornecesse as cópias do processo do caso Marielle Franco para a Procuradoria-Geral da República (PGR). O pedido foi feito por Raquel Dodge que fica à frente da PGR até 17 de setembro.

Em entrevista ao LeiaJá no mês de agosto, o ex-ministro da Segurança Pública, na época do assassinato da vereadora, Raul Jungmann disse acreditar que há “interesses poderosos” por trás da não elucidação do crime.

Após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, a viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL), Monica Benício, afirmou que ele “dedicou sua vida a lutar pelos que mais precisam”.

O encontro aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (15). Monica disse que foi bem recebida por Lula e que se sentia privilegiada por poder ir ao encontro do petista. De acordo com ela, Lula a tratou com muito afeto e solidariedade.

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“Assim como Marielle, Lula dedicou sua vida a lutar pelos que mais precisam, pelos direitos da população LGBT, das mulheres, dos negros, dos jovens das periferias do nosso país, por todos aqueles há séculos marginalizados pelo sistema. Em razão de suas posições políticas, minha companheira foi covardemente assassinada. Lula, por sua vez, é vítima da mais cruel perseguição política de que se tem notícia no país”, afirmou Monica à Revista Fórum.

Monica aproveitou o espaço da visita para condenar a postura do presidente Jair Bolsonaro (PSL) diante do caso da vereadora. Segundo ela, o comportamento de Lula sobre o assunto é completamente diferente.

“Enquanto a pessoa que ocupa indevidamente o lugar de presidente se cala diante do brutal assassinato de Marielle, que foi repudiado até pelas mais altas autoridades do planeta, Lula, mesmo encarcerado, acolheu meu luto, alimentou minha perseverança e só fez intensificar minha luta por justiça. Coisas que só um líder é capaz”, disse.

Por fim, Monica utilizou um trecho de uma música de Chico Buarque para lembrar a luta de Marielle e Lula. “Eles não se conheceram, porém estão na mesma trincheira. Junto com eles estamos milhões de pessoas em todos os cantos do Brasil e do mundo que resistem e lutam, porque, como canta Chico Buarque, apesar de você amanhã há de ser um outro dia”, concluiu.

A visita semanal ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, nesta semana, será da viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL), a ativista LGBT Monica Benício.

Monica irá realizar a visita acompanhada do escritor cubano Leonardo Padura, que é autor do livro “O homem que amava os cachorros”. O encontro acontecerá na tarde desta quinta-feira (15).

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A viúva de Marielle tentou, há uma semana, por vezes se reunir com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para debater o caso do assassinato da vereadora, mas o ex-juiz federal não a recebeu.

De acordo com Monica, o comportamento apresentado por Mora é diferente do seu antecessor, o pernambucano Raul Jungmann, que comandava a pasta na época de Michel Temer (MDB) à frente do Planalto.

A ativista afirmou que tem procurado o Ministério em busca da federalização do caso. “Desde as denúncias que circularam na imprensa de supostos entraves nas investigações do caso Marielle, em razão de interesses espúrios, eu procurei as autoridades em nível nacional para pedir a federalização, compreendendo que no estado do Rio de Janeiro o andamento das investigações corria risco”, comentou.

A ativista Mônica Benício, que é viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL) assassinada em março de 2018, afirmou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, tem se recusado a recebê-la para uma reunião sobre o andamento das investigações do caso. Segundo Mônica, a apuração do crime está sob a tutela da Polícia Federal - que é subordinada a Moro - e mesmo após tentar audiências a partir dos assessores do ministro, ela não conseguiu obter sucesso.

“Foram muitas tentativas de solicitação de um pedido para que me recebesse e conversássemos a respeito da investigação, que é de competência da Polícia Federal, sob comando do próprio Moro. No início do mandato, ele declarou que reconhecia que o caso da Marielle era de extrema importância e que era imprescindível para o país que ele fosse solucionado. Depois disso, o ministro silenciou”, disse Mônica, em entrevista ao Correio Braziliense. 

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“Não sei se ele perdeu o interesse, se está com outras coisas para se preocupar neste momento, mas o fato é que não se fala mais nada e, mesmo na época da candidatura, todos os presidenciáveis se manifestaram, com a exceção do atual presidente Jair Bolsonaro, e, até hoje continua assim”, acrescentou.

A viúva de Marielle disse que ao contrário de Moro, o ex-ministro da Justiça, Raul Jungmann, foi solícito e sempre conversou com ela sobre as investigações. Ele deixou o cargo afirmando que o desfecho do crime estava próximo, mas até o momento não há uma conclusão. “Sempre tive com ele um amplo diálogo a respeito das investigações, coisa que o atual ministro se recusa a fazer”, contou Mônica.

Marielle foi morta juntamente com o seu motorista Anderson Gomes. O crime, na ótica de Mônica, é político e ela comentou que vê uma má vontade na solução do caso. 

“O que muito me preocupa, porque obviamente foi um crime político, é que essa má vontade possa ter interesses políticos também a fim de que não seja deliberadamente esclarecido. Então, prefiro acreditar que se for só por uma questão de má vontade, seja pela postura política da Marielle, seja pela minha ligação com o PSOL, a gente pode acreditar que, ainda assim, eles estariam trabalhando de alguma maneira, que pode não ser midiático, mas que queiram solucionar o caso porque, independentemente de qual partido ela pertencia, se era de esquerda ou de direita, ela era uma parlamentar democraticamente eleita, que foi executada num crime político que hoje tem repercussão internacional”, observou.

Após a conclusão da segunda parte da audiência de instrução na qual a Justiça ouviu testemunhas do caso Marielle Franco, a viúva da vereadora, a arquiteta Mônica Benício, disse estar “relativamente otimista” com os rumos da investigação. O processo corre em segredo de justiça e a imprensa não pôde acompanhar os depoimentos.

Marielle foi assassinada no dia 14 de março do ano passado, junto com o motorista Anderson Gomes. Respondem pelos homicídios os ex-policiais Ronnie Lessa (reformado) e Élcio Queiroz (expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro), presos no dia 12 de março deste ano.

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“Estou com confiança de que o processo está caminhando, pra gente fazer a busca por Marielle e Anderson. Obviamente que, no campo pessoal, é muito difícil. Não é uma situação confortável. Enfim, enquanto testemunha, vítima, eu tenho muito pouco a contribuir de fato para isso [as investigações], a não ser os relatos do que era a agenda, o dia a dia da Marielle e de como está esse processo”, disse.

Também foi ouvido nesta sexta-feira (2) o delegado responsável pela primeira fase da investigação, Giniton Lages.

Homenagem

No último sábado (27), dia em que Marielle completaria 40 anos e marco dos 500 dias desde os assassinatos, uma homenagem com ato e shows foi realizada no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro.

A Secretaria Municipal de Urbanismo confirmou que uma comissão analisa a viabilidade de renomear parte da Praça Cardeal Câmara, que liga a Rua dos Arcos e a Avenida Mem de Sá, como Rua Marielle Franco. A rua, onde ficam as casas de show Fundição Progresso e Circo Voador, também será revitalizada.

A ativista Mônica Benício, viúva de Marielle Franco, reclamou, neste sábado (27), do silêncio do Estado brasileiro sobre a morte da vereadora. Marielle faria 40 anos hoje. Ela e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no Rio de Janeiro em março de 2018. Mônica defende que o assassinato seja considerado um crime político. 

 "Eu vivo esse silêncio, que é uma violência para mim e toda sociedade, por meio de uma contagem pública que faço de todos esses dias. Na data de aniversário da Marielle se completam exatos 500 dias sem a minha mulher. 500 dias sem uma resposta do Estado Brasileiro", disparou, em entrevista ao blog do jornalista Jamil Chade. 

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Na avaliação de Mônica, o silêncio sobre quem mandou matar a vereadora "diz muito" e é reflexo da seletividade da Justiça. "Até agora o presidente da República não se manifestou sobre o crime e seu ministro da Justiça ignorou meus pedidos de audiência. Por qual motivo será que isso ocorre?", questionou. 

"Um caso tão importante e emblemático quanto esse se arrasta por mais de um ano enquanto outros são resolvidos em tempo recorde. A minha dor pela perda de minha companheira hoje é proporcional a minha vergonha da Justiça brasileira", acrescentou, dizendo ainda que "é enorme". 

Indagada se acredita no envolvimento de pessoas do alto escalão no crime, ela foi clara: "Eu vivo num país que não precisa ter provas, basta ter convicção. Minha convicção é de que obviamente existe alguém poderoso politicamente responsável por tudo isso." 

Mônica ainda disse que não medirá esforços para cobrar soluções diante do assassinato de Marielle e para descobrir a efetiva motivação do crime.

Na última sexta (19), o Abril pro Rock promoveu um momento inédito na história do festival. Em uma noite com atrações exclusivamente femininas, o evento recebeu a apresentação da banda russa Pussy Riot, vindo pela primeira vez ao país. Conhecidas pelo ativismo político, elas receberam Mônica Benício, viúva da ex-vereadora Marielle Franco, e questionaram sobre sua morte no palco.

Vestidas com uma camiseta com a pergunta "Who Killed Marielle Franco" (Quem matou Marielle Franco), as integrantes do Pussy Riot convidaram Mônica Benício para compartilhar uma fala durante seu show. Também com camiseta que perguntava sobre a morte de sua ex-companheira, Mônica disse: "Eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer". Ela também gritou o nome de Marielle ao que o público respondeu em coro: "Justiça".

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Após o show, Nadya Tolokonnikova, líder das Pussy Riot, falou sobre a presença de Mônica no show delas, no Recife e elogiou sua postura: "Monica é mais que maravilhosa. Como alguém não ia querer ser ativista quando você tem a chance de estar perto de pessoas como ela?".

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Mesmo com a prisão nesta terça-feira (12) de dois suspeitos de matar Marielle Franco, a viúva a vereadora, Mônica Benício, ressaltou que ainda é preciso saber quem é o mandante e qual é a motivação do crime.

“A gente tem que pensar que o mais importante que prender mercenários é responder a questão mais urgente e necessária de todas, que é quem mandou matar a Marielle e qual foi a motivação para o crime. Espero não ter que aguardar mais um ano para ter essa resposta”, disse a viúva.

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Segundo ela, a elucidação do crime e a condenação de todos os envolvidos é um dever do Estado para “todos os que sofrem a perda da Marielle e também à própria democracia”.

O policial reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Queiroz foram presos na manhã de hoje depois de terem sido denunciados pelo Ministério Público pelos assassinatos de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, e pela tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

Ronnie é acusado de ter feito os disparos que atingiram Marielle e Anderson, enquanto Élcio é apontado como o motorista do carro que levava Ronnie. A Polícia Civil ainda não divulgou, portanto, quem é o mandante dos crimes.

Ronnie foi aposentado depois de um atentado a bomba contra ele, que resultou na amputação de uma de suas pernas e que teria sido provocado por uma briga entre facções criminosas.

Élcio Queiroz chegou a ser preso em 2011 na Operação Guilhotina, da Polícia Federal, que apurou o envolvimento de policiais militares com traficantes de drogas e com grupos milicianos. Na época, Queiroz era lotado no Batalhão de Olaria (16º BPM).

Manifestações

A organização não governamental Anistia Internacional divulgou comunicado à imprensa em que ressalta a importância de haver um grupo independente de especialistas para acompanhar o restante das investigações e o processo.

“A organização reitera que ainda há muitas perguntas não respondidas e que as investigações devem continuar até que os autores e os mandantes do assassinato sejam levados à justiça”, diz a nota.

A viúva de Marielle Franco, Mônica Benício, reuniu-se hoje (19), em Genebra, na Suíça, com a alta comissária adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Kate Gilmore, e com a relatora especial da ONU para Execuções Sumárias, Agnes Callamard, para denunciar a falta de respostas sobre o assassinato da vereadora. No último dia 14, completaram-se seis meses da execução de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

Mônica está na Suíça acompanhada de representantes da Redes da Maré, Observatório da Intervenção, Anistia Internacional, e Conectas Direitos Humanos.

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“Em reunião com a ONU, após mais de seis meses sem respostas, denuncio o descaso do governo brasileiro na ausência de justiça frente à execução política de Marielle. Também solicitei apoio internacional, para uma investigação imparcial e sigo afirmando que as autoridades brasileiras estarão com as mãos sujas de sangue até que respondam quem matou e quem mandou matar minha companheira Marielle Franco”, afirmou, em nota, Mônica Benício.

De acordo com as entidades, Kate Gilmore expressou sua solidariedade à viúva de Marielle e se propôs a estabelecer uma interlocução com o Brasil sobre o crime e a situação dos defensores de direitos humanos no país.

Ainda segundo a nota, a relatora da ONU para Execuções Sumárias também manifestou solidariedade à Mônica Benício e “preocupação com a escalada na violência no contexto da militarização da segurança pública no Brasil”.

Nas reuniões, o grupo ainda denunciou violações de direitos no contexto da militarização da segurança pública no Brasil e o aumento dos homicídios provocados pela polícia, informaram as organizações de direitos humanos.

“As denúncias que trouxemos para o Conselho de Direitos Humanos sobre as violações de direitos no contexto da intervenção federal e a falta de respostas sobre o assassinato de Marielle já foram feitas no Brasil. Mas parece que as autoridades brasileiras não estão ouvindo. Falharam em solucionar o caso da Marielle e não implementaram qualquer medida para reduzir os homicídios pela polícia. Diante deste quadro, a mobilização e visibilidade internacional é essencial. E é isso que estamos fazendo aqui”, disse, em nota, Renata Neder, coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional Brasil.

Um dia depois do assassinato de Marielle, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos classificou como “profundamente chocante” o assassinato da vereadora.

No dia 26 de março, especialistas da ONU ligados a questões de direitos humanos e de gênero divulgaram comunicado no qual consideraram “profundamente alarmante” o assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

Em nota, o Itamaraty informou que o Ministério das Relações Exteriores não se manifestará sobre esse tema.

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