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Um dia após o PSL rachar e parte da bancada aderir à candidatura de Arthur Lira (Progressistas-AL) na eleição para o comando da Câmara, o presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE), anunciou uma reunião no próximo dia 12 para discutir o processo de expulsão dos dissidentes. Oficialmente, o partido apoia Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa.

Estão na mira os 20 parlamentares que assinaram a lista de apoio ao líder do Centrão, entre eles Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente Jair Bolsonaro. Lira tem o apoio do Planalto.

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Partido que deu abrigo a Bolsonaro nas eleições de 2018, o PSL enfrenta uma sucessão de brigas internas desde que o presidente se desfiliou, há pouco mais de um ano. Por causa da disputa entre Bolsonaro e Bivar, 17 dos parlamentares que agora podem ser expulsos já estavam suspensos. Além de Eduardo, a lista inclui Major Vitor Hugo (GO), Bia Kicis (DF) e Carla Zambelli (SP).

O grupo já havia sido notificado por ter apoiado candidatos adversários nas eleições municipais. A adesão à campanha de Lira, na avaliação da cúpula do partido, foi a "gota d'água".

O novo embate ocorreu após Vitor Hugo, ex-líder do governo na Câmara, divulgar nesta quinta-feira, 7, uma lista assinada por 32 dos 52 deputados do PSL em favor de Lira. O deputado disse que os parlamentares não aceitam participar do bloco de Baleia, que inclui partidos de esquerda. "Era um absurdo que o PSL traísse seus eleitores e se ligasse a um bloco que congrega partidos como PT, PCdoB, PSB, PDT e outros que defendem tudo contra o qual lutamos", afirmou.

Há divergências, no entanto, sobre a validade da assinatura dos parlamentares suspensos. Uma decisão da Mesa Diretora da Câmara do ano passado deixa claro que eles não podem representar o PSL. Já um parecer do procurador da Câmara, deputado Luís Tibé (Avante-MG), apoiador de Lira, afirma que as assinaturas são válidas. Vitor Hugo pediu a convocação de uma reunião da Mesa Diretora para decidir o imbróglio.

A definição de qual lado o PSL ficará é importante porque a formação dos blocos serve como parâmetro para a distribuição dos cargos na Mesa Diretora da Câmara - composta, além da presidência, pela primeira e segunda- vice-presidências, quatro secretarias e quatro suplências.

Essas funções são distribuídas aos partidos seguindo a representação proporcional, que leva em conta o tamanho de cada bloco formado no dia da eleição e o número de deputados eleitos de cada partido, além de acordos firmados pelas siglas.

O candidato do governo à presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), publicou no Twitter que, diante da crise econômica, os programas de renda mínima devem ser reorganizados visando as populações carentes. Na publicação, Lira diz que "precisamos cuidar dos mais pobres reorganizando os programas de renda mínima, mas sem abrir mão da austeridade fiscal e do teto de gastos. A demagogia fiscal sempre custa caro para o País e em especial para os mais pobres", escreveu.

O discurso do deputado, no entanto, vai de encontro com a desistência do governo de Jair Bolsonaro de criar o Renda Cidadã, programa de renda básica em substituição ao Bolsa Família. O projeto tinha como objetivo a proteção da parcela mais vulnerável da população, logo após o fim do auxílio emergencial, mas sem que a medida colocasse em risco o teto de gastos.

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Sem acordo, governo e líderes do Congresso descartaram, em dezembro, a criação de um novo programa de distribuição de renda e o governo afirmou também que não haveria a prorrogação do auxílio emergencial. Em compensação, houve o anúncio de uma eventual ampliação do Bolsa Família.

Como o Estadão/Broadcast antecipou, o governo prepara uma medida provisória para reestruturar o Bolsa Família dentro do orçamento de R$ 34,8 bilhões já reservado para 2021. A ideia é unificar benefícios já existentes no programa, reajustar os valores e criar novas bolsas: por mérito escolar, esportivo e científico. Nesse desenho, 14,5 milhões de famílias seriam contempladas, pouco mais de 200 mil acima do número atual (14,3 milhões). O texto, porém, ainda está sendo trabalhado pelos ministérios e precisa ser validado pelo presidente Bolsonaro.

Os deputados Arthur Lira (Progressistas-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP) estão hoje em campos opostos na disputa pela presidência da Câmara, mas o histórico de votações mostra que eles costumam ficar do mesmo lado no plenário. Em dez das principais votações dos últimos dois anos, ambos votaram a favor de projetos do governo Jair Bolsonaro em oito oportunidades, como a reforma da Previdência e a medida provisória da liberdade econômica, segundo levantamento feito pelo Estadão.

Embora seja o candidato avalizado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e tenha chancela da oposição, Baleia tem índice de apoio ao governo federal maior que Lira. Segundo estudo da consultoria de análise política Arko Advice, o parlamentar paulista votou com o governo em 90,24% das proposições de 2019 e em 77,82% das pautas do ano passado. Lira acompanhou o governo em 86,29% das votações em plenário ocorridas há dois anos e em 70,59% das pautas do governo em 2020.

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"Se você olhar as matérias mais relevantes, os dois votaram de modo muito parecido", disse Cristiano Noronha, vice-presidente da Arko Advice. "Não vejo grande diferença entre os dois na pauta econômica e regulatória". Assim como a maioria dos deputados, Baleia e Lira votaram a favor da Reforma da Previdência, que mudou regras da aposentadoria e cuja aprovação, em parte, é creditada ao esforço de Maia; da ajuda de R$ 60 bilhões para Estados e municípios; e do novo marco do saneamento básico, que facilita a participação de empresas privadas na exploração do serviço de água e esgoto.

"Nós dois somos base. Ser oposição na hora de fazer manifesto é uma coisa, na prática, é outra", disse Lira ao Estadão. "Perdemos muito nos últimos dois anos com falta de previsibilidade e a falta de cumprimento dos acordos." Procurado pela reportagem, Baleia não se manifestou até a conclusão desta edição.

Economia

Uma das responsabilidades do próximo presidente da Câmara dos Deputados será dar continuidade à agenda de reformas e à pauta econômica, pressionada pela pandemia. Existe a expectativa entre parlamentares de que as reformas tributária e administrativa sejam discutidas até 2022.

Para Adriano Laureno, economista sênior da Prospectiva Consultoria, os dois candidatos são menos fiéis à agenda liberal do que Maia e mais propensos à concessão de benefícios setoriais, como isenções de impostos que atingem apenas uma área da economia. "A grande diferença entre eles é na reforma tributária", afirmou.

Baleia é o autor da proposta de emenda à Constituição (PEC) 45, que prevê a extinção de cinco tributos que incidem sobre o consumo: IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS. Eles seriam substituídos pelo Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS). O relator da proposta é o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), do mesmo partido de Lira.

Preocupado com o discurso das reformas, o deputado alagoano já se encontrou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, algumas vezes. Rompido com Maia, Guedes vê Lira mais "alinhado" à agenda econômica, dizem interlocutores.

Costumes

Segundo analistas, o apoio do Planalto a Lira indica que o candidato pode ter mais chances de colocar em votação a chamada pauta de costumes. Cabe ao presidente da Câmara escolher o que será votado. Nos últimos anos, Maia evitou pautar propostas como Escola Sem Partido, criminalização da "ideologia de gênero" e a flexibilização da educação domiciliar.

Os parlamentares tiveram a oportunidade de votar projetos ligados à área de segurança e armamentos. Tanto Lira quanto Baleia foram a favor do pacote anticrime, apresentado inicialmente pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Ambos concordaram com a criação do juiz de garantias, um magistrado que não acompanharia a fase de produção de provas e só faria a instrução e julgamento.

Os dois candidatos foram a favor, também, da regulamentação de posse e porte de armas para colecionadores, atiradores e caçadores - Lira chegou a apresentar uma emenda. A oposição, que hoje apoia Baleia, foi contra a proposta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Candidato do presidente Jair Bolsonaro na disputa pelo comando da Câmara, o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) foi cobrado pela Receita Federal em R$ 1,9 milhão por ter deixado de pagar impostos sobre recursos obtidos no tempo de parlamentar na Assembleia Legislativa de Alagoas. A autuação do Fisco ocorreu em 2009, período em que, segundo o Ministério Público, Lira chefiou um esquema de "rachadinha" no Legislativo estadual. O Conselho Administrativo de Recursos (Carf) confirmou a multa cinco anos depois.

Nas declarações entre 2004 e 2007, Lira omitiu rendimentos por meio do recebimento de depósitos bancários de origem não identificada, não pagou imposto sobre verbas de gabinete que, na visão da Receita, tinham natureza remuneratória e recebeu recursos acima do que a lei e as normas da Assembleia permitiam à época. A Receita avaliou que o deputado teve um "acréscimo patrimonial" e teria de recolher Imposto de Renda sobre esse montante.

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O esquema da "rachadinha", no qual um político fica com parte do salário dos funcionários de seu gabinete, propiciou a Lira um rendimento mensal de R$ 500 mil, quando era deputado em Alagoas, segundo denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. Autuado pelo Fisco, Lira recorreu ao Carf, mas teve o recurso negado por unanimidade. Decidiu, então, aderir ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT), em 2017, reconhecendo o imposto devido. Atualmente, ele faz o pagamento parcelado.

A assessoria do deputado confirmou a adesão ao programa para regularizar sua situação na Receita. "O contribuinte Arthur César Pereira de Lira aderiu ao PERT e está rigorosamente em dia com o pagamento das respectivas prestações", disse a assessoria. A Receita, por sua vez, informou que, por força do sigilo fiscal estabelecido pelo Código Tributário Nacional (CTN), não comenta a situação de contribuintes específicos.

O PERT foi criado por Medida Provisória, em 2017, no governo do ex-presidente Michel Temer, para ajudar as empresas em um momento de crise econômica e alavancar a arrecadação federal, que vinha em queda. Ficou ainda mais "generoso" após tramitar no Congresso, que aumentou descontos e flexibilizou condições de pagamento, contando ali com a ajuda do próprio Lira.

Na sessão de votação da MP, em 3 outubro de 2017, quando já havia aderido ao parcelamento, o deputado apresentou emenda para dar 100% de descontos em encargos legais devidos, como honorários advocatícios. O abatimento não existia no texto original.

A bancada do PSOL chegou a encaminhar, no mesmo dia, uma proposta para que deputados e senadores não pudessem renegociar os próprios débitos. Lira votou contra. "Nós entendemos que a medida não tem, absolutamente, critério constitucional", afirmou o deputado naquela sessão. "(Todos) podem e devem aderir ao REFIS se por acaso tiverem necessidade."

Confissão

A adesão ao PERT configura confissão irrevogável por parte do contribuinte de que o imposto é devido. Pelo programa, dependendo da modalidade de pagamento escolhida, o desconto chegava a 90% nos juros devidos, a 70% das multas e a 100% dos encargos legais. O pagamento poderia ser parcelado em até 175 vezes.

Na investigação que levou à autuação do deputado, a Receita alegou que Lira aumentou seu patrimônio ao utilizar verbas de gabinete para quitar dívidas pessoais. "Constatou-se que parte dos recursos recebidos a título de verba de gabinete foi utilizada para quitação de empréstimos pessoais", destacou o Fisco. "Tal aplicação dos recursos é contrária às destinações previstas na Resolução n° 392/95 e configura acréscimo patrimonial."

A Receita apontou que Lira não conseguiu comprovar a origem de recursos referentes à sua movimentação bancária e à destinação dos recursos recebidos como verba de gabinete. O procedimento tramitou de maneira independente das investigações nas esferas cível e criminal que o deputado enfrenta.

Frentes de apuração

- Esfera cível: em 2016, Arthur Lira foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa, numa ação decorrente da Operação Taturana. A investigação apurava desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa de Alagoas. Quatro anos antes, ele havia sido condenado em primeira instância a devolver R$ 182 mil e pagar uma multa de mesmo valor. Por ser condenado em segunda instância, Lira não poderia ter concorrido à eleição de 2018, mas uma liminar do então vice-presidente do TJ-AL, Celyrio Adamastor, suspendeu a sentença.

- Esfera criminal: a PGR denunciou Lira, em 2018, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, também no âmbito da Operação Taturana. A ação, que estava no STF foi enviada para a Justiça estadual. Em 3 de dezembro, o juiz Carlos Henrique Pita Duarte, da 3.ª Vara Criminal de Maceió, invalidou as provas e absolveu Lira sumariamente.

- Receita Federal: o Fisco cobrou de Lira R$ 1,9 milhão de impostos que deixaram de ser pagos no período em que foi investigado esquema na Assembleia. Ele fez acordo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As deputadas federais Carla Zambelli (PSL-SP) e Alê Silva (PSL-MG) usaram as redes sociais neste domingo (27) para declararam apoio ao candidato à presidência da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). "Declaro publicamente meu apoio ao @ArthurLira_ para presidente da câmara", disse Carla Zambelli, aliada ao presidente Jair Bolsonaro, no Twitter.

"E me pergunto como alguém pôde imaginar eu aliada a @RodrigoMaia, @ptbrasil, @PCdoB_Oficial, @psol50 .... ou seja: A ESCÓRIA DO BRASIL, q luto desde 2011 p/ colocar a maioria deles na cadeia (sic)", complementou a deputada.

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A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) respondeu à colega de partido com um questionamento: "Não haveria uma terceira via, Deputada? O que o Deputado Lira tem de tão diferente desse pessoal que você tão bem combateu?", perguntou. Janaína ainda concordou com seguidores que apontaram a ministra da agricultura, Tereza Cristina como uma opção viável.

A parlamentar de Minas Gerais Alê Silva escreveu que tem pontos em comum com o candidato Lira. "Em reunião com o Dep. @ArthurLira_ percebi que ele converge em muitos pontos que eu e o Presidente defendemos. Por isso o meu voto é dele. Por outro horizonte, jamais votaria em candidato do grupo do @RodrigoMaia, nem que viesse pintado de ouro.", afirmou.

Os partidos de esquerda, centro e direita se uniram ao atual presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM), na tentativa de vencer o deputado Arthur Lira (PP), que conta com 191 deputados e é apoiado por Jair Bolsonaro para comandar a casa.

O grupo de Maia, que ainda não definiu quem será o candidato, é formado pelas bancadas do DEM, PSDB, MDB, PSL, Cidadania, PT, PSB, PDT, PCdoB, PV e Rede. O PSOL decidiu não se juntar ao bloco e deve lançar candidatura própria

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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tenta fazer com que o PSOL, que tem 10 deputados na Câmara, se junte ao bloco para fortalecer a luta contra o Arthur Lira. Para isso, ela fala da possibilidade da indicação de alguma mulher para ser candidata à presidência, entre elas Luiza Erundina (PSOL).

“Mais que na hora de uma mulher ter protagonismo na disputa pela presidência da Câmara. Na esquerda temos companheiras valorosas: Benedita da Silva, Lidice da Mata, Luiza Erundina, se o PSOL estiver no bloco. Todas com grande experiência parlamentar, vivência e conhecimento da Casa”, diz.

O deputado Carlos Veras (PT) disse, em entrevista ao LeiaJá, que, neste bloco, pode haver mais de uma candidatura, desde que esses candidatos estejam alinhados com os eixos programáticos do partido como a defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora, por exemplo. 

Veras explica que a construção do bloco não obriga que todos os partidos alinhados apoiem o mesmo candidato e que só, havendo o segundo turno das votações, haja o  realinhamento. O deputado aponta que o que eles estão querendo fazer é impossibilitar que Bolsonaro interfira na independência da casa. 

"Nós não podemos ter um presidente para colocar em pauta apenas o que Bolsonaro quer e da forma que ele quer - não precisamos de dois bolsonaros", salienta o petista.

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Em carta divulgada neste sábado (19), Rodrigo Maia afirmou que o grupo tem muitas diferenças "porque, diferente daqueles que não suportam viver no marco das leis e das instituições e que não suportam o contraditório, nós nos fortalecemos nas divergências, no respeito, na civilidade e nas regras do jogo democrático", escreveu.

Para ganhar a eleição no primeiro turno, é preciso de 257 votos. Mesmo sem o PSOL, o bloco de Maia tem 281 deputados, no entanto, como a votação é secreta, não tem como garantir se todos os deputados, mesmo o partido integrando o grupo, vá seguir a indicação.

O Diretório Nacional do PSB, por exemplo, recomendou que seus deputados não votem em nenhum candidato apoiado por Bolsonaro, no entanto, existe um racha entre os pessebistas. Uma ala, comandada pelo líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon, se movimenta para fortalecer o grupo de Maia.

No outro lado, o deputado Felipe Carreras comanda uma ala do PSB que defende o apoio ao Arthur Lira. Sonda-se que, dos 31 deputados pessebistas, 18 estejam unidos com Carreras.

"Sou filiado há 26 anos ao PSB, meu único partido. Não reconheço a liderança de Molon na condução do processo sucessório na mesa. Ele falta com a verdade em relação a decisão da nossa bancada. Não vamos aceitar o seu posicionamento e submissão. Ele fraturou a bancada", afirma Felipe Carreras.

Mesmo declarando voto em Lira, Carreras assevera que é oposição ao governo. "Veja a que ponto chegou a oposição em nosso país: na sucessão da casa, as siglas desse campo estão esperando a decisão de Rodrigo Maia e sendo liderados por ele", aponta.

O deputado Tadeu Calheiros (PSB) confirma que há esse racha no partido, mas não sabe dizer qual a proporção disso e quantos deputados estariam ao lado de Arthur Lira. "Houve uma recomendação do diretório (em não votar em Lira), mas não houve um fechamento de questão e, naturalmente, alguns deputados vêm cogitando a ideia de votar no Arthur Lira", esclarece.

No entanto, o deputado reconhece que, mesmo o diretório não impondo o fechamento de questão, essa recomendação não pode ser ignorada. Tadeu avalia que respeita e segue as decisões do partido e não deveria ser rejeitado. "Ainda mais com essa característica que foi uma decisão unânime, sem contestações, mas vai ter gente que vai entender que não estariam obrigados a observá-la", pontua.

Os deputados Baleia Rossi, que é presidente do MDB, e Aguinaldo Ribeiro (PP), líder da Maioria, são os parlamentares apoiados por Rodrigo Maia para a sucessão na Câmara dos Deputados.

Em campos opostos na disputa pelo comando da Câmara, o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), tiveram um duro embate na manhã desta quinta-feira, 17, numa prévia da queda de braço prevista para fevereiro, quando deputados escolherão quem vai chefiar a Casa nos próximos dois anos. Maia foi impedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de tentar se reeleger, mas pretende lançar um candidato para enfrentar Lira.

O bate-boca foi motivado pelo fato de Maia ter iniciado pela manhã as votações na Câmara, ignorando que o Congresso teria sessão no mesmo horário para votar projeto de interesse do governo. Não é possível que as duas sessões ocorram simultaneamente. "Não fui comunicado ontem da sessão do Congresso por ninguém. O presidente do Congresso não me ligou, ninguém do governo me ligou, nenhum líder me ligou", argumentou o deputado.

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Lira, que conta com o apoio do Palácio do Planalto para suceder Maia e nos últimos meses tem atuado como um líder informal do governo, apelou para que a sessão da Câmara fosse cancelada. "A pauta do Congresso tem um item. A da Câmara tem 26 itens, 30 itens, 40 itens, não temos mais o controle. A pauta da Câmara fugiu do controle do colégio de líderes. É um apelo que faço", disse ele, reclamando com Maia de também não ser avisado previamente sobre o que vai ser votado. "Vários deputados, inclusive eu, não temos sido comunicados de inclusão de pautas há muito tempo nesta Casa", afirmou Lira.

Maia insistiu no argumento. "Deixa eu terminar que o senhor vai entender (...) Eu só fui comunicado hoje pela manhã. Toda vez que tem sessão do Congresso...", disse, sendo interrompido por Lira: "Como não foi comunicado? A pauta foi publicada", rebateu o líder do Centrão.

Pouco antes, o deputado Giovani Cherini (PL-RS), aliado de Lira, disse que Maia estava sendo autoritário ao não encerrar a sessão para permitir a reunião do Congresso. "O senhor não é o dono da Câmara nem o rei. O senhor precisa ouvir os deputados, os partidos. Vamos conversar, presidente. Não podemos fazer beicinho. Político que faz beicinho não é político", disse Cherini, em participação virtual no plenário, aparecendo por vídeo de dentro de um carro. "O senhor está no carro e eu estou no plenário trabalhando", rebateu Maia que depois pediu desculpas pela fala.

O debate seguiu por alguns minutos até Maia concordar em votar apenas uma medida provisória na Câmara e, em seguida, liberar o plenário para a sessão do Congresso.

Lira tem atualmente o apoio de dez partidos para a presidência da Câmara na disputa agendada para 1º de fevereiro. Já Maia, tenta unir a oposição com um bloco de seis partidos para lançar um candidato ainda indefinido entre os nomes de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (MDB-SP).

A bancada do PT decidiu na noite desta quarta-feira, 16, que não vai apoiar o bloco liderado por Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente Jair Bolsonaro, na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. O partido, que tem a maior bancada da Casa, vai intensificar conversas com as demais siglas de oposição para lançar um nome na disputa. O movimento enfraquece a articulação liderada pelo atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de apresentar ainda neste ano um candidato de consenso contra o bloco de Lira. Com 133 parlamentares, a oposição tem sido considerada fiel da balança da eleição marcada para 1º de fevereiro de 2021.

Segundo fontes do partido, a decisão não fecha a porta para uma composição futura com o bloco liderado por Maia, mas pode atrasar essa definição. O atual presidente da Câmara enfrenta dificuldades para emplacar Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) pelo fato de o parlamentar não ter nem sequer o apoio de seu partido, fechado com Lira. Também não obteve aval dos aliados ainda para lançar Baleia Rossi (MDB-SP).

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"O PT não comporá bloco para a mesa da Câmara com candidatura apoiada por Bolsonaro. Junto com a oposição construirá alternativa de bloco em defesa da democracia e uma candidatura que represente e debata um programa e uma agenda para derrotar Bolsonaro e tirar o país da crise", publicou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann em suas redes sociais.

Gleisi defendeu que o partido definisse ainda ontem a adesão ou não ao bloco de Maia, mas a bancada se dividiu. Houve impasse na votação quanto ao prazo com 18 dos deputados participantes da reunião votando a favor e outros 18 contra a proposta da presidente do partido.

Por isso, o PT decidiu vetar o apoio a Lira e deixar para os próximos dias a definição sobre o apoio ao grupo de Maia. Existem três possibilidades: o PT, junto com os demais partidos de oposição, lançar um candidato de esquerda para a presidência da Câmara; o partido aderir ao bloco de Maia ou os partidos de oposição apresentarem um terceiro nome ao grupo do atual presidente da Câmara.

Os presidentes dos partidos de oposição devem se reunir nesta sexta-feira, 18, para encaminhar o assunto. Alguns deles, como PDT e PCdoB, já sinalizaram apoio ao bloco de Maia. PSB, Rede e PV também fazem parte da articulação. O PSOL, que tende a lançar candidato próprio para marcar posição, vai decidir sobre o assunto na semana que vem.

Diálogo

A conversa com os demais partidos de oposição está sendo conduzida pelos presidentes das legendas. Caso não consiga viabilizar a unidade da esquerda, setores do PT defendem que estes partidos apresentem, em bloco, um nome para o grupo de Maia. Siglas como PDT e PC do B já têm acenado em direção a Maia.

O objetivo é apresentar uma pauta mínima que garanta compromissos com o respeito ao critério da proporcionalidade na escolha dos cargos na mesa diretora e nas comissões, impeça retrocessos nas áreas dos direitos civis e políticos, barre a privatização de estatais como Petrobras, Eletrobras e Correios e a ainda a autonomia do Banco Central.

"Decisão da bancada do PT: o PT não comporá bloco com candidato apoiado por Bolsonaro. Buscará apresentar uma candidatura em diálogo com os demais partidos de oposição. Apresentará uma pauta que tire o país do retrocesso que Bolsonaro está nos levando", escreveu o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Com a decisão desta quarta, o PT tenta impedir o crescimento da ala que defendia apoio à candidatura de Arthur Lira. O partido conta com 54 deputados - um a mais que o PSL. Ao menos um dos partidos da oposição, no entanto, o PSOL, também fala em lançar candidatura própria.

A cúpula do PSB decidiu vetar o apoio do partido à candidatura do deputado Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara. Embora uma ala bancada do PSB na Câmara tenha mostrado simpatia por Lira, que tem o respaldo do presidente Jair Bolsonaro, a reunião do Diretório Nacional do PSB, realizada nesta sexta-feira, 11, por videoconferência, proibiu o aval ao deputado.

"Recomendamos não apreciar a candidatura de nenhum candidato ligado a Bolsonaro", disse o presidente do partido, Carlos Siqueira, ao Estadão/Broadcast. "Não poderia ser diferente. Partido de oposição não pode apoiar candidato do governo. É preciso preservar a independência da Câmara e proteger o Brasil de Bolsonaro", afirmou o líder da bancada, deputado Alessandro Molon (RJ).

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O PSB tem 31 deputados na Casa. Nesta semana, uma reunião da bancada mostrou que boa parte declarou apoio a Lira, puxada por Felipe Carreras (PSB-PE) e João Campos, prefeito eleito do Recife. Carreras disse que defendeu a candidatura do líder do Centrão para o partido ter mais espaços na Casa, na estrutura e nas comissões. "Lira tem uma tradição de ser atencioso com os colegas", afirmou.

Reportagem do Estadão publicada nesta sexta-feira, 11, mostrou que um grupo de deputados do PSB foi chamado anteontem ao gabinete do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, no Palácio do Planalto, para ouvir argumentos em defesa da eleição de Lira. Muitos parlamentares procurados pelo Planalto têm saído desses encontros com promessas de cargos e de pagamento de emendas extra orçamentárias. Carreras foi um dos deputados que participaram da reunião na sede do governo, mas disse ter ido lá tratar de "assuntos do interesse de seu Estado".

A adesão do PSB à campanha de Lira já enfrentava resistências, principalmente por parte de Molon. "Não queremos entregar o controle da pauta da Câmara para Bolsonaro. Queremos ajudar a eleger um presidente que garanta a independência da Casa. Isso será fundamental para proteger os direitos dos brasileiros contra os retrocessos de Bolsonaro", disse ele.

Apesar da decisão do PSB, a votação na Câmara é secreta. Na prática, não há como existir fechamento de questão nem possíveis punições para os deputados que forem contra a resolução da cúpula partidária.

Lira oficializou sua candidatura à presidência da Câmara na última quarta-feira, 9, com aval do Planalto, acompanhado de representantes de oito partidos. Trata-se de um bloco parlamentar com 160 deputados.

No comando do Centrão, o deputado alagoano é o principal rival do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que foi impedido de concorrer à reeleição pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas lançará um candidato à sua cadeira, nos próximos dias.

O preferido de Maia para o cargo é o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB). O presidente da Câmara tem criticado a interferência do Planalto na disputa e, nesta quarta, disse que Bolsonaro ‘joga pesado’ para eleger Lira.

No primeiro discurso como candidato, Lira tentou imprimir perfil conciliador e prometeu "ouvir" todos os deputados. "Vamos tocar os próximos dois anos de uma maneira diferente de como a Casa vem sendo administrada", disse o líder do Progressistas. "Não que venha sendo mal administrada, mas cada presidente tem a sua marca".

O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) foi indicado como 1º vice-presidente da Câmara na chapa de Lira. Até o mês passado, Ramos era um dos possíveis pré-candidatos à sucessão de Maia, mas desistiu. "Entre manter uma candidatura à presidência da Câmara apenas para marcar posição e viabilizar, de fato, uma posição de destaque na Mesa Diretora, fico com a opção de seguir meu partido e entrar na disputa pela primeira vice-presidência, por entender que esta decisão fortalece a voz do Amazonas e o meu partido", afirmou Ramos, em nota.

Ao lançar a candidatura pelo Progressistas, Lira anunciou o apoio do PL, PSD, Solidariedade, Avante, PSC, PTB, PROS e Patriota. A cúpula do PTB não estava presente ao lançamento, mas deve aderir ao grupo.

O Festival Macuca do Mundo divulgou a programação completa de sua edição em 2016. O evento resultante da união do Macuca Jazz e Improviso irá acontecer entre os dias 2 a 4 de dezembro, no município de Correntes, no Agreste de Pernambuco.

Entre as atrações confirmadas, passarão pelo palco artistas como Siba, Karina Buhr e Lira. Além dos shows, o público também poderá participar de oficinas e do musical "Billie Holiday, a Canção", que consiste em um monólogo interpretado pela atriz Tâmia Maria, ambientado em um quarto de hospital.

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No último dia de festival, será realizado um cortejo aberto ao público do Boi da Macuca, no povoado de Poço Comprido. Os ingressos do segundo lote já estão à venda, disponíveis na internet. Os valores variam entre R$75 a R$85. Confira a programação completa do Macuca do Mundo. 

Sexta-feira, 2 de dezembro
20h - Peça Teatral - Billie Holiday, A Canção (SE)
21h10 - Freveribe
22h20 - Isadora Melo + Juliano Holanda
23h40 - Karina Buhr
01h10 - Banda Eddie
02h40 - DJ Patricktor4 

Sábado, 3 de dezembro
10h - Flash Day com Ianah Maia
13h30 - Oficina de Fotografia com Costa Neto
13h30 - Oficina de Percussão com Gilú Amaral
16h - Mesa de Poesia
18h30 - LIRA - Poesia Eletrônica
19h40 - Coutto Orchestra (SE)
21h - Coco Raízes de Arcoverde
22h20 - Cidadão Instigado (CE)
00h00 - JuanaFé (Chile)
01h20 - Siba
02h50 - DJ Tutu Moraes

Domingo, 4 de dezembro

10h - Pintura artística com Cris Malta
13h - Concentração do Boi da Macuca em Poço Comprido
15h - Saída do Cortejo do Boi da Macuca com a Orquestra de Frevo do Maestro Oséas, em Poço Comprido

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-->Karina Buhr é atração confirmada no Macuca

 

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O Festival Macuca do Mundo divulgou a programação completa de sua edição em 2016. O evento resultante da união do Macuca Jazz e Improviso irá acontecer entre os dias 2 a 4 de dezembro, no município de Correntes, no Agreste de Pernambuco.

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No último dia de festival, será realizado um cortejo aberto ao público do Boi da Macuca, no povoado de Poço Comprido. Os ingressos do segundo lote já estão à venda, disponíveis na internet. Os valores variam entre R$ 75 a R$ 85. Confira a programação completa do Macuca do Mundo.

Confira a programação completa:

Sexta-feira, 2 de dezembro
20h - Peça Teatral - Billie Holiday, A Canção (SE)
21h10 - Freveribe
22h20 - Isadora Melo + Juliano Holanda
23h40 - Karina Buhr
01h10 - Banda Eddie
02h40 - DJ Patricktor4 

Sábado, 3 de dezembro
10h - Flash Day com Ianah Maia
13h30 - Oficina de Fotografia com Costa Neto
13h30 - Oficina de Percussão com Gilú Amaral
16h - Mesa de Poesia
18h30 - LIRA - Poesia Eletrônica
19h40 - Coutto Orchestra (SE)
21h - Coco Raízes de Arcoverde
22h20 - Cidadão Instigado (CE)
00h00 - JuanaFé (Chile)
01h20 - Siba
02h50 - DJ Tutu Moraes

Domingo, 4 de dezembro

10h - Pintura artística com Cris Malta
13h - Concentração do Boi da Macuca em Poço Comprido
15h - Saída do Cortejo do Boi da Macuca com a Orquestra de Frevo do Maestro Oséas, em Poço Comprido

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O cantor pernambucano Lira lança seu segundo disco, O labirinto e o desmantelo, no dia 15 de maio com um show no Recife. Na mesma noite, os paulistas do Bixiga 70 também lançam novo trabalho, Bixiga 70 III, e o cantor Tagore completa a programação. As apresentações serão na casa de shows Baile Perfumado. 

Lira (ex-vocalista do Cordel do Fogo Encantado) passou dois anos trabalhando em seu mais novo álbum. Com produção do percussionista Pupillo, O labirinto e o desmantelo conta com 11 faixas que trazem a mesma pegada de psicodelia elétrica do primeiro disco solo do artista, LIRA (2011). As letras das canções são narradas em primeira pessoa com estrutura rítmica comandada pelo standup drums (bateria montada num suporte para ser tocada em pé) do próprio Pupillo, além de experimentações com instrumentos da música clássica. 

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Já o Bixiga 70 mostra seu afrobeat lançando o terceiro disco de sua carreira, Bixiga 70 III. Este trabalho foi resultado de um processo de maturação e aprendizado que a big band passou durante suas útlimas viagens pela França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Sinamarca, Suécia, EUA e Marrocos, além de cidades brasileiras. Tudo isso apenas cinco anos após sua formação. Finalizando a noite, o pernambucano Tagore mostra a originalidade do seu pop. No repertório, músicas do seu álbum Movido a Vapor, apresentado no Festival Rec Beat 2015. 

Serviço

Lira - Lançamento do álbum O labirinto e o desmantelo

15 de maio | 21h

Baile Perfumado (Rua Carlos Gomes, 390 - Prado)

R$ 50 (lote 1), R$ 60 (lote 2), R$ 70 (lote 3) e R$ 80 (na hora)

(81) 3127 4143

 

 

O Porto Musical chega à sétima edição consolidado como um dos mais importantes festivais voltados para o mercado da música no país. Este ano, 11 conferências, 4 workshops, cerca de 400 rodadas de negócios, 24 horas de feira de produtos criativos, 22 shows e 3 daycases, com 15 bandas e 5 DJs, serão realizados em seis lugares diferentes do Bairro do Recife. Entre as atrações musicais estão Marcelo Jeneci, Anelis Assumpção, El Hijo de La Cumbia, Juliano Holanda, Lira e DJ Dolores,entre outros. Os shows serão realizados na Praça do Arsenal.   

Entre as novidades desta edição estão a Feira Porto Exibe, em parceria com o SEBRAE, que aprsentará produtoras, coletivos culturais e profissionais do setor de Economia Criativa, e os daycases, shows diurnos que serão realizados no Paço do Frevo.

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As conferências e palestras contarão com convidados internacionais com Pablo Puerta, do Soundcloud, Crispin Parry, do British Underground - Inglaterra - e Peter Hvalkof, do Roskilde Festival, da Dinamarca. Em destaque estão as conferências com o rapper Emicida e o cantor Guilherme Arantes. Ambos falarão um pouco sobre suas carreiras e experiências dentro do mercado musical.

Os interessados em participar do Porto Musical têm até o dia 30 de janeiro para se inscrever através do site oficial do evento. Os valores da inscrição são R$ 180, até o dia 30 online, e R$ 220 presencialmente no Teatro Apolo, a parti de 2 de fevereiro. Os showcases serão gratuitos. A programação completa do Porto Musical 2015 está disponível no site do festival.

 

 

 

 

 

 

 

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Quem foi ao Palco Guadalajara neste domingo (15) pôde ouvir um pouco do que há de contemporâneo na produção musical brasileira. A programação do 22º Festival de Inverno de Garanhuns contou com shows de Siba, Lira e Jorge Vercillo. De estilos diferentes, os cantores e compositores conquistaram o público presente, em mais uma noite sem chuva em Garanhuns.

Siba trouxe seu trabalho mais recente, Avante!, em que dá uma guinada e retoma a guitarra - seu  primeiro instrumento - para construir uma sonoridade universal e até pop. "O agreste é a região da minha família, então tocar aqui é um pouco como estar em casa, estar no meu lugar", disse o músico ao LeiaJá. Siba contou com uma ótima receptividade do público, e procurou apresentar seu novo trabalho para as pessoas que não o ouviram ainda. "Pra vocês que ainda não me conhecem, meu nome é Siba e eu não desisti ainda", afirmou no palco, durante sua apresentação. Apesar da roupagem mais moderna, que conta com efeitos, o compositor explica que sua experiência como mestre de maracatu na Zona da Mata Norte de Pernambuco ainda é essencial em sua música: "Avante! é um trabalho baseado em rima e a música é um veíuculo para a rima", resume.

Outro cantor e compositor pernambucano que está trilhando novos caminhos é Lira, que começou a carreira no grupo  Cordel do Fogo Encantado. Seu novo trabalho conta até com Theremim, instrumento eletrônico de sonoridade peculiar, além de guitarra, conferindo uma roupagem mais pop e experimental à sua música. Lira foi muito aplaudido durante toda a presentação, e fez um show vigoroso e performático, que teve como surpresa final uma participação especial do seu filho. O cantor revela que o Festival de Inverno de Garanhuns tem um significado especial: "Vim de Arcoverde para assistir muitos show aqui em Garanhuns com meus amigos e isso foi muito importante pra mim na construção da música do Cordel", explica, falando da realização de ter tocado no festival com sua banda anterior e agora trazer seu trabalho solo ao Palco Guadalajara.

Para encerrar o primeiro fim de semana do FIG 2012, o cantor e compositor Jorge Vercillo subiu ao palco em meio a muito barulho feito pelo público, que gritava e aplaudia a cada gesto e canção executados por ele. Vercillo contou durante toda a sua apresentação com o que chamou de "coral mais afinado do Brasil": o público que enchia a esplanada Guadalajara cantando suas músicas com ele. "Viajamos 15 horas para estar aqui. A voz sente um pouco o cansaço, mas valeu a pena", disse o músico no palco. Com uma produção impecável e hits radiofônicos, o cantor fez um show com muito romantismo, aproveitado por muitos casais apaixonados que assistiram abraçados e cantando junto. Vercillo mostrou que domina o palco e que sua sonoridade mesclando refinamento com apelo popular realmente deu certo.  

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