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Cientistas da área de entomologia da Embrapa viajaram para Portel, no arquipélago do Marajó, no Pará, para reunião técnica que irá avaliar uma praga de gafanhotos em diversos municípios da região. Os insetos têm atacado lavouras de mandioca, assustando moradores, trazendo prejuízos econômicos, além de riscos ao meio ambiente e saúde da população, com o uso inadequado de inseticidas e outros defensivos.  A cultura da mandioca é uma das bases da economia local.

O pedido de socorro foi feito pela prefeitura de Portel, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), que articulou uma força tarefa junto a Emater e Adepará, e procurou a Embrapa para tentar entender e propor soluções de controle dos insetos. Relatos da secretaria informam que diversas comunidades rurais foram atacadas e lavouras inteiras dizimadas. A infestação teria provocado pânico entre os agricultores e ocasionado o uso sem controle de inseticidas e outros produtos químicos, o que preocupa as autoridades por não causar controle adequado dos gafanhotos, poder causar risco de contaminação dos rios e impactos no meio ambiente e na saúde da população que depende diretamente da água dos rios, conforme explicou Nogueira Júnior, diretor de agricultura da Sede.

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Os pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental Aloyséia Noronha e Roni de Azevedo,  especialistas em controle de pragas, atuarão para identificar a espécie que está atacando as lavouras e traçar estratégias de enfrentamento, por meio de palestras e práticas em campo para os técnicos, agricultores e lideranças comunitárias da região.

Segundo os pesquisadores, técnicos da Emater e da prefeitura enviaram relatórios e fotos das infestações, mas os cientistas alertam que é precipitado tentar identificar uma espécie de inseto apenas por imagens e relatos e se faz necessária uma visita técnica para coleta dos gafanhotos e ainda avaliar a real extensão da infestação e, junto aos técnicos e agricultores da região, analisar e pôr em prática as melhores formas de manejo integrado de pragas para o controle em lavouras de mandioca.

Para isso, os pesquisadores participam de uma intensa agenda durante três dias que irá envolver reuniões com técnicos dos municípios de Portel, Melgaço e Breves, todos atingidos pela infestação, visita na comunidade do rio Acutipereira, distante cerca de 25 km da sede do município e uma das mais atingidas pelo ataque dos insetos, além de palestras e práticas de campo.

De acordo os pesquisadores, a programação conta ainda com palestras sobre o controle integrado de pragas, que vai abordar técnicas para tentar minimizar a ocorrência e danos de insetos-praga, envolvendo uso de variedades de mandioca mais resistentes, rotação de culturas, favorecimento do controle biológico e controle químico quando necessário, usando produtos mais eficientes e seletivos aos inimigos naturais. Além de uma parte prática sobre o uso correto e seguro de agrotóxicos, com demonstração de regulagem e calibração de pulverizador costal.

Ameaça - Os pesquisadores Aloyséia Noronha e Roni de Azevedo explicaram que o ataque de gafanhoto e outros insetos-praga comprometem diretamente a produtividade da cultura atingida. No caso da mandioca, na qual os insetos se alimentam das folhas da planta, prejudica o processo de fotossíntese, que é essencial ao desenvolvimento das raízes.

Em Portel, a mandioca é a principal cultura econômica e alimentar da região, conforme explicou o técnico Jocimar Mendonça, responsável pela Emater no município. “A base econômica é o extrativismo e a mandioca, que além de renda, garante segunda alimentar à população”, explicou. Ainda de acordo com Jocimar, a Emater tem acompanhado casos de ataques de gafanhoto desde 2008, mas em casos isolados e de menor intensidade, e nunca havia registrado tamanha infestação como a de agora. “Lavouras já foram dizimadas e os enxames de insetos já atingem diversas comunidades e também há registros de ataques nos municípios de Bagre, Melgaço e Breves”, enfatizou o técnico.

As autoridades esperam que por meio da visita técnica seja possível descobrir formas imediatas de controlar o avanço dos insetos, mas também discutir soluções tecnológicas manejo para a prevenção e controle de futuras lavouras e ainda fortalecer uma parceria com a Embrapa para estimular outros cultivos, como hortaliças e frutas e assim diversificar a produção, estimulando a economia da região. Veja, abaixo, galeria de fotos com imagens da infestação de gafanhotos.

Com informações da assessoria da Embrapa.

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Vinte instituições e entidades ligadas à cadeia produtiva do açaí na região Metropolitana de Belém e no arquipélago do Marajó reuniram-se em prol do desenvolvimento do setor e estabeleceram a meta de executar ações com foco em gestão, inovação e acesso a mercado até 2018. O entendimento nesse sentido foi consolidado com a assinatura de um na última sexta-feira (7), em Belém.

A iniciativa faz parte do projeto Crescer no Campo, do Sebrae no Pará, em parceria com instituições públicas e privadas, além de entidades do segmento, e será executada no biênio 2017/2018 para apoiar os batedores de açaí e produtores rurais de Belém, Ananindeua e dos municípios de São Sebastião da Boa Vista, Muaná e Curralinho, no Marajó. Ao todo serão atendidos 162 pequenos negócios rurais, sendo 50 microempresas de batedores de açaí e 112 produtores rurais.

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De acordo com o superintendente do Sebrae no Pará, Fabrizio Guaglianone, a proposta do acordo é fortalecer o desenvolvimento da importante cadeia produtiva, por meio do aumento da produtividade, faturamento e oportunidades de negócios nos pequenos empreendimentos rurais do segmento. “Nesta parceria, buscamos aumentar o faturamento bruto dos empreendimentos em 10% até dezembro de 2017 e 15% até dezembro de 2018, tendo como base o ano de 2016. Além disso, vamos focar a qualidade da gestão dos empreendimentos rurais dessa cadeia produtiva para estimular a geração de negócios dentro e fora do estado”, disse Guaglianone. O Pará, que é o maior produtor nacional de açaí, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem um número estimado, somente na Região Metropolitana de Belém, de cerca de dez mil pontos de venda de açaí, que produzem uma média diária de 200 quilos de resíduos (caroços) cada, com um volume total diário em torno de 1,6 a 2 toneladas, podendo chegar a 550 mil toneladas ao ano.

Além do Sebrae, participam do projeto a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), e as prefeituras de Ananindeua, de São Sebastião da Boa Vista, de Muaná, e de Curralinho, a  Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará),  a  Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará ( Emater/PA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária da Amazônia Oriental (Embrapa), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Pará - Senar/PA, o  Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)   o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Pará (OCB/Sescoop-PA),  a Cooperativa Agroextrativista da Veneza do Marajó - Copavem, a Cooperativa Agroextrativista de Muaná- Marajó -  Copmar, a Cooperativa de Ribeirinhos Extrativistas Agroindustrial do Marajó - Sementes do Marajó,  a Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém - Avabel, a Associação dos Batedores Artesanais de Açaí de Ananindeua e a REDE AÇAÍ.

Por Helen Barata, da assessoria do Sebrae Pará. 

Os órgãos que integram a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) intensificaram as buscas às pessoas que ainda estão desaparecidas, em decorrência do naufrágio de uma embarcação ocorrido na tarde de quarta-feira (7), no rio Pará, na baia de Marajó, às proximidades da cidade de Ponta de Pedras. Oficialmente, o Corpo de Bombeiros Militar confirmou uma morte e o desaparecimento de 11 pessoas, mediante informações prestadas por familiares e amigos dos passageiros.

Quarenta e um passageiros foram resgadados com vida: 23 foram levados para Barcarena, três para Ponta de Pedras e 12 desembarcaram, por volta das 20 horas, no porto da Feira do Açaí, no Complexo do Ver-o-Peso. Joaquim Boulhosa, de 52 anos, morreu afogado. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) ainda na noite de quarta.

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Desde o início da manhã de quinta-feira (8), equipes do Corpo de Bombeiros de Barcarena, Belém e de Abaetetuba, entre eles mergulhadores e guarda-vidas, fazem buscas em vários pontos, entre Ponta de Pedras e Barcarena. Integrantes da Capitania dos Portos, do Grupamento Fluvial e da Companhia de Policiamento Militar também atuam nas buscas a possíveis sobreviventes. Um helicóptero do Grupamento Aéreo da Segup atua também operação de resgate. "Estamos em atuação com várias equipes do Sistema de Segurança, e para isso concentramos nossas atividades no comando, em nossa sala de situação. Aqui reunimos informações de nossas equipes e atendemos as famílias, por telefone, assim como a imprensa, que tem um papel importante de divulgação do que estamos fazendo", disse o subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel Augusto Lima, coordenador da operação de resgate.

Na sala de situação montada no prédio do Comando Geral dos Bombeiros, em Belém, oficiais da corporação, juntamente com integrantes da Defesa Civil, monitoram as informações referentes ao naufrágio. A Defesa Civil forneceu o número (91) 98899-6323 para mais informações sobre a ocorrência e de possíveis vítimas resgatadas. Ainda na noite de quarta, equipes do Corpo de Bombeiros estiveram na Feira do Açaí, acompanhando a chegada de sobreviventes e colhendo informações sobre o naufrágio.

O Grupamento Fluvial da Segup concentra as informações referente ao inquérito sobre o naufrágio. O grupamento vai investigar a situação da empresa, dona da embarcação "Luar C", que saiu do porto Brilhante, bairro Cidade Velha, mas que segundo a Agência Reguladora de Controle e Serviços Públicos (Arcon), não tinha autorização para o serviço de transporte. A Capitania dos Portos informou que a capacidade da lancha é de 93 lugares.

A embarcação teria saído por volta das 13 horas de Belém com destino a Ponta de Pedras e, próximo do município, nas imediações da Vila de Carapijó, uma forte maresia acabou virando o transporte com dezenas de pessoas.

Por Sérgio Chêne, da Agência Pará.

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A qualidade da educação voltada a comunidades ribeirinhas, muitas vezes só conhecida quando os órgãos de fiscalização denunciam desvios ou mau uso de recursos públicos, agora passou a ser monitorada de forma preventiva no Pará. O objetivo do Ministério Público Federal (MPF) é estimular gestores públicos, profissionais da educação, alunos e a sociedade em geral a construírem conjuntamente um padrão de ensino que valorize os conhecimentos tradicionais e necessidades locais e que garanta eficiência na aplicação das verbas por meio de planejamento, transparência e controle dos gastos.

Como início dos trabalhos, o gabinete do procurador da República Patrick Menezes Colares, especializado na defesa dos direitos indígenas e das demais comunidades tradicionais, está preparando questionários sobre 52 escolas que serão enviados a municípios localizados no arquipélago do Marajó. Os documentos terão como destinatárias as prefeituras de Muaná, Chaves e Melgaço, o município com pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.

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Simultaneamente ao envio dos questionários está sendo realizada, por peritos do MPF, varredura de dados sobre a destinação, aos municípios, de recursos federais ou bens para a educação, como recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), entre outros, e se houve alguma destinação destacada destes recursos à educação ribeirinha.

Convenção 169 - “Além de as escolas ribeirinhas serem quase que inteiramente mantidas com recursos federais, outro importante motivo para essa fiscalização em massa do MPF é o compromisso assumido pela União, por meio da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho [OIT], de cuidar da educação dos povos tradicionais, no que se inclui o ribeirinho amazônida”, explica o procurador da República.

Vigente no Brasil desde 2004, quando foi aprovada pelo Congresso Nacional, a convenção garante a indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais diversos direitos, entre eles o direito à educação. “Deverão ser adotadas medidas para garantir aos membros dos povos interessados a possibilidade de adquirirem educação em todos os níveis, pelo menos em condições de igualdade com o restante da comunidade nacional”, diz a convenção.

“Os programas e os serviços de educação destinados aos povos interessados deverão ser desenvolvidos e aplicados em cooperação com eles a fim de responder às suas necessidades particulares, e deverão abranger a sua história, seus conhecimentos e técnicas, seus sistemas de valores e todas suas demais aspirações sociais, econômicas e culturais”, registra outro trecho do documento.

Questionário – Entre as informações a serem solicitadas aos dirigentes municipais estão a regularidade da inscrição das escolas no sistema de ensino do Estado, fornecimento e controle de qualidade da merenda, segurança e infraestrutura existente (biblioteca, quadra poliesportiva, computadores com acesso à internet, condições das redes elétrica e hidráulica etc) e dados sobre o conteúdo programático das aulas para verificação do atendimento à Convenção 169 da OIT em relação à valorização cultural ribeirinha.

Também serão levantadas informações sobre ocorrências de discriminação étnica contra alunos, sobre a frequência e a capacitação de professores, transporte e gestão escolar, acessibilidade dos prédios e sobre programas de inclusão, além da cobrança de comprovação de atendimento a programas federais para a educação e à legislação referente aos conselhos de acompanhamento da alimentação escolar e do Fundeb.

O MPF vai recomendar aos municípios que as respostas sejam elaboradas da forma mais democrática possível, ouvindo-se alunos, pais, educadores e comunidade.

Caso as respostas apresentadas apontem o descumprimento ou a execução deficiente ou irregular de políticas de educação ribeirinha, o MPF vai requisitar aos municípios que justifiquem os motivos das desconformidades e relatem quais as medidas administrativas efetivamente tomadas para sanar os problemas, além de apresentar o cronograma para a solução das pendências e informações sobre recursos aplicados.

Caso as respostas indiquem que a legislação está sendo atendida, o MPF pede que essas respostas sejam comprovadas por meio de documentos. Caso contrário, as respostas serão considerada não respondidas, o que pode levar o MPF a tomada de medidas que considerar necessárias, incluindo o ajuizamento de ações.

Informações da assessoria do MPF/PA.

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A Prefeitura de Curralinho, no arquipélago do Marajó, abriu seleção para vagas em todos os níveis de escolaridade. O período de inscrições vai de 16 de maio a 17 de junho. Os preços são de R$ 50,00 para cargos de nível fundamental incompleto ou completo, R$ 60,00 para nível médio, técnico ou magistério, e R$ 80,00 para o nível superior.

Entre os empregos ofertados estão: vigia, agente de portaria, motorista fluvial, auxiliar administrativo, técnico em informática, técnico em eletricidade, orientador social, cuidador social, professor pedagógico classe A, professor de inglês, educador físico, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, assistente social, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, médico clínico geral, cirurgião, veterinário, odontólogo, pedagogo, terapeuta ocupacional.

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A remuneração dos cargos varia entre um salário mínimo e R$ 10 mil. As inscrições podem ser feitas online pelo site www.paconcursos.com.br.

A Embrapa Amazônia Oriental, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e Associação Paraense dos Criadores de Búfalos (APCB), instala de 11 a 13 de maio, no Marajó, uma Unidade de Demonstrativa (UD) do projeto “Pecuária Bubalina Familiar Leiteira da Ilha do Marajó (Promebull Marajó). A UD funcionará no campo experimental da Embrapa no município de Salvaterra e servirá como uma vitrine, uma espécie de fazenda modelo para os produtores da região, a fim de alavancar a produção.

O objetivo do projeto é estimular e difundir boas práticas preconizadas pela instituição nos sistemas de produção bubalina, que envolve as áreas de melhoramento genético, nutrição, sanidade, reprodução, entre outros. A meta, conforme explicou o pesquisador Ribamar Marques, é fortalecer a cadeia leiteira e de corte como alternativa econômica para o Marajó, região que abriga municípios que lideram os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil.

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A programação começa dia 11, às 9 horas, com a primeira etapa do treinamento voltada aos produtores, técnicos de extensão rural e funcionários das fazendas da região. Serão abordados os temas em boas práticas de produção de leite, demonstrações com kits de ordenhas manuais e mecânicos. O manejo reprodutivo com práticas biotécnicas de fertilização também integrará o primeiro dia de evento.

A solenidade de lançamento do Promebull Marajó, com a inauguração da UD, será quinta-feira, 12, a partir das 9h30, com a palestra sobre manejo genético para búfalos leiteiros. O evento contará a presença dos chefes geral e de pesquisa da Embrapa Amazônia Oriental, Adriano Venturieri e Walkymário Lemos, do secretário estadual de desenvolvimento da agropecuária e da pesca, Hildegardo Nunes, além de representantes de Emater e demais instituições parceiras.

Após visita às instalações, um almoço temático mostrará aos presentes um pouco da peculiaridade da gastronomia local e do potencial econômico da bubalinocultura, com iguarias que tem o búfalo como atração principal, como o churrasco e farofa de frito do vaqueiro. A programação segue até sexta-feira, com as demais etapas do treinamento em manejo de pastagens e suplementação alternativa e o manejo sanitário dos rebanhos. 

Segundo dados do IBGE (2014), o Pará é o estado que concentra maior população de búfalos do Brasil, sendo responsável por 37,4% das 1,32 milhão de cabeças do rebanho nacional e a maior parte desses animais está no Marajó. Os maiores rebanhos estão localizados nos municípios de Chaves (PA) e Soure (PA).

De fácil trato e adaptação em qualquer ambiente, o búfalo é uma alternativa econômica viável e tem mercado em expansão. Os elevados teores de gordura e sólidos totais no leite de búfala aumentam o rendimento na fabricação dos derivados como queijo e manteiga, em relação ao leite de vaca. A carne desses animais também é apreciada, e contém menores índices de gordura, colesterol, calorias, assim como mais proteína e minerais que a dos bovinos.

Informações da assessoria da Embrapa.

Na tarde de sábado (23), uma operação de transporte aeromédico foi realizado pelo Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp), em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado (Sespa). Uma equipe de dois pilotos, um médico e uma enfermeira foi, de avião, buscar um paciente em Breves, interior do Estado, que sofreu um acidente automobilístico e estava com traumatismo crânio-encefálico (TCE) e precisava ser transferido para um hospital na capital paraense. “O paciente está estável. Estamos sempre dando esse apoio devido à dificuldade de acesso de Breves até aqui, de barco são várias horas, e o único meio de chegar mais próximo é via aérea”, diz a enfermeira Andrea. Segundo ela, ao chegar no local do atendimento, faz-se a estabilização do paciente, se necessário, depois todo o procedimento do suporte avançado de vida, para trazer o paciente até Belém. Na capitl, uma ambulância do SAMU ou do resgate dos Bombeiros já fica esperando a chegada da vítima.

Major Cristiano, da PMPA, é copiloto na operação e explica que essa parceria com a Sespa atende o Marajó, Capanema, Paragominas e algumas áreas próximas da capital, além do mesmo serviço sendo feito em Santarém, Marabá e Redenção. “Houve uma ocorrência em Breve, e nós iremos fazer o transporte aeromédico do paciente. Nós só trazemos o paciente quando já tem leito aqui em Belém”, diz. Antes, esse atendimento era feito mais frequentemente com o helicóptero do grupamento aéreo, mas desde que o avião ficou disponível para voos, está sendo usado também com frequência. “Para esse tipo de serviço, temos uma média de quatro atendimentos por semana, no mínimo, com o avião. A questão de logística do avião é muito melhor, tanto para a tripulação, quanto para o próprio paciente”, explica. Segundo ele, o avião é mais rápido, mais cômodo e mais eficiente para o tipo de serviço.

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O coordenador de manutenção das aeronaves do Graesp, major Jomires (PMPA), explica que esse serviço é importante porque agiliza o atendimento e salva ainda mais vidas. “De barco, a viagem daria de 8 a 12 horas. Então para as vítimas, pacientes e doentes que necessitam de uma transferência para um hospital de Belém é muito bom”, diz. Esse serviço aeromédico em parceria da Sespa com o Graesp existe há cinco anos. Antes, o serviço aéreo era feito por empresas privadas. “O serviço aéreo tem várias frentes. Ele faz segurança pública, defesa civil, resgate de acidentados, aeromédico. Para esse tipo de serviço [aeromédico] a importância de investimento é muito grande. É uma pessoa, uma vida, alguém que o Estado tem a obrigação de ajudar. Então através do instrumento, que é o avião, ou os helicópteros, é que se pode agilizar o transporte dessas pessoas até Belém”, explica.

O Grupamento Aéreo, em Belém, trabalha com dois helicópteros e três aviões. O avião enviado para o resgate do acidentado em Breves decolou às 15h45 e tinha previsão de volta às 18 horas.​

Na noite da ultima quinta-feira (24), os policiais militares Silvio Pereira e Lourdete Alves, lotados no 9° Batalhão do Comando de Policiamento Regional XII, ajudaram no nascimento de Emily Vitória. A ocorrência foi no fim do expediente, quando os PMs faziam a troca de turno no quartel. As informações sobre o nascimento da menina e um vídeo do parto circulam nas redes sociais (veja gravação abaixo).

Os policiais foram acionados para um atendimento na rua Cajual, bairro do Aeroporto, em Breves, uma das ilhas do Marajó, no Pará. Quando chegarem ao local, os policias encontraram a mulher em trabalho de parto, deitada no chão de terra batida de uma casa em construção. Na ocasião, chovia forte na cidade.

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Segundo relato do cabo Silvio, a viatura chegou ao local em poucos minutos. Ele e a cabo Lourdete encontraram a jovem demonstrando bastante cansaço, e a criança em processo final de nascimento. "Ao chegarmos, imediatamente esterilizamos nossas mãos e meu canivete, que usei para cortar o cordão umbilical. Neste nomento, orei a Deus pedindo intervenção, pois elas corriam riscos, já que estavam em local insalubre. No final, deu tudo certo", disse o policial, segundo o que foi divulgado nas redes.

Em seguida ao parto, mãe e filha foram conduzidas ao Hospital Municipal de Breves para receber atendimentos médicos. As duas passam bem.

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A miséria bateu no rosto do bispo. O cardeal dom Frei Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, conheceu de perto os casos de abuso e exploração sexual infantil no arquipélago do Marajó, no Pará, e apontou as causas que precisam ser combatidas: a pobreza e a impunidade. “Há duas grandes causas por trás desses abusos e exploração. Uma é a pobreza. A outra, a impunidade. O povo está tão pobre que acaba deixando os filhos serem levados e abusados para ganhar algum dinheiro. E, do outro lado, uma impunidade inaceitável, intolerável”, afirmou o cardeal, em Belém, depois de uma visita à cidade marajoara de Breves, no último final de semana. Dom Cláudio admitiu que ver as crianças nessa situação o deixa de “coração cortado”.

Ao lado de dom José Luís Azcona, bispo da prelazia do Marajó, e da irmã Henriqueta Cavalcante, secretária executiva da Comissão Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB - Regional Norte 2, que abrange o Pará e o Amapá), o cardeal disse ter visitado o Marajó em nome dos bispos do Brasil e do papa Francisco. As "meninas balseiras", crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual em balsas que navegam pelos rios da região, provocaram a reação de dom Cláudio: “Vou relatar para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e para o papa sobre o que está ocorrendo. O papa sempre diz: ‘Vai para os locais mais sofridos, distantes e abandonados’”, disse.

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O cardeal disse que a grande maioria da população do Marajó é pobre. “Muita gente na miséria, muita gente não tem nada mesmo. É impressionante. Uma grande parte vive de Bolsa Família (do governo federal) ou de um parente idoso que talvez tenha uma aposentadoria. Quer dizer, sobrevive. Certamente tem gente passando fome”, afirmou. “O poder municipal tem poucos recursos para fazer qualquer coisa. O povo não tem trabalho, não há investimentos ali", disse.

Dom Claudio Hummes ficou cinco dias em Breves, município com cerca de 100 mil habitantes. Chegou em 23 de fevereiro e foi recebido com muita alegria pela população. Visitou a Comunidade de Nossa Senhora de Fátima e as Irmãs de Notre Dame. À noite, celebrou pela primeira vez uma missa no arquipélago marajoara, na paróquia São José e Santa Terezinha.

Amigo pessoal do papa Francisco, dom Cláudio será um importante interlocutor sobre o grave problema amazônico, para que as crianças possam ser ajudadas por meio de organizações e instituições nacionais e internacionais. “Conheço o cardeal Bergoglio das reuniões em Roma. Nunca estive na casa dele em Buenos Aires, e ele nunca esteve na minha, porque não é muito de viajar. Trabalhamos na conferência de Aparecida, em 2007, que durou quase 20 dias. Foi ali que a gente mais se conheceu, mas já éramos amigos”, disse dom Cláudio, em entrevista logo depois da eleição de Francisco.

O arcebispo também visitou a cidade de Portel. Participou de audiência pública e conheceu a Comunidade Ágape da Cruz e uma Brinquedoteca. Outra parada foi em Melgaço, considerado o município com o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil. Pelo rio Tajapuru, esteve na Comunidade Nossa Senhora do Desterro. Também em Melgaço, ouviu relatos sobre os problemas da região. No sábado (27), dom Cláudio Hummes retornou para Belém, de onde tomou avião para São Paulo.

Já chegaram ao Estado os cabos subaquáticos que vão levar energia firme e internet via fibra ótica aos municípios do arquipélago do Marajó e da Calha Norte. A conexão se estenderá por 17 quilômetros, entre a subestação de energia de Vila do Conde, em Barcarena, até Ponta de Pedras. O investimento total é de R$ 250 milhões.

O navio que transportou os carreteis de cabos produzidos pela multinacional Prysmian está ancorado próximo à zona urbana de Ponta de Pedras. Representantes do governo do Estado, Centrais Elétricas do Pará (Celpa) e prefeitos conheceram parte da estrutura nesta semana. A instalação dos cabos na baía do Marajó começa ainda neste mês.

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Do total investido, R$ 120 milhões são provenientes do governo, por meio do Programa de Investimentos em Áreas Sociais (PIS), e R$ 130 milhões da Celpa. “Isso é um marco, pois não podemos pensar em desenvolvimento, turismo, melhoria das condições de vida sem energia firme”, disse o chefe da Casa Civil da Governadoria, José Megale, em entrevista à Agência Pará.

Modificação - O sistema subaquático permitirá que a região do Marajó será interligada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Serão beneficiadas cerca de 450 mil pessoas, somente no arquipélago. Até o momento, a energia é gerada por termelétricas, abastecidas com óleo diesel, que serão desativadas gradativamente.

Com informações da Celpa, Prodepa e Sedeme.

A beleza de produtos artesanais ganha destaque na mostra que acontece no Espaço São José Liberto, em Belém, até o próximo dia (20). A exposição “Mulheres de Fibra” é um trabalho das artesãs do município de São Sebastião da Boa Vista, localizado no arquipélago do Marajó, no Pará. Resultado da aprovação de um projeto pelo Ministério da Cultura (MinC) em parceria com o Programa Amazônia Cultural, artesãs do Grupo Arte em Fibra de Jupati desenvolvem um trabalho voltado para a produção artesanal familiar. 

A exposição reúne bolsas, brincos, colares, tiaras, broches, braceletes e outros acessórios que revelam a sutileza do trabalho feito com a fibra de jupati, que é extraída de uma palmeira característica do Norte do Brasil. A prática é repassada de geração em geração entre as mulheres da família. A mostra foi ambientada pela arquiteta Terezinha Abrahim, que criou um espaço onde é retratado o cotidiano das artesãs ribeirinhas, e todo o processo produtivo e criativo do grupo.

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A coleção vem sendo trabalhada desde 2012, pelas designers Ninon Rose Jardim, Lidia Brahim e Manoela Costa, e visa divulgar o trabalho das artesãs e principalmente valorizar a produção artesanal do município. Segundo Ninon Rose Jardim, as cores e os desenhos feitos no tecido da fibra que formam diversas composições geométricas são os grandes diferenciais dessa coleção.  "Essa exposição é para mostrar um pouco da arte tradicional do município e, mais importante ainda, todo o processo produtivo que vai desde a extração da fibra do jupati, até a sua comercialização", disse.

Segundo Ninon, para dar visibilidade e oportunidade de mercado às mulheres artesãs, um site foi desenvolvido no qual os produtos podem ser adquiridos e encomendados. No site, também é possível encontrar muitas informações dessa produção marajoara que é feita em fibra de jupati.

Para Ninon, a valorização da cultura local está diretamente ligada a uma melhora de vida das artesãs. "Valorizar toda essa produção que é feita por essas mulheres contribui para que elas possam viver do artesanato. Então esperamos que elas possam, a partir da exposição, poder mostrar o produto delas para o mundo", afirmou.

A designer acredita que esse é um trabalho que não está ligado apenas à questão econômica, mas a uma questão cultural familiar. "Quando você compra uma peça não está comprando só o artesanato, mas a história de vida dessas mulheres", destacou Ninon.       

Serviço:

A mostra "Mulheres de Fibra" segue aberta ao público até o próximo domingo (20), no horário de 9 às 18 horas, no Espaço São José Libero, na Cidade Velha. Mais informações pelo site das artesãs

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A última etapa do circuito Challenge de Mountain Bike foi realizada no sábado (28), no município de Salvaterra, localizado no arquipélago do Marajó, Estado do Pará. As belezas naturais do local e os terrenos do percurso foram alguns motivos para que a região fosse escolhida, pela direção de prova, para sediar um evento com caráter esportivo e com muitos encantos turísticos.

Realizado pela Associação Outdoor Challenge com apoio de Secretarias do Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Salvaterra, a competição contou com 64 atletas, do Pará, Maranhão e Amazonas. Duas provas foram realizadas, a Aruãs, com 25 pessoas inscritas (percurso de 75 km), e a Marajoara, com 39 participantes (percurso de 150 km). 

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Entre os locais por onde os atletas passaram estão areais, descidas, campos das fazendas, terrenos com ladeiras altas e “terruadas” (buracos desenvolvidos com o vaivém de cavalos e búfalos) formadas durante o período de estiagem na região. Além disso, eles depararam com muitos búfalos ao longo do caminho, o que não é estranho, pois esses animais caracterizam a ilha.

O ponto de largada e chegada da prova foi em frente à Pousada dos Guarás. O início da competição foi às 7 horas.  Os dois percursos foram demarcados pela direção da prova durante várias semanas.

Os prêmios para os vencedores são medalhas e troféus. Além da experiência de competir, os participantes obtiveram o privilégio de estar em contato com a natureza nas trilhas e sentir a integração do indivíduo com o meio ambiente. De acordo com a direção do circuito, Salvaterra é um local que possui aspectos curiosos, ideais para quem busca adrenalina, qualidade de vida e dedicação ao esporte.

Para realizar a prova, a Outdoor Challenge organizou um esquema especial de segurança, saúde, transporte, alimentação e hospedagem dos atletas e seus familiares.

A Outdoor Challenge contou com o apoio do Governo do Estado, homens do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Estadual, agentes da Cruz Vermelha Brasileira, Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Prefeitura de Salvaterra e suas Secretarias de Saúde e Turismo; Comunicação Social (Secom), Turismo (Setur), Companhia de Turismo (Paratur) e Arcon, que também ajudaram na organização do evento.

Marlucia Almeida, 47 anos, foi bicampeã do circuito. Ela foi vencedora da prova marajoara, de 150 km, com o tempo acima de oito horas. José Tadeu de Oliveira Santos venceu a mesma prova com tempo de 9 horas e 5 minutos. Pela manhã, Adilson Kramer conquistou o prêmio na prova Aruãs na versão masculino e Tassya Brasil venceu a feminina, de 75 km. As duas primeiras etapas do circuito foram realizadas nas cidades de Bujaru e Salinópolis, ambas na região Nordeste do Pará. A etapa do Marajó terminou com a entrega da premiação aos campeões e show de carimbó marajoara.

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