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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), farão uma “super live” para convocar políticos e eleitores de direita a se engajarem com as eleições municipais de 2024. O evento on-line acontecerá no próximo domingo (28). Inelegível e sem cargo público no momento, Bolsonaro ocupa o posto extraoficial de patrono do Partido Liberal, legenda que o acolheu em novembro de 2021.  

Segundo Flávio, a grande transmissão ao vivo é sobre a  organização de base e a ocupação de espaços políticos. Interessados devem fazer uma inscrição informando nome, endereço de e-mail e celular, em um site divulgado pelo clã. “Atenção! No próximo dia 28, eu, o presidente Jair Bolsonaro, e meus irmãos, Eduardo e Flávio Bolsonaro, estaremos fazendo uma live, chamando a sua atenção para a importância de participarmos do próximo pleito eleitoral, no ano de 2024”, diz Carlos em um vídeo-convite. 

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Após a derrota nas urnas em 2022, Bolsonaro tem utilizado de sua influência política para tomar decisões junto à sigla de Valdemar Costa Neto. Carlos, o filho “02” de Jair, deve assumir a presidência do PL na cidade do Rio de Janeiro a partir de março, quando deixará o Republicanos para se filiar à legenda. Na capital fluminense, Carlos será um dos articuladores da campanha do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) à Prefeitura do Rio de Janeiro. 

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As eleições municipais não costumam carregar o mesmo peso ideológico das outras disputas políticas, no entanto, 2024 promete ser um ano em que o embate polarizado seja mais presente. Como um teste de força política, o presidente Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) serão cabos eleitorais de luxo e já traçam estratégias para demonstrar como ter o seu apoio pode ser suficiente para conquistar uma prefeitura.

O resultado da disputa palmo a palmo fica mais interessante nos principais centros, sobretudo nas capitais. O movimento do atual governo é renovar as bases já consolidadas e atrair novos apoiadores para reforçar a estrutura do pacto federativo, com uma comunicação mais facilitada na divisão de responsabilidades e de recursos da União com os municípios.

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Nesse ponto, o doutor em Ciência Política Rodolfo Marques entende que ter mais prefeitos aliados é fundamental para a governabilidade que o presidente busca. Ainda assim, acredita que a polarização - naturalmente - perca espaço para as demandas das cidades.

"Existe a questão da polarização. Talvez seja o pleito que mais vai ser forte em termos municipais, mas, geralmente prevalecem as questões da cidade, que é asfaltamento, Saúde Pública, Segurança Pública, que é uma demanda da Unidade Federativa, mas também você tem as forças auxiliares, as guardas municipais, a própria questão da Educação. Existe o IDEB (Índice de Avaliação da Educação Básica), que também é uma variável importante no que se refere a recursos. Então, os temas da cidade, eles emergem mais, mas é claro que essa polarização nacional vai ter um grau de interferência entre os bolsonaristas e o campo progressista, tanto o Lula quanto Bolsonaro vão se mobilizar para eleger o máximo de prefeitos", analisou Marques.

Mesmo inelegível, o ex-presidente tem a missão de frear a escalada progressista e reanimar a militância conservadora para atingir o plano ambicioso do PL de quadruplicar as prefeituras que emplacou em 2020. Sua atuação deve começar oficialmente já em março, quando inicia uma turnê pelo Brasil para fortalecer pré-candidaturas e participar de palanques com chances de derrubar aliados do PT.

"O PL tem um plano de eleger mais de 1.000 prefeitos. O PT, juntamente ali com o PSOL, com partidos mais à esquerda, a centro-esquerda, vai buscar também eleger nos principais colégios eleitorais. Tende a ser uma disputa acirrada", observou.

Mais de cinco mil municípios estão no centro da disputa. Contudo, a briga ganha mais fôlego em colégios maiores. Em São Paulo, por exemplo, a tendência é que a eleição seja polarizada pelo representante progressista Guilherme Boulos (PSOL) contra candidatos mais à direita, como o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) ou Ricardo Salles (PL), ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro. Por fora, a candidatura de Tabata Amaral (PSB) promete recalcular a divisão de votos na capital com a possível presença do apresentador José Luiz Datena como vice.

No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) deve ser reeleito sem grandes sustos. O nome do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Alexandre Ramagem (PL), é cotado como a aposta bolsonarista na cidade. Em Salvador, o atual prefeito Bruno Reis (UNIÃO), ligado a ACM Neto, deve garantir mais uma vitória à direita com certa tranquilidade.  

Em Belo Horizonte, o nome de Nikolas Ferreira (PL) é aventado como o candidato do ex-presidente, enquanto o PT deve ser representado por Rogério Correia, escolhido como vice-líder da sigla na Câmara.

“Nós temos cidades também bem importantes, como Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis. Florianópolis tem um leitorado um pouco menor, mas ela é uma capital importante. As cidades do Sul, em especial, Curitiba e Florianópolis, ficaram mais próximas do bolsonarismo. Santa Catarina é um estado que também acabou se aproximando muito do bolsonarismo. No Nordeste, o PT foi muito bem em 2022, o Lula venceu a eleição nos nove estados da região e claro que chama a atenção as capitais, Salvador, Recife, também capitais importantes como São Luís, Teresina, que o campo progressista está bem consolidado, Fortaleza, que tem atualmente um governo também ligado ao campo progressista. Temos também na região norte Belém que é a metrópole da Amazônia. Temos Manaus também que tem uma grande concentração populacional todas as cidades serão polos importantes de disputa da polarização”, avaliou o cientista político.

 

O reajuste do salário mínimo para R$ 1.412 causará impacto de R$ 4,33 bilhões nos cofres municipais, aponta levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Em Pernambuco, o impacto será de R$ 295.938.666. Para o presidente Paulo Ziulkoski, o novo mínimo previsto no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 agravará ainda mais o quadro fiscal de crise financeira enfrentado.

As prefeituras empregam mais de 6 milhões de pessoas, e delas 2,3 milhões recebem até um salário e meio, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2021. Os Municípios pernambucanos possuem 167.916 servidores. E o novo valor deve ser pago a todos os trabalhadores do setor público e privado, aposentados e pensionistas. A CNM aponta que o reajuste impacta, principalmente, os Municípios de pequeno porte.

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Entes menos populosos são os que possuem funcionários com remunerações próximas ao valor do salário mínimo, ou seja, aumento do gasto de pessoal decorrente do reajuste. Minas Gerais, Bahia e Ceará concentram o maior número de servidores municipais que recebem até 1,5 salário mínimo. A soma dos servidores desses três Estados corresponde a 1/3 do total. Já os Estados com a menor concentração de servidores municipais que recebem até 1,5 salário são: Acre, Amapá e Rondônia.

Os reajustes do salário mínimo, entre 2023 e 2023, elevaram os gastos dos Municípios em R$ 38,6 bilhões. Com os encargos trabalhistas, o impacto chega a quase R$ 54 bilhões. “Além do mínimo, as demais elevações das despesas, ocorrem à revelia das prefeituras”, alerta Ziulkoski ao explicar: “as decisões aprovadas em outras esferas de governo têm provocado impacto nos cofres das prefeituras e agravado o quadro fiscal”.

A nova política de valorização do salário mínimo tem como cálculo de reajuste anual do piso nacional foi definida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses, encerrado em novembro do ano anterior, e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) consolidado de dois anos anteriores. O INPC foi de 3,85%, em novembro de 2023, somado ao crescimento do PIB de 2022 ajustado, de 3%. Assim, o mínimo de 2024 terá crescimento de 6,97%.

*Da CNM

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que as prefeituras vivem um "momento delicado" com a queda na arrecadação municipal. O petista disse que, em seu governo, o "ente federativo tem que prevalecer" e vai garantir que as prefeituras não tenham arrecadação menor do que no ano passado.

As declarações ocorreram durante cerimônia de lançamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções, voltado a Estados e municípios, nesta quarta-feira, 27. O presidente disse que não irá deixar de receber governadores nem prefeitos de outros partidos políticos. Segundo ele, isso é "crime, falta de respeito à democracia e aos votos das pessoas".

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Na fala, ele pediu para os prefeitos "aproveitarem" enquanto ele estiver na Presidência da República para fazer reivindicações e reclamar. "Nunca antes na história do País, os prefeitos foram tão bem tratados como foram tratados nos meus dois primeiros mandatos", disse.

Em troca, o presidente pediu para que prefeitos e empresários priorizem a contratação de trabalhadores locais para a execução das obras do PAC. Isso, segundo ele, fará com que as cidades gerem empregos e, como consequência, vai diminuir a "bandidagem" da comunidade.

"O que queremos é que cada prefeito tenha direito a fazer a sua obra", disse, pois, conforme pontuou, "é na casa do prefeito onde o povo vai reclamar primeiro".

No evento, Lula também fez um pedido à ministra da Cultura, Margareth Menezes, para fazer um estudo sobre uma possível redução de imposto relacionado aos livros. O presidente disse que, em seu governo, fará uma ampla ação para alfabetização da população e pediu para que, em cada projeto do Minha Casa, Minha Vida, tenha uma "salinha, por menor que seja", voltada à leitura.

Prefeituras pernambucanas amanheceram nesta segunda-feira (21) com faixas pretas em protesto pela queda nas receitas municipais, em especial no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e na alíquota do ICMS.

“Chega de queda de receitas e aumento das despesas” e “Recomposição de perdas do ICMS é urgente”, são algumas das frases que estampam os materiais. A campanha é realizada pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).

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Outra reivindicação expressa nas faixas é a “Aprovação do 1,5% do FPM já”, um dos principais pleitos dos prefeitos e prefeitas de Pernambuco para auxiliar no custeio do piso da enfermagem. Ainda neste mês de agosto, a Associação vai promover uma campanha de rádio e TV para conscientizar a população sobre os riscos que os serviços públicos enfrentam com o atual cenário financeiro das cidades.

Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), 51% dos municípios estão no vermelho neste semestre, devido à diminuição de receitas e aumento das despesas. Além da queda de 23,54% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), neste mês de agosto, os municípios também amargam represamento das emendas parlamentares e atraso no repasse dos royalties de minerais e petróleo.

*Da assessoria 

As 133 mortes ocorridas em um intervalo de aproximadamente 10 dias no Grande Recife, em decorrência das chuvas e deslizamentos de barreiras, no último ano, foram consequências extremas de fenômenos já conhecidos. A tragédia foi a pior da história recente de Pernambuco e do país, tendo alcançado repercussão nacional. Apesar das mortes ocorridas por questões climáticas e habitacionais não serem uma novidade, 2022 certamente aumentou a pressão sobre as gestões municipais da metrópole, que há anos se destacam negativamente pela aplicação de medidas paliativas. 

Nesse último 28 de maio, se completou um ano desde que as mortes ocorreram. Na verdade, as mortes aconteceram em intervalos curtos, em menos de duas semanas, mas em 28 de maio de 2022 o maior número de mortes foi registrado. O dia fechou com 33 mortes já confirmadas ainda nas primeiras 24h, e os desaparecidos foram sendo encontrados nos dias posteriores, colocando o número de óbitos na casa de uma centena. Até 7 de junho, 132 mortes foram confirmadas e uma última foi notificada no fim do mês, mas referente às mesmas datas. 

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As ocorrências se concentraram em Recife, Jaboatão e Olinda, apesar das enchentes terem afetado outros municípios, como Paulista, Camaragibe, São Lourenço da Mata e Goiana. O LeiaJá buscou algumas das prefeituras da Região Metropolitana do Recife para saber o que foi realizado em prol da população que mora em locais de risco, seja em barreiras, próximas a rios ou em áreas planas e sem escoamento apropriado das águas pluviais. 

Em visitas realizadas pelo LeiaJá às regiões de deslizamentos, foram ouvidas queixas sobre o pagamento dos auxílios moradia e emergencial, além de reclamações sobre a aplicação de novas lonas, construções de muros e realização de drenagens. Essas reclamações foram mais recorrentes em Jardim Monte Verde e no Córrego do Tiro, em Recife. 

Na primeira quinzena de maio, uma equipe visitou córregos em Águas Compridas, Olinda, onde a situação das barreiras era similar ao que foi visto em 2022 (foto do topo da matéria). Além de ter sido atingida em 2022, Águas Compridas também foi cenário da primeira morte por deslizamento em 2023

LeiaJá também 

  - - > ‘Podcast Atemporal revisita deslizamentos no Grande Recife ou ouça agora, no Spotify: 

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Confira, abaixo, as respostas das prefeituras procuradas. A Prefeitura de Paulista não respondeu a nenhuma das tentativas de contato. O canal segue aberto. 

Jaboatão dos Guararapes (PMJG) 

A Prefeitura informou que, junto à Secretaria de Defesa Civil, contratou 94 novos funcionários para atender às demandas da população. A gestão diz também que estruturou uma sala de monitoramento em tempo real, um plano emergencial e que está instalando duas bases da Defesa Civil, uma em Monte Verde e outra em Curado II, com o intuito de se aproximar das áreas de risco. Também está investindo R$ 54 milhões na limpeza de canais, rios, canaletas e galerias, e mais R$ 40,5 milhões em obras de contenção. Um aprofundamento do canal da Lagoa do Olho D´água está sendo feito e 180 mil m² de lonas devem ser aplicados nas encostas ainda este ano. 

No caso de Jardim Monte Verde, uma comissão de lideranças mantém um canal de contato permanente com a prefeitura, que já realizou algumas reuniões com a comunidade e apresentou os três projetos de contenção elaborados para o local, que somam cerca de R$ 80 milhões, recursos que o município está tentando captar junto ao Governo Federal. Também encaminhou ao Governo Federal um plano habitacional para construção de 305 unidades habitacionais para famílias que perderam suas casas na chuva e aguarda posicionamento. 

Com relação ao auxílio-moradia, antes das chuvas, Jaboatão pagava um benefício de R$ 150 a 200 famílias. Naquele momento, dobrou o valor para R$ 300, pagando atualmente a 916 famílias.  Portanto, os investimentos saltaram de R$ 30 mil para R$ 274,8 mil ao mês, R$ 3,3 milhões ao ano. Houve processos indeferidos pelo fato de moradores terem CadÚnico de outro município ou não atenderem a critérios legais, como o de renda. Mas, havendo questionamentos, a população deve entrar em contato com a Assistência Social pelo número 81 99529-2166. Desde o ano passado, a Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes disponibiliza atendimento psicológico para pessoas afetadas pelas chuvas. 

A prefeitura já criou dois abrigos oficiais para acolher pessoas que venham a ficar desabrigadas. Em caso de emergência, ligar para a Defesa Civil, nos telefones 0800 281 2099 e 9.9195-6655. 

Prefeitura de Camaragibe 

A Prefeitura de Camaragibe, por meio da Defesa Civil, informa que as ações de proteção necessárias nas áreas de risco são realizadas rotineiramente. A gestão está com processos licitatórios em andamento para execução de mais obras de revestimentos e contenção de encostas em pontos de alto risco no município. São aproximadamente R$ 3 milhões de reais investidos especificamente para intervenções desta natureza. Destacamos ainda que estão sendo realizadas ações de prevenção em vários pontos da cidade, além de obras de reconstrução, recuperação de escadarias, dentre outros. Foram realizadas entre 2022 e 2023, limpeza de 24,8 km de canais, 275 erradicações, podação e remoção de árvores, 810 mil metros quadrados de aplicação de lonas, 476 metros cúbicos de muro de arrimo, além de 3.275 metros quadrados de execução de tela argamassada. 

Informamos ainda que aproximadamente mil famílias foram beneficiadas com o pagamento do Auxílio Pernambuco, observados os critérios estabelecidos pelo Governo do Estado. A Prefeitura de Camaragibe, por meio da Secretaria de Assistência Social, viabilizou para as 44 famílias desabrigadas no município, o pagamento do auxílio de R$ 1.200,00, mais seis parcelas de aluguel social no valor de R$ 300,00 ; prorrogados por mais seis meses. 204 permissionários do Mercado Público Municipal foram contemplados com o pagamento de três parcelas de R$ 600. 

Prefeitura de Olinda 

A Prefeitura de Olinda, através da Secretaria Executiva de Defesa Civil, já colocou, este ano, 260.000 m² de lona plástica nas áreas de morro e cadastrou os moradores das áreas de risco no sistema de avisos por meio de mensagens de SMS (pelo número 40199), para alertas de desastres, em parceria com a Defesa Civil Nacional. No momento, existem oito obras de contenção na Rua da Jangada (Caixa D’Água). Além disso, 772 árvores foram erradicadas em encostas, 1049 vistorias técnicas e 555 atendimentos sociais. 

Nesta sexta-feira (26), a Defesa Civil de Olinda iniciou mais uma etapa na Operação Inverno com a aplicação da geomanta nas áreas de morro da cidade. A Rua 6 de Janeiro, no bairro de Águas Compridas, será o primeiro endereço contemplado com a técnica que garante maior proteção das encostas e o melhor escoamento da água da chuva. No total, serão 54 mil metros quadrados, distribuídos em 94 pontos de riscos, mapeados pela Defesa Civil do município. 

Esse serviço inclui, ainda, a implementação do sistema de drenagem do talude, com a construção de galerias e caixas de recebimento de todo volume da água da chuva. A obra é um reforço no plano de ação da operação, iniciada em janeiro deste ano. Os trabalhos preventivos em andamento na cidade abrangem a construção de muros de arrimo, trabalhos de micro e macrodrenagem, como limpeza de canais e do sistema de galerias em diversos bairros de Olinda. A força-tarefa é coordenada pela Secretaria de Gestão Urbana e Executiva de Defesa Civil. 

Todas as áreas de risco do Córrego do Abacaxi (as primeiras mortes registradas em 2022, entre 24 e 25 de maio, foram registradas no Córrego do Abacaxi) serão contempladas com geomanta. A Defesa Civil de Olinda mantém equipes de plantão para a instalação e substituição de lonas plásticas, corte de vegetação e social. Os chamados podem ser feitos pelos telefones 0800 081 0060 ou 99266-5307 (WhatsApp). 

O órgão iniciou, em fevereiro, o trabalho de macrodrenagem com a limpeza de todos os canais que cortam a cidade e já concluiu esse trabalho nos canais do Matadouro (Jardim Atlântico), México (Rio Doce) e o canal da Rua Golfinho (Ouro Preto). Os outros serviços seguem em execução. 

Também está em andamento a ação de microdrenagem, sanando diversos pontos de retenção de água nos bairros de Casa Caiada, Vila São Bento, Bairro Novo, Córrego do Abacaxi, Bultrins, Jardim Atlântico, Cidade Tabajara, Rio Doce e Peixinhos. 

Continuação: A Prefeitura de Olinda, por meio da Secretaria de Educação, preparou oito pontos municipais para acolhimento de possíveis desabrigados, a partir do mapeamento das áreas de riscos no município. 

Pouco mais de 7 mil famílias olindenses foram beneficiadas com o pagamento de R$ 1.500 do auxílio emergencial no mês de junho de 2022, das quais 41 passaram a receber auxílio moradia. Atualmente, o auxílio-moradia, reajustado pela Prefeitura em 100% este ano, atende 1.057 famílias cadastradas para o auxílio-moradia. 

Prefeitura do Recife 

A Ação Inverno 2023, pacote de serviços e  intervenções do município no enfrentamento às consequências climáticas, tem investido R$ 291 milhões em todas áreas da cidade com esse objetivo. O trabalho será ampliado com uma operação de crédito já firmada pela cidade, que garantiu R$ 2 bilhões de investimentos, junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para obras de infraestrutura, drenagem e habitação.  

A maior parte dos recursos - R$ 1,5 bilhão - será empregada no Programa de Requalificação e Resiliência Urbana em Áreas de Vulnerabilidade Social (ProMorar), enquanto R$ 500 milhões serão utilizados para eficiência fiscal, que também deve ser revertida em investimento. 

Os R$ 2 bilhões serão investidos em ações e obras de infraestrutura urbana que beneficiarão ao todo 200 mil recifenses. O ProMorar Recife executará obras de macrodrenagem na bacia do Rio Tejipió, equipamentos urbanos, pavimentação, espaços de convivência, proteção de encostas, saneamento, moradia, entre outras iniciativas. 

As primeiras comunidades escolhidas para receberem investimentos já estão com as equipes sociais do programa discutindo as melhorias necessárias junto com os moradores de cada localidade. São as oficinas participativas que estão no momento sendo desenvolvidas em Dancing Days, Sítio das Mangueiras, Ayrton Sena, João Paulo II, Vila Brasil, Vila Arraes, Loteamento Padre Henrique, Beira Rio, Rua Divinolândia e Malvinas. Após essa etapa, os projetos serão compatibilizados, atendendo às premissas das comunidades, e apresentados a elas. Só então, deverão ser licitados para execução. 

AUXÍLIO MUNICIPAL EMERGENCIAL (AME) - A PCR começou a realizar o pagamento do AME - no valor de R$ 2,5 mil - ainda no mês de junho. No total, 22.371 famílias foram beneficiadas, com impacto direto para cerca de 90 mil munícipes e cerca de R$ 60 milhões de investimento junto à população afetada. O recurso do AME foi destinado às famílias mais vulneráveis do Recife que: 1) morassem em áreas afetadas mapeadas pela Defesa Civil e Assistência Social; 2) Tivessem os cadastros atualizados no CadÚnico; e 3) Habitassem em Comunidades de Interesse Social (CIS) de áreas alagadas  

Em relação ao território geográfico, os cinco bairros que mais impactados e cujas famílias receberam o AME foram: 

Imbiribeira - 2.702 AMEs concedidos 

Ibura - 2.538 AMEs concedidos 

Torrões - 1.843 AMEs concedidos 

Areias - 1.426 AMEs concedidos 

Caçote - 1.426 AMEs concedidos 

ENCOSTAS - Até o momento a gestão fez a entrega de 66 contenções e investimentos na ordem de R$ 100 milhões. No momento, a Autarquia de Urbanização do Recife (URB) está com mais 44 obras em curso e outras 23 estão contratadas para iniciar nas próximas semanas. Além disso, 485 projetos para áreas de risco da cidade estão em fase de elaboração. Com o empréstimo do BID, a Prefeitura vai ampliar para 100 grandes obras de encostas todos os anos. 

Auxílio Moradia - Nos últimos 12 meses, foram incluídas 1.643 famílias no Auxílio Moradia, que teve o valor aumentado em 50% (de R$ 200 para R$ 300 por mês) e beneficia hoje 7.234 recifenses. Do total de inclusões, 758 foram em Jardim Monteverde, Vila dos Milagres e Lagoa Encantada. A aplicação de geomanta, um composto geotêxtil de PVC usado para proteger as barreiras, foi feita em 13 pontos de risco da cidade, beneficiando 140 famílias. 

ASSISTÊNCIA SOCIAL  

- Os Abrigos Irmã Dulce e o Emergencial Travessa do Gusmão permaneceram abertos durante 24h para acolher as famílias atingidas pelas chuvas. Cerca de 200 vagas ao todo.  

- Mais de 30 bairros, contemplando mais de 40 comunidades, receberam os donativos arrecadados pelo Recife Solidário. Ao todo 14.943 famílias foram beneficiadas. 

- Captação de donativos com a sociedade civil: 52.825 Refeições; 14.990 Cestas básicas; 11.825 Colchões; 34.123 Itens de limpeza; 187.620 Itens de higiene pessoal. A Secretaria Executiva de Defesa Civil também realizou 16.848 atendimentos sociais e distribuiu 1.764 cestas básicas e 629 colchões. 

- Em parceria com o Governo do Estado, a Secretaria de Direitos Humanos realizou um mutirão nas comunidades e emitiu 1.023 Certidões de nascimento emitidas e 911 RG. 

 

Em seu primeiro pronunciamento após retornar ao Brasil na manhã desta quinta-feira (30), na sede do PL, no Distrito Federal, Jair Bolsonaro definiu que o objetivo da base aliada é alcançar 60% das prefeituras em 2024. Sem cargo eletivo, o ex-presidente confirmou a parlamentares da direita que vai atuar como funcionário do partido. 

Sem deixar de alfinetar o atual governo, Bolsonaro enalteceu os políticos da oposição e destacou o papel deles de direcionar as decisões da Câmara e Senado. "Esse pessoal que, por hora, e por pouco tempo está no poder, eles não vão fazer o que bem quer [sic] com o futuro da nossa nação. Nós somos praticamente 20% das bancadas, além de outros colegas nossos de vários outros partidos", apontou ao citar o PP.  

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Pela experiência como ex-parlamentar, ele disse que a bola está com a frente conversadora no Congresso. "Falta pouco para nós sermos felizes", reforçou. 

Em sua fala, Bolsonaro confirmou que vai prestar serviços ao PL e que espera fortalecer o partido nos bastidores. "Vou cumprir expediente aqui no PL, vou aqui receber muita gente com nosso chefe aqui, que é o Valdemar, que é o presidente do partido e tem uma tremenda responsabilidade também", comentou com os deputados, senadores e ex-ministro que participaram da recepção. 

"EUA é o Brasil que deu certo"

Sem interesse em participar diretamente para as eleições municipais do próximo ano, o líder da extrema direita brasileira afirmou que seu bloco político deve alcançar 60% das prefeituras. Ele ainda teve tempo para dividir sua experiência nos últimos três meses nos Estados Unidos. 

Como ex-chefe da República Federativa do Brasil, Bolsonaro foi categórico ao observar que conheceu um estado republicano e indicou que o país "tem tudo aquilo que nós queremos implementar aqui também", ao citar os entendimentos sobre liberdade de expressão, direito de autodefesa e ao patrimônio. 

"É um sonho nosso seguir esse estado norte-americano. Lá é o Estado brasileiro que deu certo", enfatizou o ex-presidente. 

No dia seguinte à derrota de Jair Bolsonaro (PL), rodovias em todo o país foram bloqueadas por apoiadores do ex-presidente que não aceitavam o resultado das eleições. Pelo menos oito veículos multados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) pertencem a Prefeituras, sendo três de cidades em Pernambuco.

A relação da PRF que o Brasil de Fato teve acesso por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) apontou que seis ônibus, uma caminhonete e um carro de passeio de seis municípios do Nordeste e outros dois da região Sul participaram dos atos contra o sistema eleitoral.

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Veículos de Prefeituras em Pernambuco

Os três ônibus das gestões municipais em Pernambuco foram multados pela PRF por infração gravíssima. Seus respectivos prefeitos defenderam a reeleição de Bolsonaro e dos candidatos indicados pelo ex-presidente durante a campanha eleitoral.

Um deles é um modelo Mercedes Benz da Prefeitura de Cortês, município da Mata Sul de Pernambuco, comandado pela prefeita Fátima Borba (Republicanos). Outro veículo envolvido é um modelo Volkswagen da cidade de Camocim de São Félix, no Agreste, que tem Giorge Bezerra (PSB) como prefeito. O terceiro é um modelo Volare de São Bento do Una, também do Agreste, gerida por Alexandre Batité (MDB).

Ainda no Nordeste, uma caminhonete da Prefeitura de Caicó, no Rio Grande do Norte, recebeu uma multa grave. Em Pilões, na Paraíba, um ônibus do município também teve uma infração grave. Outro ônibus usado foi da cidade de Messias, em Alagoas, com uma infração leve.

No Paraná, um carro de passeio de São Miguel do Iguaçu recebeu uma infração grave e um ônibus de Goioerê foi autuado por infração leve.  

Em duas décadas, o Brasil conseguiu dobrar a proporção de mulheres à frente de governos municipais. No entanto, elas chegaram a 2021 comandando apenas 12,1% das prefeituras no País. Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) e da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8).

No ano passado, havia 674 gestores municipais do sexo feminino, contra 4.894 do sexo masculino. Ou seja, os homens estavam à frente de 87,9% das prefeituras entre os 5.568 municípios pesquisados (os dois municípios restantes não responderam à pesquisa).

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"Verificou-se que, durante os 20 anos que separam a primeira pesquisa desta última edição, as prefeitas passaram de 332 para 674 (6,0% para 12,1%), porém, apesar de esse número ter dobrado, ainda é muito pequena a representatividade feminina no comando do executivo municipal", ressaltou o IBGE.

Em 2001, as mulheres comandavam 6,0% das prefeituras, contra 94,0% lideradas por homens. A região Nordeste manteve no ano passado o maior porcentual de prefeitas, enquanto o Sul e Sudeste registraram as menores fatias.

Os Estados com maiores proporções de municípios comandados por prefeitas em 2021 foram: Roraima (26,7%), Rio Grande do Norte (22,8%), Maranhão (22,1%), Alagoas (21,6%) e Pará (20,1%). As menores proporções foram observadas no Espírito Santo (2,6%), Amapá (6,3%), Minas Gerais, Rio Grande do Sul (7,4%) e Mato Grosso do Sul (7,6%).

Apenas dois dos 49 municípios com mais de 500 mil habitantes tinham prefeitas no ano passado: Contagem e Juiz de Fora, ambos em Minas Gerais. Apesar do número ínfimo, houve melhora em relação à edição anterior da pesquisa sobre o tema, realizada em 2017, quando a presença feminina nesse cargo era inexistente em municípios com esse porte populacional. De 2017 para 2021, as mulheres conquistaram mais 12 prefeituras no País como um todo.

Desigualdade racial

O IBGE mostrou também desigualdade racial na representatividade dos cidadãos em âmbito municipal. A maioria dos gestores municipais informou ser de cor ou raça branca, 68,8%, enquanto os pretos ou pardos não ocupavam nem um terço das prefeituras, apenas 30,6%. Os que se declararam de raça indígena ou amarela totalizavam 0,6% dos prefeitos.

Na região Sul, 94,6% das prefeituras eram comandadas por brancos, no Sudeste, 80,3%. Os pretos e pardos eram maioria no comando de prefeituras nas regiões Norte (60,1%) e Nordeste (50,5%).

Em 2021, a idade média dos responsáveis pela gestão municipal foi de 50 anos, a maior já registrada desde 2001. Os gestores do sexo feminino tinham média de idade de 48,9 anos, e os do sexo masculino, 50,2 anos.

Quanto à escolaridade, 3.224 gestores municipais tinham curso superior completo, dos quais 15,6% possuíam especialização, mestrado ou doutorado. O resultado representa 195 gestores a mais com curso superior completo em relação a 2017, e 167 prefeitos a mais com pós-graduação.

Entre as prefeitas, 79,4% tinham pelo menos o ensino superior completo. Entre os prefeitos em atividade, apenas 54,9% tinham esse nível de escolaridade.

Em 2021, a Munic identificou que 2.315 gestores municipais foram reeleitos, sendo 2.083 deles (90,0%) do sexo masculino e 232 (10,0%) do sexo feminino.

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União cumprem 22 mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (23), para apurar um suposto esquema de corrupção e fraudes em convênios fechados por empresas de engenharia com prefeituras de Roraima, em especial com a da capital, Boa Vista. Entre os alvos da ofensiva está o ex-senador Romero Jucá.

Segundo a Polícia Federal, as companhias sob suspeita de integrarem o esquema seriam responsáveis pela execução de mais de R$ 500 milhões em convênios durante o período em que foram cometidos os crimes, entre 2012 e 2017. A corporação diz já ter identificado ao menos R$ 15 milhões pagos a título de propina.

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A operação foi aberta por ordem da 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima e apura supostos crimes de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo a PF, o nome da ofensiva faz referência a um "grande engenheiro do Egito antigo, a quem é atribuído a construção de várias obras faraônicas, como a Pirâmide de Djoser".

O inquérito que culminou nas diligências cumpridas nesta quarta foi insaturado após o Tribunal de Contas da União identificar, em um Relatório de Produção de Conhecimento, as maiores recebedoras de recursos do Programa Calha Norte em Roraima. Os investigadores viram indícios de que uma suposta organização criminosa teria fraudado procedimentos para celebração de convênios com prefeituras de Roraima, entre 2012 e 2017.

Ainda de acordo com a PF, três empresas de engenharia pagariam propinas a servidores públicos que auxiliariam na prática dos crimes e a um ex-senador que teria participação no esquema. Os investigadores aponta que os recursos chegariam ao ex-parlamentar por meio de familiares e de empresas de que são sócios.

"Há indícios que o ex-senador interferiria em assuntos relacionados a convênios nos quais houvesse a aplicação de verbas federais viabilizadas por ele, havendo evidências, inclusive, do "travamento" de pagamentos de verbas oriundas de emendas parlamentares de sua autoria caso não houvesse o pagamento de propinas", registrou a corporação.

A reportagem busca contato com o ex-senador Romero Jucá e sua defesa. O espaço está aberto para manifestações.

A Polícia Civil do Estado de São Paulo desencadeou nesta terça-feira (18) uma operação conjunta com as polícias interestaduais para desarticular uma quadrilha responsável por golpes cibernéticos contra milhares de vítimas, incluindo seis prefeituras de cidades paulistas e uma de Minas Gerais. Desde as primeiras horas da manhã estão sendo cumpridos 50 mandados judiciais, entre eles 14 de prisões temporárias nos Estados de São Paulo, Goiás e Piauí. Às 9h, dez suspeitos estavam presos, seis na capital e quatro na Baixada Santista.

Outros 18 mandados de busca e apreensão já foram cumpridos em ação prévia à operação Per Saltum. Os crimes incluem golpes com o uso de sites falsos para retenção de senhas ("phishing"), engenharia social em diversos nichos, desde acesso a aplicativos e redes sociais, como o Instagram, manipulação de dados para fraudes contra o sistema financeiro (seguros e benefícios sociais). Havia uma célula responsável por ataques aos caixas das prefeituras.

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O delegado Everson Aparecido Contelli, titular do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-8) de Presidente Prudente (SP), disse que os criminosos agiam de forma organizada e hierarquizada. "Havia um núcleo que atuava só em redes sociais, outro na lavagem de dinheiro, outro na cooptação dos correntistas e assim por diante, chegando à célula responsável pelos ataques a entes públicos, por isso estamos falando de uma organização criminosa", disse.

Somente da Prefeitura de Pirapozinho, na região de Presidente Prudente, os criminosos desviaram mais de R$ 2,5 milhões. Em São Paulo, foram atacadas ainda as prefeituras de Nova Granada (R$ 491 mil), Anhumas, Pratânia, Pontes Gestal e Teodoro Sampaio - em alguns casos, a quadrilha não conseguiu concluir a fraude. Também foram alvos de hacker as contas da Prefeitura de Entre Folhas, em Minas Gerais, com prejuízo de R$ 111 mil.

Ainda segundo o delegado, o dinheiro era repassado para contas correntes cedidas para o esquema. Os correntistas recebiam de 5% a 15% do valor desviado. "Já identificamos mais de 200 correntistas que participaram das ações criminosas. Eles também são cúmplices, pois possibilitaram a transferência dos recursos em troca de vantagem. Por ora estamos buscando os líderes do esquema, mas em algum momento vamos chegar também nessas pessoas que cederam as contas", disse.

Conforme a Polícia Civil, o nome da operação - Per Saltum - é uma alusão à complexidade financeira e de recuperação de ativos proporcionada à Polícia Civil com a implantação de bancos digitais no país e a utilização do protocolo Pix, cuja fusão do real e do virtual não foi, ainda, acompanhada pelo sistema de Justiça criminal, que mantém inalteradas as denominadas medidas assecuratórias descritas em 1941 - data da entrada em vigor do atual Código de Processo Penal.

O modus operandi dos crimes financeiros corresponde a cada uma das modalidades de fraudes virtuais. No ataque contra a Prefeitura de Pirapozinho, os policiais civis identificaram que o uso combinado de engenharia social, "phishing" e "vishing" (golpe de indução).

Na prática, segundo a polícia, os criminosos combinaram um grande vazamento de dados ocorrido no Brasil no início de 2021, com engenharia social e, se passando como funcionários de uma instituição financeira, direcionaram parte dos acessos das contas municipais para um falso site, o que ensejou a fraude e desvio dos recursos públicos por meio de Pix.

A investigação das fraudes foi iniciada pela Polícia Civil de Presidente Prudente. Participam da operação policiais civis do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-8) de Presidente Prudente e as delegacias seccionais de Adamantina, Assis, Dracena, Presidente Prudente, Presidente Venceslau e da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Presidente Prudente.

Levantamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) mostra que, entre janeiro e setembro de 2022, o governo e as prefeituras paulistas, exceto a da capital, destinaram R$ 21,28 bilhões a 12.414 entidades do Terceiro Setor. Do total, R$ 10,05 bilhões correspondem a repasses estaduais e R$ 11,23 bilhões a transferências municipais.

O setor que mais recebeu recursos foi a Saúde, com R$ R$ 17.334.214.610,72, ou 81,4% do montante. Em segundo lugar, a Educação consumiu R$ 2.020.917.741,12 - um percentual de 9,5% do total de transferências. As entidades de assistência social aparecem na terceira colocação, tendo recebido repasses da ordem de R$ 1.037.515.014,61, ou 4,9% dos valores, e de Cultura em quinto lugar, com R$ 511.172.435,38, ou 2,4% do todo.

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Ranking

Cinco Organizações da Sociedade Civil (OSC) que prestam serviços, sobretudo, na área da Saúde foram responsáveis pelo recebimento de 26% dos valores repassados ao Terceiro Setor, o que equivale a R$ 5,52 bilhões.

Veja a lista das entidades que mais receberam recursos dos municípios e do Estado em 2022:

- SPDM - Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (R$ 1,88 bilhões);

- Fundação do ABC (R$ 1,73 bilhão);

- Fundação Faculdade de Medicina (R$ 0,75 bilhão);

- Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo - SECONCI-SP (R$ 0,65 bilhão);

- Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (R$ 0,51 bilhão).

Municípios

Levando em consideração apenas os repasses estaduais, os cinco municípios que mais receberam valores por habitante foram Chavantes, com R$ 3.575/habitante; Jaci, com R$ 3.087/habitante; Barretos, com R$ 2.473/habitante; Registro, com R$ 1.854/habitante; e Bilac, com R$ 1.317/habitante.

Considerando os repasses municipais em 2022, o ranking muda para Ilhabela, com R$ 2.568/habitante; Barretos, com R$ 1.555/habitante; São Caetano do Sul, com R$ 1.543/habitante; Barueri, com R$ 1.468/habitante; e Jaguariúna, com R$ 1.014/habitante.

Painel

Segundo o balanço do TCE-SP, entre 2019 e 2022, o governo de São Paulo e as 644 prefeituras paulistas fiscalizadas pelo órgão destinaram R$ 109.426.979.648,77 a 14.371 entidades do Terceiro Setor.

Os dados, coletados em setembro, estão disponíveis no Painel ‘Terceiro Setor’ do Tribunal de Contas, que traz dados consolidados sobre a destinação de recursos públicos municipais e estaduais para entidades que integram o Terceiro Setor.

A plataforma é atualizada com informações do Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (Sigeo), da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de SP (Sefaz-SP) e do Sistema de Auditoria Eletrônica de São Paulo (Audesp) e monitora os valores, os contratos, as entidades e as modalidades de transferências.

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, determinou no fim da tarde deste domingo, 5, a suspensão da Festa da Banana de Teolândia (BA), evento que começou na noite do dia anterior. Está marcado para a noite de hoje o show do cantor sertanejo Gusttavo Lima. Só no cachê do artista, a prefeitura de Teolândia pagou R$ 704 mil, como mostrou reportagem do Estadão.

Ao todo, a prefeitura de Teolândia gastará cerca de R$ 1,2 milhão só com os cachês dos artistas que se apresentarão no evento. Em dezembro passado, a cidade foi atingida pelas fortes chuvas que impactaram o sul da Bahia - até hoje a cidade ainda não conseguiu recuperar estradas e pontes que foram destruídas pelas duas enchentes que atingiram o município. O valor gasto com os shows é maior que o recebido pela prefeitura para lidar com os efeitos das chuvas: no começo do ano, o governo federal destinou R$ 1,1 milhão para ajudar Teolândia, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

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Ao anunciar o show de Gusttavo Lima, a prefeita de Teolândia, Maria Baitinga, mais conhecida como Rosa, disse que era "um sonho" ver o show do cantor. "Gente, eu sempre tive um sonho, gosto demais", disse. "Vamos para a Festa da Banana de 2022 com o nosso embaixador… Quem é, gente? Gusttavo Lima! Gusttavo Lima, minha gente, com a fé em Deus", comemorou ela.

A realização da Festa da Banana passou a ser contestada pelo Ministério Público da Bahia na sexta-feira, 3, após a reportagem do Estadão. No mesmo dia, a suspensão fora determinada pela juíza Luana Martinez Geraci Paladino, atendendo a um pedido da promotora Rita de Cássia Pires.

No sábado, um juiz plantonista do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu liberar a realização da Festa da Banana. Na decisão, o juiz Alberto Raimundo dos Santos concordou com a argumentação apresentada pela prefeitura de Teolândia. Segundo o Executivo local, o cancelamento traria ainda mais prejuízos, uma vez que vários dos serviços contratados já tinham sido pagos. "O erário municipal corre graves riscos de prejuízos, uma vez que a não realização dos festejos ocasionará o rompimento contratual dos prestadores de serviços contratados e já pagos", argumentou a prefeitura.

Agora, com a nova decisão de Humberto Martins, o destino do evento é incerto. "Cuida-se de gasto deveras alto para um município pequeno, com baixa receita, no qual, como apontado pelo Ministério Público da Bahia, o valor despendido com a organização do evento chega a equivaler a meses de serviços públicos essenciais", afirmou o ministro do STJ no despacho.

Humberto Martins também considerou que os gastos com a festa são desproporcionais em relação ao Orçamento do município de Teolândia, localidade a 140 km de Ilhéus e com apenas 15 mil habitantes.

"Não há, de fato, proporcionalidade entre a condição financeira do município, suas prioridades em termos de serviços públicos e o gasto despendido com o evento, ainda que se considere muito relevante a realização de eventos culturais pelo País", escreveu o ministro.

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) emitiu uma série de recomendações aos prefeitos pernambucanos e ao secretário de Saúde do Estado, André Longo, diante do aumento de casos da Covid-19 e da epidemia da Influenza.

O documento, datado da última sexta-feira (21), recomenda às prefeituras que adotem, em diversos meios de comunicação como sites, redes sociais, rádios locais, dentre outros, estratégias de comunicação para conscientizar a população da importância de completar o esquema vacinal.

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Além disso, recomenda que "os órgãos públicos procedam uma busca ativa das pessoas que não realizaram o agendamento, ou não compareceram à vacinação, bem como das pessoas que não completaram o esquema vacinal da segunda dose ou dose de reforço".

Outra orientação é para que seja feito o cadastramento das crianças, na faixa etária de 5 a 11 anos, para vacinação, de acordo com as prioridades relativas às comorbidades e à idade, conforme orientações do Ministério da Saúde.

A publicação estabelece ainda que o Poder Público adote medidas adicionais de reforço à segurança sanitária, tais como a exigência da apresentação dos comprovantes do esquema vacinal completo e, conforme o caso, apresentação de resultados negativos dos testes para a Covid-19, além de que se reforcem os centros de testagem e as fiscalizações quanto à adoção das medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras, distanciamento social e cumprimento de protocolos setoriais.

*Com informações da assessoria de imprensa

 

Neste domingo (12), eleitores de quatro municípios brasileiros voltam às urnas para eleger novos prefeitos e vice-prefeitos. São eles: Silva Jardim (RJ), Santa Maria Madalena (RJ), Pedra do Anta (MG), Campo Grande (AL) e Gado Bravo (PB).

No estado do Rio de Janeiro, as duas eleições suplementares serão marcadas pela realização do Teste de Integridade, que será acompanhado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, e pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão. Todo o processo será transmitido pelo canal do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) no YouTube.

Procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral desde 2002, com o objetivo de testar a segurança na captação e contagem do voto pela urna eletrônica, o Teste de Integridade consiste na realização de uma votação paralela à votação oficial com o propósito de comprovar que o voto recebido/digitado é exatamente aquele que será contabilizado.

Votação

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Os escolhidos na votação deste domingo exercerão mandato até 31 de dezembro de 2024.  Somente estão aptos a votar aqueles que já possuíam domicílio eleitoral no município em 14 de abril de 2021. Conheça os candidatos

O voto na urna eletrônica acontecerá sem a identificação biométrica, para que não haja superfície de contato em comum. 

A apresentação do documento de identificação ao mesário será feita à distância. O eleitor será orientado a higienizar as mãos com álcool gel, que ficará disponível em cada mesa receptora de votos, antes e depois da votação. Nos locais de votação, o uso de máscara será obrigatório.

Entenda

Os pleitos suplementares acontecem por determinação do TSE, que indeferiu os registros dos candidatos vencedores na eleição de 2020, em Santa Maria Madalena. Em Silva Jardim, houve irregularidades no Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) do PROS, partido que integra a coligação da chapa vitoriosa no município. Como as candidaturas estavam sub judice, os prefeitos eleitos nos dois municípios não chegaram a ser diplomados.

O candidato eleito para a prefeitura de Gado Bravo no pleito de novembro de 2020 foi impedido de assumir o cargo por causa de decisão da Justiça Eleitoral devido à Lei da Ficha Lima. 

Após as eleições do dia 15 de novembro, o plenário do TSE também indeferiu o registro de candidatura do prefeito reeleito no município de Campo Grande, determinando a realização de uma nova eleição. O motivo do indeferimento do registro de candidatura dele foi a condenação por ato doloso de improbidade administrativa.  A eleição havia sido marcada para o dia 11 de abril, mas foi suspensa por causa do aumento de casos da Covid-19 no município.

Em Pedra do Anta, a prefeita eleita teve o seu registro de candidatura indeferido em razão de inelegibilidade decorrente de condenação, pela justiça estadual (TJMG), por improbidade administrativa, com suspensão de direitos políticos.

*Com informações do TSE

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deu prazo de cinco dias úteis para que 106 prefeituras prestem informações sobre as campanhas de imunização municipais contra o novo coronavírus. O prazo começa a contar a partir deste sábado (30), para esclarecer novos pontos, entre eles: 

O despacho, assinado pelo conselheiro Dimas Ramalho, foi publicado no Diário Oficial do Estado neste sábado (30). As prefeituras acionadas são as seguintes: 

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1.    Prefeitura Municipal De Adolfo,
2.    Prefeitura Municipal De Alvares Florence, 
3.    Prefeitura Municipal De Alvaro De Carvalho, 
4.    Prefeituramunicipal De Angatuba, 
5.    Prefeitura Municipal De Apiai,
6.    Prefeitura Municipal De Ariranha, 
7.    Prefeitura Municipal De Bariri, 
8.    Prefeitura Municipal De Bernardinode Campos, 
9.    Prefeitura Municipal De Campos Novospaulista,
10.    Prefeitura Municipal De Cedral, 
11.    Prefeitura Municipal De Cesario Lange, 
12.    Prefeitura Municipal De Cosmorama, 
13.    Prefeitura Municipal De Duartina, 
14.    Prefeitura Municipal De Dumont, 
15.    Prefeitura Municipal De Emilianopolis, 
16.    Prefeitura Municipal De Euclides Da Cunha Paulista, 
17.    Prefeitura Municipal De Fernao,
18.    Prefeitura Municipal De General Salgado, 
19.    Prefeituramunicipal De Guara, 
20.    Prefeitura Municipal De Guaranta, 
21.    Prefeitura Municipal De Ibate, 
22.    Prefeitura Municipal De Ilhabela,
23.    Prefeitura Municipal De Itapirapua Paulista, 
24.    Prefeitura Municipal De Jaci, 
25.    Prefeitura Municipal De Jarinu, 
26.    Prefeitura Municipal De Jose Bonifacio, 
27.    Prefeitura Municipal De Lavrinhas, 
28.    Prefeitura Municipal De Marinopolis, 
29.    Prefeitura Municipalde Mirante Do Paranapanema, 
30.    Prefeitura Municipalde Monte Castelo, 
31.    Prefeitura Municipal De Motuca,
32.    Prefeitura Municipal De Nipoa, 
33.    Prefeitura Municipal De Nova Canaa Paulista, 
34.    Prefeitura Municipal Deorindiuva, 
35.    Prefeitura Municipal De Ouro Verde, 
36.    Prefeitura Municipal De Paraibuna, 
37.    Prefeitura Municipalde Pariquera-Acu, 
38.    Prefeitura Municipal De Piracaia,
39.    Prefeitura Municipal De Presidente Bernardes, 
40.    Prefeitura Municipal De Reginopolis, 
41.    Prefeitura Municipalde Riolandia, 
42.    Prefeitura Municipal De Riversul, 
43.    Prefeitura Municipal De Sabino, 
44.    Prefeitura Municipal Desanta Adelia, 
45.    Prefeitura Municipal De Santa Isabel,
46.    Prefeitura Municipal De Santa Rosa De Viterbo, 
47.    Prefeitura Municipal De Sao Bento Do Sapucai, 
48.    Prefeituramunicipal De Sao Jose Do Barreiro, 
49.    Prefeitura Municipal De Sebastianopolis Do Sul,
50.    Prefeitura Municipalde Taquarivai,
51.    Prefeitura Municipal De Tupi Paulista,
52.    Prefeitura Municipal De Turmalina, 
53.    Prefeitura Municipal De Valentim Gentil, 
54.    Prefeitura Municipal De Aguasde Santa Barbara, 
55.    Prefeitura Municipal De Bocaina,
56.    Prefeitura Municipal De Borborema, 
57.    Prefeitura Municipal De Buritizal, 
58.    Prefeitura Municipal De Caconde,
59.    Prefeitura Municipal De Cajuru, 
60.    Prefeitura Municipalde Cardoso,
61.    Prefeitura Municipal De Herculandia,
62.    Prefeitura Municipal De Ipaussu,
63.    Prefeitura Municipalde Ipeuna, 
64.    Prefeitura Municipal De Itajobi,
65.    Prefeituramunicipal De Juquitiba, 
66.    Prefeitura Municipal De Luiziania, 
67.    Prefeitura Municipal De Mirandopolis, 
68.    Prefeituramunicipal De Pedreira, 
69.    Prefeitura Municipal De Pedrode Toledo, 
70.    Prefeitura Municipal De Piquete, 
71.    Prefeituramunicipal De Planalto, 
72.    Prefeitura Municipal De Pontesgestal, 
73.    Prefeitura Municipal De Queiroz, 
74.    Prefeituramunicipal De Redencao Da Serra, 
75.    Prefeitura Municipalde Santa Lucia, 
76.    Prefeitura Municipal De Santo Antonio De Posse,
77.    Prefeitura Municipal De Taciba,
78.    Prefeitura Municipal De Taquaral, 
79.    Prefeitura Municipal Detarabai,
80.    Prefeitura Municipal De Capivari,
81.    Prefeituramunicipal De Ferraz De Vasconcelos, 
82.    Prefeitura Municipal De Itapira, 
83.    Prefeitura Municipal De Jaguariuna,
84.    Prefeitura Municipal De Jandira, 
85.    Prefeitura Municipalde Mogi Mirim, 
86.    Prefeitura Municipal De Santa Cruzdo Rio Pardo,
87.    Prefeitura Municipal De Sao Jose Do Riopardo, 
88.    Prefeitura Municipal De Serra Negra, 
89.    Prefeitura Municipal De Tiete, 
90.    Prefeitura Municipal De Amparo,
91.    Prefeitura Municipal De Atibaia,
92.    Prefeitura Municipalde Botucatu, 
93.    Prefeitura Municipal De Espirito Santodo Pinhal, 
94.    Prefeitura Municipal De Franco Da Rocha,
95.    Prefeitura Municipal De Orlandia, 
96.    Prefeitura Municipal De Pereira Barreto, 
97.    Prefeitura Municipal De Votorantim, 
98.    Prefeitura Municipal De Barueri,
99.    Prefeituramunicipal De Embu Das Artes,
100.    Prefeitura Municipal Dejau, 
101.    Prefeitura Municipal De Praia Grande,
102.    Prefeituramunicipal De Vinhedo, 
103.    Prefeitura Municipal De Carapicuiba, 
104.    Prefeitura Municipal De Limeira, 
105.    Prefeituramunicipal De Osasco, 
106.    Prefeitura Municipal De Presidente Prudente

 

Foi logo no início da pandemia da Covid-19, em 2020, que o município gaúcho de Imbé, de cerca de 20 mil habitantes, começou a usar inteligência artificial para tentar minimizar o quanto antes os problemas financeiros decorrentes do vírus. Com a implementação de uma plataforma digital que integrou dados das diferentes áreas da administração pública e um "check-up" das finanças públicas, os resultados apareceram rapidamente. Em menos de um ano, o município teve um acréscimo de R$ 542,6 mil em seu orçamento, priorizando redução e realocação de despesas e captação de recursos de transferências.

"Com a plataforma, pudemos identificar onde e como buscar recursos federais e estaduais para diferentes áreas e controlar de forma integrada nossas despesas variáveis, como horas extras e diárias", disse Maria das Graças Silveira de Matos, ex-secretária da Fazenda na cidade. "A realidade de muitos municípios, principalmente pequenos, é esta. Os recursos estão ali, mas às vezes não há um setor específico de pessoas disponível para otimizar os resultados. A tecnologia tem feito este serviço."

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Imbé é exemplo de como o entendimento da tecnologia enquanto ferramenta de gestão pública pode trazer resultados concretos até no curto prazo. Ainda assim, o município é visto como um ponto fora da curva na realidade do País. Para analistas ouvidos pelo Estadão, a maioria dos municípios brasileiros ainda vive numa realidade analógica e momentos de crise, como o da pandemia, devem impulsionar a necessidade de soluções inteligentes.

A falta de um arcabouço jurídico está entre os motivos pelos quais o uso de tecnologia no setor público ainda é um desafio. No fim do ano passado, o Senado aprovou a nova lei de licitações, que introduziu um modelo de contratação de serviços chamado "diálogo competitivo". Por este método, o poder público pode promover conversas com empresas interessadas na licitação previamente selecionadas. Essa modalidade poderá ser usada para contratação de obras, serviços e compras que envolvam inovação tecnológica e foi pensada para que o Estado debata com o mercado soluções para atender às necessidades públicas. O projeto aprovado aguarda sanção presidencial. Outro projeto sobre o tema é o Marco Legal das Startups, que tramita no Senado e que regulamenta a contratação de soluções inovadores por parte do poder público.

"A administração pública municipal ainda opera resquício de tecnologia das décadas de 1980 e 1990", disse Rodolfo Fiori, cofundador da Gove, empresa de tecnologia que cria plataformas de inteligência para o setor público, como a de Imbé. "Via de regra, quem cuida de tecnologia nas prefeituras hoje é só o cara que resolve problemas de formatação, mouse, teclado. É preciso ter uma equipe pensando nesses aspectos e gente capacitada. O cenário para 2021 é crítico. As receitas vão continuar caindo, mas as contas, não. A tecnologia é um meio para melhorar esta situação."

Em Cotia, na Grande São Paulo, a prefeitura fez uma parceria com o Instituto Tellus, que atua com capacitação e consultoria para inovação em serviços públicos, e informatizou unidades de saúde. A parceria se concretizou no lançamento de um aplicativo para agendamento de consultas e na instalação de totens digitais para agilizar o atendimento. O resultado foi a queda nas desistências de pacientes, de 38% para 22%.

"Digitalizar significa não só economizar, mas simplificar para ambos os lados. Os cidadãos passam a ter livre acesso aos serviços públicos em qualquer dia, local e horário, e para os governos, significa agilidade, aumento da segurança e redução do trabalho burocrático", afirmou Germano Guimarães, diretor-presidente do Tellus.

Demanda

A pesquisa TIC Domicílios de 2019, lançada em 2020, mediu a demanda por governos digitais no País e apontou um aumento no número de pessoas que usaram a internet para buscar informações ou solucionar questões que tradicionalmente são feitas em repartições públicas. Segundo o estudo, feito pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), 28% dos usuários buscaram informações sobre impostos, 36% sobre direitos do trabalhador e previdência social e 23% procuraram sobre agendamento de consultas ou remédios da saúde pública.

Para o cientista político da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e presidente do Conselho Gestor do Porto Digital do Recife, Silvio Meira, não é só uma questão de digitalizar processos. "Não tem uma prefeitura no Brasil que não consiga usar tecnologia para cobrar IPTU. Tecnologia não pode ser só para cobrar imposto", disse.

"A prefeitura tem que entender que a cidade é o principal habilitador de performance econômica dos agentes que nela residem, do governo às empresas e pessoas. Por isso, precisa investir em conhecimento para construir estratégias", completou o

pesquisador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante do período de férias, quando as praias do Litoral pernambucano devem receber um número maior de pessoas, o secretário estadual de Saúde, André Longo, confirma que, caso os protocolos de combate à Covid-19 não sejam seguidos pelas pessoas, o acesso às praias pode ser restringido no estado.

"Nós vamos continuar observando as cenas dos próximos finais de semana para, inclusive, vislumbrar a possibilidade de regressão do plano de convivência, com restrição do acesso às praias caso nós não tenhamos sucesso nas intervenções conjuntas, entre o governo do estado e as prefeituras", explica Longo. 

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Na manhã desta quarta-feira (6), o governador Paulo Câmara se reuniu com os prefeitos dos municípios litorâneos para ressaltar as responsabilidades de cada cidade no enfrentamento ao novo coronavírus. O secretário de Saúde de Pernambuco ressalta que neste período de férias, tradicionalmente há muita atividade social nesses locais do Litoral do estado, especialmente em faixas de areia. 

"Os municípios precisam adotar maior rigor na fiscalização, além de um trabalho reforçado no controle e no ordenamento urbano, na conscientização de comerciantes e empresários, visando a importância do cumprimento das normas e dos protocolos que precisam ser cumpridos", assegura André Longo.

O aumento de casos de coronavírus neste fim de ano levou Estados de todo o País a restringir mais a circulação de pessoas e a determinar o fechamento do comércio. A iniciativa não se aplica, no entanto, à posse dos vereadores e prefeitos, que na maior parte das capitais manterá o formato presencial. Levantamento feito pelo Estadão mostra que pelo menos 21 das 26 capitais terão cerimônias presenciais amanhã - e 11 delas com direito a convidados. Infectologistas apontam para o alto risco de contaminação e advertem que a realização de grandes eventos é um mau exemplo à população. Nesta quarta, 30, o Brasil registrou 1.224 mortes causadas pela covid-19 em 24 horas, maior número diário de óbitos desde 20 de agosto.

Eleito prefeito de Goiânia com 277 mil votos, Maguito Vilela (MDB) está desde o dia 27 de outubro internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, por complicações decorrentes da doença. Impossibilitado de sair do hospital, Maguito será empossado por videochamada, por meio de gestos, segundo resolução aprovada pela Câmara anteontem. Ele fez uma traqueostomia e segue internado na UTI, com ventilação mecânica.

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Mesmo assim, a Câmara de Goiânia decidiu manter a posse presencial de seus 35 vereadores e autorizou até 400 convidados. Os únicos que terão a opção de participar da cerimônia de forma remota são aqueles que comprovarem, por meio de atestado médico, o diagnóstico de covid ou a presença de sintomas relacionados à doença. Quem é de grupo de risco deve apresentar recomendação médica.

"Juntar 400 pessoas neste momento é uma demonstração pública de falta de preocupação com a transmissão do vírus", disse o infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira Junior, gerente de qualidade do Hospital Infantil Sabará. Para ele, posses presenciais são "um péssimo exemplo" dado por vereadores e prefeitos. "Estamos em um momento extremamente delicado da pandemia, em que o número de casos e óbitos vem crescendo, agravado pelas festas de fim de ano."

A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas, vai na mesma linha: "Em tempos de aumento significativo do número de casos da covid, não acho conveniente estimular qualquer evento em local fechado e com muitas pessoas".

A Câmara Municipal de Goiânia informou que vai adotar todos os protocolos de prevenção da doença, incluindo a obrigatoriedade de máscara e aferição da temperatura. Segundo a assessoria, a presença de 400 pessoas corresponde a 10% da lotação do Centro de Eventos.

O recorde de novas internações provocadas por covid-19 no Amazonas no domingo, 27, quando foram registradas 95 entradas em hospitais do Estado, não vai impedir a posse presencial dos 41 vereadores de Manaus - cada um poderá levar um convidado ao evento. Segundo a assessoria da Câmara, o local do evento foi mudado para evitar aglomeração. Porém, o plenário onde ocorrerá a cerimônia não tem janelas e os assentos dos vereadores não têm divisória de acrílico.

No Rio, os vereadores da atual legislatura trabalharam em formato exclusivamente virtual de março até agosto. Nos últimos meses, a presença passou a ser optativa. Na posse, no entanto, os eleitos e reeleitos terão que estar no plenário do Palácio Pedro Ernesto às 10 horas de amanhã, podendo até levar um acompanhante.

Com uma média diária de 51 mortes e 578 infectados e taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 na rede SUS em 90%, a capital decidiu multar em até R$ 15 mil estabelecimentos que não respeitarem as medidas de prevenção no ano-novo, o que inclui distanciamento e ambientes arejados, com janelas e portas abertas.

Online

Em Teresina, a internação do presidente da Câmara por coronavírus e a preocupação com o aumento de casos levou ao cancelamento da cerimônia presencial. O evento será online. Os parlamentares de Curitiba também optaram pela posse virtual. "Respeitamos as recomendações sanitárias", disse o presidente da Câmara, Sabino Picolo (DEM). Apenas dois vereadores estarão presentes na Câmara - a mais votada e um escolhido para secretariá-la. Até o último balanço, a cidade tinha pouco mais de 2,1 mil mortos por coronavírus.

Em outras capitais, soluções tentam evitar a aglomeração, mesmo que os vereadores tenham que se deslocar até a Câmara. Em Fortaleza, os parlamentares ficarão em seus gabinetes, vendo a transmissão ao vivo. Para assinar a ata de posse, cada um será convocado a ir ao plenário.

Em SP, vereadores podem optar por evento online

Em São Paulo, Salvador e Natal, os vereadores poderão escolher entre participar da cerimônia online ou de forma presencial. A Câmara Municipal da capital paulista chegou a anunciar que os parlamentares teriam que ir à Casa, mas divulgou novas regras anteontem. Na mesma cerimônia será dada posse ao prefeito reeleito Bruno Covas (PSDB) e ao seu vice, Ricardo Nunes (MDB).

O ato publicado pela Mesa Diretora da Câmara paulistana anteontem cita a necessidade de adotar medidas administrativas voltadas para o combate à doença no âmbito da Câmara Municipal. E lembra também a edição do decreto que fez o Estado de São Paulo retornar à fase mais restritiva do plano de contenção durante o Natal e ano-novo.

Apesar da presença facultativa no plenário, a Mesa pediu aos vereadores para darem preferência ao sistema virtual. Na prática, a cerimônia dá continuidade ao formato de sessão já adotado pela Casa desde junho.

As mudanças para a sessão de posse incluem ainda a proibição do acesso de outras pessoas ao Plenário 1º de Maio, onde ocorrerá a cerimônia, e a limitação de acesso ao gabinete de cada parlamentar, agora restrita a um funcionário e um convidado.

Com início às 15h de amanhã, a sessão será presidida pelo parlamentar mais velho da Câmara, conforme determina o regime. Neste caso, será o vereador Eduardo Suplicy (PT), de 79 anos. Na mesma cerimônia, os eleitos indicarão os integrantes da nova Mesa Diretora.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A lei federal que determina o pagamento de um piso salarial para professores não é cumprida em 252 das 645 prefeituras paulistas - ou 39% das cidades do Estado. As informações são de um levantamento inédito feito pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), a que o Estadão teve acesso com exclusividade. Prefeitos, principalmente de cidades pequenas, alegam dificuldades financeiras para arcar com os salários dos professores, que sobem anualmente acima da inflação desde 2009, quando começou a vigorar a lei do piso.

O comprometimento das contas públicas deve se agravar no ano que vem a partir de uma portaria divulgada pelo Ministério da Educação no fim de novembro, estabelecendo a redução de 8% no custo/aluno, parâmetro que norteia o repasse do governo federal para os municípios. O cenário também será pior para os professores, com o congelamento do valor do piso que, pela primeira vez em mais de uma década, não será reajustado em janeiro. Entidades em defesa da educação, sindicatos e gestores públicos avaliam medidas judiciais e pressionam o governo federal para reverter a portaria.

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A situação é mais complicada nos municípios menores, que dependem mais dos recursos federais. Os dados do TCE-SP indicam que mais da metade das prefeituras paulistas que não pagam o piso tem menos de 20 mil habitantes. À medida que a quantidade de moradores vai aumentando, a dependência dos recursos federais cai e isso impacta diretamente nos gastos com educação.

Obrigações

Obrigados a atender a uma série de regras, sem extrapolar o limite de gastos com pessoal e com pouco dinheiro em caixa, os prefeitos que vão assumir em 2021 estão encurralados, na visão de Frederico Guidoni, vice-presidente da Associação Paulista dos Municípios (APM). "Os prefeitos não são contra o piso salarial e querem pagar bem os professores, mas lamentam que a obrigação vem de cima para baixo, sem uma contrapartida do governo federal."

A reclamação está relacionada ao estrangulamento das despesas públicas, pressionadas pelo aumento real de salário dos professores. Quando passou a vigorar, em 2009, o piso foi fixado em R$ 950 para uma jornada de 40 horas semanais. De lá para cá, o valor foi reajustado, ano a ano, e hoje é R$ 2.886,24. Significa que, ao longo de 11 anos, aumentou 203%, mais do que os 124% da elevação do salário mínimo geral e superior aos 84% da inflação acumulada no período, considerando o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA).

O presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Martins Garcia, defende o aumento real do poder aquisitivo para os professores como forma de valorização da categoria e, por consequência, da qualidade de ensino. A baixa remuneração, diz, tem afastado muitas pessoas da profissão, num processo que já dura décadas e leva muito tempo para ser revertido. Para Garcia, basta ter vontade política. "É possível equilibrar (as contas) e fazer ajustes em outras áreas", disse.

Quem também concorda que se trata de vontade política é Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e deputada estadual pelo PT. "A gente vê muitas profissões que não exigem curso superior e tanto tempo de dedicação ganhando mais", disse. A Apeoesp questiona na Justiça o pagamento abaixo do mínimo legal por ao menos dez prefeituras. Em muitas cidades, diz Bebel, o piso é também o teto - ou seja, não há evolução na carreira e a remuneração fica estagnada.

Repasses

As dificuldades financeiras das prefeituras tendem a se agravar ano que vem, inclusive para aquelas que cumpriam a lei sobre a remuneração mínima. O repasse federal para os municípios vai cair 8%, segundo portaria do Ministério da Educação do mês passado. Como a estimativa de receita usada para calcular o repasse no início do ano não se confirmou, algumas cidades terão de devolver dinheiro para a União.

Em média, o custo/aluno passará de R$ 3,6 mil ao ano para R$ 3,3 mil. Mesmo com o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que em 2021 prevê complementação de 2% para cidades deficitárias, as contas não devem fechar. "A folha de pagamento não vai diminuir, mas a receita vai despencar", disse Garcia, presidente da Undime.

Assim como a Undime, outras entidades da área estão pressionando o governo para reverter a decisão, mas Garcia não está otimista. A medida foi baseada em dados da movimentação econômica, muito afetada pelas restrições causadas pela covid-19.

Guidoni, vice-presidente da APM, recomenda que os prefeitos que vão assumir em janeiro, e mesmo os 119 que estarão no segundo mandato, "apertem os cintos". Segundo ele, muitos chefes do Executivo municipal já assumirão com receita menor que a despesa na área de educação.

Algumas prefeituras já enfrentam problemas relacionados ao Fundeb em 2020. É o caso de Blumenau (SC), que teria de devolver, segundo Garcia, R$ 11 milhões aos cofres federais. O dirigente explica que o valor destinado aos municípios é calculado, no início do ano, com base em estimativas de receitas e que, em função da crise econômica, a arrecadação federal foi bem menor. Sud Mennucci, cidade de 7,7 mil habitantes no noroeste de São Paulo, onde Garcia é secretário de Educação, terá de ressarcir a União em R$ 200 mil. Uma forma de parcelamento está sendo avaliada para dar um fôlego às prefeituras que terão de devolver recursos.

Sem previsão de compensação federal, os prefeitos serão desobrigados de aumentar o piso salarial dos professores, anualmente reajustado em janeiro e que tinha previsão de subir 5,9%. Entidades sindicais avaliam ir à Justiça para impedir o reajuste zero.

O Ministério da Educação foi procurado para se posicionar sobre a portaria que reduz o valor do repasse aos municípios e sobre o congelamento do piso dos professores, mas não se manifestou até a conclusão desta edição.

Falta de informação

Os números do TCE-SP foram coletados em um questionário aplicado às prefeituras e validado por fiscais. O levantamento foi feito com base nos valores pagos em 2019, para os anos iniciais do ensino fundamental, considerando a jornada de 40 horas semanais de trabalho - pela lei, em caso de carga horária menor, o valor deve ser proporcional.

O Estadão tentou dados de 2020 sobre o piso dos professores em cada cidade paulista, fazendo pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI), mas apenas 32% das prefeituras encaminharam respostas, ainda que parciais, como revelou reportagem publicada em novembro. 

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