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Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (26), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) reacendeu a discussão sobre o tema do tráfico de crianças. Ela relatou ter recebido denúncias, por meio de mensagens de moradores do arquipélago do Marajó, no Pará, sobre o desaparecimento de uma criança de 2 anos na cidade de Anajás no dia 19 — uma "triste coincidência", disse a senadora, pois na mesma data estreou um filme que trata da questão, intitulado Som da Liberdade.

Segundo a parlamentar, há indícios de que a menina tenha sido vítima do tráfico de crianças.  — O Brasil está ocupando cinemas para entender sobre o tráfico e o desaparecimento de crianças. E nós estamos lá, na Ilha do Marajó, com a população de Anajás, preocupados sobre onde está Elisa [...] Dois suspeitos tinham sido presos, e a população estava querendo agredir o suspeito. [...] Há rumores de que ela tenha sido vendida [...] Tem gente vendendo e negociando crianças? Isso não é brincadeira, isso é muito sério. [...] Para a nossa tristeza, ontem, um dos suspeitos morreu na cadeia. Em plena fase de investigação — enfatizou.

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Segundo a senadora, dados da ONU e do Conselho Federal de Medicina apontam cerca de 50 mil casos desde 2019, sendo que em 2023, nos meses de janeiro a julho, já foram registrados mais de 42 mil desaparecimentos. A parlamentar informou que vai apresentar requerimento solicitando que uma comitiva de senadores visite a Ilha do Marajó para avaliar o programa de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes do atual governo. 

— Nós vamos precisar dar uma atenção especial [...]. Nós queremos saber como é que está o avanço desse programa, como é que está a proteção das crianças na Ilha do Marajó.  Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado) 

*Da Agência Senado

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) parece não se cansar de protagonizar polêmicas e nesta terça-feira (23), a ex-ministra do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), promoveu mais uma fala inusitada. Ao discutir a situação do povo Yanomami na Comissão de Desenvolvimento do Senado, a parlamentar disse que é urgente discutir a situação de Marajó, no Pará.

Em momento de sua fala em que fazia defesa para que Roraima tenha maior atenção do governo federal, a senadora se referiu a Marajó como se fosse um estado brasileiro e que gostaria de dividi-lo para criar "um principado" onde ela seria a princesa.

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"A gente não pode mais deixar Roraima isolado. Não pode. Eu não sou candidata ao governo lá, por favor. Eu sou candidata no Marajó. Eu quero dividir o Marajó, fazer um principado. Eu quero entrar como princesa regente do Marajó", disse a parlamentar na comissão.

Pela segunda vez consecutiva, a UNAMA - Universidade da Amazônia recebe a peregrinação do Glorioso São Sebastião, da cidade de Cachoeira do Arari, localizada no arquipélago do Marajó. A recepção é na próxima sexta-feira (12), às 16 horas, no campus Alcindo Cacela. O encontro cultural e religioso é aberto ao público.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconhece a festividade como um Patrimônio Imaterial do Brasil. Dentro da UNAMA, por cerca de uma hora, o público poderá cantar e rezar ao lado de uma comissão de foliões do Glorioso São Sebastião. Ao final do encontro, será servido um lanche aos peregrinos.

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A reitora da UNAMA, Betânia Fidalgo Arroyo, disse que o encontro é carregado de fé, devoção e cultura. "É um presente para a UNAMA receber os rezadores de ladainhas e mestres dos saberes. Para além do encontro, que é religioso, esse é um importante momento da cultura popular, pois agrega ao saber de uma história que é bicentenária", afirmou.

O evento foi proposto pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC), que já realiza trabalhos de extensão por Cachoeira do Arari. "Após articulação local, entre prefeitura, pesquisadores e comunidade, chegamos até essa irmandade. Desde quando começamos a ir para lá, com palestras, oficinas e trilhas literárias, passamos a convidá-los para a UNAMA. Ano passado foi muito bonito e rico em experiências e, esta semana, vamos vivenciá-las outra vez", comenta o coordenador do PPGCLC, Edgar Chagas.

Os foliões do Glorioso São Sebastião realizam peregrinações até a festividade do padroeiro do Marajó. Em Belém, as visitas ocorrem sempre em maio.

Da Ascom UNAMA.

No fim de semana dos dias 19 e 20 de maio estará em cartaz a peça “Solo de Marajó”, baseada na obra “Marajó” (1947), do escritor paraense Dalcídio Jurandir. O monólogo terá atuação de Cláudio Barros e direção de Alberto Silva Neto. O público poderá prestigiar a peça no Teatro do SESI, em Belém, sempre às 20 horas. Os ingressos serão vendidos na bilheteria.

Para o professor Paulo Nunes, doutor em Letras, pesquisador e especialista em Dalcídio Jurandir, “Marajó” está entre as obras mais importantes do escritor paraense. “’Marajó’ é um livro impactante, diferente dos demais, é uma ‘narrativa fêmea’; as personagens femininas dão as cartas. ‘Marajó’ é um dos efetivos romances de denúncia sobre as injustiças do latifúndio na literatura brasileira. Ao levá-lo ao teatro como monólogo, Alberto Silva e Cláudio Barros desafiaram nossos afetos e curiosidades. ‘Solo de Marajó’ é imperdível. Já assisti duas vezes e verei uma terceira”, afirmou o professor.

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Paulo Nunes, que já lançou livros sobre as obras de Dalcídio, foi apresentado muito novo à literatura do escritor nascido em Ponta de Pedras. “Em 1979, na Escola Deodoro de Mendonça, fui apresentado ao autor pela professora Josse Fares, que leu conosco ‘Passagem dos Inocentes’. Foi encantador”, disse.

Das obras completas de Dalcídio Jurandir, o livro preferido do professor Paulo Nunes é “Chove nos Campos de Cachoeira”, de 1941, o primeiro escrito pelo romancista. Paulo Nunes destacou que também é um grande fã de “Belém do Grão-Pará”, de 1960.

Por Rafael Nemer (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC) da UNAMA - Universidade da Amazônia promove um cortejo lítero-musical em Cachoeira do Arari, município do arquipélago do Marajó, neste sábado (19). A programação reúne professores pesquisadores e alunos do Mestrado e Doutorado.  

"'Trilhas do Literário' no Marajó vai vivenciar a literatura do escritor Dalcídio Jurandir em sete estações pelas ruas da cidade marajoara e é um evento aberto ao público", conta a reitora Betânia Fidalgo Arroyo, que participará do evento.

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O romancista Dalcídio Jurandir, natural de Ponta de Pedras, no Marajó, é um dos maiores representantes da literatura paraense e entre seus méritos figura o de ter superado os parâmetros do regionalismo tradicional com a apresentação de temas de relevância universal. Em “Belém do Grão-Pará”, por exemplo, ele denuncia a exploração infantojuvenil em trabalhos domésticos. Em “Chove nos campos de Cachoeira”, a desigualdade social; e em “Três casas e um rio” e “Chão dos lobos”, a grilagem de terras.

A primeira estação será no icônico Museu do Marajó, concebido pelo padre Giovanni Gallo, com a leitura das “Epístolas Poéticas” trocadas entre o romancista e Maria de Belém Menezes, filha de Bruno de Menezes. Haverá exposição de banners e memorial sobre a lendária Academia do Peixe Frito, além do relançamento do livro “Dalcídio, o Reinventor do Caroço de Tucumã”, do escritor, poeta, pesquisador e professor titular da UNAMA Paulo Nunes, que também é membro do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. A publicação, lançada durante a 25ª Feira do Livro e das Multivozes, este ano, no estande da Imprensa Oficial do Estado do Pará, traz uma abordagem científica sobre o texto literário do marajoara considerado um dos primeiros a difundir o modo de vida cotidiano das populações amazônicas.

A segunda estação será no porto da cidade, às margens do rio Arari, com leitura de trechos de “Chove nos campos de Cachoeira” e “Três casas e um rio”. A terceira, na igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, com texto e fala de Paulo Nunes, sobre "Religiosidade e fé em Dalcídio Jurandir". A quarta, em frente à casa onde Dalcídio morava, com leitura de textos sobre o chalé da família de Alfredo, personagem principal de “Chove nos campos de Cachoeira”.

A quinta estação será na escola estadual José Rodrigues Viana, sobre "Pedagogia das ruas e educação formal", com leitura do texto prefácio “Primeira Manhã”, de Paulo Nunes. A sexta estação será na Porteira da Fazenda, com leitura de trechos de “Chove nos campos de Cachoeira”. A sétima será o encerramento da programação, com apresentação cultural do grupo Acauã.

Com informações do PPGCLC/UNAMA.

A Imprensa Oficial do Pará (IOEPA), por meio da Editora Pública Dalcídio Jurandir, promove no domingo (4), às 18 horas, na 25ª Feira do Livro e das Multivozes, o lançamento do livro "Dalcídio Jurandir: o reinventor do caroço de tucumã", do poeta, professor e pesquisador Paulo Nunes. O trabalho resulta de estudos da Academia do Peixe Frito e Narramazônia, grupos de pesquisa acadêmica das narrativas amazônicas mantidos, em parceria, pela UNAMA e Universidade Federal do Pará (UFPA) e que tem Paulo Nunes como um dos coordenadores.

Professor e pesquisador do curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da UNAMA - Universidade da Amazônia, Paulo Nunes fez mestrado e doutorado voltados ao romance de Dalcídio Jurandir, respectivamente na UFPA e PUC-Minas. Hoje, ele é curador do acervo Dalcídio Jurandir do Fórum Landi/Moronguetá (FAU e Centro de Memória da Amazônia da UFPA). Como pesquisador, integra também os quadros do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e participa, ainda, do projeto Epístolas Poéticas (em cooperação com o CUMA/Uepa) e Makunaíma, projeto criado no âmbito da UFPA.

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A linguagem do texto fugiu ao máximo aos jargões do estudo universitário. Está dirigida para a formação de novos leitores e novas leitores de Dalcídio, observa o autor. "Chove nos campos de Cachoeira", "Belém do Grão-Pará" e "Primeira manhã" são alguns dos romances abordados.

Paulo Nunes destaca o Dalcídio que institui uma “pedagogia das ruas” (algo ainda pouco explorado), o escritor que se antecipa à ideia de literatura ecológica, bem como apresenta chaves de leitura para ler o chamado “romance marajoara” dalcidiano, marcado por aquilo que o professor chama de Aquonarrativa.

O lançamento terá sessão de autógrafos e bate-papo com o autor, no estande da IOEPA, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. O livro tem prefácio e posfácio dos professores Marli Furtado (UFPA) e Edilson Pantoja (SEDUC-PA).

Da Redação do LeiaJá Pará.

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Búfalo, queijo, a maior ilha fluviomarítima. Assim como no artesanato, com grafismos singulares, o arquipélago do Marajó tem características próprias e é muito conhecido por suas riquezas naturais. Desta vez, a pauta é a gastronomia marajoara.

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As iguarias marajoaras são uma verdadeira aventura gastronômica para aqueles que estão acostumados apenas com a maniçoba ou o tacacá – a culinária paraense, é o que a agente de turismo Andrea Scafi diz. “O comentário mais comum que a gente ouve falar, em relação à gastronomia marajoara, é a variedade de pratos que nós temos. Costumo dizer para o visitante que, se ele provou, se ele apreciou os sabores, as cores das nossas frutas e da nossa culinária na capital, aqui ele vai provar uma culinária diferenciada”, afirma. Clique no ícone abaixo e ouça a entrevista.

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A agente de turismo diz que quando alguém visita o Marajó é, também, atrás das raízes e descobertas da culinária, que é toda especial. “O visitante vem ter contato com a natureza, vem ter contato com a nossa cultura, fazer um turismo de experiência, mas ele também vem atrás da boa comida”, fala.

Produzido em sete municípios, que vão dos Campos do Marajó, da Microrregião do Arari e Mesorregião Marajoara, o queijo de búfala, ou simplesmente queijo do Marajó, é uma das principais delícias que a região tem a oferecer. Seja tipo creme ou manteiga, o produto é comumente utilizado em pratos como filé de carne ou peixe, pizzas e recheio de tapiocas, por exemplo. Andrea fala que o queijo é uma das iguarias que o visitante explora bastante e sempre quer levar para criar novas receitas.

O queijo é considerado o ouro marajoara, um produto que tem ganhado cada vez mais espaço e reconhecimento. Em março do ano passado, o queijo de búfala teve a Indicação Geográfica (IG) concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) – restringindo o uso do nome às queijarias locais; e o Selo Arte – identifica o produto como queijo artesanal tradicional brasileiro e permite sua venda em todo o país.

O molusco turu, que vive principalmente em manguezais, é extraído do tronco de árvores e ficou conhecido por seus efeitos afrodisíacos; atualmente, é o mais procurado pelos turistas que vão à ilha somente para conhecer a cultura alimentar. “Ele vem atrás do turu. Ele vem conhecer esse molusco que é rico em cálcio e ferro. E ele não só quer ver no restaurante o caldo de turu pronto, quer saber como é retirado, como é feita a limpeza”, diz Andrea.

Outro prato bastante popular e considerado um carro-chefe regional é o que carrega duas das riquezas marajoaras mais conhecidas: o búfalo e o queijo, que resultam no filé marajoara, um prato com filé e queijo derretido.

O frito do vaqueiro, tradicionalmente servido no café da manhã, tornou-se comum para queles que querem começar o dia com mais "sustança" A iguaria recebeu esse nome porque era o principal alimento dos vaqueiros que andavam pelos campos durante dias. A carne deveria ser gorda e temperada apenas com sal, cozida na própria água e apurada na própria banha – quando endurecida, depois de fria, envolvia todos os pedaços protegendo-os da oxidação. Os vaqueiros levavam o alimento em latas e, no consumo, misturavam com farinha d’água.

De todos os tesouros exóticos que o Marajó tem, a culinária é patrimônio essencial. Andrea ressalta que a região possui características singulares. “A nossa identificação geográfica faz com que o nosso solo e a nossa temperatura térmica possam fazer com que esses produtos sejam únicos aqui na região do Marajó”, conclui.

Por Even Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A UNAMA - Universidade da Amazônia, por meio do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC), promoveu a roda de conversa “Folias, foliões e a festa do Glorioso São Sebastião – Marajó-PA” que faz parte do projeto "Diálogos Batuques com Peixe Frito". O evento ocorreu na tarde da última quarta-feira (18), em Belém.

Durante o encontro, os professores Edgar Chagas Junior, Paulo Nunes e o coordenador da irmandade dos devotos do Glorioso São Sebastião, Albertinho Leão, discutiram a importância da manifestação cultural em Cachoeira do Arari e a dimensão dela pelo Estado do Pará. 

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Musicalidade, batuques, ladainhas e muita devoção compõem, há mais de 150 anos, a Festividade do Glorioso São Sebastião, reconhecida como Patrimônio Imaterial Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Os devotos agradecem ao santo pelas graças alcançadas e também ocorre o levantamento de mastros, com as oferendas.

Segundo Albertinho Leão, a ideia inicial do instituto era fazer o registro da manifestação somente no município de Cachoeira do Arari. O projeto se ampliou por causa do tamanho da celebração em todo o Marajó. "O IPHAN reconheceu que deveria mostrar os bens culturais do povo como manifestação da sua identidade. Seja comida, música, festejo", destacou.

O professor Paulo Nunes, coordenador do grupo de pesquisa “Academia do Peixe Frito", do PPGCLC, encerrou a roda de conversa recitando o poema "Velho Mané Grigório", do romancista e poeta Dalcídio Jurandir, que aborda a fé no santo. Na sequência, o grupo de peregrinação contou as vivências e relatos pessoais com São Sebastião.

O professor Edgar Chagas Junior, coordenador do programa, disse que a vinda dos foliões a Belém marca o início da peregrinação que eles fazem pelo Marajó. “Nós, do PPGCLC, aproveitamos para fazer essa roda de conversa sobre essa manifestação cultural que é tão importante para o calendário religioso, celebrativo e ritualístico aqui da Amazônia”, disse.

Edgar Chagas Junior explicou que o programa possui muitas atividades extensionistas, e realiza debates e mostras. “Tudo é uma celebração, acima de tudo, pautada na produção de um conhecimento que é organizado pelo método científico, mas também pelas vozes, pelas narrativas dessas pessoas que produzem essas manifestações culturais aqui na Amazônia”, enfatizou.

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Além da religiosidade

Albertinho Leão é devoto de São Sebastião desde criança, assim como a família. Para ele, a festividade não é somente uma referência pessoal e vai além da religiosidade. “Representa um importante registro de cultura, de uma identidade cultural, e eu diria que até mesmo economicamente, hoje, é muito importante para o município de Cachoeira do Arari”, afirmou.

O coordenador da Irmandade descreveu a visita à UNAMA como um marco histórico e que já tinha uma relação com algumas pessoas da universidade. “O programa da universidade vai estar contribuindo para a renovação do registro da festividade como patrimônio cultural do Brasil, na elaboração do comitê gestor e do plano de salvaguarda”, disse.

Segundo Albertinho Leão, o reconhecimento do IPHAN coroa a identificação do povo marajoara com o santo considerado o protetor dos vaqueiros. “O IPHAN, através de pesquisa, provou que toda a região tem devoção a São Sebastião. Isso não foi alguém que contou. É um trabalho científico, acadêmico, e que é reconhecido pelo órgão do Governo Federal que trata justamente sobre isso”, ressaltou.

Em junho, será realizada uma celebração da peregrinação, em que estarão juntas todas as famílias que receberam a imagem do santo e os convidados. Albertinho Leão destacou a presença de artistas e parceiros, com muito carimbó, guitarrada e comidas típicas marajoaras.

A educadora e reitora da UNAMA, professora Betânia Fidalgo, falou sobre a integração da academia com a cultura popular e da necessidade de divulgar isso para jovens que, muitas das vezes, não possuem conhecimento da importância da produção cultural na região.

Betânia Fidalgo afirmou que o universo acadêmico precisa intercambiar a cultura popular com a ciência, e que a ciência não está acima do conhecimento popular produzido por comunidades tradicionais da Amazônia. “É a prova de que a academia se curva à ciência, à pesquisa, a esse trabalho da cultura popular, dos saberes diversos que estão colocados aqui. Eu tenho certeza que, hoje, a UNAMA está protegida com o Glorioso São Sebastião”, finalizou.

Por Isabella Cordeiro e Juliana Maia (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC), da UNAMA - Universidade da Amazônia, vai promover a roda de conversa “Folias, Foliões e a festa do Glorioso São Sebastião de Cachoeira do Arari – Marajó-PA”, nesta quarta-feira (18). O evento faz parte dos Diálogos Batuques com Peixe Frito e vai ter início às 16 horas, no auditório D-200, no campus da Alcindo Cacela, em Belém.

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O PPGCLC realiza ações e eventos de natureza científica, sempre em diálogo com temas da realidade e que estão ligados à sociedade, diz o professor Edgar Chagas Junior, coordenador do programa. Segundo ele, o principal foco da roda de conversa é debater, compreender e assimilar questões referentes ao universo da cultura popular do Estado do Pará, além de aproximá-las do universo acadêmico.

“Essa roda de conversa foi organizada para debater e, acima de tudo, dialogar sobre a importância dessa manifestação cultural e o que ela representa para a identidade amazônica”, enfatiza.

O diálogo Batuques com Peixe Frito vem da união de dois projetos de pesquisa do programa de pós-graduação – Batuques e Academia do Peixe Frito – e trata de temas relacionados à cultura popular, literatura, festas, folguedos, poesia e às narrativas orais, que são o foco de estudo desses grupos.

O professor acrescenta que é uma maneira de interação entre os grupos de pesquisa, de celebração e de encontro do que está sendo pesquisado pelo PPGCLC. “Dessa forma, se procura estender e trazer à sociedade essas informações, como uma maneira de contribuição da Universidade da Amazônia, do programa de pós-graduação, para o conjunto da sociedade em relação à produção desses conhecimentos”, explica.

O público pode esperar uma interação de informações, de pesquisadores, dirigentes da Irmandade, e também dos que vão participar, que são devotos ou não entusiastas da Festa de São Sebastião de Cachoeira do Arari. “E que nesse processo de interação, de diálogo, a gente saia com uma compreensão mais ampla e fortalecidos, no sentido de que essa manifestação precisa ser, não só compreendida e estudada, mas acima de tudo preservada”, complementa.

O professor Paulo Nunes, um dos coordenadores do projeto de pesquisa “Academia do Peixe Frito", diz que o PPGCLC está inserido na produção cultural da sociedade paraense. Segundo ele, pela forte inserção no Marajó, o professor Edgar Chagas Junior pensou em unir forças dos projetos de pesquisa para fazer valer a força desta modalidade de manifestação cultural: a festividade do Glorioso São Sebastião de Cachoeira do Arari.

“Interessa-nos discutir as lúdicas desta festa popular marajoara. Os projetos Batuques e Academia do Peixe Frito querem fazer chegar à comunidade da UNAMA a beleza estética da devoção ao glorioso santo. Nossa abordagem será nas linhas antropológica e literária”, informa.

Após a roda de conversa, às 18 horas, a Comitiva de Foliões de São Sebastião de Cachoeira do Arari vai se apresentar para a comunidade acadêmica no hall da UNAMA. “Sendo essa comitiva parte de uma festa que é patrimônio cultural do Brasil, instituída há quase 10 anos. Essa folia, antes de peregrinar pelo Marajó, faz a sua peregrinação por Belém”, esclarece o professor Edgar Chagas Junior.

Por Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Nos últimos anos, o Brasil esteve à frente do ranking mundial de consumo de agrotóxicos. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2019, 56 mil pessoas foram intoxicadas com esse tipo de produto. A agricultura sustentável é uma alternativa no desenvolvimento da produção agrícola. Ela respeita o meio ambiente e, ao mesmo tempo, garante viabilidade financeira. 

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O Pará é o maior produtor abacaxi do Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No município de Salvaterra, no arquipélago do Marajó, está a terceira maior produção de abacaxi do Estado. Mas o município ganha outro foco: o cultivo de alimentos sem agrotóxicos, por meio da agricultura familiar sustentável.

Foi pensando no bem-estar da família que há cinco anos o autônomo José Luiz Silva começou a plantar cheiro-verde, couve e pimentinha verde para consumo. "É prazeroso você plantar e comer o que você plantou. Não tem coisa melhor na vida do que isso. E a gente vê a necessidade aqui no município. Às vezes queremos um cheiro-verde e não tem. A gente também não sabe da procedência. O que eu planto, eu sei que eu posso comer tranquilo porque eu não uso agrotóxico", relata o agricultor salvaterrense.

A produção que antes era voltada para consumo familiar hoje abastece cerca de dez fruteiras e três açougues. José Luiz ressalta a importância de uma associação para a atividade no município. "Se a gente tivesse uma associação, onde todo mundo aprendesse essas técnicas, porque cada um sabe um pouquinho, podíamos nós mesmos fazer essa entrega de cheiro-verde, de couve, de cebolinha, de toda as hortaliças, sem vir da Ceasa", enfatiza.

Hellen Freire, tecnóloga de alimentos, afirma que a união de políticas públicas e as ações individuais são fundamentais para melhorar a qualidade da dieta do brasileiro. "É inevitável nós não pensarmos na quantidade de pessoas doentes em decorrência da má alimentação, e isso vem aumentando no nosso país a cada ano que passa. Isso acarreta, também, não apenas prejuízos com gastos públicos com tratamentos médicos, por exemplo, mas também a queda da qualidade e da expectativa de vida do brasileiro em geral", avalia.

A tecnóloga explica que fazer uma horta em casa é mais simples do que muitos imaginam. "Ela pode ser feita em um vaso ou até mesmo em garrafas recicláveis, organizadas em uma horta vertical ou horizontal, e pode aproveitar o espaço ocioso que cada um tem em sua casa. A ideia principal é que, independente do espaço disponível, qualquer pessoa possa fazer a horta em casa, seja ela em um jardim ou até mesmo uma sacada", conclui.

De acordo com o IBGE, a agricultura familiar é responsável por 80% da mandioca, 69% do abacaxi e 48% do café e da banana e 42% do valor da produção do feijão - principais alimentos consumidos no Brasil. Cerca de 23% da área voltada para propriedades agrícolas no Brasil corresponde à agricultura familiar. Outros quase 70% são da agricultura comercial.

O cultivo de alimentos orgânicos é um dos motivos fundamentais para a melhoria de vida do produtor rural e, com a agricultura orgânica, ocorre a conservação da fertilidade do solo. Essa atividade possui inúmeros benefícios, explica a tecnóloga de alimentos Hellen Freire. "A redução da poluição ambiental, que é um dos assuntos mais discutidos hoje em dia no mundo; a manutenção do bem-estar animal, quando se trata de produto de origem animal; e além de todas essas outras vantagens que foram citadas, também ocorre a promoção da biodiversidade - através da conservação do solo e a ausência de agrotóxicos, ajudando na preservação de pássaros, insetos e outros animais da região", diz.

Por Even Oliveira (sob supervisão e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

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A equipe Superação Stand Up Paddle vai aproximar praticantes de SUP de Belém, Rio de Janeiro e São Paulo, em atividade única que relaciona turismo de experiência à prática de esporte de aventura, no período de 20 a 22 de novembro, na cidade de Soure, no Marajó. Essa é a proposta da IV SUP Expedição do Marajó, evento que surgiu da mobilização de praticantes de stand up paddle de Belém, na perspectiva de desbravar a maior ilha flúvio marítima do planeta. 

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Segundo o radialista e comunicador Ruy Montalvão, um dos idealizadores do evento, o movimento vem sendo construído desde 2017. "Nossa ideia foi de apresentar esse pedaço da Amazônia primeiramente para aqueles que mesmo morando numa cidade como Belém, formada por 39 ilhas, desconhecem esse potencial hídrico insular. O Marajó, com toda sua imensidão, cultura e belezas naturais fica somente há 87 quilômetros partindo do terminal hidroviário de Belém. Então, por que não apresentar a ilha aos nossos remadores por meio da prancha e ainda ajudar as comunidades visitadas gerando desenvolvimento local e estímulo ao turismo de base comunitária?”, reflete Montalvão.

As edições anteriores foram marcadas pela realização de oficinas e rodas de conversa com crianças e adolescentes de Soure que culminavam na limpeza dos rios da Reserva Extrativista Marinha de Soure. Com a pandemia da covid-19, a ação não será realizada para evitar aglomeração e disseminação do vírus, segundo as recomendações de segurança da OMS – Organização Mundial de Saúde.

A experiência da cultura local, seja pela oralidade de seus habitantes, gastronomia, belezas naturais e roteiros de remadas em mangues, rios, praias e fazendas, é o cenário perfeito para os amantes da natureza e para os esportes náuticos não motorizados, como o SUP, abreviação de stand up paddle, que significa remo em pé.

A SUP Expedição do Marajó está em sua quarta edição e recebe 25 remadores de Belém, São Paulo e Rio de Janeiro. A aventura de três dias na costa leste da ilha e será registrada para um documentário sobre SUP na Amazônia, com direção do comunicador Ruy Montalvão.

A experiência documentada pretende apresentar roteiros únicos, para o fortalecimento do turismo de base comunitária como potência de desenvolvimento local com sustentabilidade e protagonismo, a partir de um conjunto de ações capaz de consolidar Soure como um dos principais destinos turísticos de Water Sports na Amazônia.

Serviço

IV Sup Expedição do Marajó

Data: 20-22 de Novembro

Local: Soure (Ilha do Marajó)

Imprensa: 91 981388071

Da assessoria do evento.

O presidente Jair Bolsonaro esteve nesta sexta-feira (9), na Ilha do Marajó, Pará, onde lançou o programa social "Abrace Marajó". No entanto, sua visita foi criticada pelo bispo Evaristo Pascoal Spengler, líder da Prelazia do Marajó, que é uma das circunscrições da Igreja Católica no Brasil. 

Segundo o líder religioso, "a solenidade, em pleno período eleitoral, integra um espetáculo midiático com questionáveis efeitos concretos". Na visita, o presidente causou aglomerações e não usou máscara de proteção.

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Por conta disso, o bispo Evaristo se posicionou dizendo soar estranho que "em uma região com um sistema de saúde precário, a realização de atividades que favoreçam a aglomeração social, sem respeito às normas sanitárias, onde as taxas de contágio e óbitos em decorrência da Covid-19 são preocupantes".

O religioso diz que se o programa Abrace Marajó fosse uma iniciativa do governo federal para favorecer às demandas da região, seria "indispensável um diálogo com o Governo do Estado, com os poderes municipais e, principalmente, com as lideranças da sociedade civil". "Um diálogo sincero, franco, responsável, envolvendo a pluralidade do tecido social da região", acrescentou.

Segundo a nota publicada por Evaristo, não houve essa construção com o coletivo e, para ele, a história do Brasil tem demonstrado o "fracasso de iniciativas governamentais que veem o povo como destinatário e não como interlocutor".

Abrace Marajó

O programa social lançado na ilha terá 110 iniciativas voltadas à geração de empregos e renda, melhoria da educação e da saúde. “Aqui já está orçado R$ 1 bilhão para Marajó na primeira fase. Até o final, vamos passar de R$ 4 bilhões”, disse a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, ao anunciar o plano de ação.

O presidente Jair Bolsonaro e uma comitiva de ministros participaram de cerimônia em Breves para o anúncio das medidas. O programa Abrace o Marajó visa promover o desenvolvimento socioeconômico dos 16 municípios paraenses que compõem a Ilha do Marajó e melhorar as condições de vida da população.

A ONG Observatório do Marajó abriu campanha de financiamento on-line com o objetivo de apoiar mulheres marajoaras em situação de vulnerabilidade social vivendo em Belém do Pará, neste período de pandemia causado pela covid-19. A campanha foi aprovada pelo edital nacional Matchfunding Enfrente. Por meio da plataforma de financiamento colaborativo Benfeitoria, o Fundo Enfrente triplica cada valor doado.

O recurso arrecadado será destinado a ações integradas em apoio a mulheres marajoaras e suas famílias, por meio da criação de uma rede de cuidado e informação e no beneficiamento com auxílios emergenciais no valor de R$ 400,00 a 25 mulheres.

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Em condições precárias e sem acesso a direitos, mulheres marajoaras são especialmente vulneráveis num contexto marcado pela violência e exploração sexual e convivem constantemente com deslocamentos como estratégia de acesso a direitos e oportunidades. Muitas migram para Belém e Macapá, em busca de melhores condições.

Levantamento do Obervatório indica que as mulheres marajoaras ocupam trabalhos informais, precarizados, sem acesso e reconhecimento dos seus direitos trabalhistas. Na maioria das vezes, moram em quartos dos fundos nos trabalhos ou em habitações insalubres e superlotadas em periferias urbanas, sem acesso a saneamento básico e  água com regularidade.

Por esses motivos, avalia o Observatório, essas mulheres estão triplamente expostas ao novo coronavírus.  A “Rede de Apoio a Mulheres Marajoaras em Movimento”  funcionará em duas frentes: 1) criar um ambiente seguro, de confiança, cuidado e troca de informação entre mulheres que, a partir das suas experiências de deslocamento, se afastaram de suas redes originais de identidade e solidariedade; e 2) garantir um auxílio emergencial de R$ 400,00 por dois meses para que essas mulheres tenham o mínimo de estrutura durante a pandemia da covid-19.

“A rede pode ser um local onde essas mulheres recebam informações seguras, com linguagem acessível e livre de fake news sobre a pandemia. Um espaço de cuidado e de solidariedade para que possam enfrentar com apoio emocional as consequências do afastamento físico das suas famílias que ainda vivem no Marajó”, explica Micaela Valentim, gestora de projetos do Observatório.

Para a articuladora local do projeto “Mulheres Marajoaras em Movimento”, Andreyna Teles, a rede de apoio seria essencial para a adaptação dessas mulheres que migram para as cidades. “Se tivessem pessoas que pudessem ajudar mulheres que se deslocam de interiores pra cidade, ajudando-as de alguma forma para conseguir emprego, entrar em uma faculdade, fazer cursos técnicos, enfim, seria uma garantia de um emprego melhor e um sustento a família”, explica Andreyna. 

Como doar? 

As doações devem ser feitas na plataforma Benfeitoria até dia 31 de maio. A meta é arrecadar R$ 31 mil para garantir o apoio financeiro por ao menos dois meses para as mulheres da rede. As doações são a partir de R$ 10,00 e podem ser pagas por cartão de crédito ou boleto.

O Observatório do Marajó é um projeto da ONG Lute Sem Fronteiras, uma organização sem fins lucrativos que desde 2009 tem trabalhos sociais no Marajó. A missão da LSF é promover o acesso a direitos e o desenvolvimento de comunidades tradicionais, ribeirinhas e quilombolas do Marajó. 

Acompanha a ONG nas redes sociais: 

Blog do Observatório do Marajó  | Instagram | Facebook | Twitter 

Da assessoria do Observatório do Marajó.

A tecnologia Manejo de Mínimo Impacto de Açaizais Nativos vai ganhar um impulso para a sua socialização no arquipélago do Marajó. Nesta quinta-feira (30), em Portel (PA), a Embrapa Amazônia Oriental e a Associação dos Moradores Agroextrativistas do Assentamento Acutipereira (Asmoga) firmam parceria para estruturar o Centro de Referência em Manejo de Açaizais Nativos do Marajó (Manejaí).

O objetivo principal da entidade será gerar e democratizar conhecimentos sobre a produção sustentável do açaí nas regiões de várzea. O Manejo de Mínimo Impacto de Açaizais Nativos é uma tecnologia que permite aumentar em até três vezes a produção de frutos por meio do estabelecimento de uma proporção adequada entre açaizeiros e outras espécies florestais numa mesma área.

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O lançamento do Manejaí integra as atividades do treinamento de 43 facilitadores em manejo de açaizais nativos que vai ocorrer na quinta (30) e sexta-feira (31), no Projeto Estadual de Assentamento Agroextrativista Acutipereira, comunidade Santo Ezequiel Moreno, em Portel, no Marajó. São técnicos em extensão rural e lideranças comunitárias de diversos municípios do Marajó que desde 2016 participaram dos treinamentos que o projeto Bem Diverso realiza na região. “Trata-se de uma formação complementar para criar uma rede de agentes multiplicadores”, afirma Augusto Cesar Andrade, assistente da Embrapa Amazônia Oriental.

Até final de 2020, o plano de trabalho traçado para o Manejaí prevê a realização de 18 cursos sobre manejo de açaizais nativos e a implantação de duas vitrines da tecnologia. As atividades serão viabilizadas com recursos do projeto Bem Diverso e do Banco da Amazônia. Nesse trabalho, os agentes multiplicadores contarão com um kit de material didático para auxiliar a comunicação com os ribeirinhos, chamado de mochila do facilitador.

O projeto Bem Diverso é uma parceria entre a Embrapa e o Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD), com recursos de doação do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A iniciativa abrange ações em outros biomas do país e é liderada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. O principal objetivo é conservar a biodiversidade brasileira e gerar renda para comunidades tradicionais e agricultores familiares.

No Pará, o projeto Bem Diverso trabalha para a sustentabilidade da cadeia produtiva do açaí. Desde 2016, a Embrapa promove treinamentos em Manejo de Mínimo Impacto de Açaizais Nativos em parceria com a Emater/PA e as prefeituras municipais. Até 2018, foram capacitadas 1.193 pessoas, entre técnicos e agentes multiplicadores, em diversos municípios. A parceria com a Emater/PA e comunidades também levou a tecnologia para 820 ribeirinhos. De forma complementar, foram ministrados ainda cursos sobre criação de abelhas sem ferrão para cerca de 300 pessoas. Esses insetos são polinizadores do açaizeiro e contribuem para a produção de frutos.

Por Vinicuis Soares Braga, da assessoria da Embrapa Amazônia Oriental.

 

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O curso de Moda da UNAMA - Universidade da Amazônia ficou em 2º lugar no Concurso dos Novos do DFB Festival, também conhecido como Dragão Fashion Brasil. O desfile, com o tema "Vai dar praia", ocorreu na sexta-feira (17), em Fortaleza.

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Os alunos paraenses decidiram falar das praias de rio e escolheram o Marajó como referência visual para a criação da coleção M'baraio. O trabalho foi desenvolvido com a supervisão e orientação da professora Yorrana Maia, com apoio do professor Fernando Hage e de todos os demais professores do curso.

Yorrana Maia afirmou que a coleção é o resultado de um trabalho que uniu professores e alunos da Universidade. "Isso reforça o caminho certo que a gente está seguindo dentro do curso de Moda. Os alunos estão preparados para lidar com o mercado real. Muitos desafios foram vencidos. Para os meninos fazerem uma coleção, que são oito looks, eles precisaram se organizar tanto financeiramente quanto de tempo, execução. São vários desafios de como fazer com que aquelas tipologias artesanais funcionem numa roupa que vai para a passarela", disse a professora.

Para Dula Maria Lima, coordenadora do curso de Moda da UNAMA, ver os alunos da UNAMA na final é motivo de orgulho e de certeza que a instituição está no caminho certo. "Já fomos finalistas outras vezes, em 2015 ficamos com o segundo lugar, além do prêmio de Menção Honrosa do Museu da casa Brasileira. A UNAMA é a única do Norte do país classificada como finalista do DFB. Estar entre os finalistas de um concurso tão disputado é a prova de que aqui temos o melhor curso de Moda, não só de Belém, mas da Amazônia. Nosso alunos saem em real condição de mercado. Preparadíssimos", afirmou a professora. 

Participam do concurso as Instituições de Ensino Superior (IES) que possuem o curso de Moda. Essa é a segunda vez que o curso de Moda da UNAMA está entre os finalistas. Em 2015 foi premiada com o segundo lugar com a coleção Miriti-Tauá, coleção que recebeu o prêmio de Menção Honrosa do Museu Casa Brasileira.

Para Hanne Lima, estudante do 3º semestre de Moda e um dos que representaram a universidade no evento, a experiência valeu a pena. "Conhecemos muito de nós mesmos e das várias profissões que envolvem o mundo da moda. Conhecemos muito mais do nosso curso e do mercado de Belém e das dificuldades de produzir um desfile completo. Foi muito gratificante ver tudo na passarela. Acho que só de estar lá valeu todo o trabalho que a gente teve", detalhou o estudante.

Para Anna Paula Delgado, estudante do 3º semestre de Moda e também integrante do grupo, participar do evento foi uma meta alcançada com muito esforço, junto com toda a equipe. "Estar na final é uma sensação única de orgulho e prestígio. Poder ver um trabalho feito por alunos sendo prestigiado em um evento como esse nos motiva a continuar a trabalhar ainda mais", disse a estudante.

M'baraio, que no dialeto indígena significa tirado das águas, é uma coleção inspirada no encontro entre mar e rio e nos encantos e magia da paisagem do maior arquipélago fluvial do mundo, o Marajó. As tipologias usadas foram os bordados de escamas da pescada amarela e entrelaces de fios que ora lembram ondas, ora lembram as raízes. 

A equipe de alunos é formada por Anna Paula Delgado, Hanne Lima, Inaura Vasconcelos, Isabel Francioli, Itamar Cordeiro e Mayra Progene.

O desfile foi exibido ao vivo pelo Intagram @dfhouse e pelo site dfhouse.com.br.

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O município de Melgaço, no Marajó, foi o local de encontro para discussão de ações de enfrentamento às violações dos direitos de crianças e adolescentes. O evento foi de 27 a 29 de novembro, focando no combate ao trabalho infantil nos 16 municípios da região.

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Organizado pelo Fórum Paraense de Erradicação do Trabalho Infantil e de Proteção ao Trabalho do Adolescente (FPETIPA) e pela SEASTER (Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda), o encontro contou com a participação da juíza do Trabalho Vanilza Malcher, gestora regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), e também de representantes do MPT (Ministério Público do Trabalho), da SRT-PA (Secretaria Regional do Trabalho) e da DIPREV-PC (Divisão de Prevenção da Polícia Civil). “Os objetivos foram cumpridos. Ouvir as pessoas que muitas vezes sentem-se esquecidas, além de saber sobre o que cada município já faz no enfrentamento do problema e de poder trocar experiências, visando pensar ações conjuntas e contribuir para a transformação de realidades. Foi um lindo e proveitoso encontro", disse a juíza.

Estavam presentes os secretários e técnicos da área da assistência, representantes de CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), da área da saúde e da educação, conselheiros tutelares, adolescentes e crianças, de cinco municípios (Melgaço, Breves, Portel, Curralinho e Gurupá), que puderam participar de oficinas lúdicas e culturais sobre a temática, palestras e roda de conversa com a possibilidade de apresentação das experiências exitosas dos municípios e de manifestações artísticas como dança, teatro e música. “É de suma importância essa troca de conhecimentos com os outros municípios, pois dessa forma podemos um ajudar aos outros em diversas situações relacionadas ao trabalho infantil. Nosso município de Gurupá levou uma grande gama de informações para somar ainda mais nas ações que já fazemos diariamente com a comunidade gurupaense tanto da zona rural como da zona urbana do município. A participação de todos os envolvidos nesses dias nos deu mais ânimo e esperança de sempre seguir em frente pela garantia de direitos de crianças e adolescentes”, afirmou Elisia Souza, secretária de Assistência Social do Município de Gurupá.

Um dos personagens que marcam o evento é o “Super 100", criado pelo município de Gurupá para desenvolver um trabalho de orientação das crianças e dos adolescentes, de forma lúdica, acerca da exploração sexual infantil, e conscientizá-los quanto à necessidade de denunciar, por meio do Disque 100. “Eles contam que, após o 'Super 100', houve aumento no número de denúncias no município envolvendo a situação”, explicou Vanilza.

Para Cristiana Santos, assistente social, coordenadora do CREAS de Melgaço, o evento é importante para os municípios da região do Marajó, em especial Melgaço, diante do quadro apontado em rede nacional e internacional como o mais baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil. “Esta experiência revela o quanto podemos aprender uns com os outros se pararmos um pouco para debatemos conjuntamente sobre as políticas públicas e as estratégias de intervenção mais possível para cada município, socializando os resultados positivos, compartilhando os avanços e desafios rumo ao combate a essa problemática social”, afirmou.

Norma Miranda, socióloga que está à frente do Fórum de Combate ao Trabalho Infantil e Proteção do Trabalho do Adolescente, explica que Melgaço foi escolhido por vários motivos, entre eles pelas violações de direitos ocorridos nos rios que cercam o município, principalmente o trabalho infantil e o abuso sexual. “A ação se dividiu em três momentos. Primeiro momento foi uma oficina para trabalhar atividades lúdicas e pedagógicas, retratando a temática do trabalho infantil onde as crianças escreviam, pintavam, desenhavam e nós realizamos palestras. Paralelo a isso teve vacina contra as doenças que afetam as crianças, orientação à saúde”, afirmou Norma.

No primeiro dia de evento, na orla de Melgaço, foram atendidas 249 crianças. No segundo dia, foram feitas oficinas com técnicos e convidados. “Fizemos um diálogo com todos os trabalhadores, ouvimos os relatos das situações e do cenário da região e trabalhamos também neste dia as experiências exitosas de combate ao trabalho infantil nos municípios de Gurupá, Portel e Breves”, explicou Norma.

A população também contou com uma audiência pública. “Fizemos uma apresentação do tema do trabalho infantil e em seguida abrimos para ouvir os convidados. A nossa pretensão era atingir os 12 municípios, mas tivemos a presença de cinco: Gurupá, Portel, Breves, Curralinho e Melgaço. Gratidão é a palavra”, concluiu Norma.

 

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No final da tarde do último sábado, 18, aos poucos, uma das praças de Soure, no arquipélago do Marajó, começou a receber um grande número de pessoas. O local, às margens do rio Paracauari, que banha a cidade, havia ganhado cerca de 850 cadeiras de plástico, uma grande tela de cinema e um projetor de imagens para que os marajoaras pudessem acompanhar a pré-estreia do filme longa-metragem “Encantados”, dirigido pela cineasta gaúcha Tizuka Yamasaki. A trama conta a história real da pajé Zeneida Lima, que ainda reside em Soure, onde é muito reconhecida.

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A história foi filmada quase inteiramente no Marajó, há mais de dez anos, mas o filme só foi finalizado em 2014, quando começou uma carreira em festivais de cinema. Inspirado no livro de Zeneida, “O Mundo Místico dos Caruanas da Ilha do Marajó”, o filme conta a história da pajé (interpretada por Carol Oliveira) que sai de Belém, ainda menina, com a mãe Zezé (Letícia Sabatella), os sete irmãos e a empregada Cotinha (Dira Paes), e vai morar em uma fazenda do Marajó, por determinação do advogado Angelino (José Mayer), pai ilegítimo dos oito filhos que teve com Zezé. No Marajó, a menina sofre com a incompreensão da família por seus dons e por causa de sua paixão pelo jovem e misterioso Antônio (Thiago Martins), um encantado, um caruana, que ela conhece no local. “Encantados” traz ainda no elenco Ângelo Antônio (pajé Mundico) e Anderson Müller (capataz Fortunato), além da participação especial das atrizes Laura Cardoso e Cássia Kiss Magro. 

Na plateia da pré-estreia, além do público atento - estimado em 1.500 pessoas - que acompanhou as imagens sentado e muitos em pé, estavam a diretora Tizuka Yamasaki, o ator Ângelo Antônio e a pajé Zeneida Lima e seus filhos. Ao final da exibição, o filme foi longamente aplaudido.

Tizuka disse que teve contato com o livro que deu origem ao filme há muitos anos, mas que a princípio não havia dado muita atenção a ele. Depois que a Escola de Samba Beija-Flor ganhou o carnaval carioca, em 1998, com o enredo “Pará - O Mundo Místico Dos Caruanas nas Águas do Patu-anu”, quete a ajuda de Zeneida Lima na pesquisa, o ator Anderson Müller, filho do presidente da escola, entrou em contato com Tizuka e disse que aquele enredo poderia se tornar um filme. Foi aí que a diretora se lembrou do livro que havia ganhado, anos antes, quando esteve em Belém para ministrar uma oficina, e começou o projeto de filmar a história da pajé.

Muito feliz com a estreia do filme, Tizuka cuidava pessoalmente de cada detalhe da projeção na praça. Ela ressaltou que o Pará é um marco em seu trabalho. "Não poderia ser diferente. Faz todo sentido que a pré-estreia fosse na terra de Zeneida. É de grande importância que isso comece por Soure e o filme receba todas as bênçãos da natureza", comemorou.

Ao final da exibição, e em meio a aplausos, a pajé Zeneida Lima não segurou a emoção e chorou bastante. “Eu já tinha visto o filme uma única vez, mas estava nervosa e confesso que não prestei muita atenção. Aqui foi diferente, porque eu estou do lado da minha família e de amigos, e foi muito especial. Foi uma grande emoção, porque a forma como a Tizuka mostra a minha história é bem próximo de tudo o que aconteceu comigo e minha família”, avaliou Zeneida.

Atualmente, além dos trabalhos de cura de pessoas por meio de rituais de pajelança e uso de produtos da natureza, a pajé e seus filhos mantêm o Instituto Caruanas do Marajó, que é responsável por uma escola que atende a cerca de 240 crianças da periferia de Soure, e pela ONG Mãos Caruanas, que faz um resgate da cerâmica marajoara, produzindo peças como bijuterias, vasos, potes, utensílios e outros. Na área onde fica a sede do instituto também é possível visitar um parque temático, com muitas árvores frutíferas e grandes estátuas dos seres conhecidos como caruanas, segundo a descrição feita pela pajé Zeneida Lima.

Uma coprodução da Globo Filmes e Scena Filmes, com duração de 78 minutos, depois da pré-estreia em Soure, “Encantados” entra em cartaz no dia 7 de dezembro em Belém, na cadeia Cinépolis, do shopping Boulevard, e em salas de cinema de cidades como Santarém, Marabá, Parauapebas e Castanhal. A estreia nacional do filme será somente no primeiro trimestre de 2018.

O filme foi premiado na 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, como melhor filme brasileiro na categoria Festival da Juventude, em 2014, e abriu o Brazilian Film Festival of Miami, em 2016. Tizuka também conquistou o prêmio de melhor diretora por “Encantados” no 31º Festival de Cinema de Trieste, na Itália, em 2016.

Por Dedé Mesquita, especialmente para o LeiaJá.

Um barco que faz transporte de passageiros quase virou quando estava atracado no porto em Belém, no Pará, provocando pânico entre dezenas de pessoas que tinham como destino o Círio Fluvial, na Ilha do Marajó, nesse sábado (28). O desespero foi tanto, que alguns chegaram a pular do barco na tentativa de se safar de um naufrágio.

Nem mesmo a altura do barco, que tem três andares, impediu que os mais desesperados pulassem de volta para a terra firme. Algumas pessoas chegaram a ter ferimentos leves, mas o incidente não causou maiores danos. Confira imagens do momento de pânico:

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Paraense nascida no município de Breves, na ilha do Marajó, a cantora de arrocha Sinara Costa é a mais nova integrante da equipe de Michel Teló na competição musical The Voice Brasil, da TV Globo.

Sinara Costa foi aprovada na terceira noite de auições às cegas do programa, nesta quinta-feira (5), após cantar o hit "Loka", parceria de sucesso entre Anitta e as irmas Simone e Simaria. 

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O sertanejo Michel Teló foi o único técnico a virar a cadeira enquanto a paraense cantava. "Ela passou metade da música querendo chorar", disse o cantor, ao comentar a emoção de Sinara no palco do The Voice Brasil. 

 

Prefeituras do Marajó, no Pará, participaram de treinamento realizado na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) para desenvolver o turismo. A Fadesp (Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa) esteve presente para apresentar ferramentas que podem auxiliar os gestores a planejarem os investimentos e utilizarem a experiência acumulada por instituições como a Universidade Federal do Pará (UFPA).

O treinamento foi realizado no período de 31 de maio a 2 de junho, na sede da Sudam, em Belém, com apoio da Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (Amam). Entre os municípios marajoaras que tiveram secretários e técnicos presentes estão Portel, Curralinho, Chaves, Gurupá e Cachoeira do Piriá.

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A programação incluiu palestras sobre a importância do investimento em turismo e cultura, além de curso sobre como o município pode utilizar o Sistema de Convênios (Siconv) do governo federal para se candidatar aos recursos públicos federais disponibilizados através dessa plataforma. O cientista social e consultor em Gestão Cultural da Fadesp, Delson Cruz, destacou que a cultura e o turismo são importantes meios para o desenvolvimento humano e sustentável. Por isso, é importante que os municípios façam a adesão ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), utilizem essa ferramenta de gestão e incluam as previsões de investimentos nas leis orçamentárias.

O coordenador geral de Planejamento da Sudam, Flávio Blanco, observou que o uso correto de outra plataforma, o Siconv, ajudará os municípios a agirem ativamente na busca de recursos disponibilizados nacionalmente para os órgãos públicos que apresentarem projetos de execução.

A gerente de Negócios da Fadesp, Socorro Souza, explicou que a Fundação dispõe de conhecimento técnico para auxiliar na elaboração de projetos. Tem também experiência na capacitação de servidores e, como apoiadora da UFPA, UNIFESSPA, Museu Paraense Emílio Goeldi, pode fazer a conexão entre a prefeitura e o conhecimento produzido por essas instituições.

Segundo o representante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Ciro Lins, os municípios precisam ter amparo técnico para não desperdiçarem recursos com ações que serão suspensas porque contrariam as normas legais de preservação e proteção dos bens culturais e patrimoniais. Ele citou o caso de obras realizadas em áreas que abrigam sítios arqueológicos. "Remover ou destruir sítio arqueológico é crime", advertiu.

Da assessoria da Fadesp.

 

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