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A ausência de médicos em hospitais da rede pública voltou a ser motivo de polêmica no Rio. Tatiane de Souza de Araújo, com 40 semanas de gravidez, acusa a equipe do hospital e maternidade Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte da cidade, de se negar a interná-la e realizar o seu parto. O hospital, no entanto, contestou a versão de Tatiane.

A gestante contou que, ao procurar a maternidade nesta sexta-feira, foi orientada a retornar para casa porque o seu caso não foi considerado prioritário pela equipe médica, que estava desfalcada, segundo ela. Já o hospital, argumentou, por meio da assessoria de imprensa, que a grávida não estava em trabalho de parto e que, por isso, não havia motivo para que fosse realizada uma cirurgia cesariana, procedimento só adotado a partir da 41ª semana de gravidez.

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A versão do hospital é a de que o caso da menina Adrielly dos Santos Vieira está sendo usado por alguns pacientes para forçar atendimento na rede pública, independentemente da avaliação médica sobre a necessidade do atendimento.

Adrielly, de 10 anos, será enterrada hoje, após ter sido atingida por uma bala perdida na porta de sua casa, em Pilares, na noite de Natal, e ter esperado por atendimento médico por oito horas no Hospital Municipal Salgado Filho, porque o neurocirurgião Adão Crespo Gonçalves, que deveria estar de plantão, faltou ao trabalho.

Segundo a assessoria da maternidade Ronaldo Gazzola, Tatiane teria se referido ao caso da menina e ameaçado procurar a imprensa caso não fosse internada para a cirurgia.

A repórteres, Tatiane afirmou que chegou à maternidade por volta das 16h de ontem, perdendo líquido amniótico e com fortes dores no abdômen. Sem atendimento, seguiu para o Hospital Federal de Bonsucesso, onde foi orientada a retornar ao Ronaldo Gazolla, onde realizou o seu pré-natal. Frustrada nas duas tentativas de internação, recorreu à 39ª. Delegacia de Polícia, na Pavuna, onde os policiais orientaram a grávida e o seu companheiro, o vigilante Izaías de Souza, a procurar o plantão judiciário para que conseguissem uma liminar.

Com o documento nas mãos, eles teriam retornado ao hospital em Acari. A maternidade nega, contudo, a existência da liminar e afirma que Tatiane não está internada e que também não está, nesta tarde, nas dependências do hospital. O hospital nega ainda que a equipe de atendimento esteja desfalcada. A reportagem não localizou processo em nome de Tatiane no site do Tribunal de Justiça do Rio.

Prestes há completar oito meses em greve, os médicos da rede pública de saúde do Rio Grande do Norte rejeitaram o ofício com a proposta de conciliação enviada pelo governo e decidiram na manhã desta quarta-feira (26) manter a greve. Os médicos estão com seus serviços paralisados desde 28 de abril, quase todo o atendimento médico da rede pública de saúde do estado está sendo realizado por médicos terceirizados. Ainda estão em greve enfermeiros, auxiliares técnicos e anestesistas.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte, Geraldo Ferreira, o governo ofereceu um reajuste salarial de 12% escalonado em duas parcelas, o que não seria suficiente para cobrir as exigências da classe. “Parece que o governo esqueceu que estamos lutando pela dignidade dos pacientes, condições de trabalho, mais leitos de UTI, carreira médica e pelo Piso Fenam”, expôs Geraldo Ferreira.

A última proposta enviada pela categoria médica reivindicava ao governo condições mínimas de trabalho, reajuste de 13,5 % do salário base e a formação de comissão paritária entre Secretária de Estado de Saúde Pública e Sinmed para definir até março de 2013 a criação da carreira médica, piso Fenam, controle de frequência, além de um concurso público.

O governo estadual do Rio Grande do Norte alega não ser possível suprir as exigências dos médicos devido à lei de responsabilidade fiscal. A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) decretou no dia 5 de julho calamidade pública na saúde após ser detectado o número insuficiente de profissionais em todo o estado, superlotação nos hospitais e falta de medicamentos. Sem a previsão de um acordo, os médicos pretendem fazer uma manifestação em Natal na próxima sexta-feira (28) em prol da saúde.

Para formar profissionais capazes de reconhecer particularidades de pacientes idosos, o Instituto de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco, do Real Hospital Português, está com inscrições abertas até o dia 25 de dezembro para residência médica. Médicos com formação em clínica médica devem se inscrever através do site, onde está disponível o edital.

A seleção será realizada pela Secretaria Estadual de Saúde. São oferecidas duas vagas. O programa está previsto para começar em março de 2013. A prova de seleção será no dia 13 de janeiro. Mais informações estão disponíveis pelo telefone (81) 3184-0030.

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Acordo feito. Foi assim que terminou a conversa entre 200 estudantes de medicina, nutrição e enfermagem da Universidade de Pernambuco (UPE) e médicos residentes do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), o secretário de Ciência e Tecnologia (Sectec), Marcelino Granja, e o reitor da UPE, Carlos Calado.

Os estudantes manifestaram-se nesta segunda-feira (12), pedindo a volta dos plantões extras, novas contratações a partir de concursos públicos e a melhoria nas instalações do hospital. De acordo com Granja, o edital do concurso para novos médicos será lançado nesta semana. “Pretendemos lançar na próxima quarta o edital, que contará com 360 vagas para nível médio e superior. Dessa forma, melhorará o atendimento do HUOC como pedem os estudantes e residentes”, afirma o secretário.

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No hospital também será criado um conselho de administração hospitalar para negociar decisões do hospital, contendo 17 membros compostos por estudantes e dos professores da UPE. Antônio Figueira, secretário Estadual de Saúde, Marcelino Granja e Ricardo Dantas, da Secretaria de Administração.

De data ainda não definida, a volta dos plantões também foi prometida por Granja. O acordo será feito entre a Sectec e Governo do Estado. O estudante Carlos Tadeu, membro da Associação Pernambucana de Médicos Residentes (APMR), diz que o problema ocorre há seis anos por causa da gestão. “Apesar dessas medidas, o Governo não reconhece que precisamos de atenção. Protestamos hoje para ver se olham para nós, como um apelo a Eduardo Campos. Nós somos cientes de que os outros hospitais precisam e devem ser ajudados, mas não podemos esquecer do HUOC que mantém o Estado há anos”, relata Tadeu.

*Com informações da repórter Pollyanne Brito

Mais de 200 estudantes de medicina, nutrição, enfermagem e médicos residentes da Universidade de Pernambuco (UPE) estão em frente prédio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, no Marco Zero, área central do Recife. De jaleco e com faixas, eles protestam em atenção ao Governo do Estado para a falta de estrutura do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). 

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A principal queixa dos estudantes e residentes é a falta de estrutura na unidade de saúde e a necessidade da realização de concurso público para que novos funcionários sejam contratados. No ultimo mês, segundo eles, 112 leitos do HUOC foram fechados. Com isso, os plantões extras dos médicos e residentes foram extintos. "Isso foi a gota d'agua pra gente. A falta de recursos para um hospital desse porte é um esquecimento do governador", afirma Carlos Tadeu, membro da  Associação Pernambucana de Médicos Residentes.

Mais informações em instantes.

 

 

Entidades médicas entregaram nesta sexta-feira à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) um documento pedindo mais transparência nas informações sobre o setor. Entre os dados requisitados estão a distribuição geográfica dos leitos hospitalares e de UTI, laboratórios e médicos.

Para as entidades, a expansão da estrutura ofertada pelos planos de saúde não consegue atender ao aumento da demanda. O documento foi assinado pela Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina e Federação Nacional dos Médicos.

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Os médicos que trabalham no Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru, realizarão uma assembleia na noite desta terça-feira (23), para decidir se anunciam o estado de greve. A reunião acontecerá às 19h30 na Sociedade de Medicina de Caruaru.

A falta de cirurgião geral no HRA é um dos motivos para a realização da assembleia. Outros problemas apontados pelo Sindicato dos Médicos de Pernamuco (Simepe) são a restrição de alguns atendimentos, o fechamento de alguns plantões por falta de profissionais e a não realização de concurso público.

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Para o diretor da sindicato em Caruaru, Danilo Souza, o movimento é legal e o objetivo é a melhoria do atendimento à população. “Desde o início do ano, realizamos assembleias e participamos de discussões, mas nada é resolvido. Quem mais sofre com a falta de atendimento é a população”, disse.

Prestes a terminar o prazo da intervenção judicial nas unidades básicas de saúde de Natal, médicos da rede pública de saúde realizaram hoje (17), pela manhã, uma manifestação no Ambulatório Médico Especializado do bairro de Brasília Teimosa. A mobilização, de acordo com a categoria, ocorreu devido a possibilidade dos ambulatórios médicos especializados e das unidades de pronto-atendimento da capital encerrarem suas atividades ainda nesta semana.

A Justiça determinou no início de agosto que a Prefeitura de Natal assumisse a gestão de maneira integral do serviço básico de saúde da cidade a partir desta quinta-feira, 18. Atualmente, o serviço é realizado pela organização social MARCA.

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A prefeitura de Natal até o momento não apresentou qualquer medida que evite a paralisação do atendimento ao público a partir de amanhã. O procurador Geral do Município, Francisco Wilkie, disse que o prazo dado pela justiça para que a prefeitura assumisse o controle dos AME’s e UPA’S foi muito curto. Caso a prefeitura não entre em acordo com a Justiça até amanhã, a população de natal pode ficar sem atendimento básico de saúde em quase toda a cidade.

Atualmente o Rio Grande do Norte passa por graves problemas na saúde pública. A governadora do Estado, Rosalba Ciarlini, decretou no dia 5 de julho estado de calamidade na saúde. Entre os problemas constatados estão as superlotações dos hospitais, incluindo o Monsenhor Walfredo Gurgel, maior hospital do Estado, que fica em Natal, e a greve dos médicos da rede pública de saúde que trabalham com apenas 30%  do contingente desde o dia 29 de abril.

Por Hana Dourado

O edital do processo seletivo simplificado para contratar 255 médicos por tempo determinado foi lançado nesta quinta-feira (11), pelo Governo da Paraíba. As inscrições serão realizadas entre os dias 15 e 16 deste mês.

Já o prazo do concurso é de um ano, podendo ser prorrogado por mais um ano. Os médicos atuarão em três hospitais de João Pessoa, Clementino Fraga, Edson Ramalho e Arlinda Marques. Também estão previstas vagas para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande e em hospitais de Guarabira e Itapororoca.

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O salário bruto por cada plantão de 12 horas é de R$ 740,00. Os médicos contratados são das seguintes especialidades: anestesista, intensivista, intensivista infantil, cirurgião pedriático, neurocirurgião, cirurgião vascular, cirurgião torácico, cirurgião geral, clínica médica e cirurgião ortopédico.

Para conferir o edital os interessados deverão acessar o endereço eletrônico da organizadora do concurso.

Na manhã desta quarta-feira (10), os médicos realizaram um ato público contra os abusos de sete planos de saúde - o movimento é nacional. O protesto aconteceu na Ilha do Leite, onde há vários hospitais particulares ao redor. Além deste ato inicial, outra mobilização será feita também na próxima segunda (15) até a sexta (19), onde paralisam todos os atendimentos, fora os emergenciais.

Os pacientes que têm plano de saúde Hapvida, Sulamérica, Ideal Saúde, Intermédica, Interclínicas e Notre Dame e Golden Cross não serão recebidos nos hospitais e clínicas conveniadas. Os tratamentos que terão continuidade são os de hemodiálise, hemoterapia, radioterapia e quimioterapia.

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A medida é para pedir reajuste nas consultas, que está há vários anos sem aumento, além dos honorários. O valor fica, agora, entre R$ 40 por consulta. O pedido de reajuste fica entre R$ 60 e R$ 80. “A proposta é conscientizar os planos a nos darem um trabalho adequado. Nos últimos dois anos, já houve uma queda de 20% da categoria para os planos de saúde. Ou seja, ninguém quer trabalhar com planos por estarem com consulta defasada”, afirmou Mário Fernando Lins, presidente da Comissão de Honorários Médicos de Pernambuco e diretor do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe).

Os manifestantes presentes no ato estavam mostrando cartazes, distribuindo panfletos, além de ter dois caminhões de mídia que estarão mostrando as reivindicações durante todo o dia pelo centro da cidade e no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.  A categoria exige ainda fim da intervenção dos planos na relação médico-paciente, além do respeito da tabela de honorários pela Classificação Brasileira e Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).

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Um grupo de médicos, sócios da Clínica Bemasser, em Marechal Cândido Rondon (a 577 quilômetros de Curitiba), é acusado pelo Ministério Público do Paraná de realizar cobranças indevidas de atendimentos prestados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Além dos médicos, a clínica e o Hospital Filadélfia, conveniado do SUS, estão sendo denunciadas.

As ações foram propostas na última sexta-feira (5) pela 1ª Promotoria de Justiça de Marechal Cândido Rondon. Segundo a promotora Giseli Batista de Melo, os médicos Roberto Goulart Machado, Ivo Alberto Becker, Orlando Cesar Cordeiro de Melo e Thiago Lemos Ribeiro da Silva utilizam o quadro de servidores e a estrutura do hospital, que presta serviços de atendimento psiquiátrico.

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No documento, o MP confirma as cobranças ilegais entre os anos de 2004 e 2010, quando os clínicos determinaram "que fosse solicitado aos pacientes do SUS, ou de seus acompanhantes, valores pelas consultas psiquiátricas que realizavam".

O advogado dos médicos, Oscar Estanislau Nasihgil, informou que não houve notificação oficial. "O que eu soube foi por meio do portal do Ministério Público e a imprensa. Eles (médicos) me procuraram e agora estamos aguardando algo oficial", disse. Já os sócios da clínica não iriam se pronunciar, segundo orientação jurídica.

O caso veio à tona com a queixa de diversos pacientes que, após as consultas feitas no hospital, sob o atendimento do SUS, foram obrigados a pagar em média R$ 150 por consulta. A Promotoria registrou 72 casos que foram divididos em duas ações públicas.

O Ministério Público requer que os médicos sejam condenados por improbidade administrativa, por perda de função pública e que sejam afastados do atendimento a pacientes do SUS em qualquer entidade, além de indenização por dano moral coletivo.

Médicos de todo o país se mobilizam para reivindicar, durante o mês de outubro, os abusos cometidos pelos planos e seguros de saúde. Para marcar o início da mobilização, os profissionais pernambucanos realizarão, na próxima quarta-feira (10), um ato público no cruzamento das ruas Francisco Alves com a Antônio Gomes de Freitas (ao lado do Hope) na Ilha do Leite, às 9h.

A mobilização é nacional e o objetivo é negociar as questões com as administradoras dos planos. A principal reivindicação é por honorários mais justos, que não são repassados pelas empresas. “O movimento dos médicos pernambucanos é um ato de respeito ao paciente e em defesa da vida, contra a exploração dos planos de saúde", afirma Mário Lins, presidente da Comissão Edtadual de Honorários Médicos.

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Durante os dias 15 e 19 deste mês haverá paralisação no atendimento aos planos de saúde: Hapvida, Sul America, Golden Cross, Intermédica, Norclínicas, Notre Dame e Ideal Saúde, com os quais ainda não houve acordo. Em reunião na sede do Conselho de Medicina de Pernambuco (Cremepe) ficou acordado que não haverá interrupção no atendimento das urgências, emergências, serviços de hemodiálise, hemoterapia, radioterapia e quimioterapia.

Assembleias serão realizadas em todo o país. A partir das decisões, a categoria poderá suspender, por tempo determinado, consultas e outros procedimentos. As mobilizações serão articuladas pelas respectivas Comissões Estaduais de Honorários Médicos em todo o país.

É preciso aumentar a fiscalização de motoristas que bebem antes de dirigir e apertar a punição dos infratores que cometem crimes ao volante. A opinião é do médico Edilson Forlin, coordenador de Ações Institucionais da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), que lança em São Paulo, na terça-feira (25), Dia Nacional do Trânsito, a campanha Álcool e Direção, uma mistura que não combina.

"O álcool é um dos principais causadores de acidentes no País", diz o especialista. Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados pela SBOT, metade das mortes em acidentes está relacionada ao uso do álcool. "É preciso fiscalizar e punir os infratores com rigor", afirma Forlin.

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Segundo o médico, os acidentes de trânsito consomem quase 2% do PIB. Ele recorre a dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mostram despesa com acidentes urbanos e nas estradas no País em R$ 33 bilhões por ano (2003 e 2006). Considerando o atual PIB brasileiro, o custo com acidentes equivale a R$ 80 bilhões.

O ortopedista lembra que uma internação para tratamento de ferido grave em acidente custava, em média, R$ 92 mil, segundo estudo do Hospital das Clínicas, em 2003.

Forlin diz que o estudo acompanhou 548 pacientes por seis meses na capital. "Esse estudo do HC-USP mostra ainda que um paciente com danos moderados pode ter custo médio de R$ 14,9 mil", conta.

Ele lembra que a redução dos acidentes ajudaria a liberar leitos hospitalares para tratamentos de outras enfermidades. Em 2007, para cada morto em acidente havia dez feridos graves. Segundo o especialista, as pessoas não dão importância a acidentes que não tenham registrado mortes. "Mas esses feridos que vão impactar fortemente o sistema de saúde", argumenta.

A campanha explica que o álcool é depressor do sistema nervoso central e que o consumo de uma lata de cerveja ou de uma taça de vinho é suficiente para um motorista ser multado. "Dirigir depois de ingerir duas ou três doses já é crime", afirma a SBOT. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Entre 60% e 70% dos médicos do Estado de São Paulo aderiram na quinta-feira (6) à paralisação de um dia convocada pela Associação Paulista de Medicina (APM). Consulta realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 15 clínicas mostra que só 5 de 51 médicos (quase 10%) não atenderam a pacientes de operadoras. A pesquisa da reportagem é informal, sem amostragem.

Entre mobilizações nacionais e estaduais, a paralisação de quinta-feira (6) foi a quarta nos últimos dois anos. O presidente da APM, Florisval Meinão, admite que os protestos têm chamado cada vez menos a atenção da população. "Com certeza, nas primeiras vezes o impacto foi maior. Mas achamos que é um instrumento que ainda não se esgotou", diz. "É a oportunidade de dar visibilidade a um problema que existe e explicar o que está se passando com o atendimento nos planos."

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Segundo Meinão, a paralisação de quinta-feira (6) foi um alerta para que os planos façam propostas mais consistentes. A APM promete organizar em outubro uma nova paralisação de médicos, dessa vez apenas contra planos que se recusarem a negociar.

"Devemos definir uma nova greve para outubro e pode ser específica contra planos cuja prática tem sido mais predatória."

O protesto de quinta-feira (6) atingiu apenas as consultas em clínicas e as cirurgias eletivas, que não são emergenciais - os profissionais que trabalham nos hospitais ficaram de fora. "É um instrumento de pressão sobre as empresas do setor para buscar soluções. No passado, os planos diziam que cobravam caro porque pagavam um valor alto aos médicos, mas hoje as pessoas sabem que o médico é mal remunerado", afirma Meinão.

Remuneração

Segundo a APM, os valores pagos por consulta pelos planos estão entre R$ 25 e R$ 60. A classe médica exige pagamento mínimo de R$ 80. Para procedimentos, os honorários estariam mais defasados: R$ 104 para realizar uma curetagem uterina pós-aborto e R$ 54 para uma punção pleural.

A APM lançou recentemente um estudo mostrando altos índices de insatisfação entre os usuários e afirma ter recebido 420 queixas em 15 dias de funcionamento do serviço SOS Pacientes Planos de Saúde APM/Proteste.

As entidades que representam as operadoras, porém, citam pesquisas que mostram que 80% dos beneficiários estão satisfeitos ou muito satisfeitos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os médicos do Estado de São Paulo prometem interromper nesta quinta-feira (6) as consultas de pacientes conveniados a planos de saúde. Os profissionais protestam contra os valores pagos pelas operadoras por consultas, exames e outros procedimentos. Os atendimentos emergenciais serão mantidos.

A paralisação é organizada pela Associação Paulista de Medicina (APM), o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e a Federação dos Médicos do Estado (Femesp). Para dar visibilidade ao protesto, os médicos realizaram ontem, quarta-feira, uma passeata da sede da APM, no centro da capital, até a Câmara, onde pediram apoio dos vereadores aos pleitos da categoria.

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No Estado, 58 mil médicos atendem pacientes de planos de saúde, mas não se sabe quantos vão interromper o atendimento. Isso porque o que há é uma recomendação das entidades para que o serviço seja interrompido. Cabe a cada médico decidir pela adesão ou não.

Segundo o presidente da APM, Florisval Meinão, os baixos honorários são "inaceitáveis" porque impactam diretamente na qualidade no atendimento prestado. Segundo ele, atualmente o valor da consulta básica varia de R$ 25 a R$ 60. Os médicos exigem o valor mínimo de R$ 80. Meinão afirma que, antes de propor a paralisação, os médicos negociaram durante nove meses com as operadoras.

O ginecologista Lauro Mascarenhas Pinto, de 58 anos, recebe, em média, R$ 50 por consulta. "Para uma retirada de nódulo da mama, os planos repassam apenas R$ 70. O valor deveria ser de R$ 350", diz Pinto, que trabalha em São José dos Campos.

As entidades à frente da paralisação também criticam a pressão das operadoras para reduzir pedidos de internações e de exames mais caros. Também defendem a inclusão de cláusula de reajuste anual no contrato, conforme instrução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Segundo a APM, até agora nenhuma empresa atualizou os contratos existentes.

Levantamento do Simesp mostra que, de 28 operadoras que negociaram reajustes ou estão em processo de negociação desde 2011, nenhuma estipulou os R$ 80 por consulta. Trinta e cinco operadoras ainda não negociaram com os médicos.

De acordo com o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Junior, a baixa remuneração afeta também dentistas, fisioterapeutas e enfermeiros. "O termômetro é o pronto-socorro (privado). Existe fila pra tudo", diz.

O representante do Sindicato dos Médicos de São Paulo Otelo Chino Junior afirma que os reajustes dos planos não são repassados aos profissionais. "A inflação cobrada pelos planos não chega à metade do que é repassado aos médicos."

Competência

Em nota, a ANS informou que vem trabalhando no "limite de sua competência legal" na relação entre planos de saúde e prestadores e não pode fixar valores de honorários.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) - entidade que reúne 15 grupos de operadoras, com uma carteira de quase 24 milhões de assegurados - também destaca que não é de sua competência a negociação de reajustes. "Cada operadora trata diretamente com os médicos", afirma o diretor-executivo da entidade, José Cechin. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

Os interessados em participar do concurso público do Exército para 93 vagas para o Curso de Formação de Oficiais do Serviço de Saúde (CGO-SAL) têm até esta sexta-feira (17) para se inscrever. Para participar o candidato deve ter nível superior em medicina, ter idade entre 20 e 36 anos e ter altura mínima de 1,60m para homens e 1,55m para mulheres. 

Segundo o edital, todas as vagas são para médicos, nas especialidades de: anestesiologia, cancerologia, cardiologia, cirurgia geral, clínica médica, cirurgia vascular, endocrinologia e metabologia, endoscopia digestiva, gastroenterologia, ginecologia-obstetrícia, medicina intensiva, medicina nuclear, nefrologia, neurocirurgia, neurologia, patologia, pediatria, pneumologia, proctologia, psiquiatria, radiologia, radioterapia, reumatologia e urologia.

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Confira AQUI o edital. 

As inscrições podem se feitas através do site da Escola de Saúde do Exército Brasileiro (EsSex). O candidato deverá remeter o requerimento de inscrição a instituição, via Sedex, junto com uma segunda via do pagamento da taxa de R$ 130,00. 

O processo seletivo será composto por exame, inspeção de saúde, exame de aptidão física e revisão médica e comprovação dos requisitos biográficos exigidos aos candidatos. O exame será aplicado no dia 23 de setembro nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas (SP), Porto Alegre, Santa Maria (RS), Belo Horizonte, Juiz de Fora (MG), Curitiba, Florianópolis, Salvador, Recife, Belém, Campo Grande, Fortaleza, Brasília e Manais.

Os aprovados deverão efetuar matrícula no dia 11 de março de 2013. As aulas serão ministradas na sede da Escola de Saúde do Exército Brasileiro, no Rio de Janeiro.

A falta de médicos no sistema penitenciário obriga a Polícia Militar a fazer 160 escoltas de presos por dia para que eles façam atendimentos de saúde em hospitais públicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, foram feitas 4.897 escoltas mensais pela PM para levar os presos para hospitais. A média este ano continua elevada, com 4.814 escoltas mensais.

Os dados são da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que respondeu em junho a um questionário feito pela Conectas Direitos Humanos a respeito do atendimento à saúde. Nas respostas, o secretário Lourival Gomes diz ainda que existem três ginecologistas trabalhando 20 horas semanais para atender quase 12 mil mulheres. "Para quem visita os presídios e os centros de detenção provisória é possível constatar que a realidade é ainda pior. Faltam médicos e remédios", diz o advogado Rafael Custódio, coordenador de Justiça da Conectas.

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A situação piorou depois de dezembro do ano passado, quando o procurador Regional dos Direitos dos Cidadãos, Jefferson Aparecido Dias, juntou seus alunos de Direito para investigar a assiduidade dos médicos contratados pela SAP nos presídios. Os estudantes ligaram para o consultório particular de 176 médicos para marcar consultas em horário que esses profissionais deveriam dar plantão no sistema penitenciário. Conseguiram sucesso em 48% dos casos.

Essa medida levou a uma instalação de processos administrativos por parte da corregedoria da SAP e levou profissionais a pedirem afastamento do cargo. "Hoje a situação é ainda pior. Para fazer atendimentos à saúde, boa parte dos casos precisa ser levada aos hospitais locais. Muitas vezes, por falta de viaturas e policiais, não há disponibilidade de escolta e os presos não são atendidos", diz o procurador. Atualmente o sistema penitenciário possui 140 médicos. Para completar o quadro, a SAP abriu concurso público e pretende contratar 308 profissionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bem na entrada da favela de Heliópolis, entre uma agência bancária e uma loja de departamentos, desponta uma clínica médica que só realiza consultas particulares. Não vale convênio, tampouco cartão do SUS.

Quem passa ali, estranha. Muitos moradores custam a ter coragem de entrar. Só perdem o medo na medida em que o boca a boca se espalha ou quando leem um cartaz bem à frente do portão que informa, em linguagem clara e direta, o valor das consultas: R$ 40 para clínico-geral e R$ 60 para qualquer uma das dez especialidades oferecidas, que pode ser dividido em duas parcelas.

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"Quem disse que essa população não pode ir ao médico particular?", questiona o criador do Dr. Consulta, Thomaz Srougi. Ele se refere ao seu público-alvo: gente sem plano de saúde e cansada das filas dos postos públicos. O perfil exato dos moradores da maior favela da cidade.

Para atendê-los, a estrutura é simples, porém bem equipada. Nos consultórios - separados por divisórias de fórmica e com cadeiras de plástico -, há equipamentos caros, como o usado em exames oftalmológicos e o de ultrassonografia, além do eletrocardiograma. Em casos mais sérios, em que seja necessária a internação, os pacientes são encaminhados ao hospital público.

O atendimento é feito por uma dúzia de médicos, todos formados em universidades conceituadas e integrantes do corpo clínico de hospitais de ponta, como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein. O diretor da clínica, por exemplo, é Cesar Camara, indicado por Miguel Srougi, um dos urologistas mais conceituados da cidade e pai de Thomaz.

Na quarta-feira passada, Cesar saiu de Heliópolis e tomou o metrô Sacomã em direção ao Sírio, para atender um dos seus pacientes. Em seu consultório, a consulta custa R$ 450, sete vez o que pagou cada um dos dez pacientes atendidos naquela tarde.

"Engajei-me no projeto porque consigo garantir um atendimento humanizado. Tem consultas em que levo 40 minutos, mesmo tempo que pratico no consultório particular, o que seria impossível na realidade dos convênios."

Todos os médicos dali já haviam atendido por planos privados e recebem em Heliópolis o mesmo que ganhariam em um convênio: cerca de R$ 40 por hora. A diferença é que estão livres das conhecidas metas de atendimento que encurtam as consultas a cada dia. "Selecionamos os médicos por esse perfil humanizado. É importante serem egressos das melhores universidades, mas isso não basta", diz Cesar.

De longe

Mesmo que a maioria do público não se atente ao nome do Sírio-Libanês costurado no jaleco do urologista - "a população daqui nunca ouviu falar do hospital", brinca Cesar -, já começa a pipocar por ali um ou outro paciente vindo de longe. Dia desses, Cesar atendeu um homem que havia se locomovido do Paraíso (bairro de classe média alta e a pelo menos meia hora de distância, de carro).

Se a pessoa tinha ou não dinheiro para pagar mais pelo atendimento, não interessa, diz Thomaz. "Essa procura é boa. Sinaliza que há muito espaço de crescimento."

Desde sua inauguração, em agosto de 2011, a clínica tem crescido 40% por mês e hoje realiza 600 procedimentos a cada 30 dias. A conta ainda não fecha porque houve investimento de cerca de R$ 1 milhão em estrutura, mas a receita tem aumentado à medida que a população descobre o local. Dos 300 mil habitantes da microrregião, só 10% conhecem a clínica, segundo pesquisa encomendada por Thomaz.

Nos sonhos do administrador, ele vê uma clínica em cada um dos 96 distritos da capital. Só para garantir o público, as próximas unidades devem ser instadas em bairros periféricos, como Itaquera e São Miguel Paulista, na zona leste. "Inspirei-me em projetos parecidos em países como Guatemala e México. Testei, adaptei e agora quero crescer, sempre seguindo essa lógica simples, de gerar renda ao mesmo tempo em que agrego um valor muito importante à população." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois médicos do município de Jales, no interior de São Paulo, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) após cobrarem por consultas e cirurgias custeadas pelo Serviço Único de Saúde (SUS). A denúncia está tramitando na 1ª Vara de Jales desde 6 de julho, data da acusação, e até esta quarta-feira não houve nenhuma decisão do caso.

Segundo investigações do MPF de Jales, os médicos Emerson Algério de Toledo e Dalton Melo Andrade devem responder pelos crimes de concussão, estelionato, falsidade ideológica e aborto provocado por terceiro, sem consentimento da gestante. Segundo o órgão, ao menos dois bebês nasceram mortos porque os profissionais cobraram pelo serviço de parto custeado pelo SUS e as pacientes, sem condições de pagar pela cirurgia, tiveram os partos atrasados e sofreram os danos da atitude ilícita.

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Em 2005, informa o ministério, Andrade exigiu o pagamento de R$ 600 para realizar um parto cesariano na Santa Casa de Urânia. Sem condições de pagar o valor cobrado, a gestante seguiu o conselho de Andrade de que deveria aguardar pelo parto natural. Após uma semana de espera, seguida da omissão de atendimento tanto de Andrade quanto de Toledo, os dois médicos denunciados, o bebê nasceu morto, informou o Ministério.

Um segundo caso, ocorrido em 2009, foi registrado pelo MPF. Desta vez, após acompanhar todo o pré-natal de uma paciente, Emerson Algério de Toledo exigiu o pagamento de R$1 mil para a realização da cesariana na Santa Casa de Misericórdia de Estrela D'Oeste. Como também não tinha recursos para o pagamento, a gestante ouviu do médico que deveria "esperar a hora da criança nascer".

O ministério pediu à Justiça Federal, no último dia 6 de julho, a prisão preventiva dos dois acusados e, caso isso seja negado, o afastamento de suas funções públicas.

Nesta quarta-feira (11), médicos do Hospital das Clínicas (HC), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançam o Guia de Bolso de Clínica Médica. O livro reúne temas do cotidiano na prática do atendimento ambulatorial, auxiliando estudantes de graduação e da residência médica. O evento acontece às 20h, na Livraria Cultura, no bairro do Recife.

A obra tem cerca de 400 páginas e traz ainda um exemplo de prescrição clínica ao final de cada capítulo. Entre os autores estão a supervisora da residência em endocrinologia, Patrícia Gadelha, e a nefrologista do HC, Larissa Guedes. O livro conta também com a participação de profissionais do quadro clínico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp).

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