Os profissionais de medicina já podem se inscrever no Provalida UPE, programa do governo de revalidação de diploma dos médicos brasileiros e estrangeiros obtidos no exterior, criado com a intenção de aumentar a quantidade desses profissionais no estado.
Para participar, é necessário ser brasileiro ou estrangeiro em situação legal de residência no Brasil, ter diploma de médico expedido por instituição de ensino superior estrangeira reconhecida pelo Ministério da Educação daquele país ou órgão equivalente e autenticado por autoridade consular brasileira no país de expedição, diploma médico com, no mínimo, 7.200 horas, período de integralização de seis anos e 35% da carga horária em regime de treinamento em serviço ou internato.
##RECOMENDA##
Os interessados devem preencher o requerimento, disponível no site da Universidade de Pernambuco, até o dia 14 de maio, para ser entregue juntamente com a documentação necessária na Pró-reitoria de Graduação da UPE. A taxa de inscrição é de R$ 250.
O processo seletivo será composto por quatro fases eliminatórias. A primeira será a análise dos documentos, os aprovados irão imprimir um cartão de inscrição para realização das demais fases. No dia 1º de julho será aplicada a prova teórica, com 100 questões nas áreas de clínica médica, cirurgia, pediatria, ginecologia-obstetrícia e saúde coletiva. Quem passar terá direito à prova discursiva, que será aplicada no dia 29 de julho. Os aprovados, por fim, seguirão para a última fase, a avaliação de habilidades e atitudes em clínica médica, cirurgia, ginecologia-obstetrícia, pediatria e saúde coletiva.
O resultado final será divulgado até 28 de setembro deste ano. Os médicos aprovados em todas as fases terão que prestar serviços no Programa de Saúde da Família ou outra atividade da rede municipal de saúde de Pernambuco, nas cidades consideradas prioritárias pelo governo estadual, por, no mínimo, dois anos ininterruptos. Os profissinais não poderão optar por um município já escolhido por um profissional classificado anteriormente, mesmo que haja vagas, até que todas as cidades prioritárias tenham sido atendidas por pelo menos um médico.
Pedido de Suspensão do Programa
As entidades médicas de Pernambuco entraram com um pedido de suspensão do edital das inscrições do Provalida. Representantes do Sindicato dos Médicos (Simepe), do Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e da Associação Médica do estado (AMPE) se declaram contra o programa, já que afirmam a não necessidade de mais médicos no Brasil. “Não está faltando médicos, o que há é uma má distribuição tanto geográfica quanto de especialidade”, afirma Assuero Gomes, diretor de comunição do SIMEPE.
Veja abaixo a relação de documentos exigidos:
Cópia da carteira de identidade e do CPF, caso seja brasileiro
Cópia da carteira permanente de estrangeiro ou comprovante de regularidade de permanência no país, emitida pela Polícia Federal, caso seja estrangeiro
Cópia de comprovante de quitação com o serviço militar, caso seja brasileiro
Cópia de comprovante de regularidade junto à Justiça Eleitoral, para brasileiros ou naturalizados
Copia autenticada do diploma a ser reconhecido, com visto da autoridade consular brasileira no país onde foi expedido
Cópia autenticada do histórico escolar contendo as disciplinas com ementas, conteúdos programáticos, duração, carga horária e estágios de internato realizados, com visto da autoridade consular brasileira no país onde foi expedido
Certificado de proficiência em língua portuguesa para estrangeiros (Celpe-Bras), expedido pelo Ministério da Educação, em nível intermediário superior (não se aplica àqueles cujo país de origem tenha o português como língua oficial)
Cópia de documento comprobatório de residência no Brasil, conta de luz, conta de telefone, correspondência de banco ou contrato de locação de, no mínimo, três meses anteriores à inscrição
Cópia do comprovante do depósito bancário da taxa de inscrição
Cópia do Termo de Compromisso disponível no anexo 3 do edital disponível no www.upe.br
Toda a documentação em língua estrangeira deverá ser acompanhada de tradução para o português feita por um tradutor público juramentado.