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Nem só com alarde é feita a saída de investimentos do mercado brasileiro, como ocorreu com o anúncio do fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP), feito no mês passado. Uma fuga discreta, à francesa, tem ocorrido entre as marcas internacionais de luxo com operações no País.

Estima-se que o número de marcas estrangeiras do segmento tenha diminuído em 25% no Brasil nos últimos três anos - no auge, o número passou de uma centena. A despedida silenciosa é resumida pelo movimento da Versace, que funcionou normalmente até o último Natal. Depois da data, ela baixou as portas de sua última loja ainda em operação no Brasil, localizada no Shopping Iguatemi, em São Paulo, e não as levantou mais. Sua partida teve algo de emblemático não apenas pelo silêncio, mas também porque, em uma longevidade rara, a marca estava no Brasil havia cerca de duas décadas.

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A despedida de marcas como Lanvin (roupas), Kate Spade (bolsas) e Vacheron Constantin (relógios) tem, claro, relação com as perdas causadas pelos anos de recessão ou crescimento fraco registrados a partir de 2014, mas não é só isso: boa parte das que deixaram o País são operações próprias dos grupos estrangeiros, que optaram por voo solo em vez de trabalharem com um parceiro local, modelo que era a regra até meados da década passada. Nem todos estavam preparados para esse movimento.

"No Brasil, com exceção de uma pequena parcela de consumidores argentinos e, mais recentemente, angolanos, as marcas de luxo vendem basicamente para brasileiros. Nós não somos como o México, que vende muito para americanos, e muito menos como os europeus, que vendem para gente do mundo todo, em particular os chineses", diz Claudio Diniz, coordenador executivo no Brasil do Núcleo de Luxo da Université de Paris e da Université d'Angers. "Além da carga tributária, que é um dos principais problemas do setor, o mercado brasileiro tem características muito próprias, com as quais eles não estão habituados, como as compras parceladas ou as diferenças regionais. Vender luxo em São Paulo é completamente diferente de vender no Rio, em Brasília ou Curitiba."

A retração do mercado de luxo brasileiro - pano de fundo da decisão do grupo suíço Richemont de encerrar ainda neste ano as operações no País das marcas de relojoaria IWC, Jaeger-LeCoultre, Panerai e Van Cleef, está na contramão do que ocorre no mundo. No fim do ano passado, a consultoria Bain & Company reportou um crescimento global de 5% da indústria em 2018, quando o faturamento chegou a € 1,2 trilhão.

Nas Américas, informa a consultoria, Canadá e México tiveram desempenho forte, "enquanto as incertezas políticas prejudicaram o desempenho do Brasil", aponta a Bain. Em 2015, o Brasil já havia perdido para o México o primeiro lugar no ranking da indústria do luxo, segundo a consultoria Euromonitor - e não recuperou. Em 2016 e 2017, o setor encolheu 14,6% e 8,5%, respectivamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo presidente do Brasil, a ser eleito neste domingo, terá perdido o mais recente ciclo de expansão da economia mundial, e vai assumir as rédeas do oitavo maior PIB do planeta em meio a uma tendência de desaceleração em 2019.

Indicadores reunidos por diferentes organizações ao longo dos últimos meses apontam que as tensões comerciais - em especial entre China e Estados Unidos -, o aperto das condições financeiras em mercados emergentes e os riscos políticos em todo o globo - inclusive no Brasil - devem frear a performance global.

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O sinal de alerta para o fim de um ciclo de alta foi soado há um mês pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 36 países - Brasil excluído. Desde então, os sinais de alerta para o começo de uma nova desaceleração se multiplicam.

Se até o fim de 2017 e o início do ano, a perspectiva era de expansão generalizada do PIB, o cenário hoje apresenta disparidades nacionais importantes, o que levou a organização a revisar os prognósticos de crescimento para baixo: 3,7% em 2018 e em 2019.

O porcentual pode parecer elevado, mas esconde situações díspares que podem trazer instabilidade para todos. O comércio internacional vem se contraindo, o nível de investimento é inferior ao estimado há dois anos e a massa salarial registra crescimento marginal na maior parte dos países da OCDE, mesmo com o desemprego abaixo dos níveis pré-crise internacional.

O resultado é que 10 países, mais o conjunto da zona do euro - 19 nações - tiveram uma revisão do PIB para baixo, incluindo EUA, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Brasil e Argentina. Apenas quatro nações - Austrália, China, Japão e Rússia - ficaram estáveis.

Nos últimos dias, a sondagem trimestral realizada pela agência Reuters com 500 economistas de todo o mundo indicou a expectativa de desaceleração em 41 dos 44 mercados estudados. Na Europa, por exemplo, um dos fantasmas que pairam sobre o bloco de 28 países é o Brexit, o divórcio entre União Europeia e Reino Unido.

A seis meses do início da separação, os termos da ruptura ainda são desconhecidos. O resultado é que índices de bolsas de valores como o DAX, de Frankfurt, referência no continente, confirmam a chegada de uma nova fase de instabilidade também para empresas e investidores, com queda de 14% desde janeiro, segunda pior desde 2011.

Comparado a uma cesta de moedas de parceiros comerciais americanos, o dólar vem se tornando outro fator de instabilidade ao registrar nas últimas semanas o mais alto valor em 25 anos. Ao longo da história, essa realidade vem acompanhada de importações mais caras para países como o Brasil e de aumento da taxa básica de juros do banco central americano - e, por extensão, em grande parte do mundo.

Se de fato acontecer, o garrote na liquidez encerrará um ciclo de quase 10 anos de expansão, com efeitos ainda imprevisíveis - mas com potencial recessivo, como estima o prêmio Nobel de Economia, Edmundo Phelps.

Dólar

A cotação do dólar, que produz uma taxa de câmbio desfavorável para os países importadores, também pressiona para cima o preço do petróleo, cujo barril saiu de menos de US$ 50 há um ano para mais de US$ 65 nos últimos dias. Mas os principais sintomas da encruzilhada da economia mundial vêm das duas maiores potências: Estados Unidos e China. A economia americana deve crescer 2,9%, em 2018, e 2,7%, em 2019, confirmando uma fase de opulência, mas com viés de baixa. Já a chinesa tende à desaceleração, com crescimentos de 6,7% e 6,4% nos dois anos, ambos inferiores ao índice de 2017, 6,9%.

Essa situação leva analistas a acreditarem que a expansão da economia mundial será desigual de país para país, e não mais generalizada. Dentre todos, talvez o principal dos fatores de incerteza é a possível guerra comercial entre EUA e China. O confronto, se se aprofundar, poderia custar até 0,7% do PIB por ano à economia chinesa, segundo estudo de Prashant Chandran, diretor de derivativos da consultoria Western Asset.

Para Jean-Paul Betbeze, presidente da Betbeze Conseil, de Paris, e ex-economista-chefe do banco Crédit Agricole, a economia mundial enfrenta riscos múltiplos, nas bolsas, no sistema financeiro, nas taxas de câmbio e na política monetária, na desaceleração da China e na instabilidade política.

Múltis estão reticentes

O novo governo brasileiro também enfrentará um cenário internacional de contração de investimentos diretos. Em 2018, a queda mundial foi de 41%, e o mercado não espera uma recuperação para 2019. Números da Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que as multinacionais estão sentadas hoje em ativos de US$ 6 trilhões e hesitam em investir, em parte por conta das incertezas geradas pela guerra comercial.

Para empresários e especialistas, esse capital será atraído por países que se mostrarem competitivos. "Reformas são necessárias no Brasil", disse ao Estado Borge Brende, presidente do Fórum Econômico Mundial. "Um pouco já foi feito. Mas essa tendência precisa continuar."

O Fórum já está em contato tanto com a equipe de Jair Bolsonaro (PSL) quanto com a de Fernando Haddad (PT) para que, definida a eleição, o vencedor seja convidado a viajar para a Suíça em janeiro para explicar ao mundo quais são seus projetos para o Brasil. "No longo prazo, o Brasil tem enormes oportunidades. Mas, no curto prazo, existem desafios reais que terão de ser lidados", disse Brende, que foi o chanceler norueguês entre 2013 e 2017. "O País tem condições de superar isso. Educação e inovação terão de ser incentivados."

De olho

As grandes multinacionais também acompanham com atenção o que ocorre no Brasil. Em 2018, com a crise política, houve uma queda de investimentos de 22%. Para executivos, porém, a dimensão do mercado nacional mantém o País entre os focos de atenção.

Paul Bulcke, presidente mundial da conselho de administração da Nestlé, garante que, seja qual for o resultado das eleições no Brasil, a maior multinacional do setor da alimentação continuará a investir no País. "Somos uma empresa que pensa no longo prazo", justificou.

Nos resultados publicados pela companhia na semana passada, o cenário para o Brasil voltou a ser positivo para a Nestlé. "A América Latina viu um crescimento orgânico positivo e acelerou no terceiro trimestre", apontou em um comunicado que indicou expansão de cerca de 5%. "Apesar de um ambiente comercial desafiador, o Brasil voltou a ter um crescimento positivo no terceiro trimestre", informou a multinacional. Ração animal, café e doces registraram um bom desempenho em toda a região das Américas.

Investimentos

No primeiro semestre, a Nestlé anunciou investimento de R$ 200 milhões para ampliar a produção em fábrica da Nescafé Dolce Gusto no Brasil, em Montes Claros (MG). Em 2017, a multinacional já havia anunciado um investimento de R$ 270 milhões em uma nova fábrica da Purina, de rações, em Ribeirão Preto (SP).

Na primeira década deste século, a expansão da economia brasileira resultou em ganhos reais para a multinacional. Os balanços da empresa mostraram que o Brasil terminou 2011, por exemplo, como terceiro maior mercado, posição que já havia conquistado em 2010 ao superar a Alemanha em vendas.

Mas a recessão não poupou nem a poderosa multinacional. Em seu informe anual sobre seus resultados de 2017, a Nestlé indicou que no Brasil teve um crescimento orgânico negativo diante de "pressões deflacionárias (...), em especial no setor lácteo."

Preste atenção

1. Fatores

Diferentes organizações ao longo dos últimos meses reuniram indicadores apontando que as tensões comerciais, o aperto das condições financeiras em mercados emergentes e os riscos políticos em todo o globo devem frear a performance global.

2. OCDE

A organização, que reúne 36 países, emitiu seu sinal de alerta há um mês. Se até o fim de 2017 e o início do ano, a perspectiva era de expansão generalizada do PIB, o cenário hoje apresenta disparidades nacionais importantes. Os prognósticos de crescimento foram revisados para baixo: 3,7% em 2018 e em 2019.

3. Câmbio

A cotação do dólar, que produz uma taxa de câmbio desfavorável para os países importadores, também é um agravante para a desaceleração.

4. Potências

Os principais sintomas da encruzilhada da economia mundial vêm dos Estados Unidos e da China. Se o confronto entre os dois se aprofundar, poderá custar até 0,7% do PIB por ano à economia chinesa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Carlos Zarattini (PT) declarou, nesta terça (4), que o texto apresentado pelo presidente Rodrigo Maia (DEM), sobre o projeto que regulamenta o Uber, não “vai a fundo” no assunto. Para ele, o documento propõe um “credenciamento”, autorizado pelos municípios, que poderá acarretar ainda mais na queda do rendimento dos motoristas do aplicativo. O petista, autor do texto original sobre a regulamentação, acredita que outros itens precisam ser acrescentados. 

“Isso permitirá [apenas o credenciamento] que essas empresas, que são multinacionais, que têm faturamento de milhões, que ficam com 25% dos rendimentos dos motoristas, possam aumentar enormemente o número de motoristas e, evidentemente, levar a uma queda de rendimento, o que vai levar a degradação do sistema, o que é muito ruim para o usuário”, explicou. Zarattini quer, entre outros pontos, a limitação do número de veículos para que não haja uma superoferta. 

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Zarattini tambén enfatizou que essas multinacionais se utilizam do desemprego. “Que nós estamos vivendo para cadastrar o maior número de pessoas, então, nós achamos que para preservar um bom sistema, que está sendo bem aceito, é importante regulamentar esse serviço e a maioria dos deputados estão entendendo dessa forma”. 

Ele acredita que os taxistas irão manter a sua “legislação”. Questionado se a regulamentação pode acabar com os táxis, ele disse que não porque é um tipo de transporte que possui a confiança da população. “Uma parte grande da população confia no serviço e tem desconfianças a outro tipo de transporte, no qual você não sabe exatamente quem está dirigindo. Todos os serviços têm seus adoradores e os que odeiam. Isso tem que ser avaliado por cada um”, concluiu o parlamentar. 

 

Na área de varejo, as vendas no Brasil ajudaram os números globais das duas redes de supermercados francesas que atuam no País: Carrefour e Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA). Além do crescimento de vendas, o câmbio - que vinha sendo um peso negativo em trimestres anteriores - passou a contribuir positivamente em alguns casos.

Se for considerada a variação cambial, a receita da operação brasileira do Carrefour medida em euros aumentou 25% na comparação anual. Da mesma forma, o resultado do Casino na América Latina cresceu 20,8% no trimestre em euros, levando em conta o câmbio.

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O crescimento de receita total do Carrefour no Brasil foi de 16,2% no terceiro trimestre ante igual período de 2015, considerando o câmbio constante e excluindo os postos de gasolina. James Grzinic, analista da Jefferies, salientou o "forte progresso internacional" do grupo.

O GPA cresceu no varejo alimentar 14% no mesmo período. Na sexta-feira, porém, o detalhamento contábil no Brasil, mostrou que o aumento das vendas no País não significaram sinônimo de lucro porque houve queda real nas margens do grupo.

Terceiro lugar

No caso da espanhola Telefônica, o Brasil gerou o terceiro maior volume de receitas consolidadas da empresa, um total de 21%, ficando atrás da matriz (24,8%) e da Telefónica América Latina, que engloba Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela. A controladora da Vivo Brasil destacou que, "apesar da pressão inflacionária" o País apresentou um "excelente desempenho". "Pelo potencial do Brasil, claramente o foco é no crescimento orgânico", disseram executivos da empresa durante teleconferência com analistas realizada na sexta-feira.

Decepção

Já para a alemã Bayer, conglomerado do setor químico, o Brasil deixou a desejar. A empresa revelou um aumento de 6% nos lucros no terceiro trimestre e elevou a previsão de lucro para o ano, resultados impulsionados pela divisão de produtos farmacêuticos. No entanto, as vendas da divisão agrícola tiveram declínio de 1,2% no mesmo período, afetadas pelos baixos preços de grãos, recessão no Brasil e sanções na Rússia. O executivo da empresa Werner Baumann disse que a unidade estava operando em um "ambiente de mercado persistentemente difícil".

O País também foi um empecilho para a AB-Inbev, multinacional de bebidas formada pela fusão entre a belga Interbrew e a brasileira Ambev. Dados divulgados na sexta-feira mostram que os volumes de vendas no terceiro trimestre recuaram com o mercado fraco brasileiro. O fabricante da Budweiser chegou a reduzir sua perspectiva de ganho por ações. No Brasil, a Ambev revisou para baixo sua meta de crescimento das receitas pela segunda vez no ano e disse que o ambiente de consumo deve permanecer desafiador no País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As principais multinacionais brasileiras - inclusive aquelas investigadas na Operação Lava Jato - são reprovadas no que se refere à transparência e nos mecanismos anticorrupção. Isso é o que revela um levantamento publicado hoje pela entidade Transparência Internacional, que avalia as cem maiores companhias de mercados emergentes e constata de que o setor privado brasileiro pratica baixos níveis de transparência.

Em comparação aos resultados publicados em 2013 pela mesma entidade, algumas das empresas nacionais subiram no ranking, com ações para mostrar transparência como respostas às pressões da Lava Jato. Mas, ainda assim, demonstraram falhas no que se refere aos controles internos.

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O estudo avalia as seguintes questões: a comunicação de seu programa anticorrupção, a divulgação de suas estruturas e holdings e a divulgação das principais informações financeiras. Para avaliar, a entidade pontua de zero a dez as empresas. A liderança ficou com as indianas Bharli Airtel e Tata.

A Embraer é a única brasileira com uma pontuação que garantiria "aprovação" no ranking. Ainda assim, fica apenas com 5,6 pontos dos dez possíveis e na 19.ª colocação entre todas as emergentes. Em 2013, ela era apenas a 42.ª colocada.

No critério sobre a divulgação de um programa anticorrupção, a Embraer ficou com 92% da pontuação máxima. Na divulgação da estrutura e holdings, a taxa chegou a 75%. Mas tirou zero no que se refere à divulgação de informações financeiras por cada país onde atua.

A segunda brasileira é a Natura, que aparece com 4,7 pontos. Sua pontuação foi de 65% no critério de apresentação de programas anticorrupção e 75% na transparência de sua estrutura. Mas também ficou com zero na divulgação de seu resultado por país de atuação.

A terceira empresa brasileira é a BRF, com 4,4 pontos. Ela também zerou ao tratar dos resultados. Mas atingiu 58% da nota máxima na divulgação de seu informe sobre medidas anticorrupção e 75% na transparência da estrutura. Em seguida, vieram Marcopolo (4,4 pontos), Gerdaeu e Votorantim (ambas com 3,8 pontos).

Lava Jato

Implicada diretamente na Lava Jato, a Odebrecht aparece com apenas 3,6 pontos, na posição 50 entre as emergentes. Ela somou 77% dos pontos por ter divulgado pela primeira vez um programa anticorrupção. Mas ainda registrou meros 19% dos pontos na divulgação de sua estrutura de propriedade. No que se refere aos informes nacionais, a pontuação foi de apenas 12%.

Entre as 50 empresas com pior classificação, a lista é dominada pelos chineses. Mas não faltam as brasileiras. A JBS, por exemplo, somou meros 3,1 pontos, prejudicada principalmente por ter registrado apenas 35% da pontuação máxima no que se refere à divulgação de um plano anticorrupção. Nessa lista ainda estão Weg (3 pontos) e Camargo Corrêa (2,1). A pior colocada entre as nacionais foi a Coteminas (1,1 ponto).

A Petrobras não aparece na classificação. Em outro informe da entidade, de 2014, a estatal recebeu apenas 4,6 pontos.

Em baixa

A Transparência aponta que os resultados gerais das empresas "permanecem ruins". Ainda que companhias privadas tenham tido melhor resultado do que as estatais, a pontuação média para as cem empresas avaliadas foi de 3,4. Em 2013, essa pontuação era de 3,8.

A entidade ainda aponta como a corrupção também não faz sentido econômico - e cita a Petrobras como exemplo. "No Brasil, as consequências do escândalo da Petrobras custaram a esta empresa petrolífera estatal não só sua reputação, como lucros cessantes estimados em US$ 1,5 bilhão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A recessão tem mudado o fluxo de investimento estrangeiro produtivo para o Brasil. O Banco Central prevê que os recursos para ampliação e modernização de fábricas e compra de empresas no País devem cair 20% em 2016. No ano passado, a cifra já havia caído 22,5%. Isso coloca o Brasil na contramão da tendência global de aumento dos fluxos. Com vendas em queda, multinacionais têm reduzido a velocidade dos novos projetos e ainda dispõem de menos dinheiro em caixa para reinvestir no País. Companhias alertam que, se a crise demorar a ser resolvida, o tombo pode ser ainda maior.

A recessão que atinge a economia brasileira já aparece há vários trimestres nos balanços de grandes multinacionais. De montadoras a supermercados, o Brasil tem sido destacado como fonte de queda no faturamento e lucro. Agora, o agravamento da crise e a persistência das incertezas parecem contaminar cada vez mais o outro lado do balanço das empresas: o investimento.

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Enquanto o BC informa que o fluxo de investimento direto para o Brasil caiu 22,5% em 2015 na comparação com o ano anterior, dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) mostram que o fluxo global aumentou 36%, conforme a última estimativa da entidade. Com esse salto, o montante investido por multinacionais em outros países alcançou o maior nível desde o início da crise financeira em 2008.

O levantamento da entidade das Nações Unidas reconhece que o fluxo para emergentes tem ritmo menos intenso que o destinado a economias desenvolvidas. Mas, ainda assim, aumentou mais de 5% no ano passado. Os recursos para o conjunto da Ásia, por exemplo, cresceram 15%. Só para a Índia, o valor praticamente dobrou. Até para a Turquia, país que tem delicado quadro geopolítico, o investimento estrangeiro avançou 30%.

"Claro que a situação macroeconômica afeta o investimento estrangeiro, mas o impacto não é imediato porque esse tipo de fluxo é de longo prazo. Normalmente, projetos levam de três a cinco anos para serem concluídos", diz o chefe da divisão de tendência de investimentos e dados da Unctad, Astrit Sulstarova. "Mas, entre as componentes do indicador para o Brasil, há queda no reinvestimento do lucro e nos empréstimos entre sede e filial."

O especialista da Unctad explica que os momentos de piora da economia derrubam inicialmente o lucro das companhias. Assim, filiais têm menos caixa disponível e, ao mesmo tempo, as matrizes demonstram menor disposição para investir. Isso tem como efeito secundário a menor demanda e propensão das corporações a tomar crédito por meio das sedes. Dados preliminares da Unctad para o Brasil mostram retração na casa de 30% no reinvestimento de lucros e queda entre 40% e 50% no crédito intercompanhia, diz Sulstarova. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil vem sendo o vilão para muitas grandes empresas multinacionais dos Estados Unidos na atual temporada de divulgação de resultados trimestrais. A recessão e a desvalorização do real estão afetando os números de empresas tão diferentes como a montadora General Motors, a fabricante de eletrodomésticos Whirlpool, a companhia aérea American Airlines, a Coca-Cola, a 3M e a fabricante de equipamentos Caterpillar.

Apesar de muitas das grandes multinacionais dos EUA não divulgarem números específicos de países onde operam, preferindo dados consolidados por região, a piora da economia brasileira, com mercado interno mais fraco, redução dos investimentos e desvalorização do real, vem sendo citada em dezenas de balanços corporativos e teleconferências de resultados como uma das responsáveis pela queda do faturamento destas companhias.

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'Situação desafiadora'

Na teleconferência de resultados da GM, a presidente executiva (CEO) da montadora, Mary Barra, destacou que o mercado brasileiro encolheu 27% no terceiro trimestre em comparação a igual período do ano passado. "A situação na América do Sul é desafiadora", disse ela. A empresa teve um prejuízo na região de US$ 217 milhões no terceiro trimestre, acima da perda de US$ 32 milhões do mesmo período do ano anterior.

A American Airlines também ressaltou a contribuição negativa do Brasil para seus números, sobretudo por causa da forte desvalorização do real em relação ao dólar. A receita unitária consolidada por passageiro (Prasm, na sigla em inglês) teve queda de 25% no trimestre, número só menor na América Latina do que o da Venezuela, com retração de 46%. "Não há sinais de melhora para as receitas na América do Sul. Não esperamos, de forma realista, que os dados da região melhorem até que a economia do Brasil mude", disse na teleconferência de resultados o presidente da AA, J. Scott Kirby, destacando que a companhia cortou 30% da capacidade no Brasil.

Apesar de a situação dos países emergentes estar complicada de forma geral, com piora da perspectiva de crescimento em vários mercados e desaceleração da China, a 3M anunciou crescimento de 13% no México e de 1,5% na Europa, Oriente Médio e Ásia. No Brasil, porém, reportou queda de 2%. "O Brasil passa por um momento duro", disse na teleconferência de resultados o presidente executivo da 3M, Inge G. Thulin.

Máquinas

"O Brasil está em recessão, com um ambiente econômico difícil. E as nossas vendas certamente refletem essa dificuldade", disse, na teleconferência para comentar o balanço da Caterpillar o vice-presidente da empresa, Michael Lynn DeWalt, mencionando a piora na América Latina no faturamento com equipamentos para o setor de construção. A desvalorização do real também teve impacto no balanço. "Tivemos perdas no trimestre de US$ 135 milhões (com moedas). E muito dessa perda veio do Brasil e da China, onde as divisas se enfraqueceram."

Influenciado pelo desempenho fraco de grandes mercados fora dos Estados Unidos, como Brasil e China, a queda do preço do petróleo e a valorização do dólar, os analistas projetam uma queda de 5,1% nos ganhos das companhias abertas dos EUA no terceiro trimestre, segundo estimativa calculada pela FactSet.

Das 173 companhias que fazem parte do índice S&P 500 que divulgaram números até a última sexta-feira, 77% tiveram lucro acima do esperado, mas não porque conseguiram números muito bons. Os analistas do FactSet lembram que várias companhias vinham alertando para ganhos mais fracos, o que fez Wall Street reduzir as estimativas, ficando mais fácil bater as projeções. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nas empresas que hoje são consideradas referência em respeito à diversidade e aos direitos LGBT, a mudança não ocorreu da noite para o dia. Em quase todos os casos, porém, houve um executivo que tomou a frente desse processo. A McKinsey Glam, que hoje tem 400 membros e 11 mil "simpatizantes" no mundo, surgiu com um pequeno grupo liderado por John DeVicentis. Na Dow Química, a revolução global começou no ano 2000, com a fundação da Dow Glaad. Para que a organização chegasse à América Latina, foram necessários 12 anos e um executivo disposto a ser o rosto da causa gay na região.

Apesar de a Dow ser considerada uma empresa inclusiva, o mexicano Tlacaelel Benavides não se identificava como homossexual no trabalho. Nem os colegas nem seu chefe sabiam que ele tinha um companheiro. Como muitos gays, ele tinha receio de que sua identidade sexual pudesse lhe custar uma promoção ou causar problemas. Só quebrou o silêncio quando surgiu a oportunidade de repatriação para o Brasil. "Era a hora de descobrir se aquilo era sério", lembra o executivo, hoje diretor de marketing para a América Latina.

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A reação foi tão natural que Benavides decidiu liderar a criação da Dow Glaad na América Latina. Em três anos, conseguiu angariar 230 membros - o equivalente a 5,5% do total de funcionários na região. Na empresa, os sistemas de administração de benefícios não diferem os casais gays dos heterossexuais.

Para identificar os funcionários LGBT, a empresa faz uma pergunta - que pode ou não ser respondida - durante as avaliações anuais distribuídas pela intranet. Hoje, 2% dos funcionários da Dow na América Latina se identificam como lésbicas, gays ou transgênero.

Na McKinsey e na Dow, sair do armário é totalmente voluntário. Mas tanto Benavides quanto Bryan Rolfes, da McKinsey, afirmam que, quando executivos do alto escalão se identificam como LGBT, a causa se fortalece. Isso vale tanto para figuras icônicas, como Tim Cook, presidente da Apple, quanto para nomes conhecidos somente dentro de suas companhias. "Recentemente, o vice-presidente do conselho da Dow saiu do armário. Isso é importante, porque os funcionários passam a ter modelos claros", diz Benavides.

Empresas como a Dow, a McKinsey e o Google acabam por reforçar a causa LGBT ao adotar uma padronização global de benefícios e regras de relacionamento interno que impedem o preconceito. No Google, por exemplo, a concessão de benefícios é igualitária, independentemente de casamento oficial - na sexta-feira, 26, a Suprema Corte dos EUA legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Embora a decisão de se declarar gay seja opcional no Google, a empresa acredita que uma posição clara leva a uma produtividade maior no trabalho. "As pessoas devem ser felizes pessoal e profissionalmente, sem ter de interpretar um personagem ou fingir", diz Mônica Santos, diretora de recursos humanos do Google na América Latina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Fazenda conclui um pacote para tributar lucros e dividendos de subsidiárias de empresas brasileiras no exterior. Hoje, a taxação não é feita porque o tema estava em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF). Após várias rodadas de negociação, o governo anunciará "nos próximos dias", segundo confirmou o ministro Guido Mantega ao Estado, um novo regime de tributação das multinacionais brasileiras. As medidas estão "praticamente definidas", mas ainda haverá nova rodada de negociação sob a condução direta de Mantega.

As novas regras estabeleceriam um regime de taxação mínimo de 22% de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para os lucros no exterior. Se a empresa provar que recolheu esse "piso" lá fora, o resultado fica protegido da taxação no Brasil. Mas, se não provar, paga integralmente alíquota de 34%, incluindo 25% de IR e 9% de CSLL.

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Além da alteração nas normas de tributação, o pacote do governo deve incluir a renegociação de um contencioso cujo potencial está estimado em R$ 70 bilhões em multas por IRPJ e CSLL não recolhidos. Deve haver um desconto, provavelmente de multas e juros, nessa dívida e seu parcelamento em até cinco anos. "Se tivessem de pagar hoje, haveria impacto nos investimentos aqui", avalia o economista José Júlio Senna, que tem participado das discussões privadas.

Em 2001, a Medida Provisória n.º 2.158 tornou "disponíveis" os lucros de coligadas e controladas, ou seja, sujeitos ao pagamento de IRPJ no Brasil. Desde então, há exatos 12 anos, a questão ganhou os tribunais e ainda não há solução para a disputa. Até 1998, o Brasil taxava lucros só após pagamento ou crédito. Ou seja, diferia a tributação até seu uso ou repatriação. Hoje, gravam-se lucros no exterior à medida que os resultados surjam nos balanços. Não há suspensão ou diferimento, o que reduz a base tributária potencial do IRPJ, diz o professor da Direito GV, Isaías Coelho.

As empresas querem reinvestir esse lucro para fortalecer sua presença no exterior. E o governo busca pacificar um tema que pode elevar a arrecadação. "É bom para a Receita, que arrecada, e para as empresas, que se livram desse peso", diz Coelho.

Disputa

O tema é incômodo para as empresas nacionais que mantêm controladas e coligadas fora do Brasil. Em abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a cobrança sobre lucros no exterior não se aplicaria a empresas coligadas em países sem regime tributário favorecido. Mas admitiu a tributação no Brasil de empresas controladas localizadas em "paraísos fiscais".

Em 8 de agosto, a Receita reforçou, em resposta a uma consulta interna, a legalidade das autuações feitas por seus auditores fiscais. Assim, a questão continua em disputa. A Vale, por exemplo, questiona uma conta de R$ 30,5 bilhões por autuações desde 2007.

O Estado procurou as 20 maiores multinacionais brasileiras, mas nenhuma quis se manifestar sobre o tema. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) não tinha porta-voz disponível.

O pacote deve incluir algum tipo de concessão à chamada consolidação vertical dos resultados no exterior. Isso permitiria uma espécie de compensação cruzada entre coligadas e controladas do mesmo grupo, que poderiam descontar da base de cálculo eventuais prejuízos gerados lá fora. É o principal pedido das empresas. O tema será tratado entre o ministro Mantega e executivos das empresas na próxima rodada de negociação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A maioria das empresas multinacionais vê a América Latina como a mais lucrativa entre os mercados emergentes, diz pesquisa do Frontier Strategy Group. Os mais de 200 clientes multinacionais da Frontier relataram que seus lucros operacionais na América Latina são 55% maiores do que na Rússia, na Índia e na China; 70% dos entrevistados disseram que a América Latina é o mercado emergente mais lucrativo.

Para as companhias multinacionais, fatores relacionados à demanda permitem que as empresas vendam seus produtos e serviços com margens mais confortáveis e realizem economias de escala, à medida que uma classe média cada vez maior demanda mais produtos com melhor qualidade.

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Segundo Ryan Brier, da Frontier, as empresas multinacionais estão passando por uma "mudança de paradigma", no qual suas unidades nos mercados emergentes passaram a responder por uma parcela maior de seus lucros. À medida que suas operações nesses países crescem, os executivos dessas empresas precisam convencer as matrizes de que são necessários mais investimentos.

O FMI prevê que a economia da América latina terá um crescimento de 3,6% neste ano, enquanto os países industrializados deverão crescer apenas 1,4%.

A pesquisa da Frontier indica que os gastos anuais dos consumidores na América Latina são de US$ 3,7 trilhões, ou US$ 6.142 per capita, comparados a US$ 3,1 trilhões e US$ 2.344 per capita, respectivamente, no caso da China. O crescimento econômico, a melhora no nível de emprego e a distribuição de renda mais equitativa são vistos como fatores que devem continuar a fazer crescer a disposição dos consumidores latino-americanos a consumir mais e a buscar marcas de maior prestígio.

De acordo com a pesquisa, os gastos governamentais na América Latina superam os de países como China, Índia, os do Oriente Médio e os da África, o que impulsiona as perspectivas de crescimento das oportunidades para que empresas da área de seguros de saúde, por exemplo, vendam produtos com maiores margens de lucro nos países em que os consumidores demandem serviços melhores. O papel importante do Estado nos serviços nacionais de saúde dos países latino-americanos também permite que os governos da região negociem preços melhores em suas compras, de modo que as empresas de serviços de saúde veem o potencial para um crescimento das margens na região como algo para o prazo mais longo.

No setor de varejo, as empresas da área de produtos ao consumidor veem oportunidades entre o grande número de pequenos estabelecimentos, já que um número limitado de participantes no esquema moderno de varejo permite aos grandes reduzir as margens,

Segundo Brier, o otimismo se inclina mais para a segunda maior economia da região, o México, por causa da agenda de reformas desse país e da melhora da competitividade na área de manufatura, assim como a Colômbia, enquanto que a perspectiva para o Brasil é menos certa, tendo em vista a desaceleração da economia, a carga da regulamentação e os custos mais altos para as empresas.

Ainda assim, os executivos das multinacionais veem a perspectiva do Brasil para o prazo mais longo como promissora, tendo em vista a relativa juventude da população do País e seu potencial na área de recursos naturais. "Aqueles que não seguiram a mentalidade de manada e correram para o Brasil estão mais confortáveis com suas posições atuais ali", disse Brier. As informações são da Dow Jones.

Os investimentos das multinacionais brasileiras fora do País devem voltar a crescer neste ano, depois da queda de quase 50% verificada em 2011 e do aumento nas remessas de dólares de filiais no exterior para o Brasil. A projeção do Banco Central é de que o Investimento Brasileiro Direto (IBD) fique em US$ 5 bilhões em 2012.

Apesar de o resultado ainda estar distante do recorde de quase US$ 30 bilhões verificado em 2006, a confirmação dessa projeção significará uma mudança em relação a 2011, quando o saldo de investimentos ficou negativo em US$ 9,3 bilhões por conta do retorno de recursos para o Brasil.

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Entre 2002 e 2008, o processo de internacionalização das empresas brasileiras foi constante. Nos anos seguintes, no entanto, as estatísticas do BC mostram um comportamento instável desse indicador. Em 2009, por exemplo, se verificou um retorno líquido recorde de investimento de US$ 10,1 bilhões. Em 2010, o saldo de investimentos voltou a ficar positivo, em US$ 11,6 bilhões.

No ano passado, as empresas brasileiras investiram no exterior US$ 19,1 bilhões, 45% a menos do que o verificado em 2010, e trouxeram de volta ao Brasil US$ 28,4 bilhões, valor 21% maior. A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) também vê uma retomada no processo de internacionalização de empresas brasileiras em 2012. "Houve uma reversão temporária por conta da indefinição no cenário internacional. As empresas tomaram uma decisão tática, mas não estratégica, de repatriar alguns recursos", diz o presidente da Sobeet, Luís Afonso Lima. "Em 2012, já vamos contar mais uma vez com investimento no exterior."

O economista destaca que, apesar do retorno de recursos por meio de empréstimos intercompanhias, que cresceu 23%, houve investimentos em compra de participações, mesmo que menores do que em 2010. Ou seja, as multinacionais brasileiras continuam adquirindo novos ativos no exterior.

Os dados do BC mostram que a maior parte do dinheiro que voltou ao País se refere ao retorno de empréstimos intercompanhias, US$ 24,5 bilhões. As vendas de participação responderam por menos de US$ 4 bilhões. Os ativos totais de empresas brasileiras em participação de companhias estrangeiras não encolheram, cresceram 7% em 2011 e somam US$ 181 bilhões. Já o estoque de empréstimos intercompanhias recuou pelo terceiro ano seguido e soma agora apenas US$ 4 bilhões, menos de 10% do verificado antes da crise de 2008.

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