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A Nasa inicia nesta sexta-feira (1) um teste crucial de dois dias com seu foguete gigante Space Launch System (SLS), que inclui uma simulação de contagem regressiva, enquanto a agência se prepara para levar seres humanos para a Lua.

Conhecido como teste geral com circulação de combustível, é a última prova importante antes da missão Artemis-1 deste verão no hemisfério norte: um voo lunar não tripulado ao qual se seguirá outro tripulado, provavelmente não antes de 2026.

"Trata-se da última verificação do design antes do nosso lançamento", disse Tom Whitmeyer, alto funcionário da Nasa.

Os dados coletados no teste serão usados para marcar uma data para a Artemis-1: a Nasa tinha dito que a primeira janela de lançamento poderia ser em maio, mas agora é mais provável que seja mais tarde.

O foguete, de 98 metros de altura, projetado por ser o mais potente da história quando estiver operacional, foi preparado para decolar do Complexo do Lançamento 39B do Centro Espacial Kennedy na Flórida há duas semanas.

O teste começa às 17h locais, com uma "chamada às estações", quando os integrantes da equipe de controle de lançamento chegam às suas salas de lançamento e iniciam uma contagem regressiva de mais de 45 horas.

Com o foguete SLS e a cápsula da tripulação Orion fixada na parte superior acesa, as equipes vão carregar 3,2 milhões de litros de combustível propulsor e seguirão com procedimentos como pausas na contagem regressiva e outras checagens.

Os motores RS-25 do foguete já foram testados antes e não serão ligados. A equipe vai parar a contagem regressiva dez segundos antes do lançamento para simular um "scrub", quando o lançamento é abortado devido a problemas técnicos ou meteorológicos.

O combustível será retirado e dias depois o SLS e a Orion vão voltar ao edifício de montagem para avaliações sobre como tudo saiu.

Os registros dos testes serão publicados no blog da Nasa para a missão Artemis, mas a agência não divulgará o áudio interno ao vivo do teste, como fez no passado com as missões do ônibus espacial.

Whitmeyer explicou que isso se deve a que certas informações-chave, incluindo as sequências de tempo, poderiam ajudar outros países que querem desenvolver mísseis de longo alcance.

"Somos muito, muito sensíveis aos veículos de lançamento criogênicos deste tamanho e capacidade, são muitos similares às capacidades de tipo balístico nas quais nossos países estão muito interessados", disse, embora tenha acrescentado que a agência poderia reavaliar sua posição no futuro.

O Telescópio Espacial James Webb avistou sua primeira estrela, embora não exatamente esta noite, e até tirou uma 'selfie' para registrar o momento, anunciou a Nasa nesta sexta-feira (11).

Essas etapas fazem parte de um processo de meses de alinhamento do enorme espelho dourado do observatório que os astrônomos esperam que ajude a desvendar os mistérios do início do universo.

A primeira fotografia enviada do cosmos é mais do que impressionante. São 18 pontos brancos difusos em um fundo preto, todos mostrando o mesmo alvo: HD84406, uma estrela solitária e brilhante na constelação da Ursa Maior.

A estrela, no entanto, representa um grande passo. Os 18 pontos foram capturados pelo espelho principal em 18 segmentos individuais, e a imagem agora é a base para alinhar e focar essas peças hexagonais.

A luz refletiu em segmentos do espelho secundário do Webb, um objeto arredondado localizado no final de braços longos, e em seguida em um instrumento da Câmera Infravermelha Próxima (NIRCam, na sigla em inglês), o principal dispositivo de imagens do telescópio.

"Toda a equipe do Webb está em êxtase com o quão bem estão indo as primeiras etapas para a captura de imagem e alinhamento do telescópio", afirmou Marcia Rieke, pesquisadora principal do NIRCam e professora de astronomia da Universidade do Arizona, em um comunicado.

"Estamos muito felizes em ver que a luz é capturada pelo NIRCam."

O processo de captura de imagem começou em 2 de fevereiro, quando o Webb apontou para diferentes posições em torno da localização prevista da estrela.

E embora a busca inicial do Webb cobriu uma área do céu equivalente em tamanho à lua cheia, os pontos estão todos localizados perto do centro, o que significa que o observatório já está relativamente bem posicionado para seu alinhamento final.

Para ajudar no processo, a equipe também tirou uma selfie com uma lente especial na NIRCam, em vez de uma câmera externa.

Anteriormente, a Nasa havia relatado que tirar uma selfie não era possível, o que fez com essa notícia desse uma satisfação especial para os fãs do espaço.

"Acho que a reação foi mais ou menos 'uau'", declarou Lee Feinberg, diretor do Webb Optical Telescope Element, a repórteres durante uma conversa por telefone, explicando que a equipe não tinha certeza se era possível obter tal imagem usando apenas a luz de estrelas.

O observatório de US$ 10 bilhões foi lançado ao espaço da Guiana Francesa em 25 de dezembro e agora está em uma órbita alinhada com a Terra ao redor do Sol, a cerca de 1,5 milhão de quilômetros do nosso planeta, em uma região do espaço chamada de segundo ponto de Lagrange.

O Webb começará sua missão científica neste verão, que inclui usar seus instrumentos de alta resolução para voltar no tempo 13,5 bilhões de anos até a primeira geração de galáxias que se formaram após o Big Bang.

A luz visível e ultravioleta emitida pelos primeiros objetos luminosos foi esticada pelo Universo em expansão, chegando hoje na forma de infravermelho, que o Webb está equipado para detectar com clareza sem precedentes.

Sua missão também inclui um estudo de planetas distantes, conhecidos como exoplanetas, para determinar sua origem, evolução e habitabilidade.

O telescópio James Webb conseguiu desdobrar perfeitamente no Espaço e assumiu sua forma final na noite deste sábado (8), informou a Nasa.

O procedimento foi completado duas semanas após o lançamento, ocorrido no dia 25 de dezembro, e agora serão mais 15 dias para que o equipamento chegue ao seu destino a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.

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"Duas semanas após o lançamento, o Webb atingiu seu próximo grande marco: os espelhos foram implantados e o telescópio de próxima geração tomou sua forma final. O próximo passo para Webb? Cinco meses de alinhamento e calibração antes de começarmos a obter as imagens", escreveu a Nasa no Twitter.

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Os espelhos foram enviados "dobrados" para o Espaço por conta do seu tamanho, já que não há foguete capaz de comportar tamanha envergadura. Por isso, ele foi enviado por um foguete Ariane 5 normal, mas precisa completar uma série de procedimentos no Espaço para entrar em funcionamento.

Além dos espelhos, que têm cerca de seis metros de comprimento, o equipamento também abriu perfeitamente a base protetora do Sol de 21 metros, que manterá o telescópio sempre na sombra para conseguir captar imagens.

O James Webb é o maior e mais caro telescópio já feito e nasceu de uma parceria entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA). O principal objetivo do equipamento é revelar as origens do Universo e conseguir "voltar no tempo" até 100 milhões de anos após o Big Bang.

Da Ansa

A bordo do foguete Ariane 5, o telescópio espacial James Webb foi lançado pela agência espacial americana (Nasa) ontem. O lançamento ocorreu na base da Agência Espacial Europeia (ESA) em Kourou, na Guiana Francesa.

Aproximadamente 30 minutos após o lançamento, o painel solar do telescópio já havia começado a se abrir. Agora, ele tem uma longa viagem de 1,5 milhão de quilômetros pela frente. Como vai orbitar o Sol, o telescópio conta com a proteção de um escudo do tamanho de uma quadra de tênis, cuja função é criar uma diferença de temperatura entre os lados frio e quente da nave e manter o observatório a 233ºC.

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Na transmissão ao vivo do lançamento, o administrador da Nasa Bill Nelson disse que este é um "bom dia para o planeta Terra". Ele declarou que o telescópio vai proporcionar uma viagem no tempo para "o começo do Universo", e descobrir "coisas incríveis que nunca imaginamos".

Desenvolvido pela Nasa, com a colaboração da ESA e da Agência Espacial Canadense (CSA), o observatório pretende detectar planetas capazes de abrigar vida, além de enxergar as primeiras luzes do Universo e a formação das primeiras estrelas e galáxias logo após o Big Bang - a explosão primordial que deu origem a tudo.

RESPOSTAS. O maior telescópio já enviado ao espaço tem a ambiciosa missão de responder a duas perguntas fundamentais para a humanidade: de onde viemos? Estamos sozinhos no universo? Para isso, tem sensibilidade o suficiente para detectar o sinal térmico de uma abelha na lua.

Com 30 anos de atraso, os recálculos orçamentários levaram a missão a um custo final inédito: R$ 51 bilhões. Projetado para ser o substituto do telescópio Hubble - lançado em 1990 e ainda em funcionamento -, o James Webb é um instrumento maior, mais complexo e com metas mais ambiciosas. O novo telescópio não vai estudar a parte visível do espectro eletromagnético como fazem o Hubble e observatórios em operação na Terra. O JW captará a radiação em infravermelho.

O telescópio Hubble revolucionou a observação do Universo. Foi graças a ele que os cientistas descobriram a existência de um buraco negro no centro de todas as galáxias e de vapor d’água em torno dos exoplanetas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A data de lançamento do telescópio espacial James Webb (JWST) por um foguete Ariane 5, adiada várias vezes, foi confirmada neste sábado (18) pela Nasa e a Arianespace para a véspera do Natal.

"O lançamento do telescópio espacial James Webb está confirmado para 24 de dezembro às 9h20 em Kourou (12h20 GMT)", tuitou Arianespace.

O JWST, complexa joia da engenharia, será o maior e mais poderoso telescópio já lançado ao espaço. Foi construído nos Estados Unidos sob a direção da Nasa e incorpora instrumentos da Agência Espacial Europeia (ESA) e Canadense (CSA).

Seu lançamento da base de Kourou, onde chegou em outubro vindo da Califórnia, foi adiado duas vezes devido a pequenos problemas.

A Nasa e a Arianespace queriam excluir qualquer risco relacionado ao lançamento do instrumento, desenvolvido há mais de 20 anos a um custo próximo a 10 bilhões de dólares.

As equipes conjuntas da agência e da empresa "encapsularam com sucesso o observatório no foguete Ariane 5", explicou a Nasa ao confirmar a data de lançamento. O telescópio foi colocado na cabeça do foguete.

Uma revisão geral do lançamento ocorrerá em 21 de dezembro e, se tudo estiver pronto, o foguete passará para o estágio de lançamento em 22 de dezembro, segundo a Nasa.

Apresentado como o sucessor do telescópio Hubble, lançado em 1990, o JWST deve explorar com precisão incomparável todas as fases do cosmos, até as primeiras idades do Universo e a formação das primeiras galáxias. Ele orbitará o sol, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.

A NASA adiou nesta terça-feira (30) uma caminhada espacial que dois astronautas iriam realizar fora da Estação Espacial Internacional (ISS), após receber uma notificação de risco de detritos.

Os astronautas Thomas Marshburn e Kayla Barron deveriam deixar o laboratório espacial nesta terça-feira (30) para um incursão de seis horas e meia para substituir uma antena de comunicações danificada.

"A NASA recebeu uma notificação de destroços para a estação espacial", tuitou a agência.

"Devido à falta de oportunidade de avaliar adequadamente o risco que isso pode representar para os astronautas, as equipes decidiram adiar a caminhada no espaço de 30 de novembro até que mais informações estejam disponíveis".

Há poucos dias, a Rússia destruiu um de seus satélites durante um teste de míssil, gerando uma nuvem de destroços que a NASA disse "aumentar o risco para a estação".

A nuvem de destroços forçou os sete astronautas presentes na ISS a buscar temporariamente refúgio em sua espaçonave de retorno.

A NASA, entretanto, disse que o maior risco ocorreu nas primeiras 24 horas após o teste.

Não foi esclarecido se a suspensão da caminhada de hoje foi devido aos destroços do teste russo.

Os russos rejeitaram as acusações dos Estados Unidos de que o teste colocou em risco a estação espacial.

Enquanto isso, autoridades americanas disseram não ter sido informadas com antecedência sobre o teste anti-satélite, o quarto a explodir um objeto espacial da Terra e que gerou mais de 1.500 fragmentos orbitais detectáveis.

A caminhada no espaço seria a primeira de Barron e a quinta de Marshburn. Os dois chegaram à ISS em 11 de novembro a bordo da cápsula SpaceX Crew Dragon Endurance com a missão Crew-3 da NASA, para uma estadia de seis meses.

A missão Dart, da Nasa, agência espacial norte-americana, começou com sucesso na madrugada desta quarta-feira (24). A sonda será responsável pelo teste de redirecionamento de asteroide duplo (em tradução livre), que vai tentar pela primeira vez desviar a rota de um asteroide, com o objetivo de checar se possui tecnologia suficiente para proteger o planeta de um possível risco futuro.

A bordo de um foguete Falcon 9 da Space-X, a sonda Dart foi lançada às 3h21, no horário de Brasília, da base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia (EUA). Passado cerca de uma hora do lançamento, a nave se separou do foguete.

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Minutos depois, os operadores da missão receberam os primeiros dados de telemetria e iniciaram o processo de orientação dela para uma posição segura para abertura de seus painéis solares - o que ocorreu, com sucesso, após duas horas.

Segundo a agência norte-americana, nenhum asteroide conhecido representa uma ameaça à Terra - pelo menos até o próximo século. A missão Dart funciona como um teste-chave antes de qualquer ameaça real, para coletar dados sobre a possibilidade de deflexão de um asteroide por meio de uma técnica chamada de impacto cinético.

"A Dart está transformando a ficção científica em fato científico", disse o administrador da Nasa, Bill Nelson. "Além de todas as maneiras como a Nasa estuda nosso universo e nosso planeta natal, também estamos trabalhando para proteger essa casa. Esse teste ajudará a provar uma maneira viável de proteger nosso planeta de um asteroide perigoso, caso algum dia um venha em direção à Terra."

A sonda da Dart ruma até um sistema de asteroides binário. Com uma velocidade de seis quilômetros por segundo, de forma autônoma, a nave deve colidir deliberadamente com o Dimorphos, um asteroide de 160 metros de diâmetro, que orbita outro maior, o Didymos, com 780 metros de diâmetro.

Pela proximidade com a Terra, o sistema Didymos permite que especialistas em defesa planetária observem e meçam o impacto cinético da sonda.

Com a colisão, os cientistas estimam reduzir em vários minutos o período orbital do Dimorphos. A escolha da data de colisão, que deve ocorrer entre outubro e novembro do próximo ano, foi proposital. A cada 770 dias, o Didymos fica a 11 milhões de quilômetros do planeta.

Com informações mais específicas sobre o Dimorphos, como massa e estrutura interna, e da cratera a ser deixada pela Dart, será possível tornar o impacto cinético em uma técnica replicável. Assim, em caso da aproximação de um asteroide que realmente possa causar danos ao planeta, os cientistas estarão prontos para contorná-lo.

A Nasa está se preparando para lançar uma missão para colidir deliberadamente uma nave espacial contra um asteroide, um ensaio para caso a humanidade precise um dia impedir que uma rocha espacial gigante acabe com a vida na Terra.

Pode soar como ficção científica, mas o Dart (Double Asteroid Redirection Test) é um experimento real que decolará nesta terça-feira às 22h21 do horário padrão do Pacífico (quarta, 24, às 3h21 de Brasília), a bordo de um foguete SpaceX a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, Estados Unidos.

Seu alvo é Dimorphos, uma "lua" com cerca de 160 metros de largura, que orbita um asteroide muito maior chamado Didymos, de 780 metros de diâmetro. Juntos, eles formam um sistema que orbita o sol.

O impacto deve ocorrer entre 26 de setembro e 1º de outubro de 2022, quando o par de rochas estará a 11 milhões de quilômetros da Terra, o ponto mais próximo que podem chegar.

"O que estamos tentando aprender é como desviar uma ameaça", disse o cientista-chefe da Nasa, Thomas Zuburchen, em uma coletiva de imprensa sobre o projeto de 330 milhões de dólares e o primeiro de seu tipo.

Para deixar claro: os asteroides não representam uma ameaça ao nosso planeta. Mas eles pertencem a uma classe de corpos conhecida como Objetos Próximos à Terra (NEOs, em inglês). São asteroides e cometas que se encontram a menos de 50 milhões de quilômetros do nosso planeta.

O Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da Nasa está mais interessado em corpos maiores que 140 metros, já que eles têm o potencial de devastar cidades ou regiões inteiras com uma energia várias vezes maior do que bombas nucleares.

Há 10 mil asteroides próximos à Terra com esse tamanho conhecidos, mas nenhum tem uma chance significativa de impacto nos próximos 100 anos. No entanto, estima-se que apenas 40% desses asteroides foram encontrados até o momento.

Os cientistas podem criar impactos em miniatura em laboratórios e usar os resultados para criar modelos sofisticados de como desviar um asteroide, mas esses modelos são baseados em suposições imperfeitas, portanto, querem fazer um teste do mundo real.

A sonda Dart, que é uma caixa com o volume de um grande frigorífico e painéis solares do tamanho de limusines de cada lado, irá colidir com Dimorphos a pouco mais de 24 mil quilômetros por hora, provocando uma pequena mudança no movimento do asteroide.

O lançamento do telescópio espacial James Webb (JWST), que segundo astrônomos propiciará uma nova era de descobertas, foi adiado de 18 a 22 de dezembro após um "incidente" na plataforma na Guiana Francesa, informou a Nasa nesta segunda-feira (22).

Os técnicos se preparavam para acoplar o James Webb ao "launch vehicle adapter", usado para inserir o telescópio de 10 bilhões de dólares na parte superior de um foguete Ariane 5.

"Um súbito desprendimento inesperado de uma argola de sujeição, que fixa o Webb ao launch vehicle adapter, causou uma vibração através do observatório", explicou a agência espacial americana, destacando que o incidente ocorreu enquanto as operações eram realizadas "sob a responsabilidade geral da Arianespace".

A Arianespace é uma empresa francesa, contratada para o lançamento do telescópio.

Uma investigação da Nasa visa a determinar como ocorreu e testes são realizados para "determinar com certeza que o incidente não danificou nenhum componente".

O telescópio vai orbitar em volta do sol, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, muito além dos limites de seu irmão mais velho, o Hubble, que opera a 600 km de altitude desde 1990.

Os cientistas querem usar o telescópio James Webb, o maior e mais potente já construído, para olhar para trás no tempo mais de 13,5 bilhões de anos e ver as primeiras estrelas e galáxias formadas, cem milhões de anos após o Big Bang.

Apresentado como o sucessor do Hubble, o JWST foi construído nos Estados Unidos, sob a direção da Nasa, e incorpora instrumentos das agências espaciais da Europa (ESA) e do Canadá (CSA).

Uma de suas características principais é a sua habilidade para detectar o infravermelho, pois quando a luz dos primeiros objetos chega aos nossos telescópios, se deslocou para o extremo vermelho do espectro eletromagnético como resultado da expansão do universo.

Quatro astronautas acabam de deixar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) para seguirem rumo à Terra nesta segunda-feira (8), após seis meses realizando diversos trabalhos no espaço.

A missão Crew-2, integrada por dois americanos, um francês e um japonês, esteve trabalhando no laboratório espacial desde 24 de abril, realizando centenas de experimentos e melhorando os paneis solares da estação.

Agora, os quatro viajam na cápsula Dragon da SpaceX batizada de "Endeavour", que se separou da ISS às 16h05, no horário de Brasília, e deverá pousar no mar, em frente ao litoral da Flórida, pouco depois da meia-noite. A Nasa está transmitindo tudo ao vivo em suas redes sociais.

"Fazendo as malas de última hora e me preparando para partir da ISS", tuitou o japonês Akihiko Hoshide.

"Foram mais de seis meses divertidos, um prazer e uma honra trabalhar com todas essas pessoas incríveis de diferentes partes do mundo, dentro e fora do planeta", acrescentou.

Suas atividades incluíram documentar a superfície do planeta para registrar mudanças ocasionados pelo homem e eventos naturais, cultivar pimentas e estudar algumas larvas para entender melhor a saúde humana no espaço.

O retorno da equipe, no entanto, deveria ter sido ontem, mas acabou sendo adiado devido às condições meteorológicas.

O mal tempo e o que a Nasa considerou um "assunto médico menor" também provocaram o adiamento do lançamento de um novo grupo de astronautas, da missão Crew-3, que deverá decolar nesta quarta-feira (10). A SpaceX transporta astronautas para a ISS desde 2020.

"Enquanto nos preparamos para partir, há uma sensação agridoce, de que poderíamos não voltar a ver nunca a ISS", disse o francês Thomas Pesquet em uma coletiva de imprensa no fim de semana.

A tripulação, contudo, ainda enfrentará um último desafio em seu trajeto para casa: usar fraldas, depois que foi detectado um problema no sistema de manejo de dejetos da cápsula.

Além disso, os astronautas estão sem acesso a um banheiro desde o fechamento das comportas, às 14h40, e terão que permanecer assim por cerca de 10 horas, até que cheguem à Terra.

"Certamente não é o ideal, mas estamos preparados para lidar com isso", disse a astronauta da Nasa, Megan McArthur, em coletiva de imprensa.

"Os voos espaciais estão repletos de desafios, este é apenas mais um com o qual nos deparamos e temos que lidar nessa missão", acrescentou.

A tripulação de turistas de SpaceX que viajou em setembro também teve um problema similar com o sistema de manejo de dejetos, que acendeu um alarme. Pouco depois, a Nasa informou que uma tubulação tinha se desconectado, enviando urina para o sistema de ventilação da cápsula ao invés do tanque de armazenamento.

Em menos de um ano, uma nave espacial da Nasa vai colidir deliberadamente contra um asteroide para desviar sua trajetória. Descrita como uma "defesa planetária", essa missão deveria preparar a humanidade em caso de ameaça de impacto.

O cenário lembra o filme "Armageddom", no qual Bruce Willis e Ben Affleck salvam o planeta de um grande asteroide que se projeta em direção à Terra.

No entanto, a agência espacial americana está desenvolvendo um experimento nada ficcional. Mesmo que por enquanto não se conheça nenhum grande asteroide que esteja em rota de colisão, a ideia é se preparar para esta possibilidade.

"Não queremos estar em uma posição na qual um asteroide se dirige para a Terra; devemos testar essa técnica", disse Lindley Johnson, do Departamento de Defesa Planetária da Nasa, na quinta-feira.

A missão, nomeada de DART (Double Asteroid Redirection Test), vai decolar da Califórnia a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 em 23 de novembro às 22h20 no horário local.

Dez meses depois, a nave alcançará seu alvo, que estará a 11 milhões de quilômetros da Terra. É o mais perto que chegará do planeta azul.

- Objetivo duplo -

Na verdade, é um objetivo duplo. O principal é o grande asteroide Didymos, de 780 metros de diâmetro, duas vezes a altura da torre Eiffel. Em sua órbita há uma lua, Dimorphos, de 160 metros de diâmetro e mais alta que a Estátua da Liberdade.

É nessa lua onde a nave vai pousar, cerca de 100 vezes menor que ela, projetada a uma velocidade de 24.000 km/h. O impacto lançará toneladas e toneladas de material.

Mas "não vai destruir o asteroide, só lhe dará uma pequena sacudida", disse Nancy Chabot, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que lidera a missão em colaboração com a Nasa.

Como resultado, a órbita do asteroide menor ao redor do maior se reduzirá somente "por volta de 1%", explicou.

A partir das observações realizadas por telescópios na Terra há décadas, sabe-se que Dimorphos orbita atualmente ao redor de Didymos em exatamente 11 horas e 55 minutos.

Usando os mesmos telescópios, este período será medido novamente depois da colisão. Nesse caso, talvez sejam "11 horas e 45 minutos, ou algo assim", disse o pesquisador.

Mas quanto exatamente? Os cientistas não sabem e é justamente isso o que querem investigar.

Há muitos fatores que entram em jogo, como o ângulo do impacto, o aspecto da superfície do asteroide, sua composição e sua massa exata, todos eles desconhecidos até o momento.

Deste modo, "se um dia descobrirmos um asteroide em rota de colisão com a Terra (...), teremos uma ideia da força que precisaremos para que esse asteroide não toque a Terra", explicou Andy Cheng, da Universidade Johns Hopkins.

A órbita ao redor do sol de Didymos, o grande asteroide, também mudará levemente, devido à relação gravitacional com sua lua, disse Cheng. Mas essa mudança será "pequena demais para ser medida".

- Caixa de ferramentas -

Um pequeno satélite também estará na viagem. Se desacoplará da nave principal 10 dias antes do impacto e usará seu sistema de propulsão para desviar levemente sua própria trajetória.

Três minutos depois da colisão, sobrevoará Dimorphos, para observar o efeito do impacto e possivelmente a cratera na superfície.

O custo total da missão é de 330 milhões de dólares. Se o experimento for bem-sucedido, "acreditamos que essa técnica poderia fazer parte de uma caixa de ferramentas, que estamos começando a criar, para desviar um asteroide", explicou Lindley Johnson.

"A estratégia é encontrar esses objetos não só anos antes, mas décadas antes de qualquer risco de colisão com a Terra", disse.

Atualmente são conhecidos 27.000 asteroides próximos ao planeta azul.

A Nasa e a SpaceX adiaram nesta segunda-feira (1º) pela segunda vez em poucos dias o lançamento do foguete que levará quatro astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS) porque um dos membros da tripulação apresenta um "problema de saúde leve".

"Não é uma emergência médica e não está relacionado com a covid-19", informou a Nasa em um comunicado, sem dar mais detalhes.

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Os astronautas americanos Raja Chari, Kayla Barron e Tom Marshburn, assim como o alemão Matthias Maurer, ficarão em quarentena no Centro Espacial Kennedy até então, acrescentou a agência espacial americana.

O lançamento estava previsto para o domingo, mas devido ao mau tempo o procedimento foi adiado para a quarta-feira.

Agora, o lançamento foi remarcado para o sábado às 23h36 locais (00H36 de domingo, hora de Brasília), de Cabo Cañaveral, na Flórida.

A Nasa não divulgou o nome do astronauta doente.

Esta missão, denominada Crew-3, faz parte a associação bilionária da Nasa com a SpaceX, a companhia de Elon Musk. Foi assinada após o encerramento do programa de ônibus espaciais, em 2011, para retomar os voos espaciais tripulados do solo americano.

Os astronautas vão passar seis meses na ISS e realizar vários experimentos a bordo deste laboratório orbital.

Eles vão substituir os quatro astronautas da Crew-2, que estão desde abril na ISS.

A volta à Terra da Crew-2 está programada "para o começo de novembro", mas nesta segunda-feira a Nasa afirmou que "continua avaliando datas" e não descarta uma "passagem indireta" entre as duas tripulações.

A Nasa e a SpaceX adiaram o lançamento de um foguete que levaria quatro astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS) para evitar "um grande sistema de tempestades", informou neste sábado (30) a agência espacial americana.

Os americanos Raja Chari, Tom Marshburn e Kayla Barron, assim como o alemão Matthias Maurer, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), decolariam no domingo (31) a bordo da nave espacial Crew Dragon Endurance, acoplada a um foguete Falcon 9, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

A missão foi adiada para 05h10 GMT (1h10 no horário de Brasília) de quarta-feira (3).

"A Crew-3 (como a missão foi batizada) chegará à estação espacial por volta das 3h00 GMT (0h00 de Brasília) de quinta-feira (4)", anunciou a Nasa em um comunicado.

Os quatro tripulantes farão "um breve revezamento com os astronautas que voaram para a estação como parte da missão SpaceX Crew-2 da agência", acrescentou.

A tripulação da missão "Crew-3" passará seis meses na plataforma orbital, realizando pesquisas em áreas como ciências dos materiais, saúde e botânica, para contribuir com a futura exploração do espaço profundo e beneficiar a vida na Terra.

Os aspectos científicos de maior destaque da missão incluem um experimento para cultivar plantas no espaço, sem terra ou outros meios de crescimento, e outro para construir fibras óticas em ambientes de microgravidade, que, segundo pesquisas anteriores, serão de qualidade superior às fabricadas na Terra.

Os astronautas da Crew-3 também realizarão caminhadas espaciais para completar a atualização dos painéis solares da estação.

Além disso, eles receberão na ISS duas missões turísticas, que incluirão visitantes japoneses a bordo de uma nave russa Soyuz, no fim de 2021, e a tripulação da Space-X Axiom, cujo lançamento está previsto para fevereiro de 2022.

A Crew-3 faz parte do acordo multimilionário entre a Nasa e a SpaceX assinado depois que a agência espacial americana encerrou o programa de ônibus espacial em 2011. Essa parceria visa restaurar a capacidade dos Estados Unidos de conduzir voos espaciais tripulados.

Em comunicado oficial divulgado nesta semana, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) anunciou que cientistas detectaram sinais de um exoplaneta na órbita de uma estrela fora da Via Láctea. Esta pode ser a primeira evidência na história de um planeta fora da nossa galáxia. A descoberta foi realizada pelo telescópio de raios-x conhecido como Chandra, que está na órbita da Terra, a 105 km de altitude.

Vale lembrar que, para ser considerado exoplaneta, o corpo celeste precisa estar na órbita de outra estrela que não seja o sol, e este é o caso, já que  ele está localizado na galáxia espiral Messier 51 (M51). Até o momento, todos os exoplanetas que haviam sido descobertos estavam dentro da Via Láctea, a cerca de três mil anos-luz da Terra, já este, tem distância de aproximadamente 28 milhões de anos-luz.

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A observação pôde ser realizada por meio da queda de brilho de raios-x, que normalmente são emitidos por estrelas de nêutron ou por um buraco negro, e assim, a partir do momento que um corpo celeste passa entre o telescópio e os emissores, a queda do registro de raios-x leva a acreditar que apenas um exoplaneta pode ser o responsável, já que cometas e meteoros não orbitam em volta de estrelas.

De acordo com a professora de astronomia do Centro de Astrofísica de Harvard e uma das responsáveis pela pesquisa na agência norte-americana, Rosanne Di Stefano, toda a corporação está em estudo e em busca de outros mundos, procurando candidatos e possíveis planetas seguindo as possibilidades de ondas raios-x, que permitem descobrir diversos corpos celestes em outras galáxias, além da nossa.

A Nasa anunciou nesta sexta-feira (22) que tentará lançar em fevereiro sua missão tripulada Artemis 1, a primeira etapa do plano dos Estados Unidos para voltar a levar humanos à Lua.

Esta missão crucial, que marcará o início do programa Artemis, estava prevista inicialmente para o fim do ano, e a agência espacial americana esperava poder realizá-la com astronautas em 2024, na Artemis 3. No entanto, o calendário foi atrasado.

A Nasa alcançou um marco importante na quarta-feira, ao acoplar a cápsula de tripulação Orion em seu megafoguete do Sistema de Lançamento Espacial, que agora tem 98 metros de altura dentro do Edifício de Montagem de Veículos no Centro Espacial Kennedy da Nasa, na Flórida.

Após realizar vários testes, será levado à plataforma de lançamento para um teste no fim de janeiro, com a primeira janela de lançamento em fevereiro, afirmaram autoridades a jornalistas.

"O período de lançamento em fevereiro começa no dia 12 e nossa última oportunidade em fevereiro será no dia 27", assegurou Mike Sarafin, chefe da missão Artemis 1.

As próximas janelas serão em março e abril.

Estes possíveis períodos de lançamento dependem da mecânica orbital e da posição relativa da Terra em relação ao seu satélite natural.

A previsão é de que a missão dure de quatro a seis semanas.

Também decolará uma série de pequenos satélites, conhecidos como CubeSats, para realizar experimentos e demonstrações de tecnologia.

Embora seu atraso seja provável, a Artemis 2 está tecnicamente programada para 2023 e a Artemis 3 para 2024, que marcaria a volta da humanidade à Lua pela primeira vez desde a missão Apolo 17 em 1972.

Segundo a Nasa, entre os astronautas que vão à Lua estarão a primeira mulher e a primeira pessoa de cor a fazer a viagem.

A agência espacial americana busca estabelecer uma presença sustentável na Lua e usar as lições aprendidas para planejar uma viagem tripulada a Marte na década de 2030.

Lucy, a primeira missão da Nasa para os asteroides troianos na órbita de Júpiter, decolou neste sábado (16) na Flórida, para uma viagem de 12 anos que buscará permitir entender melhor a formação do nosso sistema solar.

O foguete Atlas V, encarregado de impulsionar a nave, partiu às 09h34 GMT (06h34 no horário de Brasília) de Cabo Canaveral, uma missão cujos custos chegam a quase um bilhão de dólares.

É a primeira nave de energia solar a se aventurar tão longe do Sol. Observará mais asteroides que qualquer outra nave anterior: oito no total.

Cada um desses asteroides deve "oferecer uma parte da história do nosso sistema solar, da nossa história", declarou em coletiva de imprensa Thomas Zurbuchen, diretor da divisão de ciência da agência espacial americana.

Lucy sobrevoará primeiro, por volta de 2025, um asteroide do cinturão principal, situado entre Marte e Júpiter, antes de visitar sete asteroides troianos, os dois últimos em 2033. O mais largo deles mede cerca de 95 quilômetros de diâmetro.

A nave se aproximará dos objetos a uma distância de entre 400 e 950 quilômetros, dependendo de seu tamanho, a uma velocidade de 24.000 km/h.

Equipada com três instrumentos científicos e uma enorme antena, os pesquisadores querem estudar a geologia, a composição, a densidade, a massa e o volume precisos dos asteroides, medições que são impossíveis de realizar com telescópios situados na Terra.

"Lucy incorpora a busca contínua da Nasa de se aprofundar mais no cosmos em nome da exploração e da ciência para entender melhor o Universo e nosso lugar nele", afirmou Bill Nelson, chefe da agência espacial americana, em um comunicado emitido pouco depois da decolagem.

Os asteroides troianos, dos quais cerca de 7.000 são conhecidos, orbitam em torno do Sol em dois grupos distintos, um à frente de Júpiter e outro por trás.

"Uma das coisas surpreendentes dos asteroides troianos é que eles são muito diferentes entre si, especialmente suas cores: alguns são cinza, outros vermelhos", disse Hal Levison, pesquisador principal da missão. "Acreditamos que a cor indica sua procedência", acrescentou.

- 'Um diamante a bordo' -

Lucy passará três vezes perto da Terra durante sua viagem de 6 bilhões de quilômetros para aproveitar sua atração gravitacional para o seu deslocamento. A nave será a primeira a voltar para as imediações do planeta azul desde os confins do sistema solar.

Para gerar energia, a nave contará com dois painéis solares de mais de sete metros de diâmetro cada.

A missão foi chamada de Lucy em referência ao fóssil de australopiteco descoberto na Etiópia em 1974, que ajudou a esclarecer a origem da humanidade. A Nasa pretende agora esclarecer a evolução do sistema solar.

Os pesquisadores que encontraram o fóssil estavam ouvindo, no momento da descoberta, a música "Lucy in the sky with diamonds", dos Beatles. Como referência a esse fato, o logotipo oficial da missão da Nasa foi desenhado em forma de diamante.

"Efetivamente, levamos um diamante a bordo", afirmou entre sorrisos Phil Christensen, responsável pelo Espectrômetro de Emissão Térmica, um instrumento científico que contém a pedra preciosa.

O artefato, chamado de L'TES, medirá a luz infravermelha, o que lhe permitirá determinar a temperatura na superfície dos asteroides.

"Ao comparar essas medidas de noite e de dia, podemos determinar se a superfície é feita de blocos de rocha, ou de poeira fina e areia", explicou Christensen, pois a rocha esfria de forma mais lenta que a areia durante a noite.

Na última semana, o robô da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) conhecido como “Perseverance”, registrou imagens de uma cratera de 35 quilômetros de diâmetro, que foram analisadas por astrônomos e cientistas. A partir delas, houve a confirmação de que havia no local um lago fechado, alimentado por um antigo rio.

Este é o primeiro estudo da “Perseverance” registrado e publicado em uma revista científica desde a sua chegada em Marte, em fevereiro de 2021. Além disso, também foi revelado por meio de imagens e registros que grande parte da composição da superfície do planeta vermelho, foi moldada por influência de água, há cerca de 3 bilhões de anos.

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Ainda não foi divulgada qual a causa de o lago ter secado, mas cientistas especulam que a causa pode ser atribuída a mudanças climáticas. Vale lembrar que, a partir de agora, a “Perseverance” vai em busca de mais informações que possam alimentar a teoria de que havia vida em Marte, nem que sejam apenas seres microscópicos.

O caminho para conseguir esses registros é trilhado por meio das crateras e superfícies rochosas, que têm em sua formação sedimentos do antigo rio. Além disso, outros dois robôs ("Curiosity" e "Insight") estão em pontos diferentes do planeta vermelho, em busca de mais material e informações que ajudem na pesquisa espacial internacional.

 

 

O rover Perseverance, que chegou em fevereiro a Marte, entregou nesta quinta-feira (7) os seus primeiros resultados científicos que confirmam o interesse de se buscar sinais de vida no local de pouso, uma cratera onde acredita-se que havia um lago alimentado por um rio.

Incorporada ao mastro do robô da Nasa, a Supercam permitiu observar no solo do planeta vermelho o entorno da cratera Jezero e transmitir por satélite uma série de imagens.

Estas primeiras fotografias em alta resolução confirmaram o que havia sido observado da órbita, ou seja, os sinais de que na cratera de aproximadamente 35 quilômetros de diâmetro havia um lago fechado, alimentado pela desembocadura de um rio, há cerca 3,6 bilhões de anos.

O estudo publicado na revista Science, o primeiro desde a aterrissagem do Perseverance, oferece numerosos detalhes sobre a história da cratera. A Supercam permitiu identificar estratos de sedimentos que são "ótimos candidatos para se encontrar sinais de vida do passado", explicou o Centro Nacional da Pesquisa Científica da França (CNRS, na sigla em francês), durante a apresentação à imprensa dos resultados do estudo, realizado por um de seus pesquisadores, Nicolas Mangold.

Esses estratos, procedentes de um monte de 40 metros de altura batizado de Kodiak, são "sedimentos argilosos ou arenosos, nos quais é mais fácil preservar matéria orgânica", explicou o astrogeólogo.

- 'Matéria orgânica' -

A matéria orgânica produzida por organismos vivos se constitui de uma mistura de moléculas complexas de carbono, hidrogênio, nitrogênio e de umas poucas de oxigênio, explicou Sylvestre Maurice, do instituto de pesquisa em astrofísica e planetologia da Universidade Paul Sabatier, em Toulouse.

"Encontramos este tipo de matéria nas profundezas do solo terrestre e nos depósitos de sedimentos do delta de um rio, o que confirma o interesse pela cratera Jezero por parte da astrobiologia [ciência que estuda a vida no universo]", acrescentou.

O Perseverance também detectou a presença inesperada de grandes pedras e blocos rochosos, que evidenciam a existência no passado de fortes correntes fluviais. De acordo com o estudo, o fim do período lacustre da cratera estaria relacionado com uma mudança climática maior.

"Que tipo de clima gerou esta transição? Uma desertificação ou uma glaciação? É o que estamos investigando", explicou Mangold.

Todas essas observações, feitas pelo rover a uma distância de mais de 2 quilômetros das formações geológicas estudadas, permitirão que agora o equipamento se concentre em recolher amostras, que deverão ser trazidas para a Terra até 2030 para serem examinadas.

Outros dois robôs, Curiosity e Insight, estão atualmente explorando outros pontos da superfície de Marte.

Em setembro de 2022, a missão russo-europeia ExoMars deve enviar a Marte um robô projetado para perfurar o solo do planeta vermelho por mais de um metro de profundidade, um feito que seria inédito.

Trinta e uma vezes maior que a média dos corpos celestes já identificados, o cometa 'Bernardinelli-Bernstein' está se movendo em direção à Terra. O corpo celeste de 150 km de diâmetro foi visto na borda do sistema solar, mas não deve colidir com nosso planeta. Seu nome faz menção à dupla de astrônomos que o encontraram, um deles é brasileiro.

O brasileiro Pedro Bernardinelli e seu orientador na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, o astrônomo Gary Bernstein, estimam que o cometa não visita o sistema solar há mais de três milhões de anos. Pelo tamanho, ele chegou a ser confundido com um planeta anão, categoria a qual Plutão foi classificado.

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"Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto, ao menos maior do que qualquer um bem estudado, e o flagramos cedo o suficiente para que as pessoas assistam ao desenvolvimento dele conforme se aproxima e aquece", anunciou Gary em comunicado emitido pelo Laboratório Nacional de Pesquisa Astronômica Óptica Infravermelha (NoirLab). 

Ele deve chegar ao ponto mais próximo da Terra no dia 21 de janeiro de 2031. Ainda assim, o 'Bernardinelli-Bernstein' ainda estará a uma distância de cerca de 1,6 bilhão de milhas do sol.

Os cálculos apontam que esse é maior cometa já identificado entre os 3.743 conhecidos pela Agência Espacial Americana (NASA). Ele foi detectado pela dupla em 2014, através de dados coletados pela Câmera de Energia Escura do Observatório Interamericano Cerro Tololo, no Chile.

Uma jovem de 18 anos de Contagem-BH descobriu um novo asteroide durante pesquisa para a Nasa. Laysa Peixoto Sena Lage analisava o sistema solar em imagens de telescópio pelo computador de casa. 

A estudante batizou o asteroide de LPS 033, suas iniciais. Ela participou da ação após encontrar no site da Nasa um anúncio de uma campanha de "caça asteroides". O projeto é realizado em parceria com a The International Astronomical Search Collaboration. 

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"Eu vejo as imagens pelo telescópio e estudei o sistema solar do instituto no Havaí. Analiso pixel por pixel da imagem, percebo algumas características e valores. Aí fui enviando relatório para eles. Depois de um tempo, eles comprovaram que era um asteroide mesmo e, por enquanto, ele terá as iniciais do meu nome", disse a jovem ao G1.

Laysa está no 2º período de física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela sempre estudou em escola pública.

 

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