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O alto funcionário Jim Free contou nesta quinta-feira (08) que a NASA prevê os dias 23 e 27 de setembro como possíveis datas para sua próxima tentativa de lançar a missão Artemis 1 à Lua.

Duas tentativas anteriores foram descartadas após o foguete Space Lauch System sofrer falhas técnicas, além de um vazamento de combustível.

"O dia 23 é uma janela aberta por 80 minutos às 6h47, e o dia 27 é uma às 11h37 com duração de 70 minutos", disse Free, administrador associado a diretoria de desenvolvimento de sistemas de exploração da agência.

As datas foram escolhidas para evitar um conflito com o Double Asteroid Redirection Test (DART), uma sonda que está programada para atingir um asteroide no dia 26 de setembro.

Para as datas de lançamento, entretanto, a NASA depende de uma isenção que evitaria uma nova testagem das baterias no sistema de voo de emergência, utilizado para destruir o foguete caso desvie do alcance designado para uma área povoada.

Caso não receba a isenção o foguete terá que ser levado de volta para seu edifício de montagem, o que adiaria o cronograma em várias semanas.

O gerente do sistema de exploração terrestre, Mike Bolger, acrescentou que as equipes trabalham para substituir as vedações, para corrigir o problema do vazamento de hidrogênio.

Essa tarefa deve ser concluída no final desta quinta-feira, o que abrirá caminho para um teste de tanque no dia 17 de setembro.

A missão espacial Artemis 1 espera testar o SLS, assim como a cápsula não tripulada Orion, localizada no topo, em preparação para futuras viagens à Lua com humanos a bordo.

O lançamento do novo foguete lunar da Nasa foi cancelado de última hora neste sábado (3), pela segunda vez em uma semana, atrasando o início do programa Artemis para levar os americanos à Lua novamente.

O lançamento foi inicialmente programado para as 14h17, horário local (15h17 no horário de Brasília), com uma janela de disparo de duas horas.

Mas, depois de mais de três horas tentando resolver um vazamento de combustível durante o enchimento dos tanques, a operação foi suspensa.

A diretora de lançamento, Charlie Blackwell-Thompson, tomou a decisão final de cancelar a decolagem do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, disse um comentarista da Nasa em uma transmissão de vídeo.

Uma nova tentativa poderá ocorrer na segunda ou na terça-feira, mas a agência espacial americana deve analisar previamente todos os parâmetros da operação. A data mais próxima seria 19 de setembro, devido à posição da Terra e da Lua.

Cinquenta anos depois da última missão Apollo, esta missão de teste sem tripulação a bordo é a primeira etapa do programa Artemis, que visa estabelecer uma presença humana duradoura na Lua, e depois permitir que ela seja usada como trampolim para Marte.

O foguete SLS laranja e branco, que estava programado para decolar, está em desenvolvimento há mais de uma década, com o objetivo de se tornar o mais potente do mundo.

Pouco antes das 6h da manhã (horário local), Charlie Blackwell-Thompson deu o sinal verde para iniciar o abastecimento dos tanques do foguete com seu combustível criogênico: no total, cerca de três milhões litros de hidrogênio e oxigênio líquidos ultrafrios.

No entanto, por volta das 07h15, foi detectado um vazamento na base do foguete, na tubulação por onde o hidrogênio flui para o tanque. O fluxo parou enquanto as equipes tentavam, por três vezes consecutivas, resolver o problema, "sem conseguir", segundo um tuíte da Nasa.

Na segunda-feira passada, uma primeira tentativa também foi abortada de última hora por problemas técnicos, primeiro com um vazamento semelhante ao deste sábado, que foi consertado, e depois com o resfriamento dos motores.

- Seis semanas no espaço -

No meio deste fim de semana prolongado nos Estados Unidos, cerca de 400 mil pessoas eram esperadas para assistir ao lançamento do foguete, principalmente das praias vizinhas. Vários astronautas foram até o local.

O Artemis 1 deve permitir verificar se a cápsula Orion, localizada no topo do foguete, possui as condições de segurança necessárias para transportar astronautas no futuro.

Graças a esta nova espaçonave, a Nasa espera relançar a exploração humana distante. A Lua está mil vezes mais distante da Terra do que a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

A viagem total deve durar cerca de seis semanas.

A Orion se aventurará até 64.000 quilômetros atrás da Lua, mais longe do que qualquer outra espaçonave habitável já foi até hoje.

O principal objetivo da missão Artemis 1 é testar o escudo térmico da cápsula, o maior já construído.

Em seu retorno à atmosfera terrestre, terá que suportar uma velocidade de 40.000 km/h e uma temperatura equivalente à metade da registrada na superfície do sol.

A nave deve percorrer cerca de 2,1 milhões de quilômetros antes de cair no Oceano Pacífico.

A agência espacial norte-americana, a Nasa, cancelou novamente o lançamento do foguete Space Launch System (SLS) à Lua, que estava previsto para este sábado (3).

Em nota, a Nasa explicou que o cancelamento ocorreu devido a vazamento de hidrogênio líquido. A agência informou que foram feitos vários esforços para solucionar o problema, como recolocação de vedação, mas não foi possível resolver.

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O lançamento do foguete da missão Artemis I estava previsto para ocorrer hoje à tarde (horário de Brasília), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Na última segunda-feira (29), foi feito o primeiro cancelamento, após as equipes técnicas da agência identificarem um problema de resfriamento em um dos quatro motores do superfoguete que levará a cápsula Orion à órbita lunar.

A missão

A viagem não tripulada marcará uma série de testagens na órbita da Lua tanto em relação aos equipamentos, quanto à cápsula Orion que deve levar até quatro astronautas na segunda etapa da missão prevista para ocorrer até 2026.

Além disso, será testada uma peça fundamental na missão, o Módulo de Serviço Europeu, responsável, por exemplo, pelos sistemas de abastecimento de água, energia, propulsão, controle da temperatura dentro da cápsula e fruto da parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA).

Segundo a ESA, a missão, que será comandada aqui da Terra, pode durar entre 20 e 40 dias e terminará de volta à Terra com um mergulho no Oceano Pacífico, na costa da Califórnia, nos Estados Unidos.

O voo de volta à Lua organizado pela Nasa, em parceria com 21 países, inclusive o Brasil, representa o retorno ao satélite 50 anos após a última viagem tripulada, em 1972, com a missão Apollo.

A NASA pode realizar uma nova tentativa de lançamento do Artemis I, neste sábado (3). A janela deve ser aberta às 14h17 ET, por volta de 15h (horário de Brasília) e fecha às 16h17 ET, por volta de 17h. As informações são da CNN Brasil. 

Para a tentativa, os controladores de lançamento tentarão aquecer a linha para obter uma vedação firme. Enquanto isso, o oxigênio líquido continua a fluir para o estágio central.

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Em relação as condições climáticas, existe 60% de chance que são favoráveis para o lançamento, com chances aumentando para 80% favoráveis ​​no final da janela, de acordo com a oficial meteorológica Melody Lovin.

Dessa forma, se a missão for lançada neste sábado, ela fará uma viagem ao redor da lua e cairá no Oceano Pacífico no dia 11 de outubro. Mas também existe a oportunidade de backup para a missão Artemis ser lançada na próxima segunda-feira (5).

A missão 

Para a missão, não serão lançados humanos, apenas três manequins e um brinquedo de pelúcia Snoopy. Os manequins, chamados Comandante Moonikin Campos, Helga e Zohar, vão medir a radiação do espaço profundo que as futuras tripulações podem experimentar e testar novas tecnologias de traje e blindagem. Sendo assim, cada manequim serve para um propósito. 

Terão câmeras dentro e fora, para compartilhar imagens e vídeos durante toda a missão, incluindo visualizações ao vivo do experimento Callisto, que capturará um fluxo de Moonikin Campos sentado no assento do comandante.

Por fim, essa missão será só o começo de uma fase de exploração espacial da Nasa que pretende pousar diversas tripulações de astronautas em regiões anteriormente inexploradas da lua – nas missões Artemis II e Artemis III, programadas para 2024 e 2025, respectivamente – e eventualmente entrega missões tripuladas a Marte.

A Nasa fará uma segunda tentativa de lançar seu novo e potente foguete para a Lua no sábado (3), depois de cancelar um voo de testes no começo da semana, disse um funcionário da agência espacial americana.

O lançamento estava previsto para a manhã de segunda-feira, mas foi cancelado porque o teste para conseguir que um dos quatro motores RS-25 do foguete alcançasse a temperatura adequada para a decolagem não teve êxito.

Mike Sarafin, responsável pela missão Artemis 1 na Nasa, anunciou a data da nova tentativa de lançamento - um passo-chave no programa americano que pretende voltar a levar astronautas à Lua - em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (30).

A meta da Artemis 1, batizada assim em referência à irmã gêmea do deus mitológico Apollo, testará o foguete de 98 metros com o Sistema de Lançamento Espacial e a cápsula Orion, adaptada para a tripulação, em sua parte mais alta.

A missão não leva tripulantes, mas manequins equipados com sensores que vão registrar aceleração, vibração e níveis de radiação.

Dezenas de milhares de pessoas, incluindo a vice-presidente americana Kamala Harris, se reuniram para observar o lançamento, que acontece 50 anos depois que os astronautas da Apollo 17 pisaram na Lua pela última vez.

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla original) divulgou, na manhã desta segunda-feira (29), imagens inéditas da M74, conhecida como a Galáxia Fantasma, distante aproximadamente 32 milhões de anos-luz da Terra. As fotos foram capturadas em um esforço conjunto dos telescópios James Webb e Hubble, em parceria com a Nasa e a Agência Espacial Canadiana (CSA, em inglês).

A Galáxia Fantasma está na constelação de Peixes e, segundo a ESA, é um dos alvos preferidos dos astrônomos por ter os "braços espirais bem definidos e proeminentes". Neles, as lentes do James Webb puderam captar fragmentos de poeira e gás, que saem do interior da estrutura, como visto nas imagens.

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O nome popular da M74 foi dado pela dificuldade de se encontrá-la no espaço sem o auxílio de equipamentos profissionais. De acordo com a ESA, as observações da Galáxia Fantasma fazem parte de um esforço maior e conjunto entre as agências para classificar outras 19 galáxias próximas e responsáveis pela formação de estrelas.

Com a adição do telescópio James Webb e sua tecnologia de infravermelho, os astrônomos agora pretendem localizar especificamente as regiões das galáxias onde as estrelas são formadas, medir precisamente as massas e idades dos corpos celestes, além de estudar melhor a natureza dos pequenos grãos de poeira que vagam pelo espaço intergaláctico.

"Ao combinar dados de telescópios operando por meio do espectro eletromagnético, os cientistas podem obter entendimento melhor sobre os objetos astronômicos do que se usassem apenas um observatório - mesmo que ele fosse tão potente quanto o James Webb", explica a ESA.

*Imagens: ESA/Divulgação

O lançamento do novo megafoguete da NASA à Lua foi cancelado nesta segunda-feira (29) devido a um problema técnico com um de seus principais motores, uma decepção para a agência espacial americana, que agora terá que aguardar as próximas datas possíveis de lançamento.

Cinquenta anos após o último voo Apollo, a missão não tripulada Artemis 1 marcará o início do programa americano para retornar à Lua, que deve permitir que a humanidade chegue a Marte.

"A gerente de lançamento pediu para cancelar o dia", disse a NASA.

As próximas datas de lançamento possíveis são 2 e 5 de setembro.

Mas o problema terá que ser avaliado em detalhes pelas equipes da NASA antes de determinar quando ocorrerá.

O lançamento estava programado para 08h33 (9h33 de Brasília) da Plataforma de Lançamento 39B no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Mas à medida que o sol se erguia sobre o enorme foguete laranja e branco de 98 metros de altura, a decolagem tornou-se cada vez mais improvável.

Os tanques do foguete - o mais potente do mundo - foram enchidos durante a noite com mais de três milhões de litros de hidrogênio e oxigênio líquidos ultrafrios.

Mas o abastecimento começou com uma hora de atraso devido ao risco muito alto de raios.

Um vazamento então causou uma pausa durante o enchimento do segmento principal com hidrogênio, antes que uma solução fosse encontrada e o fluxo retomado.

Por volta das 07h00, um novo problema era investigado. Um dos quatro motores RS-25, sob o segmento principal do foguete, não conseguiu atingir a baixa temperatura desejada, condição necessária para poder acioná-lo.

A contagem regressiva parou e, depois de mais de uma hora e meia de tentativa de resolver o problema, a diretora de lançamento da NASA, Charlie Blackwell-Thompson, tomou a decisão de cancelar.

- "Sonhos e esperanças" -

Entre 100.000 e 200.000 pessoas, incluindo a vice-presidente Kamala Harris, deveriam presenciar ao vivo o lançamento hoje.

O objetivo de Artemis 1 é testar o foguete SLS e a cápsula de tripulação Orion em sua parte superior.

Orion será lançada sem tripulação na órbita ao redor da Lua para ver se o veículo é seguro para os futuros astronautas, entre os quais estão previstos a primeira mulher e a primeira pessoa negra na superfície lunar.

"Essa missão carrega os sonhos e esperanças de muitas pessoas", comentou o chefe da NASA, Bill Nelson. "Agora somos a geração Artemis".

Dois minutos depois do lançamento do SLS, os propulsores vão retornar à Terra e cair no Atlântico. Oito minutos depois, o segmento principal se separará e aproximadamente uma hora e meia depois, um último impulso enviará a cápsula rumo à Lua, onde levará vários dias para chegar.

A principal meta é testar o escudo térmico da cápsula, que retornará à atmosfera terrestre a quase 40.000 km/h, e a uma temperatura que chegada à metade da superfície do Sol.

No lugar dos astronautas, manequins equipados com sensores vão registrar as vibrações e níveis de radiação.

A cápsula se aventurará até 64.000 km depois da Lua, a maior distância já alcançada por uma nave adaptada para transportar uma tripulação.

- Viver na Lua -

"O que estamos começando (...) não é um sprint de curto prazo, mas uma maratona de longo prazo", disse Bhavya Lal, administrador associado da NASA.

Após esta primeira missão, Artemis 2 levará astronautas à Lua em 2024, sem pouso, uma honra reservada à tripulação do Artemis 3, mas que não será antes de 2025.

Até essa data, a ideia da NASA é lançar cerca de uma missão por ano com o objetivo de estabelecer uma presença humana constante na Lua, construir a estação espacial Gateway que orbita em torno dela e instalar uma base na superfície lunar.

Nesse cenário, a humanidade teria que aprender a viver no espaço e testar a tecnologia necessária para uma viagem de vários anos de e para Marte, que poderia ser concluída "no final da década de 2030", segundo Nelson.

Mas antes disso, ir à Lua também é estratégico, contra as ambições de nações concorrentes, em particular a China.

"Queremos ir para o polo sul (da Lua), onde estão os recursos", especialmente água na forma de gelo, disse Nelson à NBC.

"Não queremos que a China vá a esse lugar e diga 'este é o nosso território'".

Artemis é o nome do programa espacial dos Estados Unidos para retornar à Lua, uma das prioridades da Nasa para os próximos anos. A primeira missão deve decolar na segunda-feira (29).

O nome Artemis foi escolhido para ecoar Apolo, o programa da Nasa que entre 1969 1972 transportou os 12 homens que caminharam sobre a Lua. Ártemis, na mitologia grega é a irmã gêmea de Apolo e uma deusa associada à Lua.

A seguir, um resumo do programa Artemis, que tem como objetivo final levar o ser humano ao planeta Marte.

- Artemis 1: voo de teste -

Artemis 1 é um voo de teste do foguete Space Launch System (SLS), de 98 metros, e da cápsula Orion, que fica na parte superior, para garantir que têm condições de transportar astronautas de maneira segura no futuro.

O SLS decolará do Centro Espacial Kennedy na Flórida às 8H33 (9H33 de Brasília) na segunda-feira. Manequins equipados com sensores ocuparão os lugares dos futuros membros da tripulação, registrando os níveis de vibração, aceleração e radiação.

Orion orbitará a Lua antes de cair no Oceano Pacífico.

- Artemis 2: primeira tripulação -

Programado para 2024, Artemis 2 será um voo tripulado que orbitará a Lua, mas sem pousar, similar ao que fez a Apolo 8. A formação da tripulação de quatro astronautas será anunciada até o fim do ano. Um canadense deve estar no grupo.

- Artemis 3: alunissagem -

A terceira missão Artemis será a primeira a colocar astronautas na Lua desde a Apolo 17 em dezembro de 1972. A nave tripulada alunará no polo sul da Lua, onde foi detectada água em forma de gelo. As alunissagens anteriores aconteceram perto do equador.

Artemis 3 está programada para 2025, mas é possível que o voo não aconteça antes de 2026, segundo uma auditoria independente do programa.

A partir de Artemis 3, a Nasa planeja enviar missões tripuladas uma vez por ano.

- SpaceX: módulo de alunissagem -

A Nasa escolheu a empresa SpaceX de Elon Musk para construir o módulo de alunissagem para Artemis 3.

A nave da SpaceX, ainda em desenvolvimento, servirá como um ônibus espacial para os tripulantes da cápsula até a superfície lunar e no retorno.

- Estação espacial Gateway -

O programa Artemis inclui a construção de uma estação espacial chamada Gateway que orbitará a Lua.

O lançamento dos dois primeiros elementos - o módulo de alojamento e o sistema de propulsão - está planejado para o final de 2024, no prazo mais curto, por um foguete SpaceX Falcon Heavy.

As tripulações da Orion seriam responsáveis pela montagem da Gateway. Os astronautas passariam entre 30 e 60 dias na estação e, eventualmente, teriam acesso a um módulo de alunissagem para seguir até a Lua e retornar.

Gateway também serviria como ponto de parada para qualquer futura viagem a Marte.

- Destino: Marte -

O objetivo final do programa Artemis é o que a Nasa chama de "próximo grande salto: a exploração humana de Marte".

A Nasa utilizará o conhecimento adquirido com o programa Artemis sobre trajes espaciais, veículos, propulsão, reabastecimento e outras áreas para preparar uma viagem a Marte.

O objetivo é aprender a manter uma presença humana no espaço profundo por um longo período.

O plano inclui a criação de um "acampamento base" na Lua, que possibilitaria a presença dos astronautas por até dois meses.

Enquanto uma viagem para a Lua leva apenas alguns dias, uma viagem a Marte demoraria no mínimo vários meses.

Cinquenta anos após a última missão Apollo, o programa Artemis deve assumir a exploração lunar com um lançamento de teste na segunda-feira (29) do foguete mais poderoso da história da NASA.

O objetivo é levar seres humanos de volta à Lua após a missão Apollo de 1972 e, eventualmente, à Marte.

O foguete de 98 metros do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) está programado para decolar às 8h33 (9h33 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy (KSC) na Flórida.

A missão, planejada há mais de uma década, não é tripulada, mas altamente simbólica para a NASA, dada a pressão da China e de concorrentes privados como a SpaceX.

Os hotéis ao redor de Cabo Canaveral estão lotados e entre 100.000 e 200.000 espectadores são esperados para o lançamento.

O enorme foguete laranja e branco está estacionado no Complexo de Lançamento 39B do KSC há uma semana.

"Desde que foi posicionado na plataforma na semana passada, você pode sentir a emoção, a energia", diz Janet Petro, diretora do KSC.

O objetivo do voo, batizado de Artemis 1, é testar o sistema SLS e a cápsula da tripulação Orion localizada no nariz do foguete.

Bonecos equipados com sensores tomarão os lugares dos membros da tripulação e registrarão os níveis de aceleração, vibração e radiação.

Além disso, câmeras irão capturar todos os momentos da jornada de 42 dias e uma "selfie" da espaçonave será feita com a Lua e a Terra ao fundo.

Amerissagem no Pacífico

A cápsula Orion orbitará a Lua e chegará a cerca de 100 km no máximo e, em seguida, acionará seus motores para atingir uma distância de 64.000 km, um recorde para uma aeronave feita para transportar humanos.

Um dos principais objetivos da missão é testar o escudo térmico da cápsula, que com quase 5 metros de diâmetro é o maior já construído.

Em seu retorno à atmosfera da Terra, o escudo térmico deve suportar uma velocidade de mais de 40.000 quilômetros por hora e uma temperatura de 2.760 graus Celsius.

Orion, cuja descida será contida por paraquedas, terminará sua jornada com um mergulho na costa de San Diego, no Pacífico.

A decolagem na segunda-feira dependerá do clima, que pode ser imprevisível na Flórida nesta época do ano. Por essa razão, a NASA tem uma janela de lançamento de duas horas.

Se o foguete não puder decolar na segunda-feira, datas alternativas estão planejadas para 2 ou 5 de setembro.

Tudo está pronto. A Nasa autorizou a missão na terça-feira, após uma inspeção detalhada.

Isso não significa que problemas poderão acontecer.

"Risco inerente"

"Estamos fazendo algo que é incrivelmente difícil de fazer, e com isso vem o risco inerente", disse Mike Sarafin, gerente da missão Artemis 1.

Por se tratar de um voo não tripulado, Sarafin diz que a missão terá condições que não seriam adequadas para viagens com astronautas.

"Se não falharmos com os painéis solares, vamos continuar, e isso é algo que não necessariamente faríamos em uma missão tripulada", explicou.

Um fracasso geral da missão seria devastador para o programa que custa US$ 4,1 bilhões para ser lançado e já está atrasado.

A próxima missão, Artemis 2, levará astronautas a orbitar a Lua sem pisar em sua superfície.

A tripulação do Artemis 3 deverá pousar na Lua o mais tardar em 2025.

Enquanto os astronautas da Apollo que caminharam na Lua eram apenas homens, o programa Artemis planeja incluir a primeira mulher e a primeira pessoa negra.

E considerando que os humanos já visitaram a Lua, Artemis está de olho em outro objetivo: enviar uma tripulação a Marte.

O programa Artemis visa estabelecer uma presença humana permanente na Lua com uma estação espacial conhecida como Gateway e com base na superfície lunar.

A Gateway serviria como uma estação de preparação e reabastecimento para a viagem a Marte, que levaria no mínimo meses.

"Acho que será ainda mais inspirador do que Apollo", diz o ex-astronauta e administrador associado da NASA Bob Cabana da missão Artemis.

"Será absolutamente impressionante".

O grande dia da Nasa está se aproximando: o novo foguete gigante americano SLS chegou na manhã desta quarta-feira (17) à sua plataforma de lançamento em Cabo Canaveral, Flórida, antes de sua decolagem programada para a Lua em 12 dias.

A missão marcará o primeiro voo do programa americano de retorno à Lua, apelidado de Artemis.

Artemis 1 será lançado sem astronautas a bordo, pois seu objetivo é testar o foguete e a cápsula Orion, localizada em cima dele, para garantir que possam transportar com segurança uma tripulação para a Lua, o que está previsto para acontecer a partir de 2024.

O foguete, chamado SLS (Sistema de Lançamento Espacial), está em desenvolvimento há mais de uma década e se tornará o mais poderoso do mundo quando decolar. Mede 98 metros de altura.

Ele foi instalado na lendária plataforma 39B após uma transferência noturna de 10 horas do hangar de montagem, no mesmo complexo do Kennedy Space Center.

"Para todos nós que olhamos para a Lua e sonhamos com o dia em que a humanidade retornará à superfície lunar, pessoal, aqui estamos, aqui vamos nós de novo", disse o chefe da NASA, Bill Nelson, em entrevista coletiva.

A espaçonave Orion será impulsionada em direção à Lua e até 64.000 km além, aventurando-se mais longe do que qualquer outra espaçonave tripulada já fez.

Em seu retorno à atmosfera terrestre, seu escudo térmico terá que suportar uma velocidade de quase 40.000 km/h e metade da temperatura da superfície do Sol.

A decolagem está programada para 29 de agosto às 08h33, horário local.

Se o tempo não estiver favorável, as datas de reserva são 2 ou 5 de setembro.

A missão deve durar 42 dias no total, até o retorno e descida no Oceano Pacífico, onde a nave será recuperada por um navio da Marinha dos Estados Unidos.

Em 2024, a missão Artemis 2 levará astronautas para orbitar a Lua, sem pousar nela. Esta honra será reservada à tripulação da Artemis 3, uma missão que ocorrerá em 2025, no mínimo.

A última vez que humanos pousaram na Lua foi na missão Apollo 17 em 1972.

O programa Apollo levou apenas homens brancos à superfície da Lua, mas o Artemis planeja enviar a primeira mulher e a primeira pessoa negra.

O objetivo é fazer da Lua uma base onde sejam desenvolvidas as tecnologias necessárias para enviar humanos a Marte.

"Trabalho aqui há 37 anos e é a coisa mais emocionante em que já estive envolvido". Rick LaBrode é diretor de voo da Nasa e, no final do mês, será responsável por uma missão espacial histórica: a primeira do programa a marcar o retorno dos americanos à Lua.

Um dia antes da decolagem "não vou conseguir dormir muito, com certeza", disse à AFP, diante das dezenas de telas da sala de controle de voo em Houston, Texas.

Pela primeira vez desde a última missão Apollo em 1972, um foguete - o mais poderoso do mundo - impulsionará uma cápsula habitável para orbitar ao redor da Lua, antes de retornar à Terra.

A partir de 2024, os astronautas embarcarão para fazer a mesma jornada e, no ano seguinte (no mínimo), voltarão a pisar na Lua.

Para esta primeira missão de teste de 42 dias, chamada Artemis 1, 10 pessoas estarão o tempo todo na famosa sala "Mission Control Center", modernizada para a ocasião.

As equipes ensaiam o plano de voo há três anos. "É tudo completamente novo. Um foguete totalmente novo, uma nave totalmente nova, um centro de controle totalmente novo", resume Brian Perry, que estará no console responsável pela trajetória logo após o lançamento.

"Posso dizer que meu coração vai acelerar, mas vou me certificar de manter o foco", disse à AFP, dando um tapinha no peito. Ele já participou de muitos voos espaciais.

- Piscina lunar -

Além da sala de controle, todo o Centro Espacial Johnson, em Houston, foi ajustado para a hora da Lua.

No meio da enorme piscina de mais de 12 metros de profundidade onde os astronautas treinam, uma cortina preta foi colocada.

De um lado ainda está a réplica submersa da Estação Espacial Internacional. Do outro, um ambiente lunar se desenvolve gradativamente no fundo, com gigantescos modelos de rochas, fabricados por uma empresa especializada em decoração de aquários.

"Começamos a colocar areia no fundo da piscina há apenas alguns meses. As pedras grandes chegaram há duas semanas", diz Lisa Shore, vice-diretora deste Laboratório de Flutuabilidade (NBL) à AFP.

"Tudo ainda está em desenvolvimento".

Na água, os astronautas podem experimentar uma sensação próxima à ausência de peso. Para o treinamento lunar, são preparados para sentir apenas um sexto de seu peso.

De uma sala acima da piscina, são guiados a distância, com o atraso de quatro segundos que enfrentarão na Lua.

Seis astronautas já treinaram no local, e outros seis devem fazê-lo até o final de setembro, vestindo os novos trajes lunares desenvolvidos pela Nasa pela primeira vez.

"O auge deste edifício foi quando ainda estávamos pilotando os ônibus espaciais e construindo a estação espacial", explica o chefe da NBL, John Haas.

Na época, 400 sessões de treinamento eram realizadas por ano, em comparação com cerca de 150 hoje.

Mas o programa Artemis traz um novo impulso.

No momento da visita da AFP, engenheiros e mergulhadores estavam avaliando como empurrar um carrinho na Lua.

- "Nova era de ouro" -

Os exercícios aquáticos podem durar até seis horas. "É como correr uma maratona, duas vezes, mas com as mãos", comenta à AFP Victor Glover, astronauta da Nasa que voltou de seis meses no espaço.

Hoje, ele trabalha em um prédio inteiramente dedicado a simuladores.

Seu papel é ajudar a "verificar os procedimentos e o material", para que quando aqueles que forem à Lua (entre os quais Glover pode ser um) sejam finalmente escolhidos, possam se preparar intensivamente e estar rapidamente prontos para ir".

Graças aos equipamentos de realidade virtual, eles poderão se acostumar a caminhar nas difíceis condições de luz do polo sul da Lua, onde as missões Artemis irão pousar.

Lá, o Sol nasce muito pouco acima do horizonte, formando constantemente longas sombras muito escuras.

Também terão que se familiarizar com novas naves e seus softwares, como a cápsula Orion.

Em um dos simuladores, sentado no assento do comandante, é preciso, com um joystick, acoplar-se com a futura estação espacial lunar, Gateway.

Em outros lugares, uma réplica da cápsula, com volume de 9 metros cúbicos para quatro passageiros, é usada para testes em escala real.

Os astronautas "fazem muito treinamento de saída de emergência aqui", mostra à AFP Debbie Korth, vice-gerente do projeto Orion, no qual trabalha há mais de dez anos.

Em todo o centro espacial, "as pessoas estão animadas", diz.

Para a Nasa, "certamente, acredito que é uma nova era de ouro" que está começando.

O telescópio espacial James Webb atravessou o tempo e enormes quantidades de poeira para captar uma nova imagem da galáxia "Roda de Carro" com uma nitidez sem precedentes, informaram as agências espaciais dos Estados Unidos e da Europa, Nasa e ESA, respectivamente, nesta terça-feira (2).

Situada a cerca de 500 milhões de anos-luz da Terra, na constelação do Escultor, a Roda de Carro adquiriu sua forma após uma colisão frontal entre duas galáxias.

O impacto fez com que dois anéis se expandissem do centro da galáxia, "como as ondas na água de um tanque depois que uma pedra é lançada nele", explicaram a Nasa e a ESA em comunicado conjunto.

No centro da galáxia há um anel branco menor, enquanto o anel externo, com seus raios coloridos, expandiu-se no Universo durante 440 milhões de anos, acrescenta a nota. Na medida em que o exterior se expande, ele se choca com o gás, o que provoca a formação de novas estrelas.

O telescópio Hubble já havia captado imagens dessa rara galáxia anelar, que, provavelmente, era uma espiral como a Via Láctea antes de ser atingida por uma galáxia menor. Contudo, o telescópio Webb, lançado em dezembro de 2021, tem maior alcance para conseguir as fotografias.

A capacidade do Webb para detectar a luz infravermelha permitiu que ele atravessasse "um enorme quantidade de poeira quente" que atrapalhava a vista da galáxia da Roda de Carro, afirmaram a Nasa e a ESA. Dessa forma,o telescópio revelou novos detalhes sobre a formação de estrelas na galáxia, assim como o comportamento do buraco negro supermaciço em seu coração, acrescentaram as agências espaciais.

Também foi possível detectar regiões ricas em hidrocarbonetos e outras substâncias químicas, bem como uma poeira similar à da Terra.

Por trás da Roda de Carro, brilham outras duas galáxias menores e, mais além delas, é possível ver ainda mais estruturas.

Os estudos a partir da imagem mostram que a galáxia da Roda de Carro ainda está em uma "fase muito transitória", segundo as agências espaciais."O Webb nos oferece uma fotografia do estado atual da Roda de Carro e também proporciona uma visão do que aconteceu com esta galáxia no passado e como ela irá evoluir."

É um tipo de planta rolante do deserto? Uma linha de pesca? Ou espaguete?

O Perseverance, o robô da Nasa que explora Marte, descobriu um objeto que tem intrigado os observadores do espaço e, inclusive, provocou comentários irônicos que questionam a qualidade deste "prato" da culinária italiana na superfície do planeta vermelho.

Contudo, para além das suposições "criativas" dos observadores, a explicação mais plausível é que se trata dos restos de um componente utilizado para pousar o explorador robótico na superfície de Marte em fevereiro de 2021.

"Estivemos discutindo de onde veio, mas especula-se que seja um pedaço de corda do para-quedas ou do sistema de pouso que leva o robô ao solo", disse à AFP um porta-voz de um laboratório da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos.

"É preciso ter em conta que não está confirmado que seja uma coisa ou outra", acrescentou.

Os destroços foram detectados pela primeira vez em 12 de julho, através da câmera de prevenção de riscos situada na parte frontal esquerda do rover.

Quatro dias depois, quando o Perseverance retornou ao mesmo lugar, os objetos já não estavam mais lá.

Provavelmente, o vento os arrastou, como já havia acontecido com um pedaço de manta térmica avistado no mês passado, que pode ter saído do sistema de pouso propulsado por foguetes.

O acúmulo de "lixo" do Perseverance é considerado um pequeno preço a se pagar pelos objetivos científicos do robô: buscar sinais biológicos de antigas formas de vida microbiana.

Além disso, algum dia esses objetos poderão se transformar em valiosos artefatos para os futuros colonos de Marte.

"Dentro de cem anos, mais ou menos, os marcianos reunirão com entusiasmo todo este material para expor em museus ou transformá-los em 'tesouros históricos'", tuitou o "astrônomo amador" Stuart Atkinson.

Depois de revelar as primeiras imagens captadas pelo telescópio James Webb no começo da semana, a Nasa voltou a dar mostras da capacidade do seu observatório. Nesta quinta-feira, 14, a agência aeroespacial dos Estados Unidos publicou os registros feitos pelo telescópio quando o aparelho estava ainda em fase de teste - mas já em órbita. E entre os retratos obtidos, estão fotos de Júpiter, luas e asteroides apresentados com detalhamentos nunca antes vistos.

As imagens divulgadas demonstram que James Webb, projetado para fazer registros fotográficos de longas distâncias, também pode capturar objetos presentes do sistema solar da Terra. Algo que era tratado com expectativa pelos cientistas da Nasa, que constataram que o telescópio também pode observar com nitidez satélites (luas) e anéis, como os de Júpiter, que estão muito próximos de objetos brilhantes.

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"Combinadas com as imagens de campo profundo divulgadas no outro dia, essas imagens de Júpiter demonstram a compreensão completa do que Webb pode observar, desde as galáxias observáveis mais fracas e distantes até planetas em nosso próprio quintal cósmico", disse Bryan Holler, cientista do Space Telescope Science Institute em Baltimore, que ajudou a planejar essas observações.

De Júpiter, Webb conseguiu mostrar, por meio da visão infravermelha com a qual opera pela NIRCam, bandas distintas que circundam o planeta, assim como a Grande Mancha Vermelha, descrita pela Nasa como "uma tempestade grande o suficiente capaz de engolir a Terra."

A imagem também permitiu a visualização da Europa, uma lua tratada pela agência aeroespacial como portadora de um oceano abaixo de uma espessa crosta gelada; e também a Tebe e Métis, outras duas luas que estão próximas de Júpiter. A Europa, inclusive, é o alvo da próxima missão da Nasa.

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"As imagens de Júpiter nos filtros de banda estreita foram projetadas para fornecer boas imagens de todo o disco do planeta, mas a riqueza de informações adicionais sobre objetos muito fracos (Métis e Tebe, o anel principal, neblinas) nessas imagens com aproximadamente exposições de um minuto foram absolutamente uma surpresa muito agradável", disse John Stansberry, cientista do observatório e líder de comissionamento do NIRCam - a câmera que funciona em infravermelho.

"Eu não podia acreditar que vimos tudo tão claramente e quão brilhantes eles eram", disse Stefanie Milam, cientista do projeto de Webb. "É realmente emocionante pensar na capacidade e oportunidade que temos para observar esses tipos de objetos em nosso sistema solar", disse ele, completando que o fato de os anéis tenham aparecido em uma das primeiras imagens do sistema solar de Webb é "absolutamente surpreendente".

Segundo a Nasa, as imagens motivaram os cientistas a usarem o James Webb para explorar plumas (trajeto de fumaça) de materiais que saem e se depositam nas luas, como a Europa. "Acho que é apenas uma das coisas mais legais que poderemos fazer com este telescópio no sistema solar", disse Milam.

Após divulgar a primeira imagem capturada pelo telescópio James Webb, a Nasa revelou novas imagens nesta terça-feira (12), que mostram registros de uma assinatura de água em um exoplaneta descoberto.

De acordo com a Agência Espacial, o telescópio registrou um exoplaneta a 1.150 anos-luz de distância da Terra, orbitando uma estrela semelhante ao Sol. Além da assinatura de água, existem também indícios de nuvens e neblina na atmosfera do planeta gasoso, conhecido até então como WASP 96-b.

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Outra imagem feita pelo James Webb, disponível nas redes da Nasa, mostra uma região conhecida informalmente como Nebulosa do Anel Sul, que se localiza a 2.500 anos-luz de distância. O registro captura uma estrela que morreu e ficou envolta em camadas de poeira e luz.

Segundo a Nasa, o novo registro possível pelo James Webb nos ajudará a entender quais moléculas ficam presentes nas camadas de gás e poeiras em eventos como este.

O telescópio foi lançado ao espaço no final de 2021, porém, só agora em abril ele completou sua fase de alinhamento e se tornou operacional. O James Webb conta com 18 espelhos que totalizam mais de 6,4 m de largura, instrumento mais potente e que pode ser ferramenta para a ciência encarar os mistérios que se escondem nos cantos afastados de nossa galáxia.

O projeto do telescópio foi concebido como sucessor do Hubble, que se aposentou após décadas vagando pelo espaço. Apenas a fase de desenvolvimento do telescópio durou mais de 20 anos, tendo começado em 1996.

Por Matheus Maio.

A Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA anunciaram nesta quarta-feira (15) o reforço de sua cooperação na exploração lunar e a possibilidade de enviar um astronauta europeu ao satélite terrestre.

"Mal podemos esperar para ver um astronauta da ESA se juntar a nós na superfície da Lua e continuar a fortalecer nossa aliança estratégica de longa data", declarou o administrador da agência espacial dos Estados Unidos, Bill Nelson, após uma reunião do conselho administrativo da ESA na Holanda, que ele compareceu como convidado de honra.

Ambas as agências assinaram um protocolo de acordo sobre a missão Lunar Pathfinder, o futuro primeiro satélite de telecomunicações em órbita lunar construído pela britânica SSTL sob encomenda da ESA.

Em troca do acesso a esse satélite, a NASA está disposta a colocá-lo na órbita lunar, explicou a ESA em uma coletiva de imprensa.

As duas agências também realizarão testes conjuntos sobre a possibilidade de utilização de satélites de navegação específicos para a Lua, como é o caso do europeu Galileo ou do americano GPS na Terra.

A ESA (22 Estados-membros) está envolvida no programa americano Artemis, que visa enviar astronautas à Lua até 2025 e construir uma estação na órbita lunar, a Lunar Gateway.

Neste último projeto, o setor aeroespacial europeu participa na construção dos módulos de habitação e comunicações.

Ambas as agências também discutiram o futuro da missão russo-europeia ExoMars, suspensa pela ESA após a invasão russa da Ucrânia.

No âmbito dessa missão, a agência planejava enviar no final de 2022 um robô ao planeta vermelho para perfurar o subsolo, em busca de vida extraterrestre.

"A NASA está examinando as maneiras mais apropriadas de ajudar nossos amigos europeus na missão ExoMars", disse Bill Nelson.

"As discussões são intensas, mas estão indo na direção certa e estou confiante de que encontraremos uma boa parceria com a NASA em Marte", comentou, por sua vez, Josef Aschbacher, diretor-geral da ESA, que especificou que as decisões serão tomadas na sede da organização durante a próxima reunião ministerial, programada para o outono boreal (primavera no Brasil).

A possibilidade de visitas extraterrestres à Terra está sendo levada cada vez mais a sério nos Estados Unidos: a Nasa anunciou nesta quinta-feira (9) o lançamento, no segundo semestre, de uma investigação sobre objetos voadores não identificados.

Não há evidência de que tais fenômenos tenham origem extraterrestre, ressaltou a agência espacial americana, mas o tema é nada mais nada menos importante, pois preocupa tanto a segurança nacional como o tráfego aéreo.

Depois que a comunidade de inteligência dos EUA divulgou um relatório sobre o tema no ano passado, agora é a vez da Nasa investigar a questão.

Além disso, a agência espacial deseja aproveitar a ocasião para desestigmatizar o tema. "Um dos resultados deste estudo seria fazer com que todos entendam [...] que o processo científico é válido para tratar de todos os problemas, inclusive deste", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da Nasa, em coletiva de imprensa.

O responsável acrescentou que ele mesmo decidiu iniciar essa investigação, dirigida por renomados cientistas e especialistas em aeronáutica.

Enquanto sondas e rovers percorrem partes do sistema solar em busca de fósseis de micróbios antigos e astrônomos buscam as "assinaturas tecnológicas" em planetas distantes que indicariam a possível existência de civilizações inteligentes, esta é a primeira vez que a Nasa vai investigar fenômenos inexplicáveis nos céus de nosso próprio planeta.

Programados para começar no início do outono boreal, os trabalhos devem durar nove meses e produzir um relatório que deverá ser disponibilizado ao público.

Os objetivos são três: recolher dados que já existem, determinar os que faltam, qual é a melhor maneira de coletá-los, e decidir quais ferramentas serão necessárias para analisá-los no futuro.

"Hoje, temos um conjunto muito limitado destas observações", disse David Spergel, astrofísico que vai liderar o trabalho. "Isso dificulta na hora de tirar conclusões", considerou.

No entanto, segundo os especialistas da Nasa, existe uma montanha de dados de governos, empresas privadas, associações e inclusive indivíduos, mas que precisam ser reunidos. O orçamento destinado ao projeto não excederá os 100.000 dólares.

Em junho de 2021, a inteligência americana afirmou em um relatório que não havia evidência da existência de extraterrestres, mas reconheceu que dezenas de fenômenos presenciados por pilotos militares não podiam ser explicados.

De acordo com o Pentágono, os relatos de avistamentos de objetos não identificados nos céus aumentaram bastante nos últimos 20 anos.

"Não acredito que ninguém jamais olhou sistematicamente para fenômenos aéreos não identificados no passado", disse, nesta quinta, Daniel Evans, encarregado de coordenar a pesquisa para a agência espacial.

Contudo, "ao longo das décadas, a Nasa respondeu aos chamados para abordar alguns dos mistérios mais desconcertantes que conhecemos, e isso não é diferente".

A agência norte-americana Nasa anunciou nesta quarta-feira (1º) que concedeu contratos a duas empresas para o desenvolvimento da próxima geração de trajes espaciais para missões à Estação Espacial Internacional (ISS) e à Lua.

Os vencedores do Contrato de Serviços de Atividade Extraveicular (xEVAS) foram a Axiom Space, que organizou voos comerciais para a ISS e está trabalhando em sua própria estação espacial privada, e a Collins Aerospace.

"A história será feita com os trajes quando chegarmos à Lua. Teremos nossa primeira pessoa negra e nossa primeira mulher a usar e usar esses trajes no espaço", disse Vanessa Wyche, diretora do Centro Espacial Johnson da Nasa, em Houston, estado do Texas (sul).

Os valores dos contratos ainda não foram anunciados, mas estão limitados a US$ 3,5 bilhões combinados até 2034.

A Nasa pode acabar escolhendo as duas empresas, apenas uma, ou adicionar mais empresas posteriormente.

Os especialistas da agência norte-americana estabeleceram as normas técnicas exigidas das empresas responsáveis pelo projeto, certificação e produção dos trajes, bem como os equipamentos de apoio para as missões ISS e Artemis retornarem à Lua.

"O traje espacial existente tem sido o carro-chefe da agência por 40 anos", disse Dina Contella, gerente de integração de operações da ISS. No entanto, salientou que a nova geração destas roupas especiais será mais flexível, versátil e durável.

Existe um lenda antiga que afirma não haver som no espaço pelo fato de que a maior parte dele é essencialmente um vácuo, não fornecendo meio para a propagação das ondas sonoras. Mas a Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, não apenas desmistificou isso como conseguiu mixar o som provocado por buraco negro.

Os astrônomos descobriram que as ondas de pressão enviadas pelo buraco negro causavam ondulações no gás quente do aglomerado, que poderiam ser traduzidas em uma nota. Só que essa nota fica cerca de 57 oitavas abaixo do Dó maior, que é a base do sistema tonal, e que navega por frequências que o ouvido humano não consegue captar.

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Foi então que os pesquisadores do Observatório Chandra, da Nasa, conseguiram traduzir os dados astronômicos em som nos buracos negros do aglomerado de galáxias de Perseu e M87, que estão a uma distância de aproximadamente 240 milhões e 53 milhões de anos-luz da Terra, respectivamente. Segundo a Nasa, um aglomerado de galáxias possuem grandes quantidades de gás e isso fornece um meio para as ondas sonoras viajarem.

Em Perseu, as ondas sonoras foram identificadas pelos cientistas e tornadas audíveis pela primeira vez. Os pesquisadores ampliaram o tom da escala em 57 e 58 vezes acima do som original, para que pudesse ser ouvido pelos humanos. Isso implica dizer que o som ficou 144 quatrilhões e 288 quatrilhões de vezes mais alto que sua frequência original.

"A varredura semelhante a um radar ao redor da imagem permite que você ouça as ondas emitidas em diferentes direções. Na imagem visual desses dados, azul e roxo mostram dados de raios-X capturados pelo Chandra", explicou a Nasa.

A agência espacial dos EUA também conseguiu extrair som de outro famoso buraco negro, o Messier 87, ou M87. Ele é estudado pelos pesquisadores há décadas e ficou famoso com o lançamento de um projeto em 2019. "A região mais brilhante à esquerda da imagem é onde se encontra o buraco negro e a estrutura no canto superior direito é um jato produzido por ele. A sonificação varre a imagem de três camadas da esquerda para a direita, com cada comprimento de onda mapeado para uma gama diferente de tons audíveis. As ondas de rádio são mapeadas para os tons mais baixos, os dados ópticos para os tons médios e os raios X detectados pelo Chandra para os tons mais altos. A parte mais brilhante da imagem corresponde à parte mais alta da sonificação", disse a Nasa.

O estudo foi conduzido pela cientista Kimberly Arcand, do Observatório Chandra, pelo astrofísico Matt Russo e pelo músico Andrew Santaguida (ambos do projeto SYSTEMS Sound).

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O foguete com destino à Lua que está sendo testado pela Nasa retorna a seu hangar de construção para reparos na próxima semana, adiando a data de lançamento de uma missão não tripulada para o fim do verão boreal.

Desde o início de abril, a agência espacial tenta sem sucesso completar um ensaio geral do lançamento, incluindo o abastecimento com o combustível propulsor e uma contagem regressiva até os últimos 10 segundos antes da decolagem e sem ligar os motores.

No entanto, a equipe da Nasa encontrou vários problemas técnicos, entre eles um vazamento de hidrogênio líquido.

Uma válvula defeituosa impediu o preenchimento da parte superior, bloqueando o fornecimento do nitrogênio usado para expurgar o oxigênio do foguete antes da operação de abastecimento, por razões de segurança.

O foguete, de 98 metros de altura incluindo a cápsula Orion em sua ponta, começará em 26 de abril seu lento retorno a partir da plataforma 39B do centro espacial Kennedy ao prédio de montagem do veículo, onde ele será reparado.

Questionado sobre a data de lançamento da missão não tripulada Artemis 1, o alto funcionário Tom Whitmeyer disse que "a janela de início de junho seria um desafio".

A Nasa havia considerado um teste de voo para maio e há janelas de oportunidade em julho ou agosto. Porém, para aproveitá-las, depende de diversos fatores, como as posições relativas da Terra e da Lua, além do tempo que o foguete leva para voar em um eclipse, já que exige luz solar para manter sua regulação térmica.

O atraso da Artemis 1 terá um efeito dominó nas missões seguintes: Artemis 2, primeiro voo não tripulado ao redor da Lua, e Artemis 3, que terá a primeira mulher e a primeira pessoa negra a pousar no polo sul lunar.

A Nasa quer construir uma presença permanente na Lua e usá-la como campo de testes para as tecnologias necessárias para uma missão à Marte, prevista para depois de 2030.

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