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A Agência de Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA), nos Estados Unidos, vai enviar uma tripulação, em missão à lua, composta por quatro astronautas, sendo uma mulher e um homem negro. É a primeira vez na história da instituição que uma missão ao espaço não será composta apenas por homens brancos. A partida está programada para novembro de 2024, a bordo da Artemis II.

A missão de se aproximar da Lua é a também a primeira vez que será realizada desde a Apollo, em 1972. A tripulação é composta por Jeremy Hansen e Christina Hammock Koch, na função de especialistas de missão, Victor Glover, como piloto, e Reid Wiseman, como comandante.

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“Essa missão irá levar mais que astronautas. Ela irá levar a esperança de milhões de pessoas ao redor do mundo”, disse Bill Nelson, administrador-geral da Nasa. A viagem consiste em uma aproximação do satélite, porém a nave não entrará em órbita, nem fará pouso.

Até a decolagem da equipe, a cápsula Orion tem feito viagens à Lua com manequins para avaliar as condições e funcionalidades dos equipamentos que deverão ser utilizados pela equipe. As missões Artemis e Artemis II têm por objetivo explorar o satélite natural da Terra. A NASA prevê que seja possível, em poucas décadas, a exploração humana em Marte.

Para a diretora Vanessa Wyche, do NASA Johnson Space Center, a iniciativa poderá mudar o rumo da humanidade. “Esta missão abre caminho para a expansão da exploração humana do espaço profundo e apresenta novas oportunidades para descobertas científicas, comerciais, industriais e parcerias acadêmicas e a Geração Artemis", declarou.

Desde 2022, enxergando onde nenhum homem jamais esteve, o potente telescópio espacial James Webb, da NASA, registrou o VHS 1256 b, um planeta fora do sistema solar (exoplaneta) com nuvens arenosas e dois sóis. 

A revelação foi feita pela agência espacial na última quarta-feira (22) e é fruto de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Arizona, nos Estados Unidos. 

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Em resumo, o planeta está a cerca de 40 anos-luz de distância da Terra e orbita dois sóis em um período de 10 mil anos. As nuvens do planeta são de silicato, se agitam em temperaturas de até 830 °C e foram identificadas pelo telescópio James Webb por permanecerem mais altas na atmosfera do exoplaneta.

No VHS 1256 b também foi registrado água, metano e monóxido de carbono e dióxido de carbono (CO2). Segundo os pesquisadores, é o maior número de moléculas já identificado de uma vez em um planeta fora do Sistema Solar.

O exoplaneta também é considerado o objeto planetário com a maior variabilidade registrada, afinal, a sua atmosfera se move e se mistura constantemente durante um dia de 22 horas.

A Nasa e a empresa aeroespacial privada Axiom Space revelaram nesta quarta-feira (15) um protótipo da nova geração de trajes espaciais que serão usados pelos astronautas na próxima missão à Lua.

O traje, apresentado em um evento no Centro Espacial Johnson em Houston, Estados Unidos, oferece maior flexibilidade e proteção térmica do que o usado pelos astronautas da missão Apollo, que pousaram na Lua há mais de 50 anos.

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A vestimenta tem muitas camadas protetoras, uma mochila com sistemas de suporte vital, luzes e uma câmera de alta definição montada na parte superior de um capacete em forma de bolha.

O programa espacial americano Artemis busca voltar à Lua até o final de 2025, pela primeira vez desde o término das históricas missões Apollo em 1972. Um passo inicial para uma possível viagem a Marte.

A Axiom Space obteve um contrato de 228,5 milhões de dólares (cerca de 1,2 bilhão de reais) para projetar o traje, chamado oficialmente de Unidade de Mobilidade Extraveicular Axiom, para a missão Artemis III.

O chefe de engenharia da empresa, Jim Stein, vestiu o traje espacial nos escritórios da Nasa, moveu os braços e realizou agachamentos e flexões de joelhos para mostrar a ampla gama de movimentos que ele oferece.

O traje projetado por Stein estava coberto por uma camada preta com detalhes azuis e laranjas necessários para "ocultar o design patenteado", segundo a Axiom Space.

A versão final será branca, uma cor tradicionalmente usada para refletir o calor e proteger os astronautas das temperaturas no complexo ambiente lunar.

Na mochila descrita como um "sistema de suporte vital portátil", "estão todas as partes e componentes necessários para manter alguém vivo", disse Russell Ralston, subdiretor do programa de atividade extraveicular da Axiom Space.

É "como um tanque de oxigênio muito sofisticado e ar condicionado combinados em um único objeto", explicou.

Projetado para ser usado por até oito horas seguidas, o traje apresenta várias camadas: uma interna, denominada bexiga, que retém o ar no interior como se fosse um balão, e outra de contenção, que mantém sua forma.

Uma camada isolante, fabricada com diferentes tecidos, protege os astronautas das fortes flutuações de temperatura na Lua, enquanto a camada externa é projetada para resistir a rasgos e poeira.

- Fraldas -

A Artemis III está prevista para até o final de 2025, cerca de 12 meses após Artemis II, na qual quatro astronautas - três americanos e um canadense, que serão revelados em 3 de abril - voarão ao redor da Lua em uma espaçonave chamada Orion, sem pousar.

A primeira missão Artemis foi concluída em dezembro com o retorno à Terra de uma cápsula Orion não tripulada após uma jornada de 25 dias ao redor da Lua.

Os astronautas da Artemis III pousarão pela primeira vez no polo sul da Lua.

Nas missões Artemis, a Nasa planeja enviar uma mulher e uma pessoa não branca à Lua pela primeira vez. Apenas 12 pessoas, todos homens brancos, já pisaram na superfície lunar.

A agência espacial espera estabelecer uma presença duradoura na Lua para depois poder realizar uma longa viagem (de anos) até Marte.

Embora a Axiom Space descreva o traje espacial revelado na quarta-feira como "revolucionário", há uma coisa que não mudou desde a época da Apollo.

"Seguimos usando fraldas nos trajes espaciais", disse Ralston. "Sinceramente, são uma solução muito eficaz. Às vezes o simples é o melhor, e este é um desses casos."

A missão espacial Artemis 2, que pretende levar uma tripulação de astronautas à Lua pela primeira vez desde 1972, está programada para novembro de 2024, anunciou nesta terça-feira (7) a Nasa, agência espacial dos Estados Unidos.

Esse cronograma se deve ao sucesso da missão Artemis 1, concluída em dezembro após pouco mais de 25 dias no espaço.

A cápsula Orion, que sobrevoou sem ocupantes para seu primeiro voo de teste, foi impulsionada pelo novo foguete SLS - o mais potente do mundo - e foi colocada em órbita ao redor da Lua, antes de retornar à Terra.

A análise detalhada desta missão continua, disse em coletiva de imprensa o administrador associado da Nasa, Jim Free. Mas as primeiras avaliações permitem uma decolagem da segunda missão até "o final de novembro de 2024", acrescentou ele.

Para esta viagem, a Nasa deverá anunciar este ano os quatro tripulantes da Artemis 2, entre eles um canadense, que irão dar a volta ao redor do satélite sem pousar numa missão de cerca de dez dias.

"Estamos na busca pela tripulação da Artemis 2", afirmou Free. "No momento, não há nada que nos impeça depois do que aprendemos com a Artemis 1."

Depois virá a missão Artemis 3, prevista para cerca de 12 meses após a Artemis 2, em que os astronautas pousarão no polo sul da Lua e que ainda está oficialmente prevista para 2025, embora seja um calendário incerto.

"Nosso plano sempre foi de 12 meses, mas há desdobramentos importantes que precisam acontecer", alertou Free.

O módulo de pouso será uma versão da nave Starship da SpaceX, mas seu primeiro voo orbital ainda não ocorreu, enquanto os trajes espaciais ainda estão em desenvolvimento pela empresa Axiom Space.

O objetivo da Nasa é estabelecer uma presença permanente na Lua, com a construção de uma base e uma estação espacial orbitando o satélite.

Aprender a viver na Lua deve permitir testar as tecnologias necessárias para uma viagem ainda mais longa, como a ida e volta de uma tripulação a Marte.

No espaço desde 2022, o telescópio espacial James Webb confirmou a presença de um exoplaneta quase do tamanho da Terra, a 41 anos-luz do nosso planeta. O corpo celeste foi categorizado como LHS 475 b e os primeiros estudos foram divulgados em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (12) (via ESA).

A definição “exoplaneta” corresponde aos planetas localizados fora do nosso Sistema Solar. As leituras fornecidas pelo James Webb revelam que o LHS 475 b completa uma órbita ao redor da sua estrela em apenas dois dias, e está mais próxima da estrela própria do que qualquer planeta em relação ao nosso Sol.

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Diretor da divisão de astrofísica da NASA, Mark Clampin explica a importância da descoberta:

“Esses primeiros resultados observacionais de um planeta rochoso de tamanho similar à Terra abrem as portas para muitas possibilidades de estudos desses corpos celestes com o Webb. O telescópio nos deixa cada vez mais próximos de entender novos mundos fora do nosso Sistema Solar, e a missão está apenas começando.”

Os cientistas agora trabalham para estudar a fundo as leituras apresentadas pelo Webb, que podem revelar detalhes da formação do novo planeta, além da presença ou não de uma atmosfera.

 

Um novo planeta, fora do Sistema Solar, foi identificado por cientistas com base em dados usados da missão Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), com capacidade para detectar novos planetas. Este é o segundo mundo com tamanho semelhante ao da Terra do sistema planetário, segundo a agência americana.

Identificado como TOI 700 e, o planeta orbita dentro da chamada zona habitável otimista - a faixa de distâncias onde a água líquida pode ocorrer na superfície de um planeta. Está a cerca de 100 anos-luz da Terra e tem 95% de seu tamanho, sendo provavelmente rochoso.

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"Os cientistas definem a zona habitável otimista como o intervalo de distâncias onde a água líquida da superfície pode estar presente em algum momento da história de um planeta", segundo informações da Nasa.

Anteriormente ao TOI 700 e, os astrônomos descobriram três planetas neste sistema TOI 700, chamados TOI 700 b, c e d. O planeta d também orbita na zona habitável. O TOI 700 e leva 28 dias para orbitar sua estrela, colocando o planeta e entre os planetas c e d na chamada zona habitável otimista.

Em 2020, a equipe anunciou a descoberta do planeta d, do tamanho da Terra e zona habitável, que está em uma órbita de 37 dias, junto com outros dois mundos.

"É um dos poucos sistemas com vários planetas pequenos e de zona habitável que conhecemos", afirma Emily Gilbert, pós-doutoranda do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa no sul da Califórnia, que liderou o trabalho.

"Isso torna o sistema TOI 700 uma perspectiva interessante para acompanhamento adicional. O planeta 'e' é cerca de 10% menor que o planeta ''d, então o sistema também mostra como as observações adicionais do Tess nos ajudam a encontrar mundos cada vez menores", afirmou.

O resultado da descoberta de sua equipe foi apresentado na terça-feira, 10, na 241ª reunião da American Astronomical Society (Sociedade Astronômica Americana), em Seattle (EUA). Um artigo sobre o planeta recém-descoberto será publicado no jornal The Astrophysical Journal Letters.

De acordo com a Nasa, o TOI 700 é uma pequena e fria estrela anã vermelha localizada a cerca de 100 anos-luz de distância na constelação Dorado.

"O planeta mais interno, TOI 700 b, tem cerca de 90% do tamanho da Terra e orbita a estrela a cada 10 dias. O TOI 700 c é 2,5 vezes maior que a Terra e completa uma órbita a cada 16 dias", acrescenta a Nasa.

Monitoramento

O TESS monitora grandes áreas do céu, chamadas setores, por aproximadamente 27 dias por vez. "Esses longos olhares permitem que o satélite rastreie as mudanças no brilho estelar causadas por um planeta passando na frente de sua estrela de nossa perspectiva, um evento chamado de trânsito", de acordo com a Nasa.

A missão usou essa estratégia para observar o céu do sul a partir de 2018, antes de se voltar para o céu do norte. Em 2020, voltou ao céu do sul para observações adicionais.

"Se a estrela estivesse um pouco mais próxima ou o planeta um pouco maior, poderíamos ter conseguido identificar o TOI 700 e no primeiro ano de dados do TESS", disse Ben Hord, pesquisador graduado no Goddard Space Flight Center da Nasa em Greenbelt, Maryland (EUA).

"No entanto, o sinal era tão fraco que precisávamos de um ano adicional de observações de trânsito para identificá-lo", afirma. O TESS acaba de completar seu segundo ano de observações do céu do norte. "Estamos ansiosos pelas outras descobertas emocionantes escondidas no tesouro de dados da missão", diz Allison Youngblood, astrofísica pesquisadora e vice-cientista do projeto Tess em Goddard.

O estudo de acompanhamento do sistema TOI 700 com observatórios espaciais e terrestres está em andamento e pode fornecer mais informações sobre esse sistema raro. Além disso, tais descobertas também ajudam os cientistas planetários a aprenderem mais sobre a história do nosso próprio sistema solar, conforme a Nasa.

Uma ideia que, a princípio, parece absurda, a partir de 2045 poderá começar a se tornar realidade: a criação de um elevador espacial que, aproveitando a força centrífuga da rotação da Terra, manterá esticado um cabo de 100 mil quilômetros, de forma a viabilizar o primeiro elevador espacial da História. Se tudo der certo, entre os colaboradores deste fantástico empreendimento estará o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O pedido para participação no empreendimento já foi apresentado pelo Inmet à agência espacial norte-americana (Nasa) e à empresa japonesa Obayashi. A China também desenvolve pesquisas visando o desenvolvimento de uma estrutura desse tipo. Os estudos atuais abrangem conceitos, construção, implantação e operação do elevador. Segundo o Inmet, um projeto dessa magnitude possibilitaria, ao Brasil, “um grande salto” econômico, social e tecnológico.

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Vantagens

Entre as vantagens projetadas estão a redução do custo de envio de cargas úteis para o espaço; a possibilidade de transporte diário e em quantidade ilimitada de qualquer material ao espaço; a criação de novas estações espaciais; lançamento de estruturas frágeis, como satélites de energia solar para o fornecimento de energia limpa e renovável; pontos “insuperáveis” de observação da Terra para aplicações militares e de inteligência; e avanços nas áreas de telecomunicações, meteorologia e meio ambiente.

No caso específico da área de atuação do Inmet, além de possibilitar o envio de novos satélites meteorológicos ao espaço (ampliando a capacidade de monitoramento da atmosfera), o elevador espacial auxiliará na cobertura de áreas remotas sobre oceanos e continentes, e favorecerá “de maneira significativa”, o desenvolvimento da agricultura brasileira.

“Em resumo, o elevador será uma estrutura de transporte permanente alternativo para o espaço com pegada de carbono zero, podendo movimentar milhões de toneladas de carga com abordagem ambiental neutra, além de permitir missões ambientais significativas que vão melhorar o meio ambiente da Terra”, informou o Inmet.

Cabo

Para facilitar a compreensão dessa estrutura, basta entender que o elevador espacial é uma espécie de teleférico vertical ligado a um cabo sob tensão. Com a rotação da Terra, ele se manteria esticado em um procedimento similar ao que se tem ao amarrar uma pedra em uma linha e girá-la.

“Os estudos mais avançados sobre o tema defendem a instalação de uma estação base na superfície terrestre, onde o cabo ficaria preso e se estenderia até 100 mil quilômetros (km) de altitude. Com isso, uma das pontas permaneceria fixa à base, enquanto a outra continuaria flutuando no espaço presa a um contrapeso, o que manteria o cabo sempre esticado ao seguir o movimento de rotação do planeta. Isso porque as forças concorrentes da gravidade na extremidade inferior e a aceleração centrífuga na extremidade mais distante mantêm o cabo sob tensão e estacionário em uma única posição na Terra”, explicou, em nota, o Inmet.

Segundo o instituto, a estação base, chamada de âncora, ficará provavelmente instalada em alto mar, no Atlântico Sul, próximo à linha do Equador, onde não há registros de tempestades e raios.

Estações

De acordo com os pesquisadores, os elevadores poderão, ao longo do percurso de 100 mil km, fazer “paradas estratégicas nas órbitas da Terra, onde, inclusive, deverão ser instaladas estações espaciais com inúmeras finalidades”.

Foguetes e naves espaciais poderão ser lançados aproveitando essa estrutura. Para suportar tamanho peso, o material a ser utilizado será “altamente resistente e de baixíssima densidade”.

Um dos materiais indicados é o monocristal de grafeno (composto por seis carbonos ligados infinitamente), também chamado de “folha de grafeno”, que é cerca de 100 vezes mais forte do que o aço, sendo capaz de suportar temperaturas extremas, ventos fortes, radiação e meteoritos.

De acordo com os estudos iniciais, o cabo poderá ser escalado por “meios mecânicos (ascensores por tração) para a órbita da Terra usando um sistema de feixe de energia a laser que atingirá os painéis fotovoltaicos dos ascensores e energizará um motor elétrico”. A instalação do elevador poderá ser feita em várias etapas e com a ajuda de grandes foguetes convencionais e estruturas de espaçonaves.

“Na etapa inicial, o transporte de todo o cabo de 100 mil km seria feito até a órbita terrestre baixa, onde os satélites estão abaixo de 2 mil km. Neste ponto, a espaçonave seria montada e, em seguida, subiria com o cabo até a órbita geossíncrona (35.800 km de altitude ou cerca de um quarto da distância até a Lua). De lá, iniciaria o desdobramento de ambas extremidades do cabo até a inferior atingir a superfície da Terra e a superior atingir a altura de 100 mil km. O contrapeso na ponta superior seria um conjunto formado pela espaçonave e ascensores, que, posteriormente, reforçariam o cabo”, detalhou o Inmet.

A missão Artemis I da agência espacial americana (Nasa) será concluída neste domingo (11) com a descida e aterrissagem da nave espacial Orion no Oceano Pacífico, às 14h39 (horário de Brasília), após uma jornada de 25,5 dias no espaço e 2,1 milhões de quilômetros ao redor da Lua. A chegada ocorre perto da ilha de Guadalupe, na costa da Baixa Califórnia, no México.

A Artemis I é a primeira série de missões que têm o objetivo de construir uma presença humana de longo prazo na Lua nas próximas décadas, informa a Nasa. A equipe de recuperação de sistemas terrestres de exploração do Kennedy Space Center da Nasa na Flórida, junto à Marinha dos EUA, recuperará a espaçonave. Haverá uma cobertura ao vivo para o evento, que começa às 13h do horário de Brasília, disponível neste link.

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Orion, uma nave espacial não tripulada, foi lançada a bordo do foguete do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) no dia 16 de novembro do Complexo de Lançamento 39B no Centro Espacial Kennedy da Nasa. A missão Artemis I é o primeiro teste integrado dos sistemas de exploração do espaço profundo da agência espacial.

Confiança para missões à Lua

As informações preliminares da missão Artemis I dão confiança para missões mais complexas, como a de levar astronautas à Lua em 2025, afirma Rosa Ávalos-Warren, engenheira aeroespacial da Nasa e gerente de missão da Rede de Comunicações e Rastreio para Voos Espaciais Tripulados. O objetivo da missão é justamente colocar à prova todas as naves e sistemas envolvidos.

"Todas essas diferentes fases tiveram que funcionar juntas para poder enviar Orion em uma boa trajetória para chegar à Lua e tudo foi realizado com sucesso", disse a engenheira. "Atualmente, estamos a caminho de ter uma missão totalmente bem-sucedida com alguns objetivos adicionais que alcançamos ao longo do caminho", disse o gerente da missão Artemis I, Mike Sarafin, durante uma teleconferência.

Agora, resta estudar os dados que a Orion traz para conseguir "uma determinação mais específica" quanto à confirmação das datas de lançamento das missões seguintes, a Ártemis II e a Artemis III, ambas tripuladas, "sempre com a segurança dos astronautas como prioridade número um", ressalta Rosa.

O plano da Nasa é realizar a missão Artemis II em 2024 e no ano seguinte a Artemis III, em que os astronautas tocariam o solo do satélite pela primeira vez desde 1972, quando foram enviados astronautas à Lua na missão Apollo XVII.

(Com informações da Nasa e EFE)

Desde que o homem pisou na Lua, em 1969, a grande questão espacial passou a ser se o homem poderia viver fora da Terra. Agora, pouco mais de 50 anos depois, isso pode se tornar realidade. Em entrevista à BBC, Howard Hu, alto funcionário da Nasa e líder do programa aeroespacial Orion, disse que a Missão Artemis prevê que astronautas passem a viver por longos períodos na Lua a partir dos próximos anos.

Segundo Hu, o lançamento do foguete Artemis I, na última quarta-feira (16), foi um "dia histórico para o voo espacial humano" porque representou um avanço em relação à criação de hábitats lunares - que a princípio servirão de base de apoio a missões científicas.

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O foguete transportou a espaçonave Orion, que atualmente está a cerca de 134 mil quilômetros da Lua, junto a um "manequim" capaz de registrar os impactos da viagem no corpo humano. Se o voo for bem-sucedido e os registros mostrarem que a viagem é segura para o ser humano, o plano é ter humanos vivendo na Lua "nesta década".

Na semana passada, o Estadão entrevistou uma cientista brasileira envolvida no projeto. "Quando você tem humanos a bordo é muito perigoso estar no espaço por muito tempo, então, um foguete possante (como o Artemis I) pode reduzir o tempo necessário para chegar, digamos, a Marte ou a qualquer outro lugar. Estou esperando, agora, principalmente, a Artemis III, que vai levar humanos de volta à Lua", disse Rosaly Lopes.

O objetivo é que no terceiro foguete da Missão Artemis os astronautas pousem na Lua - o que não acontece desde a Apollo 17, em dezembro de 1972. À BBC, Hu disse que esse "é o primeiro passo que estamos dando para a exploração do espaço profundo a longo prazo, não apenas para os Estados Unidos, mas para o mundo".

Missão Artemis

O foguete Artemis I, de 100 metros de altura, decolou do Centro Espacial Kennedy, no Cabo Canaveral da Ilha Merritt, nos Estados Unidos. Foi a terceira tentativa de lançamento e primeira a ser bem-sucedida - a Nasa tentou a decolagem em agosto e setembro, mas teve que abortar a missão ainda na contagem regressiva por conta de problemas técnicos.

Segundo Hu, a missão atual está indo bem, com todos os sistemas funcionando. Por isso, nesta segunda-feira, 21, a equipe deve fazer um segundo disparo dos motores da Orion, conhecidos como queima.

Um dos objetivos desse retorno do homem à Lua é descobrir se há água no polo sul do satélite. Se sim, será possível produzir combustível para naves que irão mais fundo no espaço, como as que vão até Marte.

"Vamos enviar pessoas para a superfície (da Lua) e elas vão viver nessa superfície e fazer ciência. As missões Artemis nos permitem ter uma plataforma sustentável e um sistema de transporte que nos permite aprender a operar nesse ambiente de espaço profundo", disse Hu à BBC. "Será realmente muito importante para nós aprendermos um pouco além da órbita da nossa Terra e depois dar um grande passo quando formos a Marte."

Desafio no retorno

Um dos maiores desafios da missão Artemis I e motivo de preocupação dos cientistas é quanto ao retorno da cápsula Orion à Terra, o que deve acontecer em 11 de dezembro. A nave entrará novamente na atmosfera do planeta a 38.000 km/h - o que equivale a 32 vezes a velocidade do som. Além disso, o escudo em sua parte inferior será submetido a temperaturas próximas a 3.000°C, o que pode trazer risco à segurança do equipamento espacial.

Chegou a hora da terceira tentativa. O lançamento do novo megafoguete da Nasa, como parte da missão Artemis 1 de volta à Lua, está programado para finalmente ocorrer à noite entre terça e quarta-feira, na Flórida.

O primeiro voo do foguete SLS, o mais potente do mundo, está marcado para quarta-feira (16) às 01h04 locais (03h04 no horário de Brasília), com uma janela de lançamento de duas horas.

O clima promete ajudar, com 90% de chance de estar favorável. "Nossa hora chegará e esperamos que seja quarta-feira", disse o gerente da missão, Mike Sarafin, na segunda-feira. Ele também elogiou "a perseverança" de suas equipes após duas tentativas de decolagem fracassadas devido a dois furacões.

Cinquenta anos após a última missão Apollo, este voo de teste não tripulado, que sobrevoará a Lua sem pousar em sua superfície, busca confirmar se o veículo é seguro para uma futura tripulação.

Espera-se que este mesmo foguete leve a primeira mulher e a primeira pessoa negra à Lua. Embora seja um lançamento noturno, cerca de 100.000 pessoas devem admirar o espetáculo, principalmente das praias vizinhas.

As complexas operações de reabastecimento de combustível começarão na tarde desta terça-feira no Centro Espacial Kennedy e serão lideradas por Charlie Blackwell-Thompson, a primeira diretora de lançamento da Nasa.

O foguete laranja será preenchido com 2,7 milhões de litros de oxigênio líquido e hidrogênio. Durante o verão boreal, um vazamento de hidrogênio fez com que a segunda tentativa fosse cancelada de última hora.

Desde então, os procedimentos foram modificados e verificados com sucesso por meio de um teste.

O primeiro cancelamento teve a ver com um sensor defeituoso.

Funcionários da Nasa insistem que esses problemas são normais para uma nova espaçonave, sobre a qual suas equipes estão aprendendo.

- Missão de 25 dias -

Após os problemas técnicos, dois furacões ameaçaram o foguete em tentativas separadas.

O foguete SLS de 98 metros de altura teve que ser devolvido ao seu prédio de montagem a poucos quilômetros de distância no final de setembro para protegê-lo do furacão Ian, adiando a decolagem por várias semanas.

Então, quando já estava em sua plataforma de lançamento, enfrentou os ventos do furacão Nicole há menos de uma semana.

A tempestade causou danos a uma fina camada de selante no topo do foguete, mas a Nasa considerou o risco mínimo na segunda-feira.

Ao todo, o programa está vários anos atrasado e tornou-se imperativo para a Nasa concluir com sucesso a missão bilionária. Se a decolagem ocorrer nesta quarta-feira, a missão duraria um total de 25 dias e meio, com pouso no Oceano Pacífico em 11 de dezembro.

Depois de duas tentativas fracassadas, a Nasa faz os ajustes finais para o lançamento de seu megafoguete à Lua, programado para a quarta-feira (16) na Flórida, que marcará o início do novo programa insígnia da agência espacial americana, Artemis.

Cinquenta anos após o último voo da espaçonave Apollo, a Nasa espera agora estabelecer uma presença humana duradoura na Lua a fim de se preparar para futuras viagens a Marte.

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A missão Artemis 1, um voo de teste não tripulado, é a primeira etapa.

O lançamento do foguete SLS, que deve se tornar o mais potente do mundo, está marcado para as 01h04 locais (03h04 de Brasília) de quarta-feira, com uma possível janela de lançamento de duas horas.

A contagem regressiva já recomeçou no Centro Espacial Kennedy, no estado da Flórida (sudeste dos Estados Unidos), onde a enorme nave laranja e branca aguarda pacientemente por seu voo inaugural.

A decolagem está programada para menos de uma semana após a passagem do furacão Nicole, quando o foguete foi atingido por fortes ventos em sua plataforma de lançamento.

O lançamento, porém, aguarda a confirmação em uma reunião final marcada para hoje: os encarregados da missão devem determinar o risco associado ao furacão, que danificou uma fina camada de selante na altura da cápsula Orion, localizada na parte superior do foguete.

O objetivo é avaliar se esse material corre o risco de se desprender no momento da decolagem e, portanto, representar um possível problema.

Duas datas alternativas estão previstas para o lançamento: 19 e 25 de novembro.

Mas Mike Sarafin, encarregado da missão, mostrou-se otimista no domingo à noite: "Tenho um bom pressentimento sobre esta tentativa em 16 de novembro", disse em entrevista coletiva.

- Tempo favorável -

Pela primeira vez, o clima promete ser ameno, com 90% de chances de tempo favorável durante a janela de lançamento.

No final de setembro, o foguete teve que ser devolvido ao hangar de montagem para protegê-lo de outro furacão, Ian, que atrasou a decolagem por várias semanas.

Antes desses contratempos climáticos, outras duas tentativas de lançamento falharam poucas horas antes da contagem regressiva.

O primeiro cancelamento se deveu a um sensor com defeito e o segundo a um vazamento de combustível durante o abastecimento dos tanques do foguete.

Desde então, a Nasa substituiu uma seção selada e modificou seus procedimentos para evitar o choque térmico tanto quanto possível. Um novo teste foi realizado com sucesso no final de setembro.

As operações de abastecimento devem começar na tarde de terça-feira, sob as ordens de Charlie Blackwell-Thompson, a primeira diretora de lançamento da Nasa.

- Rumbo a Marte -

Cerca de 100.000 pessoas são esperadas ao longo da costa para acompanhar esta decolagem noturna, durante a qual o foguete promete iluminar o céu com uma enorme bola de fogo.

A cápsula Orion será impulsionada por dois propulsores e quatro motores potentes abaixo da seção principal, que vão se separar alguns minutos depois. Depois de um último empuxo da parte superior, a cápsula estará a caminho da Lua e demorará vários dias para chegar ao satélite natural da Terra.

A cápsula não vai pousar lá, mas entrará em uma órbita distante, aventurando-se a se posicionar inclusive 64.000 km atrás da Lua, mais longe do que qualquer outra espaçonave tripulada até hoje.

A cápsula iniciará, então, seu retorno à Terra. Seu escudo térmico, o maior já construído, terá que resistir a uma temperatura equivalente à metade daquela na superfície do Sol ao atravessar a atmosfera.

Se o lançamento ocorrer nesta quarta-feira, a missão durará no total 25 dias e meio, com pouso no Oceano Pacífico no dia 11 de dezembro.

O sucesso desta missão é crucial para a Nasa, que desenvolve o foguete SLS há mais de uma década com investimento de mais de US$ 90 bilhões em seu novo programa lunar até o final de 2025, de acordo com uma auditoria pública.

Após esta primeira missão, Artemis 2 levará astronautas à Lua em 2024, mas sem pousar ainda. Essa honra será reservada para a tripulação do Artemis 3, prevista no mínimo para 2025.

O nome Artemis foi tomado de uma figura mitológica feminina, irmã gêmea do deus grego Apolo, fazendo eco do programa Apolo, que enviou 12 homens à superfície lunar entre 1969 e 1972.

A Nasa pretende desta vez enviar a primeira mulher e a primeira pessoa negra ao satélite natural.

A agência espacial americana pretende, então, iniciar a construção de uma estação espacial orbital ao redor da Lua e uma base em sua superfície.

O Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs) está promovendo o "SENAI: Futuros Espaciais". A iniciativa tem como objetivo aumentar o interesse dos jovens pela ciência e estimular o desenvolvimento do setor aeroespacial.  

O evento será realizado nos dias 3 e 4 de novembro, em parceria com a National Aeronautics and Space Administration (NASA), a agência espacial americana, com transmissão ao vivo pelo YouTube do SENAI Pernambuco.  

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As inscrições para pesquisadores e empresários é gratuita e pode ser feitas através da plataforma SENAI. As vagas para escolas já foram encerradas. 

O evento conta com diversas palestras sobre importantes iniciativas que a NASA está desenvolvendo, tais como o lançamento do satélite SPORT (Scintillation Prediction Observations Research Task), o Heliophysics Big Year e o Programa Artemis, que irá enviar a primeira mulher e a primeira pessoa negra para a lua em 2024.  

Também farão parte do encontro a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que apresentarão suas participações no desenvolvimento do SPORT e uma visão geral das atividades espaciais que estão sendo desenvolvidas no Brasil. 

O evento contará com o Dr. Jim Spann, cientista líder em Clima Espacial na NASA; Dra. Shelia Nash-Stevenson, engenheira da NASA e gerente do projeto SPORT; Pedro Cabral, natural de Recife, engenheiro do ITA e do projeto SPORT; e Denise Hill, Comunicações e Liderança de Divulgação da NASA.

Confira o cronograma:

DIA 1 (03/11) 

O primeiro dia é destinado a jovens estudantes de escolas públicas e privadas e acontecerá na Concha Acústica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A agenda da manhã será voltada para estudantes do ensino fundamental, e a da tarde para estudantes do ensino médio.  

DIA 2 (04/11) 

O segundo dia será direcionado para estudantes universitários, pesquisadores (manhã) e empresários do setor industrial (tarde). O evento acontecerá na Casa da Indústria, em Santo Amaro.  

"O foco neste momento será discutir a cooperação acadêmica e industrial no setor espacial entre o Brasil e os Estados Unidos, a troca de experiências relacionadas ao desenvolvimento do satélite SPORT, as alternativas de pesquisa e promoção do desenvolvimento para o setor e a importância do setor para a economia nacional", explica o Diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI Pernambuco, Oziel Alves.

Os cientistas da Nasa que estudam Marte tiveram uma grata surpresa ao perceberem o impacto de um meteorito sobre o Planeta Vermelho.

O fenômeno foi registrado em 24 de dezembro de 2021, quando o impacto causou solavancos de magnitude 4 na superfície marciana, detectados graças à sonda Insight e a seu sismômetro, que pousou em Marte há quase quatro anos, a cerca de 3.500 km do local do impacto.

A origem desse tremor marciano só foi confirmada quando a sonda chamada Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), em órbita ao redor do planeta, captou imagens da cratera recém-formada, menos de 24 horas depois.

A imagem mostra blocos de gelo que foram projetados na superfície e uma cratera de cerca de 150 metros de diâmetro e 20 metros de profundidade, a maior já observada desde o início das operações da MRO, há 16 anos.

Embora os impactos de meteoritos não sejam raros em Marte, "nunca teríamos pensado em presenciar algo tão grande", disse nesta quinta-feira em entrevista coletiva Ingrid Daubar, da equipe de missões da sonda Insight e da MRO.

Os pesquisadores estimam que o meteorito devia ter 12 metros, com o que na Terra teria se desintegrado na atmosfera. “É simplesmente o maior impacto de meteorito na superfície já ouvido desde que a ciência conta com sismógrafos ou sismômetros", explicou à AFP o professor de planetologia Philippe Lognonné, que participou de dois estudos resultantes dessas observações publicados nesta quinta-feira na revista "Science".

A Nasa também divulgou uma gravação de áudio do sismo, obtida por meio da aceleração das vibrações captadas pelo sismógrafo para torná-las audíveis.

A presença de gelo, em particular, foi descrita como surpreendente por Ingrid Daubar. "É o ponto mais quente de Marte, o mais próximo do Equador onde já foi visto gelo". Também é de interesse científico para o estudo do clima marciano, uma vez que a presença de gelo nessa latitude poderia ser muito útil para futuros exploradores, explicou Lori Glaze, diretora de ciências planetárias da Nasa.

As informações coletadas devem permitir refinar o conhecimento sobre o interior de Marte e a história da sua formação.

A sonda Insight detectou no total mais de 1.300 tremores em Marte, alguns deles causados por meteoritos menores, e os dados coletados serão usados por cientistas de todo o mundo por muitos anos.

O telescópio espacial James Webb capturou os icônicos "Pilares da Criação", enormes estruturas de gás e poeira repletas de estrelas - uma imagem tão "majestosa" quanto se poderia esperar, afirmou a NASA (agência espacial americana) nesta quarta-feira (19).

Os "Pilares da Criação" estão localizados a 6.500 anos-luz da Terra, na Nebulosa da Águia da galáxia terrestre, a Via Láctea.

O cintilar de milhares de estrelas ilumina a primeira foto do telescópio James Webb dessas gigantescas colunas em marrom e laranja, alçadas ao meio do cosmos.

Nas extremidades de vários pilares, há manchas vermelhas brilhantes, que parecem lava.

"Estas são ejeções de estrelas que ainda estão se formando", de apenas algumas centenas de milhares de anos, disse a agência espacial dos Estados Unidos em um comunicado.

Essas "estrelas jovens lançam, periodicamente, jatos supersônicos que se chocam com nuvens de material, como esses grossos pilares", explicou.

Os "Pilares da Criação" ficaram famosos, graças ao telescópio espacial Hubble, que os captou pela primeira vez em 1995 e, depois, em 2014.

Agora, com as capacidades de infravermelho do James Webb, o telescópio mais potente e moderno do mundo lançado ao espaço há menos de um ano, pode-se ver através da opacidade dos pilares, revelando a formação de muitas estrelas novas.

"A pedido popular, tivemos de fazer os Pilares da Criação" com o James Webb, tuitou hoje Klaus Pontoppidan, gerente do programa científico do Instituto de Ciências do Telescópio Espacial (STScI), que opera o Webb de Baltimore.

"Há tantas estrelas!", acrescentou.

Em um tuíte, a astrofísica da NASA Amber Straughn resumiu: "O universo é lindo!".

A imagem, que cobre uma área de em torno de oito anos-luz, foi tirada pelo gerador de imagens NIRCam do Webb, que captura comprimentos de onda do infravermelho próximo, invisíveis ao olho humano. As cores da imagem foram "traduzidas" em luz visível.

Segundo a NASA, a nova imagem “ajudará os pesquisadores a renovar seus modelos de formação de estrelas, ao identificar contagens muito mais precisas de estrelas recém-formadas, junto com as quantidades de gás e poeira na região”.

Em funcionamento desde julho, o James Webb está fazendo suas observações a 1,5 milhão de quilômetros da Terra. Um dos principais objetivos deste telescópio de US$ 10 bilhões é estudar o ciclo de vida das estrelas. Outra linha principal de investigação é o estudo dos exoplanetas, ou seja, planetas fora do sistema solar da Terra.

Duas semanas após a colisão da sonda espacial enviada pela agência espacial norte-americana com um mini asteroide, a NASA confirmou nesta quinta-feira (13) o sucesso da missão DART. As informações foram divulgadas após uma análise minuciosa dos dados da operação, que confirmaram uma mudança na trajetória do corpo celeste.

No site oficial da agência espacial, os astrônomos explicaram que houve uma redução de 32 minutos no tempo total da órbita do asteroide conhecido como Dimorphos com o asteroide maior Didymos. Esta mudança no tempo de órbita se mostrou o suficiente para desviar a trajetória de uma possível colisão.

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É importante ressaltar que a missão era um teste para um novo sistema de defesa no caso de um asteroide entrar em rota de colisão com a Terra. Logo, os fascinados por astronomia podem respirar com alívio, pois mesmo se a missão tivesse falhado, o asteroide de testes Dimorphos está bem distante da linha de colisão com nosso planeta.

A missão teve seu início no último dia 26 de setembro e teve como plano central a colisão de uma sonda espacial com o asteroide, com o objetivo de alterar a trajetória do corpo celeste. Todo o processo foi divulgado e transmitido ao vivo pela NASA.

 

A Nasa e a SpaceX decidiram estudar a viabilidade de outorgar à empresa de Elon Musk um contrato para impulsionar o telescópio espacial Hubble a uma órbita mais alta, com o objetivo de estender sua vida útil, disse nesta quinta-feira (29) a agência espacial americana.

O renomado observatório opera desde 1990 a cerca de 540 quilômetros da Terra, uma órbita que decai lentamente com o tempo.

O Hubble carece de propulsão a bordo para combater a pequena mas notável resistência atmosférica nessa área do espaço, e sua altitude foi anteriormente restabelecida durante missões do ônibus espacial.

O novo projeto envolveria uma cápsula SpaceX Dragon. “Há uns meses, a SpaceX abordou a Nasa com a ideia de estudar se uma tripulação comercial poderia ajudar a impulsionar nossa nave espacial Hubble”, afirmou a jornalistas o cientista-chefe da Nasa, Thomas Zurbuchen, e acrescentou que a agência havia aceitado o estudo sem custos.

Zurbuchen ressaltou, porém, que não há planos concretos no momento de conduzir ou financiar uma missão como essa até que se compreenda melhor seus desafios técnicos.

A SpaceX propôs a ideia em parceria com o Programa Polaris, uma empresa privada de voos espaciais tripulados dirigida pelo bilionário Jared Isaacman, que no ano passado alugou uma nave Dragon, da SpaceX, para orbitar a Terra com outros três astronautas privados.

Em resposta a um repórter que perguntou se poderia haver uma percepção de que a missão foi concebida para dar aos ricos tarefas no espaço, Zurbuchen respondeu: “Acredito que é apropriado que a consideremos devido ao tremendo valor que esse ativo de pesquisa tem para nós.”

Possivelmente um dos instrumentos mais valiosos da história científica, o Hubble continua fazendo importantes descobertas, incluindo a detecção, este ano, da estrela individual mais longe já vista, Eärendel, cuja luz levou 12,9 bilhões de anos para chegar à Terra.

Atualmente, o telescópio tem previsão de permanecer em operação ao longo desta década, com 50% de chances de sair de órbita em 2037, segundo Patrick Crouse, gerente de projeto do Hubble.

A primeira decolagem do megafoguete da Nasa à Lua continua acumulando dificuldades. Após duas tentativas frustradas por problemas técnicos, o novo teste da missão Artemis 1, previsto para a próxima terça-feira, está ameaçado por uma tempestade que se forma no Caribe.

A "depressão tropical número nove" ainda não tem nome, mas está localizada neste momento abaixo da República Dominicana. Deve se transformar nos próximos dias em furacão, antes de subir pelo Golfo do México até a Flórida, onde fica o Centro Espacial Kennedy, de onde o foguete deve decolar.

A Nasa monitora cada boletim meteorológico. "Provavelmente tomaremos uma decisão no mais tardar neste sábado", disse Mike Bolger, representante do centro Kennedy.

Caso não decole, o foguete SLS perderá a janela de lançamento atual, que vai até 4 de outubro. O próximo período vai de 17 a 31 de outubro, com possibilidade de decolagem diária (exceto de 24 a 26 e em 28 de outubro).

Um teste em terra do novo megafoguete da Nasa, destinado a verificar o sucesso dos reparos feitos após duas tentativas fracassadas de decolagem há algumas semanas, foi realizado com êxito nesta quarta-feira (21) na Flórida, anunciou a agência espacial dos Estados Unidos.

“Foram cumpridos todos os objetivos propostos”, declarou Charlie Blackwell-Thompson, diretora de lançamento da missão Artemis 1, que será a primeira do programa a levar os americanos de volta à Lua.

No início de setembro, a decolagem do foguete SLS, o mais potente já construído, precisou ser cancelada de última hora devido a um vazamento observado na drenagem de seus tanques com combustível criogênico.

O hidrogênio líquido, que forma esse tipo de combustível junto com o oxigênio, é altamente inflamável, portanto, esses vazamentos devem ser evitados a todo custo.

Desde então, a Nasa realizou reparos e o teste desta quarta incluiu o reabastecimento dos tanques de combustível.

Durante as operações, houve mais uma vez um pequeno vazamento de hidrogênio, mas foi controlado pelas equipes da agência.

Na semana passada, a Nasa disse que tinha como meta para a próxima tentativa de lançamento o dia 27 de setembro, em menos de uma semana, mas também indicou uma data alternativa, 2 de outubro.

“As equipes avaliaram os dados dos testes, assim como as condições meteorológicas e outros fatores, antes de confirmar que tudo está pronto para a próxima oportunidade de lançamento”, informou a Nasa.

Para cumprir a próxima data, a agência também precisa obter uma isenção da Força Espacial americana para a duração da bateria do sistema de autodestruição de emergência do foguete, projetado para detonar em caso de desvio de trajetória após o lançamento.

O NASA Space Apps Challenge, um dos principais eventos abertos da agência aeroespacial norte-americana, chega a Belém na sua segunda edição. O evento será entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro, de forma on-line, e é gratuito e aberto para a comunidade.

As inscrições devem ser realizadas no site Sympla (clique aqui) até o dia 29 de setembro. Para participar, os interessados devem ter mais de 18 anos e estarem dispostos a resolver os desafios propostos pela Nasa. 

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As atividades, a princípio, serão todas on-line, e todas as plataformas que serão usadas trazem a premissa de acessibilidade, ou seja, permitem a participação pelo uso em celulares, tablets, notebooks e computadores, desde que com acesso à internet e por um navegador, para que ocorram as devidas interações com e entre as equipes participantes e a organização.

Os times vencedores na etapa local concorrem posteriormente com os vencedores de outras cidades do mundo pelo título das 10 melhores soluções do planeta, em categorias como Solução Mais Inspiradora ou Solução de Impacto Global. Para subsidiar os desafios, serão utilizados dados oferecidos pela agência espacial estadunidense e outras agências parceiras.

O hackathon, termo utilizado internacionalmente para esse tipo de evento, tem como meta atrair 200 participantes do Estado, além de mentores extremamente capacitados que integrarão a rede da InovAction em todo o Brasil. Miro Leite, líder local do evento, que já foi participante e mentor em edições anteriores, ressalta a criatividade do povo paraense: “Nós, paraenses, temos uma capacidade única de vencer as adversidades através da força de vontade e da criatividade. Vamos surpreender o mundo novamente em nossa segunda edição”.

O evento conta com a parcerias da InovAction, uma das principais iniciativas do setor, e com o hub paraense de startups Açaí Valley, ambos como coorganizadores.

Serviço

Data: 30 de setembro, 1 e 2 de outubro.

Local: On-line.

Inscrições:

https://www.sympla.com.br/evento-online/nasa-international-space-apps-challenge-2022-belem-2-edicao/1681708

Da assessoria do evento.

 

O lançamento do novo foguete da Nasa à Lua, já abortado duas vezes por problemas técnicos, não acontecerá antes de 27 de setembro, anunciou nesta segunda-feira (12) a agência espacial americana.

Este tão esperado voo de teste da missão Artemis 1, sem tripulação a bordo, visa testar o foguete SLS (Space Launch System), bem como a cápsula Orion, que transportará astronautas no futuro.

A data dependerá de as equipes de engenharia conseguirem concluir com sucesso um teste de tanque de combustível do SLS e do recebimento de uma isenção especial para evitar novos testes de baterias em um sistema de destruição de foguetes de emergência.

Sem essa isenção, o foguete terá que retornar ao prédio de montagem, o que atrasaria o cronograma em várias semanas.

A janela de lançamento de 27 de setembro será aberta às 11h37, horário local, por 70 minutos, com o final da missão programado para 5 de novembro. Uma possível segunda janela está programada para 2 de outubro, disse a Nasa em seu blog.

O lançamento do novo foguete havia sido cancelado em 29 de agosto, e novamente em 3 de setembro, devido a problemas técnicos, um contratempo que atrasa o início efetivo do programa americano Artemis de retorno à Lua.

O SLS, um megafoguete laranja e branco que nunca voou antes, está em desenvolvimento há mais de uma década.

Para esta primeira missão, a Orion se aventurará até 64.000 quilômetros atrás da Lua, mais longe do que qualquer outra espaçonave tripulada.

Um dos principais objetivos da missão é testar o escudo térmico da cápsula, o maior já construído. Em seu retorno à atmosfera terrestre, terá que suportar uma velocidade de 40.000 km/h e uma temperatura equivalente à metade da registrada na superfície do sol.

A próxima missão, Artemis 2, em 2024, levará astronautas, mas não pousará na Lua. Essa honra será reservada para a tripulação do Artemis 3, que não será lançado antes de 2025. Depois disso, a Nasa espera realizar cerca de uma missão por ano.

O plano da agência espacial americana é construir uma estação espacial em órbita lunar, chamada Gateway, e uma base na superfície da Lua.

A Nasa pretende testar ali as tecnologias necessárias para enviar os primeiros humanos a Marte: novos trajes, um veículo para se mover ou um possível uso da água lunar, entre outros objetivos.

De acordo com o diretor da agência espacial, Bill Nelson, uma viagem de ida e volta de vários anos a Marte a bordo da Orion poderia ser tentada no final da década de 2030.

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