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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participa nesta semana do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, minimizou na tarde desta segunda-feira, 15, a ausência de parte do governo brasileiro no encontro. A ministra também destacou que um dos grandes debates realizados com as economias presentes está relacionado à importância do fim da era dos combustíveis fósseis.

"Com certeza, a minha presença aqui tem a ver com esse desdobramento que precisa ser dado com as decisões que foram tomadas na (Cúpula do Clima das Nações Unidas) COP-28", disse ela, em entrevista à GloboNews.

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As decisões citadas dizem respeito ao documento aprovado por representantes de quase 200 países na COP-28 que cita a "transição" dos combustíveis fósseis.

Sobre as ausências do governo brasileiro, já que não compareceram ao evento o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e nem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Marina minimizou. "A representação é do governo", disse, destacando o protagonismo de Lula no que diz respeito ao início do debate para a transição energética.

E destacou: "O alinhamento quem fez foi ele (Lula) quando disse que os países teriam que sair da dependência dos combustíveis fósseis. O Brasil é um produtor de petróleo e o presidente disse isso no seu discurso."

Marina também afirmou que deverá encurtar sua viagem à Suíça, ficando mais dois dias e meio no evento, para depois voltar ao Brasil .

A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, disse nesta terça-feira (17) que a decisão de candidatar a cidade de Belém, capital do Pará, à cidade-sede da 30º edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2025, é para apresentar a materialização dos resultados dos compromissos assumidos pelo país com a questão ambiental.

“Ter a COP30 no Brasil é dar um sinal que queremos alcançar esses objetivos e queremos que ela aconteça num ambiente não mais dos enunciados, mas dos resultados. O Brasil sempre liderou pelo exemplo, liderou pelo exemplo no combate à pobreza, no combate ao desmatamento, na redução da emissão de CO²”, afirmou a ministra durante sua participação no Fórum Econômico de Davos, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na mesa Brasil: um novo roteiro.

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A realização do evento na região da Amazônia já havia sido defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua participação na COP27, em novembro, no Egito. O anúncio da candidatura do Brasil para sediar o evento foi feita no dia 11 de janeiro, com a formalização do pedido para a Organização das Nações Unidas (ONU).  “Esperamos poder receber o maior evento climático do mundo em uma cidade parte da Amazônia brasileira”, disse o presidente em seu perfil no Twitter.

O governo federal enviou os ministros da Fazenda e do Meio Ambiente para representar o país no Fórum Econômico deste ano, cujo tema é cooperação em um mundo fragmentado.

Durante sua participação, a ministra Marina Silva anunciou que o governo já está trabalhando para retomar as ações de combate ao desmatamento e para reestruturar a pasta.

“No caso das metas de desmatamento, já voltamos com o Fundo Amazônia, com o Plano de Combate ao Desmatamento e já estamos recompondo os orçamentos das equipes do ministério. O próprio ministro [da Fazenda, Fernando] Haddad nos ajudou na transição a agregar mais R$ 500 milhões para o Ministério do Meio Ambiente, e fazermos com que os fundos de doação não sejam colocados no teto de gastos”, disse.

Marina reforçou a mensagem deixada ontem (16), por Haddad, dizendo que o governo vai trabalhar fortemente para estabilizar a democracia e enfrentar os problemas decorrentes da desigualdade social, “porque temos 33 milhões de brasileiros que passam fome”, e para a promoção de um novo ciclo de prosperidade, baseado no desenvolvimento sustentável.

“O grande potencial que temos, por termos uma matriz energética limpa, de produzir o hidrogênio verde, desenvolvimento que será fundamental para economias e países que vivem o problema da insegurança energética, principalmente no contexto da guerra da Rússia com a Ucrânia”, disse.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a extrema direita será a força de oposição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e que isso é "muito grave". Ele voltou a reforçar a reposta das instituições brasileiras aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília.

"Não dá para negar que a extrema direita se organizou no Brasil. A extrema direita será a força de oposição do governo Lula e isso é grave", disse, durante plenária no Fórum Econômico Mundial, em Davos. "O Brasil conviveu com extrema direita no passado, mas nunca foi eleitoralmente viável", acrescentou.

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O ministro da Fazenda disse que, apesar de fragilidade por reunir uma série de partidos, a base de sustentação de Lula é forte para reagir à extrema direita, governar e defender a democracia no Brasil. Segundo ele, a reposta de 8 de janeiro foi institucionalmente muito importante.

"Tivemos êxito muito grande em resposta a atos em Brasília", afirmou, acrescentando que os financiadores de atos já estão identificados e vão responder pelo que patrocinaram. Apesar disso, Haddad disse que não é confortável ter oposição extremista no Brasil e que vê o tema com preocupação.

Ao seu lado, a ministra do meio ambiente, Marina Silva, concordou com Haddad sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, mas ponderou que o extremismo não é um problema só no Brasil, mas no mundo. "Não é confortável para nenhum governo ter oposição extremista", afirmou, dizendo que é "emblemático" estar com ministro da Fazenda em um debate sobre as perspectivas para o Brasil em Davos.

De acordo com Marina, o extremismo é desestabilizador em várias óticas como social, ambiental e econômica. Apesar disso, ela disse que o governo teve capacidade de resposta a atos em poucas horas e ressaltou a fortaleza das instituições no Brasil. Por fim, comentou sobre a ação internacional que Lula fará para reinserir o Brasil no mundo e defender a democracia do País.

A recomposição das alíquotas originais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ficou fora do pacote fiscal anunciado na semana passada como um compromisso do governo com a reforma tributária, disse nesta segunda-feira (16) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em viagem a Davos (Suíça) para participar do Fórum Econômico Mundial, ele disse que a abrangência e a manutenção do imposto serão discutidos na proposta de reforma tributária ainda neste semestre.

De acordo com o ministro, a reforma buscará reduzir a carga tributária para a indústria, que, nas palavras dele, é desproporcional à fatia do setor no Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos).  “[A reforma tributária] é essencial para buscar a justiça tributária e para reindustrializar o país. Porque a indústria paga hoje quase um terço dos tributos no Brasil e responde por 10% da produção. Há um desequilíbrio muito grande. O caminho é esse”, declarou o ministro na porta do hotel onde está hospedado no fim do primeiro dia de agenda.

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Para Haddad, há maturidade, tanto na Câmara como no Senado, para chegar a um consenso e votar a reforma tributária ainda neste semestre. O ministro afirmou que o governo tem a desoneração da indústria como um compromisso e voltou a dizer que o Congresso se baseará nos dois textos que tiveram a discussão interrompida no governo passado, um na Câmara e outro no Senado, que têm como base ideias elaboradas pelo secretário especial da Reforma Tributária, Bernard Appy.

Mais cedo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que o governo tem como meta extinguir o IPI nas discussões sobre a reforma tributária e que o ministro da Fazenda teve “sensibilidade” ao manter a desoneração de 35% que entrou em vigor no ano passado. Alckmin deu a declaração em evento da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp).

Os textos em tramitação na Câmara e no Senado preveem a fusão de diversos tributos, inclusive o IPI, por tipo ou mais de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que seria repartido entre a União, os estados e os municípios. Uma das propostas, em tramitação no Senado, prevê que o IPI seria mantido apenas como um tributo para onerar produtos que fazem mal à saúde, como tabaco, bebidas alcoólicas e produtos derivados de açúcar.

Segundo Haddad, o fim do IPI e a redução de outros impostos seriam financiados com o aumento do Imposto de Renda sobre contribuintes mais ricos. Ele disse que a reforma “não será neutra” e buscará corrigir a regressividade (carga maior sobre os mais pobres) do sistema tributário brasileiro.

Durante painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o Brasil tem a capacidade de duplicar a produção agrícola sem necessitar derrubar mais nenhuma árvore. "Esse é o desafio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro de agricultura, para a transição para uma agricultura sustentável."

A ministra também afirmou que o País está trabalhando para ter um mercado regulado de carbono, mas que seja suplementar aos esforços para reduzir sua emissão.

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No painel, a ministra ressaltou ainda que é necessário que a sustentabilidade não seja só econômica ou ambiental, mas também social e política, mencionando, por exemplo, os mercados ilegais de ouro no Brasil.

A Oxfam está levando ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, a proposta de taxação dos super-ricos com o objetivo de tirar 2 bilhões de pessoas da pobreza em todo o mundo. Conforme relatório da organização não governamental (ONG), que se dedica a buscar soluções contra a desigualdade social, os super-ricos - isto é, o 1% mais rico do mundo - ficaram com quase dois terços de toda riqueza gerada no mundo nos anos de pandemia. Nesse período, acumularam seis vezes mais dinheiro do que 90% da população mundial.

Contas colocadas no estudo apontam que um imposto anual de até 5% sobre os super-ricos poderia arrecadar US$ 1,7 trilhão por ano, o suficiente para tirar 2 bilhões de pessoas da pobreza. Esses recursos também poderiam financiar um plano de 10 anos para erradicação da fome, apoiar países mais pobres devastados pelos impactos climáticos e garantir saúde pública e proteção social nas nações de renda baixa e média.

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"A discussão que se impõe cada vez mais é o incremento da taxação dos muito ricos e das grandes corporações, inclusive no Brasil", afirma Jefferson Nascimento, coordenador da área de Justiça Social e Econômica da Oxfam Brasil. "A reforma tributária vem sendo considerada prioritária para o novo governo Lula e esperamos que o Congresso aprove um novo sistema tributário que garanta o financiamento necessário para que os Estados possam oferecer mais e melhores serviços e políticas públicas às suas populações", acrescenta.

No estudo levado a Davos, no qual a organização explica por que tributar os super-ricos agora é necessário para combater as desigualdades, a Oxfam defende a recuperação, por meio de impostos, de parte dos lucros excessivos obtidos durante a pandemia. O argumento é de que cortes de impostos promovidos durante décadas para os mais ricos e grandes corporações alimentaram as desigualdades, fazendo com que os mais pobres pagassem proporcionalmente mais tributos do que os bilionários.

A ONG pede, assim, que os governos introduzam taxas solidárias e únicas sobre riqueza e lucros extraordinários. Também defende impostos maiores sobre ganhos de capital, dividendos e renda recebidos pelos super-ricos, assim como a taxação de seu patrimônio e heranças, com vista ao financiamento de políticas públicas sociais.

O governo brasileiro enviará os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) para o encontro anual do Fórum Econômico Mundial, que será realizado entre os dias 16 e 20 de janeiro, em Davos, na Suíça. Ambos embarcam para a Europa neste fim de semana.

O tema desse ano do Fórum de Davos é cooperação em um mundo fragmentado. O evento deve reunir 2,7 mil líderes internacionais de 130 países. São esperados também 52 chefes de Estado e de governo.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não participar do encontro esse ano. A primeira viagem internacional do presidente será nos dias 23 e 24, para a Argentina.

Além de líderes e representantes de governo, o Fórum Econômico Mundial reúne CEOs de grandes empresas, investidores e outros agentes econômicos. Segundo o Ministério da Fazenda, que não divulgou detalhes sobre a agenda de encontros bilaterais de Haddad, o foco da participação é enviar uma mensagem de que o Brasil é um ator internacional central para os desafios econômicos globais.

Na visão do governo brasileiro, a presença de Marina Silva também sinaliza que as reformas econômicas caminham junto com os objetivos de sustentabilidade, que está no topo das preocupações geopolíticas atuais. Os dois ministros brasileiros devem participar de uma atividade conjunta em Davos.

A comitiva de Haddad contará com a participação da secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, e do assessor especial Mathias Alencastro, que também atua na área internacional da pasta. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima não informou quem acompanhará Marina Silva nem a agenda de encontros da ministra em Davos.

O Fórum Econômico Mundial destaca, em seu site, alguns efeitos "inesperados" da seca na Europa. O texto nota que há secas recordes pelo mundo, com a Europa enfrentando um calor prolongado e ondas de calor. Um dos efeitos é visto na França, onde a pior seca já registrada prejudica a produção de trigo. Apenas a metade da produção atual de trigo no país estava em "condição boa ou excelente" em 8 de agosto.

Por outro lado, as altas temperaturas aceleraram a evaporação da água, o que garante aos produtores de sal na região francesa de Guerande produção recorde de flor de sal, que poderia quase dobrar neste ano.

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Já na Alemanha, a falta de chuvas provocou queda no nível do Reno, uma importante artéria fluvial do país. Isso provoca atrasos e custos mais altos, aponta o Fórum Econômico Mundial.

As embarcações estão recebendo apenas de 30% a 40% de sua capacidade, para evitar problemas nos trajetos, no rio que corta o coração industrial da Alemanha, dos Alpes Suíços até o Mar do Norte, transportando grãos, produtos químicos e carvão, por exemplo, e com potencial impacto negativo no crescimento do país.

A seca também coloca pressão sobre a oferta de energia, lembra o texto. A geração de hidrelétricas no continente caiu 44% na Espanha, segundo a BBC, e 20% em geral no continente.

O Guardian ainda reportou que a falta de água suficiente para refrigerar usinas nucleares levou algumas usinas na França a reduzir a produção.

Na Itália, foram encontradas duas bombas não detonadas da Segunda Guerra, no leito do rio Pó, perto de Mântua.

Já na Espanha, perto de Barcelona, uma igreja romanesca do século nono voltou a ser vista, intacta. A leste de Madri, o reservatório Buendía deixa ver agora ruínas de uma vila. Na província de Cáceres, no centro espanhol, a seca permitiu que se visse um ciclo de pedras pré-histórico, apelidado de Stonehenge espanhol, no reservatório de Valdecanas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse a jornalistas nesta quinta-feira, 26 que se Jair Bolsonaro for reeleito, com um Congresso com perfil mais de centro-direita, vai conseguir acelerar as reformas. "Vamos privatizar a Petrobras, fazer vários acordos comerciais, vamos fazer bem mais do que temos feito até agora."

Guedes afirmou que a pandemia acabou impedindo que as reformas que previa avançassem como esperado. Mas o Brasil está saindo da crise com o "fiscal forte" e a política monetária necessária para combater a inflação - ou, na linguagem do mercado financeiro, "na frente da curva".

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Já os Estados Unidos e Europa estão "atrás da curva", ou seja, vão precisar ainda subir muito os juros para conter a crise. "O mundo inteiro esta fora do lugar no fiscal e no monetário."

Para Guedes, enquanto o mundo, sobretudo o Ocidental, está "entrando no inferno", em uma crise que promete ser longa, o Brasil está saindo.

Crítica a governadores

Na entrevista, o ministro da Economia afirmou que o governo transferiu "meio trilhão de reais" para os Estados e municípios, em ritmo nunca visto, fazendo o ajuste fiscal deles. "Os Estados que estão reclamando, o governador é um despreparado ou é militante", disse, em Davos.

"Os Estados receberam uma fortuna fabulosa. Nunca se transferiu tanto dinheiro para Estados e municípios. A arrecadação deles subiu extraordinariamente", afirmou, destacando que vê injustiça nas reclamações dos entes federados. "Transferimos meio trilhão de reais para esses caras."

E a melhora das contas estaduais, não foi porque eles fizeram um ajuste fiscal, mas por conta dessa transferência, comentou o ministro. "Nós fizemos o ajuste deles."

Na conta de Guedes, os Estados e municípios receberam R$ 150 bilhões no pacote da rolagem de dívida; R$ 260 bi do Fundep (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa), neste caso em 10 anos; R$ 68 bilhões pela de Lei Kandir. Houve anda mais alguns bilhões pela cessão onerosa (R$ 12 bilhões na primeira rodada e R$ 7 bilhões na segunda).

Inflação

Paulo Guedes acredita que a inflação alta já pode ter atingido o pico no Brasil e vai começar a baixar. No exterior, ao contrário, ainda pode subir mais e os países podem enfrentar um ciclo de piora, enquanto o Brasil começa um processo longo de melhora.

"Fomos os primeiros a combater a inflação, zeramos o déficit e subimos os juros", disse o ministro em entrevista à imprensa após seu último compromisso no Fórum Econômico Mundial em Davos.

"A inflação vai subir por muitos anos no mundo inteiro", disse, voltando a criticar a atuação lenta dos bancos centrais dos Estados Unidos e Europa.

Guedes reconheceu que a taxa de juros mais alta "é pé no freio" e ajuda a desacelerar a atividade. Mas ponderou que o Brasil tem um mercado interno enorme, capaz de resistir a um cenário externo mais desfavorável, e o País já tem contratado um programa de investimento de R$ 850 bilhões.

O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 20, confirma viagem do ministro da Economia, Paulo Guedes, a Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial e de encontros e reuniões relacionados ao evento. De acordo com a publicação, o afastamento de Guedes do País para esses compromissos se dará no período de 22 a 27 de maio.

Na segunda-feira, 16, a pasta da Economia já havia informado da viagem de Guedes. Segundo o comunicado, na agenda do ministro estão previstas reuniões sobre crescimento sustentável, parcerias econômicas com a Ásia e o Pacífico, perspectivas da conjuntura econômica global e parcerias econômicas na América Latina.

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O ministério ainda informou que Guedes "vai apresentar o Brasil como destino privilegiado para investimentos e como um país destacado para soluções de segurança energética e alimentar internacional".

Um levantamento realizado pela ONG Oxfam mostra que os mais pobres devem demorar cerca de 14 anos para se recuperarem dos efeitos da crise causada pela Covid-19. Segundo o estudo, os mais ricos já tiveram os impactos amenizados em pouco menos de nove meses.

O relatório, denominado "O Vírus da Desigualdade", foi apresentado na última segunda-feira (25) durante o primeiro dia de debates do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. De acordo com o levantamento da Oxfam, baseado nos dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a crise deixou cerca de 500 milhões de pessoas desempregadas ou vinculadas a subempregos. Ainda de acordo com o levantamento da ONG, é a primeira vez em 100 anos que as desigualdades sociais aparecem de maneira clara em todos os países do mundo.

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Embora as mil pessoas mais ricas do mundo tivessem constatado uma queda de 29,3% na fortuna, entre os meses de março e novembro de 2020, a recuperação veio entre o último mês de dezembro e o começo de janeiro de 2021. Segundo a Oxfam, mesmo com a baixa, as dez maiores riquezas concentraram US$ 540 bilhões (R$ 2,9 trilhões) durante o período pandêmico do ano passado. Ainda de acordo com o relatório, o valor seria suficiente para pagar todo o custo com as vacinas e oferecê-las à população da Terra sem custos.

O governador paulista, João Doria (PSDB), chamou atenção para o fato de a vacinação contra o coronavírus ter sido iniciada no Brasil primeiramente em São Paulo, há nove dias, ao participar da edição online do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). Ele afirmou que já foram imunizadas mais de 160 mil pessoas no Estado e 700 mil no Brasil.

"Estamos esperançosos com a vacina", disse Doria, durante a palestra 'Repensando cidades para o futuro pós-covid', na edição online do Fórum Econômico Mundial, batizado de Fórum Digital de Davos.

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De acordo com o governador, a pandemia acelerou os investimentos em tecnologia em décadas e que esse salto será fundamental em um cenário pós-covid no mundo. O tucano ressaltou ainda a relevância do investimento em inovação e ciência. A própria vacina, acrescentou, é resultado do poder da ciência.

Doria mencionou ainda sobre como o Estado de São Paulo lidou com a pandemia do novo coronavírus, elevando as restrições de isolamento social quando necessário, como recentemente, quando regiões regrediram às fases laranja e vermelha, cujas medidas são mais duras.

Segundo ele, o governo avaliou diferentes cenários para adotar as medidas necessárias diante da covid-19, considerando o Estado de São Paulo e também a economia local.

O Fórum Econômico Mundial anunciou nesta quarta-feira (26) em comunicado por e-mail que remarcará seu Encontro Anual de 2021 em Davos para o início do próximo verão local. O verão no Hemisfério Norte começará em 21 de junho, mas o texto não menciona uma data exata.

A entidade diz que a decisão "não foi fácil", mas é adotada diante de conselhos de especialistas de que o evento não poderia ocorrer com segurança em janeiro, como tradicionalmente acontece no balneário suíço.

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O Fórum diz que, na semana de 25 de janeiro, fará um encontro virtual chamado "Diálogos Davos", no qual importantes líderes globais devem compartilhar suas análises sobre o estado do mundo. Também informa que enviará adiante datas e a localidade em que ocorrerá o encontro presencial do próximo ano, assim que todas as condições de saúde e segurança estejam estabelecidas.

A nota é assinada por Adrian Monck, diretor gerente e chefe de engajamento público do Fórum Social Mundial.

Conservar a Amazônia é muito mais lucrativo do que substituir a floresta por monocultura ou pecuária, segundo explicou o professor Carlos Nobre, diretor de pesquisa da Academia Brasileira de Ciências, numa sessão no maior auditório do Fórum Econômico Mundial. Na quarta-feira (22) ele participou, ao lado do presidente colombiano, Ivan Duque, e do ex-vice-presidente americano Al Gore, de uma sessão especial sobre como garantir um futuro sustentável à Amazônia.

A crise ambiental é o grande tema do fórum de Davos neste ano, com mais discussões que as dedicadas a assuntos tradicionais, como as condições do comércio internacional, as mudanças tecnológicas e as perspectivas da economia global. Os riscos econômicos principais estão hoje associados à emergência ambiental, havia dito horas antes, em outra sessão, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Questões ambientais têm destaque, há algum tempo, nas pautas do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e de bancos centrais, mas são tratadas como irrelevantes, ou até negadas, pelo governo brasileiro.

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Única figura brasileira a participar dos debates sobre meio ambiente em Davos, o professor Carlos Nobre diverge do governo ao reconhecer a mudança climática e sua importância para todo o mundo. Suas advertências vão até detalhes da atividade econômica. Ao apontar a exploração do açaí como dez vezes mais lucrativa que a pecuária em zonas desflorestadas, o cientista usou um argumento com tradução imediata em dinheiro. Mas o argumento dramático foi outro: se o ponto de virada for atingido, a devastação terá chegado a 50%, talvez 60%, e a floresta será incapaz de se recompor. Nesse caso, grande parte da Amazônia se converterá numa savana seca.

Desflorestada, a Amazônia deixará de funcionar como fonte de chuvas para outras áreas. Essa é, lembrou o professor, uma das funções das florestas tropicais. Secas prolongadas, um dos efeitos da mudança climática, já são um sinal de alerta em várias partes do mundo, acrescentou. Uma campanha de plantio de um trilhão de árvores em dez anos é uma das marcas principais da reunião do fórum neste ano. É também parte da celebração de seu 50º aniversário. Ao anunciar, na terça-feira, 21, apoio a essa campanha, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mais uma vez pode ter surpreendido seu mais importante seguidor na América Latina, o presidente Jair Bolsonaro. Trump rejeitou as advertências sombrias sobre o clima global, mas se declarou empenhado em preservar e elogiou a iniciativa do fórum.

Também o presidente colombiano, Ivan Duque, aderiu à campanha. Antes da sessão sobre a Amazônia, ele havia participado, bem cedo, de uma entrevista sobre o plantio do trilhão de árvores. Falou, na ocasião, sobre o plano colombiano, já em andamento, de plantar 180 milhões de árvores até 2022. A Colômbia, esclareceu, tem 35% de seu território na Amazônia, e seu governo já tem um programa de preservação florestal. Essas informações foram repetidas, horas depois, no começo da sessão especial.

Fora do debate.

O Brasil apareceu mal desde o começo do debate sobre a sustentabilidade da Amazônia. Ao abrir a sessão, a apresentadora lembrou os incêndios do ano passado e citou, sem falar seu nome, o ministro da Economia, Paulo Guedes. No dia anterior, ele havia estabelecido, sem se explicar, um vínculo entre pobreza e desflorestamento. Com o governo brasileiro fora dos debates sobre o ambiente, e até em posição de vilão, sobrou amplo espaço para o presidente colombiano se destacar.

De manhã, a presidente da Comissão Europeia havia apresentado um panorama dos desafios e das metas dos 28 países-membros da comunidade regional. Lembrou como é difícil, para a maioria das pessoas, acompanhar a velocidade das mudanças econômicas. Lembrou as tensões internacionais e a importância de buscar o equilíbrio e a cooperação no campo geopolítico.

Valorizou o multilateralismo, um tema importante do fórum e também depreciado pelo atual governo brasileiro. Realçou o peso econômico dos riscos ambientais e lembrou a importância, para a União Europeia, de ter parceiros comerciais engajados na preservação do ambiente. Não mencionou o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, ainda pendente de aprovação pelos Estados envolvidos, nem os desentendimentos motivados pela política ambiental do governo Bolsonaro. Mas o tema poderia estar contido na referências às parcerias comerciais. Indagada sobre o assunto, numa conversa fora do plenário, limitou-se a classificar o acordo com o Mercosul como questão ainda aberta.

Ausente de Davos, o presidente Bolsonaro pode ter-se livrado de conversas incômodas sobre a Amazônia. Presente, o presidente Ivan Duque certamente lucrou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os atiradores de elite, os snipers, são muitos e estão em toda parte -- no teto dos prédios, no aeroporto, no alto das torres. Tropas de elite cobrem o perímetro da cidade a partir de cinco pontos. Helicópteros artilhados são mantidos em alerta, prontos para entrar em ação e duplas de caças supersônicos patrulham o céu alpino, cinzento quase todos os dias nessa época do ano e agora fechado para outros voos, a não ser os das autoridades participantes do Fórum Econômico e os da grade dos pousos comerciais rigorosamente controlados.

Policiais de fardas negras e militares de esquadrões de operações especiais circulam pelas ruas estreitas portando armamento pesado. A intervalos regulares, em esquinas e praças, blindados sobre rodas servem de posto de comando. Em Davos, onde se reúnem desde terça-feira (21) chefes de Estado, dirigentes da economia do mundo, líderes empresariais globais, analistas e ativistas de todas as faixas do espectro social, o esquema de segurança nunca foi tão grande - e muito caro.

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Os custos estimados batem nos US$ 35 milhões. Há uma reserva de emergência de cerca de US$ 10 milhões, informaram na terça-feira o Ministério da Defesa, em Berna, e o governo do Estado de Graubünden, Os números dos efetivos envolvidos são considerados informação reservada pelo governo da Suíça, mas eram estimados em cerca de 5 mil homens e mulheres em campo.

A primeira ameaça na lista dos riscos é a de um ataque terrorista. A consequência dessa condição se reflete nos cuidados que cercam, por exemplo, a comitiva do presidente americano, Donald Trump. O grupo envolve de 200 a 250 pessoas, 70 das quais são agentes do serviço secreto e oficiais das Forças Armadas. Carros blindados capazes de resistir ao impacto direto de uma arma antitanque, helicópteros e células eletrônicas para comunicações protegidas do presidente foram levadas para a Suíça por imensos cargueiros C-17.

Boa parte do orçamento da segurança foi aplicada em infraestrutura, como a expansão do terminal aéreo. Davos é uma cidade de 11 mil habitantes. A estação de esqui fatura com o evento anual A previsão é de que as finanças regionais contabilizem US$ 330 milhões em vendas e serviços.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O apresentador de TV e potencial candidato à Presidência em 2022 Luciano Huck afirmou que o Brasil precisa "restaurar" e "renovar" suas lideranças políticas do "topo para a base" em artigo publicado no site do Fórum Econômico Mundial nesta quarta-feira, 15. "Lideranças e políticas públicas responsáveis e representativas são fundamentais para revitalizar o contrato social. Isso não vai acontecer espontaneamente. Requer um esforço consciente para investir em talentos e atraí-los", afirmou Huck.

O apresentador é visto como possível candidato de uma frente de centro na próxima eleição em 2022 e é ligado a movimentos de renovação política, como o RenovaBR e o Agora!. Ele estará presente no encontro do fórum em Davos, na Suíça, que ocorrerá entre os dias 21 e 24 de janeiro. No artigo, ele lista três "desafios" do Brasil e do mundo para o futuro: as queimadas e o desmatamento na Amazônia, a redução da desigualdade e a renovação das lideranças políticas.

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"Em 2017, entrei no Agora!, um dos vários movimentos cívicos dinâmicos que investem em uma nova geração de líderes comprometidos com um Brasil mais inclusivo e sustentável. E em 2018, co-fundei a RenovaBR, atraindo mais de 4.600 inscrições de pessoas que nunca haviam se envolvido em política para treinamento em governança e ética. Dos 120 candidatos aprovados, 17 foram eleitos para o cargo federal naquele ano", disse, se colocando como parte da renovação.

No artigo, Huck teceu críticas à política ambiental do governo brasileiro. "Apesar dos esforços das autoridades brasileiras para ocultar o problema, os dados de satélite do próprio Ministério da Ciência mostraram que as taxas de desmatamento atingiram os níveis mais altos em duas décadas", escreveu Huck. Para ele, é necessário um "novo e radical paradigma" para garantir a administração sustentável da biodiversidade do País.

Huck também afirmou que Brasil precisa colocar a redução da desigualdade no "topo" de sua agenda nacional em 2020. "O aprofundamento da desigualdade social e econômica nos países está reconfigurando fundamentalmente as políticas doméstica e internacional", disse. Ele considera que o governo brasileiro adota "dinâmica" de outros governos que estão se retirando da cooperação multilateral e voltando ao "nacionalismo e protecionismo reacionários". O apresentador ainda aponta que nos últimos anos a renda per capita caiu e a diferença entre ricos e pobres começou a aumentar, "acabando com muitos ganhos sociais das três décadas anteriores".

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta segunda-feira, 6, que existe a possibilidade de não participar do encontro anual do Fórum Econômico Mundial (FEM) em Davos, na Suíça. Ele não deixou claro qual seria o motivo da desistência.

Segundo ele, "o mundo tem seus problemas de segurança", mas não citou diretamente a crise entre Estados Unidos e Irã como justificativa. O presidente afirmou que é preciso ver "o que acontece" até o evento, previsto para acontecer ainda este mês. O Palácio do Planalto acompanha os desdobramentos da morte do general Quassim Suleimani, comandante da Força Quds, unidade da Guarda Revolucionária do Irã.

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Questionado sobre eventuais riscos de atentados no evento, afirmou que este é um assunto para o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e para o ministro da Defesa, Fernando Azevedo. Bolsonaro chegou a fazer uma brincadeira dizendo que só falta Heleno "dormir com ele", em referência à proximidade do ministro responsável por sua segurança.

O presidente também sinalizou que o Brasil mantém apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e voltou a elogiar a relação entre os dois países. "Não faço qualquer crítica contra Donald Trump", declarou em coletiva de imprensa. "Não podemos coadunar com terrorismo no mundo", completou em seguida.

Em nota, após o ataque dos EUA contra um alto militar iraquiano, o Itamaraty disse que o Brasil "está pronto para participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento".

A simplificação das regras para abrir e fechar empresas, a inflação sob controle e uma melhora na eficiência do mercado de trabalho fizeram com que o Brasil subisse, neste ano, uma posição no ranking global de competitividade elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. O País ficou em 71.º lugar, com uma nota de 60,9 pontos (em escala de 0 a 100) - a média de 141 economias foi de 61 pontos. Na primeira posição, ficou Cingapura, com 84,8 pontos.

Apesar da melhora, o Brasil ainda precisa de progressos mais significativos em estabilidade econômica (quesito em que ficou no 115.º lugar), abertura comercial (125.º), segurança (123.º) e estabilidade governamental (130.º), segundo relatório do fórum. A organização analisou 103 indicadores agrupados em 12 pilares.

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Ainda de acordo com o documento, para líderes empresariais brasileiros, a burocracia (141.º) e a falta de visão de longo prazo do governo (129.º) são os principais entraves da competitividade no País.

O relatório aponta também que, no longo prazo, governantes brasileiros terão de estabelecer políticas mais inclusivas socialmente e responsáveis ambientalmente para o País conseguir competir em um mundo onde as principais economias têm se esforçado nessas frentes.

Por enquanto, o Brasil tem ganhado pontos no ranking graças ao tamanho de seu mercado (10.º lugar) e ao nível elevado de capacidade em inovação (40.º). Entre os países da América Latina e do Caribe, no entanto, o País ficou na oitava posição do ranking. Nessa região, Chile, México e Uruguai lideraram a lista dos mais competitivos, seguidos por Colômbia, Costa Rica, Peru e Panamá. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, as economias latino-americanas precisam avançar, principalmente, na qualidade das instituições (a média regional foi de 47,1 pontos) e na capacidade de inovação (34,3 pontos).

Globalmente, além de Cingapura, Estados Unidos, Hong Kong, Holanda e Suíça apareceram nos primeiros lugares. A região Ásia-Pacífico foi a que registrou uma maior média entre as analisadas, com Japão e Coreia do Sul também bem posicionados no ranking, no 6.º e no 13.º lugar, respectivamente. A China ficou na 28.ª posição.

Pós-2008

O documento do Fórum Econômico destaca que o crescimento da competitividade tem sido fraco nos últimos dez anos mesmo após os bancos centrais de todo o mundo terem injetado US$ 10 trilhões na economia global. Afirma ainda que a política monetária global expansionista, apesar de ter tido sucesso para evitar uma recessão mais profunda após 2008, não foi suficiente para alocar recursos em investimentos que aumentam a produtividade. "À medida que as políticas monetárias começam a perder força, é crucial que as economias confiem na política fiscal e nos incentivos públicos para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento, aprimorar as habilidades da força de trabalho, desenvolver novas infraestruturas e integrar novas tecnologias", diz o relatório do Fórum.

Uma das grandes apostas do governo para catapultar o empreendedorismo no Brasil, a Medida Provisória da Liberdade Econômica pretende destravar a burocracia na atividade de startups - empresas jovens que buscam inovação em modelos de negócio, serviços ou produtos. Essa é uma das 14 medidas práticas presentes no texto que o governo deve editar hoje, segundo a assessoria do Palácio do Planalto, para facilitar a vida do empresário.

O plano em relação às startups é remover exigências de licenças ou alvarás para começarem a funcionar, fazer testes e inovar. Segundo a MP, o cidadão poderá "implementar, testar e oferecer, gratuitamente ou não, um novo produto ou serviço para um grupo privado e restrito de pessoas maiores e capazes, e se valerá exclusivamente de propriedade privada própria ou de terceiros consensuais, após livre e claro consentimento, sem requerimento ou ato público de liberação da atividade econômica".

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Em outras palavras, enquanto estiver durante as fases de testes ou de implementação - por exemplo, na fase de desenvolvimento de produto ou serviço - não poderá enfrentar qualquer tipo de burocracia. As exceções nas quais o governo poderia fazer exigências são para "hipóteses de segurança nacional, de segurança pública ou sanitária ou de saúde pública."

Desempenho fraco. Uma das razões para a medida é o desempenho do País no Índice de Competitividade Global, do Fórum Econômico Mundial. No quadro geral em 2018, o Brasil ficou na posição 72 de um total de 140 países. No ranking específico de crescimento de empresas inovadoras, o Brasil ficou em 62 dentre os 140 Neste índice, Israel ocupa o primeiro lugar.

A proposta se insere em um dos três eixos principais da MP - tornar o Brasil um dos melhores países no mundo para a inovação. Os outros dois eixos são a desburocratização e a segurança jurídica dos investimentos.

"Estamos lutando contra aquilo que inferniza nossa vida: declarações, autorizações, xerox, reconhecimento disso, daquilo", disse o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ao falar sobre a medida provisória, no Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, a uma plateia de empreendedores, no início de abril.

Também de acordo com a MP, toda vez que o cidadão for pedir uma licença ou alvará para realizar uma atividade econômica, o órgão responsável terá de estipular um prazo para análise do pedido. Se não houver resposta dentro do tempo máximo previsto, os pedidos estarão aprovados.

Além disso, o empresário poderá arquivar digitalmente qualquer documento que hoje tem de guardar impresso. Com a equalização entre o papel físico e o digitalizado, por exemplo, comprovantes trabalhistas e tributários que precisavam ser guardados impressos por 20 anos poderão ser descartados após digitalização. Recursos gastos nessas atividades poderão ser usados em outras frentes. Só no governo federal, o custo com armazenamento de documentos é de R$ 466 milhões ao ano.

Essas medidas se juntam a outras que buscam facilitar a abertura de escritórios, por meio da dispensa de alvarás se a atividade envolver baixo risco, e simplificar regras para a entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa. Esse último ponto pode também facilitar a vida das startups, que muitas vezes preferem abrir o capital no exterior.

A elaboração da MP foi feita pela na Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, chefiada por Paulo Uebel. Outra proposta foi apresentada posteriormente por um grupo de trabalho sob a coordenação do presidente do BNDES, Joaquim Levy. Mas o texto que avançou foi o que veio de dentro da pasta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O discurso do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nessa terça-feira (22), continua dando o que falar. Após alguns jornalistas internacionais classificarem a mensagem como "grande fracasso", o cantor Tico Santa Cruz soltou o verbo ao opinar sobre a repercussão envolvendo Bolsonaro.

No Twitter, nesta quarta-feira (23), o vocalista da banda Detonautas Roque Clube rebateu um internauta ao ironizar as palavras do chefe do Palácio do Planalto. "Já apareceu o primeiro analfabeto funcional!", declarou Tico. Em um outro ponto da publicação, o músico não se segurou e chamou o mesmo homem de "jumento".

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"Se xingar a mãe aí você apelará o decaído", retrucou o usuário do microblog. O bate-papo acalorado se deu por conta do seguinte texto compartilhado por Tico Santa Cruz:

"Davos era uma moça muito gostosa. Foram apenas 6 minutos e pronto... Ejaculou. 'Você é muito gostosa, não consegui me controlar'. Precoce ejaculador".

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