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A moda masculina e seu dinamismo renovado dentro da indústria da moda com a chegada de novos estilistas e desfiles, apresenta a partir desta quarta-feira suas coleções primavera-verão em Paris antes de ceder lugar às passarelas da Alta-costura.

Durante cinco dias, Paris vai seguir Milão como faro da moda masculina, setor que está crescendo a um ritmo muitas vezes superior ao da feminina.

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Em 2014, a roupa masculina foi de vento em popa, faturando 443 bilhões de dólares em todo o mundo, 4,5% em relação ao ano anterior, enquanto a feminina cresceu 3,7%, alcançando 667 bilhões.

Reflexo dessa evolução, Londres busca se consolidar como polo de moda para homens e sua criativa semana de desfiles disputou este ano o protagonismo das passarelas italianas e francesas, que até pouco tempo ditavam sozinhas as tendências. Já Nova York vai apresentar suas coleções em julho.

Os números favoráveis animam os estilistas a deixar os cânones que tradicionalmente caracterizaram a moda para homens. Em Londres, a Burberry ousou ao colocar na passarela homens em vestidos de renda e Christopher Kane usou tweed colorido.

Milão combinou o clássico com o extravagante e recebeu nomes novos como o croata Damir Doma, que antes desfilava em Paris, e o ex-DJ argentino Marcelo Burlon, com uma coleção inspirada no streetwear e no universo do hip hop para a marca County of Milan.

Chile e México na Alta-costura

Nesse jogo de novidades a partir de quarta-feira Paris abre suas passarelas, que incluem o desfile da Balmain, com estreia na moda masculina do diretor artístico Olivier Rousteing, estrela das redes sociais.

Desde sua chegada em 2011, o criador de 29 anos que não perde uma oportunidade de se mostrar no Instagram junto a suas famosas musas inspiradoras Rihanna, Kim Kardashian ou Kanye West, imprimiu à marca criada por Pierre Balmain em 1945 um estilo sexy e cheio de glamour.

Admirado pelos jovens, o estilista acaba de anunciar o lançamento em novembro de uma coleção para a popular H&M, onde a roupa masculina representa 40% das vendas.

Estratégia parecida foi adotada pela marca Lemaire dos estilistas Christophe Lemaire e Sarah-Linh Tran, que anunciaram uma coleção com a cadeia japonesa Uniqlo para a temporada próxima.

Estrearão também em Paris a marca Hood by Air, também vinculada ao universo hip hop, e os australianos Peter Strateas e Mario-Luca Carlucci, com um estilo minimalista e atemporal que caracteriza sua marca, lançada em 2012.

Também gera expectativa o desfile de Rick Owens. Em janeiro deste ano esse americano surpreendeu os convidados com um desfile em que os modelos, como quem não quer nada, deixavam por alguns momentos os genitais à mostra.

Desfilarão também na capital francesa, é claro, marcas consagradas como Valentino, Dries Van Noten, Maison Margiela, Hermès, Louis Vuitton, Lanvin e Saint Laurent.

Após uma semana de pausa, as passarelas parisienses mudarão de gênero, estilo e estação para receber a partir de 5 de julho a Alta-costura, aristocracia da moda. São cerca de 30 desfiles programados para as coleções femininas de outono-inverno, além de alguns fora do programa oficial, que inclue esse ano o chileno Octavio Pizarro na Maison de l'Amérique Latine e o mexicano Antonio Ortega, no Palais de Tokyo.

A Fendi vai festejar 50 anos de colaboração com Karl Lagerfeld em um desfile "haute fourrure" em 8 de julho, em que as peles serão as protagonistas.

O Facebook anunciou nesta terça-feira (2) que em breve vai inaugurar um laboratório de inteligência artificial em Paris, na França. De acordo com a empresa, projetos ambiciosos relacionados ao reconhecimento automático de imagem e sons serão criados na nova instalação. A rede social já tem outros dois centros focados no tema, um na Califórnia e outro em Nova York.

A rede social prevê que as pesquisas ajudarão a melhorar serviços relacionados ao Facebook, criando novas formas para conectar seus usuários e compartilhar conteúdos.

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A escolha de Paris para a expansão dos laboratórios de inteligência artificial da companhia de Mark Zuckerberg ocorreu porque a capital francesa reúne "alguns dos melhores pesquisadores do mundo".

“Construímos uma equipe fantástica e já fizeram alguns progressos encorajadores, e estamos animados para ver onde este trabalho nos levará e o que ele nos permitirá construir para as pessoas que servimos”, comunicou a empresa.

O Brasil vai "virar a produção industrial". A promessa foi feita nesta terça-feira, 2, em Paris, pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, horas após a divulgação da contração de 1,2% da produção das fábricas em abril na comparação com março. De acordo com ele, parte da contração registrada em abril foi gerada pela menor atividade no setor automotivo, que recebia estímulos no primeiro governo de Dilma Rousseff, agora extintos.

"A gente vai virar a nossa produção industrial", garantiu Levy, após uma reunião com Jean Pisani-Ferry, comissário-geral da France Stratégie, um órgão ligado ao primeiro-ministro francês, Manuel Valls, voltado para políticas de longo prazo no país. "Obviamente nós tivemos alguns anos com muito apoio e uma produção (automobilística) muito mantida pelo crédito público", disse, avaliando o atual cenário de queda nas vendas de veículos como "um período de acomodação".

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Apesar de não demonstrar surpresa com a queda na produção automotiva, Levy ressaltou que o segmento é importante. "Todo esse setor é relevante. O setor de autopeças é uma área que deveria ter vantagem competitiva", disse. "Tem de ver se a estrutura de proteção favorece ou não favorece (a competitividade)", completou, ressaltando a importância desse segmento da indústria para o País.

Segundo Levy, a proteção comercial da cadeia de produção ligada ao setor automotivo "não é muito alta", sendo mais concentrada "no final da cadeia". Questionado sobre eventuais medidas para alterar as condições de proteção do setor, o ministro não deu detalhes. "Isso é questão que tem de ser estudada. A gente não vai fazer nenhum movimento", afirmou.

Levy admitiu que o atual nível do real em relação ao dólar "tem ajudado a indústria". "O câmbio está no nível em que os mercados decidem e que reflete também a percepção sobre a nossa produtividade", afirmou em um primeiro momento, reconhecendo a seguir que "esses elementos são cada vez mais importantes" para o horizonte após o ajuste econômico em curso. "Vencida a primeira parte do ajuste, (é importante) para que as pessoas tomem decisões de investimento."

Pós-ajuste

No encontro com Pisany-Ferry, Levy discutiu infraestrutura, inovação, produtividade, a inserção das novas gerações e o acordo de livre comércio com a União Europeia. Ao deixar a reunião, Levy afirmou ter projetado com o francês como aproveitar as atuais condições para obter "crescimento sustentável através de medidas do lado da oferta e algumas medidas estruturais".

Adeus aos juramentos de amor eterno trancados sobre o rio Sena: a prefeitura de Paris começou a retirar nesta segunda-feira os centenas de milhares de "cadeados do amor" que os casais prendiam na famosa Pont des Arts.

Ponto final para as grades sobrecarregadas de cadeados de todos os tipos e cores. Já não haverá chaves lançadas de modo teatral no rio.

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A passarela respira, libertada de 700.000 a um milhão de objetos metálicos, que pesavam no total 45 toneladas. Há um ano, uma parte da grade desabou, vencida pelo peso do amor.

"Paris deve continuar sendo a capital do amor... Que os casais sigam declarando sua paixão, pedindo em casamento, talvez na Pont des Arts. Mas, por favor, sem colocar cadeados", afirmou Bruno Julliard, vice-prefeito da capital a cargo da Cultura.

Desde a manhã desta segunda-feira, os serviços municipais trabalham na ponte, cortando com serras especiais para metais as grades com cadeados e colocando-as em caminhões.

"Estamos refletindo sobre os possíveis meios de reciclá-los", afirmou Julliard.

O trabalho, que obrigará o fechamento da ponte por uma semana, permitirá que os turistas "recuperem esta magnífica perspectiva".

Efetivamente, a Pont des Artes oferece uma das mais belas vistas da capital francesa, com a perspectiva do rio, do museu do Louvre e das torres da catedral Notre Dame.

As grades serão substituídas por obras de "street art", e depois serão instalados definitivamente painéis de vidro no local.

- As perigosas toneladas do amor -

"Coloquei um cadeado aqui há dez anos", lembra, nostálgico, Feruccio, um italiano de 43 anos que visita Paris com sua esposa.

Para Yilmaz, que prendeu um cadeado em 2010, retirá-los é "como se retirassem o patrimônio de Paris, um patrimônio criado pelo povo". "É uma arte do povo. Isso era bonito", afirma.

Temendo um acidente diante do peso agregado à ponte, duas americanas lançaram em março de 2014 uma petição com o nome "no love locks", que foi assinada por 10.000 pessoas, pedindo a retirada dos cadeados, que "deixavam a ponte feia".

Afirmavam que se tratava de uma "moda horrível e perigosa" que desnaturaliza a "verdadeira Paris" e a transforma em "Disneyland".

Efetivamente, poucos meses depois, em 8 de junho de 2014, uma parte da grade da ponte caiu devido ao peso dos cadeados.

A ponte precisou ser esvaziada e a prefeitura retirou 37 grades, cada uma delas carregada com meia tonelada de cadeados. Uma parte das grades foi substituída por painéis de vidro.

Como alternativa, a prefeitura realizou uma campanha para encorajar os selfies, substituindo os cadeados, e publicá-los, acompanhados da hashtag #lovewithoutlocks.

A moda dos cadeados começou a se propagar em Paris em 2008. Depois da Pont des Arts passou a outras pontes do Sena e inclusive a bairros raramente frequentados pelos turistas.

Vendedores ambulantes e lojas próximas à ponte rapidamente perceberam o negócio e começaram a vender cadeados.

Paris "seguirá retirando um a um todos os cadeados de todas as pontes", promete Julliard.

Muito romantismo pesa: a prefeitura de Paris irá retirar na próxima segunda-feira (1º) centenas de milhares de "cadeados do amor" presos à famosa Pont des Arts. A Pont des Arts, que passa sobre o rio Sena e oferece uma das melhores vistas da capital, é conhecida mundialmente por seus "cadeados do amor", que os casais prendem ao longo do parapeito antes de jogar a chave no rio.

Mas no ano passado, parte do gradeado da ponte desabou, sem causar vítimas, em razão do peso do metal. "Degradação do Patrimônio, risco para a segurança dos visitantes": a Prefeitura de Paris decidiu remover permanentemente os cadeados da ponte na segunda-feira.

"Vamos retirar quase um milhão de cadeados, ou 45 toneladas", explicou Bruno Julliard, vice-prefeito de Paris. A Prefeitura irá inicialmente substituir as grelhas e painéis de madeira por "obras de vários artistas" antes de instalar "painéis de vidro", no outono, indicou.

"É um pouco bobo e uma pena", lamentou John, de 57 anos, enquanto caminhava de braço dado com Marion, de 42 anos, sua "companheira ilegítima". "Há um simbolismo em prender um cadeado para selar o seu amor nesta ponte, aqui em Paris, a cidade do amor", acredita este turista do sul da França.

A Torre Eiffel permaneceu fechada na manhã desta sexta-feira, já que seus funcionários decidiram não trabalhar, em protesto contra os batedores de carteiras, que tomaram como alvo este monumento emblemático de Paris.

A maioria dos funcionários decidiu exercer seu direito de parar de trabalhar diante do aumento da atividade dos batedores de carteiras no monumento e de várias agressões e ameaças, indicou um comunicado.

A administração da Torre Eiffel confirmou esta situação e lamentou "que os visitantes já presentes na esplanada tenham sido penalizados".

Os batedores de carteiras sobem na torre "em grupos de 4 ou 5 pessoas", mas "às vezes chegam a 30", e costuma acontecer que "briguem entre eles", indicou à AFP um dos funcionários.

Outro funcionário contou que foi ameaçado por um dos ladrões quando tentou expulsá-lo do monumento.

"Ele me disse: 'por que você não nos deixa trabalhar? Se você continuar com isso terá problemas'", contou.

Os funcionários exigem "garantias formais por parte da direção de que vão tomar medidas eficazes para colocar fim a este flagelo que atinge diariamente muitos turistas".

Por sua vez, a direção indicou que realiza uma cooperação ativa com a prefeitura de polícia para reforçar as medidas destinadas a garantir a segurança dos funcionários e do público.

A sede dos Arquivos Nacionais franceses em Paris vai expor, até 24 de agosto, uma seleção de manuscritos iraquianos e algumas cópias de manuscritos de Mossul, salvos no verão passado das destruições culturais do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque.

A exposição "Mesopotâmia, cruzamento de culturas", que reúne algumas peças pouco frequentes escritas em siríaco, aramaico, ou árabe, percorre a história das missões de monges dominicanos nesse território considerado "um dos lugares mais antigos do mundo cristão", afirmou o curador Jacques Charles-Gaffiot.

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Entre os manuscritos de poetas árabes, tratados de Medicina, ou evangelhos expostos, está um alcorão de Bagdá do final do século XII, provavelmente anotado pelo dominicano Riccoldo da Monte Croce (1243-1320).

A segunda parte da exposição é dedicada a sete cópias de grande qualidade de manuscritos procedentes da biblioteca dominicana de Mossul. A instalação foi transferida de urgência no verão passado, após a tomada desta cidade iraquiana pelas tropas do Estado Islâmico (EI) e pelo êxodo em massa da população cristão para Erbil, na região autônoma do Curdistão iraquiano.

"Esses manuscritos se encontram em um lugar seguro, escondidos em alguma parte do Curdistão", afirmou Najeeb, um monge iraquiano que os protegeu e transportou.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), os jihadistas destruíram voluntariamente grande parte dos tesouros culturais pré-islâmicos, assim como santuários cristãos, judeus, ou muçulmanos no Iraque, ao considerá-los hereges.

Durante o ataque dos jihadistas contra Qaraqosh, a grande cidade cristã do Iraque, em 7 de agosto de 2014, mais de 1.500 manuscritos foram destruídos, disse à AFP o patriarca caldeu Luis Rafael I Sako.

A cantora Patachou, uma das vozes mais irreverentes da música francesa do pós-guerra, que teve um famoso cabaré no bairro parisiense de Montmartre antes de lançar-se aos palcos, morreu nesta quinta-feira aos 96 anos, informou a família da artista.

Henriette Ragon, conhecida como Patachou, nasceu em 10 de junho de 1918 em Paris e morreu em sua casa em Neuilly, no subúrbio de Paris, cercada por sua família, anunciou seu filho Pierre Billon à AFP.

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"Foi uma senhora já muito idosa que faleceu suavemente, gentilmente, cercada por sua família", contou à AFP.

Intérprete de voz rouca e quente, sua "Bal chez Temporel" permaneceu célebre ao longo dos anos, assim como "La Bague à Jules" ou "Toutes les femmes de mon mari".

Ela também se apresentou no exterior (Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e até mesmo no Brasil), recebendo paralelamente pequenos papéis no cinema, como em "French Cancan" (1954) de Jean Renoir ou "Napoleon" de Sacha Guitry.

O embaixador da França em Jacarta advertiu nesta sexta-feira a Indonésia que a possível execução de um francês condenado à morte por tráfico de drogas terá consequências sobre as relações bilaterais.

O francês forma parte de um grupo de 11 condenados à morte por tráfico de drogas de origem estrangeira, entre os quais também figuram cidadãos de Brasil, Filipinas, Nigéria e Gana.

O brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, que, segundo sua família, sofre de transtornos mentais, apresentou há algumas semanas um pedido de indulto ao presidente indonésio, que foi negado.

"Em caso de execução, isso terá consequências sobre nossa relação bilateral", declarou a embaixadora francesa, Corinne Breuzé, em uma coletiva de imprensa, lembrando que a França, que aboliu a pena de morte em 1981, se opõe à pena capital "em qualquer lugar e em qualquer circunstância".

Serge Atlaoui, de 51 anos, foi detido em 2005 em um laboratório clandestino de produção de ecstasy nos arredores de Jacarta, e condenado à morte em 2007 por tráfico de drogas. Este homem sempre clamou sua inocência, afirmando que apenas havia instalado máquinas no que acreditava ser uma fábrica de plástico.

O francês apresentou um último recurso ante o Tribunal Supremo, cuja decisão é iminente. Caso seja rejeitado, sua execução pode ocorrer em breve.

Cerca de 40 pessoas participaram ao longo deste domingo, 12, de uma manifestação realizada em Paris contra a corrupção, pela reforma política e em solidariedade aos protestos no Brasil. O grupo, que há havia se mobilizado em março, reuniu-se próximo à embaixada brasileira na França e, com gritos de ordem, pediu mudanças no sistema político.

A manifestação aconteceu por volta de 17h - 12h de Brasília -, em Alma Marceau, próximo ao centro de Paris. O horário foi determinado pela polícia para não coincidir com a maratona que foi realizada hoje na capital francesa.

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Segundo uma das organizadoras do movimento, a advogada Mariana Camargo, de 26 anos, o protesto reuniu mais ou menos o mesmo número de pessoas que participaram do anterior, entre brasileiros radicados na França e turistas que passeavam pela região e decidiram se juntar ao grupo. Os manifestantes entoaram slogans como "Brasil, nação, chega de corrupção" e empunharam cartazes de "Fora Dilma", "Chega de corrupção" e "Fim do populismo e da corrupção na América Latina". Mas houve também quem portasse também mensagens pedindo um golpe militar. "SOS Intervenção constitucional militar já para o Brasil". "O que as pessoas pediram foi menos corrupção, reforma política", afirmou Mariana.

Sobre o número pequeno de manifestantes, a advogada disse não ser o mais importante. "Uma pessoa já é melhor do que ninguém. Se acreditamos que algo tem de mudar, mas não nos mexemos, não adianta reclamar no Facebook", pregou. "Não dá para não fazer nada. São as pequenas ações que mudam as coisas."

Seis pessoas que permaneceram escondidas no supermercado de Paris, onde um jihadista matou quatro clientes no dia 9 de janeiro, apresentaram uma denúncia contra os meios de comunicação, sobretudo contra o canal BFMTV, por terem colocado em risco suas vidas, anunciou seu advogado. Amédy Coulibaly, um dos três jihadistas que cometeram os atentados de Paris, fez reféns e matou quatro judeus em um supermercado do bairro de Vincennes e, na véspera, uma agente municipal.

Na denúncia, vista pela AFP e apresentada em 27 de março pelo advogado Patrick Klugman, há queixas principalmente contra um veículo de comunicação que revelou durante a tomada de reféns que alguns clientes estavam escondidos na câmara frigorífica da loja. "Vários meios deixaram de lado as regras mais elementares da prudência, ao retransmitir ao vivo a evolução das operações das forças policiais e por anunciar o ataque aos autores do atentado contra revista Charlie Hebdo, os irmãos Kouachi, enquanto Coulibaly tinha reféns em Paris", afirmam os autores da denúncia.

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"Os métodos de trabalho dos meios de comunicação em tempo real nesse tipo de situação são incitações ao crime", denunciou Klugman à AFP. Seus clientes destacam em sua denúncia que Coulibaly "seguia a evolução das informações por diferentes televisões, entre elas a BFMTV" e esteve em contato com jornalistas desse canal.

A vida de seus clientes "teria estado exposta se Coulibaly ficasse sabendo em tempo real da informação difundida pela BFMTV" de que estavam escondidos na câmara frigorífica, denunciou Klugman. Expôr a vida alheia ao risco pode ser apenado com um ano de reclusão e multa de 15.000 euros.

O Conselho Superior Audiovisual (CSA), organismo de regulação dos meios audiovisuais franceses, emitiu em 11 de fevereiro 36 advertências a 16 emissoras de rádio e canais de televisão que revelaram em suas transmissões ao vivo informações que poderiam colocar em perigo a vida de reféns nos atentados de Paris.

No dia 7 de janeiro, os irmãos Kouachi assassinaram 12 pessoas na redação do semanário satírico Charlie Hebdo. No dia seguente, Amédy Coulibaly matou uma agente municipal em Montrouge, periferia sul de Paris, e em 9 de janeiro assassinou quatro clientes judeus no supermercado Hyper Cacher.

Os três homens morreram em ação policial.

Depois de Montreal, Nova York e Londres, Paris apresenta uma grande exposição dedicada ao virtuoso estilista Jean Paul Gaultier, cujo universo inconformista já atraiu cerca de 1,4 milhões de visitantes em todo o mundo.

O casaco de marinheiro, o espartilho com seios cônicos de Madonna, as saias para homens, o punk, os modelos criados para o palco estão entra as 175 peças expostas a partir de quarta-feira no Grand Palais de Paris.

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A etapa parisiense da exposição mostra um caráter mais íntimo do criador de 62 anos, nascido em um subúrbio do sul da capital francesa.

"Paris é um pouco como uma apoteose", comentou Jean Paul Gaultier, que apresentou seu primeiro desfile em 20 de outubro de 1976, no Palais de la Découverte, a dois passos do Grand Palais.

Gaultier, que colaborou com a exposição, inaugurada em 2011 no Museu de Belas Artes de Montreal, explicou ter tido dúvidas sobre a ideia de "entrar em um museu". "Eu me dizia que isso era para as pessoas que estão mortas."

Mas ele foi persuadido pelos organizadores. Para "mostrar a vida como eu a amo", diz ele.

A exposição estará em cartaz até 3 de agosto.

Sob o olhar atento do técnico Dunga, a seleção brasileira realizou nesta segunda-feira, no Estádio Charlety, em Paris, o seu primeiro treinamento visando o amistoso com a França, na quinta. Acompanhado de Jairzinho, o "Furação da Copa de 70" e auxiliar-técnico nos dois próximos jogos, o treinador dividiu o grupo em três e enfatizou os trabalhos de marcação e troca de passes sob pressão e de finalizações, mas ainda não promoveu seu primeiro coletivo, não deixando pistas sobre a definição da equipe.

Os trabalhos começaram às 17h (13h em Brasília), sob um frio de 12ºC do início da primavera na Europa. Com o grupo completo após a chegada dos atletas que jogam em clubes europeus, casos de Neymar, Marcelo, Luiz Gustavo, William, Philippe Coutinho, Miranda, Filipe Luís e Danilo - que chegou à cidade e foi direto ao estádio -, Dunga pôde realizar os primeiros trabalhos com bola, ainda que com baixa intensidade. Em um primeiro momento, dois grupos de sete jogadores foram distribuídos em retângulos no gramado, onde trabalharam a troca de passes curtos e rápidos e a marcação sob pressão.

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Esses dois grupos foram depois fundidos em uma área maior, mantendo o treinamento. Enquanto isso, o treinador de goleiros Taffarel exercitava o posicionamento de Jefferson, Diego Alves e Marcelo Grohe, trabalhando também reposição de bola com os pés. No final, o grupo que chegou nesta segunda-feira a Paris ganhou folga mais cedo, enquanto os demais treinaram tiros a gol da entrada da área, com aproveitamento razoável.

Entre os poupados estavaM Neymar e Marcelo, que se enfrentaram no clássico entre Barcelona e Real Madrid, no domingo. Empolgado com a vitória dos catalães, o atacante admitiu que dormiu pouco nesta noite. Philippe Coutinho, titular do Liverpool na derrota para o Manchester United, no domingo, também descansou mais que os demais, assim como Miranda, Fabinho, Filipe Luís, Danilo, Luiz Gustavo e Willian.

Nesta terça, Dunga volta a comandar um treino previsto para as 16h (12h de Brasília), no Stade Charlety. Na quarta, os jogadores poderão fazer o reconhecimento do gramado do Stade de France, onde a seleção enfrentará a França, às 21 horas de quinta (17h de Brasília).

Falando antes do treino começar, os astros do Brasil se mostraram entusiasmados para enfrentar a equipe de Didier Deschamps, mesmo que as temporadas europeias estejam se encaminhando para o final e que o cansaço esteja aumentando.

Autoridades de Paris anunciaram medidas de emergência de 24 horas nesta segunda-feira para limitar o tráfego, após a poluição atingir níveis recordes. Carros com placas pares foram proibidos de circularem dentro da capital francesa.

Satisfeitas com a redução do tráfego, as autoridades decidiram não prorrogar a medida para o dia seguinte, quando os carros com placas ímpares seriam impedidos de circular. Este tipo de medida já foi instaurada na última primavera, uma vez que a situação de poluição é recorrente na cidade por causa de problemas climáticos.

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O transporte público não foi cobrado no final de semana e nesta segunda-feira, com o intuito de incentivar os motoristas a não utilizarem seus carros.

Alguns cidadãos parisienses acreditam que os impostos deveriam ser investidos em alternativas ecológicas. "Seria muito bom se as autoridades olhassem para as montadoras que fabricam carros que poluem menos. Tenho certeza que existem soluções inovadoras", disse a moradora Mireille Castel. Fonte: Associated Press.

Os primeiros seis atletas da seleção brasileira que participarão dos amistosos em Paris e Londres chegaram neste domingo (22) à capital francesa, onde o Brasil enfrentará a França nesta quinta-feira (25), no Stade de France, no primeiro de dois amistosos na Europa. Juntos de Dunga e de membros da comissão técnica, jogadores que defendem clubes brasileiros desembarcaram pela manhã, sendo seguidos no final da noite e na manhã desta segunda-feira (23) pelos atletas em atividade na Europa. Um primeiro treino já acontece nesta segunda.

Os goleiros Marcelo Grohe, do Grêmio, e Jefferson, do Botafogo, o zagueiro Gil, do Corinthians, os volantes Elias, do Corinthians, e Souza, do São Paulo, e o atacante Robinho, do Santos, chegaram a Paris no final da manhã e se dirigiram ao hotel Du Collectio, onde a delegação ficará hospedada até partir para Londres. O atacante Luiz Adriano, do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, convocado para o lugar de Diego Tardelli, também chegou pela manhã.

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Na chegada, Gil se disse contente com a oportunidade, mesmo que ela tenha surgido com os cortes de David Luiz e Marquinhos, do Paris Saint-Germain. "Estou preparado", garantiu, satisfeito por estar em Paris. "Agora tenho a oportunidade de estar com a seleção e tenho que me manter focado".

Outro que estava satisfeito era Luiz Adriano, cuja equipe foi eliminada de forma vexatória da Liga dos Campeões da Europa, na derrota de 7 a 0 para o Bayern de Munique nas oitavas de final. Vindo direto do Rio Grande do Sul, onde passava férias, o atacante comemorou a nova oportunidade. "É importante estar novamente aqui", disse.

Na tarde deste domingo, os jogadores saíram por Paris para visitar a cidade e eventualmente fazer compras, à espera da chegada dos companheiros que viriam à capital francesa ainda na noite deste domingo, caso de Fernandinho, do Manchester City.

O grupo de jogadores só fica completo na manhã e no início da tarde desta segunda, depois da chegada de suas maiores estrelas, entre elas o zagueiro Thiago Silva, do Paris Saint-Germain, o atacante Neymar, do Barcelona, e lateral-esquerdo Marcelo, do Real Madrid, que disputam o clássico espanhol neste domingo. O Brasil vai jorgar contra a França e o Chile.

Depois do sucesso da novela Império, Alexandre Nero está curtindo as férias e parece que ele passou por um momento um pouco embaraçoso. O ator está viajando por Paris, na França, ao lado da namorada, Karen Brusttolin, e contou em sua conta no Instagram a situação. Durante a visita ao museu de arte pós-moderno Centro Georges Pompidou, ele, que vai fazer um filme sobre MMA, acabou levando uma bronca do segurança ao fotografar uma goteira no espaço.

Ele publicou as fotos dos baldes e explicou: "Aqui em Paris, no Pompidou, um cano estourou e o pessoal da limpeza fez uma belíssima instalação com baldes para evitar que a água se espalhasse pelo museu. Foi até isolada com 'fitas de limite' como as obras de arte ao redor. Quando eu estava fotografando seguranças disseram: 'No!' (Não é o caso de um museu que não se pode tirar fotos). Obedeci no momento por não conseguir argumentar em Francês (meu francês é pior que de um poodle). Achei que, pelo menos na cidade que comportou os maiores e em um dos principais museus de arte contemporânea do mundo, eu poderia escolher o que é ou não arte pra mim. 'No!' Pensei: Será que os seguranças se achavam críticos de arte, ou seriam os críticos de arte que sempre se acharam seguranças, guiando o público para onde ver, limitando-os e assim impedindo-os de 'chegar perto' de obras?"

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A cidade de Paris planeja cortar pela metade o número de carros em circulação a partir da próxima semana. A prefeitura anunciou no sábado (21) que apenas carros com placas ímpares poderão andar pela cidade na segunda-feira, assim como quaisquer veículos elétricos ou híbridos e todos os veículos com mais de três pessoas. O transporte público será gratuito.

A poluição disparou na região de Paris desde quarta-feira, quando a cidade brevemente teve o ar mais sujo do mundo, de acordo com a empresa de monitoramento Plume Labs. Outras cidades no norte da França afetadas pela poluição do ar também estão impondo várias restrições. Fonte: Associated Press.

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O supermercado kosher de Paris que foi cenário de uma violenta tomada de reféns em 9 de janeiro reabriu as portas neste domingo, totalmente reformado após o ataque.

A loja Hyper Cacher, onde morreram quatro judeus e o sequestrador, Amédy Coulibaly, reabriu na presença do ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve.

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"A tragédia nos comoveu, mas nunca pensamos em não voltar a abrir o supermercado", disse um dos gerentes da rede.

A unidade Hyper Cacher alvo do ataque fica na zona leste de Paris.

"Queremos reafirmar que a vida será sempre mais forte que a barbárie", afirmou a direção do supermercado.

"A reabertura demonstrará que os judeus franceses têm mais do que nunca seu lugar no país", completa um comunicado.

Quatro judeus morreram em 9 de janeiro no mercado da zona leste de Paris em um ataque executado pelo jihadista francês Amédy Coulibaly, que tomou vários clientes e funcionários como reféns durante várias horas. Coulibaly foi morto durante a operação de resgate das forças de segurança.

A ação aconteceu dois dias depois do ataque à revista satírica Charlie Hebdo protagonizado por outros dois jihadistas, os irmãos Sherif e Said Kouachi, que deixou 12 mortos, e um dia depois do assassinato de um policial na região de Paris pelo próprio Coulibaly.

Um jornalista do canal Al-Jazeera (Catar) que pilotou sem autorização um drone em Paris, onde, ao mesmo tempo, foram registrados misteriosos voos noturnos de aparelhos teleguiados, foi condenado a pagar uma multa de mil euros e teve o drone confiscado.

Tristan Redman, britânico de 34 anos, e outros dois jornalistas foram detidos em 25 de fevereiro, quando pilotavam um drone na floresta de Boulogne, oeste de Paris.

Os voos de drones sem autorização são proibidos em Paris. Apenas o jornalista que pilotava o aparelho foi julgado. Os outros dois não foram acusados.

A polícia descartou rapidamente qualquer relação entre o drone dos jornalistas e os sobrevoos registrados na capital nos dias anteriores, que continuam sendo um mistério.

"São jornalistas que apenas queriam fazer seu trabalho", afirmou o advogado de Redman, Francis Szpiner.

Tristan Redman, que trabalha no escritório da Al-Jazeera em Paris, recebeu em novembro o drone do escritório em Londres. Ele contratou os outros dois repórteres freelancer para a reportagem.

A polícia francesa investiga, sem sucesso, há vários meses os voos misteriosos de drones sobre instalações estratégicas, como centrais nucleares e uma base de submarinos, e sobre a capital, incluindo o palácio presidencial.

A Câmara Municipal de Paris autorizou a prefeita Anne Hidalgo a processar a emissora norte-americana Fox News por relatar que existem "zonas proibidas" na capital francesa, onde os não-muçulmanos e policiais temem entrar.

Os políticos votaram nesta quarta-feira (11) pela abertura de um processo em um tribunal francês por difamação, diante dos comentários feitos na Fox News e a divulgação de um mapa com oito dessas áreas proibidas. As informações da emissora foram mostradas quando Paris estava em alerta máximo após ataques de radicais islâmicos no mês passado.

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A Fox foi amplamente ridicularizada por causa desta reportagem e pelos comentários que descrevem a cidade de Birmingham como "totalmente muçulmana". A emissora, mais tarde, pediu desculpas por "alguns erros lamentáveis".

Hidalgo prometeu "salvar a honra de Paris" e salientou a importância da imagem de um destino turístico mundial importante. Fonte: Associated Press.

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