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Derrotado nas urnas em duas oportunidades, Pedro Sánchez, de 46 anos, líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), venceu ontem a queda de braço no Parlamento da Espanha contra o primeiro-ministro Mariano Rajoy e assumirá o comando da quinta maior economia da União Europeia. A moção de censura, manobra política que viabilizou a queda do premiê, foi a primeira bem-sucedida desde a redemocratização do país, em 1977.

Eleito pelo Parlamento como chefe de governo em dezembro de 2011, Rajoy vivia desde 2016 uma situação instável. Sem maioria no Legislativo, contava com a abstenção da legenda centrista Ciudadanos e de partidos nanicos para se manter no poder.

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A situação lhe permitiu enfrentar a crise da Catalunha, em 2017, mas se tornou insustentável desde 24 de maio, quando a Audiência Nacional, a mais alta corte de Justiça, condenou o Partido Popular (PP), do qual é o líder, e 28 de seus altos dirigentes em um processo por corrupção e financiamento clandestino de campanhas eleitorais - o caso Gürtel.

A decisão judicial abriu o caminho para que Sánchez propusesse a moção de censura, ferramenta dos sistemas parlamentaristas europeus que permite contestar um governo. Por 180 votos a favor e 169 contrários, o premiê conservador foi derrubado pelo Parlamento. "Foi uma honra ter governado a Espanha", afirmou Rajoy, antes da votação que formalizou sua queda. "Entrego uma Espanha melhor do que encontrei. Que meu substituto possa dizer o mesmo."

Em seu discurso, Sánchez prometeu abrir "uma nova página na democracia da Espanha". "Queremos dignificar uma democracia sólida, forte e com instituições exemplares."

Tão logo a votação foi encerrada, recebeu uma salva de palmas dos deputados presentes e os cumprimentos de Pablo Iglesias, líder do partido de esquerda radical Podemos. "Hoje tivemos uma grande notícia. Estamos orgulhosos de poder enviar o Partido Popular à oposição, onde devem estar", afirmou Iglesias, colocando-se à disposição de Sánchez para participar de uma coalizão de governo. "Espero que Sánchez seja capaz de armar um governo forte e estável e não pretenda governar com 84 deputados."

Por ora, a possibilidade de aliança ainda segue em aberto e não se descarta a possibilidade de que o PSOE inicie sua gestão sem formalizar o apoio do Podemos. Mas Sánchez já manifestou o interesse de contar com o apoio de outros partidos, por entender que o bipartidarismo no Parlamento chegou ao fim. Mesmo uma eventual coalizão com o Podemos será minoritária, com 84 votos dos socialistas, 71 do Podemos e partidos nanicos, o grupo chegaria a 156 votos, de um total de 350 deputados.

A posse de Sánchez ocorrerá às 11 horas deste sábado, , depois de o rei Felipe VI, na condição de chefe de Estado, oficializar sua nomeação ao posto de premiê. Embora sofra pressões do líder do Ciudadanos, Albert Rivera, para convocar eleições para o mais breve possível, o socialista manifestou a intenção de comandar uma coalizão até o fim da legislatura, em 2020.

Ex-professor de Economia, conhecido como El guapo (bonito, em espanhol), Sánchez comandou o retorno do PSOE ao governo, após Felipe González (1982-1996) e José Luis Rodríguez Zapatero (2004-2011). Contestado no interior da legenda após suas derrotas nas eleições de 2015 e 2016 - quando elegeu apenas 84 deputados -, Sánchez chegou a ser derrubado do cargo de secretário-geral do partido, mas retomou o poder pelo voto dos militantes adotando uma linha social-democrata mais à esquerda do que seus predecessores.

Ao longo da crise catalã, apoiou a estratégia de linha dura de Rajoy contra os independentistas, mas soube construir uma linha de diálogo, o que lhe permitiu contar com os votos dos partidos catalães e bascos para chegar ao poder nesta sexta.

Lidar com o desafio separatista na Catalunha será, ao que tudo indica, o maior desafio de sua gestão. Sem maioria no Parlamento, Sánchez não terá os votos para aprovar a reforma do sistema territorial, adotando medidas de caráter federativo.

Embora tenha sido evasivo sobre seu programa de governo, ele deve iniciar sua gestão desfazendo atos impopulares do governo Rajoy. Segundo o cientista político Fernando Vallespin, da Universidade Autônoma de Madri, uma das primeiras medidas seria revogar a reforma da legislação do trabalho, destinada a flexibilizar as relações trabalhistas, mas acusada por seus detratores de tornar o mercado precário e causar efeitos contraproducentes à economia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo espanhol disse que o primeiro-ministro Mariano Rajoy, em reuniões com opositores políticos, defendeu o desempenho da polícia no último domingo na Catalunha, quando centenas foram feridas na tentativa de plebiscito sobre a independência da região.

O principal líder da oposição, o socialista Pedro Sanchez, criticou a violência policial que deixou mais de 1.300 feridos, a maioria civis. O líder do partido Ciudadanos, Albert Rivera, também se reuniu com Rajoy nesta segunda-feira, enquanto o premiê procura um consenso sobre como proceder com a crise envolvendo a Catalunha.

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Uma declaração do governo disse que Rajoy também conversou com os principais líderes da União Europeia e com o presidente da França, Emmanuel Macron, para explicar o "fracasso" da tentativa de votação do governo separatista catalão. Rajoy disse a eles que "a determinação do governo em suspender o plebiscito ilegal contribui para manter a estabilidade e a democracia em toda a União Europeia". Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, afirmou que saiu satisfeito do encontro que teve com o presidente Michel Temer (PMDB) nesta segunda-feira (24), em Brasília, e destacou a agenda de reformas que está em curso no Brasil.

Na saída do jantar oferecido durante o Fórum Brasil-Espanha em homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), na capital paulista, Rajoy disse que as relações entre os dois países são boas e ficarão ainda melhores. "Acreditamos que o governo está fazendo uma política de reformas e que trará benefícios a todo o povo brasileiro", disse.

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi ignorado no jantar de encerramento do Fórum Espanha-Brasil, na noite desta segunda-feira (24), em São Paulo.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), também participaram do evento.

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Por um equívoco do cerimonial, Alckmin não foi chamado para discursar, como o fizeram, entre outros, FHC e Doria. Na saída do jantar, Alckmin reagiu com bom humor ao episódio. "Poupei o discurso", brincou.

Enquanto tenta se viabilizar como candidato à Presidência da República, Alckmin passou a ter, nos últimos meses, a sombra de seu pupilo Doria, que também passou a ser cotado para uma eventual candidatura.

Doria, que em todas as oportunidades tem ressaltado a fidelidade política a Alckmin, evitou polemizar sobre o erro do cerimonial. "Não me ponham nessa fria. Não tenho nada com isso. Pelo amor de Deus", disse.

O Parlamento da Espanha vota nesta quarta-feira a posse do conservador Mariano Rajoy para continuar à frente do governo como primeiro-ministro, com grandes chances de ser negado novamente, levando à contagem regressiva para convocar a terceira eleição legislativa em um ano.

O líder da oposição do partido socialista da Espanha, Pedro Sanchez, já prometeu que seu grupo votará contra Rajoy.

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Em uma primeira votação de investidura nesta quarta-feira, Rajoy precisa de uma maioria absoluta dos 350 deputados do Parlamento. No entanto, ele possui 137 legisladores do Partido Popular (PP, direita) e 32 dos Ciudadanos e um de um pequeno partido canário, seis a menos do necessário.

Se Rajoy perder nesta quarta-feira, ele ainda tem uma segunda chance na sexta-feira, quando ele precisa de mais votos a favor do que contra. Ainda assim todos os sinais indicam que ele não vai passar.

Se nenhum governo estiver em vigor no prazo de dois meses, a Espanha pode ter a sua terceira eleição em um ano, marcada para acontecer no dia 25 de dezembro, dia de Natal.

Rajoy defende a urgência de se ter um governo e evitar assim as novas eleições, e pediu na terça-feira a confiança dos deputados para continuar liderando o executivo, sabendo de antemão que não deverá receber os votos necessários. Fonte: Associated Press

O primeiro-ministro em exercício da Espanha, Mariano Rajoy, lançou hoje um debate parlamentar de dois dias para tentar por fim ao impasse político que dura oito meses no país.

"A Espanha precisa urgentemente de um governo", afirmou a parlamentares, notando que seu partido foi o que recebeu mais votos nas duas últimas votações e que não há alternativas no horizonte. Ele também alertou que o atraso na formação de um governo pode prejudicar o crescimento econômico vivido pelo país desde 2013.

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Líderes da oposição, no entanto, afirmaram que não irão apoiar Rajoy na nova investida. O Partido Socialista, com 85 dos 350 votos, já declarou que não irá apoiá-lo.

Na primeira investida, Rajoy precisa de 176 votos do parlamento para formar um governo. Caso ele falhe, uma segunda votação será feita, onde ele precisa apenas de mais votos a favor do que contra. Isso pode acontecer caso os socialistas se abstenham deste pleito ao invés de votarem contra.

Caso a nova tentativa fracasse, a Espanha irá realizar uma terceira eleição em 25 de dezembro. Fonte: Associated Press.

O líder do partido de esquerda espanhol Podemos, Pablo Iglesias, informou ao primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, que não oferecerá apoio a um novo governo formado pelo partido do premiê, o Partido Popular, que obteve a maioria dos votos nas eleições gerais realizadas em 20 de dezembro. Apesar da vitória, o PP não conseguiu a maioria do Parlamento.

Após uma reunião com Rajoy, Iglesias disse que o Podemos não fará parte de uma coalizão liderada pelo PP e que não apoiará Rajoy indiretamente se abstendo de votar para a liderança parlamentar. Rajoy também se reuniu com Albert Rivera, do partido Ciudadanos, para tentar apoio para um governo de coalizão.

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Como o principal partido da oposição, o Partido Socialista, descartou apoio ao governo, Rajoy está ficando sem opções. A Espanha nunca teve uma "grande coalizão", com o poder compartilhado entre o Partido Popular e o Socialista.

O rei Felipe VI conversará em janeiro com os líderes de cada partido que obteve assentos no Parlamento e nomeará um para o governo. No entanto, o partido indicado precisará receber um voto de confiança da liderança do Parlamento. Caso o impasse não termine depois de dois meses, o rei convocará novas eleições. Fonte: Associated Press.

A taxa de desemprego na Espanha caiu para 21,2% no terceiro trimestre deste ano, o patamar mais baixo dos últimos quatro anos. A melhora no indicador pode ajudar o primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, em sua tentativa de se reeleger na eleição geral marcada para 20 de dezembro.

O Instituto Nacional de Estatísticas afirmou que o número de pessoas sem emprego na quarta maior economia da zona do euro diminuiu 298.200 no período de julho a setembro, para 4,85 milhões, e a economia criou 182.200 vagas. Desse total, 152.100 foram geradas pelo setor privado.

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Os números estão em linha com as projeções do governo de que a economia espanhola crescerá mais de 3% e criará cerca de 600 mil empregos neste ano, mesmo com uma redução no déficit orçamentário para 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Essas são boas notícias para um país que só no fim de 2013 saiu de uma profunda crise de cinco anos durante a qual teve contração de quase 9%.

Rajoy, que assumiu o governo em dezembro de 2011 e passou boa parte de seu primeiro ano de comando evitando pedir um resgate total da União Europeia, parecido com o concedido à Grécia, provavelmente vai usar a economia em sua campanha eleitoral. O premiê continua impopular, por causa de acusações de corrupção do Partido Popular, mas pesquisas de opinião mostram que muitos espanhóis creditam a Rajoy a recuperação econômica. Fonte: Dow Jones Newswires.

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, negou que vá renunciar ou convocar eleições antecipadas, segundo informou a agência Dow Jones. Ele afirmou também nesta quinta-feira que errou ao confiar no ex-tesoureiro de seu partido, que está no centro de uma investigação de corrupção. Rajoy negou, porém, ter feito qualquer coisa errada e rejeitou os pedidos da oposição para que renuncie ao cargo.

Foi a primeira vez que o líder espanhol admitiu ter cometido um erro na condução do escândalo, que tem prejudicado sua popularidade e afastou as atenções de seu governo da pior crise econômica enfrentada pelo país em décadas. Mas seu discurso, transmitido pela televisão em cadeia nacional, não contribuiu muito para acalmar os ânimos.

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Rajoy se dirigiu ao Parlamento num tom combativo ao fazer sua primeira defesa contra as acusações de que ele e outros líderes do conservador Partido Popular (PP) teriam recebido, durante anos, envelopes com dinheiro doado por empresa espanholas que queriam conseguir contratos com o governo. Esses recursos teriam sido distribuídos por um fundo secreto, que teria ficado sob o comando do ex-tesoureiro do PP, Luis Bárcenas.

Seis meses depois do início das acusações, Rajoy concordou em se explicar em sessão parlamentar especial, transmitida cadeia nacional de televisão, depois que partidos de oposição ameaçaram pedir um voto de desconfiança.

A pressão sobre Rajoy, líder do partido e primeiro-ministro desde 2011, aumentou depois que Bárcenas testemunhou no tribunal na semana passada. Ele disse ao juiz que fez pagamentos ilícitos a Rajoy e a outros membros do partido a partir de um fundo secreto da legenda durante vários anos.

Rajoy disse aos parlamentares que seu partido fez pagamentos a membros da legenda, além de seus salários, como reembolso de despesas e bônus pelos anos de permanência no PP, mas negou a existência de contas secretas. O premiê afirmou que paga seus impostos e faz contribuições para a seguridade social tendo como base toda a sua renda. Segundo ele, uma investigação judicial pode provar que ele não financiou ilegalmente o partido.

Rajoy disse que decidiu falar sobre o escândalo, que prejudica sua credibilidade e a imagem da Espanha no exterior, na medida em que o governo busca fortalecer a confiança dos investidores e tirar o país da recessão. "Nada relacionado a este assunto me impediu, nem vai me impedir, de governar", declarou Rajoy. Fonte: Dow Jones Newswires.

Milhares de pessoas concentraram-se nesta quinta-feira diante do diretório do Partido Popular (PP, conservador) em Madri para exigir a renúncia do primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, em meio a denúncias de que ele teria recebido centenas de milhares de euros provenientes do caixa 2 de seu partido antes de ser eleito chefe de governo, em 2011.

A manifestação de hoje ocorre dois dias depois de líderes da oposição terem intimado Rajoy a explicar-se perante o Parlamento ou enfrentar uma moção de censura. O escândalo de corrupção no partido governista ocorre em um momento no qual Rajoy vem impondo medidas de austeridade e desarticulando benefícios sociais em meio à crise e ao elevado nível de desemprego.

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Na segunda-feira, Rajoy disse que não cederia à pressão para que renunciasse depois da revelação de que ele trocou mensagens de texto com o ex-tesoureiro do PP investigado de desviar milhões de euros para contas secretas na Suíça.

Luis Bárcenas, o ex-tesoureiro, afirmou perante um juiz que Rajoy recebeu dinheiro proveniente do caixa 2 do PP. O primeiro-ministro nega. Bárcenas afirmou, entre outras coisas, que fez pagamentos a Rajoy e a María Dolores de Cospedal, secretária-geral do PP.

A maioria dos valores registrados nos documentos usados na denúncia viola a lei de financiamento de partidos políticos da Espanha porque superam o valor máximo fixado para uma mesma pessoa física ou jurídica ou porque eram oferecidos por pessoas ou empresas proibidas de fornecer recursos a partidos. Esses pagamentos foram feitos principalmente em nome de empresas e empresários do setor de construção, segundo o jornal El País. Fonte: Associated Press.

O secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Alfredo Pérez Rubalcaba, pediu a renúncia imediata do primeiro-ministro Mariano Rajoy depois de um jornal ter afirmado possuir provas de que ele recebeu recursos irregulares quando trabalhou num governo anterior.

O escândalo envolvendo tais pagamentos secretos já agitou o Partido Popular (PP), de Rajoy, e prejudicou sua popularidade.

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Neste domingo, o jornal El Mundo publicou que tem mais provas de que Rajoy sabia da rede de corrupção no partido, liderada por Luis Bárcenas.

O jornal publicou o que afirmou serem mensagens de texto enviadas por celular entre Rajoy e Bárcenas. Além do pedido de renúncia, Bárcenas declarou que seu partido rompeu todas as relações com o PP.

Os espanhóis enfrentam duras medidas de austeridade e reformas econômicas com o objetivo de reduzir a dívida do país. A economia do país é atingida pela recessão e o desemprego atingiu 27,2%. Fonte: Associated Press.

A economia da Espanha está claramente no caminho da recuperação, o que deve resultar em crescimento econômico em todo o ano que vem e uma performance mais forte a partir de 2015, disse o primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy.

Falando após o fim da reunião de cúpula da União Europeia, em Bruxelas, Rajoy disse que a leitura do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol no segundo trimestre, que será divulgada em algumas semanas, virá melhor que a do primeiro trimestre e "muito melhor" do que a dos últimos três meses de 2012. Ao mesmo tempo, segundo ele, os números do desemprego estão mostrando melhora significativa.

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A economia espanhola esteve em recessão nos últimos seis trimestres e o governo acredita que uma recuperação modesta começará ainda este ano. Mesmo assim, Rajoy alertou conta otimismo em excesso. "As melhoras na economia devido às reformas do governo ainda vão demorar algum tempo para surtirem efeito no dia a dia das pessoas", afirmou.

Ele disse também que a reunião de cúpula da UE resultou em decisões positivas para a Espanha, especialmente em relação ao financiamento de programas para estimular a criação de empregos entre jovens. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ex-tesoureiro do Partido Popular espanhol (conservador, situação), Luís Bárcenas, possui mais dinheiro do que se imagina em contas na Suíça: um total de 47 milhões de euros (US$ 62,4 milhões), segundo informações divulgadas pela Justiça da Espanha nesta sexta-feira.

O juiz da Audiência Nacional, Pablo Ruz, revelou, em um auto processual, que Bárcenas acumulou dinheiro em uma segunda conta bancária: mais do que os US$ 30 milhões que admitiu ter no primeiro momento. Há meses, o magistrado cancelou o passaporte do tesoureiro do PP, por risco de fuga.

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Bárcenas, de 55 anos, é figura central de vários casos de corrupção que afetam o governo de Mariano Rajoy. O caso tem despertado em amplos setores da população uma grande indignação e o sentimento de que os políticos se enriquecem com total impunidade, enquanto a sociedade paga a prolongada crise econômica. O desemprego, o aumento da carga tributária e o corte dos serviços essenciais são outros problemas relatados pelos espanhóis.

O juiz Pablo Ruiz investiga a relação do dinheiro de Bárcenas, na Suíça, com uma suposta trama de financiamento ilegal do partido.

O advogado de Bárcenas desvinculou a fortuna da Suíça de qualquer atividade ilícita e disse que o dinheiro era fruto de muitos anos de negócios e investimentos legais.

Bárcenas também é o suposto autor de um dos documentos que remete a quase 20 anos de um "caixa dois" (recursos não contabilizados), com repasses sistemáticos a dirigentes do PP, incluindo o próprio primeiro-ministro Rajoy. Os indícios contábeis foram publicados pelo jornal El Pais, no dia 31 de janeiro, e estão sendo analisados pela Justiça, que ainda não se pronunciou oficialmente sobre seu conteúdo.

O PP nega a veracidade dos papéis e Rajoy disse não ter recebido dinheiro de "caixa dois". Já Bárcenas declarou à promotoria que a letra dos papéis do El País não é sua.

Luis Bárcenas tornou-se o número dois da área de finanças do PP em 1991. Em 2008, foi promovido a tesoureiro por Rajoy, sendo expulso do partido no ano seguinte. Também foi senador entre 2004 e 2010. Fonte: Associated Press.

A economia da Espanha já está se recuperando, apesar das visões pessimistas expressadas por alguns observadores, afirmou nesta quarta-feira o primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) disse mais cedo que a economia espanhola deve se contrair 1,7% este ano, significativamente mais de que a contração de 1,3% esperada pelo governo do país.

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O Banco da Espanha também disse que a economia deve continuar se contraindo no segundo trimestre. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, disse nesta terça-feia que seu governo vai manter suas metas para o déficit orçamentário, apesar de sinais emitidos pela Comissão Europeia de que os países podem receber mais tempo para alcançar suas metas.

"Nosso comprometimento com o déficit público é algo que devemos respeitar acima de tudo", disse Rajoy, em coletiva de imprensa como presidente da França, François Hollande, em Paris. Segundo o ministro, a Espanha fará o que for necessário para atingir suas metas.

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O Ministério do Orçamento da Espanha disse hoje que o déficit orçamentário do governo espanhol chegou a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nos quatro primeiros meses do ano. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, está enfrentando pressão de membros de seu partido sobre o plano do governo de impor mais cortes de gastos a regiões poderosas do país, desencadeando críticas sobre metas "assimétricas" de déficit que poderiam favorecer a Catalunha ante regiões mais pobres, segundo o Financial Times.

Na tentativa de restaurar a unidade do partido, o primeiro-ministro se encontrou com os líderes regionais de seu partido em Madri nesta segunda-feira, mas o encontro terminou sem um acordo. O governo central quer que as regiões reduzam o seus déficits orçamentários, de 1,7% do PIB no ano passado, para 1,2% este ano. A redução é crucial para a campanha da Espanha de diminuir o déficit público e retardar o aumento da dívida nacional. As informações são da Market News Internacional.

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Pela primeira vez, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, sugeriu que pode considerar requerer ajuda do fundo de resgate da zona do euro a fim de aliviar o aprofundamento da crise financeira no país. Em entrevista à imprensa nesta sexta-feira, Rajoy se recusou a dizer se a Espanha planeja pedir ajuda da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), o fundo de resgate temporário da zona do euro, alegando que quer esperar por mais informações sobre os planos do BCE. "Depois, dependendo das circunstâncias, vamos tomar uma decisão ou outra", afirmou. "Não tomei uma decisão", acrescentou.

Os comentários dele representaram uma mudança de tom. Em razão das condições e do estigma político decorrentes da ajuda da EFSF, autoridades espanholas vinham descartando a possibilidade de pedir ajuda. Na quinta-feira, em entrevista à imprensa com o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, Rajoy evitou comentar a questão.

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A Espanha está no foco após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, dizer ontem que a instituição estava pronta para retomar as compras de bônus soberanos a fim de acalmar os mercados da dívida na região, porém somente após um governo requisitar socorro aos fundos de resgate da zona do euro e se comprometer com estritas condições. Os comentários pareceram colocar mais pressão sobre a Espanha, para que o país busque ajuda a fim de reduzir seus custos de financiamento.

Draghi também afirmou que o BCE vai detalhar como as compras de bônus vão funcionar e anunciará uma série de outras medidas contra a crise nas próximas semanas. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, voltou a cobrar nesta quinta-feira uma maior integração econômica e fiscal na União Europeia, afirmando que é preciso estabelecer uma agenda concreta de reformas. "A Europa não pode ficar parada. Na próxima semana os líderes europeus terão uma oportunidade única de dar uma mensagem clara e contundente em relação ao nosso projeto de integração", afirmou, se referindo à cúpula da UE que acontece em 28 e 29 deste mês.

Em um evento com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Rajou afirmou que seu governo está realizando "esforços sem precedentes para equilibrar a economia e torná-la mais flexível e competitiva". "Não é um processo nem fácil nem amável, mas meu governo está determinado a levá-lo a cabo sem vacilar", disse. "Estou muito consciente dos grandes sacrifícios que estou pedindo e vou continuar pedindo aos nosso empresários e aos cidadãos. Mas eles não serão em vão e assentarão as bases para um futuro mais estável e muito mais próspero, que vai beneficiar a todos".

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Segundo Rajoy, sua agenda passa pela recuperação da competitividade, a correção de uma política de aumento excessivo dos gastos públicos e a implementação de reformas estruturais há muito adiadas. "E tudo isso em um contexto de turbulência nos mercados financeiros e de crescentes dificuldades no acesso a financiamentos", afirmou.

O primeiro-ministro espanhol explicou que as reformas estruturais e o ajuste fiscal que seu governo está realizando são de grande importância, mas reconheceu que levará tempo para que eles deem frutos. Além disso, essas ações devem ser complementadas com outras no nível da UE, que favoreçam o crescimento no curto prazo. "É preciso recuperar a confiança no euro, garantir que faremos todo o necessário para que ele continue sendo nossa moeda."

O líder espanhol voltou a defender a criação de uma união bancária na zona do euro, com uma autoridade supervisora comum, garantias de depósitos e um fundo de reestruturação e liquidação de instituições problemáticas. Ele também defendeu uma maior integração fiscal no bloco, com políticas comuns e um controle centralizado das finanças públicas. O que significa abrir mão de parte da soberania nacional, reconheceu.

Rajoy também comentou os resultados das auditorias realizadas por duas consultorias internacionais sobre o sistema bancário do país. Segundo ele, os resultados, divulgados nesta quinta-feira, mostram que a ajuda de até 100 bilhões de euros oferecida pela UE é mais que suficiente para atender às necessidades de capital das instituições.

Segundo a consultoria norte-americana Oliver Wyman, os bancos espanhóis precisariam de 51 bilhões de euros a 62 bilhões de euros em um cenário econômico adverso, enquanto a alemã Roland Berger calculou a necessidade em até 51,8 bilhões de euros.

"Reitero meu desejo de que a ajuda financeira (da UE) seja aprovada o mais rapidamente possível porque o saneamento do sistema bancário é imprescindível para a recuperação da economia da Espanha", declarou o premiê.

O tempo ruim atrasou a abertura de algumas seções eleitorais na Espanha, que realiza eleições gerais hoje. Uma seção no sul do país teve de ser realocada por causa de enchentes, disse o porta-voz do escritório eleitoral, Felix Monteira. Segundo ele, o comparecimento às urnas era menor que durante a eleição de 2008 no país.

O Ministério do Interior informou que o comparecimento às 14 horas (hora local) era de 37,87%, 2,5 pontos inferior ao registrado no mesmo momento nas eleições de 2008, segundo o site do jornal El País. Os eleitores escolhem 350 membros da Câmara dos Deputados e 208 do Senado.

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"Eu estou pronto para o que os espanhóis quiserem", afirmou o líder do Partido Popular, Mariano Rajoy, favorito para vencer com folga a disputa. Já Alfredo Perez Rubalcaba, do governista Partido Socialista Obrero Español (PSOE), pediu aos partidários que não deixem o baixo comparecimento reduzir as chances da sigla. "Os próximos quatro anos serão muito importantes para nosso futuro", lembrou. "As grandes decisões devem ser tomadas pelos cidadãos, por isso é importante votar."

A previsão é de que as urnas sejam fechadas às 19h (de Brasília) e os primeiros resultados saiam uma hora depois disso, às 20h. As informações são da Associated Press.

A festa acabou na Espanha. Foram anos de forte crescimento e resgate do orgulho. Mas a crise fez tudo isso desmoronar e, em pouco tempo, o país se transformou no exemplo mais explícito da quebra de um modelo econômico em parte dos países ricos.

A eleição marcada para hoje na Espanha será a síntese de toda a repercussão social, política e econômica da turbulência mundial que eclodiu em 2008 e não dá sinais de que vai diminuir. Os 35 milhões de eleitores que irão às urnas hoje esperam dar uma resposta dura à situação de convulsão social que vivem. Mas todos sabem que o pior ainda está por vir quando as medidas de austeridade exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela União Europeia (UE) começarem a ser implementadas em 2012.

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Políticos, economistas e cidadãos consultados pela reportagem são unânimes em afirmar que a eleição marca o fim de uma década de ilusões financiadas por crédito barato, da ilusão de que a Espanha era um país com a mesma influência dos demais governos da UE e o reconhecimento do fim da ilusão de que sociedade - depois de anos de ditadura e privações - era enfim rica.

Mesmo não sendo o único responsável, quem pagará por isso será o governo socialista de José Luiz Rodriguez Zapatero. O pleito deve ser vencido pela direita liderada por Mariano Rajoy. Acusado pela população de ter mentido quando insistiu que não havia risco de uma recessão, Zapatero nem sequer se apresentou às eleições e evitou sair em fotos ao lado dos candidatos.

Ele deixou a candidatura a cargo de Alfredo Rubalcaba, que por anos se sacrificou pelo partido socialista. Desta vez, não foi diferente. Apesar de alguns avanços em temas como direitos de homossexuais, do direito das mulheres e da abertura de valas do franquismo, a herança é maldita: o desemprego subiu e a economia está estagnada. Há 400 mil empresas fechadas, uma nova classe de pobres, uma dívida de 700 bilhões e uma população em estado de depressão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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