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Os arroubos do presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à lisura do processo eleitoral brasileiro têm encontrado resistência em organizações da sociedade civil organizada. O Pacto pela Democracia, coalizão composta por 200 entidades autônomas, entregou um manifesto ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, nesta quarta-feira, 11, com mensagem de repúdio aos "discursos antidemocráticos que enaltecem ideias de cunho autoritário", em alusão ao atual chefe do Executivo.

O procurador de Justiça Roberto Livianu, colunista do Estadão, representou a coalizão ao lado de outras lideranças parceiras no encontro com Fux. Ele é presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, uma das organizações que assinam o manifesto. Segundo Livianu, o presidente do Supremo garantiu que, na composição da Corte, o placar em defesa da democracia é de "11 a zero".

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"O Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral fazem o seu trabalho honradamente e podem ser criticados em decisões individuais tomadas, sem sombra de dúvidas, o que não se pode admitir é o discurso tirânico e golpista", disse Livianu a jornalistas na saída da Suprema Corte. "Estamos preocupados com a preservação da democracia. Não admitimos retrocessos e não transigimos com a democracia".

No manifesto entregue ao presidente do Supremo, a coalizão Pacto pela Democracia afirma que o País viverá as eleições mais desafiadoras da história, "em função dos sistemáticos e infundados ataques do presidente Jair Bolsonaro, e de seus apoiadores ao processo e às instituições eleitorais".

O documento ainda argumenta que "descredibilizar e enfraquecer o processo eleitoral interessa apenas àqueles que não têm compromisso com a expressão da vontade popular", novamente em alusão a Bolsonaro.

O grupo Pacto pelo Democracia ainda terá audiências com senadores e entregará o manifesto ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ao presidente do TSE, Edson Fachin.

"O conteúdo do manifesto tem como objetivo demonstrar as preocupações da sociedade civil neste momento com esse discurso cada vez mais crescente de um setor radicalizado em um dos Poderes, que visa fragilizar a democracia no Brasil através do questionamento do processo eleitoral", disse Natália Sant Anna, coordenadora de advocaci do Pacto pela Democracia.

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento composto por 262 representantes ligados às áreas do meio ambiente, agronegócio, setor financeiro e academia, enxerga no governo brasileiro um dos principais responsáveis pela criminalidade que domina o mercado de madeira no País, dada a fragilidade das fiscalizações que o poder público realiza no setor.

O Estadão teve acesso exclusivo a uma carta elaborada pela coalizão, a mesma que, em setembro, apresentou ao governo federal um conjunto de seis propostas para deter o desmate na Amazônia. O novo documento será encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro e ao vice-presidente Hamilton Mourão, além dos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente, Economia e Ciência e Tecnologia. As propostas chegarão ainda às mãos de líderes e parlamentares da Câmara e do Senado, ao Parlamento Europeu e embaixadas de países europeus.

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No documento, os representantes lembram que estudos recentes mostram que mais de 90% do desmate no País é ilegal e que a exploração florestal tem índices parecidos. O maior obstáculo para mudar, afirmam, "é a insegurança jurídica causada pela falta de fiscalização e comando e controle pelo Estado".

"O Brasil só vencerá o comércio ilegal de madeira se todos assumirem sua responsabilidade. É preciso destacar o papel crucial do poder publico, já que empresas e investidores não têm - e nem deveriam ter - poder de polícia para lidar com invasões, roubo de madeira e outras ilicitudes que contaminam a cadeia de produção, atingindo os mercados nacional e internacional, e ainda reforçam outras atividades ilegais", dizem.

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura reúne nomes da área ambiental como WWF Brasil, WRI Brasil, TNC, Imazon e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Do lado empresarial do agronegócio e da indústria estão companhias como JBS, Klabin, Marfrig, Amaggi, Basf, Danone, Natura e Unilever. Como define a própria coalizão, o grupo é "um dos raros foros de diálogo entre o agronegócio e ambientalistas". Na carta, o grupo diz que, além do impacto ambiental e do prejuízo fiscal, a ilegalidade impune gera concorrência desleal para quem opera na lei. Procurado, o governo não se manifestou.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O socialista Pedro Sánchez prestou juramento, nesta quarta-feira (8), como presidente de um inédito governo de coalizão, junto com a esquerda radical do partido Podemos.

Eleito pelo Congresso dos Deputados na terça-feira (7) para liderar o primeiro governo de coalizão desde o fim da ditadura de Francisco Franco (1975), Sánchez jurou respeitar a Constituição, diante do rei Felipe, em cerimônia no Palácio da Zarzuela.

A composição ministerial ainda será anunciada.

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, tomou posse nesta quinta-feira (5) para seu segundo mandato como chefe de governo, agora liderando uma coalizão entre o populista Movimento 5 Estrelas (M5S) e o social-democrata Partido Democrático (PD).

A cerimônia de juramento ocorreu no Palácio do Quirinale, sede da Presidência da República, em Roma, quase um mês depois de o agora ex-ministro do Interior Matteo Salvini, da ultranacionalista Liga, ter tentado derrubar Conte para forçar a realização de eleições antecipadas.

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O premier liderará uma equipe de 21 ministros (três a mais que na gestão anterior), sendo 10 do M5S, nove do PD, um da aliança de esquerda Livres e Iguais (LeU) e uma "técnica", a advogada Luciana Lamorgese, escolhida para substituir Salvini no Ministério do Interior.

O voto de confiança a Conte na Câmara dos Deputados e no Senado está marcado para os dias 9 e 10 de setembro, respectivamente. O premier foi o primeiro a assinar o termo de posse e, assim como seus ministros, pronunciou o juramento, que diz: "Juro ser fiel à República, observar lealmente a Constituição e as leis e exercer minhas funções no interesse exclusivo da nação".

Em seguida, Conte se dirigiu ao Palácio Chigi, sede do governo, onde tocou o pequeno sino que precede a primeira reunião do Conselho dos Ministros. O novo gabinete terá temas importantes a tratar já em suas primeiras semanas, como a venda da Alitalia, a lei orçamentária para 2020 e a indicação do próximo representante italiano na Comissão Europeia, que deve ser o ex-premier Paolo Gentiloni (2016-2018).

O ministério mantém apenas três nomes da gestão anterior, incluindo o líder do M5S, Luigi Di Maio, que trocou a pasta do Desenvolvimento Econômico pela das Relações Exteriores.

Da direita à esquerda

Advogado e professor de direito, Conte não tem filiação partidária, mas é ligado ideologicamente ao M5S, que o alçou do anonimato ao cargo político mais cobiçado do país após as eleições do ano passado, quando a sigla obteve 32% dos votos.

Como o resultado foi insuficiente para garantir maioria no Parlamento, o M5S formou uma aliança com a ultranacionalista Liga, de Salvini. Os dois partidos se recusaram a ceder o cargo de premier a seus respectivos líderes, então a solução foi buscar um nome alternativo e sem trajetória política: Giuseppe Conte.

No entanto, após um ano e dois meses de um governo turbulento, Salvini decidiu romper a coalizão com o M5S, a quem acusava de bloquear projetos importantes para o país, como o trem de alta velocidade entre Turim e Lyon.

Seu objetivo era capitalizar a liderança da Liga nas pesquisas e chegar ao cargo de primeiro-ministro. O movimento antissistema, contudo, abriu negociações com seu maior adversário político, o centro-esquerdista PD, e frustrou, ao menos por enquanto, o desejo de Salvini de realizar novas eleições.

Da Ansa

Após dias de impasse, membros do Movimento 5 Estrelas (M5S), partido antissistema da Itália, aprovaram ontem a coalizão com o Partido Democrático (PD), adversários de centro-esquerda, abrindo caminho para um novo governo. Em votação online, 79,3% dos membros do M5S votaram a favor da coalizão, segundo o líder do partido, Luigi Di Maio.

Agora, o premiê Giuseppe Conte pode prosseguir seu trabalho de formação de um novo governo e apresentar ao presidente italiano, Sergio Mattarella, uma lista de ministros.

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O novo governo surgiu após o colapso da coalizão anterior, desfeita por Matteo Salvini, líder da Liga, partido de extrema direita. Ele havia sido o mais votado nas eleições de 2018, cujo resultado determinou um Parlamento tripartido entre nacionalistas (Liga), um grupo antissistema (M5S) e esquerdistas (PD). Sem maioria para governar, Salvini preferiu uma coalizão com o M5S.

Em maio, porém, nas eleições para o Parlamento Europeu, seu partido se tornou o mais popular da Itália, obtendo o dobro da votação do parceiro de coalizão. O resultado foi interpretado por Salvini como uma chance de desfazer o governo, convocar novas eleições e sair das urnas ainda mais poderoso.

A aposta parecia certa, mas Salvini não contava com um acordo entre esquerdistas e M5S. Na sexta-feira, a coalizão chegou a ser ameaçada por novas exigências de Di Maio, mas a votação de ontem sacramentou a aliança. A reviravolta foi um alívio para o establishment europeu, após 14 meses de uma dura retórica anti-imigração e do desrespeito às regras financeiras da União Europeia.

 

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil tem 1,4 milhão de pessoas que atendem pelo nome de Paulo, segundo o IBGE. Dois deles ocupam cadeiras na Câmara dos Deputados e carregam consigo sobrenomes que, no imaginário político brasileiro, representam o oposto do que defendem. No Parlamento, Paulo Freire é bolsonarista; Paulo Guedes, petista.

Levantamento feito no Basômetro, ferramenta relançada pelo jornal O Estado de S. Paulo que mede o governismo na Câmara, mostra que Paulo Freire Costa (PL-SP), homônimo do patrono da Educação brasileira que é alvo de bolsonaristas por sua obra ser considerada como parte da estratégia de dominação da esquerda, é um dos deputados que mais votaram de acordo com a orientação do governo de Jair Bolsonaro: 97% das vezes.

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O parlamentar Paulo Freire está em seu terceiro mandato. Ele também é presidente da Escola Teológica da Assembleia de Deus, em Campinas (SP), - igreja na qual é pastor, assim como seu pai e irmãos. No campo da Educação, apoiou projetos de lei como o do pastor Marco Feliciano (Podemos-SP), que propõe a obrigatoriedade do ensino religioso no País. O texto ainda está parado na Comissão de Educação da Câmara e, saindo de lá, ainda precisaria passar pelo plenário.

Paulo Freire, o educador, é conhecido por defender um modelo de ensino que fugisse do que chamava de "educação bancária", em que o professor, detentor do conhecimento, apenas o depositava nos alunos. Para ele, era importante entender a realidade de cada estudante - e ensiná-los a "ler o mundo".

Guedes

Xará do ministro da Economia, o deputado Paulo Guedes (PT-MG) se opôs ao governo em 82% das votações com orientação, mostra o Basômetro. Os homônimos já se encontraram na Câmara, em audiência na Comissão de Finanças e Tributação na terça-feira. Na ocasião, o parlamentar se manifestou contra a principal bandeira do ministro, a reforma da Previdência.

"Frente a frente agora, xará!", brincou ele. "Embora sejamos xarás, somos de extremos bem diferentes, até porque o senhor vem do mercado financeiro e eu venho dos trabalhadores rurais. Eu sou da região mais pobre de Minas Gerais, do norte de Minas, o Vale do Jequitinhonha", provocou.

Nas redes sociais, o parlamentar usa a coincidência de nomes de forma bem humorada. Em uma imagem no Twitter, ele se chama de "Robin Hood do sertão". Já o ministro da Economia, formado na Universidade de Chicago, no Estados Unidos, é classificado como o "Tio Sam Guedes", em alusão ao símbolo nacional americano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o fim do presidencialismo de coalizão, representado pela eleição de Jair Bolsonaro (PSL), as votações na Câmara dos Deputados têm sido marcadas pela clivagem ideológica: direita de um lado, esquerda de outro. É a primeira vez que isso acontece desde 2003, segundo análise feita com dados do Basômetro, ferramenta do jornal O Estado de S. Paulo que mede o governismo de partidos e parlamentares.

Nos governos do PT, tanto Luiz Inácio Lula da Silva quanto Dilma Rousseff cooptaram partidos de centro-direita com a distribuição de ministérios e outros cargos. Como contrapartida, essas legendas apoiavam projetos de interesse do Executivo no Congresso. Nos cinco primeiros meses do segundo mandato de Lula, por exemplo, partidos de perfil conservador como PMDB, PTB e PP tiveram taxa de governismo superior a 90%, desempenho similar ao de legendas mais à esquerda, como PSB e PDT.

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O governismo foi medido a partir dos dados que alimentam o Basômetro, ferramenta criada pelo Estadão Dados em 2012 e relançada no último domingo, em parceria com a equipe de infografia. A base de dados registra tudo o que aconteceu no plenário da Câmara desde 2003: 844 mil votos de 1.811 deputados em 2.427 votações.

Mesmo no período em que Michel Temer (MDB) governou, após o impeachment de Dilma, as linhas ideológicas da Câmara ficaram difusas. Nos primeiros cinco meses de Temer, por exemplo, PT e PSDB não tiveram padrões de comportamento muito diferentes - os partidos votaram 61% e 65% das vezes com o Palácio do Planalto.

Bolsonaro qualifica o modelo do presidencialismo de coalizão como "velha política", e afirma que não dará ministérios em troca de votos. Mesmo sem pertencer formalmente à base, porém, os partidos cujo viés ideológico vai do centro à direita têm votado de forma parecida, com alta taxa de apoio ao governo.

Bolsonaro conta com 13 legendas que lhe dão mais de 90% dos votos alinhados com o que orienta. O PSL, partido do presidente, vota totalmente de acordo com o governo quando é orientado a fazê-lo. O Novo, alinhado com a política econômica, deu 99% dos votos segundo a orientação. Também estão na lista dos mais fiéis DEM, Progressistas, MDB e PL.

No polo oposto está um bloco formado por PSOL, PT, PCdoB, PDT e PSB. O PSOL é o partido que menos concordou com as indicações do governo: votou com ele em apenas 9% das ocasiões. No caso de PCdoB e PT as taxas foram de 11% e 12%. O cientista político Rodrigo Prando, do Mackenzie, identifica como uma reação natural o fato de a esquerda ser contrária às pautas governistas, já que sofreu ataques na campanha eleitoral e no início do governo. "Bolsonaro foi o candidato anti-esquerda, antilulismo, antipetismo", afirma. "Certamente haveria uma frente, uma reação, ainda que não unificada."

Do outro lado do espectro, o pesquisador do Mackenzie entende que partidos como Novo e DEM têm sido favoráveis a pautas do governo apenas na economia. "Dentre esses que estão votando a favor, não é porque gostam do Bolsonaro, mas porque entendem como essencial a reforma da Previdência, a liberdade econômica, a redução do Estado. Já é algo que eles queriam implantar."

Segundo o professor, o apoio deve flutuar conforme as pautas interessem aos partidos. "Não é um apoio unânime, é específico. Vários serão contrários, por exemplo, à questão da liberação das armas, da cadeirinha, das pautas ambientais que o governo tem defendido."

Para o professor de filosofia da FAAP Luiz Bueno, a ideologia se faz mais presente nos votos dos partidos de esquerda do que nos que apoiam o governo. "No caso de partidos como DEM, MDB, PP, há um histórico de ser mais governista", diz.

Apesar de a Câmara ter uma taxa de governismo de 76% na gestão Bolsonaro, próxima à media histórica desde 2003, o presidente não tem boa relação com o Legislativo. A taxa se baseia apenas nas votações em que o Planalto orientou a base a votar de determinada forma. No entanto, o Estado mostrou ontem, também com base no Basômetro, que o governo abriu mão de orientar o voto dos aliados em 31% das votações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para enfrentar os prejuízos causados por barreiras comerciais a produtos brasileiros, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou nesta segunda-feira, 6, a Coalizão Empresarial para Facilitação de Comércio e Barreiras (CFB). De acordo com cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentados pela CNI, o País deixa de vender cerca de 14% do volume de exportações por ano por causa de barreiras técnicas e fitossanitárias, o que corresponde a perdas de cerca de US$ 30,5 bilhões.

A modernização das regras de comércio exterior é o principal objetivo da coalizão, afirmou o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi. "As barreiras aumentam e tornam-se mais sofisticadas a cada dia", declarou o executivo. "Um levantamento mostra que o setor privado pode ser afetado por ao menos 16 tipos diferentes de barreiras comerciais e essa diversidade alcança a competência de diferentes órgãos brasileiros", explicou. "A coordenação entre órgãos governamentais é fundamental."

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Entre os tipos de dificuldades enfrentadas pelos exportadores brasileiros, Abijaodi citou a "burocracia alfandegária e aduaneira" como um dos principais entraves às exportações brasileiras. "A desburocratização e modernização deverá estimular mudanças para reduzir o tempo e o custo para embarque de produtos ao exterior", disse o presidente da CNI.

A CNI verificou, por meio de estudo, que os "atrasos decorrentes da burocracia aduaneira aumentam em cerca de 13% os custos de exportação e em 14% os de importação no Brasil". A ampliação e implementação completa do Portal Único de Comércio Exterior é uma das propostas defendidas pela CNI, que poderia ampliar a corrente de comércio brasileira dos atuais US$ 180 bilhões para US$ 250, afirma a entidade.

O fortalecimento do programa Operador Econômico Autorizado (OEA) é outra prioridade a ser defendida pela Coalizão. De acordo com a CNI, enquanto a importação de uma empresa registrada no OEA levou em média 3,8 horas para ser desembaraçada na aduana em 2017, as empresas que não possuem o registro levam em média 36,2 horas.

No evento, a Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a Aliança Global para Facilitação do Comércio (GAFT, na sigla em inglês) e o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) assinaram um memorando de entendimento para a facilitação do comércio.

O ministro da pasta, Marcos Jorge de Lima, celebrou a assinatura do acordo e os efeitos esperados para os ganhos de competitividade das exportações brasileiras. "É um projeto de enorme relevância para a competitividade do comércio exterior brasileiro, para simplificar todos os processos de importação e exportação", declarou. "O objetivo é reduzir em 40% o tempo necessário para importação e exportação, estimulando o crescimento do intercambio comercial com o mundo", disse o ministro.

Também será feito intercâmbio com outros países, explicou Marcos Jorge. "Nosso objetivo é difundir a cultura de exportação em toda a atuação do governo brasileiro sobre comércio exterior", comentou. "Num segundo momento, esta experiência adquirida pelo Brasil será compartilhada com outros países em desenvolvimento."

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, saiu fortalecido das eleições legislativas realizadas no país neste domingo (22) após a coalizão governista "Cambiemos" ter um resultado expressivo nas urnas.

O "macrismo" conquistou 15 das 23 províncias em disputa, incluindo alguns dos maiores redutos peronistas/kirchneristas do país, como Buenos Aires, Córdoba e Mendoza.

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Já a ex-presidente Cristina Kirchner conseguiu uma das três vagas ao Senado pela capital do país, mas teve menos votos que o candidato de Macri, o ex-ministro Esteban Bullrich.

Os argentinos foram às urnas para renovar um terço do Senado (24 assentos) e a metade dos deputados (127). No discurso da vitória, Macri comemorou o resultado para "mudar a Argentina", mas adotou um tom sereno. "Estamos apenas começando a transformar a nossa querida Argentina".

Ele ainda ressaltou que seu plano é de "longo prazo" para o país. Macri, que governa o país desde o fim de 2015, teve seu melhor resultado em legislativas desde que assumiu.

A coalizão liderada pelos Estados afirmou que está aumentando os ataques aéreos ao redor e dentro de Mosul, cidade tomada por militantes do Estado Islâmico, no momento em que as Forças de Segurança do Iraque se prepararam para retomar a cidade.

Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, a coalizão declarou que seus aviões conduziram mais de 50 ataques aéreos contra o Estado Islâmico na área de Mosul nas últimas duas semanas.

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A operação para retomar Mosul deve ser a mais complexa na história do exército iraquiano. As forças da coalizão e o Iraque afirmaram que cerca de 30 mil tropas serão necessárias para reconquistar a cidade, que está sob controle do Estado Islâmico há mais de dois anos. Fonte: Associated Press.

O Uruguai e a Holanda lançaram nesta quarta-feira um projeto para criar uma coalizão mundial pela igualdade das pessoas LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais), durante uma conferência organizada em Montevidéu.

Os chanceleres do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, e da Holanda, Bert Koenders, assinaram os princípios fundacionais desta iniciativa, no marco da Conferência Mundial dos Direitos Humanos das Pessoas LGBTI. O encontro, sob o lema "Não violência, não discriminação e inclusão social", reúne ativistas internacionais dedicados à promoção da igualdade de direitos.

Novoa abriu as discussões com um chamado à defesa do "gozo pleno de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais" e condenou "os crimes de ódio, como o ocorrido em Orlando", Estados Unidos, em referência ao massacre em uma casa noturna frequentada por homossexuais, em que morreram 49 pessoas em junho passado.

Koenders elogiou o Uruguai "por tantos progressos" em matéria de proteção de direitos da comunidade LGBTI. O Uruguai legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2013, tendo sido o segundo país da América Latina a aprová-lo, após a Argentina, que também assinou nesta quarta-feira a carta fundacional desta coalizão.

O chanceler holandês lembrou que a homossexualidade é considerada "ilegal" em muitos países do mundo e afirmou que a "luta está longe de terminar", em relação à igualdade de direitos.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou em uma mensagem gravada que acabar com a discriminação contra as pessoas devido a sua orientação sexual "é uma grande causa". A coalizão pretende unir Estados e promover o trabalho por regiões.

A reunião em Montevidéu é realizada entre esta quarta-feira e a sexta-feira. Ainda não foi decidido se as discussões vão resultar na publicação de um documento final.

O líder do partido de esquerda espanhol Podemos, Pablo Iglesias, informou ao primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, que não oferecerá apoio a um novo governo formado pelo partido do premiê, o Partido Popular, que obteve a maioria dos votos nas eleições gerais realizadas em 20 de dezembro. Apesar da vitória, o PP não conseguiu a maioria do Parlamento.

Após uma reunião com Rajoy, Iglesias disse que o Podemos não fará parte de uma coalizão liderada pelo PP e que não apoiará Rajoy indiretamente se abstendo de votar para a liderança parlamentar. Rajoy também se reuniu com Albert Rivera, do partido Ciudadanos, para tentar apoio para um governo de coalizão.

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Como o principal partido da oposição, o Partido Socialista, descartou apoio ao governo, Rajoy está ficando sem opções. A Espanha nunca teve uma "grande coalizão", com o poder compartilhado entre o Partido Popular e o Socialista.

O rei Felipe VI conversará em janeiro com os líderes de cada partido que obteve assentos no Parlamento e nomeará um para o governo. No entanto, o partido indicado precisará receber um voto de confiança da liderança do Parlamento. Caso o impasse não termine depois de dois meses, o rei convocará novas eleições. Fonte: Associated Press.

A Arábia Saudita anunciou nesta terça-feira que 34 países islâmicos concordaram em formar uma nova "aliança militar islâmica" para combater o terrorismo com um centro de operações combinadas com base na capital do país, Riad.

O anúncio, publicado pela Agência estatal de Imprensa Saudita, diz que a aliança foi formada porque o terrorismo "deve ser combatido por todos os meios e a colaboração deve ser feita para eliminá-lo".

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A declaração diz que o islã proíbe a "corrupção e a destruição no mundo" e que o terrorismo constitui "uma grave violação da dignidade humana e direitos, especialmente o direito à vida e do direito à segurança".

A nova coalizão contra o terrorismo inclui nações com grandes exércitos, como o Paquistão, a Turquia e o Egito, bem como países em guerra com militares em apuros, como a Líbia e o Iêmen. Nações africanas que sofrem com ataques de militantes como o Mali, Chade, Somália e Nigéria também fazem parte da grande coalizão.

A grande rival regional da Arábia Saudita, o xiita Irã, não faz parte da coalizão. A Arábia Saudita e o Irã apoiam lados opostos nas guerras violentas na Síria e no Iêmen. A Arábia Saudita está atualmente conduzindo uma intervenção militar no Iêmen contra os rebeldes xiitas chamados de houthis e faz parte do bombardeio na coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Em uma rara entrevista coletiva, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita e ministro da Defesa, Mohammed bin Salman, disse que a nova coalizão militar islâmica irá desenvolver mecanismos para trabalhar com outros países e organizações internacionais para apoiar os esforços contra o terrorismo. Ele disse que seus esforços não seriam limitados apenas a combater o grupo Estado Islâmico.

"Atualmente, cada país muçulmano combate o terrorismo individualmente. Então, uma coordenação dos esforços é muito importante", disse ele, acrescentando que o centro de operações combinadas serão estabelecidas em Riad para "coordenar e apoiar as operações militares de combate ao terrorismo" em toda o mundo muçulmano.

Entre os países menores incluídos na coalizão estão o arquipélago das Maldivas e a ilha nação do Golfo Árabe do Bahrein, local onde os EUA estabelecem sua frota marinha.

Outros países árabes do Golfo, como o Kuwait, Qatar e os Emirados Árabes Unidos também estão na coalizão, embora o grande ausente da lista é Omã, um vizinho da Arábia Saudita. Nos últimos anos, Omã tem mantido um papel neutro e surgiu como um mediador em conflitos regionais, servindo como um canal dos árabes do Golfo com o Irã.

O Iraque e a Síria, cujas forças estão lutando para recuperar o território tomado pelo grupo Estado Islâmico e cujos governos são aliados do Irã, não estão na coalizão. Um porta-voz do governo da Jordânia confirmou que o Reino Hachemita faz parte da coalizão. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira (29) que a Nigéria, a Malásia e a Tunísia são os mais novos membros da coalizão liderada pelos americanos contra o avanço do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

O anúncio foi dado durante o encontro de cúpula da Organização das Nações Unidas, em Nova York, sobre a luta contra o extremismo violento.

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Mais de 60 países, incluindo nações árabes, estão trabalhando em conjunto no lançamento de ataques aéreos contra os militantes do EI, que já tomaram grandes regiões no Iraque e na Síria.

Obama disse que a vitória sobre o Estado Islâmico ainda vai levar tempo, mas os extremistas vão perder, pois não têm nada a oferecer além de sofrimento e morte. Fonte: Associated Press.

A Turquia e os EUA concluíram um acordo que permite a Turquia começar a atacar os alvos do grupo extremista Estado Islâmico no Iraque e na Síria, anunciou o Pentágono nesta terça-feira (25), mas autoridades disseram que não esperam que os ataques aéreos comecem imediatamente.

O acordo detalha como será a operação, que irá integrar a Turquia na campanha de ataque aéreo dos EUA contra o Estado Islâmico.

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"Pode demorar alguns dias para colocar essas modalidades técnicas em operação", disse o secretário de imprensa do Pentágono, Peter Cook. "Acreditamos que a Turquia está comprometida com a total participação o mais rápido possível", acrescentou.

Os EUA estão ansiosos para a Turquia começar com os ataques aéreos contra os militantes do Estado Islâmico. A Turquia lançou uma série de ataques aéreos curtos contra alvos do Estado Islâmico no mês passado depois que concordou em desempenhar um papel maior na luta contra o grupo, inclusive permitindo os EUA a utilizar bases aéreas na Turquia para lançar tais ataques. Mas autoridades dos EUA pediram à Turquia que suspendesse os ataques até que seus aviões fossem trazidos sob proteção da coalizão liderada pelos Estados Unidos.

Enquanto os dois países trabalhavam nos detalhes, a Turquia lançou uma campanha aérea massiva contra militantes curdos no norte do Iraque e sudeste da Turquia, o que alimentou suspeitas entre algumas autoridades militares dos EUA de que a Turquia estava mais interessada em como atingir os combatentes curdos ao invés de atacar militantes do Estado Islâmico.

As autoridades turcas disseram no início deste mês que eles estavam mais preocupados com os combatentes curdos, que realizaram semanas de ataques mortais contra as forças de segurança da Turquia, do que sobre as forças do Estado Islâmico no outro lado da fronteira, na Síria. Fonte: Associated Press.

Com a justificativa de se unirem contra o conservadorismo, o “Grupo Brasil” formado por dirigentes dos partidos do PT, PSOL e PCdoB e das centrais sindicais pretende fortalecer os partidos de esquerda no País. Instalada no último sábado, a equipe terá a primeira reunião no próximo dia 25 de julho na capital paulista.

Segundo o secretário Nacional de Comunicação do PT, José Américo Dias, a “aglutinação de forças” torna o Grupo Brasil uma iniciativa importante para a história do país. “A ideia é fazer defesa de teses em comum e lutar pelo o que une os partidos”, esclareceu.

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À frente pretende proteger também as conquistas sociais importantes e algumas bandeiras que são comuns a todos. No entanto, o secretário afirma que não há qualquer viés eleitoral ou partidário no Grupo Brasil.

Para o primeiro encontro marcado para julho, a política econômica será o tema principal, mas entrarão na pauta ainda os setores críticos da economia. No mesmo dia serão elaboradas as diretrizes do grupo.

De acordo com informações divulgadas no site oficial do PT, a iniciativa partiu de movimentos sociais e sindicatos, e revela a preocupação das forças sociais e dos partidos, que mesmo com posições políticas diferentes, se uniram em torno da ideia de defesa de conquistas sociais, reformas sociais e defesa da democracia. “Há uma escalada conservadora na política brasileira e uma ameaça por parte da direita às conquistas sociais e políticas importantes, por isso precisamos defender os pontos de vistas comuns, o direito de livre expressão sexual, direito das minorias e acabar com os ataques racistas”, ressaltou Américo Dias.

Além da reunião do próximo mês o grupo também denominado de “Frente da Coalizão de Esquerda” realizará uma conferência nacional nos dias 5 e 6 de setembro, com a presença esperada do ex-presidente Lula (PT).

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez, neste domingo (19), duras críticas ao governo petista. Em debate sobre as saídas para a crise brasileira, no 14º Fórum de Comandatuba, Cunha disse: "Nunca houve um processo de coalização no governo petista. Sempre houve processo de submissão: ou você concordava em estar submisso ou não era aliado."

Ao falar dos problemas com a coalização no governo petista, o presidente da Câmara dos Deputados disse também que há uma crise no presidencialismo brasileiro. "Se fosse o parlamentarismo, seriam outras soluções com mais facilidade, mas o momento é outro", frisou, sem entrar em detalhes, mas falando indiretamente sobre a tese de alguns analistas de que a crise do governo Dilma está resultando, na prática, em uma espécie de parlamentarismo, com o fortalecimento dos presidentes da Câmara e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que estão ditando a pauta no País.

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No seu pronunciamento, Cunha disse que não entende a razão de todo o embate em torno do projeto que regulamenta a terceirização no mercado de trabalho. E citou que há uma resolução do TST sobre o tema e uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que irá derrubar, por seis votos a zero, essa resolução do TST porque ela é muito precária. "Estamos dando as garantias ao trabalhador, todos os direitos", emendou, citando que infelizmente uma parte da sociedade - que seriam as centrais sindicais - quer utilizar o tema como bandeira política. E reiterou que na quarta-feira o projeto será votado.

Hegemonia eleitoral

O presidente da Câmara disse que o País saiu do recente processo eleitoral de uma maneira diferente. "É a quarta eleição sobre a égide do PT. A hegemonia eleitoral acaba dando condição para a hegemonia política. Mas, na última eleição, teve vitória eleitoral, mas por si só isso não dá hegemonia política", disse, destacando que os atos na sequência à eleição de Dilma aprofundaram a divisão que desaguaram na atual crise política, vivida junto com a necessidade de um pacote fiscal. E lembrou: "No segundo mandato a cobrança é maior."

A exemplo do que afirmou mais cedo em Comandatuba o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Cunha disse que faltou comunicação do atual governo com relação à necessidade do ajuste fiscal. "Uma boa explicação pode gerar menos contestação da sociedade", opinou.

Cunha falou, ainda, que o orçamento impositivo liberou os parlamentares das "migalhas orçamentárias". "Acabou a dependência de emendas que contaminaram uma parte (do parlamento). Diria que esse expediente é precursor da reforma política." E voltou a dizer que dará prioridade a essa reforma, com uma semana de esforço concentrado previsto para o final de maio.

O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, afirmou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez recentemente "observações adequadas" sobre a coalizão governista. Renan, que boicotou na noite dessa segunda-feira (2) um jantar realizado pela presidente Dilma Rousseff com as principais lideranças da legenda, disse na semana passada que a coalizão estava "capenga".

Questionado se concordava com o termo usado por Renan, Temer negou qualquer mal-estar causado pela ausência do colega de sigla e preferiu minimizar as críticas feitas pelo presidente do Senado. "Hoje na verdade nós estabelecemos uma coalizão ambulante, com muitas forças e com pernas para caminhar".

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Temer ressaltou ainda que Renan está "inteiramente integrado no espírito da coalizão (...), que se consolida hoje definitivamente." Embora seja o maior partido da base aliada de Dilma, o PMDB se rebelou desde que o governo apoiou o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pela presidência da Câmara. O peemedebista Eduardo Cunha (RJ) foi eleito ainda no primeiro turno e os petistas ficaram isolados em postos secundários na Casa. Além do mais, o PMDB do Senado reclama que não foi contemplado na reforma ministerial, jogando mais combustível na crise com o Palácio do Planalto.

O jantar com os peemedebistas durou três horas e foi organizado para tentar jogar água na fervura, mas a decisão de Renan de não comparecer pegou o governo de surpresa. A presidente resgatou uma antiga promessa para tentar se reaproximar do PMDB e disse que se reuniria semanalmente com o aliado e com representantes de outros partidos da base. A petista já fez essa sinalização em outras crises com o Congresso, mas os encontros semanais foram abandonados.

"A decisão foi agora fazer uma reunião semanalmente com representação dos vários partidos da coalizão para discutir todos os temas, não só aqueles que sejam remetidos ao Congresso Nacional, mas aqueles que façam parte de ações do poder Executivo", afirmou Temer, para acrescentar que sua legenda deixa o jantar mais "satisfeita". Ele disse que participará dos encontros, que também sempre contarão com ao menos um ministro do PMDB. "Efetivamente vai haver uma integração maior e uma consulta maior".

Temer afirmou ainda que Dilma vai consultar o PMDB e os demais partidos aliados antes de adotar políticas e de enviar propostas ao Legislativo, uma das principais demandas dos peemedebistas. Ao ser questionado sobre a edição, no final da semana passada, de uma medida provisória que alterou as regras da desoneração da folha de pagamento adotada no primeiro mandato de Dilma, sem consulta com os peemedebistas, Temer reconheceu que a falta de diálogo foi um "suposto equívoco". "Nada como um suposto equívoco para gerar acertos, que nascem a partir de hoje", concluiu.

Aviões de guerra da coalizão liderada pelos EUA realizaram mais uma série de ataques durante a noite no nordeste da Síria, disseram três grupos de ativistas. As ofensivas visavam atingir os redutos do grupo Estado Islâmico.

Os ataques aéreos nos arredores de Raqqa foram os ataques mais pesados da coalizão no local desde que militantes do Estado Islâmico capturaram um piloto da Jordânia. O jato F-16 do oficial sequestrado caiu perto da cidade no dia 24 de dezembro.

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Segundo grupos ativistas, Raqqa foi atingida por pelo menos 13 ataques da coalizão. A área de Furoussiyeh e a base militar Division 17 estavam entre os alvos. Não foram divulgados detalhes sobre vítimas.

Com uma base no Congresso que deverá ser semelhante à do ex-presidente Fernando Collor, a eventual eleição da candidata do PSB, Marina Silva, deve pôr em xeque o modelo de presidencialismo de coalizão que sustenta as relações do Executivo com o Legislativo desde a redemocratização, em 1985, e deverá levá-la a uma dependência grande do PSDB.

Como há uma rejeição forte do grupo da candidata ao PMDB, e o PT já sinaliza que migrará para a oposição se Marina for eleita, a expectativa é que a sigla tucana integre o centro de forças de um eventual governo da ex-ministra do Meio Ambiente, formando a terceira maior bancada na Câmara dos Deputados, atrás de petistas e peemedebistas.

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A agenda legislativa anunciada por Marina até o momento reforça essa expectativa: ela pretende aprovar duas grandes reformas constitucionais, a política e a tributária, que precisam do apoio de ao menos 308 dos 513 deputados federais.

A "tucanodependência" de Marina tem ainda outro motivo: o PSB tem boa interlocução com a sigla. São três os principais nomes a fazer esta ponte. O deputado Márcio França (PSB), tão próximo do PSDB que nesta eleição concorre como vice do governador Geraldo Alckmin; Walter Feldman (PSB), atual coordenador da campanha da ex-ministra, ex-tucano; e Roberto Freire (SP), presidente do PPS, antigo aliado do PSDB. Além deles, o ex-governador José Serra (PSDB), que concorre ao Senado por São Paulo, é um interlocutor no partido. A ex-ministra já declarou que gostaria de contar com o apoio de Serra caso ele seja eleito.

Por meio do PSDB, outros partidos poderiam aos poucos aderir a um eventual governo Marina e lhe dar a maioria que ela precisa. Caso, por exemplo, do PSD de Gilberto Kassab. Secretário-geral do partido, o ex-deputado Saulo Queiroz acha que o PSDB não terá outro caminho a não ser apoiá-la e diz que a sua própria sigla poderia integrar sua base.

"Todo mundo que não está no jogo da Dilma poderá fazer o jogo da Marina. Não mantivemos nenhum cargo no governo Dilma. O único que temos é uma indicação pessoal dela, não do partido. Até mesmo uma aproximação com o PSD é perfeitamente viável, por que não?" Segundo Queiroz, compor maiorias no Congresso "não é difícil" com "uma coisa em mãos chamada poder".

Estimativa feita pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, aponta que Marina teria um apoio consistente de 80 a 120 deputados, no máximo, na próxima legislatura. Esse seria o chamado "núcleo duro" da presidente, formado por parlamentares eleitos pela coligação dela e de outros que passam a apoiar o governo após as eleições.

Marina também deve ter o apoio condicionado de 213 a 253 deputados. O Diap prevê que 180 deputados fariam oposição frontal a uma gestão Marina. Os dados são semelhantes aos que Collor teve durante seu governo, entre 1990 e 1992. Para a aprovação de um projeto de lei, são necessários 257 dos 513 deputados. Para emendas constitucionais, são necessários 308 votos.

Para o atual líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), o debate de propostas com os congressistas num governo Marina será em cima de "temas pactuados".

Modelo Itamar O modelo idealizado é o mesmo colocado em prática pelo presidente Itamar Franco (1992-1994): escolhas pessoais para os ministérios e maiorias eventuais para aprovar projetos. "Duvido que alguém vai querer um ministério, uma emenda e que o governo vai pressionar alguém para votar", afirmou o senador Pedro Simon, líder do governo Itamar no Senado e aliado de Marina. Ele citou como padrão de comportamento a aprovação das propostas que culminaram na criação do Plano Real.

Entretanto, os críticos deste modelo lembram que o governo Itamar foi tampão e se deu antes da intensa polarização entre PT e PSDB na política nacional. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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