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A Rede Sustentabilidade, projeto de partido que Marina Silva que não conseguiu se oficializar em 2013, a tempo de participar das eleições do ano passado, pode finalmente sair do papel. O grupo diz ter conseguido 53 mil assinaturas certificadas nos cartórios eleitorais, que vão se somar às 442 mil que a Rede já tinha. Com isso, o grupo chegará a 495 mil apoiamentos, número superior aos 490 mil exigidos pela legislação eleitoral.

O dirigente Pedro Ivo, hoje coordenador nacional de organização da Rede, disse que eles vão reabrir o processo de criação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana. Mesmo com a legislação que foi sancionada este ano e que restringiu a criação de novas legendas, Pedro Ivo disse que o grupo está "otimista e realista" quanto à homologação da Rede. "Temos um acórdão do Tribunal (TSE) dizendo que nosso processo estava correto e que faltavam somente aquelas fichas e que, chegando essas fichas, eles iriam homologar", afirmou.

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A nova legislação diz que pessoas filiadas a um partido não podem assinar fichas de apoiamento a novas agremiações. Uma parcela significativa das assinaturas que a Rede havia coletado antes de a lei ser sancionada era de pessoas que já tinham filiação. O entendimento jurídico da Rede, contudo, é que essas assinaturas não podem perder valor pois foram coletadas antes da promulgação da lei. "Depois da lei, a gente só coletou assinaturas de pessoas sem filiação", esclareceu Ivo.

Consultada pela reportagem, a assessoria de imprensa do TSE informou que há um acórdão dizendo que a Rede poderia reabrir o processo de criação "sem prejuízo" às etapas que já tinham sido cumpridas, ou seja, dando a entender que se partiria já das 442 mil assinaturas homologadas. Mas, de acordo com o órgão, o processo, quando reaberto, é redistribuído na Corte. Assim, a avaliação será do ministro designado para relatar o processo. A assessoria do TSE esclareceu ainda que não há um prazo para a Corte julgar processos de criação de partido.

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence vai acompanhar a tramitação do pedido de registro da Rede Sustentabilidade na Justiça Eleitoral. Segundo o grupo da ex-ministra Marina Silva, o renomado advogado ofereceu os seus serviços de graça.

"Ao entrar na reta final para seu pedido de registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Rede Sustentabilidade ganha agora um importante reforço: o processo passa a ser liderado pelo ex-ministro Sepúlveda Pertence , que ofereceu seus serviços pro bono por acreditar na legitimidade da ação", anuncia o site da Rede.

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Marina espera que o grupo consiga o registro até outubro, prazo estipulado pela legislação para que o partido possa lançar candidatos nas eleições municipais do ano que vem. Em 2013, a Rede teve o registro de criação do partido negado pelo TSE por não obter as cerca de 500 mil assinaturas exigidas pela lei. A decisão levou Marina e aliados a se filiarem ao PSB, onde acabou disputando a presidência da República, após a morte do ex-governador Eduardo Campos.

Um dos principais nomes do meio jurídico do País, Pertence vai substituir o ex-ministro do TSE Torquato Jardim que conduziu o processo em 2013. Além de ter presidido o Supremo entre 1995 a 1997, ele também atuou como procurador-geral da República no governo José Sarney. Em 2012, renunciou ao comando da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, por considerar que a presidente Dilma Rousseff agia para interferir no funcionamento do conselho.

Membros do Partido Rede Sustentabilidade participarão, no próximo sábado (18), de um encontro na cidade de São Luís, capital do Maranhão. O evento das 8h às 18h, ocorrerá no auditório do Sindicato dos Bancários, e pretende reunir representantes de 30 municípios do estado.

Na pauta da reunião estão questões como a análise da conjuntura política, a organização partidária e a discussão de um plano de ação para os segundo trimestre. Já ente os tópicos em questão, os participantes debaterão a reforma política e eleitoral, o projeto de redução de maioridade penal e a proposta de expansão da terceirização nas empresas.

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Outro assunto em discussão será a criação dos coletivos municipais no Maranhão. A Rede busca intensificar a formação desses grupos como forma de viabilizar uma participação mais próxima do partido com a vida partidária nas cidades.

Composição

Em fase de formação, a Rede maranhense é dirigida por um grupo de trabalho composto por oito pessoas como o administrador e cientista político Silvio Bembem, o historiador Gledson Brito, o jornalista e advogado Cláudio Moraesk, entre outros integrantes. 

De olho na regularização junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o partido Rede Sustentabilidade começa a intensificar o trabalho buscando garantir a formação de coletivos municipais em todo o país. Com a iniciativa, a legenda deseja viabilizar uma participação mais próxima da vida partidária nas cidades e promover debates relacionados com os princípios e valores da legenda. 

Entre as bandeiras de defesa da sigla estão temas como o incentivo à participação cidadã dos militantes e o conceito de política em rede. No entanto, assuntos referentes à sustentabilidade também estarão nas pautas de discussões desses grupos. 

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Prevista dentro da estruturação das instâncias partidárias da Rede, a constituição dos coletivos municipais será o primeiro passo para a criação dos Elos Municipais, que serão realizados a partir de abril do próximo ano. A formação desses núcleos foi um dos assuntos em discussão na reunião dos membros do Elo Nacional da Rede, realizada no último fim de semana, nos dias 28 e 29 de março -, na sede nacional do partido em Brasília (DF). No encontro, os participantes aprovaram a Proposta de Organização dos Coletivos e Elos Municipais. O documento também regulamenta os requisitos de como será o funcionamento de todo processo.

Um dos coordenadores executivos da Rede, Carlos Henrique Painel, esclareceu que os coletivos municipais somente serão formados com a participação de, no mínimo, nove filiados de uma mesma cidade. “Primeiro, todos eles terão que assinar um pedido de criação (do coletivo) a ser entregue diretamente para o Elo Estadual responsável pelo determinado município”, destacou Painel, no site do Rede Sustentabilidade. 

Carlos Painel explicou ainda que após a realização deste processo inicial, representantes do Elo Estadual convocarão a primeira reunião com os filiados como forma de dar as orientações e o apoio necessário para a formação desse grupo. Na ocasião, os membros apresentam os detalhes do estatuto do partido e os conceitos da Rede. Depois disso, o coletivo criado terá que seguir alguns requisitos dentro desse processo. Entre eles, está a realização de reuniões preferencialmente a cada 15 dias e ordinariamente a cada 30 dias, com registro em ata que deverá ser enviada para a respectiva Executiva Estadual, entre outros requisitos. 

No próximo final de semana membros do Elo Nacional da Rede Sustentabilidade irão se reunir para definir os rumos do partido para os próximos meses. O encontro marcado para começar às 9h do próximo sábado (28), se estenderá até domingo (29), na sede nacional da Rede, em Brasília (DF), com previsão da presença da ex-senadora Marina Silva.

Entre os assuntos em debate estão a proposta do partido sobre a Reforma Política, o início da discussão da reformulação estatutária da legenda e a realização das convenções nacional e estaduais da legenda. Na ocasião, os presentes também farão uma avaliação da conjuntura política e econômica do país.

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Segundo um dos coordenadores executivos da Rede, Carlos Henrique Painel serão tratados também temas diversos e a situação do Brasil. “Nós nos reuniremos para tratar diversos assuntos. Um deles é justamente avaliar o atual cenário político do país e o outro será a discussão da nossa proposta de Reforma Política, cujo debate já está entre a militância”, antecipou Painel no site da Rede.

Outro assunto pautado para a reunião é a discussão sobre o processo de revisão do estatuto da Rede e como serão organizadas as convenções estaduais do partido ainda neste ano. “Começaremos a avaliar como serão as regras para abrir esse processo à participação dos filiados. Nosso debate é saber como funcionará todo esse mecanismo”, explicou o coordenador executivo. 

O objetivo do partido é que nos encontros estaduais sejam eleitos os delegados que participarão da convenção nacional da Rede, em data e local ainda a serem definidos.

A ex-presidenciável do PSB Marina Silva afirmou nesta segunda-feira, 26, que o País vive graves crises econômica e ambiental que teriam sido encobertas na campanha eleitoral. Esquivou-se, porém, de criticar explicitamente o governo Dilma Rousseff pelos problemas. Em evento para receber assinaturas de apoio ao partido Rede Sustentabilidade, quando instada a se posicionar sobre as medidas do governo para ajustar a economia, Marina não respondeu diretamente. Apenas disse que suas opiniões "já estão nas redes sociais".

Antes, em discurso, a ex-presidenciável dissera que a Rede se decidira por uma postura de "independência". Fora, porém, enfática em algumas críticas, embora sem mencionar nenhum nome.

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"Não se pode fazer um discurso para ganhar e um discurso para governar", discursou. "É preciso ter coerência e fazer aquilo que é necessário. Fizemos uma reunião da direção nacional da Rede em que colocamos claramente que teremos uma posição de independência. E por que independência? Eu sempre dizia: precisamos quebrar a lógica da oposição pela oposição, que só vê defeitos onde existem qualidades que são evidentes; e acabar com a lógica da situação pela situação, que só vê virtudes, mesmo quando os erros são evidentes."

Marina repudiou as críticas de que um de seus erros na campanha foi ter apresentado um programa de governo, que virou alvo de ataques. Afirmou que, para governar um país do tamanho e importância do Brasil, um candidato deve mostrar que pretende.

"É bom ganhar a eleição, mas é bom ganhar (com) as pessoas sabendo o que se vai fazer", disse. "Para que você tenha o respaldo no que vai fazer e para que o cidadão possa decidir se quer ou não eleger, sabendo o que você vai fazer. Isso é a democracia, exige transparência, exige responsabilidade." Ela ressaltou ainda não se arrepender de sua postura em 2014.

A ex-presidenciável afirmou que os problemas com a água e a energia deveriam ter sido enfrentados antes. As medidas que propôs foram racionamento e diversificação da matriz energética. A crise, porém, não podia ser abordada (presumivelmente pela presidente Dilma, que Marina não mencionou) no ano passado, porque era período eleitoral.

"Vivemos uma grave crise. Uma crise econômica gravíssima, que precisa ser enfrentada com transparência, que não é o mundo cor de rosa do marketing eleitoral. A população tinha o direito de saber que problemas graves estavam acontecendo em relação à nossa economia", discursou.

Assinaturas

O evento de recebimento de assinaturas de apoio à legalização da Rede Sustentabilidade, em um auditório da Caixa de Assistência dos Advogados do Rio de Janeiro (CAARJ), reuniu cerca de 80 pessoas. Segundo Marina, na segunda tentativa de legalizar a agremiação, a ideia do partido é ter 100 mil apoios, com a perspectiva de validar de 40 mil a 42 mil deles. Com as assinaturas entregues ontem, o Rio chegou a 10.500.

A entrega dos documentos foi feita a Marina diretamente por militantes que posavam com a ex-candidata para fazer fotos com celular. Ela também posou com dois aliados, o deputado federal Miro Teixeira (PROS-RJ) e o vereador Jefferson Moura (PSOL), com a pilha de papéis.

Em 2013, Marina não conseguiu número suficiente de apoios para criar o partido, por isso se filiou ao PSB, para ser candidata a vice de Eduardo Campos. Ela se emocionou ao falar da forma inesperada como entrou na campanha como presidenciável, quando Campos morreu na queda do avião em que viajava.

Na corrida para regulamentar o partido diante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porta-vozes do Rede Sustentabilidade retomam, neste fim de semana, o "mutirão de verão". No Recife, a iniciativa para coletar assinaturas de apoio para a legalização da nova sigla, acontece no sábado (24) e no domingo (25) sempre a partir das 14h. No primeiro dia, os líderes estaduais da legenda em criação estarão no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, e no domingo, a concentração será na Praça do Arsenal, no bairro do Recife. 

O "mutirão de verão" do Rede iniciou no último fim de semana, de acordo com o porta-voz da sigla no estado, Roberto Leandro (PV), foram coletadas cerca de 800 assinaturas na capital pernambucana. A expectativa nacional é de atingir 100 mil apoios. "A nossa meta é dar entrada da legalização no TSE no início de março", afirmou Leandro. Além da coleta nas principais ruas do país, segundo Roberto Leandro "quem tem título de eleitor e quiser apoiar o registro da Rede pode também acessar o site do partido na internet, baixar a ficha de apoio, preenche-la e enviar pelos correios". 

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Apoio de políticos

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) assinou, nessa quinta-feira (22), a ficha de apoio à criação da Rede Sustentabilidade. A sigla é encabeçada pela ex-senadora Marina Silva, que disputou a presidência da república nas eleições do ano passado pelo PSB. Em conversa com Roberto Leandro, FBC se comprometeu em ajudar na campanha pela criação da agremiação durante os próximos dias.

Na corrida para regulamentar o partido diante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porta-vozes do Rede Sustentabilidade realizam durante este fim de semana o "mutirão de verão". A iniciativa, que acontece em todas as capitais do País, é para coletar assinaturas de apoio para a legalização da nova sigla. No Recife, a coleta de apoios será, neste domingo (18), na Praça do Arsenal, a partir das 14h.

Com a movimentação nacional, a expectativa dos dirigentes do Rede é de conquistar 100 mil assinaturas que serão validadas pelos cartórios eleitorais e, em seguida, somadas às outras 442.525 mil que já foram entregues TSE em 2013. 

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"Nas próximas semanas estaremos de volta às ruas com nossas pranchetas, revivendo e reverberando a esperança de fazer florescer no Brasil uma organização que aponte para a atualização da política. Mais do que nunca isso se mostra necessário", diz o texto de convocação para o "mutirão". "Este é nosso momento de reconexão. Vamos retomar e aprofundar nossos valores e objetivos", acrescenta. 

 

Um grupo de ex-integrantes da Rede Sustentabilidade, grupo político ligado à ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, articula a criação de um partido político ambientalista e "ecossocialista". O primeiro encontro do grupo, que por enquanto foi batizado de Queremos, está marcado para esta sexta-feira, 16, na capital paulista.

Segundo Célio Turino, ex-porta-voz da Rede em São Paulo, o movimento se inspirou em grupos políticos como o Podemos, da Espanha, e o MAS, da Bolívia. "Estamos finalizando o manifesto e até março já devemos estar com o partido organizado. Depois disso começaremos a coleta de assinatura (para oficializar a sigla na Justiça Eleitoral)", diz Turino. De acordo com ele, o grupo já está organizado em 15 Estados e conta com "algumas centenas de pessoas".

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Turino afirma ainda que a organização terá quatro pilares programáticos: bem viver, bem comum, ecossocialismo e cidadanismo. Os dissidentes da Rede representam a ala mais à esquerda do antigo grupo de Marina. O movimento começou a se desenhar quando a ex-ministra decidiu apoiar o então candidato Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial.

Além dos ex-marineiros, o Queremos será formado por intelectuais, ativistas sociais e políticos. Entre as personalidades aguardadas no evento desta sexta, já confirmou presença a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP). Também estarão presentes representantes do Podemos, partido espanhol que surgiu após os Indignados, movimento que, em 2011, levou milhares às ruas de Madri com críticas à corrupção e à política do país.

O deputado federal Miro Teixeira (PROS-RJ), um dos articuladores políticos da Rede Sustentabilidade, projeto de partido ligado a Marina Silva (PSB), disse que pretende convidar a senadora Marta Suplicy (PT-SP) para acompanhar uma reunião do grupo. "Diante do que ela está passando, terei muito prazer em convidá-la para assistir a uma de nossas reuniões amplas", disse o deputado ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

Miro disse gostar de Marta e afirmou que ela "tem uma projeção política muito relevante". Apesar de conhecer há anos a senadora, ele disse que o convite seria uma boa oportunidade para Marta conhecer a Rede e entender seus processos, que afirma serem diferentes daqueles adotados por partidos convencionais. "Nossas decisões colegiadas, nossos ideais são encantadores. Seria uma oportunidade para ela nos conhecer melhor", afirmou.

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O deputado ressaltou que, na Rede, não se tem o hábito de convidar alguém para integrar o partido, já que as decisões são colegiadas.

Pessoas próximas a Marta e a Marina Silva disseram que, até o momento, não houve um contato direto para que a senadora integre a Rede. Depois de não ter conseguido se formalizar junto à Justiça Eleitoral a tempo das eleições de 2014, a Rede vem acelerando o processo de coleta de assinaturas e quer se legalizar ainda no primeiro trimestre deste ano. Mas o projeto de Marina ainda precisa provar que conseguirá se viabilizar politicamente para as eleições de 2016, principal objetivo hoje de Marta.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, no domingo, 11, Marta fez duras críticas ao PT e a avaliação é de que não ficará na legenda. Desde então, ela tem sido procurada por partidos, como o Solidariedade, de Paulinho da Força, e o PSB. Mas a troca de legenda para concorrer à prefeitura paulistana pode ser enquadrada como infidelidade partidária e Marta correria o risco de perder o mandato como senadora, que vai até 2018.

Fontes ligadas às duas disseram à reportagem que a possibilidade de Marta se unir a Marina não causa estranheza. "Elas foram ministras juntas (no governo Lula) e sempre mantiveram uma relação de cordialidade", disse uma pessoa próxima a Marta. "Seria uma forma de ela ir para algo novo", ressaltou. "Não dá para dizer que é uma coisa que não faria sentido", disse uma pessoa próxima a Marina, sobre a possibilidade de a Rede abrir as portas, caso Marta tenha interesse.

O cientista político e professor da Fundação Getulio Vargas Marco Antônio Carvalho Teixeira avalia que Marta pode ter se precipitado ao atacar o PT e está em uma "sinuca de bico". "Ela agora vai calcular o risco. A margem mais segura para ela é ir para um partido novo e, nessa direção, a Rede seria a opção mais viável", avalia. Outra opção seria o PL, que o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) tenta recriar. Mas Kassab e Marta são adversários históricos e protagonizaram debates duros na campanha de 2008 à prefeitura.

Teixeira explica que, apesar de existirem entendimentos jurídicos de que a regra de fidelidade partidária não se aplica para mandato de senadores e que Marta poderia alegar constrangimento para exercer seu mandato no PT, ela estaria correndo sério risco de perder sua posição "garantida".

O professor lembra também que a opção de Marta ir para o PMDB tende a se fechar, com a negativa de Michel Temer - que sinalizou que não a receberia na legenda - e com a articulação feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compor uma chapa com o PMDB na capital paulista, com Fernando Haddad e Gabriel Chalita. "Marta criou um clima de absoluta impossibilidade de permanecer no PT, mas não garantiu nenhuma saída de segurança. É importante ressaltar que ir para o partido do Paulinho também geraria desconforto para ela."

Depois da entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo Marta se recolheu e deve voltar ao cenário político após o recesso parlamentar, que vai até 1º fevereiro. Neste período, ela deve avaliar as propostas que tem recebido para deixar o PT.

Em reunião realizada no final de semana em Brasília, o diretório nacional da Rede Sustentabilidade definiu novos nomes para a cúpula do grupo, que tenta viabilizar sua formação como partido político. As mudanças na Executiva Nacional foram motivadas pela saída de Walter Feldman, então porta-voz da sigla, e de outros quatro integrantes do grupo que tem como principal expoente a ex-ministra Marina Silva.

Quem assume o posto de porta-voz é Bazileu Margarido, que já fazia parte da Executiva, ao lado de Gabriela Batista. Feldman, um dos principais operadores políticos da Rede, deixou o grupo para assumir cargo na Federação Paulista de Futebol. No próximo ano, ele deve ainda assumir um lugar na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

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"Houve uma recomposição, mas sem grandes mudanças de rumo", resumiu Margarido sobre o novo grupo.

Além de Feldman, outras quatro baixas foram oficializadas na reunião deste final de semana. Haldor Omar, Cassio Martinho, Thiago Rocha e Martiniano Cavalcante pediram para deixar a Executiva Nacional. Uma das cinco vagas abertas com a mudança na Rede será preenchida pela vereadora de Maceió, Heloísa Helena - eleita pelo PSOL.

De acordo com Pedro Ivo Batista, integrante da executiva, os quatro que pediram para deixar a cúpula terão outras tarefas no partido. "Na nota que cada um enviou individualmente, não se fala em divergência política. Apenas informam que irão continuar na Rede, mas não mais em funções da Executiva."

Apoio

Nos bastidores, a saída de parte dos integrantes da executiva é vista como consequência de divergências políticas internas, intensificadas pelo apoio dado por Marina ao tucano Aécio Neves no segundo turno presidencial.

A "readequação de tarefas" na Rede é vista como uma forma de fortalecer o processo de coleta de assinaturas para viabilizar a formação do partido. A intenção, de acordo com o grupo, é contar com integrantes com mais disponibilidade de tempo.

A militância precisa de 32 mil assinaturas validadas pela Justiça Eleitoral para conseguir o registro. Até março, a sigla espera coletar 100 mil fichas de apoio para chegar com folga ao Tribunal Superior Eleitoral e se firmar como partido político em abril.

"O próximo ano será importante para a Rede. A partir da obtenção do registro devemos ter convenções estaduais em maio e junho e um congresso nacional em agosto", afirmou Margarido.

Novo governo, ideias velhas. Além das questões internas, o grupo realizou neste final de semana uma avaliação da conjuntura com a posse de um novo governo. "Um novo governo com ideias velhas", critica.

Pedro Ivo destaca que o grupo se recoloca com um projeto em busca do desenvolvimento sustentável, "independente ao atual governo". Sobre a relação com partidos, ele afirma que a Rede não terá uma "postura linear com a oposição constituída pelo PSDB", mas estará junto dos tucanos no que for benéfico para o País. "E separados no que não for coerente com nossa proposta", afirmou.

A intenção é manter a união com o PSB, o PPS e "os partidos que estiveram na coligação Unidos pelo Brasil", que levou Marina Silva ao terceiro lugar na disputa pela Presidência neste ano.

A ex-ministra e candidata derrotada nas eleições presidenciais Marina Silva (PSB) preferiu não falar com a imprensa ao chegar para um evento nesta sexta-feira, 12, em São Paulo. Questionada pela reportagem sobre sua migração para a Rede Sustentabilidade quando o projeto conseguir se constituir como partido, Marina respondeu que ainda está refletindo sobre as questões pós-eleitorais e que preferia não dar entrevista. Ela repetiu brevemente o que havia dito em outras ocasiões ao dizer que os militantes estão recolhendo as assinaturas para legalizar a legenda junto à Justiça Eleitoral.

Marina participa de um evento do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) ao lado de pessoas próximas e ligadas ao projeto da Rede, como o biólogo João Paulo Capobianco, o vereador Ricardo Young (PPS) e a educadora Maria Alice Setubal, conhecida como Neca Setubal. Também participa do evento o historiador Celio Turino, que foi um dos articuladores da Rede, mas deixou o projeto por discordar de linhas programáticas e da decisão de Marina em apoiar Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições. Marina e Turino se cumprimentaram cordialmente.

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A ex-candidata à Presidência da República, Marina Silva (PSB), afirmou em discurso à militância da Rede Sustentabilidade em São Paulo que o partido surge em um momento de crise civilizatória no Brasil e no mundo. "Vivemos uma crise social, econômica, de valores (...) que eu chamo de crise civilizatória", disse em discurso a cerca de cem militantes.

Marina afirmou que planeja que Beto Albuquerque (PSB-RS), ex-candidato a vice-presidente em sua chapa, se torne filiado honorário da Rede quando o partido for legalizado. "Era o meu desejo com o Eduardo Campos. Assim como eu desejo ser filiada honorária do PSB, depois da formalização do partido", disse.

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Marina chegou às 16h10 no evento de motivação do partido, marcado para as 13h30 na sede estadual da Rede no bairro da Liberdade. Assim que chegou, ouviu uma música sobre a Rede Sustentabilidade, composta por uma militante e, depois, um poema de outro militante. No fim de seu discurso, Marina também declamou um poema em que dizia "canta alma moída", em referência direta à dura campanha eleitoral em que, segundo Marina: "Fomos desconstruídos". "Não gostaria de estar no lugar de quem disse que eu iria acabar com o Bolsa Família, com o Minha Casa, Minha Vida", afirmou.

Marina saiu da sede da Rede depois de fazer fotos com os militantes e se recusou a falar com a imprensa. Sua assessoria informou que ela só concederá entrevistas em janeiro.

A ex-candidata à Presidência da República, Marina Silva participa de um evento de motivação da Rede Sustentabilidade neste sábado (6), na sede da executiva paulista no bairro da Liberdade, em São Paulo. No evento, os militantes de diversas cidades do Estado de São Paulo fizeram uma entrega simbólica a Marina de quase 14 mil fichas de apoio à criação da Rede.

A militância precisa de mais 32 mil fichas de apoio com as assinaturas certificadas pela Justiça Eleitoral para que o partido seja criado. Segundo Bazileu Margarido, membro da Executiva Nacional, são necessárias, aproximadamente, 480 mil fichas de apoio certificadas pela Justiça Eleitoral para que a legalização do partido. "Falta pouco", disse ele.

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Na primeira tentativa de criação do partido, Margarido lembrou que foram coletadas 910 mil assinaturas. Dessas, 440 mil foram certificadas pelos cartórios. O restante foi anulado.

A meta no Estado de São Paulo é coletar e conseguir a certificação de 20 mil assinaturas. Segundo Hádia Feitosa, porta-voz da Rede no Estado, já foram coletadas 13.797 fichas de apoio.

O governador eleito de Pernambuco e vice-presidente do PSB, Paulo Câmara, afirmou que os pessebistas farão uma oposição nacional diferenciada da postura do PSDB e do DEM, partidos que protagonizam, atualmente, a linha oposicionista a presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Câmara, os parlamentares do PSB vão “analisar ponto a ponto” antes de se colocarem contra ou a favor de alguma proposta governista. 

“É diferente. Há pontos que consideramos fundamentais para o Brasil. A partir do momento que o governo sinalizar para avanços nesses pontos vamos apoiar”, observou o governador eleito durante entrevista a um portal de notícias nacional. Câmara citou como pontos gerais a reforma política e do federalismo, além de mais recursos para a saúde, segurança e transparência de gestão. 

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Usando uma frase de campanha da ex-senadora Marina Silva (PSB-AC) que afirmava não fazer “oposição por oposição”, Paulo Câmara lembrou episódios do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando o PSB era oposição, e se colocou a favor do Plano Real. “Vamos contribuir para o Brasil, como contribuímos também no governo de Fernando Henrique Cardoso. O PSB foi a favor do Plano Real. Entendíamos que era importante para a estabilização econômica do Brasil”, cravou. “O PSB foi a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal. Vamos analisar cada ponto. Vamos discutir no partido. Vamos ter uma posição realmente de independência”, prometeu completando. 

2018 e a reedição de uma aliança com Marina Silva

Apesar de Marina Silva já ter voltado a coletar assinaturas para a legalização do Rede Sustentabilidade, o que deve acontecer no início de 2015, Paulo Câmara afirmou acreditar na reedição da aliança com a ambientalista para a disputa presidencial de 2018. Mesmo classificando a previsão como um “exercício de futurologia”, ele pontuou que entre o PSB e Marina há muitas convergências. 

“Ela foi muito clara, foi muito transparente, desde o início, de que queria e quer fundar um novo partido, a Rede Sustentabilidade. E tenho certeza que vamos estar ainda conversando muito com Marina, independente da posição partidária que ela tomar, e em 2018 é muito provável que nós estejamos juntos de alguma forma. Ou ela nos apoiando, ou nós apoiando ela. Construindo uma nova alternativa para o Brasil”, observou. 

De acordo com Câmara, a ex-senadora tem contribuído muito internamente para o PSB. “Marina Silva com certeza vai estar sempre conversando com o PSB, independentemente do destino dela”, frisou. 

A Rede Sustentabilidade retomou, nesta terça-feira (4), o processo de coleta de assinaturas para a formação oficial do partido. Encabeçado pela ex-senadora Marina Silva, atualmente no PSB, a meta é angariar 100 mil assinaturas até o fim deste ano para regularizar a nova sigla no início do ano que vem. 

No ano passado, a Rede teve 442.525 assinaturas reconhecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas o registro de legalização negado. Com a reorganização do Congresso Nacional a nova legenda para ser registrada vai necessitar de 484 mil assinaturas de apoio comprovadas em cartório. Contabilizando com as já conquistadas o grupo ainda precisa de 32 mil apoios.

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“A coleta já começou e confio que iremos alcançar nosso objetivo”, afirma Pedro Piccolo, membro da Comissão Executiva Nacional Provisória da Rede Sustentabilidade.

Na semana passada, após a derrota nas eleições, Marina Silva divulgou um vídeo reafirmando o desejo de fundar o partido. “Pelo futuro sustentável que sonhamos em construir, me dirijo aos meus companheiros e a todos os brasileiros e brasileiras com a velha, persistente e incansável saudação de sempre: a luta continua e não vamos desistir do Brasil”, disse na gravação. 

A ex-senadora Marina Silva (PSB) afirmou, nesta terça-feira (28), em nota divulgada das redes sociais que não pretende abandonar os planos de criar a Rede Sustentabilidade. Rebatendo reportagens que apontavam a ex-presidenciável "abandonando o projeto da Rede", a ambientalista reafirmou o compromisso de resolver as pendências necessárias para registrar formalmente a nova legenda no Tribunal Superior Eleitoral. 

"A ex-senadora Marina Silva reafirma seu compromisso e disposição de, ao lado de dirigentes e militantes da Rede Sustentabilidade, buscar os meios efetivos para obter o registro do partido. Não está, portanto, interessada em buscar alternativas para sua militância partidária", diz o texto. 

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A Rede está em fase de formalização junto à Justiça Eleitoral e seus articuladores devem retomar a coleta de assinaturas de apoio nos próximos dias. Com a reorganização do Congresso Nacional a nova legenda para ser registrada vai necessitar de 484 mil assinaturas de apoio comprovadas em cartório. Contabilizando com as já conquistadas até o dia 5 de outro de 2013, quando o TSE negou a legalização da Rede, o grupo ainda precisa conquistar 32 mil apoios. Na última segunda-feira (27), os porta-vozes da Rede Sustentabilidade já reiniciaram o processo de articulação das estratégias para conquista-los. 

A saída de Marina do PSB, no entanto, ainda não está prevista. Ela e o novo presidente socialista, Carlos Siqueira, fizeram as pazes antes do 2° turno e ele ofereceu o PSB como abrigo para Marina até quando for necessário. 

A Rede Sustentabilidade, partido em fase de criação liderado pela ex-senadora Marina Silva, se manifestou na tarde desta sexta-feira, 10, em nota reafirmando que nenhum dos candidatos que seguem no segundo turno representa o projeto defendido pelos "marineiros". A futura sigla nega que esteja negociando apoio formal ao tucano Aécio Neves.

"A Rede vem reafirmar que nenhum dos projetos em disputa nos representa, e que seguiremos independentes, seja qual for o governo que emergir neste segundo turno", pontua a nota.

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O grupo político de Marina reforçou a posição de recomendar aos seus militantes o voto em branco, nulo ou no candidato do PSDB à Presidência da República nesta fase do processo eleitoral. O futuro partido ressalta que qualquer manifestação de voto de seus militantes deve ser vista como posição pessoal e não de caráter partidário.

A nota informa que o grupo não está negociando uma adesão à campanha do tucano e que Marina deve se posicionar "conforme sua consciência". "A Rede esclarece ainda que não está negociando suas posições com a candidatura Aécio. O objetivo do documento elaborado e consensuado na Direção Nacional (Elo) é apresentar à sociedade a posição do partido, contribuindo assim para um pleito mais qualificado. A adesão da Rede à candidatura de Aécio Neves não está em questão".

A campanha da candidata à presidência da República, Marina Silva (PSB), adotou uma nova estratégia para esta reta final, militantes jovens do PSB e da Rede Sustentabilidade se reuniram em diversas cidades do país, neste sábado (20), para realizarem panfletagens e corpo a corpo. Em Pernambuco, a ação denominada de #Blitz40 aconteceu durante a manhã em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

No estado, além dos pedidos de votos para Marina o tributo ao ex-governador Eduardo Campos (PSB) também tem predominado as mobilizações. A primeira ação, de acordo com a JSB estadual, aconteceu em Carpina, na Zona da Mata Norte. Ainda segundo eles, uma terceira está sendo organizada para o próximo sábado (27), ainda sem local definido. As atividades variam desde oficinas de pinturas de camisas com estampas da campanha, apresentações teatrais e rodas de conversas, segundo a organização, por “uma política de paz”. 

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Depois de participar do velório e enterro do escritor Ariano Suassuna, nesta quinta-feira (24), no Recife, o presidenciável Eduardo Campos (PSB) continuará sua campanha na próxima sexta-feira (25) no Estado de São Paulo. O líder do PSB estará presente no lançamento das candidaturas da Rede Sustentabilidade. Apesar de a Rede não sido aprovada como partido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o grupo anunciou que terá no pleito deste ano 104 candidatos em 21 Estados e no Distrito Federal.

O partido de Campos é que mais candidaturas de representantes da Rede tem, 73. 

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O evento de anúncio das candidaturas começará por volta das 20h30, mas o presidenciável só deve chegar ao local às 23h.

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