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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (31) que deve realizar uma nova reunião ministerial até o fim do ano. Ele não deu a data. De acordo com o presidente, devem ser feitas análises das políticas tocadas pelas pastas.

O petista afirmou que o número de ministérios, atualmente em 38, é necessário para que os setores da sociedade sejam representados dentro do governo. Ele avalia a criação de mais um, o da Segurança Pública. A declaração foi dada no programa Conversa com o Presidente, uma espécie de live semanal produzida pela EBC.

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Ao comentar a reunião ministerial realizada na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta segunda-feira (19), que o encontro foi importante para dar uma “harmonizada” na equipe do governo. Em seu programa semanal Conversa com o Presidente, Lula classificou a reunião como “excepcional”. 

“Foi muito interessante, porque a gente deu uma harmonizada na equipe do governo. Muitas vezes, a gente não se reúne. Cada um começa a falar alguma coisa, cada um começa a responder alguma fofoca de jornal. É importante harmonizar a linguagem do governo em torno de um objetivo único que é fazer o Brasil dar certo.” 

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“Falamos muito em transversalidade, ou seja, os ministros trabalharem juntos em vários assuntos. Mas é importante que cada ministro saiba o que o outro está fazendo”, afirmou. “Essa reunião vai permitir que o governo trabalhe agora de forma mais harmônica. É importante dar menos ouvidos a futricas e mais ouvidos a coisas que são verdadeiras. Não podemos parar.” 

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, citou a longa duração da reunião ministerial nesta quinta-feira, 15, mas disse que o encontro foi marcado pela grande disposição dos ministros.

"Nunca antes tivemos reunião tão longa, mas com tanta disposição", disse, em coletiva de imprensa após o encontro. Segundo ele, o governo está muito feliz e classificou o encontro como uma reunião histórica.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a reunião ministerial desta quinta-feira (15) servirá para que sejam traçadas as políticas que o governo pretende entregar até 31 de dezembro de 2026, último dia do terceiro mandato do petista. Em discurso durante o encontro, ele voltou a pedir que as ideias formuladas pelos ministérios sejam discutidas antes com a Casa Civil, para que se tornem projetos de governo.

"(A ideia é que) Essa reunião possa dar para nós e, sobretudo para os companheiros da Casa Civil, que recebem os projetos, que a gente possa sair daqui com a certeza de que o governo já tem, no papel e na cabeça, tudo o que a gente vai fazer até 31 de dezembro de 2026", afirmou o presidente.

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"Nesse governo, não haverá política de ministro. Por isso, um ministro não pode apresentar uma proposta sem discutir isso com a Casa Civil, sem transformar isso numa política de governo. É assim que tem que ser e que funciona um governo sério. Não é a política de cada ministro, é a política de governo do qual fazemos parte", cobrou também Lula. Na primeira reunião ministerial, em 14 de março, o presidente deu uma bronca no ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, por apresentar à imprensa a ideia de um programa para baratear passagens aéreas, sem ter recebido aval do Planalto para isso.

Lula ainda cobrou diálogo dos ministros com a Secretaria de Comunicação Social (Secom) para divulgação dos projetos do governo. "Vamos tentar estabelecer o que vamos fazer daqui para frente e comunicar à imprensa. A cada dois ou três meses, nós prestarmos contas à imprensa daquilo que resolvemos fazer. A gente pode fazer a divulgação das coisas que a gente faz com muito mais profissionalismo se a gente tiver a educação de fazer as coisas coletivamente", afirmou.

O presidente estimou que a reunião ministerial de hoje deve durar seis horas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou atenção da equipe ministerial durante reunião realizada na manhã desta terça-feira (14) e alertou que nenhum dirigente das 37 pastas pode anunciar medidas sem passar pela Casa Civil, comandada por Rui Costa.

"É importante que nenhum ministro e nenhuma ministra anuncie publicamente qualquer política pública sem ter sido acordado com a Casa Civil, que é quem consegue fazer que a proposta seja do governo", disse, logo no início do encontro. "Não queremos propostas de ministros, todas as propostas de ministros devem ser transformadas em propostas de governo."

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O presidente reforçou ainda que "qualquer genialidade" que alguém possa ter deve ser anunciada à Casa Civil para que a pasta discuta com a Presidência. "Para que a gente possa chamar o autor da genialidade", ironizou.

Ele afirmou que essa comunicação entre governo e ministérios é importante para manter a coesão. Disse ainda que os ministros terão todo apoio do Executivo, inclusive dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que "cuidam do caixa", para que não ocorra erros.

"Se tiver que arriscar alguma coisa, a gente vai arriscar com viés de acerto acima de uns 80%, porque a gente também não pode correr risco de anunciar coisa que não vai acontecer. Minha sugestão para que as coisas fiquem bastante corretas, coesas e harmônicas, é que ninguém anuncie nada, absolutamente nada que seja novo, sem passar pela Casa Civil", disse. Ele anunciou que citaria alguns casos ocorridos durante a reunião.

O presidente afirmou ainda ter orgulho de sua equipe que trabalha para criar condições de promover políticas públicas à sociedade. No campo da educação, ele pretende avançar em propostas e viajar com ministro da pasta, Camilo Santana, aos Estados para fazer anúncios.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lançou nesta sexta-feira, 10, a plataforma 'Mãos à Obra' para permitir que prefeitos e governadores atualizem o estado de obras paralisadas ou inacabadas em suas regiões. A apresentação do aplicativo foi feita em agenda no Palácio do Planalto que reúne Lula, ministros e prefeitos.

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, criticou o contexto encontrado pela nova gestão em relação a esses dados. O governo ainda lida com um número desatualizado de obras paralisadas, levantado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que dá conta de 14 mil empreendimentos parados.

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Para montar o novo plano de investimentos, contudo, o governo precisa atualizar esse número, assim como o estado de execução de cada obra e os valores necessários para concluir os empreendimentos.

"A ideia é saber cada obra que está paralisada, o que falta, em que pé está, quais já podem começar a partir do momento que botar as mãos as obras, para todo mundo estar conversando numa única plataforma e colocar todas as obras para andar", disse a ministra na agenda, que é fechada à imprensa, mas tem trechos transmitidos pelo Planalto.

Esther Dweck afirmou que a plataforma é também um sistema de "escuta" com os entes da federação, que possibilitará uma uniformidade de dados para o Brasil. "É um sistema de escuta também, dá um certo espaço de conversa com Estados e municípios, para que a gente tenha informações e todos tenham as mesmas informações", disse a ministra.

Ela explicou ainda que as informações coletadas também contarão com uma divulgação externa por meio da plataforma de obras do governo federal - segundo ela, ferramenta que só não foi descontinuada pelo antigo governo por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com a ministra, haverá capacitação de funcionários das prefeituras para que eles possam usar a nova plataforma. "Vamos usar rede de parcerias, que existe desde 2015, onde estão todos os Estados, e 39 associações de prefeitura, que farão com que a gente chegue onde pessoas serão capacitadas e vão poder prover qualquer tipo de informação necessária a prefeito que queira e irá usar sistema", afirmou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, nesta sexta-feira (10), que há cerca de 14 mil obras paralisadas em todas as áreas no País e destacou que grande quantidade de obras precisará ser reconstruída durante seu governo. De acordo com ele, há também 186 mil casas do Minha Casa, Minha Vida paralisadas.

Em reunião com ministros com foco na infraestrutura, o presidente destacou a importância do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que o classificou como "extraordinário".

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"O sucesso do PAC foi porque a gente começou ouvindo os governadores de cada Estado, dos milhares de prefeitos e depois construímos um arcabouço de propostas de política de infraestrutura que foi fácil de executar", disse, em fala inicial no encontro, na manhã desta sexta-feira. "O momento mais rico de investimento em infraestrutura do nosso país foi a execução do PAC porque envolvia os governos federal, estadual e municipal."

Lula disse que, lamentavelmente, descobriu uma grande quantidade de obras paradas. O presidente citou uma ponte que liga Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e Juazeiro, no norte da Bahia, chamando-a de "ponte picolé", numa crítica à situação da obra.

"A ponte parou e ficou igual um sorvete, um picolé mesmo, um palito", disse ele. "Vamos ter que terminar esse picolé, já que não dá para chupar o lado que está pronto, vamos fazer o lado que falta." Em contraponto, ressaltou a rapidez que os seus ministérios lidaram com as grandes chuvas que atingiram o litoral paulista, no fim de fevereiro.

O presidente afirmou que, após sua viagem à China, programada para o fim de março, ele passará a viajar o País para inaugurar casas, creches, escolas, estradas e universidades.

"Temos que colocar esse país em funcionamento", declarou Lula.

Ele disse que não se pode "ficar chorando o dinheiro que falta". "Temos que utilizar bem o dinheiro que temos."

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, nesta sexta-feira (10), que os ministros da área econômica terão de "arrumar" recursos para o governo investir em infraestrutura. Segundo ele, é por esse motivo que Fernando Haddad é o ministro da Fazenda, porque, segundo Lula, o auxiliar é "criativo" e, se necessário, se juntará a ministra do Planejamento, Simone Tebet, para disponibilizar o dinheiro público necessário para obras.

Lula declarou também que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer porque sua gestão irá gerar emprego com a retomada de investimentos. As declarações foram dadas na abertura de reunião ministerial focada em discutir os projetos para infraestrutura.

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O presidente da República também pediu que seus auxiliares não fiquem "chorando" pelos recursos que faltam, mas que utilizem bem o orçamento disponível.

"Temos que colocar esse país em funcionamento. Não podemos ficar chorando o dinheiro que falta, temos que utilizar bem o dinheiro que tem. E é por isso que Haddad é o ministro da Fazenda. Porque ele é criativo. Se a gente não tiver dinheiro, vamos atrás dele e ele e a Simone vão sentar na mesa e arrumar dinheiro que precisamos para fazer investimentos nesse país. Não podemos aceitar a ideia de que o PIB não vai crescer porque alguém disse que não vai crescer. Nós vamos dizer que vai crescer porque vamos fazer o PIB crescer", afirmou Lula aos seus ministros.

Ele ainda afirmou que quer promover uma reunião para tratar especificamente do papel dos bancos públicos para alavancar investimentos no País.

O presidente defendeu o empréstimo para pequenos e médios empreendedores, cooperativas, "grandes empresários", além de Estados e prefeituras que têm capacidade de endividamento.

"Não pode ser proibido você emprestar dinheiro pra construir ativo e aumentar o patrimônio desse país. Não dá pra gente ficar achando que o gostoso nesse país é guardar dinheiro. Não, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras, em melhoraria da qualidade de vida do povo, em educação, saúde", afirmou Lula.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em reunião com ministros nesta sexta-feira (10), que seu terceiro mandato iniciou-se no encontro desta manhã. De acordo com ele, o que foi feito até o momento foi uma preparação de governo.

"Essa reunião, eu diria, é quase que o começo de verdade do nosso mandato, é como se tivéssemos passado por uma preparação, ou seja, cada um montou seu ministério, dificuldade para alocar, muita dificuldade para indicar pessoas, pessoas demoraram mais é um mês e meio para montar ministério", declarou o chefe do Executivo, em fala inicial de abertura da reunião. "Este momento, é o momento em que começamos de verdade o campeonato."

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Apesar de pontuar que o governo inicia-se neste momento, Lula ressaltou a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. "Foi uma novidade na história política do Brasil, aprovar uma PEC antes de estar governando o País", comentou. Segundo ele, seu governo já fez mais viagens e realizou mais conversas que os governos anteriores.

Conforme mostra o Estadão/Broadcast, Lula se reúne nesta manhã com ministros ligados à infraestrutura e à área econômica para definir as prioridades para o primeiro ano do governo, levando em conta o orçamento.

O que o presidente buscará identificar no encontro é o quanto de fato dos recursos previstos para este ano estarão empenhados em obras e o quanto deve sobrar - e ser automaticamente destinado para o resultado primário. Assim, além de um leque do que terá para cobrar de seus ministros ao longo do ano, terá uma margem de economia que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderá levar em consideração.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), durante coletiva de imprensa nesta sexta, 6, rejeitou a ideia de que a primeira reunião ministerial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria servido para o presidente "puxar a orelha" de seus ministros, após declarações conflituosas dos auxiliares na primeira semana de governo. Costa disse que a nova gestão está "arrumando a casa" e fará um esforço concentrado para até o fim do mês concluir as nomeações das equipes do primeiro escalão.

"Não foi em hipótese nenhuma fazer algum reparo, até porque estamos no quinto dia útil de governo, ainda estaremos até o fim do mês no fluxo de nomeação ainda do primeiro escalão das equipes dos ministérios", respondeu a jornalistas após o fim do encontro.

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Costa comparou a agenda a um técnico que "que convoca seus atletas para montar uma seleção", exibir suas diretrizes e estratégias. "De inicio ele não vai para o campo imediatamente. Primeiro lugar que ele leva o time é para auditório para conversar com equipe e mostrar o estilo dele, a tática que gosta de utilizar, uniformização da equipe com o que ele está pensando de estratégia e de ritmo. Colocar os seus convocados juntos para definir diretrizes, prioridades, ritmo - e ele quer um ritmo muito acelerado de entregas porque a fome não pode esperar, há problemas graves na saúde", afirmou o ministro.

Transversalidade

Costa disse que a palavra mais usada na primeira reunião ministerial do governo Lula foi "transversalidade". De acordo com ele, o combate à fome - a principal bandeira do agora presidente durante a campanha eleitoral - não é, portanto, tema de apenas um ministério. "É do Ministério do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura, do Desenvolvimento Social", citou durante uma rápida entrevista coletiva depois do encontro.

"Serão ações que reúnem mais de um ministério. Vamos colocá-los juntos para definir um roteiro de propostas, precisamos combinar as iniciativas de cada ministério para termos um programa único", enfatizou. Conforme o ministro-chefe, ficará inviável se cada uma das Pastas apresentar um programa. "Será um programa de governo, com ações de cada ministério", disse.

Respondendo a perguntas de jornalistas sobre mais detalhes sobre como poderia ser o desenho dessa atuação, Costa pediu paciência aos profissionais da imprensa. "Entendo que passamos quatro anos sem ouvirmos nada de política e programas de governo, mas hoje é apenas o quinto dia de governo. Precisamos de pelo menos alguns dias e horas para fazer as coisas acontecerem."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva proibiu a entrada de celulares na primeira reunião geral do novo governo com os ministros. Os telefones foram recolhidos, nesta sexta-feira (6), na entrada da Sala Suprema, no segundo andar do Palácio do Planalto.

A prática costuma ser usada por autoridades para evitar vazamento de informações. No Planalto há escaninhos de madeira em área próxima à sala suprema e nos gabinetes do presidente e ministros.

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O procedimento vale mesmo para quem trabalha no Planalto. Segundo auxiliares do presidente, ele costuma pedir que interlocutores deixem seus aparelhos fora dos ambientes de encontros. Eles afirmam que Lula se incomoda com o desvio atenção das pessoas com as quais conversa e que gosta de manter contato visual permanente.

O presidente não usa telefone celular próprio e recorre aos assessores mais próximos para conversar.

No início do primeiro governo, em 2003, a Presidência da República acionou bloqueadores de sinal de telefones celulares, em encontros do presidentes com ministros e governadores na Granja do Torto. Aparelhos foram instalados nas salas de reunião.

Antecessores no cargo, como Michel Temer e Jair Bolsonaro, também proibiam aparelhos de celular em algumas ocasiões. O procedimento não impediu que Temer fosse gravado pelo empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu e usasse o áudio numa delação premiada do caso JBS.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (6), a seus ministros que não deixará ninguém "no meio da estrada". A declaração, feita na primeira reunião ministerial do governo, vem no momento em que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, está sob bombardeio de aliados e adversários por suas supostas relações com milicianos fluminenses. A cúpula do governo já faz uma operação abafa para proteger a ministra, que não deve cair neste momento.

"Estarei apoiando cada um de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada, não deixarei nenhum de vocês", declarou Lula no encontro.

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De acordo com Lula, os ministros foram chamados pela competência. "Vocês foram chamados porque têm competência, porque foram indicados pelas organizações políticas a que vocês pertencem, e eu respeito muito isso. Estejam certos de que vocês terão em mim, se possível um irmão mais velho, se possível um pai. Tratarei vocês como uma mãe trata os filhos, com muito respeito e educação, e exigindo muito trabalho de cada um de vocês", afirmou o presidente.

Na prática, porém, parte dos ministros foi indicada pelos próprios partidos em acordo para garantir governabilidade ao governo no Congresso. Indicado pela cota do União Brasil, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), por exemplo, conheceu Lula apenas no dia em que foi anunciado.

O presidente também afirmou que irá montar um governo com "gente técnica" sem "criminalizar a política". Apontou, contudo, que se "algo grave" for cometido, haverá investigação perante a Justiça. O recado foi dado a ministros na abertura da primeira reunião ministerial de seu terceiro mandato.

Observando que poderá ter até o próximo dia 24 para completar a montagem do governo, o petista afirmou não ter vergonha de dizer que irá estruturar uma gestão com pessoas "muito competentes" oriundas da política. Disse, por outro lado, que será convidado a deixar a gestão da "forma mais educada possível" quem fizer algo "errado".

"Não faço distinção e não quero criminalizar a política. Nossa obrigação é fazer as coisas corretas e da melhor forma possível. Quem fizer errado, sabe que tem só um jeito, a pessoa será convidada a deixar o governo da forma mais educada possível. E se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça", afirmou Lula.

O presidente também observou que nenhum de seus ministros já pode estruturar de forma completa suas pastas, tendo escolhido apenas os secretários-executivos e o chefes de gabinete. "Até o dia 24, quem sabe, já tenhamos o governo todo montado. Eu não tenho vergonha de dizer que vamos montar um governo com gente da política muito competente. Vamos montar um governo com gente técnica muito competente", afirmou aos ministros.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na manhã desta sexta-feira (6), na abertura da primeira reunião ministerial do governo, que esse será o mandato da vida dele. "Esse será o mandato da minha vida, todo mundo sabe que eu tenho obsessão para acabar com a fome, melhorar a saúde do povo. Porque eu conheço muita gente que morreu com receita no criado-mudo do lado da cama e não tinha 50 reais para comprar um remédio", afirmou o presidente no Palácio do Planalto.

Na fala inicial, Lula defendeu a necessidade de dar um salto de qualidade na educação, na cultura e na saúde brasileiras, também como forma de agregar valor aos produtos nacionais. "O Brasil precisa dessa gente bem formada, porque não pode passar mais um século exportando minério de ferro, soja e milho. Temos que exportar conhecimento, inteligência, coisa mais sofisticada com valor agregado,para que Brasil deixe de ser país em desenvolvimento e passe a ser país desenvolvido", disse o presidente.

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Lula defendeu que parte da violência no País existe pela ausência do Estado e, por isso, o governo precisa se esforçar para ampliar a presença em todos os lugares. "Não vou ter um minuto de cansaço enquanto não conseguir resolver os problemas", prometeu o presidente.

O petista fez o discurso entre o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), o "gerente" do novo governo. Em tom de brincadeira, Lula afirmou que, daqui a pouco, Alckmin terá " mais poder que o presidente da República". Além de vice-presidente, Alckmin coordenou a transição e foi nomeado ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Na abertura da primeira reunião ministerial de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que seu governo não é de "pensamento único", mas composto de "pessoas diferentes" que precisarão fazer esforço para "construir" de forma igual.

"Não somos governo de um pensamento ou filosofia única, somos um governo de pessoas diferentes, o que é importante é que a gente, pensando diferente, faça um esforço para a reconstrução desse país, pensemos igual e construir igual", afirmou Lula a ministros, em discurso transmitido.

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O presidente citou a cerimônia de posse realizada no dia 1º para apontar que há muito tempo não via "tanta alegria" nas pessoas e que é compromisso de seus ministros entregar um país "melhor e mais saudável". "Vamos ter que entregar esse país mais saudável do ponto de vista da massa salarial, da educação", disse.

Lula qualificou a tarefa como árdua. "Foi utilizado dinheiro na campanha para perpetuar governo (...). Esse país vai voltar a viver em democracia", afirmou Lula, para quem o governo de Jair Bolsonaro foi responsável por grande parte das mortes na pandemia de covid-19.

Crescimento com responsabilidade

Na sua primeira reunião ministerial, Lula também afirmou que toda a sua equipe assumiu compromisso "extraordinário" de fazer o Brasil "voltar" a crescer, gerar empregos e fazer aumentar a massa salarial. "É possível fazer a economia voltar a crescer com muita responsabilidade, com distribuição de riqueza e renda, e gerar emprego que garanta ao trabalhador um pouco de seguridade social", disse aos seus ministros no início da reunião.

Lula afirmou que quer "muito" investir no fortalecimento do sistema cooperativo, no micro e pequeno empreendedor e no pequeno e médio empresário, mas ressaltou ser necessário que o trabalhador tenha "um mínimo" de seguridade social. "Que ele tenha garantia de previdência, garantia de registro, garantia de que, quando estiver impossibilitado de trabalhar, o Estado garanta a ele um mínimo de segurança, porque se não a gente não terá um mundo de trabalho sadio e saudável, teremos um mundo de barbárie", disse.

Agrotóxicos e invasões

O presidente também disse que a "força da lei vai imperar" sobre os produtores que continuarem usando agrotóxicos proibidos. "Neste País tudo vale, só não vale cidadão bandido achar que pode desrespeitar legislação", declarou o petista.

Lula afirmou que os empresários que produzirem de forma responsável serão "muito respeitados". O presidente se dirigiu, na abertura da reunião ministerial, a Carlos Fávaro e disse que fica feliz quando vê um "homem do agro" como ministro da Agricultura. "É a perspectiva que temos de pessoas sérias", emendou o petista.

"Aqueles que teimarem em desrespeitar a lei, invadir o que não pode ser invadido, usando agrotóxico que não pode ser usado, a força da lei imperará sobre ele. Nós vamos exigir que a lei seja cumprida", disse Lula.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva termina a primeira semana de governo com uma reunião de sua equipe de ministros e ministras, nesta sexta-feira (6). O encontro começa às 9h30, no Palácio do Planalto e, segundo o próprio presidente, "só tem horário para começar". 

Em vídeo divulgado por sua assessoria, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que a reunião tem o objetivo de ser um momento de acolhimento dos novos integrantes do primeiro escalão do governo federal. "O presidente Lula fez questão de convocar essa reunião com todas e todos, fazendo um acolhimento desses ministros e ministras, dar partida no início do governo", afirmou.

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O encontro terá uma apresentação da Casa Civil sobre as principais ações de governo, incluindo um panorama sobre obras. O presidente também quer estabelecer entendimento entre os ministros para a retomada de uma relação federativa com estados e municípios.

Uma reunião do presidente com todos os governadores está agendada para o dia 27 de janeiro. 

Depois de ter ficado de fora da reunião ministerial feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã desta terça-feira (9), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que não foi chamado, disse não ter ficado incomodado.

"Não fui convidado, não fui chamado. Acredito que o presidente julgou que era desnecessária a minha presença. Não estou incomodado, não", disse Mourão ao ser questionado pela imprensa em Brasília.

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Essa não é a primeira vez que o vice-presidente fica de fora de uma reunião ministerial neste ano. No entanto, na primeira vez Mourão se recuperava da Covid-19.

O Ministério da Economia confirmou, na manhã desta quarta-feira (6), que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está no Palácio do Planalto e participa de reunião ministerial convocada pelo presidente da República. Mais cedo, fontes informaram ao Estadão/Broadcast que o ministro havia interrompido informalmente período de férias, que terminam no dia 11, para participar de reunião no Palácio.

O encontro com ministros não constava das agendas oficiais nesta manhã e foi confirmado no início da manhã pela Secretaria de Comunicação do Planalto (Secom).

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O encontro ocorre logo depois da declaração de ontem do presidente Jair Bolsonaro de que o "Brasil está quebrado" e que ele não poder fazer nada - o que irritou parte do mercado. Durante as férias de Guedes, a Economia também precisou explicar o calote dado pelo Brasil ao banco dos Brics nesta semana.

Acolhendo parecer do procurador-geral da República, Augusto Aras, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou o arquivamento de notícia-crime apresentada contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em razão de sua manifestação na reunião ministerial de abril. Na ocasião, o ministro disse que o governo federal deveria aproveitar a 'oportunidade' da pandemia do novo coronavírus para 'ir passando a boiada' em regulações ambientais. Após a divulgação das imagens, o ministro disse que estava defendendo a flexibilização de normas, dentro da legalidade.

A petição havia sido encaminhada ao Supremo pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano Contarato (Rede-ES) e pelos deputados federais Joênia Wapichana (Rede-RR) e Alessandro Molon (PSB-RJ). O documento apontava suposto cometimento dos crimes de prevaricação, advocacia administrativa e também de responsabilidade.

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"Assim, tendo o Ministério Público se manifestado pelo negativa de seguimento à petição, notadamente em razão da ausência de indícios mínimos da ocorrência de ilícito penal, determino o arquivamento desta notícia-crime", registrou Alexandre na decisão publicada nesta quinta, 8.

No parecer encaminhado ao Supremo, Aras informou que foi instaurada uma notícia de fato na PGR para apuração preliminar sobre o caso, mas a mesma foi arquivada no fim de agosto. Em tal decisão de arquivamento, por sua vez, foi registrado que os fatos são objeto de uma ação de improbidade administrativa que tramita perante à 8ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal.

Foi no âmbito de tal ação que, no fim de setembro, a Procuradoria cobrou à Justiça que avalie o afastamento imediato do ministro Ricardo Salles do cargo. Os procuradores pedem a saída do ministro do governo por 'desestruturação dolosa' das políticas ambientais. Desde julho, quando a ação foi apresentada, o processo já foi remetido para Santa Catarina, voltou para Brasília e não foi julgado.

Ainda na mesma decisão de arquivamento notícia de fato sobre o caso, a PGR considerou que 'no contexto da reunião ministerial, o representado (Salles) limitou-se a manifestar opinião sobre temas relacionados às diretrizes que poderiam vir a ser, ou não, adotadas pelo Poder Executivo'.

Para o Ministério Público Federal não existia, na petição em questão, 'nenhum indício real de fato típico' praticado por Salles, ou qualquer indicação dos meios que o mesmo teria empregado em relação às condutas objeto de investigação, ou ainda, o 'malefício que produziu, os motivos que o determinaram, o lugar onde a praticou, o tempo ou qualquer outra informação relevante que justifique a instauração de inquérito ou de qualquer investigação'.

O chanceler Ernesto Araújo afirmou, nesta terça-feira (8), que o Itamaraty, em coordenação com o Ministério da Saúde, acompanha "com muita preocupação" o papel da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia do novo coronavírus. Durante reunião ministerial no Palácio da Alvorada, Araújo criticou o que chamou de aparente falta de independência, transparência e coerência da instituição.

"Aparentemente há falta de independência da OMS, falta de transparência e, sobretudo, coerência em orientações sobre aspectos essenciais... A origem do vírus, o compartilhamento de amostras, o contágio por humanos, os modos de prevenção, a quarentena, o uso da hidroxicloroquina, a indumentária de proteção e agora na transmissibilidade por assintomáticos. Em todos esses aspectos a OMS foi e voltou, às vezes mais de uma vez. Isso nos causa preocupação", disse Araújo no encontro.

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Ele reforçou que o Brasil e outros países apoiam desde maio uma investigação da conduta da OMS durante a pandemia. O processo de apuração teve iniciativa da União Europeia e da Austrália. "Alguns dizem que tem que esperar o fim da pandemia, mas eu acho que claramente não. Esse vai e vem da OMS prejudica os esforços dos países", afirmou o chanceler.

No dia 19 de maio, os 194 países membros da OMS, incluindo Estados Unidos e China, adotaram uma resolução que prevê uma "avaliação independente" da resposta da agência da ONU à pandemia de Covid-19.

Críticas

No início da reunião, o presidente Jair Bolsonaro citou a resposta de uma integrante da OMS que afirmou, na segunda-feira, que os pacientes assintomáticos do novo coronavírus não estão impulsionando a disseminação da Covid-19. Segundo ela, esses casos são raros.

Para Bolsonaro, que é abertamente contrário ao isolamento social, se o entendimento for comprovado, poderá sinalizar uma "abertura mais rápida do comércio e a extinção de medidas restritivas". O Brasil atualmente tem mais de 37 mil mortes e 700 mil casos da doença.

Após a polêmica reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgada por ordem judicial, o presidente Jair Bolsonaro realiza novo encontro nesta terça-feira (9), no Palácio da Alvorada, para tentar melhorar a imagem e mostrar as ações do governo relacionadas ao novo coronavírus. Desta vez, no entanto, o encontro é televisionado, transmitido ao vivo pela TV Brasil.

No início da reunião, o presidente citou a resposta de uma integrante da Organização Mundial da Saúde (OMS) que afirmou, na segunda-feira, que os pacientes assintomáticos do novo coronavírus não estão impulsionando a disseminação da Covid-19. Segundo ela, esses casos são raros.

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Para Bolsonaro, que é abertamente contrário ao isolamento social, se o entendimento for comprovado, poderá sinalizar uma "abertura mais rápida do comércio e a extinção de medidas restritivas". O Brasil atualmente tem mais de 37 mil mortes e 700 mil casos da doença.

"Esse pânico que foi pregado lá atrás por parte da grande mídia começa talvez a se dissipar levando em conta o que a OMS falou por parte do contágio dos assintomáticos", declarou o presidente.

"O governo federal espera algo de concreto nas próximas horas, nos próximos dias, o que será muito bom para o Brasil e o mundo. A OMS falará com certeza sobre as suas posições adotadas nos últimos meses, o que levou a muita gente segui-la de forma cega", disse.

Bolsonaro admitiu novamente que não há comprovação científica sobre o uso da hidroxicloroquina para o combate à Covid-19, mas voltou a defender o uso do medicamento com base em relatos que disse ter ouvido de "pessoas infectadas e de médicos".

O presidente também afirmou que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, vai esclarecer, em comissão da Câmara, tudo o que foi falado nos últimos dias sobre uma eventual recontagem dos dados atualizados do novo coronavírus no Brasil. "A gente torce, pede a Deus, que o mais breve possível tenhamos um ponto final nessa questão. Mais uma vez lamentamos profundamente pela vida de todos os que nos deixaram."

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