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O Ministério Público Eleitoral (MPE) do Rio de Janeiro denunciou o deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB-RJ) pelo crime de violência política de gênero contra a vereadora Benny Briolly (PSOL), de Niterói. De acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral, Amorim proferiu "assediou, constrangeu e humilhou" Benny por sua "condição de mulher trans" em discurso no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Amorim pode ser condenado entre um e quatro anos de prisão e multa e ficar inelegível por oito anos. Em maio, o deputado usou seu tempo de discurso na Alerj para se referir a Benny como "aberração de 'LGBTQYZH":

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"Ela faz referência a um vereador homem, pois nasceu com pênis e testículos; digo e repito: o vereador homem de Niterói parece um 'boi zebu' porque é uma aberração da natureza. E aqui não é esse projeto horripilante e destrutivo. Tem lá em Niterói um 'boi zebu', que é uma aberração da natureza, aquele ser que está ali, um vereador, homem pois nasceu com pênis e testículos, portanto, é homem. Esses soldados do mal, fedendo a enxofre que são, o vereador homem de Niterói parece um belzebu, porque é uma aberração da natureza", disse.

Na denúncia, protocolada na noite de sexta-feira, 1, os procuradores regionais eleitorais Neide Cardoso de Oliveira e José Augusto Vagos citam que o discurso teve transmissão ao vivo pela TV Alerj, e retransmissão em diversas mídias, "alcançando grande repercussão".Segundo eles, a imunidade parlamentar de Amorim "não alcança as condutas imputadas".

"A imunidade material parlamentar por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos proferidos no recinto da Casa Legislativa não alcança as condutas imputadas. Admitindo-se que o deputado ou qualquer parlamentar possa assediar, constranger, humilhar e subjugar outra parlamentar mulher e impedi-la de exercer seu mandato, agredindo-a de forma aviltante, invalida-se a norma penal e o crime de violência política de gênero", diz o MP.

Rodrigo Amorim ficou conhecido por ter quebrado uma placa com o nome de Marielle Franco um ano após seu assassinato e depois ter emoldurado parte da placa em seu gabinete na Alerj. Procurado pelo Estadão, Amorim ainda não se pronunciou.

Na avaliação do MP Eleitoral, a divulgação por meios de comunicação conferiu uma amplitude imensa às ofensas e humilhações proferidas, causando grave dano político à vítima em relação a sua imagem frente ao seu eleitorado e demais eleitores.

A vereadora do Rio de Janeiro Benny Briolly (PSOL) irá registrar um boletim de ocorrência contra o deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB) por transfobia e racismo, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) nesta sexta-feira (20). Além disso, o deputado também será processado por ter chamado Benny de "aberração da natureza" e "boizebu, enquanto usava a tribuna da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

"Um vereador homem, pois nasceu com pênis e testículos, portanto, é homem. Agora temos uma aberração do alfabeto inteiro designando o que eles chamam de gêneros, gêneros aleatórios. Eu sou do tempo em que existiam homens e mulheres, bichas e sapatões. Esses soldados do mal, fedendo a enxofre que são. O vereador de Niterói parece um "boizebu", porque é uma aberração da natureza", disse o parlamentar bolsonarista.

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Após o ocorrido, a vereadora se pronunciou nas redes socias e respondeu Amorim: “Você não é o machão, Rodrigo Amorim? Aguarde as consequências jurídicas”, rebateu. Dessa forma, o PSOL se prepara para entrar com uma representação no Conselho de Ética da Alerj contra o deputado.

Em entrevista ao Globo, Benny detalhou como se sente e cobrou providências das autoridades contra as falas de Amorim. "Eu sinto que os meus desafios são cada vez maiores. Quando a gente acha que a sociedade brasileira está avançando minimamente, seja na construção de políticas públicas e igualitárias, nos deparamos com esses shows de horrores e de barbaridade. Essas pessoas usam da imunidade parlamentar para reproduzirem crimes de racismo, transfobia, misoginia e etc. Sinto ódio, raiva, indignação. Mas, o meu desafio é ainda maior. O meu corpo é uma ferramenta política para combater esse tipo de gente", disparou.

Após repercussão, Rodrigo Amorim ainda tentou se justificar afirmando que referia às "aberrações que o politicamente correto e a esquerda fazem com a língua portuguesa" e à "mania de criar gêneros". O deputado também alegou que "biologicamente só existem dois sexos", e disse que "a mesma ciência que defende as vacinas também deixa isso bem claro".

O deputado bolsonarista Rodrigo Amorim (PTB-RJ) é acusado de transfobia pela vereadora trans Benny Briolly (Psol-RJ), após direcionar ofensas à parlamentar, durante discurso no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nessa terça-feira (17). A agressão verbal ocorreu após a fala de uma deputada colega de Briolly, Renata Souza (Psol-RJ), que segundo o deputado, havia cometido quebra de decoro ao chamar bolsonaristas de “bois”. 

Para revidar, o conservador interrompeu a opositora e disse que, além de não poder falar que bolsonaristas “urram ou mugem”, a deputada “não olhava para a própria bancada”, insinuando que os animais estariam entre os aliados da psolista. Em seguida, utilizou Benny Briolly como exemplo e passou a direcionar as ofensas.  

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"Hoje, na Câmara Municipal, o vereador que parece um porco humano estava lá chorando e dizendo que eu era gordofóbico, mas ela pode se referir aos outros como boi? Talvez não enxergue a sua própria bancada, que tem lá em Niterói um ‘belzebu’, que é uma aberração da natureza, aquele ser que está ali", disse o deputado. 

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Em outro momento, Rodrigo se referiu à vereadora com pronomes masculinos, e disse que ela é um "vereador homem" por ter nascido "com pênis". 

"Ela faz referência a um vereador homem, pois nasceu com pênis e testículos, portanto é homem (...) temos uma aberração do alfabeto inteiro designando o que eles chamam de gêneros, gêneros aleatórios, quando na verdade eu insisto na minha tese de que sou do tempo em que existiam homens, mulheres, 'bichas' e 'sapatões'. Nada mais além disso", declarou Rodrigo Amorim. 

Não é a primeira vez que Rodrigo Amorim tem posicionamentos transfóbicos e desrespeita Benny Briolly. Nas redes sociais, sempre que discorda de alguma ação ou proposta da parlamentar, Amorim se refere à carioca no masculino. Briolly afirma já ter buscado apoio jurídico para responder às provocações na justiça. 

- - > Vereadora trans recebe dupla ameaça de morte em uma semana 

Segundo a vereadora, ela já foi ameaçada de morte mais de 20 vezes. Recentemente, foi alvo de ataques durante uma votação na Câmara Municipal de Niterói, enquanto apresentava o projeto de lei 09/2022, que institui 12 de novembro como o Dia de Maria Mulambo, entidade cultuada por religiosos de matriz africana. Na ocasião, pessoas contrárias ao projeto de lei gritaram frases como "Sai fora, macumbeiro" e "Protetor é Jesus Cristo". 

 

O jornalista Glenn Greenwald, editor e fundador do The Intercept Brasil, expressou nesta terça-feira (20) sua indignação por ser insultado por parlamentares do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, após uma homenagem que receberia.

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) votaria nesta terça a concessão da Medalha Tiradentes ao jornalista, mas antes da votação deputados do PSL o chamaram de "criminoso", "marginal" e "vagabundo". 

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O deputado Rodrigo Amorim - que ficou conhecido por quebrar a placa da vereadora Marielle Franco - defendeu, inclusive, a extradição de Glenn. Logo em seguida uma emenda foi apresentada e projeto saiu de pauta.

Em seu perfil no Twitter, Greenwald lamentou o ocorrido. “Doloroso ser insultado por um partido que não acredita em uma imprensa livre ou em instituições democráticas básicas”, escreveu.

Ainda em sua publicação, o jornalista fez menção ao deputado Rodrigo Amorim: “Liderado pelo monstro que orgulhosamente destruiu a placa de Marielle semanas após o assassinato brutal dela”, complementou.

Após ficar nacionalmente conhecido por quebrar, em um ato público, uma placa em homenagem a vereadora Marielle Franco (PSOL), o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) teve seu nome escolhido para disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2020 pelo partido do presidente Jair Bolsonaro.

Amorim foi o deputado estadual mais votado para o Rio de Janeiro nas eleições de 2018. O encontro que confirmou sua candidatura teve a presença do senador Flávio Bolsonaro (PSL), que é presidente estadual da sigla no Rio de Janeiro.

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O deputado estadual tem em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) uma parte da placa em homenagem a Marielle que ele quebrou. Amorim emoldurou o pedaço quebrado e pendurou em uma parede.

Rodrigo Amorim também tem outros projetos polêmicos em seu currículo. No último mês de fevereiro, por exemplo, ele propôs que os policiais envolvidos em uma operação que matou 13 suspeitos de crimes no Rio de Janeiro sejam homenageados na Alerj.

O deputado estadual no Rio de Janeiro pelo PSL, Rodrigo Amorim, é investigado por ter recebido R$ 35.425,80 como subsecretário adjunto de governo e planejamento da Prefeitura de Mesquita, no Rio de Janeiro, sem sequer ter assinado a folha de ponto dia algum.

Amorim ficou nacionalmente conhecido após ter quebrado em pedaços uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada após uma emboscada em março do ano passado na capital fluminense. O deputado protagonizou a cena às vésperas das eleições de 2018 e, ainda assim, foi eleito como o deputado estadual mais votado do Rio de Janeiro.

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A constatação foi feita pelo Núcleo de Prevenção e Combate à Corrupção do Conselho Superior da Procuradoria-Geral da cidade, que aponta o parlamentar como um dos funcionários fantasmas nomeados durante a gestão do ex-prefeito de Mesquita, Rogelson Sanches Fontoura (PRB).

Rodrigo Amorim foi nomeado subsecretário em maio de 2015 e exonerado em março de 2016. Na mesma época, também esteve nomeado no gabinete do vereador Jimmy Pereira (PRTB), na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, que fica a quase 30 quilômetros de Mesquita.

Entretanto, de acordo com o deputado estadual, a investigação está em curso devido a uma vingança pessoal do atual prefeito da cidade.

Deputados do PSL no Rio de Janeiro foram expulsos da Aldeia Maracanã, uma ocupação indígena localizada no complexo do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Recém-eleitos para a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Amorim e Alexandre Knoploch foram colocados para fora do local sob gritos de “racistas” e “discriminadores”.  O episódio aconteceu na última sexta-feira (22).

O ânimo entre os parlamentares e indígenas ficou acalorado porque, em janeiro, Rodrigo Amorim chegou a chamar a aldeia de “lixo urbano”. Amorim também ficou conhecido no país, enquanto ainda era candidato a deputado estadual, por quebrar uma placa de uma rua com o nome da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada há um ano.  

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Rodrigo Amorim disse, em publicação nas redes sociais, que foi ao local para vistoriar o prédio do antigo Museu do Índio, após “denúncias de problemas estruturais”, mas foi impedido pelos moradores.

Em vídeo que circula nas redes sociais, Amorim aparece dizendo que não aceita doutrinação ideológica e que a aldeia não é espaço da esquerda. "Doutrinação ideológica é a sua", responde uma das pessoas que está na confusão e outro grita “aqui é indígena”. Nas imagens os índios também ressaltam que eles estavam acompanhados de seguranças, usando coletes à prova de balas e aparentemente armados.

“Xingaram e ameaçaram indígenas, homens, mulheres e crianças, dizendo aos berros que somos todos selvagens e que não poderíamos ficar aqui, pois aqui é uma área nobre e não lugar de índios... Aos serem firmemente convidados a se retirarem da aldeia, disseram que sairiam, mas que ‘vão se livrar de nós’... Se livrar como? Sabemos que são fascistas e do grupo político acusado pela polícia de terem assassinado a vereadora Marielle. Sabemos como os fascistas agem”, observaram representantes da aldeia em publicação nas redes sociais.

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O deputado estadual e candidato ao Senado Flávio Bolsonaro (PSL) defendeu, na manhã desta quinta-feira, 4, os correligionários que destruíram uma placa que homenageava a vereadora do PSOL Marielle Franco, assassinada a tiros há pouco mais de seis meses. Segundo ele, os candidatos Daniel Silveira (a deputado federal) e Rodrigo Amorim (a deputado estadual) "nada mais fizeram do que restaurar a ordem".

Os dois fizeram em pedaços a homenagem que tinha sido colocada pelo partido da vereadora para "rebatizar" com o nome dela a Praça Floriano, também conhecida como Cinelândia.

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Além disso, divulgaram imagens da destruição no Facebook. Flávio Bolsonaro classificou ainda a ação de "posicionamento ideológico".

"Eles restauraram a ordem na placa que era de homenagem ao Marechal Floriano. O PSOL acha que está acima da lei e pode mudar nome de rua na marra. Eles só tiraram a placa que estava lá ilegalmente. Se o PSOL quer homenagear a Marielle, apresente projeto de lei, proposta na prefeitura, para botar a placa, mas não pode cometer um ato ilegal como esse", disse o parlamentar.

Ele se posiciona como de direita - o PSOL se apresenta como esquerda.

Questionado sobre se rasgar a placa era desrespeito a memória da vereadora, ele disse que "foi um desrespeito com a Praça Floriano (nome original do logradouro que foi alterado)". No local, fica a Câmara Municipal, onde Marielle exercia seu mandato.

O presidenciável Jair Bolsonaro nunca se posicionou sobre o assassinato da vereadora. Ela foi morta com uma rajada de metralhadora na cabeça, em 14 de março.

Até hoje, a Polícia não esclareceu o crime. Uma das hipóteses de autoria aponta para milicianos - policiais que exercem domínio armado sobre áreas carentes, onde exploram negócios ilegais e cometem extorsões.

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