Tópicos | rolezinho

Cinco jovens ficaram feridos em um tiroteio na Praça Maria Vitalina Gonçalves da Rocha, no bairro do Bongi, na Zona Oeste do Recife, por volta das 20h30 da terça-feira (8). O local divide a mesma propriedade que o terminal de ônibus do bairro, onde circula um grande número de pessoas até o encerramento das atividades do núcleo de transportes. O caso teria ocorrido durante um “rolêzinho”, evento periódico caracterizado pela reunião de adolescentes e jovens adultos em um local previamente marcado, e que já é frequente naquela área.

Segundo a Polícia Civil, as vítimas têm entre 16 e 21 anos. As autoridades também informaram que os feridos foram inicialmente encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento dos Torrões, bairro vizinho. Em seguida, foram levados ao Hospital Getúlio Vargas, no Cordeiro, também na mesma região. Não há informações sobre o estado de saúde dessas pessoas.

##RECOMENDA##

Um vídeo recebido pelo LeiaJá mostra o momento dos disparos. Dezenas de pessoas se dispersaram, enquanto outras se esconderam atrás dos veículos estacionados nas imediações. Segundo testemunhas, é comum que os encontros envolvam violência, uso de drogas e a presença de menores de idade.

Quem vive nas redondezas diz não se sentir seguro e se queixa da falta de policiamento no local. De acordo com uma confeccionista que trabalha na mesma rua onde houve o tiroteio, os rolêzinhos costumam acontecer todos os domingos, mas também podem ser realizados em outros dias. A mulher, que não quis se identificar, diz que há “muito som alto e jovens circulando o tempo todo, até tarde, e eles só saem quando a polícia chega, mas a polícia só chega quando alguém denuncia.”

Um comerciante de eletrônicos da mesma rua que também não quis se identificar fala que esses eventos costumam ser violentos e esse é o segundo episódio seguido com disparos de arma de fogo. “Só rolam drogas, brigas, desavenças e roubos. Como vem muita gente de outros bairros, quem é daqui acaba sendo assaltado. Também tem muito adolescente, até criança, bebendo, usando drogas e também tem tráfico. Incomoda muito a vizinhança, principalmente os idosos. Dentro de um mês, é a segunda vez que tem tiroteios aqui, nesse mesmo rolêzinho”, disse a testemunha.

Perguntado sobre a presença policial nesses eventos, já que são periódicos, o vendedor reforçou que as autoridades costumam aparecer somente quando a população denuncia. “Quando denunciam, aí a polícia aparece e consegue dispersar eles. Todos os domingos eles estão aqui, já era para a polícia estar ciente disso. Não tem força militar definitiva na praça e isso faz falta por aqui”, completou.

O LeiaJá buscou a Polícia Militar para entender como e com qual frequência acontece a ronda policial no Bongi. Até o momento desta publicação, não houve resposta.

[@#video#@]

Correria e um grupo portando pedaços de madeira. Esse foi o cenário descrito por quem transitava pela Avenida Conde da Boa Vista, área central do Recife, no fim da tarde desta sexta-feira (9). De acordo com comerciantes informais, o que aconteceu foi um 'rolezinho', evento marcado por grupo de jovens. No entanto, desta vez, roubos e quebra-quebra foram relatados por populares.

“Foi por volta das 17h, um grupo com camisa de colégio do governo chegou aqui pra um rolezinho, correndo, quebrando as coisas e roubando também. Assustaram as pessoas e o pessoal saiu correndo pra todo lado”, contou o vendedor Alexandre Firmino. Ele ainda apontou que pessoas correram para o Shopping Boa Vista e o centro de compras, inclusive, fechou as portas. 

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

Segundo a assessoria do mall, o episódio não aconteceu na área interna e, em casos de tumulto, as pessoas fazem do local um ambiente seguro para se abrigarem. Há ainda o esclarecimento de que existe um procedimento padrão do fechamento das portas em caso de confusão do lado externo ao Shopping para garantir a segurança dos clientes e integridade das lojas. 

O episódio ainda foi confirmado pela comerciante Luciene Freitas. “Pra evitar que eles quebrassem tudo e assustassem as pessoas, os camelôs se juntaram pra bater neles, senão eles ficam aqui e ninguém consegue trabalhar. Eles ficaram aqui por muito tempo, mais de meia-hora”, relata. 

Para o vendedor Jackson Cavalcanti, “isso é coisa de quem não tem o que fazer". "Eles deviam vender água, procurar alguma coisa pra fazer. A maioria tinha farda de colégio e faz essa baderna. Chegam aqui, os camelôs se juntam e batem neles”, completou Cavalcanti. Conforme o comerciante Wallace Oliveira, esse tipo de evento acontece, geralmente, às sextas-feiras. “São grupos que se reúnem pra brigar, bairros contra bairros e a polícia chega pra afastar todos, mas dessa vez demorou muito”. 

O “Rolezinho do Beijo”, que acontece sempre no último domingo de cada mês nos parques da cidade de São Paulo, contou com patrulhamento reforçado da Guarda Civil Metropolitana (GCM) neste fim de semana. Foram apreendidos quase 250 litros de bebidas alcoólicas no parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, e mais de 350 litros no parque do Carmo, na zona leste. Além disso, duas pessoas foram detidas por porte de entorpecentes, e outras três foram conduzidas para a delegacia por suspeita de tráfico.

A Polícia Civil monitorou os eventos através das redes sociais e conseguiu barrar a entrada de bebidas nos parques, a maioria em posse de adolescentes, segundo GCM. Ao final do evento, as equipes de limpeza da prefeitura encontraram mais de mil garrafas espalhadas no gramado que fica ao lado da marquise do Ibirapuera. Centenas de embalagens de preservativos também foram recolhidos. A maioria dos frequentadores são menores e os encontros são marcados pelo Facebook, como mostrado anteriormente aqui no Leia Já.

##RECOMENDA##

O prefeito João Dória disse hoje (27) que as forças-tarefa da GCM serão levadas para outros parques públicos onde os eventos acontecem. A entrada de bebidas em recipientes de vidro são proibidas nos parques da cidade, mas, como não há revista, os adolescentes circulam livremente com os vasilhames.

Um evento chamado de “Rolezinho do Beijo” levou quase mil adolescentes e jovens, entre 16 e 25 anos, ao Parque do Ibirapuera, zona sul de São Paulo, na tarde de ontem (5). Convocados por meio de redes sociais, os jovens compareceram para socializar e consumir bebidas alcoólicas, conforme o próprio convite do evento no Facebook e os comentários de quem esteve presente mostram. Jornalistas da TV Record, que estiveram no local com câmeras escondidas, também constataram o uso de drogas, inclusive pelos menores de idade.

Na descrição do evento no Facebook, os organizadores chegam a alertar sobre a presença da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e pedem para os participantes não causarem problemas com a Polícia. A mensagem diz que são proibidas as brigas, homofobia, sair sem beijar e ir embora sóbrio. Ambulantes vendem bebidas a menores de idade livremente nos principais portões de acesso ao parque. Durante a festa, muitas pessoas têm de ser carregadas ou socorridas por ambulâncias.

##RECOMENDA##

Preocupados com o número de jovens intoxicados nas imediações de vários dos principais equipamentos de cultura da cidade, profissionais do Museu de Arte Moderna (MAM) criaram um programa para tentar atrair essas pessoas. As ações, batizadas de Domingo MAM, integram várias atividades de desenvolvimento criativo, com a apresentação de bandas, oficinas de música e artes plásticas, dança, batalha de MC´s e debates de pautas como violência e direitos LGBT. A iniciativa rendeu uma menção honrosa do Prêmio Ibero-Americano de Educação e Museus no ano passado.

A Polícia Civil informou na terça-feira (19) que as jovens de 16 e 18 anos estupradas no domingo no Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, não eram participantes do "rolezinho"" que ocorria no parque. O evento, que não era autorizado pela Prefeitura de São Paulo, costuma reunir jovens que combinam o encontro por redes sociais.

Na segunda-feira, 18, um rapaz de 19 anos que afirma ter praticado sexo consensual com a jovem de 18 anos no dia do crime prestou depoimento. "Ele deu uma versão de que estava fazendo sexo com ela, quando chegaram outros três rapazes. Ele foi embora e falou que a menina quis ficar no Ibirapuera", relatou o delegado titular do 36º DP (Vila Mariana), Márcio de Castro Nilsson.

##RECOMENDA##

Ao ir embora, furtou o celular da vítima. "Ele tentou comercializar o aparelho e será indiciado por furto. A jovem o reconheceu e ele foi liberado, porque não houve flagrante." O jovem não tem passagem pela polícia.

Ainda segundo o delegado, a vítima de 18 anos disse que foi abordada por um grupo formado por seis indivíduos, e não três como afirmou o rapaz de 19 anos. No mesmo dia do crime, ela foi submetida a exames no Hospital Pérola Byington. "Quero saber se ela estava em condições de vulnerabilidade. Por exemplo, quando uma pessoa bebe e fica fora de si, independentemente de ter consentido, é estupro", diz Nilsson.

No caso da outra garota, de 16 anos, a polícia busca pelo suspeito, que teria o hábito de frequentar o parque e já teria sido visto pela vítima no local. Os dois casos são distintos - um aconteceu por volta das 19h30 e o outro, às 22h30 - e as vítimas não se conheciam.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Duas jovens relataram à Polícia Civil terem sido estupradas no fim da tarde do domingo (17), no Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. Uma das meninas tem 16 anos e a outra, 18. Os casos aconteceram nos arredores da marquise do parque, onde foi realizado um "rolezinho", evento não autorizado pela Prefeitura de São Paulo e marcado por adolescentes por meio das redes sociais. As denúncias serão investigados pelo 36º Distrito Policial (Vila Mariana).

Os crimes teriam acontecido em um local do Ibirapuera conhecido pelos jovens como "bananal", região de baixa movimentação próxima do portão 5. Após a denúncia, as garotas foram levadas para o Hospital Pérola Byington, para atendimento médico e psicológico.

##RECOMENDA##

De acordo com informações preliminares relatadas por uma das jovens à polícia, as vítimas teriam conhecido os rapazes no parque. A polícia ainda não sabe se os criminosos faziam parte do evento.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que está ouvindo testemunhas e buscando imagens das câmeras de segurança do parque para esclarecer os crimes. A Guarda Civil Metropolitana (GCM), que fazia ronda na região, disse que vai aumentar o número de guardas nos turnos da noite nos sábados e domingos.

Além dos estupros, a GCM registrou também "furtos e atos de agressão" que resultaram na detenção de suspeitos. Não foi divulgado, no entanto, quem seriam estas pessoas e para onde foram encaminhadas.

Festa

O evento, chamado de "Rolezinho - Festa do Beijo", reuniu 12 mil pessoas, segundo a GCM. Um dos responsáveis pela realização do encontro, o "youtuber" Evandro Farias, de 22 anos, afirmou que as festas têm ocorrido há pelo menos três meses, mas nunca havia reunido tantas pessoas de uma só vez. "Sempre foi organizado, mas tinha no máximo 2 mil pessoas. Dessa vez, não teve como controlar", disse. O jovem relatou ainda ter visto um arrastão no fim do encontro, o que não foi confirmado pela PM.

O intuito da festa, disse Farias, era reunir fãs e seguidores dos "rolezeiros" - jovens que ganham fãs na internet depois de gravar vídeos no YouTube cantando músicas de funk ou falando do cotidiano.

Farias disse ainda que nunca houve preocupação com segurança ou a venda de bebidas alcoólicas, prática proibida no parque, já que os encontros nunca ficaram lotados. "Nós não vendemos nada. Mas tem gente que já leva a bebida de casa."

Parceria

O presidente da Associação Rolezinho - A Voz do Brasil, Darlan Mendes, disse vai se encontrar com a Prefeitura para estruturar o evento, o que foi confirmado pela gestão municipal. A entidade firmou parceria com a gestão em 2014, após episódios de arrastões em shoppings e, desde então, é a responsável pela organização. "Era uma festa de beijo, pegação, para se divertir e trocar ideia", disse Mendes. O problema, segundo ele, foi que novos grupos começaram a se espalhar pela cidade e a fazer as festas de maneira autônoma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Famoso na cultura funk de São Paulo e organizador de "rolezinhos", Leonardo Henrique Soares Alvarenga, de 16 anos, foi morto por um amigo com um tiro na cabeça na Rua Guarapa, no Parque Guarani, na zona leste da capital paulista. O caso aconteceu na madrugada da última segunda-feira, 27, por volta das 03h30, afirma a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O autor do disparo, o funileiro Leonardo Pereira de Almeida, de 18 anos foi preso por homicídio simples. Os dois estavam em um carro junto com outros quatro adolescentes, todos de 17 anos, e voltavam de uma festa.

##RECOMENDA##

Aos policiais, as testemunhas afirmaram, inicialmente, que o grupo foi abordado por dois motoqueiros, que teriam anunciado um assalto. Durante a abordagem dos criminosos, um deles teria atirado em Leandro Alvarenga.

Após a Polícia Civil fazer a perícia no local, no entanto, ficou constatado que o disparo, na verdade, partiu de dentro do veículo. Chamadas para depor novamente, as testemunhas afirmaram que o tiro foi dado pelo funileiro. Eles ainda disseram que o autor do disparo acreditava que o revólver calibre 38, emprestado por um amigo, estava descarregado.

Robson dos Santos Lopes, de 30 anos, era o dono da arma e também foi preso em flagrante por porte ilegal. A vítima ainda foi levada ao Hospital Santa Marcelina pelo atirador, mas não resistiu aos ferimentos.

Depois da confirmação da sua morte, a página de Leonardo Alvarenga no Facebook, com quase 30 mil seguidores, foi inundada por comentários de fãs e amigos. O caso foi registrado no 32º Distrito Policial (Itaquera).

Um grupo de mulheres está se organizando para protestar contra o machismo em São Paulo. Marcado para as 16 horas, na Estação de Metrô da Sé, no centro da capital paulista, o ato "Rolezinho contra as encoxadas" vai reivindicar segurança no transporte público e defender que nenhuma mulher merece ser estuprada, agredida ou assediada.

Mulheres de todo o País organizaram protestos após a divulgação, na semana passada, de uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mostra que 65% dos brasileiros acham que mulher que mostra o corpo merece ser estuprada. Nas redes sociais, elas usaram as hashtags #EuNãoMereçoSerEstuprada e #NenhumaMulherMereceSerEstuprada.

##RECOMENDA##

Também nas últimas semanas vieram à tona vários casos de mulheres que foram molestadas nas estações de Metrô de São Paulo. Uma inserção publicitária na Rádio Transamérica do Metrô causou polêmica porque o locutor afirmava que "trem lotado é bom para xavecar a mulherada".

O protesto está marcado para as 16h na estação, com concentração é na Praça da Sé.

"Nós, mulheres, jovens, trabalhadoras, não aceitamos que sejamos tratadas assim. Exigimos o nosso direito de livre transitar com segurança e qualidade. Exigimos nosso direito de sermos respeitadas independente das roupas que usarmos", afirmam as organizadoras do ato.

No Rio de Janeiro, está programado um protesto no domingo, 6, em frente ao Posto 6 de Copacabana. O evento é denominado "Ato dos 35" porque, de acordo com os organizadores, representa os 35% que não concordam com o resultado da pesquisa do Ipea que mostra que 65% merecem ser estupradas.

Ao menos três "rolezinhos" estão marcados pelas redes sociais no Parque Villa-Lobos, no Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, ainda neste mês. No domingo (9) passado, um encontro de cerca de 200 jovens terminou em confusão no parque. Segundo a Polícia Militar, houve denúncias de tumulto generalizado, depredação e pichação no estacionamento, mas ninguém foi detido. Uma das entradas ficou fechada por 40 minutos.

Diferentemente do que costumava acontecer nos "rolezinhos" de shoppings no ano passado, os encontros nos parques são marcados por muitos grupos diferentes em um mesmo dia. Pelo menos quatro páginas no Facebook convocavam jovens para ir ao Parque Villa-Lobos anteontem. O organizador de uma delas disse que, apesar de não ter visto o tumulto, não deve mais combinar encontros no local. "Nós vamos há muito tempo lá, mas estamos pensando em parar de ir por causa dessa confusão. No domingo, tivemos de pegar ônibus de volta para casa em um ponto mais distante por causa do tumulto."

##RECOMENDA##

Segundo a PM, quando a viatura chegou, os adolescentes se dispersaram. A Secretaria da Segurança Pública disse que nenhum boletim de ocorrência foi registrado no 14.º DP (Pinheiros) ou no 91.º DP (Ceagesp), os mais próximos do parque.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, responsável pela administração do Villa-Lobos, disse que os parques estaduais estão preparados para receber grandes públicos. "Os shows frequentemente realizados com dezenas de milhares de pessoas são exemplos de que é possível oferecer com segurança lazer e recreação." Em relação ao policiamento, a secretaria informou que o Villa-Lobos tem 60 vigilantes nos finais de semana e feriados e uma unidade fixa da Polícia Militar.

O Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, também foi palco de tumulto por causa de um "rolezinho" no fim de semana. No sábado houve uma briga entre adolescentes, mas, segundo a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), o princípio de confusão foi controlado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a segurança privada do parque. A secretaria e a GCM se encontram com os organizadores dos "rolezinhos" antes dos eventos para que o "conforto dos visitantes", a fauna e a flora não sejam prejudicados.

De fora. Segundo o MC Chaveirinho, de 20 anos, um dos principais organizadores de "rolezinhos", os encontros que terminaram em tumulto no fim de semana não foram organizados por integrantes da Associação Cultural Rolezinho Voz do Brasil.

A associação dialoga desde o mês passado com o poder público para que os encontros que antes aconteciam em shoppings aconteçam em espaços públicos. "Nós não queremos mais fazer nada bagunçado. Vamos ter uma reunião com a Prefeitura nesta semana para definir as datas dos eventos que devem ter policiamento e ambulância." A Prefeitura não confirmou o encontro.

Para o criminólogo Danilo Cymrot, que estuda a criminalização de movimentos ligados ao funk, é cedo para avaliar o sucesso dos "rolezinhos" nos parques, mas é preciso ter cuidado ao focar em eventos isolados. "Temos de tomar cuidado para não colocar o foco em brigas pontuais, de uma forma que tire a legitimidade de uma política de ocupação do espaço público, que é meritória."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A violência urbana aumentou nos últimos anos, na avaliação de 76,8% dos 2 mil entrevistados em pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta terça-feira (18). Para 22,9% dos pesquisados não houve aumento. A pesquisa, feita em 137 municípios de diferentes regiões, de 9 a 14 deste mês, revela que o assalto à mão armada é o tipo de violência mais temida pelos entrevistados. Eles também temem, por ordem decrescente: roubo seguido de morte, roubo a residência, estupro e sequestro relâmpago.

A pesquisa também avaliou a percepção dos entrevistados sobre o “rolezinho” - encontro marcado por jovens da periferia, que usam as redes sociais na internet para agendar encontros em centros comerciais. Para 54% dos entrevistados, o principal objetivo é promover a desordem, enquanto 19,7% acham que a meta é promover saques em lojas dos shopings. Apenas 12% enxergam o fenômeno como uma forma de protesto, e 11% acreditam que é apenas por diversão.

##RECOMENDA##

No geral, a prática do "rolezinho", iniciada no ano passado, é desaprovada por 87,7% dos pesquisados, e 84,5% deles consideram que o fenômeno deve ser reprimido para evitar desordem nos shopings. Mas 65% condenam a atitude adotada por alguns estabelecimentos, de selecionar as pessoas que podem frequentá-los.

Em relação à política, o grau de interesse do brasileiro na eleição para presidente da República, no próximo mês de outubro, está baixo, de acordo com pesquisa da CNT: 32,7% revelaram total desinteresse, 29,4% demonstraram pouco interesse, 22,4% declararam interesse médio e 15% revelaram muito interessados na eleição presidencial.

Após a Justiça proibir dois "rolezinhos" que ocorreriam em shoppings da Grande São Paulo no fim de semana, pela primeira vez os eventos não aconteceram porque convidados e organizadores não foram aos locais.

O "rolezinho" no shopping Mauá Plaza, em Mauá, na Grande São Paulo, que estava marcado para sábado (1°) tinha a confirmação de 1,2 mil pessoas, mas não chegou a ocorrer.

##RECOMENDA##

Após a decisão do desembargador Rômolo Russo, da 11ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), na sexta-feira (31) os organizadores trocaram o local do evento para o pátio do Paço Municipal de Mauá, mas nem mesmo quem criou o evento compareceu. "Acho que não vamos mais fazer. Não tem mais lugar", disse Tharcisio Henrique Macedo, de 16 anos, um dos organizadores. No Paço havia cerca de 20 pessoas, às 17 horas de anteontem, que iriam ao evento. Elas foram embora quando souberam do cancelamento.

Autógrafos

Já no Shopping Interlagos, na zona sul de São Paulo, ocorreria nesse domingo (2) uma tarde de autógrafos do MC Brankim, nome artístico de Josian Guilger de Lima, de 22 anos. Em evento no Facebook, havia 300 pessoas confirmadas.

A Associação dos Lojistas do Shopping Interlagos pediu na Justiça que a PM impedisse "a aglomeração de pessoas" caso ficasse constatado que o evento não tinha alvará de autorização da Prefeitura. A liminar (decisão antecipatória) concedida na sexta pela juíza Carolina Nabarro Munhoz Rossi, do Foro Regional de Santo Amaro, não estabeleceu a necessidade de alvará, mas fixou multa de R$ 1 mil para cada pessoa que fosse flagrada pela PM em ato de "algazarra ou vandalismo".

Sem opção de local para encontrar suas fãs, MC Brankim resolveu na última hora mudar o evento para um restaurante da Avenida Atlântica, na zona sul. "Eu preferia estar no shopping e peço desculpas aos fãs que foram lá e não me encontraram, mas a gente teve de trocar porque não havia outra opção."

Enquanto MC Brankim dava autógrafos a um número pequeno de fãs que estava no restaurante, a PM colocou uma base móvel e duas viaturas na entrada do Shopping Interlagos. Não houve registro de tumulto.

Autor de músicas como Os Meninos É Feio Mais Tá na Moda, MC Brankim defende a proibição de "rolezinhos". "É para proibir, mas não pode confundir com uma tarde de autógrafos. Só queria falar com os meus fãs. Jamais quero briga, confusão, roubo." /COLABOROU L.B.F.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (29), a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que na reunião da manhã com representantes dos lojistas de shoppings centers o governo reforçou que o diálogo é a melhor alternativa para se discutir a realização dos "rolezinhos".

"Na reunião foi reafirmado pelo governo o entendimento de que o diálogo é o principal instrumento de compreensão e construção de padrões de convivência com esses eventos, na perspectiva da garantia dos direitos dos diferentes segmentos sociais a eles relacionados", diz a nota da Secretaria. Mais cedo, o ministro da pasta, Gilberto Carvalho, recebeu a Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop) para discutir a onda de encontros coletivos de jovens nestes centros comerciais. Também participaram do encontro as ministras Marta Suplicy (Cultura) e Luiza Bairros (Igualdade Racial), além da secretária nacional de Juventude, Severine Macedo.

##RECOMENDA##

"Os ministros manifestaram a percepção de que esses eventos são expressão do dinamismo, da mobilidade social e das mudanças que caracterizam a sociedade brasileira nos últimos anos. Consideraram também a necessidade da reorientação dos padrões de atuação e da cultura das forças de segurança, nos diversos níveis da Federação, no sentido de evitar posturas preconceituosas e discriminatórias ou ações inadequadas e desproporcionais", acrescenta o texto.

De acordo com a Secretaria, foi discutido o aprofundamento da execução de políticas públicas na área da cultura, lazer e esporte voltado para o público jovem. O governo também deve participar de uma reunião no dia 25 de fevereiro com a Alshop para debater a atuação dos seguranças internos dos shoppings. A Secretaria diz que é preciso assegurar "os direitos de acesso e circulação em seus espaços e coibir a ocorrência de ilegalidades como depredações, furtos ou ameaças".

Outro assunto tratado na reunião, segundo o governo, foi a Copa do Mundo no Brasil. A nota assinada pela Secretaria-Geral da Presidência e pela Secretaria Nacional de Juventude ressalta que os legados positivos do evento "necessitam ser melhor informados" e destaca o respeito ao direito de protesto daqueles que pretendem se manifestar contra o evento "desde que assegurados também os direitos daqueles que pretendem acompanhar e participar, de diferentes maneiras, dessa competição que será uma grande festa do esporte mais popular do planeta, do qual o Brasil é referência permanente".

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu nesta quarta-feira, 29, em defesa da "liberdade de manifestação" garantida pela lei ao comentar os "rolezinhos" em shoppings. "A liberdade de manifestação é garantida pela Constituição, nós temos de entender isso como a decorrência natural da vida democrática", disse Cardozo.

Embora não tenha participado na manhã desta quarta da reunião no Palácio do Planalto com representantes dos lojistas de shoppings, o ministro disse que é preciso separar as manifestações "tuteladas pela Constituição", onde não cabe repressão, das ações que violam a lei. "Quando há delitos, há ilícitos, as autoridades policiais têm de agir. Mas nós temos de diferenciar as coisas, sem qualquer tipo de juízo de valor", ressaltou.

##RECOMENDA##

Cardozo evitou comentar a posição da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) de defender o fechamento destes centros comerciais em caso de convocação de rolezinhos pelas redes sociais. Segundo a Alshop, a medida visa garantir a segurança dos frequentadores dos shoppings.

Para o ministro, é preciso garantir a liberdade de manifestação dos cidadãos. Em sua avaliação, a discriminação de indivíduos é "inaceitável". "Não podemos aceitar medidas discriminatórias porque são ofensivas à própria Constituição", comentou.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, se reúne nesta quarta-feira, 29, às 10 horas, com representantes da Associação dos Lojistas de Shopping (Alshop) para discutir a realização de rolezinhos nestes centros comerciais. Devem participar do encontro as ministras da Cultura, Marta Suplicy; da Secretaria de Promoção da Igualdade Social, Luíza Bairros; além da secretária nacional da Juventude, Severine Macedo.

A Alshop quer que o governo federal impeça a realização dos rolezinhos, por conta dos prejuízos que eles vêm causando ao comércio, principalmente em São Paulo. Embora não haja base legal para atender o pedido da Alshop, o governo federal quer ouvir a reivindicação da categoria e abrir o diálogo com todas as frentes envolvidas na questão. O Planalto pretende apresentar propostas que estão em estudo sobre opções de lazer para atender a estes jovens.

##RECOMENDA##

A prioridade do Executivo é entender esses encontros marcados pela internet e evitar que o movimento se prolifere pelo País, causando algum tipo de problema de ordem pública, principalmente na Copa do Mundo. A presidente Dilma Rousseff está preocupada em não criminalizar os rolezinhos e teme que a repressão desencadeie uma nova onda de violência, como a de junho do ano passado durante a Copa das Confederações.

O "rolezinho" marcado para tarde deste domingo (26) no Shopping Recife não aconteceu. Até às 18h de hoje, a movimentação no mall era grande, porém, considerada normal pelos seguranças para o final de semana. O encontro foi marcado em uma página do Facebook e desde então vem chamando atenção das pessoas e da imprensa. Para o "rolezinho" foram convidadas mais de mil pessoas e cerca de 230 confirmaram presença.                

Apesar da tranquilidade no centro de compras, a segurança do local foi reforçada. De acordo com uma vendedora de uma loja de doces do shopping, que preferiu não se identificar, todos os seguranças  do local foram escalados para trabalhar neste domingo. "Todo mundo está com medo do que pode acontecer", disse a funcionária. Algumas lojas eram protegidas por cerca de dez seguranças na frente delas.

##RECOMENDA##

Hoje o evento não teve sucesso, mas no último sábado (25) o "rolezinho" aconteceu de forma pacífica no Shopping RioMar, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, onde jovens com megafones, faixas e cartazes denunciaram o preconceito contra os negros.

Na segunda edição do rolezinho no shopping Leblon, na zona sul do Rio, um manifestante foi impedido pelos seguranças de entrar no estabelecimento. O estudante de direito Cleyton Carlos, de 24 anos, teve a mochila revistada e o acesso negado após os seguranças encontrarem uma máscara do personagem Coringa. Com vigilância privada reforçada nos acessos e corredores, e ronda do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) na região, o estabelecimento funcionou normalmente neste domingo, 26.

O estudante afirmou que a atitude do shopping era preconceito. "Eles me marcaram desde a ultima edição. Sempre barram quem é pobre e favelado, mas não a burguesia. O racismo no Brasil é um dos maiores do mundo", disse o estudante. Após ser barrado, ele posou para fotos com o punho erguido, símbolo contra o apartheid.

##RECOMENDA##

A direção do shopping não comentou as declarações. Outros três manifestantes entraram no shopping e foram acompanhados por seguranças. Em um carta aos clientes na porta do estabelecimento, a direção informa que "as áreas são franqueadas a todos, sem distinção de raça, classe social, credo, pensamento ou qualquer forma de discriminação."

O acesso ao shopping está sendo organizado com cercas e pelo menos 15 seguranças, parte deles à paisana. Em todas as alamedas e corredores, a segurança também foi reforçada. Um agente que não quis se identificar informou que a orientação era tranquilizar os clientes e abordar eventuais manifestantes.

Na área externa, houve reforço também no policiamento, com duas viaturas do Batalhão de Choque rodando pela área. O tenente-coronel Amaral, do 23º Batalhão de PM informou que o reforço era "normal" em função do fluxo de banhistas nas praias do Leblon e Ipanema. Ele não informou o numero de policiais na região.

 

#ET

O rolezinho realizado por jovens no Gama Shopping terminou em confusão e envolvimento da Polícia Militar. Por causa do tumulto, a direção do centro comercial antecipou o fechamento do das 22h para as 18h30. Ninguém foi preso, apesar do corre-corre. A cidade do Gama fica a 40km de Brasília.

Por volta das 16h, os jovens começaram a chegar em frente ao shopping. Quando reuniram cerca de 300 pessoas, decidiram invadir o local. Houve confusão, os seguranças particulares intervieram mas não conseguiram conter o tumulto. No instante, em que a Polícia Militar foi chamada.

##RECOMENDA##

De acordo com informações da direção do shopping, cerca de 500 clientes estavam do lado de dentro fazendo compras ou passeando. Alguns tentaram sair. Lojistas fecharam as portas. Como em outras cidades, os jovens cantaram músicas, bateram nos vidros das lojas e correram a esmo. Os tumultos cessaram antes das 19h.

Marcado para este sábado (25), o ‘rolezinho’ com o objetivo de juntar pessoas para doar sangue na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) foi um fiasco. Até o início da tarde, o hemocentro só havia contabilizado a participação de um doador no evento.

“O número de pessoas que veio hoje é o mesmo de todos os sábados. Não houve aumento, nem redução. E somente uma menina se identificou como participante do rolezinho”, contou o funcionário do Hemope, Flávio Lacerda, sem detalhar o número exato de pessoas que foram ao local neste sábado.

##RECOMENDA##

Organizado pelo Facebook, o evento- que segue até às 17h30- contava com a confirmação de 118 pessoas. No próximo sábado (1º), está previsto um novo "Rolezinho Hemope", agendado para 8h às 17h30, na rua Joaquim Nabuco, no bairro das Graças, ao lado do Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife.

Para doar, é preciso ter entre 16 e 68 anos e estar pesando no mínimo 50 Kg, não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas, dormido pelo menos 6h na noite anterior, ter boa saúde, além de estar alimentado. Gestantes ou mulheres que estão amamentando bebês com menos de um ano de idade não estão aptas. Também é necessário apresentar documento oficial com foto (identidade ou carteira de motorista). 

 

Por causa de um rolezinho marcado para a tarde, o Shopping Iguatemi de Brasília decidiu não abrir as portas neste sábado (25). Em comunicado há instantes, a direção do shopping informou que "respeita as manifestações democráticas e pacíficas, mas o espaço físico e a operação de um shopping não são planejados para receber qualquer tipo de manifestação".

Em outro comunicado, este dirigido a lojistas e colaboradores, o shopping informou que havia a confirmação do comparecimento de pelo menos 3 mil manifestantes ao centro de compras no período da tarde.

##RECOMENDA##

A manifestação em Brasília foi marcada, segundo organizadores do movimento, "para protestar contra a discriminação social". Na capital os protestos estão sendo organizados por jovens universitários ligados a partidos políticos de esquerda, como o PSOL e o PSTU.

Apesar da convocação de mais um "rolezinho" para domingo, 26, no Shopping Leblon, na zona sul do Rio, a administração do estabelecimento decidiu que desta vez não vai fechar as portas e nem reforçar a segurança. As movimentações nas redes sociais, contudo, estão sendo monitoradas de perto. Até o início da noite desta sexta-feira, 24, quase 700 pessoas haviam confirmado presença no evento no Facebook.

No domingo passado, o evento tinha mais de 9 mil confirmações, e apenas cerca de 50 pessoas compareceram. Com as portas do shopping fechadas, o protesto foi realizado na calçada, com direito a baile funk e churrasco numa grelha improvisada. A avaliação é que o quórum neste domingo será ainda menor, o que não deve causar transtornos no shopping.

##RECOMENDA##

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, voltou a afirmar nesta sexta que não vai montar esquema especial de policiamento preventivo nas imediações do Shopping Leblon por conta do "rolezinho". Beltrame havia dito o mesmo na semana passada. Entretanto, dezenas de policiais militares - muitos à paisana - permaneceram de plantão no local. "Reitero dizendo que 'rolezinho' não é crime. Vamos manter o policiamento voltado para a praia nos finais de semana. Não vamos agir especificamente em função disso porque entendemos que não é uma ação criminosa", explicou o secretário.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando