Tópicos | sanções

A União Europeia (UE) impôs nesta segunda-feira proibições de viagens e congelou ativos de 11 autoridades da Venezuela, incluindo o novo vice-presidente, Delcy Rodriguez.

De acordo com a UE, "as pessoas listadas são responsáveis por humanos violações dos direitos humanos e por minar a democracia e o Estado de direito na Venezuela"

##RECOMENDA##

O movimento, que inclui o chefe do exército e um oficial de inteligência militar superior, eleva o número total de autoridades venezuelanos sob sanções da UE para 18.

A UE afirma que as suas medidas destinam-se a ajudar a promover soluções democráticas para a

crise, encorajar a estabilidade política e atender às necessidades urgentes do povo venezuelano.

O presidente Nicolas Maduro chegou à vitória no mês passado em uma eleição boicotada pelos principais partidos da oposição e amplamente condenada como ilegítima pelos EUA e outros governos estrangeiros. Fonte: Associated Press

Após sofrer sanções dos Estados Unidos, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou hoje (22) como “persona non grata” os dois diplomatas norte-americanos sediados em Caracas. Com a declaração, Maduro determinou a expulsão do encarregado de negócios, Todd Robinson, e do ministro conselheiro, Brian Naranjos, do território venezuelano.

Os dois diplomatas terão 48 horas para deixar a Venezuela. A reação dos Estados Unidos foi definida após a reeleição de Maduro, no último domingo (20).

##RECOMENDA##

Maduro expediu a ordem depois de ser proclamado presidente da República Bolivariana da Venezuela para mais um mandato de seis anos, no período 2019-2025. A cerimônia foi na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em Caracas.

De acordo com o presidente reeleito, as sanções impostas pelos Estados Unidos afetam diretamente a população venezuelana, causando danos econômicos e financeiros.

Na lista de sanções, está uma série de exigências para o pagamento das dívidas públicas e de títulos venezuelanos para limitar a capacidade do Executivo bolivariano de liquidar ativos em território estadunidense. Também há a proibição de comprar qualquer dívida prometida como garantia após a entrada em vigor da ordem executiva, assinada ontem pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Reações às eleições

No poder desde 2013, Maduro foi reeleito por 67,7% dos votos. Mas o resultado das eleições foi contestado, não só pela oposição venezuelana como também por boa parte da comunidade internacional. Mais de 50% do eleitorado da Venezuela se absteve de votar.

O Brasil e mais 13 nações emitiram uma declaração, assinada pelo Grupo de Lima, em repúdio à reeleição de Maduro. Argentina e mais cinco países também reagiram ao resultado das eleições, informando que não vão reconhecer o pleito como legítimo.

A Venezuela vive uma grave crise econômica, política e social. Imigrantes venezuelanos buscam refúgios no Brasil e demais países vizinhos devido ao desabastecimento e ausência de perspectivas em Caracas e arredores.

*Com informações da Telesur, emissora pública de televisão da Venezuela, e Prensa Latina, agência pública de notícias de Cuba.

Representantes da Argentina e de mais cinco países (Austrália, Canadá, Chile, Estados Unidos e México) emitiram hoje (21) comunicado em que se dizem dispostos a estabelecer “medidas políticas, econômicas e financeiras” para sancionar o “regime autoritário” do presidente Nicolás Maduro, reeleito neste domingo (20) para mais seis anos de mandato.

Interlocutores do governo brasileiro informaram que o país não é signatário do documento porque participou de mais dois comunicados, um emitido pelo Ministério das Relações Exteriores e outro do Grupo de Lima, que reúne 14 países: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia).

##RECOMENDA##

A exemplo do documento do Grupo de Lima, a Argentina e os demais países criticaram a falta de “legitimidade do processo eleitoral venezuelano’ e, por isso, afirmam “desconhecer os resultados das eleições” que garantiram a permanência de Maduro no poder por mais seis anos. Para essas nações, faltaram liberdade, justiça e transparência nas eleições.

O porta-voz desse comunicado em Buenos Aires foi o chanceler argentino, Jorge Faurie, depois de uma reunião de ministros de Relações Exteriores do G20 (grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e mais a União Europeia) na capital argentina.

Ao ler o documento, Faurie esclareceu que não serão definidas sanções que prejudiquem o povo, que, para ele, é “a primeira vítima dessa ruptura da democracia venezuelana”.

Os venezuelanos enfrentam uma grave crise de desabastecimento, hiperinflação, elevadas taxas de desemprego e problemas relacionados à saúde pública e educação. A perspectiva é que a inflação na Venezuela supere 13.000% até o final do ano, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os países vizinhos estão preocupados com o êxodo dos refugiados, que têm cruzado a fronteira venezuelana por causa da crise.

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira a imposição de sanções contra quatro generais venezuelanos, acusados de atos de corrupção e violações aos direitos humanos. A ação congela qualquer ativo que os militares tenham sob jurisdição americana e também proíbe qualquer cidadão dos EUA de fazer negócios com eles. As alvos de hoje foram Rodolfo Clemente Marco Torres, Francisco José Rangel Gómez, Fabio Enrique Zavarse Pabón e Gerardo José Izquierdo Torres.

A administração do presidente Donald Trump já aplicou dezenas de sanções contra funcionários e ex-funcionários venezuelanos. Entre os alvos anteriores já esteve o vice-presidente Tareck El Aissami, por seu suposto envolvimento no tráfico internacional de drogas.

##RECOMENDA##

Washington também impôs sanções econômicas contra o país, no momento em que Caracas tenta renegociar sua grande dívida com credores internacionais. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos impuseram sanções contra cinco entidades iranianas devido ao envolvimento no desenvolvimento de mísseis balísticos.

As sanções não estão relacionadas aos protestos em curso no Irã, mas o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, disse que mais penalidades "abordando os abusos nos direitos humanos estão chegando". Os comentários de Mnuchin fazem referência aos protestos mais recentes no Irã, que os EUA atribuíram à má gestão econômica do Irã.

##RECOMENDA##

As cinco entidades que enfrentarão penalidades são subsidiárias do Shahid Bakeri Industrial Group, parte do Ministério da Defesa iraniano. Shahid já está sob sanções dos EUA. As novas designações garantem que as subsidiárias também sejam punidas.

No mês passado, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, mostrou um relatório a repórteres com fragmentos de mísseis sugerindo que eles foram fabricados pela Shahid. Haley disse que os fragmentos foram recuperados de projéteis lançados contra a Arábia Saudita pelos rebeldes Houthi, apoiados pelo Irã no Iêmen. Fonte: Associated Press.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse ser a favor de sanções adicionais contra funcionários e contra o sistema financeiro da Venezuela para que o presidente do país, Nicolás Maduro, seja forçado a conduzir eleições imparciais.

"O caminho diplomático que vem adiante é o caminho das sanções e das negociações sérias para a redemocratização", disse Almagro a repórteres na sede da OEA. "Tem que haver sanções cada vez mais duras que permitam que o regime venezuelano estruture um processo eleitoral claro", afirmou.

##RECOMENDA##

Almagro se disse a favor de aumentar as sanções não somente contra funcionários do governo, como também contra o sistema financeiro do país sul-americano. Além de ter congelado bem e suspendido vistos de dezenas de funcionários venezuelanos, o governo de Donald Trump proibiu que empresas americanas façam novos empréstimos à Venezuela por considerar que Caracas violou os direitos humanos durante os protestos contra o governo que deixaram mais de 120 mortos no ano passado. Fonte: Associated Press.

A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, antecipou a possibilidade da imposição de novas sanções contra a Coreia do Norte caso o país asiático prossiga com os testes de mísseis balísticos e insistiu na necessidade do programa nuclear norte-coreano ser encerrado.

Em coletiva de imprensa realizada na sede da ONU, Haley fez eco a relatos que circulam na imprensa japonesa de que existe a possibilidade de um novo teste de míssil ser realizado pela Coreia do Norte nos próximos dias. "Espero que isso não ocorra, mas se acontecer, teremos que aplicar novas medidas contra o regime de Kim Jong-un", disse a diplomata.

##RECOMENDA##

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votou por unanimidade reduzir a quantidade de petróleo bruto e refinado que a Coreia do Norte pode importar, um duro golpe em resposta ao mais recente lançamento de mísseis balísticos intercontinentais do país, ocorrido em 29 de novembro.

A medida restringe cerca de 90% da importação de petróleo por Pyongyang, matéria-prima que, segundo a ONU, é vital para os programas militar e nuclear norte-coreanos. Com a resolução, a Coreia do Norte poderá importar até 4 milhões de barris ao ano e terá seu acesso a derivados como diesel e querosene limitado a 500 mil barris ao ano.

##RECOMENDA##

A resolução do Conselho de Segurança também exige que os países expulsem os norte-coreanos que trabalham em seu território num prazo de 24 meses e demanda a apreensão de navios que estejam contrabandeando mercadorias para a Coreia do Norte. Os EUA recentemente identificaram dez navios que estariam ajudando a Coreia do Norte a driblar as sanções.

Os Estados-membros da ONU são obrigados a informar trimestralmente ao Comitê de Sanções do órgão a quantidade de petróleo bruto fornecido à Coreia do Norte. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente Michel Temer sancionou nesta quinta-feira (21) várias leis que liberam recursos do Orçamento da União e das empresas estatais.

Uma das leis faz um remanejamento ao liberar crédito suplementar de R$ 8,4 bilhões do Orçamento de Investimento para diversas empresas estatais, ao mesmo tempo em que reduz em R$ 15,27 bilhões em outras despesas do mesmo Orçamento.

##RECOMENDA##

Também foram sancionadas leis que destinam R$ 76,34 milhões para as justiças Federal, Eleitoral e do Trabalho, R$ 59,03 milhões para os ministérios da Educação, Minas Energia e Planejamento, R$ 51,03 milhões para cobrir custos com a equalização de juros no alongamento de dívidas do crédito rural e R$ 36,26 milhões para a Justiça Federal e Defensoria Pública da União.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo que seu governo criará uma criptomoeda para enfrentar o que descreveu como um "bloqueio" financeiro ao país por parte do governo do presidente dos Estados Unidos.

Segundo o presidente, a nova moeda se chamará "petro" e terá como respaldo as abundantes reservas da Venezuela, um membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

##RECOMENDA##

"Isso nos permitirá avançar rumo a novas formas de financiamento internacional para o desenvolvimento econômico e social do país e será feito com uma emissão de criptomoeda respaldada em reservas de riquezas venezuelanas de ouro, petróleo, gás e diamantes", comentou Maduro.

O presidente não detalhou em seu discurso na televisão qual será o valor da nova moeda virtual, como ela operará nem quando entrará em funcionamento.

A moeda da Venezuela, o bolívar, sofreu uma queda livre nas últimas semanas, por causa das dificuldades enfrentadas pelo país para manter seus pagamentos da dívida externa, em meio a sanções dos EUA. Fonte: Associated Press.

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte emitiu nota na manhã desta quarta-feira (hora local) na qual critica a nova rodada de sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU e que afirma que o país dará ainda mais incentivo para "o trabalho de consolidação da capacidade de defesa de soberania".

"A RPDC (República Popular Democrática da Coreia) condena severamente as sanções do Conselho de Segurança da ONU, que foi fabricada com todos os meios e métodos vis e perversos pelos Estados Unidos, como o produto de provocação cruel para privar o direito justo a autodefesa da RPDC e com o objetivo de asfixiar totalmente o Estado e o povo coreanos mediante bloqueio econômico", diz a nota, que foi publicada no site da agência estatal KCNA.

##RECOMENDA##

Diante disso, a diplomacia de Pyongyang disse que vai lutar pelo "direito do país existir" bem como "garantir a paz e a estabilidade da região por meio de um equilíbrio de forças com os Estados Unidos".

Na noite de segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou de forma unânime um novo pacote de sanções contra o regime de Kim Jong-un. Ao contrário do desejo da diplomacia dos Estados Unidos, as restrições foram menos drásticas e não incluíram o banimento às importações de petróleo nem o congelamento de ativos do governo norte-coreano ou do presidente do país.

O presidente do Parlamento Europeu, o italiano Antonio Tajani, afirmou que pediu ao chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e ao líder do Conselho Europeu, Donald Tusk, uma nova rodada de sanções contra altos funcionários do governo da Venezuela.

Em carta enviada ao presidente da Assembleia Nacional venezuelana, o oposicionista Julio Borges, Tajani reforçou que não vê legitimidade na Constituinte governista que deseja reescrever as leis no país sul-americano.

##RECOMENDA##

Na semana passada, Borges fez um périplo pela Europa onde se encontrou com presidentes de diversos parlamentos de governos da região. A ideia do oposicionista era conquistar apoio internacional contra o governo de Nicolás Maduro, ao qual acusa de ser uma ditadura.

"Pode contar com meu apoio contínuo para seguir exercendo e reforçando a pressão contra a ditadura", escreveu Tajani, em referência ao regime de Maduro.

A carta de Tajani foi divulgada no mesmo dia em que o Parlamento Europeu deu início às rodadas anuais de sessão plenária.

A rede social americana Facebook terá que pagar uma multa de 1,2 milhão de euros na Espanha por obter dados sem o consentimento dos usuários e não informar claramente o uso que dá às informações, anunciou a Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD).

"A agência declara a existência de duas infrações graves e uma muito grave da Lei de Proteção de Dados e impõe ao Facebook uma multa total de 1,2 milhão de euros" (1,4 milhão de dólares), afirma um comunicado da AEPD. O Facebook tem dois meses para recorrer contra a multa.

##RECOMENDA##

Após uma investigação, a agência constatou "que o Facebook compila dados sobre ideologia, sexo, crenças religiosas, gostos pessoais ou navegação sem informar de forma clara sobre o uso e a finalidade que vai dar aos mesmos".

A rede social usa dados "especialmente protegidos com fins de publicidade (...) sem obter o consentimento expresso dos usuários como exige a norma de proteção de dados". Além disso, utiliza dados obtidos em páginas de terceiros "que não são do Facebook e que contêm a opção 'curtir'", destacou a agência.

Por último, a rede não elimina os dados dos usuários quando deixam de ser úteis, nem sequer quando solicitam explicitamente sua eliminação, segundo a AEPD.

A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, disse que o país irá apresentar uma resolução nesta semana para impor mais sanções à Coreia do Norte.

Os comentários de Haley foram feitos nesta segunda-feira na reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, na qual países-membros estão discutindo o último teste nuclear da Coreia do Norte, feito no domingo.

##RECOMENDA##

"Eu acho que a Coreia do Norte basicamente deu um tapa na cara da comunidade internacional que pediu que eles parassem (os testes)", disse Haley. Ela acrescentou que pretende votar a resolução na próxima segunda-feira.

Por outro lado, o embaixador russo Vassily Nebenzia disse a repórteres após a reunião que apenas sanções não vão resolver o problema e que serão necessárias negociações. Fonte: Associated Press.

O governo da China anunciou nesta segunda-feira (14) que vai parar com as importações de uma lista de produtos produzidos na Coreia do Norte em respeito às novas sanções aprovadas por unanimidade pela Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 5 de agosto.

A partir desta terça-feira (15), os chineses não importarão produtos que vão desde o ferro, chumbo e até frutos do mar. A nota do Ministério do Comércio, divulgada pela emissora de Estado "CGTN", a importação do carvão continua suspensa até o fim deste ano. Os produtos que chegarem até hoje, no entanto, serão processados e entrarão no país.

##RECOMENDA##

Maior aliada do governo de Pyongyang, a China também aprovou as sanções do Conselho de Segurança da ONU por conta de dois novos testes de mísseis balísticos feitos pelo regime de Kim Jong-un.

Por conta das novas punições, os norte-coreanos aumentaram as ameaças de ataque nuclear, especialmente contra os Estados Unidos, e anunciaram até um plano para atacar o território de Guam - que pertence aos norte-americanos e que fica localizado no Oceano Pacífico.

Apesar da retórica de ameaça do presidente Donald Trump, que fez despencar as bolsa asiáticas por aumentar o temor de uma nova guerra na península coreana, a CIA tentou amenizar o clima.

"Não vi nenhuma informação da Inteligência que parece indicar uma guerra nuclear iminente", disse em entrevista à "Fox" o diretor da agência, Mike Pompeo.

Quem também tentou tranquilizar a situação foi o Conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, que destacou que o governo quer "desnuclearizar" a Coreia do Norte e que o risco de um conflito "não está mais próximo do que estava há uma semana".

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira sanções contra oito cidadãos da Venezuela acusados de prejudicar a democracia no país por apoiarem a implantação da Assembleia Constituinte. Uma dos alvos das restrições é Adan Coromoto Chávez Frias, irmão do ex-presidente Hugo Chávez (1954-2013), que foi eleito parlamentar constituinte no final de julho.

As determinações do Departamento do Tesouro consistem no congelamento de ativos sob jurisdição dos Estados Unido, bem como a proibição de negócios com eles. Além de Adan Chávez, são alvo das sanções os constituintes Francisco Jose Ameliach Orta, Erika del Valle Farias, Carmen Teresa Melendez Riva, Ramon Dario Vivas Velasco e Hermann Eduardo Escarra Malave.

##RECOMENDA##

A dirigente Tania D'Amelio Cardiet, do Conselho Nacional Eleitoral, e o comandante Bladimir Humberto Lugo Armas, da unidade especial do palácio legislativo da Guarda Nacional, também terão restrições de ativos.

A ampliação das sanções contra cidadãos venezuelanos ocorre dias depois de os Estados Unidos anunciarem o congelamento de ativos do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em território americano.

A União Europeia elevou o tom de críticas contra o governo de Nicolás Maduro, ao avaliar que a prisão de opositores foi "um passo na direção errada", rejeitou reconhecer os resultados das eleições de domingo e, nos bastidores, já começa a considerar sanções contra a Venezuela.

Durante a madrugada, os líderes da oposição Leopoldo López e Antonio Ledezma foram detidos pelo governo, num gesto já condenado pelos europeus. "Há algumas semanas, comemoramos a transferência de Leopoldo López da prisão à detenção domiciliar", disse Catherine Ray, porta-voz de Relações Exteriores da Comissão Europeia. "Hoje, esse gesto foi um passo na direção errada", completou.

##RECOMENDA##

"Esperamos maiores informações por parte das autoridades da Venezuela sobre essa situação, que continua sem estar clara", insistiu.

Sobre as eleições que escolheu uma nova Assembleia Constituinte, a UE insiste que "não pode reconhecer o resultado como tal" e destacou que Bruxelas optou por adotar a mesma posição do Parlamento Europeu, que também se recusa a aceitar as leis criadas pela nova Assembleia. "Temos dúvidas sobre a validade do resultado", insistiu o bloco, num comunicado.

A UE já havia indicado que a nova Assembleia "não pode ser parte da solução" e que sua eleição ocorreu em meio à violência e "condições duvidosas".

Bruxelas pediu que Maduro "trabalhe de forma urgente para adotar medidas que construam a confiança para reduzir a tensão e impulsionar melhores condições para reiniciar os esforços em direção de uma solução pacífica e negociada".

Sanções

Enquanto o discurso ganha um tom de alerta, nos bastidores os diplomatas da Comissão Europeia começam a trabalhar em cenários possíveis de aplicação de sanções. A sugestão foi inicialmente feita pela Espanha. Mas Bruxelas optou por esperar a eleição do fim de semana e ver a reação do governo Maduro.

Dentro da Comissão, porém, cresce a percepção de uma parte do bloco de que a resposta terá de ser mais dura que apenas discursos de condenação. Oficialmente, os porta-vozes da entidade se limitam a dizer que a chefe da diplomacia da Europa, Federica Mogherini, "está coordenando posições" com os 28 países do bloco sobre os próximos passos a serem tomados contra Maduro.

Nesta terça-feira, a vice-secretária do Partido Popular, Andrea Levy, pediu que a Europa adote o mesmo caminho indicado pelos EUA e também aplique sanções contra a Venezuela. "Não é apenas que realizem eleições fraudulentas. Mas querem exterminar a oposição", alertou.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, minimizou as restrições econômicas impostas a ele pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um discurso na TV venezuelana, nesta segunda-feira. Maduro ainda desafiou o republicano a mandar mais sanções.

"Eles não me intimidam. As ameaças e sanções do império não me intimidam nem um pouco", disse Maduro em um discurso televisionado. "Eu não dou ouvidos a ordens do império, nem agora nem nunca... Traga mais sanções Donald Trump", desafiou.

##RECOMENDA##

Mais cedo, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra Maduro, na esteira da eleição de uma Assembleia Constituinte no país vizinho. De acordo com o governo americano, a constituinte tem como missão "usurpar o papel constitucional da Assembleia Nacional, que foi democraticamente eleita, ao reescrever a Constituição e impor um regime autoritário à democracia venezuelana".

O governo de Donald Trump afirmou que Maduro prosseguiu com a Assembleia Constituinte, embora venezuelanos e governos democráticos em todo o mundo tivessem se oposto ao processo, que ataca fundamentalmente as liberdades do povo venezuelano.

"Como resultado das ações de hoje, todos os recursos de Nicolás Maduro sujeitos à jurisdição americana estão congelados e os cidadãos americanos estão proibidos de lidar com ele", afirmou o Departamento do Tesouro. (Matheus Maderal, com informações da Associated Press - matheus.maderal@estadao.com)

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, fez nesta segunda-feira (31) um dos mais duros ataques contra a Rússia desde o início da administração Donald Trump. Na Estônia, o republicano disse que era preciso ter cuidado com "o vizinho imprevisível do leste", uma referência ao país governado por Vladimir Putin.

"Neste exato momento, a Rússia continua a tentar redesenhar as fronteiras internacionais pela força, minar as democracias das nações soberanas e a colocar países livres da Europa uns contra os outros", afirmou Pence.

##RECOMENDA##

De acordo com o vice-presidente, Trump vai assinar a lei que impõe novas sanções contra a Rússia e limita os próprios poderes para flexibilizar as restrições.

"Os Estados Unidos não vão mudar de posição até que as ações que causaram as sanções sejam revertidas", disse. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na tarde desta segunda-feira, em um movimento que ocorre na esteira da eleição de uma Assembleia Constituinte em solo venezuelano, que, de acordo com o governo americano, tem como missão "usurpar o papel constitucional da Assembleia Nacional, que foi democraticamente eleita, ao reescrever a Constituição e impor um regime autoritário à democracia venezuelana".

O governo de Donald Trump afirmou que Maduro prosseguiu com a Assembleia Constituinte, embora venezuelanos e governos democráticos em todo o mundo tivessem se oposto ao processo, que ataca fundamentalmente as liberdades do povo venezuelano. "Como resultado das ações de hoje, todos os recursos de Nicolás Maduro sujeitos à jurisdição americana estão congelados e os cidadãos americanos estão proibidos de lidar com ele", afirmou o Departamento do Tesouro.

##RECOMENDA##

Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin comentou que as eleições de ontem, às quais chamou de "ilegítimas" confirmam que Maduro é um "ditador que ignora a vontade do povo venezuelano. Ao impor sanções contra Maduro, os EUA deixam clara a oposição às políticas de seu regime e nosso apoio ao povo da Venezuela, que procura que seu país retorne a uma democracia plena e próspera". Mnuchin disse, ainda, que qualquer um que participar da Assembleia Nacional poderia estar exposto a futuras sanções dos EUA "por seu papel em minar processos democráticos e instituições na Venezuela".

O governo Trump diz, ainda, que o presidente venezuelano e seu governo cometeu abusos generalizados nos direitos humanos e se envolveu na corrupção sistêmica. "Apesar de ter algumas das maiores reservas de petróleo do mundo, dezenas de milhões de venezuelanos estão com fome porque o governo se recusa a importar comida suficiente para a população por estar envolvido em uma corrupção desenfreada em torno da moeda e do regime cambia, além de rejeitar ofertas de ajuda humanitária", aponta.

O governo dos EUA diz, ainda, que continua convidando a administração venezuelana a deter o processo da Assembleia Constituinte e permitir que os processos e instituições democráticas na Venezuela funcionem como deveriam.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando