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O treinamento do Corinthians na manhã deste sábado no CT do clube foi afetado pela invasão de um grupo de cerca de 100 torcedores. Mesmo com o reforço da policial, os corintianos pularam um dos portões do local, e entraram no campo para protestar contra o atual momento ruim da equipe.

Após entrarem à força, os torcedores fizeram dois buracos em um alambrado e tiveram acesso ao gramado. Os principais alvos dos corintianos eram os atacantes Alexandre Pato e Emerson Sheik. Ao ver a invasão, todos os jogadores e parte da comissão técnica se dirigiram a um local seguro, dentro do próprio CT corintiano.

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Após iniciar a sua participação no Campeonato Paulista com duas vitórias, o Corinthians perdeu no último sábado para o São Bernardo por 1 a 0, no Estádio do Pacaembu, e acabou sendo goleado pelo Santos por 5 a 1, na última quarta-feira, na Vila Belmiro.

Esse último tropeço, especialmente, provocou a revolta dos torcedores. Fora da zona de classificação para as quartas de final do Campeonato Paulista - é o terceiro colocado no Grupo B - e sob pressão, o Corinthians volta a entrar em campo neste domingo, às 17 horas, quando vai enfrentar a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, pela quinta rodada.

A confusão causada pela torcida do Sport no Almeidão, em João Pessoa, na estreia da Copa do Nordeste, contra o Botafogo-PB, não passou impune. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgou e condenou, nesta quarta-feira (29), o Leão a jogar duas partidas como mandante com os portões fechados.

Isto quer dizer, que caso o Rubro-negro se classifique para as quartas e semifinal do Nordestão, não terá a presença da torcida na Ilha do Retiro. O clube ainda terá de pagar R$ 15 mil.

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A renovação do atacante Neto Baiano foi comemorada pela torcida no começo do ano. Mas, bastaram apenas dois jogos para a pressão cair sobre o jogador.  Tanto no jogo diante do Náutico, quanto na partida contra o Guarany de Sobral, o centroavante esteve longe de ser o matador da última Série B e foi criticado pelos torcedores.

Apesar das cobranças, o jogador reconhece que não está em boa fase. “Atacante não pode perder os gols como eu perdi. Aqui no Sport é assim. Aceito ser cobrado e espero acertar logo nesse campeonato”, afirmou Neto Baiano.

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No duelo contra o Timbu, o atacante perdeu uma oportunidade incrível quando já estava 1x0 para os rivais. E, neste domingo, foram outras duas chances desperdiçadas que tiraram a paciência do torcedor.

Neto Baiano ainda evitou culpar os outros atletas da equipe.  “O time está jogando bem. Eu sempre fui homem e assumi as coisas. Não tem que colocar culpa em ninguém. Quem perdeu o gol fui eu. As oportunidades apareceram e eu tinha que ter feito. Mas daqui a pouco começa a melhorar e as coisas viram", concluiu.

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A fama de Lisca Doido não é à toa e pôde ser atestada pela primeira vez em Pernambuco após a vitória para o Sport, na Ilha do Retiro, nesta quinta-feira (23). Assim que o árbitro encerrou o clássico, o treinador foi para o alambrado comemorar com a torcida. Durante a festa, o treinador extravasou até nas entrevistas. “Agora vocês me conhecem”, disse em tom de desabafo.

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O tabu foi embora. Após dez anos sem perder na Ilha, o Náutico venceu o Sport por 1x0, nesta quinta-feira (23). Na torcida, rubro-negros ficaram na bronca com a exibição do Leão. Mesmo com um segundo tempo de pressão, os visitantes se deram melhor. O lateral Marcelo Cordeiro e o volante Naldinho, substituídos, só ouviram vaias vindas da arquibancada. O primeiro, até agouro recebeu. “Faz esse favor gramado, machuca esse cara”, diziam os mais exaltados.

Antes disso, os torcedores leoninos estavam confiantes e vislumbravam a vitória. Bola rolando para Sport e Náutico, na Ilha do Retiro. Nas sociais, vários ambulantes correndo de um lado para o outro, atendendo a freguesia rubro-negra. No meio deles, seu Manuel da Costa, o gari, que também é vendedor de amendoim quando a capital pernambucana recebe jogos de futebol. Foi apenas começar a partida, para as vendas serem interrompidas. “Vamos tocar a bola, dominar eles”, dizia o comerciante, atento a cada lance.

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Quando a reportagem do Portal LeiaJá se aproximou, seu Manuel logo puxou assunto. Disse baixinho: “Sou alvirrubro”. O intruso dos camarotes não se continha nos conselhos. “Tem que ter calma, botar o Sport na roda”, opinou. No gramado, o Náutico começava bem, com jogadas de perigo. Em uma falta na entrada da área, seu Manuel deu o caminho das pedras. “Magrão não enxerga os chutes de longe, só vê o vulto. Agora, vai ser gol, quero nem ver”.

O chute de Marinho foi para fora, mas o vendedor não desanimava. “O Sport está muito pior que o Náutico. Esse juiz vai arrumar um pênalti para nós. Capricha que sai o gol, e ai eles vão ficar perdidos”, frisou.

Como um profeta, o primeiro tempo terminou com 1x0 para o Náutico, gol do volante Zé Mário. E o seu Manuel da Costa, feliz da vida, voltou a vender os seus amendoins. Mas a segunda etapa estava por vir, e o trabalho podia esperar.

Com amendoim, sem festa
Na melhor chance do Sport na segunda etapa, Neto Baiano recebeu na pequena área e isolou. Foi o combustível para a torcida pegar no pé. E lembrar-se das declarações efusivas do atacante, nas entrevistas que antecederam o Clássico dos Clássicos. “Como é que perde um gol desse? Aí nas coletivas fica falando um monte de coisa. Não precisamos de falador, queremos gol!”, reclamavam.

Quando o jovem da base Sandrinho entrou na partida, aos 29 minutos da etapa final, um torcedor do Sport clamava: “Agora vai”. Esperança que se desfez quando o último apito de Gilberto Castro Júnior soou. O tabu se foi! Deixa suficiente para seu Manuel comemorar, ainda que sem mais vendas. Já que os rubro-negros partiram da Ilha do Retiro antes mesmo do fim do jogo.

Nem bem começou a Copa do Nordeste e uma polêmica jurídica pode influenciar diretamente na classificação da competição. É que o Botafogo-PB teria escalado de forma irregular, no jogo contra o Sport, o volante Pio e o atacante Thiaguinho. Com isso, o Sport acionará a justiça contra a equipe paraibana devido aos atletas não terem seus nomes publicados no BID no período regulamentar.

“O Arnaldo Barros (vice-presidente jurídico) está analisando e se embasando para fazer a denúncia de irregularidade. Na verdade, o Sport nem precisa fazer isso porque se estiver mesmo irregular, a própria CBF fará. E me parece que estava irregular mesmo”, afirmou o vice-presidente de futebol Sérgio Kano.

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Em caso de punição, o Botafogo-PB perde o ponto da partida e mais três como prevê o regulamento. No entanto, o Sport não será beneficiado com os pontos da partida. “Apenas queremos fazer o certo, porque o Sport jogou com jogadores regulares”, disse o dirigente.

Já sobre a confusão envolvendo a torcida rubro-negra, o vice de futebol culpou o despreparo da policia. “Não vi uma briga, nem dos torcedores do Sport e nem do Botafogo. O que eu vi foi agressão dos policias e o uso excessivo de força”, comentou.

O vídeo clipe Mais uma vez (festa brasileira) estreou na última quinta-feira (26), sendo parte da maior campanha institucional da LG Electronics do Brasil. 

Em período de Copa do Mundo, a ideia surgiu após a LG ter conhecido uma música de autoria de Seu Jorge a qual traduz o conceito da campanha de transformar a casa dos brasileiros em arenas.  Além de Seu Jorge, o diretor de cinema Spike Lee (Faça a coisa certa) foi convidado para dirigir o vídeo clipe por causa de sua admiração pela música e arte brasileiras.

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Clique AQUI e confira o clipe. 

A eleição à presidência do Náutico seguiu tranquilia durante todo o dia. Apenas às 16h com a chegada do atual presidente, Paulo Wanderley, o clima ficou tenso. Vários torcedores perseguiram, vaiaram e xingaram o atual mandatário. A Polícia Militar e a segurança do clube evitou que nenhuma agressão ocorresse.

Apesar das vaias, Paulo Wanderley demonstrou tranquilidade e compreendeu a revolta da torcida. “O torcedor age pela emoção e temos que entender isso. O resultado no futebol não foi bom. Mas saio com o dever cumprido e fiz o meu possível dentro das possibilidades. Saio de cabeça erguida”, afirmou o presidente.

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Sobre a transição com o novo mandatário, Paulo disse que será tudo dentro da normalidade. “A partir de amanhã começaremos a tratar disso e com tranquilidade”, concluiu.

O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio Zveiter, defendeu nesta quinta-feira a perda de pontos como punição para briga de torcidas de clubes de futebol. Ele participou de uma reunião em Brasília com integrantes do governo federal, Ministério Público, Judiciário, Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e federações para debater a questão da segurança nos estádio. A reunião é uma reação à briga generalizada em Joinville (SC) entre torcedores de Vasco e Atlético Paranaense no domingo passado, na última rodada do Brasileirão.

"Dependendo da gravidade, vai haver a sugestão, e depende do Conselho Nacional de Esporte, para perda de pontos", afirmou Zveiter, após a reunião. O Conselho Nacional de Esporte é um órgão ligado ao Ministério do Esporte. A decisão sobre a possibilidade de perda de pontos depende da aprovação do órgão, que tem representantes de confederações e clubes.

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O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, manifestou posição favorável a maior rigor nas punições esportivas. "A minha sugestão é que, mais do que a punição pecuniária, os clubes temem a punição técnica, temem mais a perda de 3 pontos do que R$ 3 milhões, porque os R$ 3 milhões pode arranjar em algum lugar, mas quando perdem os 3 pontos, a cobrança da torcida é mais dura", disse.

Zveiter acredita que, se aprovada, a medida poderia valer para o próximo Campeonato Brasileiro, mas dificilmente haveria tempo para implementar já nos campeonatos estaduais. O STJD defende ainda a ampliação das multas e das punições de perda de mando de campo. Para o próximo ano, está garantido até agora somente que as punições de perda de mando de campo poderão ser cumpridas com portões fechados, sem a presença da torcida.

O delegado regional da Polícia Civil de Joinville, Dirceu Silveira Júnior, anunciou já ter identificado mais 30 pessoas que participaram da pancadaria generalizada entre torcedores do Vasco e do Atlético-PR no último domingo. O reconhecimento é feito por meio de imagens das câmeras de segurança da Arena Joinville e de emissoras de TV, fotos, depoimentos de testemunhas e denúncias recebidas em um endereço de e-mail criado pela Polícia.

"Agora estamos buscando verificar qual a participação de cada um na briga", disse o delegado. Ele não revelou a identidade dos suspeitos, mas afirmou que há torcedores dos dois times e que a Polícia está levantando o endereço deles para intimá-los a depor.

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Segundo o delegado, nove envolvidos na briga são da Força Jovem do Vasco e foram descobertos pela polícia carioca. As identidades dos brigões já estão com a Delegacia de Investigação Criminal. "Todos serão indiciados em inquérito policial e responderão de acordo com o grau de participação na briga e a violência empreendida", esclareceu o chefe de polícia.

Silveira confirmou que o inquérito policial que está em andamento é apenas um e vai procurar esclarecer todos os fatos, "desde a briga até possíveis responsabilidades pelas questões da segurança, organização e estrutura do estádio". O objetivo é esclarecer todas as circunstâncias para agilizar o julgamento dos envolvidos.

Em Curitiba, a Polícia identificou 19 atleticanos. De acordo com o delegado Clóvis Galvão, da Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos), muitos vândalos são reincidentes e participaram de outras brigas recentes.

FERIDO - André Sanches Pitzsch, neurocirurgião responsável pelo tratamento ao torcedor do Atlético-PR, Willian Batista da Silva, 19 anos, internado desde domingo, disse que o paciente permanece estável e fora de risco, mas sem previsão de alta. Silva sofreu traumatismo craniano com fratura, sem afundamento significativo de crânio.

A torcida do Santa Cruz deu mais um show nas arquibancadas neste ano. E o resultado final não poderia ser diferente. Após o término de todas as divisões do Campeonato Brasileiro, o site Sr. Gool fez um levantamento da média de público das Séries A, B, C e D e o Tricolor ficou com a segunda melhor média com 26.534 corais por jogo.

Confira as 10 maiores médias de público nas Série A, B, C e D 2013: 

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1° Cruzeiro/MG - 28.902 

2° SANTA CRUZ - 26.534 

3° Corinthians/SP - 24.441 

4° Flamengo/RJ - 23.385 

5° São Paulo/SP - 23.115 

6° Grêmio/RS - 19.764 

7° Sampaio Corrêa/MA - 19.664 

8° Bahia/BA - 18.449 

9° Fluminense/RJ - 17.637 

10° Vasco/RJ - 17.618 

 

Autor da ação civil pública que embasou a ausência de policiais na Arena Joinville, o promotor Francisco de Paula Fernandes Neto, do Ministério Público de Santa Catarina, criticou a utilização de membros da Polícia Militar em estádios brasileiros e culpou o Atlético Paranaense pela falta de segurança que gerou briga generalizada no último domingo (8).

Para Fernandes Neto, a presença de policiais em estádios remete a "desvio de finalidade". "Policial não deve fazer segurança de arbitragem, de atleta, segurança de placar eletrônico. Isto é zeladoria ou vigilância privada. Nós pedimos que o Judiciário iniba essas ações", afirmou o promotor, em entrevista à Rádio Estadão.

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Ele também criticou a utilização de integrantes da PM para separar torcidas. "Botar um policial para ser biombo? O que é isso? Cabe ao policiamento intervir em infrações, crimes e contravenções, e manutenção da ordem, não para dividir torcidas", declarou. "Separação é estrutural, o local deve ter estrutura eficiente para separar as torcidas, não utilizar a força pública para isso".

Fernandes Neto também apontou como desvio de finalidade o pagamento de policiais, através de "recolhimento de taxa para o erário estadual", para dar segurança a jogos de futebol, medida corriqueira no futebol catarinense. "Nem pagando se pode desviar a finalidade de uma instituição pública para execução de segurança privada", criticou.

O promotor afirmou ainda que o Atlético, por ser o promotor do evento, deve ser responsabilizado pelos casos de violência na partida contra o Vasco, domingo, na Arena Joinville. "A responsabilidade é de quem organiza o evento", afirmou.

"A segurança destes eventos é encargo do promotor do evento, se ele vai fazer segurança com segurança privado, que faça. O Atlético assumiu o risco, foi uma fatalidade. Contratou gente que não tem experiência nisso, que não pôde fazer frente à demanda", apontou.

O árbitro Ricardo Marques Ribeiro afirmou na súmula da partida entre Atlético-PR e Vasco que não viu qual das torcidas iniciou a violenta briga que quase impediu a realização do jogo, que decretou no domingo o rebaixamento do time carioca, na última rodada do Brasileirão.

"Não foi possível perceber quem deu início ao tumulto, uma vez que toda a equipe de arbitragem estava concentrada no jogo", anotou o juiz, que apenas descreveu o confronto entre as duas torcidas na súmula.

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"Aos 17 minutos do 1º tempo, o jogo foi interrompido em razão de um conflito entre torcedores do Clube Atlético Paranaense e do Clube de Regatas do Vasco da Gama, nas arquibancadas, que teve início com poucos torcedores, mas que foi se avolumando e envolveu centenas deles", registrou.

O árbitro anotou ainda que o conflito precisou ser contido por bombas de efeito moral e spray de pimenta. "A rixa foi contida pelo policiamento militar e pela segurança particular do estádio, havendo sido necessária explosão de bombas de efeito moral e uso de spray de pimenta".

Marques Ribeiro informou ainda que torcedores dos dois lados ainda tentaram arremessar objetos nos assistentes e no goleiro Weverton, do Atlético, depois que a partida havia sido reiniciada - houve atraso de 1h13min por causa do confronto nas arquibancadas da Arena Joinville.

"Dei reinício ao jogo, que transcorreu até o seu final, sem qualquer outro incidente, salvo o fato de torcedores do Clube Atlético Paranaense haverem jogado uma peça de torneira de metal próximo ao assistente 1, sr. Márcio Eustáquio Santiago, e de torcedores do Vasco haverem atirado algumas pedras na direção do sr. Weverton P. Silva, goleiro do Clube Atlético Paranaense, valendo esclarecer que nem o goleiro, nem o assistente 1, foram atingidos. Estes fatos ocorreram a 25 e 30 minutos do segundo tempo", afirmou.

A súmula da partida será utilizada como base para qualquer ação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nas próximas semanas. O procurador-geral Paulo Schmitt já adiantou que oferecerá denúncia ao STJD contra os dois clubes até quarta-feira desta semana.

Todo torcedor é chato. Indepedente da idade, uma criança. Crianças, já viu, né?, tirante nossos filhos, são anjinhos, lindas e chatas. Mas sem este personagem o futebol perderia a graça assim como a vida perderia a alegria não fosse o perfume e a beleza da infância. 

E é simples explicar: infantilizado, o torcedor xinga, elogia, chora, briga, confraterniza, vai da depressão à euforia em minutos e devota tanto ou mais ódio ao seu rival do que amor ao seu clube de preferência.

Há quem diga que a origem do nome vem dos lenços nervosamente torcidos pelas damas que, muito bem vestidas, frequentavam, na década de trinta, as competições de um esporte importado do Império inglês - o football -, eurocêntrico, branco, elitista, mais tarde, incorporado pela mestiçagem brasileira que transformou a prosa retilínia, construída com régua e compasso, em poesia curvilínia do futebol mulato, feita de estrofes, livres, leves e soltas, como cantam os repentista, pois, ao final não perdem a rima, da mesma forma que, com a ginga, o meneio do corpo e a magia do pé chegam ao momento sublime do gol. O futebol europeu é prosa; o brasileiro (ainda), poesia. É o que dizia o grande cineasta Pasolini lá pelos idos da década de setenta.

Da origem aos dias atuais, o futebol tornou-se o maior espetáculo da Terra. Com ele, o aparecimento de personagens que, embora tenham sofrido grandes transformações, não perderam características originais. De fato, o futebol artesanal/romântico e o futebol moderno/científico mostraram vários personagens com as características dos tempos históricos de cada um. Dentre eles, porém, o personagem mais fiel às características originais é o torcedor.

Com efeito, a primeira identidade, a do indivíduo-torcedor nasce no espaço local a partir da relação entre o indivíduo e o clube, constituída por razões e emoções explicáveis e inexplicáveis. Projeta-se em círculos concêntricos para o espaço nacional e a global. O sentimento brotou, tudo mais tem razão que a própria razão desconhece.

O torcedor pode ser objeto de um tratado de psicologia eis que no limite mata e morre pelo seu clube; é alimentado pelos laços de solidariedade e pelos conflitos da rivalidade em que o amor pelo clube de preferência se iguala ou ou é suplantado pelo  ódio ao  adversário.

No conjunto, a identidade coletiva compõe uma horda; vive uma atmosfera tribal que canta, grita e extravasa paixão e agressividade; expressa os mais contrastantes sentimentos: vai da euforia à depressão em segundos; torce e distorce, provocando e sendo provocado pelo contágio que transfere ou recebe das tensões da disputa. Este quadro pode ser observado, de modo mais agudo, em torcidas para quem o futebol é a coisa mais importante de suas vidas e o dia de jogo é dia de um culto a uma verdadeira religião. Infelizmente,  colocam em cena a violência desnaturando o mais desprendido dos afetos: ainda que não receba a paga da vitória, o torcedor continua dando sem a contrapatida do receber.

Ainda no conjunto, estão ligados por uma argamassa de grande família, ora resvalando para o espírito guerreiro e clânico que projeta uma auto-imagem megalômana, movida por uma força mítica.

O torcedor tem alma devota e espírito de criança; torce e joga (décimo segundo jogador); aplaude e vaia; idolatra e condena com a mesma intensidade; em todos os casos, o torcedor dá vozes às cores num coro de vozes e canta hinos de louvor à pátria amada eleita pelo coração.

No entanto, é o único caso em que o amor não é cego: é míope ou caolho. O torcedor somente enxerga o que favorece seu time: transforma uma merecida goleada numa virada sensacional, em geral, por culpa do juiz e do famoso "se". 

Por isso, Bill Shankly, gerente e técnico do Liverpool entre 1959 e 1974, conclui seu livro com a seguinte frase: “Algumas pessoas pensam que o futebol é tão importante quanto a vida e a morte. Elas estão muito enganadas. Eu asseguro que ele é muito mais sério que isso”. 

Por tudo isso, torcer é distorcer.

Mais de 33 mil tricolores fizeram a festa no Arruda após a vitória do Santa Cruz diante do Sampaio Corrêa. Assim que o árbitro encerrou a partida, a torcida comemorou nas arquibancadas, na sede do clube e nas ruas próximas ao estádio. Na Avenida Beberibe, o torcedor coral Bruno Rodrigues entoava o hino do clube, mesmo quase duas horas depois do jogo.

“A comemoração começou agora e não tem hora para terminar. É um título, mesmo da Série C, não deixa de ser importante. A festa tem que ser grande, do tamanho do Santa Cruz”, comentou o torcedor.

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Sobre a polêmica em colocar ou não a estrela no escudo referente ao título, Bruno preferiu deixar para depois. “Não é o momento de pensar nisso. O que importa é o troféu. Com estrela ou sem estrela, ninguém tira esse nosso título”, finalizou.

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Assim como aconteceu em 2011, no último acesso, o Sport embarcou para um jogo decisivo fora da casa, pela Série B, com um grande apoio da torcida. Nesta quinta-feira (21), pela manhã, cerca de 400 torcedores foram ao aeroporto dar o último incentivo antes do embarque para Varginha, onde o Leão enfrenta o Boa Esporte, às 16h20, pela penúltima rodada do Brasileiro.

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O atacante Marcos Aurélio ficou impressionado com a recepção da torcida. “Isso motiva muito e é muito emocionante. Temos que retribuir com dedicação e raça, não tem outra maneira. Vamos entrar em campo para tentar a vitória”, afirmou.

Quando ponteiro marcava 12h45, os jogadores já estavam dentro da aeronave com destino à Campinas. De lá, os rubro-negros seguem para o interior de Minas Gerais.

O técnico Vica evitou a acomodação do jogadores do Santa Cruz durante a semana. Em mente, estava o desejo de disputar a final da Série C e conquistar o título. Após mais uma vitória contra o Luverdense, desta vez por 2x1, o objetivo alcançado de chegar à decisão foi comemorado pelo comandante tricolor.

“É uma final desejado por todos. As duas equipes finalistas, tanto o Santa quanto o Sampaio Corrêa têm duas torcidas incríveis. Serão dois grandes jogos para duas grandes torcidas. Mas igual a nossa não tem”, afirmou Vica, que não teve um discurso tão crítico apesar de algumas falhas diante da Luverdense, neste domingo.

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“Os jogadores se empenharam e estão de parabéns. Passamos por uma equipe fortíssima e esse é o caminho. Agora é retomar os eixos e se empenhar para ser campeão. Esse é o objetivo”, concluiu

Após a vitória convincente do time rubro-negro sobre o São Caetano, na Ilha, o técnico Geninho reconheceu que a torcida fez a diferença na partida. “Todos jogaram pelo Sport hoje, o torcedor entendeu o peso que ele tem para ajudar o time. Eles gritaram Sport, Sport, Sport a todo o momento. Então, tenho que agradecer hoje a torcida”, declarou.

“Queria levar todos para os jogos fora de casa, mas sei que eles sempre estarão apoiando o time onde estiver. E vamos ficar juntos até levar o Sport à primeira divisão”, completou o treinador.

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Além disso, a mudança de postura da equipe também foi enaltecida pelo treinador. “O time foi bem, contou com a colaboração dos meninos da frente marcando, tivemos uma personalidade marcante e um trabalho positivo da defesa. Gostei principalmente do grande volume de jogo apresentado pela equipe”, elogiou Geninho.

Geninho ainda destacou que daqui para frente se o time continuar crescendo vai garantir a classificação para a Série A. “Quando trabalhamos bem durante a semana conseguimos organizar a equipe. Estamos crescendo bastante nessa reta final e isso vai fazer a diferença” afirmou. 

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A torcida coral recebeu o time do Santa Cruz com muita festa no inicio da tarde desta segunda-feira (28), no Aeroporto Internacional dos Guararapes. Gritos de guerra e bandeiras recepcionaram os jogadores, que estavam empolgados pela vitória do Santa, no domingo, contra o Betim.

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“Estou muito alegre com a vitória do Santa. Agora é lotar o Arruda e garantir o acesso à Série B com o Caldeirão cheio de tricolores”, contou o comerciante Carlos Araújo, 35 anos, que levou a família para receber o time.   

De acordo com Luciano Sorriso, o time precisa de foco total para vencer o Betim. “Agora é recuperação e foco total, espero dia após dia está melhorando para que domingo esteja 100% para ajudar de alguma forma, eu tenho certeza que eu vou me dedicar muito para que isso aconteça”, disse. Sobre a recepção da torcida, o volante já estava esperando por este carinho do torcedor. “Estamos muito felizes e esse carinho, que já estávamos esperando no avião, só mostra que eles estão junto da gente. E pode ter certeza que vamos fazer o possível e o impossível para dar esse acesso a eles”, concluiu o jogador.

Para o zagueiro Renan Fonseca a torcida será essencial para o acesso do Santa Cruz. “ Uma torcida dessa sempre surpreende a gente. É uma emoção muito grande. Eles com certeza vão nos ajudar a conquistar esse acesso”, afirmou.

O Santa Cruz precisa apenas de um empate contra o Betim, no próximo domingo para voltar a Série B, depois de seis anos ausente. 

Neto Baiano ainda não engrenou no Sport. O centroavante jogou seis partidas pelo rubro-negro e marcou apenas um gol. Fazendo uma análise sobre seus jogos na competição, ele admitiu que está devendo à torcida.“Preciso marcar gols, mas não falta vontade. O gol vai sair naturalmente. Se eu me cobrar muito, vai acabar atrapalhando. Venho determinado a ser artilheiro na equipe do Sport.”, conta o jogador.

Ele ainda avaliou o relacionamento da equipe com os rubro-negros, Neto deixou claro que se a torcida estiver a favor do time, eles saem vencedores. “O apoio 100% da torcida é muito importante, eles vêm fazendo um ótimo papel. Esperamos contar com os torcedores diante do jogo contra o Asa, que será muito importante para todos. Nossa torcida precisa fazer da Arena Pernambuco um verdadeiro alçapão, como na Ilha do Retiro”, disse.

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 Já sobre o próximo adversário leonino, o centroavante afirmou que é necessário ter bastante cuidado, mesmo com o time estando na lanterna do campeonato. “Temos que respeitar o ASA, que tem ótimos jogadores, apesar de está na lanterna da Série B, esses podem ser tornar os times mais perigosos na competição. O time vai entrar determinado para não perder. Todas as partidas, a partir de agora, são decisivas e para nosso grupo não é diferente. Vamos em busca dos três pontos”, concluiu o jogador. 

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