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Uma publicação do Colégio dos Santos Anjos, localizado no município de Varginho, em Minas Gerais, gerou críticas nas redes sociais da instituição. Na sequência de fotos, a escola compartilhou a imagem de uma professora branca com o rosto pintado de preto, o que remete à prática de 'blackface', considerada racista.

No post é sinalizado que a imagem fazia parte de uma encenação em homenagem à Superiora da Congregação, Irmã Marina Andrade, por meio da peça "Bonequinha Preta". A publicação recebeu inúmeras críticas e foi apagada pelo colégio, que, em seguida, publicou um pedido de desculpas.

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"A Direção reitera que não tolera quaisquer atitudes de discriminação e que a atividade teve por objetivo ilustrar a personagem da obra literária, sem qualquer ideia ofensiva ou discriminatória", triz trecho do comunicado publicado na última sexta-feira (29) no perfil oficial da unidade no Instagram.

Além disso, o pedido de desculpas ressaltou que a direção administrativa e pedagógica abriu Procedimento Interno, com objetivo de esclarecer o ocorrido e se compromete a promover novas e intensificar campanhas e palestras sobre o tema".

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Mesmo com o posicionamento, o Colégio dos Santos Anjos não foi poupado de críticas. "Não adianta nada pedir “desculpas” e seguir não inserindo professores negros na lista de docentes (pq não é possível q não tinha UMA pessoa negra pra representar?), seguir não falando de maneira aberta sobre a temática e só ver o assunto racismo quando é pra praticar e não pra entender, falar e estudar sobre", comentou uma internauta.

"Não disseram nada sobre o blackface, a prova de que a falta de representatividade quando se trata dos funcionários da escola é óbvia,quando se conta apenas com funcionários que não tem o menor convívio fora da própria bolha branca causa isso,eu tenho certeza que a atriz e os envolvidos ninguém sequer pesquisou o que é BlackFace ou Black Fishing, um pedido de desculpas vazio e feito as pressas não anula que o mais provável é que o assunto vai ser abafado e não discutido,uma pessoa que tenha a vivência do racismo na pele leu esse pedido de desculpas e realmente achou que vale de algo? ou mais um branco pediu desculpas por um ato que é propenso a fazer de novo?", criticou outro.

Na manhã deste sábado, o neto de Telê Santana estará comandando a equipe do Varginha Esporte Clube em um amistoso contra o Novorizontino, no estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte. Seria mais uma estreia comum de um treinador desconhecido no futebol brasileiro, não fosse Diogo Tenuta Silva neto de mestre Telê, campeão do mundo com o São Paulo e comandante de uma das melhores versões da seleção brasileira que o planeta já viu, a da Copa do Mundo de 1982, com Júnior, Falcão, Sócrates e Zico.

"Este trabalho à frente do VEC vai ser um grande desafio. Gosto de comandar o grupo e, sem arrogância nenhuma, eu tenho certeza de que trago dentro de mim o legado de meu avô", disse Diogo, de 39 anos, que fez cursos para técnico na Itália, em Portugal e no Barcelona, modernizando concepções aprendidas no dia a dia de convívio com Telê. "Carrego dentro de mim o mesmo sentimento que ele tinha pelo jogo bem jogado. Ele tinha e eu também tenho adoração, paixão pelo dia a dia de trabalho com o futebol. É uma responsabilidade gostosa levar adiante esse legado de meu avô. E eu tenho a chance de modernizar os seus métodos".

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Diogo Tenuta diz que quer viver para o futebol. "Não viver do futebol, entende? Tive esta certeza quando voltei da Europa e trabalhei uns tempos no sub-14 do Cruzeiro. Foi amor à primeira vista: uma paixão que começou em minha casa com meu avô". Ele diz que é um sentimento diferente, passado de pai para filho, verdadeira herança dos tempos em que era um menino e conviveu com Telê na Arábia Saudita.

"Eu jogava com ele, que era tremendamente competitivo e fazia questão de ensinar como bater corretamente na bola. Ele fazia comigo o que fazia com os jogadores de todos os times que treinava: queria sempre aperfeiçoar o estilo de seus atletas. Eu vi meu avô transformando jogadores. Aperfeiçoando. Queria a partida de 90 minutos, sem nunca jogar para trás. Ele buscava o prazer do jogo", ressalta.

Do avô, Diogo traz também a busca pela perfeição. Telê não tinha problema algum em mandar seus atletas repetir jogadas até ele achar que estava bom. Naquele tempo, treinava-se mais. Sua perfeição começava com a qualidade do gramado. Telê era visto tirando gramas amarelas do campo. No jogo, ficava aborrecido quando as coisas não davam certo. "Ele não admitia erros de passes, cruzamentos e finalizações. É como dizemos em casa: esses erros são como se atores subissem ao palco do teatro sem saber suas falas, sem decorar suas atuações. Então a minha escola futebolística é a escola do meu avô, a escola Telê Santana, pena que ele não tenha posto no papel toda a sua metodologia".

Embora o time de Varginha seja modesto, Diogo quer que sua equipe jogue com alegria, buscando no coletivo o remédio para a inexperiência de um grupo quase totalmente formado por jogadores sub-24. "Nós vamos disputar o Módulo II do Campeonato Mineiro, com estreia marcada para o dia 27 contra o Uberaba. Faremos agora este primeiro amistoso com o Novorizontino, que vai jogar a Série B do Campeonato Brasileiro. Vai mostrar se estamos indo no caminho certo. É um trabalho que ainda está em sua fase inicial. Nossos jogadores ganham em média apenas R$ 2 mil. Mas, em compensação, o Campeonato Mineiro é uma grande vitrine para todos eles".

Quando menino, Diogo foi um centroavante dedicado. Seguia os conselhos do avô e do pai Renê Santana. Mas não deu muito certo. Sua carreira foi curta e sem glórias, diferentemente da de seu avô, que era um motorzinho no campo, como dizia o cronista Nelson Rodrigues. Telê no Fluminense "corria como os ponteiros dos segundos de um relógio".

"Eu jogava desde pequeno com meu avô e sempre escutava o que dizia. Falava do seu encantamento com a Hungria de 1954, com a Holanda da Laranja Mecânica, 20 anos depois. Eu ouvia e ia guardando seus ensinamentos. Tentava colocar tudo em prática".

Uma vez, em 1998, quando jogava pelo Tupinambás de Itabirito, Diogo disputava uma bola na área adversária, justo no momento em que o avô entrava no estádio. Telê ouviu um barulho estranho e embora estivesse bem longe do lance, sentenciou: "O Diogo quebrou a perna... foi fratura". Dito e feito. "Fraturei a tíbia".

Telê tinha um grande poder de observação e conhecia ou reconhecia tudo o que se passava no mundo do futebol. "Ele tinha uma percepção aguçada, sabia de tudo o que ocorria em campo. Analisava e adaptava tudo à sua forma de jogar, de colocar em prática o futebol: foi um autodidata genial".

Diogo ainda jogou profissionalmente no Patrocinense e no Mamoré, em Minas Gerais, e depois atuou na Itália. Ele estudou futebol nos tempos em que estava morando na Europa, onde fez também cursos da Uefa. Tem muito de teórico em sua cabeça de treinador, mas também traz a certeza de que futebol é um espetáculo. "Meu avô sempre falava que a partida é como um show. Não se pode parar de propor o jogo porque estamos ganhando de um, dois ou três gols. O jogo tem 90 minutos. E o objetivo é ganhar sempre".

Então Diogo cita a Copa de 1982 na Espanha. "Muita gente criticou o meu avô, porque o Brasil poderia ter jogado pelo empate contra a Itália. Mas para ele não bastava. Não era isso que meu avô pregava. E eu sigo a sua lógica, os seus métodos adaptando aos dias atuais".

Nesta semana, ele preparou o time para o amistoso. Fez alguns bons coletivos no Varginha. O time treina no CT Bola Preta, que fica perto da cidade, na vizinha Elói Mendes. "Lá é um CT com a cara do meu avô: tem três campos que parecem um tapete. Estávamos treinando lá, marcando pressão no treinamento e o time titular fez 1 a 0. Um jogador recém-chegado perguntou para mim se a partir do 1 a 0 era para baixar a marcação, baixar a linha, recuar. E eu disse que não. Jogamos assim o tempo todo, dentro do possível. Fizemos um, vamos tentar o segundo e assim por diante. Temos de propor sempre o jogo".

O neto de Telê não sabe se sua carreira de treinador terá o mesmo sucesso do seu avô, mas está disposto a tentar. De vez em quando, ele se pega "conversando" com o avô, pedindo conselhos, sugestões ou até uma luz para solucionar um problema da equipe. "Quem me dera poder falar com ele de verdade!" Mas a inspiração às vezes chega. Do avô, além das lições e exemplos, Diego leva sempre junto com ele no bolso ou na mochila o apito já amarelado que Telê Santana usava na Copa da Espanha. "O apito está todo gasto, todo mordido, mas ainda apita."

Telê Santana usava o apito para comandar os treinos de uma seleção inesquecível. "Não é superstição, é saudade! Meu avô era um visionário, um gênio, alguém que estava realmente à frente de seu tempo. Quer saber? O Telê ia delirar com todas essas novidades tecnológicas que chegaram ao futebol. Os valores futebolísticos são os mesmos, só mudou a metodologia para se chegar onde se quer".

A deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) relatou, nas redes sociais, ter recebido ameaças de morte. Por meio de uma carta aberta, a deputada falou sobre o caso.

“Carta aberta. “seu fim será como o de Marielle Franco” Não é com alegria que escrevo essa nota aos amigos, militantes e a todos que estão de alguma maneira conectados comigo! Não é fácil abrir meu celular e me deparar com ameaças contra minha vida”, iniciou a parlamentar.

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De acordo com o texto, as ameaças começaram no dia 31 de outubro por meio de comentários nas redes sociais. Na ocasião, a deputada se posicionou sobre a ação policial que resultou na morte de 26 pessoas em Varginha.

“Minha equipe e eu fomos acionados por mais de 20 veículos de imprensa, por mães sem dinheiro para sepultar seus filhos, por uma rede de ativistas cobrando zelo pela memória de um jovem, querido por sua comunidade e que foi morto também na mesma operação (...) Tudo sobre o episódio ocorrido em Varginha, onde 26 pessoas morreram após uma ação policial”, relembrou.

E complementou: “Como é de praxe em situações similares, a Comissão acolheu a denúncia e eu tornei público o ocorrido. Em seguida, todas as minhas redes sociais foram invadidas por extremistas distorcendo a minha fala, com comentários de ódio e desrespeito. E por fim ameaças contra a minha vida”.

No relato, Andréia de Jesus afirma que foi feito um boletim de ocorrência e foi solicitado escolta policial. Além disso, segundo a psolista, nesta quinta-feira (4), a Polícia Civil seria acionada “na delegacia de crimes virtuais para encaminhamento dos discursos violentos, das ameaças a minha integridade física e contra a minha vida”, escreveu. Confira a publicação:

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Uma câmera do circuito interno de segurança de um hotel em Varginha, cidade de Minas Gerais, flagrou uma briga que teria acontecido depois que um homem de 30 anos se recusou a medir a temperatura para entrar no local. O caso aconteceu na noite do último sábado (8).

A Polícia Militar chegou a ser acionada pelo recepcionista do hotel, que tem 24 anos. Segundo o site local Varginha Online, a vítima teria sido agredida ao solicitar a aferição da temperatura. 

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No vídeo, é possível ver que o homem de 30 anos pega uma barra que auxiliava no distanciamento das pessoas e atira contra o recepcionista, que também leva alguns socos, mas depois revida e consegue parar o agressor, que foge - com auxílio de uma mulher - em um veículo GM/Celta. 

Confira o vídeo

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O prefeito de Varginha, uma das principais cidades da região sul de Minas Gerais, Antônio Silva (PTB), renunciou ao cargo nesta segunda-feira, 6, após repercussão negativa de um decreto assinado por ele na semana passada reabrindo, a partir desta semana, o comércio do município durante a pandemia do coronavírus. Pressionado, Silva revogou o decreto e decidiu deixar o cargo. A renúncia foi comunicada nesta manhã à Câmara dos Vereadores. O vice, Verdi Lúcio Melo (Avante), assume a prefeitura da cidade.

A reação contra a reabertura do comércio partiu de entidades como o próprio conselho criado pela prefeitura para adotar medidas durante a pandemia, a associação médica, o conselho municipal de saúde e o Ministério Público em Varginha. "O prefeito me ligou na manhã de ontem, fez uma retrospectiva do nosso trabalho e, ao final, disse que iria renunciar", afirmou o vice-prefeito, que deverá tomar posse nesta terça-feira, 7.

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Melo afirma que o prefeito vinha sofrendo inclusive agressões pessoais pela decisão de reabrir o comércio. "Ele já vinha pensando em deixar o cargo, por ter 78 anos e ter que fazer atendimentos neste período de pandemia. Mas a reação pela decisão de reabrir o comércio foi o que realmente o levou a renunciar", relata o vice-prefeito.

Na carta-renúncia que enviou à Presidência da Câmara dos Vereadores, o prefeito, que já governou o município por outras três vezes, afirma que procurou "ao longo desse tempo, desempenhar minha função com honestidade, probidade e integral dedicação, no afã de corresponder às expectativas daqueles cidadãos que me confiaram o seu voto". Silva diz ainda: "não sou prefeito, apenas estou prefeito, mas, nas atuais circunstâncias e por razões de foro íntimo, reconheço não ter condições de continuar administrando a prefeitura".

Ao receber a renúncia, a presidente da câmara, Zilda Maria da Silva (PSDB), informou ter marcado reunião extraordinária na Casa para esta terça-feira, para que os parlamentares tomem conhecimento oficialmente da renúncia e para os procedimentos de posse do vice. Melo afirmou que, depois de assumir o cargo, precisará encontrar um "ponto de equilíbrio" entre comerciantes da cidade que pressionam para a retomada do comércio e o posicionamento dos representantes da sociedade que são contrários à medida.

As cinco pessoas da mesma família que morreram vítimas de um acidente aéreo em Patos de Minas, região noroeste do estado de Minas Gerais, haviam passado o fim de semana no município de Varginha pela primeira vez.  Parentes do piloto e médico Marcos Nogueira Chagas, de 45 anos, contaram que em outras quatro ocasiões ele tinha vindo de Brasília acompanhado de pelo menos um dos familiares, mas que essa havia sido a primeira vez que a família toda viajou para passear na cidade mineira.

Segundo os parentes, a família brasiliense chegou ao município na sexta-feira (2), passou o fim de semana em um sítio e decolou em uma aeronave particular no Aeroporto de Varginha às 9h do domingo (4). Além do piloto, também morreram no acidente a esposa e também médica Carla Medina, de 44 anos, e os filhos Pedro, de 12 anos, Lívia, de 10, e Luíza, de 8 anos.

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A queda da aeronave de pequeno porte que transportava as cinco pessoas foi registrada por volta das 11h30 em um pasto próximo ao Aeroporto de Patos de Minas. Testemunhas afirmaram que o avião sobrevoava rápido e em baixa altitude, mas a causa do acidente ainda está sendo investigada.

A aeronave era um monomotor modelo RV-10, de 2013, fabricado pela Flyer Indústria Aeronáutica. De propriedade do próprio médico, Marcos Nogueira Chagas, o avião tinha capacidade para transportar três passageiros e o piloto.

Os corpos das cinco vítimas foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) e serão levados para Varginha, onde devem ser sepultados. O horário do enterro ainda não foi divulgado.

Preso em Varginha (MG) pela morte de Eliza Samúdio, o goleiro Bruno Fernandes de Souza, de 33 anos, parou de dar aulas de futebol a crianças da cidade. O benefício de ficar fora do presídio durante o dia para a prestação do serviço foi obtido no ano passado, mas a entidade responsável pelo convênio teve de interromper o atendimento em março por falta de recursos.

Para não ficar sem trabalho, que garante a redução da pena, Bruno se ofereceu para atuar sob a supervisão do Corpo de Bombeiros e desde a semana passada faz tarefas como limpeza e até tirar capim de terreno. Isso somente foi possível graças a um convênio entre a corporação e o presídio. "Ele atua como um auxiliar geral, faz limpeza e outros serviços", explicou o advogado Fábio Gama.

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O defensor acredita que o goleiro obterá em pouco tempo a progressão de pena e ganhará o regime semiaberto. Entretanto, isso depende de cálculo a ser feito pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) levando em conta as decisões contidas no processo e ainda benefícios, como a redução com a contagem dos dias trabalhados.

Em seu novo serviço, feito de segunda a quinta-feira, Bruno deixa o presídio às 7 horas da manhã e retorna às 17h30. Para cada três dias trabalhados, o detento é beneficiado com um dia de redução da pena. Ele foi condenado a mais de 20 anos de cadeia e está preso desde 2010.

Bruno atuava pelo Flamengo quando foi preso. Por meio de liminar, ele chegou a ficar dois meses em liberdade no ano passado, ocasião que foi parar em Varginha e jogou pelo Boa, time local que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. A defesa acredita que, sendo solto, ele voltará a atuar pelo clube mineiro.

Tudo ou nada, permanecer vivo na disputa pela permanência ou concretizar o rebaixamento ainda restando três rodadas. Foi assim que o Santa Cruz entrou em campo para encarar o Boa Esporte na tarde deste sábado (11), em Varginha-MG. Em meio a uma ameaça de greve dos jogadores que notificaram a direção coral, o Tricolor ia para o jogo da vida sem treinar há dois dias. Some isso a uma atuação ruim e um árbitro que errou a marcação de dois pênaltis. Foi a receita para o desastre. O Santa foi derrotado e apenas aguarda o momento em que será rebaixado, mais uma vez, à terceira divisão.

Juiz erra, mas Santa ia mal em campo

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Em meio ao drama coral, existia também a luta do Boa Esporte. O clube mineiro estava na zona e também precisava do resultado. E foi para cima logo de cara, abrindo o placar já aos 13 minutos. Rodolfo recebeu bola na área e, ao ver Wellignton Cézar se aproximar, mergulhou no chão. O árbitro deu o pênalti e o próprio Rodolfo marcou; 1x0. A decisão tirou os tricolores do eixo, porém não demorou para a reação acontecer. Poucos minutos após o gol, no escanteio de André Luís, Fabrício afastou mal, nos pés de Ricardo Bueno. O centroavante girou e bateu rasteiro, tendo um dos zagueiros ainda tentado defender com o braço, entretanto, a bola já estava no fundo das redes; 1x1. 

Para ninguém ter chance de respirar, aos 19 Alyson invadiu a área e tocou voltando para Reis. O meio-campista até finalizou por baixo, mas foi fraco e Guilherme Mattis conseguiu tirar. Só a partir dos 20 que a partida começou a ter um ritmo mais usual das duas equipes. Anfitrião, o Boa voltou a apertar em bola parada, cruzada na área. Geandro pegou sozinho e girou batendo com força, porém Julio Cesar estava atento e espalmou bem. Sem conseguir manter a posse, o Santa mais assistia os erros do time mineiro do que encaixava lances de ataque. E eram muitos.

A partir dos 40, só deu Boa. Rodolfo, de cabeça, e Paulinho de fora da área, tentaram a sorte. Contudo, as duas tentativas passaram por cima da barra do Santa. O intervalo chegou com os mineiros apertando com maior frequência e o empate no placar.

Apático, e novamente prejudicado, tricolor bota um pé na Série C

Com as duas equipes precisando da vitória, não dava para esperar ninguém atrás. Mesmo assim, era o Boa quem chegava, parando nos próprios jogadores em posição irregular. A diferença para o primeiro tempo é que demorou para surgir um lance com perigo real. Quando os donos da casa finalmente acertaram, Rodolfo girou em Anderson Salles e bateu no canto. Julio não conseguiu alcançar; 2x1. Tudo iria piorar alguns minutos depois. Quando o goleiro isolou bola recuada, mandou direto em Rodolfo. O atacante tentou cruzar e acertou Guilherme Mattis, mais um pênalti inexistente para os mineiros. Na cobrança, dessa vez o arqueiro certou o lado, porém não alcançou; 3x1.

Paulinho teve a chance de ampliar a vantagem aos 28 em contra-ataque rápido em que tocou para encobrir Julio Cesar. A bola, caprichosamente tocou a trave e saiu. Em um erro, o Santa conseguiu finalmente ameaçar aos 29 com Grafite. O atacante travou com a zaga e bateu colocada, alta, porém a finalização explodiu no travessão e foi direto para tiro de meta. O relógio, que já jogava contra a Cobra Coral, passou a ser uma fonte de alívio. As seguidas chances do Boa só traziam consigo a preocupação de um placar mais elástico. Que se concretizou aos 34. Reis tentou o chute de fora e Julio espalmou. A bola e apresentou para Wesley que deixou o goleiro e Mattis no chão para fazer o 4x1. 

Ainda houve tempo para uma pressão do Santa que culminou com o gol de Grafite em passe de Thiago Primão. Diminuindo, mas sem mudar a realidade coral. Foi o último lance de destaque de uma partida desastrosa para os pernambucanos que já colocam um pé na Série C. Agora, os tricolores esperam o resultado de Guarani x CRB que pode decretar o rebaixamento ainda neste sábado, contanto que o time alagoano não vença a partida.

FICHA DE JOGO

Campeonato Brasileiro da Série B - 35ª rodada

Local: Estádio Municipal de Varginha

Boa Esporte: Fabricio; Geandro, Caíque, Douglas Assis e Elivelton; Escobar, Alyson (Wesley) e Felipe Mateus (Lucas Hulk); Reis, Paulinho e Rodolfo. Técnico: Sidney Moraes.

Santa Cruz: Julio Cesar; Walber (Derley), Anderson Salles, Guilherme Mattis e Yuri (Bruno Silva); Wellington Cézar, João Paulo e Thiago Primão; Bruno Paulo (Grafite), André Luís e Ricardo Bueno. Técnico: Marcelo Martelotte.

Arbitragem: Paulo Roberto Alves Junior - PR

Assistentes: Bruno Boschilia - PR / Victor Hugo Imazu dos Santos - PR

Gols: Rodolfo 3x e Wesley (BOA) / Ricardo Bueno e Grafite (SCZ)

Cartões amarelos: Escobar e Lucas Hulk (BOA) / Bruno Paulo, Julio Cesar, Grafite e Guilherme Mattis (SCZ)

 

As coisas seguem tomando um rumo negativo para o Boa Esporte desde que foi anunciada a contratação do goleiro Bruno Fernandes, 32 anos, condenado em 2010 pela morte de Eliza Samúdio em um crime que chocou o Brasil devido à brutalidade. Nesta segunda-feira (13), o clube de Varginha-MG perdeu seu quarto patrocinador em menos de três dias e foi justamente o master.

Em nota publicada no site oficial e pelas redes sociais, o Grupo Góis & Silva anunciou a ruptura de contrato com o Boa informando que apoia a ressocialização, porém se preocupa com o 'forte apelo social'. "Como empresa que emprega milhares de pessoas no Brasil, acompanhamos diariamente a luta de pessoas que desejam e precisam ser reintegrados ao convívio social e ao mercado de trabalho. Existem diversos programas sociais, municipais, estaduais e federais para o apoio e incentivo à reintegração de ex-detentos ao mercado de trabalho", afirmou.

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O Grupo Góis & Silva era o patrocinador master do clube e se declarou contrário à contratação desde o primeiro instante. Além das marcas do grupo (Grupo Gois e Silva, Dengue Control e Fazenda Ouro Velho), a equipe mineira irá retirar das camisas e materiais os outros parceiros que romperam desde a sexta-feira (10). São eles: Cardiocenter Varginha, a Magsul e a Nutrends. No domingo (12), o Boa Esporte publicou uma nota no Facebook - já que o site oficial foi hackeado - justificando acreditar na ressocialização.

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Dois homens, um deles adolescente de 16 anos, foram presos após roubar a uma joalheria em Varginha, no Sul de Minas Gerais. O maior, Ramon Soares Fernandes, teve de ser levado ao hospital onde ficou internado por 16 horas, uma vez que engoliu 22 peças da joalheria, entre anéis, correntes e brincos, pouco antes de ser preso. Ele foi liberado do hospital nesta quinta-feira, 6.

O acusado estava a caminho de Contagem (MG), na região de Belo Horizonte (MG), quando foi abordado dentro de um ônibus na Rodovia Fernão Dias. Policiais militares contaram ter notado que faltavam algumas joias do roubo e ao questionarem o suspeito, ele acabou confessando ter engolido as peças. Radiografias confirmaram as joias, que, somadas às demais, totalizam R$ 300 mil.

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Segundo o delegado Antônio Carlos Buttingnon, antes de agir a dupla analisou todas as lojas da cidade. "Eles chegaram à conclusão de que aquela joalheria era a mais vulnerável", disse. O crime foi filmado pelo circuito de segurança da loja. O adolescente foi apreendido e o maior, preso após deixar o hospital.

O planejamento do técnico Lisca é arrancar na frente na Série B e fazer o máximo de pontos possíveis nas oito primeiras rodadas. Vitórias fora de casa também entram nesse contexto. E, depois de vencer na Arena Pernambuco, o Náutico tem seu primeiro desafio longe de seus domínios para cumprir a meta do treinador. Neste sábado (16), às 16h, no estádio Dilzon Melo, em Varginha, o Alvirrubro enfrenta o Boa Esporte pela segunda rodada da competição.

A confiança está alta no Timbu devido ao retrospecto. Nos últimos três jogos foram três vitórias e nenhum gol sofrido. Dessas partidas, uma foi fora de casa contra o Brasília. São esses exemplos que animam o técnico Lisca a acreditar num triunfo nesta tarde. No entanto, o treinador ressaltou as qualidades do adversário.

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“Vencer fora de casa é importante. Dos últimos nove jogos, somamos seis vitórias. As últimas três em competições nacionais e sem tomar gols. Temos um jogo difícil contra o Boa Esporte porque eles perderam. Sei da qualidade deles e até sei que estrearam muitos jogadores na última rodada”, afirmou o técnico Lisca.

O Náutico entrará com a mesma formação e escalação da estreia, quando venceu o Luverdense por 1 a 0. Mas, desta vez, o comandante alvirrubro terá mais uma opção no banco de reservas. O volante William Magrão foi regularizado e fica à disposição para o decorrer da partida.

Boa Esporte-MG

Após a estreia na Série B com derrota para o Atlético-GO, a equipe mineira do técnico Ney Mata enfrentará o Timbu com uma mudança. Lesionado, o volante Moacir, ex-Sport, está fora da partida e será substituído pelo estreante Wendel, que estava no Palmeiras. 

O técnico Dado Cavalcanti já tinha a certeza de que faria duas mudanças no time do Náutico para enfrentar o Boa Esporte. Sassá e Crislan suspensos são desfalques certos. No entanto, o desgaste muscular de outros atletas pode forçar o treinador a fazer outras alterações inesperadas. Por isso, os titulares para o jogo desta terça-feira (21) não está confirmados.

“Serei obrigado a mexer e tem tantas substituições que podem acontecer. As certas é que Sassá e Crislan estão suspensos. Quem vai substituí-los é que ainda vamos decidir. Ainda tivemos uma viagem desgastante e estamos aguardando a definição de alguns jogadores, que estão sentindo mais o cansaço. Acho que serie obrigado a mexer ainda mais onde não queria”, afirmou Dado Cavalcanti.

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Além dos dois desfalques, o treinador também não contará com Tadeu, dispensado nesta segunda-feira após um ato de indisciplina juntamente com Roberto. O atacante seria uma opção para Dado armar o ataque. Assim, cresce a possibilidade de Cañete voltar a ser titular. Enquanto na frente, caso tenha condições físicas, Marinho pode formar a dupla com Bruno Furlan.

Com a suspensão de Sassá e Crislan, pelo terceiro cartão amarelo, o técnico Dado Cavalcanti convocou dois jogadores que estavam no Recife apenas treinando. O atacante Leleu e o volante Hélder foram integrados à delegação, que está em Varginha para o confronto diante do Boa Esporte, terça-feira (21), às 20h50.

A surpresa desta convocação de Dado Cavalcanti fica por conta de Leleu. A última partida do atacante foi no dia 6 de setembro, no empate por 0 a 0 contra o Bragantino, na Arena Pernambuco. Na ocasião, o jogador entrou aos 40 minutos e pouco contribuiu para o Náutico em quanto esteve em campo.

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No final da tarde de segunda-feira (20), a diretoria confirmou que outros dois atletas também foram chamados pelo treinador. Com a dispensa de Tadeu e Roberto, os uruguaios Gastón Filgueira e Mario Risso também seguiram para Varginha.

Um pedreiro de Varginha, no interior de Minas Gerais, encontrou uma cascavel em seu carro, na manhã desta quarta-feira, 23. Ele foi abrir a tampa do motor antes de sair, para conferir o nível de água, e se deparou com o animal.

A cascavel estava toda enrolada e foi preciso o uso de ganchos e muito cuidado por parte de três soldados do Corpo de Bombeiros para que ela fosse retirada.

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O dono do veículo, Claudinei Luiz da Silva, esteve em um sítio um dia antes e acredita que o animal possa ter entrado enquanto o carro estava na propriedade. Assim que viu o animal ele acionou os bombeiros.

A cobra foi solta em uma área de reserva na zona rural do município.

Entrar na zona de rebaixamento da Série B foi um choque de realidade para o Santa Cruz. O velho fantasma do rebaixamento voltou a atormentar o Tricolor do Arruda, que na noite desta terça-feira (27), às 19h30, enfrenta o Boa Esporte-MG, no estádio Dilzon Melo, em Varginha. Após sete empates em sete partidas, a Cobra Coral necessita da vitória para respirar na competição e sonhar com algo melhor.

Apesar do rendimento aquém das expectativas, o técnico Sérgio Guedes não mudará o time dos últimos jogos. A formação será o mesmo 4-4-2 com três volantes e Carlos Alberto no setor de criação. Na frente, Pingo e Léo Gamalho, que busca pôr fim a um longo jejum de gols que lhe acompanha durante a Série B. É com este time que o treinador espera acabar com a má fase.

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“Temos uma equipe sólida, consistente e um elenco de muita qualidade. Tenho gostado do trabalho que eles fazem no dia a dia, por isso vou manter. As ocasiões vão surgindo e acredito que estamos muito perto da vitória. Independente das consequências, estamos sempre atrás dela”, garantiu Sérgio Guedes.

Boa Esporte-MG

O técnico Nêdo Xavier gostou da última atuação da equipe, na vitória por 2 a 0 diante do Avaí-SC, e deve repetir os titulares. A única dúvida do treinador é na lateral porque Maranhão volta de suspenso e pode ganhar a vaga de Wendel. No ataque, o Boa conta com a experiência do artilheiro Fábio Júnior.

Ficha do jogo

Boa Esporte-MG

Leandro; Wendel, Thiago Carvalho, Mateus Alves e Piauí; Betinho, Moisés Ribeiro, Malaquias e Pedrinho; Diego e Fábio Júnior. Técnico: Nedo Xavier

Santa Cruz

Tiago Cardoso; Nininho, Renan Fonseca, Everton Sena e Renatinho; Sandro Manoel, Memo, Danilo Pires e Carlos Alberto; Pingo e Léo Gamalho. Técnico: Sérgio Guedes

Local: Estádio Dilzon Melo (Varginha-MG)

Horário: 19h30

Árbitro: Bráulio da Silva Machado (SC)

Assistentes: Angelo Rudimar Bechi e Rosnei Hoffmann Scherer (Ambos de SC)

O Santa Cruz precisa vencer no Campeonato Brasileiro da Série B. Com sete pontos na tabela, o Tricolor está logo acima da zona de rebaixamento. Nesta terça-feira (27), os corais vão enfrentar o Boa Esporte, às 19h30, no estádio Municipal de Varginha, pela oitava rodada da competição. De acordo com o volante Memo, o time está se sentindo incomodado com essa situação. "As vitórias estão escapando. Agora, já estamos com o alerta ligado e temos mais uma decisão. Não podemos vacilar”, disse o jogador.

Apesar dos empates, o volante acredita que o time vem fazendo bons jogos. “Temos uma boa posse de bola e boa marcação. Mas, infelizmente, a vitória não está vindo. A gente vem marcando o gol primeiro nos jogos, mas os adversários também estão conseguindo marcar. Isso não pode mais acontecer”, afirmou.

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Memo confia que o time irá conseguir vencer o próximo jogo e outros dois antes da parada para a Copa do Mundo. Além do Boa Esporte, o tricolor vai encarar o Joinville e a Ponte Preta, ambos no estádio dos Aflitos.  "Vamos fazer de tudo para conseguir os três pontos nesses três últimos jogos. Só assim, vamos sair dessa situação. Temos que pontuar nessas partidas, principalmente com vitórias para encostar nos times que estão na frente da tabela", disse.

 

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Assim como aconteceu em 2011, no último acesso, o Sport embarcou para um jogo decisivo fora da casa, pela Série B, com um grande apoio da torcida. Nesta quinta-feira (21), pela manhã, cerca de 400 torcedores foram ao aeroporto dar o último incentivo antes do embarque para Varginha, onde o Leão enfrenta o Boa Esporte, às 16h20, pela penúltima rodada do Brasileiro.

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O atacante Marcos Aurélio ficou impressionado com a recepção da torcida. “Isso motiva muito e é muito emocionante. Temos que retribuir com dedicação e raça, não tem outra maneira. Vamos entrar em campo para tentar a vitória”, afirmou.

Quando ponteiro marcava 12h45, os jogadores já estavam dentro da aeronave com destino à Campinas. De lá, os rubro-negros seguem para o interior de Minas Gerais.

Cinco times ainda têm chances de conquistar o acesso à Série A – Sport, Icasa, Ceará, América-MG e Figueirense -, mas apenas um pode se garantir no próximo sábado (23): o Leão.  E para que isto aconteça, a equipe pernambucana precisa vencer o Boa Esporte, em Varginha, e torcer por uma derrota do Ceará ou Icasa. O Vozão enfrenta o campeão do torneio, Palmeiras, fora de casa. Enquanto o Verdão do Cariri recebe a Chapecoense.

Se esta combinação perfeita acontecer, o Sport chega a 62 pontos e se garante, pelo menos, com o 4° lugar ao final da Série B devido ao número de vitórias e ao bom saldo de gols. Evitando, assim, decidir o acesso na última rodada, na Ilha do Retiro, diante do Paysandu, que ainda briga contra o rebaixamento.

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América-MG e Figueirense observam atentamente todos esses duelos. E, como eles estão três pontos a menos que os adversários, precisam torcer por tropeços de todos para seguir com chances de sacramentar o acesso na rodada final, no dia 30 de novembro.

Em discurso na comunidade de Varginha, na zona norte do Rio, o papa Francisco, pela primeira vez, fez improvisos. Pelo menos seis vezes ele acrescentou trechos que não estavam na versão oficial. O primeiro improviso foi uma brincadeira com o público. Ele dizia que gostaria de bater em cada porta para tomar um "cafezinho". "Não um copo de cachaça", brincou o papa.

Em seguida, quando referiu-se à expressão "colocar mais água no feijão", ele dirigiu-se à plateia. "Se pode colocar mais água no feijão? Sempre". Depois, no trecho em que falava sobre solidariedade, ele acrescentou que a palavra "quase parece um palavrão".

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Outro trecho não programado no discurso foi quando ele dizia que é preciso ver no outro um irmão e acrescentou: "e todos nós somos irmãos". Em um momento de grande comoção na plateia, ele falou novamente fora do texto previsto: "Não deixemos entrar no nosso coração a cultura do descartável porque nós somos irmãos. Ninguém é descartável".

No último improviso, quando dizia que existe "uma fome mais profunda", o papa acrescentou: "fome de dignidade". Apesar da chuva e da lama, que afastaram boa parte dos moradores da favela, as pessoas que deixaram suas casas para ver e ouvir o papa aplaudiram várias vezes e lamentaram quando ele disse que falaria uma última coisa e encerrou o discurso.

O papa Francisco atacou a estratégia de "pacificação" das favelas no Rio de Janeiro, alertando que, enquanto a desigualdade social não for resolvida, "não há paz duradoura". Nesta quinta-feira, 25, em plena Favela da Varginha, na zona norte da cidade, ele fez um dos discursos de cunho social mais importantes de seu pontificado e convocou os jovens a continuar pressionando por melhorias, em um sinal de seu apoio aos manifestantes que tomaram as ruas do Brasil desde junho.

O papa ainda completou: a grandeza de uma nação só pode ser medida a partir de como ela trata seus pobres, numa referência indireta à insistência do governo de vender o Brasil como uma das maiores economias do mundo e, ao mesmo tempo, não dar uma solução às suas favelas.

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Francisco chega a reconhecer os avanços sociais promovidos pelo governo. Mas alerta que isso ainda não é suficiente e que a pacificação de favelas, como a que ele visita, não pode ser feita com armas. "Quero encorajar os esforços que a sociedade brasileira tem feito para integrar todas as partes do seu corpo, incluindo as mais sofridas e necessitadas, através do combate à fome e à miséria", disse.

Pacificação

"Nenhum esforço de pacificação será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma", declarou ainda o papa durante o discurso. E alertou: "Uma sociedade assim simplesmente empobrece a si mesma, perde algo de essencial para si mesma."

O papa disse ainda que "somente quando se é capaz de compartilhar é que se enriquece de verdade". "Tudo aquilo que se compartilha se multiplica. A medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata os mais necessitados, que não tem outra coisa senão a sua pobreza."

Manifestações

Ele ainda manifestou seu apoio a todos aqueles no Brasil que lutam por mudanças sociais, em uma referência aos protestos que ganharam as ruas do País desde junho.

Atacando a corrupção e o fato de a periferia ser abandonada por políticos, o papa deixou claro que a Igreja vai apoiar o movimento mais amplo de exigências por melhorias. Fontes no Vaticano confirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo que essa foi a forma pela qual o papa optou por lançar seu recado aos manifestantes. A opção foi a de evitar a palavra "protestos", mas ainda assim fazer um apelo para que a pressão contra a classe dirigente continue.

"Aqui, como em todo o Brasil, há muitos jovens", disse. "Vocês possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio beneficio", declarou.

"Também para vocês e para todas as pessoas eu repito: nunca desanimem, não percam a confiança", insistiu.

Francisco ainda apelou à população que não se deixa "acostumar ao mal, mas a vencê-lo". O papa ainda garantiu: "Vocês não estão sozinhos, a Igreja está com vocês, o papa está com vocês".

Educação

O papa também aproveitou seu discurso na favela para voltar a defender alguns dos pilares do dogma da Igreja: a família e a vida, "que deve ser sempre tutelado e promovido".

O papa pediu uma educação de qualidade e com valores, e não apenas um sistema que tem como metas "uma simples transmissão de informações com o fim de gerar lucros".

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