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Desde a última quinta-feira (8), quatro drones despejam veneno contra terras de posseiros dos Engenhos Barro Branco, Caixa D’Água e Fervedouro, em Jaqueira, na Zona da Mata Norte pernambucana. Em situação de conflito fundiário, os trabalhadores já tinham sofrido ataques similares durante a pandemia de Covid-19. Em uma das ocasiões, camponeses chegaram a ser socorridos para uma unidade de saúde local.

Agora, um dos agricultores conseguiu registrar o momento em que o veículo aéreo não tripulado despeja o material tóxico, que põe em risco, além das plantações e dos trabalhadores, as fontes de água que abastecem as famílias que vivem nas comunidades. A população pede que as autoridades locais façam a coleta de material e averiguem a contaminação. 

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"Hoje deu pra notar que as folhas do pé de imbaúba já estão murchando, por causa do veneno. Hoje viemos na área atingida e ainda dá para sentir o fedor de veneno. De ontem pra hoje senti uma leve de dor de cabeça e garganta querendo inflamar", lamenta o agricultor Carlos Andrade, que reside no Engenho Fervedouro. Ele teme que mais veneno volte a ser despejado sobre as terras na noite deste sábado (10).

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Em abril de 2021, o LeiaJá esteve no Engenho Fervedouro para acompanhar a situação da comunidade que vive no local. Na ocasião, os agricultores informaram que drones também costumam ser utilizados para vigiar a população, inclusive violando a privacidade de suas residências.

Conflito

Em 2017, a empresa Negócio Imobiliária S/A - que posteriormente mudou seu nome para Agropecuária Mata Sul S/A- tornou-se cessionária de arrendamento de parte da desativada Usina Frei Caneca. A área compreende cinco mil hectares, que correspondem a 60% de todo o município de Jaqueira. Neste perímetro, vivem cerca de 1.200 famílias camponesas, distribuídas nas comunidades rurais de Caixa D’água, Barro Branco, Laranjeira, Fervedouro, Várzea Velha, dentre outras. Esta população vive no local há pelo menos 70 anos e reivindica a regularização de suas posses junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Segundo os trabalhadores, o empresário Guilherme Cavalcanti Petribú Albuquerque se intitula dono da Agropecuária Mata Sul S/A. Membro de uma tradicional família do estado, Guilherme é irmão de Marcello Maranhão (PSB), prefeito de Ribeirão, vizinha a Jaqueira. Desde a chegada da empresa na região, as comunidades que vivem nas áreas arrendadas denunciam uma série de violações, a exemplo de atropelamentos de camponeses, chuvas de agrotóxicos sobre as lavouras, vigilância constante com drones, emboscadas à mão armada, destruição de fontes d'água, ameaças e perseguições, além de esbulho de suas posses, por meio do cercamento das terras. Em agosto do ano passado, passou a circular uma lista com os nomes de dez camponeses marcados para morrer.

O LeiaJá apurou, por meio de consulta à Certidão Narrativa de Débitos Fiscais, que a empresa deve R$ 62.522.544,58 à Fazenda Estadual. Já junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), foi possível constatar que a empresa está envolvida em 121 ações trabalhistas. Assessores jurídicos da CPT informam que existe ainda uma dívida com o governo federal, de mais de R$ 92 milhões. Assim, camponeses reivindicam a desapropriação das terras.

A reportagem já havia levado essa demanda para o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe), que garantiu que a dívida da usina com o Estado está sendo cobrada pelo Governo de Pernambuco, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), a partir de 16 ações de execução fiscal, as quais tramitam na Justiça. O Instituto informa que os processos são físicos e que já há, inclusive, penhora de engenhos para possibilitar o pagamento da dívida.

A partir da próxima segunda (13), fica autorizado o retorno das aulas práticas e estágios curriculares presenciais das instituições de ensino superior e de educação técnica e profissional em Pernambuco. A decisão foi assinada pelo governador Paulo Câmara (PSB), e consta no Diário Oficial deste sábado (11).

A medida vale para cursos de instituições de ensino superior, bem como os de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional, em instituições de educação profissional  e técnica. Por cursos de qualificação, compreende-se aqueles que possuem carga horária inferior a 800 horas, a exemplo daqueles que formam barbeiros, manicures, dentre outros.

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Continua proibido, contudo, o retorno das práticas em cursos técnicos de nível médio, em escolas técnicas públicas e privadas, e para demais atividades pedagógicas de instituições de ensino superior. Para elas, a suspensão segue até o dia 31 de julho.

Por volta das 7h da última terça (19), um grupo de 20 funcionários da empresa Agropecuária Mata Sul S/A foram ao Engenho Fervedouro, na cidade de Jaqueira, na Mata Sul de Pernambuco, e derrubaram cerca de dez mil pés de banana plantados pela família de um agricultor, identificado como Reginaldo Félix. As informações são da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que acompanha as famílias do local, região de conflito fundiário com usineiros.

Durante a derrubada, a família estava na escola comunitária, na sede do Engenho Fervedouro, participando da campanha de vacinação promovida pela Prefeitura de Jaqueira. Segundo a CPT, quando eles retornaram ao sítio já estava tudo destruído, mas foi possível identificar a saída de funcionários da Agropecuária Mata Sul S/A do local, em carros e motos.

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Intensificação da violência

Nos últimos meses, houve grande intensificação das denúncias de violência contra agricultores no Engenho Fervedouro, onde vivem 70 famílias de posseiros, em conflito fundiário com a empresa Agropecuária Mata Sul S/A, arrendatária de parte das terras da antiga Usina Frei Caneca. Para a advogada da CPT, Luísa Duque, um dos complicadores para a resolução dos impasses é o fato de o juiz responsável pela inspeção das terras não ter delimitado quais áreas seriam consideradas antigas- isto é, dos posseiros- e quais seriam os terrenos em que as plantações são recentes. “A empresa tem se valido disso, dessa ausência de marcos geográficos, para avançar sobre posses antigas dos posseiros, consideradas antigas pelo próprio juiz. Então, já que não há nada marcado, a empresa vai e escolhe o que ela considera antigo ou novo”, explica.

A advogada comentou ainda que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) chegou a realizar um levantamento detalhado acerca das posses. "Esse documento foi ignorado", completa. Ela ressalta ainda que a própria caracterização das terras não foi orientada por um técnico, mas decorrente da avaliação do próprio juiz. "Ele delimitou a partir do que achou que era área de uso novo e antigo. Nesse processo, a comunidade já havia perdido muitas áreas antigas", conclui.

Policial flagrado nas terras do Engenho Fervedouro, na última quarta (13). (CPT/divulgação)

A empresa já tinha sido acusada, em janeiro, de destruir dez mil pés de banana de outro agricultor, em Barro Branco, uma comunidade vizinha. Segundo o CPT, no dia 3 de abril, funcionários da Agropecuária Mata Sul S/A tentaram cercar uma das fontes de água utilizada para subsistência da população, ação que não se concretizou, diante da mobilização dos posseiros. No dia 24 de abril, nove agricultores da comunidade Fervedouro denunciaram terem sido ameaçados de morte por Guilherme Maranhão, representante da Agropecuária Mata Sul S/A. Na data de 7 de maio, um camponês da comunidade de Fervedouro registrou Boletim de Ocorrência denunciando estar ameaçado de morte pela "elite da empresa". No mesmo dia, famílias relataram que foram surpreendidas com um helicóptero sobrevoando suas áreas e despejando agrotóxico, atingindo suas lavouras, fontes de água e também alguns camponeses, os quais apresentaram sintomas de intoxicação.

Ainda segundo informações do CPT, no dia 09 de maio, policiais e seguranças privados contratados pela Agropecuária Mata Sul S/A intimidaram e ameaçaram as famílias da comunidade. Na última quarta (13), o LeiaJá noticiou a presença de policiais fortemente armados no Engenho Fervedouro, alegando que davam cobertura a uma ação de cercamento de uma suposta área da empresa.

O "coletes amarelos", que nas marchas sindicais de 1o. de Maio reuniram na quarta-feira entre 150.000 e 300.000 pessoas na França, voltaram às ruas neste sábado para dar um novo impulso à mobilização.

O movimento, que a cada fim de semana desde meados de novembro se manifesta contra a política social e fiscal do governo, foi perdendo força ao longo dos meses.

Neste sábado, autoridades anunciaram 23.600 participantes nos protestos, um número muito menor do que os anteriores.

Para este sábado, várias centenas de pessoas disseram que participarão dos vários eventos organizados em toda a França, anunciados no Facebook.

Em Paris, a prefeitura autorizou três manifestações. Além disso, foi planejada uma "ocupação" festiva do aeroporto Charles de Gaulle, no norte de Paris, para pedir "o cessar da venda do aeródromo".

Esses protestos ocorrem três dias após os distúrbios ocorridos entre manifestantes e forças de segurança em 1º de maio.

Neste sábado, os policiais estendeeram sua ordem proibindo demonstrações na Champs Elysees, e em um perímetro que inclui a Assembleia Nacional, o Palácio do Eliseu e da área da catedral de Notre Dame, destruída em parte por um incêndio no meio da abril.

Dois astronautas americanos e um cosmonauta russo regressaram à Terra nesta quarta-feira, ao final de uma missão de mais de cinco meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS).

Alexandre Misurkin, da agência espacial russa Roskomos, e Mark Vande Hei e Joe Acaba, da Nasa, pousaram às 02H31 GMT (23H31 Brasília de terça) no Cazaquistão, a sudeste da cidade de Jezkazgan.

O cosmonauta, de 40 anos, entregou o comando da ISS a seu compatriota Anton Chkaplerov na terça-feira, antes de assumir o controle da nave Soyuz que trouxe os três homens à Terra.

Em duas missões, Misurkin já passou 334 dias no espaço.

Joe Acaba, 50 anos, concluiu sua terceira missão, somando 10 meses em órbita, enquanto seu companheiro de 51 anos, Mark Vande Heide, um coronel (da reserva) do Exército, realizou sua primeira missão no espaço.

Os três homens chegaram à ISS em setembro de 2017.

A Estação Espacial Internacional, um raro exemplo da cooperação entre Rússia e Estados Unidos, está em órbita desde 1998.

Depois de três anos de afastamento forçado por causa da invasão dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), o adolescente Ali Salem aguarda com ansiedade em uma escola de Mosul, para fazer uma prova de inglês.

Ele saiu muito cedo do campo de refugiados internos de Haj Ali, a 60km. Enquanto espera, dá uma última olhada nas anotações de três anos atrás.

"Na noite de 10 de junho de 2014, soubemos que o EI havia tomado a cidade. Era véspera da minha prova de matemática, mas as aulas foram interrompidas", lembra o jovem, diante do colégio Hikma, no oeste de Mosul.

"Estou agora com 18 anos, e perdi três anos por culpa do EI. Fico feliz por termos retornado ao colégio e por poder fazer estas provas, porque elas irão definir a minha vida", assinala.

Ante a situação inédita dos 300 mil alunos da província de Niniveh, cuja capital é Mosul, autoridades decidiram submeter os mais jovens a testes de coeficiente de inteligência, para determinar a série em que irão entrar, e exames de conhecimento para os estudantes do ensino médio.

- 'Esqueci tudo' -

No bairro de Mansur, perto de um prédio derrubado por um bombardeio aéreo, outro aluno aguarda com ansiedade para fazer a mesma prova de inglês.

"Esqueci tudo, e consegui as fotocópias de apenas um capítulo, quando podem cair questões sobre todo o livro", lamenta Mahmud Abdel Nafaa, que tem a mesma idade que Ali.

Ele aguarda a abertura da escola Amal, enquanto empregados trabalham no reparo dos bueiros e da calçada, destruídos pelos bombardeios.

"Estou muito feliz por retornar ao colégio, mas também ansioso, porque, se eu não passar, serei transferido para o horário noturno", comenta.

"As aulas noturnas são um problema, porque só acontecem duas vezes por semana", diz o jovem, morador do bairro de Sumud, oeste de de Mosul, cidade cortada pelo rio Tigre.

O sistema escolar iraquiano impõe aulas noturnas aos alunos cuja idade supera a que corresponde ao plano de estudos.

No oeste de Mosul, devastada por combates que terminaram em 10 de julho, estas provas antecedem o início do ano letivo, em novembro. No leste, onde a violência terminou seis meses antes, as aulas foram retomadas em outubro.

O balanço é desolador: das 600 escolas de Mosul, apenas 210 estão em funcionamento no leste, e 100 no oeste.

- Colégios proibidos -

Em seu escritório, o diretor geral do Ministério da Educação para a província de Niniveh tem muito trabalho pela frente.

As aulas foram retomadas parcialmente em maio e junho, quando ainda havia explosões e bombardeios no outro lado da cidade.

Sob o domínio do EI, os jihadistas se apropriaram de muitas escolas, onde ensinavam religião e técnicas de combate, e fecharam quase todas as demais.

O diretor da escola Zubayda, no leste de Mosul, teve que permanecer em casa por três anos. "Neste bairro de Daret al-Hamam, só uma escola ficou aberta", sob a supervisão dos jihadistas, lembra Mohamed Ismail.

"Alguns dos meus colegas trabalharam com eles porque concordavam com suas ideias, ou por imposição. Os alunos eram todos filhos de jihadistas, franceses, russos, chechenos", afirma.

Enquanto as crianças se divertem no pátio da escola Zeitun, Yusef Razwan, 6, folheia seu primeiro livro de leitura. "Brincar em casa é chato. Prefiro estar aqui", conta, com um sorriso.

Catherine Deneuve e Gérard Depardieu, casal mítico do cinema francês, vão voltar a contracenar em um longa cujas filmagens começam em outubro na região parisiense, informou nesta quinta-feira o agente do ator.

"Bonne Pomme" será o título da "comédia poética", dirigida por Florence Quentin, no qual Catherine Deneuve, de 72 anos, incarna a proprietária de um albergue e Gérard Depardieu, 67 anos, um mecânico, informou por sua vez Dominique Besnehard, co-produtor do filme com Catherine Gozlan.

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Nos créditos também figuram os comediantes Chantal Ladesou e Guillaume de Tonquédec, segundo o jornal Le Parisien, que indica que o filme vai chegar às telas em 2017.

As carreiras de Catherine Deneuve e Gerard Depardieu se cruzaram muitas vezes em mais de três décadas, incluindo nos filmes "Le Dernier métro" (O Último Metrô) de François Truffaut (1980), "Fort Saganne" de Alain Corneau (1984), "Drôle d'endroit pour une rencontre" (Um Lugar Estranho Para um Encontro) de François Dupeyron (1998) ou "Potiche" (Potiche - Esposa Troféu) de François Ozon (2010).

A Secretaria de Saúde do Estado do Rio informou no início da tarde desta sexta-feira, 25, que os hospitais estaduais Rocha Faria, Albert Schweitzer, Carlos Chagas, Getúlio Vargas, Adão Pereira Nunes, Azevedo Lima, Alberto Torres, Hospital da Mulher, Hospital da Mãe e Melchíades Callazans voltaram a funcionar normalmente.

De acordo com a nota oficial da secretaria, "vale ressaltar que se tratam de unidades de urgência e emergência" e que "pacientes de baixa complexidade" serão encaminhados para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou de atenção básica.

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"Todos os pacientes serão atendidos considerando sua classificação de risco, dos mais graves para os menos graves", divulgou a Secretaria de Saúde.

No Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, zona oeste, segundo a secretaria, as especialidades clínica médica, cirurgia geral, ortopedia, pediatria e maternidade funcionam "sem restrições". Na unidade, os casos mais simples são encaminhados à UPA do bairro. No domingo passado, a direção do hospital registrou na delegacia de Realengo que não havia mais condições mínimas de oferecer atendimento digno aos pacientes, tal a carência de materiais imprescindíveis ao bom atendimento, como remédios, seringas e até gases para ataduras.

Na véspera do Natal, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) decretou situação de emergência na saúde. Naquele mesmo dia, ele obtive empréstimo de R$ 100 milhões da Prefeitura do Rio para abastecer emergencialmente os estoques hospitalares e pagar parte dos salários atrasados aos profissionais de saúde do Estado, concursados e terceirizados.

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