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O presidente Jair Bolsonaro admitiu em entrevista ao Washington Post que a reforma da Previdência é impopular, mas que "não temos alternativas" a não ser aprová-la no Congresso. "Se não passar, vai causar um colapso econômico", comentou.

Questionado sobre sua opinião em relação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Bolsonaro afirmou que admira e sempre admirou o país e que simpatiza com o norte-americano "porque ele quer tornar a América grande novamente". "Até o momento, fiz cinco ou seis reuniões com autoridades importantes dos Estados Unidos, incluindo (o conselheiro de segurança nacional) John Bolton. Tenho planos de visitar os EUA em março", disse.

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A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi destaque nos principais jornais dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, Alemanha, Espanha, Argentina, do Uruguai, da Bolívia e Venezuela. Todos colocaram na capa imagens do ex-presidente, citaram sua biografia e as repercussões políticas em torno do episódio.  

Nos Estados Unidos, o Washington Post lembrou que o homem chamado pelo ex-presidente norte-americano Barak Obama de “o político mais popular do mundo” converteu-se no “prisioneiro mais famoso da região”. O New York Times, em sua versão em espanhol, colocou na manchete a "virada" na carreira de um operário metalúrgico, que enfrentou a ditadura e chegou à Presidência da República.

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O britânico The Guardian também noticiou que Lula se entregou, depois de desafiar o pedido de prisão do juiz Sérgio Moro e de afirmar inocência. Segundo o jornal britânico, a prisão dele representa o fim de “uma era da esquerda no Brasil” . Na França, o Le Monde ressalta que Lula demorou para se entregar à Polícia Federal e conta a trajetória política dele afetada por questões na Justiça.

O EL Pais, da Espanha, na versão para a América Latina, fez um editorial em que defendeu a necessidade de o Brasil promover eleições presidenciais em clima de estabilidade. O alemão Deutsche Welle ressalta a prisão de Lula e a tentativa de impedi-lo de deixar o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).

Transmissão ao Vivo

Na Argentina, as emissoras de televisão  transmitiram ao vivo o dia ontem (7), em São Bernardo do Campo (SP), desde a missa de que o ex-presidente participou até o momento em que ele foi transportado para Curitiba (PR). Comentaristas e analistas políticos observavam os efeitos da prisão de Lula nas eleições presidenciais de outubro.

O jornal El Clarín, da Argentina, chamou na capa o dia ontem de "show político". O La Nacionaltambém pôs na manchete o “fim da resistência de Lula” , enquanto o jornal Página 12 destacou a manifestação que deixou pelo menos oito feridos em Curitiba.

No Uruguai, o El País colocou na manchete: “Brasil estremecido” e Lula numa "cela de quinze metros” . Os presidente da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Nicolás Maduro, segundo a imprensa,  manifestaram apoio a Lula.

O jornal americano Washington Post publicou esta semana uma matéria expondo uma tentativa de criar uma notícia falsa para ser veiculada em seu periódico. Segundo a reportagem, uma mulher procurou jornalistas da casa para que publicassem uma história de que ela teria abortado uma criança aos 15 anos de idade, supostamente filha do senador Roy Moore, que pertence ao Partido Republicano.

Jaime T. Phillips, que se apresentou como vítima, acabou entrando em contradição durante as entrevistas e os jornalistas desconfiaram da história. A mulher foi vista entrando na sede do Project Veritas, uma organização que usa esse tipo de tática (fake news) para expor veículos de mídia tendenciosos. O Washington Post publicou as declarações dadas por Phillips alegando que não é preciso manter o sigilo uma vez que a personagem da matéria agiu de má-fé.

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Outro fato que gerou desconfiança foi a insistência da mulher para que os envolvidos na matéria fizessem uma previsão do impacto que teria tal declaração na eventual candidatura de Moore. Além de Phillips, o jornal expôs anúncios da Project Veritas que pede que jornalistas adotem um pseudônimo e ganhem acesso a pessoas importantes para que vazem informações importantes.

Em declaração na sua matéria, o Post diz que esse tipo de investida é utilizada cada vez com mais frequência por ativistas que querem descredenciar veículos que divulgam denúncias sobre partidos ou políticos envolvidos em escândalos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a pesquisa divulgada ontem (16) que indica que ele tem o menor índice de aprovação do que qualquer um de seus antecessores nos seis primeiros meses de governo, num período de 70 anos. A informação é da Xinhua.

A pesquisa da ABC News/Washington Post mostrou que apenas 36% dos americanos aprovam o desempenho de Trump no governo, marcando uma queda de seis pontos, que era de 42% em abril, enquanto o índice de desaprovação aumentou cinco pontos desde então, chegando a 58%.

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"Apesar de que quase 40% de aprovação não ser tão ruim neste momento, essa é a pesquisa mais imprecisa próxima de uma eleição", tuitou Trump para se defender.

A pesquisa também mostrou que 48% dos entrevistados veem a liderança dos EUA no mundo mais fraca desde o início do governo Trump, com apenas 27% acreditando que ela esteja mais forte. Dois terços dos entrevistados disseram que não confiam em Trump para representar os EUA e negociar com outros líderes mundiais. E apenas 38% disseram que acham que Trump está fazendo progressos significativos em direção a seus objetivos, enquanto 55% pensam o contrário.

Interferência russa

Os resultados da pesquisa também foram divulgados à luz de uma agenda republicana paralisada e com a revelação de fatos sobre a interferência da Rússia nas eleições americanas de 2016. O serviço de inteligência dos EUA alega que a Rússia interferiu na corrida presidencial do ano passado e existiram conexões entre o governo russo e a campanha de Trump, fato que o Kremlin negou.

A pesquisa da ABC-Post revela que cerca de 60% dos americanos disseram acreditar que a Rússia tentou se intrometer na eleição presidencial de 2016, enquanto cerca de 44% pensam que Trump se beneficiou desse fato.

Além disso, cerca de 4 em cada 10 americanos acreditam que o comitê de campanha de Trump ajudou intencionalmente os esforços russos para influenciar as eleições.

Quando questionado sobre uma reunião de 2016 que Donald Trump Jr., o filho mais velho de Trump, teve com um advogado russo na esperança de entregar materiais supostamente úteis para a campanha de seu pai, 63% consideraram a reunião como inapropriada.

Em outra vertente da pesquisa, metade dos entrevistados disse que preferem o sistema de saúde existente, com apenas 24% favorecendo uma legislação liderada pelos republicanos, com uma reforma polêmica que foi suspensa no Senado devido à oposição do próprio partido republicano.

A pesquisa foi realizada entre 10 de julho e 13 de julho, teve uma amostra aleatória de mais de 1.000 adultos questionados por telefone, e conta com uma margem de erro de 3,5 pontos.

Da Agência Xinhua

O presidente em exercício, Michel Temer, disse que "não fará bem ao País ter dois presidentes no início dos Jogos Olímpicos e na cerimônia de abertura", em sua primeira entrevista concedida à imprensa internacional desde que assumiu o comando da Presidência.

Durante a conversa com a repórter Lally Weymouth, do jornal americano Washington Post, Temer abordou diversos assuntos da política nacional e foi confrontado sobre os problemas de seu governo, que já viu três ministros serem afastados por acusações de corrupção. A entrevista foi publicada nesta quinta-feira.

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Ao ser perguntado sobre os desafios de atuar sob tais condições, Temer disse que a Operação Lava Jato não compromete as ações do governo e reiterou que apoia as investigações.

Weymouth perguntou sobre a veracidade da delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que disse à Polícia Federal que o peemedebista teria pedido dinheiro para um candidato que disputava a Prefeitura de São Paulo, em 2012. "Eu gostaria de destacar que eu estou na vida pública há 33 anos. Fui presidente da Câmara três vezes. Eu fui eleito vice-presidente deste país por duas vezes. Então nunca teria que me dirigir ao senhor Sérgio Machado para pedir qualquer coisa", respondeu.

O presidente em exercício disse que não acha que a corrupção seja endêmica no sistema político do País, mas sim "individualizada", e criticou o grande número de partidos políticos. Sobre a presidente afastada, Dilma Rousseff, Temer afirmou que "ela pode ter cometido crimes administrativos, mas eu não a chamaria de corrupta".

Ao ser questionado se não via problema em exigir um "enorme sacrifício econômico" por parte do povo brasileiro mesmo não tendo sido eleito presidente, Temer negou a existência de um golpe no Brasil. "Eu fui eleito vice-presidente", respondeu. "Apenas há golpe se você violar a Constituição, e esse não é o caso."

Sobre a política econômica, ele disse que não vai propor novos impostos agora e que está considerando a redução da dívida pública.

Temer minimizou a ameaça do vírus zika durante os Jogos do Rio de Janeiro, argumentando que há um trabalho de combate ao mosquito e que o inverno trabalhará a favor da não proliferação do transmissor. (Matheus Maderal - matheus.maderal@estadao.com)

O correspondente do "Washington Post" no Irã Jason Rezaian, detido em julho de 2014 sob a acusação de espionagem, foi condenado à prisão, anunciou neste domingo o porta-voz da Justiça iraniana, citado pela agência oficial Irna, sem especificar por quanto tempo: "Não posso informar os detalhes."

O jornalista iraniano-americano, 39, foi detido em sua residência na capital, onde trabalhava como correspondente para o jornal havia dois anos. Ele foi acusado de espionagem e "colaboração com governos hostis".

Rezaian foi condenado pelo tribunal revolucionário de Teerã, uma corte especial que julga os casos políticos ou que afetem a segurança nacional.

Em Washington, o chefe da editoria Internacional do jornal, Douglas Jehl, declarou em um comunicado estar a par da situação, mas que desconhece os detalhes.

"Cada dia que Jason passa na prisão é uma injustiça, porque ele não fez nada de mal", comentou Jehl. "Depois de 488 dias de prisão, o Irã não apresentou nenhuma prova."

Em outubro passado, o chanceler iraniano, Mohamad Javad Zarif, disse que tentava "solucionar o caso de um ponto de vista humanitário", mas classificou as acusações de graves.

O jornal americano The Washington Post considerou nesta segunda-feira (12) uma "injustiça ultrajante" a condenação de seu correspondente no Irã Jason Rezaian e afirmou que trabalha junto a sua família e advogados para apresentar uma rápida apelação. Rezaian, de 39 anos, foi detido em julho de 2014 acusado de espionagem e outros crimes contra a segurança nacional, após trabalhar durante dois anos como correspondente em Teerã do renomado jornal americano.

"O veredicto de culpa anunciado pelo Irã representa uma injustiça ultrajante", disse o editor executivo do jornal, Martin Barón, em um comunicado. "O Irã se comportou de forma excessiva ao longo deste caso, mas nunca como nesta ocasião, com esta sentença de um tribunal revolucionário pelo qual um jornalista inocente é condenado por graves crimes após um procedimento que se desenvolveu em segredo, sem que fossem exibidas provas de nenhum tipo", completou.

Desde maio passado, Rezaian compareceu em quatro ocasiões diante do Tribunal Revolucionário de Teerã, uma corte especial que se encarrega de julgar crimes políticos e casos relacionados à segurança nacional. Washington pediu que as autoridades iranianas libertem o jornalista, mas Teerã, que não reconhece a dupla nacionalidade de Rezaian, afirma que trata-se de um caso exclusivamente iraniano e destaca a independência do poder judicial no país.

A presidente Dilma Rousseff enfrenta o desafio de "sobreviver" no Planalto, segundo editorial do jornal americano The Washington Post sobre sua visita aos Estados Unidos publicado neste domingo, 28, com o título "Um retrocesso no Brasil". Segundo a publicação, muitos dos problemas que a presidente enfrenta são resultado de políticas equivocadas de seu governo.

"Não será fácil: ela viu muito de seu poder efetivamente esvaziado por líderes congressistas, que diluíram algumas de suas medidas de austeridade", diz o texto. O Post ressalta que o próprio PT se opõe às "correções econômicas" em curso.

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O editorial afirma que a corrupção em meio à uma recessão na economia provocaram uma crise na opinião pública. "A bolha parece ter explodido". Para reverter esse cenário, o jornal defende a necessidade de medidas liberalizantes que resgatem a confiança dos investidores privados.

De acordo com o Post, a correção de rumo deve levar à revisão das "políticas estatizantes" adotas por Dilma em seu primeiro mandato. "Sem isso, o futuro do Brasil permanecerá em suspenso", conclui. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O lendário editor do jornal "Washington Post" Ben Bradlee, que dirigiu a cobertura do escândalo do Watergate, assim como a publicação de documentos do Pentágono, morreu nesta terça-feira (21), aos 93 anos - anunciou o jornal.

Bradlee, que "guiou a transformação do 'Post' em um dos jornais mais importantes do mundo, faleceu em 21 de outubro em sua casa, em Washington, de causas naturais", informou o jornal em sua página na Internet.

Como editor do Washington Post, Bradlee entregou aos jovens jornalistas Bob Woodard e Carl Bernstein a investigação sobre o arrombamento do Comitê Nacional Democrata, no prédio Watergate, na capital americana.

Durante a investigação, os dois repórteres estabeleceram uma ligação entre a Casa Branca e o arrombamento do Comitê, desvendando um escândalo que levou à renúncia do presidente republicano Richard Nixon, em 1974.

"Ben foi um verdadeiro amigo e um líder genial do jornalismo", expressaram Bernstein e Woodward em uma declaração conjunta no site do Post. "Seu princípio irredutível foi o compromisso com a verdade e a necessidade de sua busca. Tinha a valentia de um Exército".

Como editor do Washington Post, entre 1968 e 1991, Bradlee não apenas obteve para o jornal o prêmio Pulitzer por sua cobertura do caso Watergate, mas também obrigou o Pentágono a revelar documentos secretos sobre a Guerra do Vietnã.

"Ben Bradlee foi o maior editor de jornal dos Estados Unidos de sua época", disse Donald E. Graham, que presidiu o Washington Post.

Alan Mutter, ex-editor do Chicago Daily News e do Sun-Times, disse que "se há uma figura para representar o salto da velha relação entre jornalistas e políticos para a atual relação entre jornalistas e políticos, esta figura é Ben Bradlee".

"O jogo entre a imprensa e os políticos mudou radicalmente com o Watergate, quando a discrição e a cortesia mútua da qual desfrutaram durante longo tempo deu lugar a uma investigação profunda, e não apenas envolvendo o escândalo Watergate, mas todos os delitos que o sucederam".

O resultado, destaca Mutter, foi "uma era de maior transparência que jamais havia existido".

Bradlee nasceu em 1921, na cidade de Boston, e após se formar na Universidade de Harvard, serviu como oficial de comunicações da Marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial.

Ben Bradlee trabalhou como repórter no Washington Post antes de viajar à França para ser o correspondente da Newsweek em Paris.

Como repórter, cobriu em 1960 a vitoriosa campanha de John F. Kennedy e se tornou amigo e confidente do presidente democrata dos Estados Unidos.

A Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos tem gravado todos os telefonemas de um determinado país estrangeiro e depois pode ouvir as conversações durante um período de até um mês após a gravação, reportou o jornal Washington Post nesta terça-feira (18). A pedido de autoridades norte-americanas, o Post informou que não iria identificar o país que foi alvo das escutas em massa ou outros países onde o governo norte-americano pensava usar o mesmo programa.

A revelação vem do mais recente de uma série de documentos confidenciais que o ex-analista de sistemas da NSA, Edward Snowden, vazou para certas organizações de mídia no ano passado. A maioria desses documentos descrevia que os EUA coletavam quantidades enormes de dados e texto. Esse programa seria diferente por gravar telefonemas. O programa em questão data de 2009 e se chama Mystic, de acordo com documentos obtidos pelo Post. Ele era usado para interceptar conversações em um país específico, mas a NSA pretendia usá-lo em outros países, de acordo com a reportagem.

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O programa grava todas as conversações telefônicas realizadas em um país e arquiva bilhões delas por 30 dias. A operação só entrou totalmente em vigor em 2011. Um dos gerentes seniores do programa disse ao Post que o Mystic era comparável a uma máquina do tempo, o que significa que vozes em qualquer ligação feita no país poderiam ser ouvidas novamente sem exigir que a NSA identificasse uma pessoa antes de as conversas serem coletadas. A operação varria inclusive ligações de norte-americanos para ou do país.

Grupos de defesa das liberdades civis temem que esse programa e outros como ele irão ser usados em outros países e que eventualmente a NSA armazenará os dados por mais tempo do que agora e passará a usá-los para outros fins.

A Casa Branca não comentou o programa descrito pelo jornal. Mas a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional Caitlin Hayden afirmou que a informação buscada pelos órgãos de inteligência dos EUA está, em muitos casos, escondida no "grande e complexo sistema" de comunicações globais. "Os EUA precisam consequentemente coletar sinais de inteligência em massa em certas circunstâncias para identificar essas ameaças", afirmou Caitlin, em nota. Ela disse que a diretiva presidencial que autoriza esse tipo de coleta "deixa claro que os sinais de inteligência coletados em massa somente podem ser usados para atender a requisitos de segurança específicos." Fonte: Associated Press.

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O Washington Post Company foi vendido para o fundador da Amazon.com, Jeff Bezos, num negócio de 250 milhões de dólares (cerca de 189 milhões de euros) em dinheiro. O jornal, é um dos mais antigos dos Estados Unidos. O comprador milionário, conhecido no mundo dos negócios americano, disse que compreende o papel crítico que o jornal desempenha no país, e não pretende fazer grandes mudanças. O jornal teve uma queda de 44% na receita operacional nos últimos seis anos.

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Washington Post, o prestigioso jornal da capital federal americana que esteve na origem do escândalo do Watergate que provocou a renúncia do presidente Richard Nixon, foi propriedade da família Meyer-Graham por 80 anos.

O jornal, vendido para o fundador da Amazon, Jeff Bezos, por US$ 250 milhões, viveu seu apogeu nos anos 1970 com a publicação das matérias de Bob Woodward e Carl Bernstein sobre o escândalo conhecido como Watergate.

Os jornalistas revelaram a espionagem da Convenção Democrata, no complexo Watergate, orquestrado pelo mais alto escalão do governo Nixon, que se viu obrigado a renunciar ao cargo.

Também foi o Post - junto com o britânico The Guardian - escolhido pelo ex-consultor de inteligência da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden para revelar os programas de vigilância das comunicações eletrônicas realizado pelo governo americano.

O Post ganhou 47 prêmios Pulitzer, o mais importante do Jornalismo, sendo seis deles apenas em 2008.

Como toda a imprensa americana, o jornal - com tiragem diária de 475 mil exemplares durante a semana e de 838 mil aos domingos - vinha tendo dificuldades para se adaptar à Internet e viu uma queda na sua receita.

Ainda assim, o anúncio da venda do jornal, propriedade da família Meyer-Graham desde 1933, surpreendeu os observadores. "Este é um dia que eu e minha família jamais esperamos que chegaria", disse a diretora da publicação, Katharine Weymouth, em uma carta aos leitores.

Seu tio Don Graham, chefe do grupo "The Washington Post", reconheceu em outra carta que os membros da família sempre estiveram "orgulhosos, desde sua infância, de saber que faziam parte da família proprietária do Washington Post".

A Washington Post Co. concordou em vender sua unidade de jornais para o executivo-chefe da Amazon.com, Jeff Bezos, por US$ 250 milhões. O principal da empresa, o Washington Post, deixará de ser controlado pela família Graham depois de quatro gerações. Bezos vai adquirir a unidade de jornais do Washington Post como indivíduo, e não na qualidade de CEO da Amazon.com.

O chairman e CEO da Washington Post Co., Donald Graham, disse que a companhia decidiu vender o negócio "apenas depois de anos de os desafios diante da indústria familiar de jornais nos fazer imaginar se não haveria um novo proprietário que seria melhor para o Post". Segundo ele, "a tecnologia e o gênio para negócios do sr. Bezos, seu ponto de vista de longo prazo e sua decência pessoal o tornam um novo proprietário unicamente bom para o Post".

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Bezos disse entender "o papel crítico que o Post desempenha em Washington e em nosso país, e os valores do Post não vão mudar". Ele anunciou que Katharine Weymouth continuará como CEO e publisher do Washington Post, enquanto Stephen Hills continuará como presidente e gerente-geral, Martin Baron como editor executivo e Fred Hiatt como editor da página de Opinião.

A transação não incluirá outros órgãos da empresa, como as revistas Slate e Foreign Policy e o site TheRoot.com.

No texto em que anuncia a transação, o jornal informa que sua receita operacional teve uma queda de 44% nos últimos seis anos. A circulação do jornal impresso teve uma queda de 7% no primeiro semestre deste ano. O texto em inglês está disponível aqui. Fonte: Dow Jones Newswires.

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