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A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 543 milhões na primeira semana de novembro, resultado de exportações de US$ 3,185 bilhões e importações, de US$ 3,728 bilhões. As informações foram divulgadas hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A média diária das vendas externas foi de US$ 1,061 bilhão, alta de 20,1% em relação a novembro de 2010. Nas importações, a média diária somou US$ 1,242 bilhão, o que representa um crescimento de 42,9% em relação a novembro do ano passado.

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A balança acumula no ano um superávit de US$ 24,847 bilhões, 66,2% a mais que no mesmo período de 2010. As exportações somam US$ 215,324 bilhões e as importações, US$ 190,477 bilhões de janeiro a primeira semana de novembro.

Principal foco de irregularidades no Ministério do Esporte, o programa Segundo Tempo será mantido por Aldo Rebelo, o novo ministro, mas passará por radicais mudanças. Os convênios que vinham sendo fechados com ONGs para a execução do programa serão feitos agora com universidades, escolas técnicas e de educação física, Estados e municípios, disse o ministro em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada neste domingo.

"Os convênios com as ONGs duram dois anos, no máximo. As ONGs têm problemas de sucessão, naturalmente. Numa universidade, numa escola de educação física, numa escola técnica, fundamental ou de ensino médio, existem as estruturas permanentes e próprias de fiscalização. Por isso, o ministério vai recorrer a essa estrutura, prioritariamente", afirmou.

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Rebelo tomou posse na segunda-feira, em substituição a Orlando Silva, que saiu depois de uma série de denúncias de irregularidades. O novo ministro chamou a Controladoria-Geral da União (CGU) para examinar os principais programas da pasta e suspendeu o repasse de verbas a todos aqueles para os quais não havia ainda sido transferido dinheiro.

Desde que o PT assumiu o governo, Aldo Rebelo transformou-se numa espécie de salvador da Pátria da administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. Nas crises, foi chamado a assumir o cargo de líder do governo, ministro das Relações Institucionais quando o ex-ministro José Dirceu começou a perder poder, presidente da Câmara durante as suspeitas de envolvimento em irregularidades do então titular Severino Cavalcanti (PP-PE) e, agora, ministro do Esporte.

Como Orlando, Aldo é do PC do B. Mas ele garantiu que o ministério não será transformado num aparelho do partido, porque o interesse maior é o do País e da sociedade. "Nunca tive dúvida sobre isso. Mesmo que numa atitude ou gesto você possa contrariar o partido." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O abandono de placas de borracha destinadas a pistas de atletismo simboliza, no interior da Bahia, o descontrole e a falta de critério que tomaram conta do Ministério do Esporte. A pasta abraçou uma ideia de um professor de capoeira e presidente da Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana (Famfs): transformar pneus velhos em pistas de atletismo. O resultado está nos galpões da entidade. O material está encalhado e abandonado.

O professor Antonio Lopes Ribeiro, presidente da Famfs, é parceiro antigo do Ministério do Esporte. Nos últimos oito anos, levou R$ 60 milhões da pasta em convênios dos programas Segundo Tempo e Pintando a Liberdade/Cidadania. Ele é personagem de dois inquéritos no Ministério Público por irregularidades no uso do dinheiro da pasta.

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Com o discurso da sustentabilidade, o professor se ofereceu para receber dinheiro do Esporte pela produção, nas dependências de sua entidade, de pistas de atletismo com placas de resíduos de borracha. Em 2009, a fundação recebeu R$ 753 mil para fazer uma pista de atletismo móvel, a "primeira oficial do mundo", segundo palavras do professor Lopes e do site do ministério, e mais outras quatro fixas, todas com pneus velhos. O contrato foi assinado pelo hoje secretário nacional de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro.

O convênio terminou em novembro de 2010. Um ano depois do fim do contrato, a "pista móvel" não saiu do lugar. Está abandonada, a céu aberto, em meio a poças de águas, desnivelada, com as placas soltas, em volta de um campo de futebol da fundação. E duas das pistas fixas estão encalhadas num galpão da instituição. Ao todo, ambas somam 40 mil placas de borracha em 10 mil metros quadrados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Central (BC) está testando o menor nível de juro real no Brasil desde que foi lançado o plano Real. A taxa real desconta a inflação esperada dos juros cobrados. Na média de outubro, o juro real caiu para 4,5%. Os juros prefixados de 360 dias entre grandes empresas e bancos ficaram em 10,5%. Deduzindo-se a expectativa de inflação do IPCA nos próximos 12 meses, de 5,7%, chega-se aos 4,5%.

Para o BC, a queda do juro real é compatível com a volta do IPCA para bem perto do centro da meta de inflação, de 4,5%, no final de 2012. A instituição conta com a desaceleração da economia pela alta anterior da Selic, a taxa básica de juros, pelas medidas macroprudenciais de contenção do crédito e pela política fiscal mais apertada.

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Além disso, o BC vê um gradual processo de declínio da chamada "taxa neutra" de juros, que é o juro real que não estimula nem desestimula a demanda. Quanto menor a taxa neutra, mais baixa pode ser a Selic que mantém a inflação sob controle. "O juro neutro é importante, as pessoas têm de prestar mais atenção nisso", diz uma fonte da equipe econômica.

No mercado, porém, há uma corrente bastante preocupada com a recente aceleração da queda do juro real. "Essa redução tem sido forçada, e é por isso que hoje temos uma combinação pior de inflação e crescimento", diz o economista Fernando Rocha, sócio da gestora de recursos JGP, que prevê crescimento de apenas 2,5% em 2012, com inflação de 5,6%. "Não há mudança estrutural nos últimos anos que possa ter aberto o caminho para uma queda sustentável desta magnitude do juro real", diz Silvio Campos, economista da consultoria Tendências. Um ex-diretor do BC observa que o atual nível do juro real está próximo, até um pouco abaixo, do recorde de baixa anterior, em 2009, quando havia uma clara política de estímulo à demanda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo da Turquia informou hoje que o número de mortos no terremoto de magnitude 7,2 que atingiu a província de Van no domingo passado subiu para 596. Mais de 4.150 pessoas ficaram feridas.

Segundo o vice-primeiro-ministro do país, Besir Atalay, afirmou na noite de ontem, 231 pessoas foram resgatadas com vida dos escombros. A cidade de Ercis foi uma das mais afetadas pelo terremoto, o mais forte a atingir o país desde 1999, quando dois fortes abalos deixaram quase 20 mil mortos. As informações são da Dow Jones.

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O julgamento do ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, que deveria ser retomado hoje, foi adiado após pedidos para a indicação de um novo juiz, segundo noticiado pela agência estatal de notícias MENA. Uma nova audiência foi marcada para 28 de dezembro.

"O tribunal criminal do Cairo, presidido pelo juiz Ahmed Refaat, decidiu adiar o julgamento do ex-presidente Hosni Mubarak, seus filhos Alaa e Gamal, o empresário Hussein Salem, o ex-ministro do Interior Habib al-Adly, e seis de seus assistentes para 28 de dezembro", informou a MENA.

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Os advogados das supostas vítimas de Mubarak, que entre outras coisas é acusado de homicídio, pediram que o tribunal substituísse o juiz Refaat. "O tribunal perdeu sua jurisdição ao não administrar as sessões de uma maneira adequada ao curso da Justiça", disse o advogado Abdel Moneim Abdel Maqsud, em um documento com data de 24 de setembro.

Segundo a MENA, o julgamento será retomado quando foi tomada uma decisão sobre a substituição de Refaat, que em sessões anteriores defendeu a integridade do tribunal, acusando seus críticos. Um tribunal de apelação deve dar um veredicto sobre o caso no dia 26 de dezembro.

Mubarak, que foi obrigado a deixar o poder em fevereiro, após grandes protestos, está em julgamento desde 3 de agosto, acusado de envolvimento na morte de manifestantes e de corrupção. Ele alega inocência. Cerca de 850 pessoas foram mortas durante a revolta que encerrou seu regime. As informações são da Dow Jones.

A "faxina" exigida pela presidente Dilma Rousseff no Ministério do Esporte obriga o novo titular da pasta, Aldo Rebelo, a mexer num "paredão" de comunistas, boa parte composta por ex-dirigentes da União Nacional dos Estudantes (UNE), alocados em áreas estratégicas e suspeitos de desvio de recursos públicos. Aldo vive um dilema. Recebeu a ordem da presidente para mudar o comando da pasta, mas sabe que as trocas em meio a um escândalo de corrupção respingam nas pretensões eleitorais do PC do B em 2012.

A tropa do partido dentro do ministério não é técnica, mas política e com objetivos concretos na disputa municipal do ano que vem. São dirigentes regionais e nacionais da legenda, homens de comando do PC do B nos Estados, que agora temem a exposição pública. Temem ainda ser demitidos a partir de amanhã, quando Aldo Rebelo toma posse, numa "faxina" semelhante à que ocorreu no Ministério dos Transportes em julho.

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Por enquanto, Aldo Rebelo só confirmou a saída do secretário executivo, Waldemar Souza, do PC do B do Rio - uma espécie de número dois da pasta. Há pelo menos mais sete pessoas que podem entrar na forca após a queda de Orlando Silva: Wadson Ribeiro, Ricardo Capelli, Ricardo Gomyde, Alcino Reis Rocha, Fábio Hansen, Vicente José de Lima Neto e Antonio Fernando Máximo.

Desses, apenas um tem o respaldo do Palácio do Planalto para continuar: Alcino Rocha, secretário nacional de Futebol, que tem atribuições ligadas à Copa de 2014. Para o governo, Alcino está desvinculado do esquema montado no ministério e Aldo Rebelo já foi avisado que, se quiser, poderá mantê-lo. Alcino foi quem assinou um convênio de R$ 6,2 milhões, em dezembro de 2010, com um sindicato de cartolas para um projeto de cadastramento de torcedores que não sai do lugar. O Estado publicou reportagem, em agosto, em que o presidente do Sindicato das Associações de Futebol (Sindafebol), Mustafá Contursi, admitia que a entidade não tinha estrutura para tocar o convênio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A China não pode assumir o papel de "salvadora" da União Europeia, nem fornecer uma "cura" para o mal-estar europeu causado pela grave crise da dívida na região, escreveu hoje em um comentário a agência estatal de notícias Xinhua.

Segundo a Xinhua, o acordo alcançado pelos líderes europeus na última quinta-feira é um avanço importante e vai estimular a confiança no curto prazo. Mas a agência acrescentou que o plano é apenas o começo de um processo longo e difícil para resolver de verdade a crise, sendo que serão necessários mais esforços conjuntos. "Depende dos países europeus resolver seus problemas financeiros. Mas a China pode fazer o que estiver dentro da sua capacidade para ajudar, como um amigo", diz o texto.

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Em um evento na sexta-feira, o vice-ministro de Finanças chinês, Zhu Guangyao, disse que o país vai manter a "mente aberta" e elogiou as medidas adotadas pelos líderes da UE para conter a crise. Segundo ele, a China ainda está considerando se vai investir em um fundo de resgate especial. As informações são da Dow Jones.

As expectativas de crescimento da economia brasileira em 2011 e 2012 vêm despencando ao longo dos últimos meses. Já há instituições que preveem que o PIB fique praticamente parado neste segundo semestre e cresça apenas 3%, ou até menos, em 2012. As causas da desaceleração brusca são as medidas de contenção monetárias, creditícias e fiscais tomadas pelo governo e a forte piora da economia internacional, especialmente dos países ricos, com o agravamento da crise europeia. "O componente extra que surpreendeu foi o cenário externo", diz Flávio Samara, economista da consultoria LCA, que prevê crescimento de 3% em 2011 e de 3,3% em 2012.

No início de 2011, a mediana (o número mais frequente) das projeções do mercado para o PIB de 2011 e 2012 era de 4,5%, para ambos os anos. Na última rodada de coleta de expectativas pelo Banco Central (BC), de 21 de outubro, as previsões já tinham caído para 3,3% e 3,51%.

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Esses últimos números possivelmente ainda não refletem o fundo do poço das projeções, cuja tendência inequívoca tem sido de queda, tanto para este ano quanto para o próximo, ao longo de todo o segundo semestre.

A gestora JGP, por exemplo, prevê crescimento de 3,1% em 2011, e de apenas 2,5% em 2012. "Para o ano que vem, pesa muito na nossa projeção o cenário lá fora, com crescimento muito baixo na Europa e nos Estados Unidos", diz o economista Fernando Rocha, sócio da JGP.

A gestora prevê crescimento zero no terceiro trimestre de 2011, e de apenas 0,5% no último trimestre - o que resulta numa economia quase parada no segundo semestre. Coincidentemente, é a mesma projeção para o terceiro e quarto trimestres do banco de investimentos J. Safra, que projeta 3% de crescimento em 2011, e 3,3% em 2012.

O HSBC Brasil vai calibrar para baixo, mais uma vez, a previsão para 2011, que iniciou o ano em 5,1% e já caiu para 3,5%. Mas o economista Constatin Jancso ainda considera a decisão de corte de juros adotada a partir de agosto pelo BC como uma aposta arriscada, mesmo que se revele acertada a posteriori. "Por enquanto, representa uma aposta num cenário que no fundo ainda não se materializou", comenta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deve continuar desacelerando em novembro e fechar o mês em 0,45%, após aumento de 0,53% em outubro. A estimativa foi feita ontem pelo economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. Segundo ele, a expectativa é de que no mês que vem os impactos da alta do dólar sejam menores ou até nem atinjam o IGP-M. "Se ainda houver algum efeito do câmbio, será pontual", disse.

De acordo com cálculos da FGV, o câmbio médio acelerou 8,97%, para R$ 1,808, entre os dias 21 de setembro e 20 de outubro, período de coleta do indicador. Segundo Braz, o acordo firmado pelas autoridades europeias para combater a crise das dívidas na Europa também pode pressionar menos os preços no atacado. "É um tipo de medida que, num momento como este, traz mais confiança, embora ainda existam muitas dúvidas", afirmou.

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Na opinião de Braz, com menor ou quase nenhum impacto cambial, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) industrial tende a desacelerar em novembro, embora não tenha divulgado o quanto deve ser a taxa. Em outubro, o índice fechou em 0,91%, quase o dobro do registrado em setembro, quando atingiu 0,45%.

Outro que também deve apresentar taxa mais baixa em novembro em relação a outubro, é o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que avançou 0,26% este mês ante 0,59% em setembro. Dentro do IPC, o economista acredita que o grupo Habitação poderá registrar desaceleração ou até mesmo queda de preços. "A menor pressão deve vir especialmente de taxas menores de água e esgoto e de condomínio, muito comuns nesse período por conta do pagamento do 13º salários de funcionários de prédios, por exemplo", disse.

No caso de água e esgoto, Braz se referia ao reajuste de 6,83% promovido pela Sabesp em setembro para as taxas no Estado de São Paulo. "Essa conta (aumento da água e esgoto) já está descontada nesse IPC", explicou.

O economista ainda acredita que os preços de determinados produtos, como feijão (4,90%, em setembro, para -0,75% em outubro) e café (10,58% para 1,64%) - que fazem parte da cesta básica - também devem impactar o IPC para baixo em novembro. "Pode ser que esses itens até passem a recuar", acrescentou.

Já o IPA Agropecuário é uma incógnita em razão da volatilidade de alguns produtos que integram esse índice, como os in natura, na opinião do economista. "Ainda assim, não irá frustrar a expectativa é de um IPA menor", completou.

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