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O ministro do Esporte, André Fufuca, anunciou nesta terça-feira (19) que o governo federal estuda conceder um reajuste no programa Bolsa Atleta, a partir do ano que vem. O benefício está congelado há 12 anos. O anúncio ocorreu após uma reunião, no Palácio do Planalto, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma delegação de atletas que participou da última edição Jogos Panamericanos e Parapan-Americanos, em Santiago, no Chile, entre outubro e novembro.

"Hoje é um dia em que o presidente Lula fez questão de receber os atletas que representaram o Brasil tanto nos Jogos Panamericanos quanto no Parapan. Tivemos um ano de realizações importantes a nível do esporte internacional do nosso país", destacou o ministro.

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"Estamos falando aqui da atualização do Bolsa Atleta, do Bolsa Pódio. São programas que, alguns há 10, outro há 12 anos, não têm qualquer tipo de reajuste. E tem toda a sensibilidade do governo federal para poder avançar em resposta a essas ações", acrescentou.

Segundo Fufuca, o reajuste deve ser para corrigir a inflação ao longo de todo esse período sem aumento.

O Bolsa Atleta foi criado em 2005, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O programa é considerado um dos maiores do mundo de patrocínio direto aos desportistas e tem o objetivo garantir condições mínimas de preparação esportiva aos atletas brasileiros, a partir dos 14 anos de idade.

A política pública esportiva é dividida em seis categorias: Base, Estudantil, Nacional, Internacional, Olímpico/Paralímpico, Pódio, sendo esta última destinada a atletas de elite. Os repasses mensais variam de R$ 370 (base) a R$ 15 mil (pódio). Em 2023, o programa alcançou 7,4 mil atletas, o maior número da história.

O objetivo é que os bolsistas de alto desempenho se dediquem, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e a competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas.

A principal categoria do programa abarca os atletas de alto rendimento, que se posicionam entre os 20 primeiros do ranking mundial da modalidade praticada ou prova específica, e que atendam aos critérios estabelecidos pela legislação.

Nos últimos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, realizados em Tóquio, no Japão, em 2021, 80% dos integrantes da delegação olímpica e 95% da paralímpica eram bolsistas do programa federal.

Desempenho histórico

A delegação brasileira que participou dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago este ano fez a melhor campanha da história entre todos os países. Foram 343 medalhas no total, com 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes. Trata-se de um desempenho três vezes melhor do que o segundo colocado, que foram os Estados Unidos (EUA), país que conquistou 55 ouros, 58 pratas e 53 bronzes, seguido pela Colômbia (50 ouros, 58 pratas e 53 bronzes).

Nos Jogos Panamericanos, o desempenho do Brasil também bateu recorde, com a conquista de 205 medalhas, sendo 66 de ouro, 73 de prata e 66 de bronze. Pela segunda edição consecutiva, o país ficou em segundo lugar no quadro geral de medalhas, atrás apenas dos EUA. Além disso, o país alcançou 40 vagas para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Somando com as classificações ou índices anteriores, o país agora tem 143 vagas garantidas para os Jogos Olímpicos do ano que vem.

A campanha histórica do Brasil em Santiago teve participação de 635 atletas, maior delegação do país em eventos internacionais, sendo que 469 (73,8%) são beneficiários do Bolsa Atleta.

A ex-jogadora de vôlei Ana Moser, medalhista olímpica em Atlanta-1996, deixou o Ministério dos Esportes nesta quarta-feira, após um acordo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Centrão, que entregaram a pasta para André Fufuca (PP-MA). Sem partido e nomeada como cota pessoal de Lula, a ex-atleta tem uma trajetória ligada ao ativismo social.

Sua escolha foi festejada na nomeação pela turma do esporte. Embora tenha sido diretora do Centro Olímpico do Parque do Ibirapuera, parte da estrutura da Secretaria de Esportes de São Paulo, e integrante do Conselho Nacional do Esporte, Ana viveu no Ministério sua primeira experiência maior dentro da política nacional e acabou se despedindo após oito meses no cargo, durante os quais sustentou o discurso de diminuir a desigualdade no acesso à prática esportiva no Brasil e implementar uma política de esporte para todos.

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Ana Moser perdeu o posto no momento em que a regulamentação das apostas esportivas apareceu como uma forma de turbinar financeiramente o Ministério dos Esportes, que deve receber um fração do dinheiro recolhido pela taxação das empresas do ramo. A questão das apostas, dividida entre o Esporte e a Fazenda, contudo, não foi a principal pauta da atleta em sua atuação política.

No período em que foi ministra, Ana Moser viveu desconfortos em Brasília, como a polêmica com praticantes de eSports, mas conseguiu concluir projetos como a Lei do Bolsa Atleta para grávidas e se dedicou a passos mais ambiciosos, caso do lobby para trazer a Copa do Mundo de futebol feminino para o Brasil em 2027, o que ainda pode acontecer. Nesses oito meses, viu seu nome ser comentado de lá para cá, sempre como um cargo a ser oferecido nos arranjos do Governo. A pasta ficou mais pesada após a determinação da taxação das empresas de apostas no Brasil.

POLÊMICA COM A COMUNIDADE GAMER

Ana começou a jornada em uma pasta resgatada por Lula após ser reduzida a secretária no mandato do presidente Jair Bolsonaro. Em sua primeira manifestação, ela irritou a comunidade gamer ao dizer que eSports não era uma modalidade esportiva e que fazia parte da indústria do entretenimento. Na ocasião, debateu nas redes sociais com profissionais do meio e defendeu que o Ministério até poderia atuar em políticas relacionadas a jogos eletrônicos, mas em parceria com outros ministérios. Ela também arrumou confusão ao relacionar os eSports ao sedentarismo e isso não estava de acordo com seus pensamentos para a pasta.

"Nós sabemos, isso é uma coisa que não é novidade. Na verdade, foi até bem discutido isso no meio esportivo. O que acontece é que muitas vezes até o meio esportivo pouco fala a respeito, não se posiciona tanto a respeito. Existe uma pressão até grande do próprio business, do próprio negócio em cima e acaba sendo preponderante porque tem uma presença grande em várias redes sociais e acaba tendo um público grande, fazendo um barulho grande frente ao posicionamento do próprio setor esportivo... Tem questões trabalhistas, tem implicações com o turismo, porque é um entretenimento, é uma indústria. Tem questões tributárias, tem uma série de envolvimentos", disse Ana Moser ao Estadão, em abril, sobre o tema.

APOIO ÀS MULHERES E COPA NO BRASIL

O entendimento de que os eSports não podem ser classificados como esporte impedia que os praticantes dos games tinham benefícios como o Bolsa Atleta, criado durante o primeiro Governo Lula, em 2005. Sem incluir os gamers, o programa foi usado por Ana Moser para atender a uma antiga demanda de atletas mulheres ao determinar a continuidade do pagamento da bolsa para grávidas e puérperas. Até então, ao engravidar e deixar de participar da somatória dos pontos em competições, as atletas deixavam de atender aos critérios para receber o benefício. A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei. Neste ano, 7.868 atletas foram contemplados pelo Bolsa Atleta, maior número desde a criação.

Ana Moser teve o olhar bastante voltado para as mulheres do esporte em sua curta gestão no Ministério. Em março, foi publicado o Decreto 11.458/2023, que institui a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, elaborada pela ex-jogadora e sua equipe. O texto traz diagnósticos sobre o que precisa ser melhorado para desenvolver a modalidade no Brasil e cita problemas de calendário, investimentos, direitos trabalhistas e formação de novos atletas.

"É uma mudança de questões objetivas e uma mudança de cultura, a médio prazo. O movimento tem de ser conjunto. Não se muda cultura de uma hora para outra, tem de ter planejamento", disse Ana Moser em julho, após voltar de viagem para a Nova Zelândia e a Austrália, onde acompanhou a Copa do Mundo Feminina deste ano, em que o Brasil caiu na fase de grupos e a técnica Pia Sundhage foi demitida.

A ministra voltou da Oceania otimista de que o Brasil pode ser sede do próximo Mundial feminino, uma possibilidade que vinha levantando desde o início de seu trabalho na pasta e apontava como uma oportunidade de alavancar o futebol feminino no País. Chegou a dizer, inclusive, que a candidatura era vista "com muita simpatia" por Gianni Infantino, presidente Fifa.

"Como argumentos para justificar a candidatura, tem a questão da infraestrutura. O Brasil tem uma estrutura muito além do que é necessário para acontecer, construída para a Copa de 2014, mantida e ampliada. Estádios, hotéis, aeroportos… Toda essa estrutura é uma vantagem para a candidatura do Brasil", afirmou. O ministério preparava a candidatura do Brasil, em parceria com a CBF, para ser entregue até 8 de dezembro.

EXPLICAÇÕES APÓS VETOS À LEI GERAL DO ESPORTE

Durante seu trabalho no Ministério, Ana Moser se envolveu em um desconforto com a Câmara dos Deputados, referente à Lei Geral do Esporte, que unifica todas as normas do esporte brasileiro em um único dispositivo, como Lei Pelé, o Estatuto do Torcedor, Lei de Incentivo ao Esporte e o Bolsa Atleta.

A ex-atleta foi articuladora da nova legislação, antes de ser ministra, atuando como líder da organização Atletas pelo Brasil, que comandava ao lado do ex-jogador Raí, mas se viu do outro lado da moeda ao apoiar os 134 vetos impostos por Lula na hora de sancionar o texto aprovado pela Câmara dos Deputados e Senado. Ana Moser disse à Câmara que vetar itens foi necessário para fazer com que a nova legislação fosse implementada.

"O governo não vai fazer o que as instituições fazem com excelência: os seus planejamentos, as suas estruturações, o seu trabalho de desenvolvimento das modalidades", afirmou à época. "Não é uma interferência, mas alinha a uma política macro que tenha um impacto em torno das metas a serem alcançadas."

Um dos vetos envolveu a parte do texto que tratava da cláusula compensatória de atletas em contratos de trabalho - valor devido pelo clube ao atleta nas hipóteses de rescisão de contrato ou dispensa sem motivo -, após protestos de jogadores de futebol em partidas do Campeonato Brasileiro. O texto previa que as agremiações não precisariam ressarcir jogadores demitidos se eles encontrassem emprego em outra equipe com salário igual ou maior.

A lei também previa a criação da Autoridade Nacional para Prevenção e Combate à Violência e à Discriminação no Esporte (Anesporte), vinculada ao Ministério dos Esportes, mas o ponto também foi vetado pelo presidente Lula. Isso porque, segundo Ana Moser, a criação de órgãos do Executivo deve ser feita mediante projeto de iniciativa do governo. Um novo Projeto de Lei com a proposta para a criação da agência ficou de ser apresentado. Lula também derrubou do texto da criação do Fundo Nacional do Esporte. De acordo com Ana, o veto foi motivado pela falta da previsão de receitas para o órgão.

Após lamentar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em tirá-la do cargo de ministra do Esporte, na quarta-feira, Ana Moser voltou a se manifestar sobre o assunto nesta quinta, com uma publicação no X, rede social antes conhecida como Twitter. No breve texto, a ex-jogadora de vôlei de 55 anos reforçou sua frustração por ter ficado tão pouco tempo no cargo e disse que continuará lutando pela valorização do esporte no País.

"Para mim, o potencial social, educacional e comunitário do esporte ainda está para ser reconhecido e valorizado, especialmente pelos gestores públicos. Por isso a luta continua. Agradeço aos que estiveram comigo percorrendo este caminho curto e árduo", escreveu a medalhista olímpica, que, desde que se aposentou das quadras, se dedica ao ativismo social voltado ao esporte.

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Antes de atuar como ministra, Moser foi líder da ONG Atletas pelo Brasil, ao lado do ex-jogador de futebol Raí, e teve experiências ligadas à política, como integrar o Conselho Nacional do Esporte, e dirigir o Centro Olímpico do Parque do Ibirapuera, parte da estrutura da Secretaria de Esportes de São Paulo. "Construí minha vida inteira para chegar aqui. Como mulher lutei para conquistar espaços e no Ministério do Esporte trabalhei para transformar a realidade do esporte brasileiro. E continuarei lutando", completou.

A agora ex-ministra perdeu seu cargo por causa de um acordo costurado por Lula junto ao Centrão. O presidente concretizou uma reforma ministerial que envolveu a demissão de Moser e a entrega do Esporte para André Fufuca (PP-MA), em um momento no qual a pasta tem a expectativa de receber uma grande injeção financeira com o avanço da regulamentação das apostas esportivas.

O remanejamento foi lamentado por atletas e ex-atletas, que já vinham se manifestando antes da oficialização da demissão de Moser para tentar impedir o movimento, caso de Raí e a lenda do basquete Hortência, que encabeçaram o movimento "Ana Moser Fica" com uma hashtag nas redes sociais. Depois o anúncio de que ela estava fora do governo, novas manifestações foram realizadas.

A ex-nadadora Joanna Maranhão, presidente do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil, disse que "não será a eleitora que irá aplaudir os erros do governo" e defendeu Moser como "a pessoa certa para propor uma política pública de esporte de Estado, e não de um governo". Já Carol Solberg, jogadora de vôlei de praia, entende que "o esporte foi mais uma vez usado como moeda de troca" e afirmou que o argumento da governabilidade "não pode justificar tudo".

A ministra do Esporte, Ana Moser, disse nesta quinta-feira (27), em São Paulo, que não tem controle sobre uma possível saída do ministério. Segundo ela, a possibilidade é uma “questão externa”, que vai ser definida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.  “Externamente, não tenho nenhum controle sobre [o assunto]. E internamente, tenho que manter o nosso trabalho”, disse.

“Essa é uma questão externa, não tenho nenhum controle ou nada disso. Fui convidada pelo presidente Lula em dezembro [para ser ministra] e estou aqui. E, quando ele me desconvidar, eu saio”, acrescentou. 

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A ministra viajou recentemente para a Austrália e Nova Zelândia para acompanhar o início da Copa do Mundo Feminina de Futebol e para promover e costurar a candidatura do Brasil para sediar o evento em 2027.  Em entrevista, a ministra disse que seu foco no momento é a candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de Futebol e para entregar, nos próximos dias, a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino.

  “[A Estratégia Nacional para o Futebol Feminino] é uma série de ações. São sete itens diferentes, com uma visão e diagnóstico do que é o contexto do futebol feminino no Brasil. E já dá para adiantar que os números são muito pequenos do que existe de ações, de times e de volume de futebol feminino no país”, adiantou.

Entre as ações que devem constar na estratégia, de acordo com a ministra, estão a construção de um calendário melhor e mais amplo, um número maior de investimento dos clubes para que haja mais atletas profissionais do que amadoras e o fomento para a construção de centros de formação e treinamento para mulheres.

Candidatura Sobre a Copa do Mundo de Futebol Feminino no Brasil, a ministra disse que a ideia é que ocorra em oito cidades sedes, ainda não definidas, aproveitando as estruturas que foram construídas para a Copa do Mundo de Futebol masculino, que ocorreu no país em 2014. 

“A candidatura brasileira é vista com muita simpatia. E como argumentos para justificar a candidatura, temos exatamente a questão que é a infraestrutura. O Brasil tem uma infraestrutura além do que é necessária para receber [o evento], que foi construída para a Copa de 2014 e vem sendo mantida e ampliada. Temos estádios, hotéis, aeroportos. E é uma vontade e intenção do governo brasileiro, até pela experiência, fazer eventos que sejam positivos em todos os sentidos, que não tenham grandes gastos, que aproveitem a estrutura que já tem e que tirem o proveito de toda essa experiência”. 

A definição sobre qual país abrigará a próxima Copa do Mundo acontecerá somente em maio do próximo ano pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). E, até dezembro deste ano, informou a ministra, o país deve entregar a sua proposta de candidatura. 

Edição: Fernando Fraga  Ana Moser Ministério do Esporte Futebol Feminino Share on WhatsApp Share on Facebook Share on Twitter Share on Linkedin DÊ SUA OPINIÃO SOBRE A QUALIDADE DO CONTEÚDO QUE VOCÊ ACESSOU. Escolha sua manifestação em apenas um clique. 

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As declarações da ministra do Esporte, Ana Moser, de que eSports não podem ser considerados esportes, mas, sim, parte da indústria de entretenimento, irritou a comunidade gamer, na última terça-feira. Ela comparou a preparação de um gamer a de um cantor, como Ivete Sangalo, para um show.

"A meu ver, o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. O que você fez foi se divertir, você não praticou esportes. 'O pessoal treina para fazer'. Sim, treina, assim como a Ivete Sangalo também treina para dar show e ela não é uma atleta da música. Ela é uma artista que trabalha com entretenimento", afirmou a ministra em entrevista ao UOL.

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DEFINIÇÃO DE ESPORTE

A definição de "esporte" no dicionário Michaelis, como substantivo masculino, diz que a palavra é considerada "prática metódica de exercícios físicos visando o lazer e o condicionamento do corpo e da saúde; desporte, desporto. O conjunto das atividades físicas ou de jogos que exigem habilidade, que obedecem regras específicas e que são praticados individualmente ou em equipe; desporte, desporto. Cada uma dessas atividades; desporte, desporto. Atividade de lazer ou de divertimento; hobby, passatempo".

O dicionário Aurélio, na edição de 2008, diz que "esporte" significa o "conjunto dos exercícios físicos praticados com método, individualmente ou em equipe; desporte, desporto. Qualquer deles. Entretenimento".

MUNDO DO ESPORTS REAGE

Nas redes sociais, gamers e streamers criticaram a declaração da ministra do Esporte. Uma das principais divergências quanto ao ponto de vista de Ana Moser se dá sobre a capacidade dos eSports em transformar vidas, assim como os esportes convencionais.

"A parte boa disso é que a gente nunca precisou nem vai precisar dessa galera para dizer se é ou não esporte", afirmou Gaules, uma das principais vozes dos eSports no País, em uma live na Twitch.

"Compreendo a dificuldade das pessoas em entender a nova geração. Muita coisa mudou para o esporte eletrônico de 10 anos para cá, tudo é muito recente, faz sentido demorar a digerir, mas, não podemos confundir esporte com entretenimento. Um artista treina sim para fazer um show, uma apresentação, mas não podemos comparar esse treino, com o que temos dentro de uma equipe profissional de eSports", afirma Sacy, jogador de Valorant.

 A ministra do Esporte, Ana Moser, foi criticada por gamers depois de anunciar que não vai investir em eSportes por se tratar da indústria do entretenimento. A fala feita nessa terça-feira (10) foi apoiada pelo presidente do Porto Digital do Recife, Pierre Lucena. 

Nas redes sociais, o gestor do parque tecnológico afirmou que a ministra está "absolutamente correta em não considerar games como esporte" e apoiou que a pasta foque no desenvolvimento de esportes tradicionais, como mencionou Moser. Contudo, Pierre cobrou investimentos na indústria dos jogos digitais como forma de dinamizar a economia do setor e sugeriu aproximar a relação dos eSportes com o processo de Educação. 

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O posicionamento da ministra contrariou o incentivo feito pelo presidente Lula (PT) durante a campanha. Em agosto, o então candidato afirmou que videogame vai além do entretenimento e também está envolvido com Cultura, geração de empregos e no próprio desenvolvimento tecnológico. Ele chegou a receber propostas para incluir políticas públicas do segmento em seu Programa de Governo. 

A ministra do Esporte, Ana Moser, declarou que a pasta comandada por ela não vai investir em e-sports. Na visão dela, a modalidade não é esporte. Ela chegou disse que o segmento está ligado ao entretenimento.

A fala feita nesta terça-feira (10) gerou reações diversas nas redes sociais. Muitos criticaram e chamaram de arcaicos o posicionamento da ministra, mas alguns defenderam a opinião dela.  

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“A meu ver, o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. Então, você se diverte jogando videogame, você se divertiu. 'Ah, mas o pessoal treina para fazer'. Treina, assim como o artista. Eu falei esses dias, assim como a Ivete Sangalo também treina para dar show e ela não é atleta da música. Ela é simplesmente uma artista que trabalha com entretenimento. O jogo eletrônico não é imprevisível. Ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, ela não é aberta, como o esporte”, disse a ministra em entrevista ao UOL.

A nova ministra do Esporte, Ana Moser, disse hoje (4), em Brasília, durante a cerimônia de transmissão do cargo, que atividades físicas e esportivas têm relação direta com diversas outras áreas que são foco das políticas sociais tanto da esfera federal como estadual e municipal. É o caso, por exemplo, das áreas de saúde, educação e assistência social.

Tendo por base essa premissa, a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra do Esporte disse que pretende usar redes de desenvolvimento esportivo que, distribuídas pelo país, poderão se tornar “ambientes organizados onde outras políticas sociais encontrarão caminho para interagir com as populações locais”.

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Segundo ela, as primeiras agendas a serem tocadas levam em conta um dos grandes desafios da educação, que é a escola integral.

“O esporte tem muito a contribuir para isso, assim como na área da saúde, porque não existe saúde sem atividade física. A janela de oportunidade é única porque há um direcionamento e um grande entendimento do presidente Lula com relação ao tema”, afirmou a ex-jogadora de vôlei.

A ministra defendeu, também, a aproximação das educações física e artística, algo que costuma apresentar ótimos resultados, a exemplo do que foi observado no Instituto Esporte & Educação (IEE), entidade do terceiro setor fundada e presidida por ela.

“O impacto do esporte e da arte juntos é total, em amplo espectro para a formação de crianças e jovens”, assegurou ela ao ressaltar que “somente o poder público tem condição de dar escala” a iniciativas como essa.

Ana Moser lembrou que vigoram no país duas legislações muito importantes com relação ao assunto: a Lei Geral do Esporte, que estabelece um sistema nacional e o Plano Nacional do Esporte.

“Vamos dar foco grande na conversa com o Poder Legislativo e com outros setores para que essas legislações avancem e possam dar a base para avançarmos nossos índices de participante e termos mais gente praticando esporte”, afirmou ao classificar como “grande desafio” o de dar escala e estrutura para que a população tenha acesso a atividades físicas e esportivas.

A ministra avaliou que, para que surjam mais vagas para a população ter regularidade nessas atividades, é necessária a ajuda de estados e municípios. “Após desenharmos um Sistema Nacional de Esporte, precisaremos construir o espelhamento dessa estrutura nos níveis estadual e municipal”, destacou ao explicar que o Plano Nacional também precisará desse tipo de “espelhamento”.

Ana Moser acrescentou que as metas para esse atendimento estão no Plano Nacional de Esporte, que terá de ser gradualmente ampliado a cada período, “até chegar a 100% da população, o que certamente não será feito no período de quatro anos porque estamos muito defasados”, explicou.

Em seu pronunciamento, ela acrescentou: “nossa proposta é conquistar aos poucos todo o território nacional e organizar redes de desenvolvimento local de esporte a serem distribuídas por todas regiões do país. A ideia é organizar essas redes nacionais a partir de centros de rede similares a alguns centros de administração esportiva já construídos”.

Para atingir esse objetivo, será necessário, segundo disse, articular instituições e projetos que estejam alinhados com princípios como incentivo a práticas de atividades físicas na população, fomentar ações, programas e projetos que atuem nas regiões, sejam eles públicos ou privados, e, por fim, qualificar e fortalecer a atuação desses atores públicos e privados.

“Essas redes regionais têm potencial para se tornar ambientes organizados onde outras políticas sociais encontrarão caminho para interagir com as populações locais. Esporte é participação e integração. Todas as políticas atendem a uma mesma população. É necessário que haja pontes de integração entre as políticas que queremos mostrar para o povo brasileiro. E o esporte tem potencial para exercer esse papel. Essa é a nossa proposta”, argumentou.

Ainda segundo Ana Moser, o esporte tem capacidade de cuidar dos espaços públicos, das comunidades e das pessoas, “incluindo mulheres, negros, gays, ricos, pobres, deficientes, autistas, pessoas que moram em cidades grandes ou pequenas, indígenas; e todas as pessoas porque todos são todos e cada um”, completou.

O desafio de estabelecer essa cultura de atividades físicas e esportivas não será fácil numa nação que, conforme observado pela ministra, “é um dos países mais sedentários do mundo", com apenas 30% de sua população praticando alguma atividade física.

“Esses índices pioraram com a pandemia da covid-19 de maneira muito desigual. Alguns poucos, como eu, tiveram mais tempo para praticar atividade física, mas outras [pessoas] não tiveram essa condição de enfrentar tão bem, o que aumentou a inatividade física”, finalizou.

A ex-jogadora de vôlei Ana Moser tomou posse, nesta quarta-feira, como ministra do Esporte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em solenidade na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a ex-atleta de 54 anos afirmou que a principal missão da pasta será diminuir a desigualdade no acesso à prática esportiva no País, invertendo o foco do setor no esporte de alto rendimento nos últimos anos e garantindo o direito constitucional.

O Ministério do Esporte foi rebaixado no governo de Jair Bolsonaro (PL), sendo incorporado ao da Cidadania. Durante a campanha, Lula assumiu o compromisso de recriar a pasta. Segundo Ana Moser, ela foi procurada pelo petista para fazer uma "revolução" na área, atrelando o esporte à educação, saúde e assistência social, para que mais pessoas se beneficiem da prática esportiva em todos os sentidos possíveis. O desenvolvimento do esporte amador também está em pauta.

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"Quando conversamos houve muito entendimento. É uma pessoa que entende na pele o que é o esporte", disse Ana, recordando a experiência de Lula como jogador na várzea de São Paulo. "Esse sempre foi um desafio: como sensibilizar as lideranças para entender o potencial do esporte. É preciso desenvolver a cultura da prática motora nas famílias e nos bairros."

Primeira mulher na história a assumir o ministério, Ana Moser afirmou que o seu grande desafio à frente do Ministério do Esporte será a implantação de uma estrutura no País para atender o máximo de cidadãos. Segundo ela, as metas da pasta serão negociadas no Plano Nacional do Esporte (PNEsporte), mas não serão alcançadas durante o seu mandato de quatro anos porque a defasagem no acesso ao esporte no Brasil é "muito grande".

"Precisamos estabelecer metas factíveis, conquistando aos poucos o território nacional, estabelecendo essa estrutura por centros de redes, articulando com instituições e projetos que estejam alinhadas com o incentivo da prática do esporte", disse a ministra. "Temos essa cultura (do Esporte) no País, mas, dependemos da sorte para ter acesso. Não temos noção do total da população que pratica esporte. Será necessário construir uma união com outras pastas, como Saúde e Educação."

O Ministério do Esporte sofreu com seguidas perdas no orçamento ao longo dos últimos anos. O Bolsa Atleta, programa carro-chefe do ministério criado durante a primeira gestão de Lula, não tem reajuste desde 2015 e não teve edital lançado pela União em 2020. Ana Moser afirmou que irá manter diálogo aberto com órgãos e atletas por meio da Secretaria de Esporte e Rendimento, chefiada pela ex-jogadora de basquete Marta Sobral. A ministra disse ainda que, no futebol, irá abrir diálogo com as torcidas organizadas, citando a função social destes grupos.

Ao final da cerimônia, Ana Moser fez uma menção à Pelé, falecido no último dia 29 de dezembro, aos 82 anos. Ela fez um apelo para que o nome do Rei do Futebol batize escolas espalhadas pelo Brasil. "Assim, os alunos dessas escolas vão conhecer a história do Pelé e a história do Esporte". Também foram lembrados a ex-jogadora de vôlei Isabel Salgado, que faz parte do Grupo Técnico de Esporte do grupo de transição do governo Lula e faleceu em novembro, e Sócrates, ídolo do Corinthians.

Ana Moser é fundadora do Instituto Esporte e Educação (IEE), ONG criada em 2001 com objetivo de atender crianças e adolescentes com uma metodologia de esporte educacional, além de formar professores e estagiários. O órgão nasceu do projeto Ana Moser Sports, que visava a formação de atletas baseado no ensino de vôlei em escolas públicas e privadas.

O vice-presidente da república eleito, Geraldo Alckmin, anunciou mais nomes que vão integrar a equipe de transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (14). Na pasta de esportes, dois nomes chamaram a atenção dos brasileiros.

Ana Moser, medalhista olímpica de vôlei, é conhecida pela sua dedicação à questão social no esporte. Desde 2001, através do Instituto Esporte e Educação, criado por ela, tem usado as atividades fisicas como ferramenta de inclusão social. 

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O ex-atacante Raí, da Seleção Brasileira e campeão do mundo, também integra a equipe. Ele, inclusive, fez campanha aberta para a eleição de Lula e chegou a fazer o “L” durante a premiação da Bola de Ouro, nesta temporada. Raí também tem seu projeto de inclusão do esporte, a Fundação Gol de Letra, fundada por ele e pelo também ex-jogador, Leonardo.

Em evento com atletas no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu nesta sexta-feira recriar alguns ministérios extintos durante sua gestão, entre eles o do Esporte. Ele sinalizou que o ministério poderá ser recriado após as eleições para a presidência da Câmara e do Senado, marcadas para 1.º de fevereiro, em mais um movimento que mostra a aproximação entre governo e o Centrão, grupo de partidos que costuma pedir cargos em troca do apoio político.

A pasta foi criada em 1995, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e chefiada pelo ex-jogador Pelé. Ela foi mantida durante os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Ao assumir em janeiro de 2019, Bolsonaro rebaixou o status da pasta e a incorporou ao Ministério da Cidadania, sob o comando do secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães.

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"Se tiver o clima no parlamento, ao que tudo indica as duas pessoas que nós temos simpatia devem se eleger, não vamos ter mais uma pauta travada. A gente pode levar muita coisa avante e quem sabe até ressurgir ministérios", disse o presidente, em referência aos candidatos Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que disputam o comando da Câmara e do Senado, respectivamente.

A redução de ministérios era uma agenda de campanha do próprio Bolsonaro. Por meio de medida provisória, ele reduziu o número de pastas de 29 para 22. "Alguns podem falar 'ah, quer recriar ministério?'. O tamanho do Brasil, pessoal, só a Amazônia é maior que toda a Europa ocidental todinha", comentou.

O presidente sinalizou que se arrependeu da decisão. Em discurso, ele disse que, se formasse sua equipe de ministros hoje, teria dado status de ministro também aos secretários especiais Mario Frias, de Cultura, e Jorge Seif, da Pesca.

A reorganização do governo depende da aprovação do Congresso. Sem sucesso, o governo tentou enviar a Fundação Nacional do Índio (Funai) do Ministério da Justiça para o Ministério dos da Mulher, Família e Direitos Humanos e repassar a demarcação de terras indígenas para o Ministério da Agricultura. Conseguiu, no entanto, retirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia e transferi-lo ao Banco Central.

O anúncio foi feito em cerimônia para receber os novos atletas embaixadores dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs). A competição ocorrerá entre 29 de outubro e 5 de novembro. A última edição ocorreu em 2004. Ao microfone, atletas comemoraram a nova edição dos Jogos e também pediram o retorno do Ministério do Esporte.

A cerimônia foi fechada à imprensa, mas transmitida ao vivo nas redes sociais pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filhos do presidente.

O evento reuniu parlamentares aliados ao governo e representantes do setor esportivo no País. Entre os embaixadores escolhidos para os Jogos Escolares e que estiveram na cerimônia estavam o lutador José Aldo, que já se encontrou com o presidente no ano passado; a bicampeã mundial no judô e duas vezes medalhista olímpica, Mayra Aguiar; a dupla medalhista olímpica no vôlei, Serginho e Giba; e Maurren Maggi, campeã olímpica no atletismo.

A lista de atletas embaixadores inclui ainda o jogador de basquete Nenê Hilário; Daniel Dias, da natação paralímpica; Arthur Zanetti, campeão olímpico na ginástica artística; e Flávia Saraiva, da seleção brasileira de ginástica artística.

O Ministério do Esporte divulgou nesta quarta-feira o edital da seleção para o Programa Bolsa Pódio em 2018. Trata-se da categoria mais alta do Bolsa Atleta e paga de R$ 5 mil a R$ 15 mil aos selecionados. A fase de indicação dos atletas acontecerá de 4 de abril a 16 de novembro.

Em nota, o Ministério do Esporte explicou os requisitos para os atletas que quiserem concorrer às bolsas. Serão contemplados apenas aqueles que disputam modalidades individuais que compõem o programa dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos, de verão ou inverno.

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O atleta em questão precisa estar entre os 20 melhores do ranking de sua modalidade no momento da publicação do plano esportivo. Ele também deve estar em plena atividade, vinculado a uma entidade de prática esportiva ou a alguma entidade nacional de administração.

Caso preencha todos os requisitos, o atleta deverá ser indicado pela federação nacional responsável pela administração da modalidade que pratica. Além disso, precisará apresentar uma declaração que comprove o recebimento, ou não, de patrocínios de pessoas jurídicas, públicas ou privadas e apontando os valores recebidos, além do período previsto de contrato.

Se for aprovado nesta primeira triagem, o atleta preencherá um cadastro online e entregará uma série de documentos, incluindo o plano esportivo, no qual especificará itens como treinamentos, metas e competições a serem disputadas nos próximos 12 meses.

Em caso de nova aprovação, este atleta terá o nome publicado no Diário Oficial da União e assinará um termo, antes de começar a receber o pagamento, que será realizado em 12 parcelas. Após o fim deste vínculo, será necessário passar por todo o processo novamente se quiser manter o apoio.

Criado em 2005, o Bolsa Atleta já distribuiu cerca de 58 mil bolsas para aproximadamente 23 mil atletas brasileiros, em investimento que já ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão. Atualmente, 5.830 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas são apoiados.

Na Olimpíada do Rio, em 2016, 82% dos brasileiros que defenderam as cores do País eram bolsistas. Das 19 medalhas conquistadas pelo Brasil, 18 vieram de atletas apoiados pela programa. Nos Jogos Paralímpicos, 90,9% dos brasileiros eram auxiliados pelas bolsas e todas as 72 medalhas vieram destes atletas.

O Ministério do Esporte lançou, na segunda-feira (19), em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o curso de Avaliação de Risco em Estádios de Futebol. O objetivo principal da iniciativa é criar um protocolo de atuação das forças policiais especializadas em segurança nos estádios para que atuem de forma uniforme e eficaz no combate à violência entre torcidas, em especial nas arenas de futebol. 

O curso foi criado pela Coordenação-Geral de Governança, Gestão e Segurança em Eventos Esportivos (Coges), do Ministério do Esporte, e terá a mesma metodologia do plano de avaliação de risco implementado pela Abin nos grandes eventos esportivos realizados no Brasil, como na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O curso já começou nesta segunda-feira, no Rio, e se encerra na próxima sexta-feira (23). A meta é que depois ele seja replicado nos demais estados do País.  

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Treinamentos de segunda a sexta-feira, durante toda a manhã. Séries de musculação e supino. Essa é a rotina da halterofilista Mariana D'Andrea, que integra as equipes de base da modalidade e representa o País em competições mundiais. Com apenas 19 anos, a paratleta já participou dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e agora está de olho em uma vaga para Tóquio.

Mesmo faltando dois anos para o início da competição, os atletas e paratletas brasileiros já estão em contagem regressiva para os Jogos. "Todo atleta sonha em conquistar uma medalha de ouro. Vou dar o meu melhor para ver se a gente consegue", afirma Mariana. 

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Mariana é uma dos 7.586 atletas que recebem o Bolsa Atleta para ter condições de treinar. Esse é o maior programa de patrocínio individual do mundo. O investimento de R$ 125,7 milhões beneficia 291 esportistas na categoria Pódio, que abrange os 20 melhores atletas de suas modalidades no mundo. Estes recebem bolsa de R$ 5 mil a R$ 15 mil. 

"É uma ajuda muito grande. Sem isso, não teria como a gente treinar, a gente gasta muito com equipamentos, suplementos, uniformes. Sem essa ajuda, não teria como", afirmou a paratleta. Cerca de 77% da delegação brasileira na última Olimpíada recebeu o aporte. 

Além disso, o Time Brasil também pode aproveitar os equipamentos construídos para a Olimpíada do Rio e que ficaram de legado para o esporte nacional. É o caso de Centros de Treinamento (CTs) espalhados pelo País. O CT paralímpico oferece estrutura de ponta para 15 modalidades.

Assim como no caso de Mariana, que disputou o Mundial de Halterofilismo, os demais atletas tem participado de competições internacionais para a aclimatação. Representantes do pentatlo moderno, por exemplo, estão a caminho da Bolívia.

Outro apoio à preparação virá no ano que vem, com a seleção de projetos para o desenvolvimento de esporte de alto rendimento. O Ministério lançou uma chamada pública de R$ 7 milhões para o treinamento dos atletas. 

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) também já definiu seis bases de treinamento na capital japonesa, onde os atletas irão treinar. Está prevista a instalação de um refeitório com comida brasileira para os esportistas. 

Entidades ligadas ao esporte terão novas diretrizes para uso de recursos públicos em despesas administrativas e gastos com atletas, é o que estabelece resolução do Ministério do Esporte, publicada no Diário Oficial da União da segunda-feira (18). O texto entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2018.

Um dos principais pontos do novo texto é criar limites para a remuneração de profissionais com recursos públicos. A portaria estabelece como limite o teto fixado para o Poder Executivo Federal. Isso deve valer tanto para dirigentes das entidades e confederações quanto para profissionais por eles contratados, inclusive na área técnico-esportiva.

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O limite para custeio de despesas administrativas pelas entidades com recursos das loterias também sofreu mudanças e passa a ser padronizado em 25%. Isso significa que vai de 30% para 25%, nos casos do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), e sobe de 20% para 25%, no caso do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC).

Segundo o Ministério do Esporte, a consequência esperada é um aumento de recursos federais empregados com o atleta e a redução de investimentos públicos empregados em despesas administrativas.

Cálculos iniciais apontam que os recursos direcionados para as atividades dos atletas devem ter um acréscimo de pelo menos R$ 10 milhões.

Transparência

Na portaria, o Ministério do Esporte considera despesas administrativas o pagamento de impostos, contribuições sociais, pagamento de hospedagem, diárias, passagens, transporte e alimentação. Além de contratação de consultorias, manutenção de equipamentos, aluguel de sedes, serviços de segurança, lavanderia, telefone, água e TV a cabo.

A portaria também estabelece o uso do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Sincov) pelas entidades esportivas para descentralizar os recursos públicos. 

De acordo com a pasta, a medida garante maior transparência e controle às descentralizações, o que agilizará os procedimentos de prestação de contas, e economia de recursos, já que o sistema é gerenciado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

O Santa Cruz segue buscando verbas para tocar a construção do seu Centro de Treinamento. Pré-requisito para disputar competições oficiais a partir de 2019, a expectativa é que o esppaço receba ao menos um dos campos ainda no primeiro semestre do próximo ano. E é a partir do apoio de sua torcida que as obras foram iniciadas, e também é dos seu fiéis seguidores que outro importante apoio financeiro irá beneficiar a continuidade dos trabalhos.

Foi pensando nesse quesito que oito tricolores da área jurídica se reuniram para buscar na Lei 11.438/2006, a Lei de Incentivo ao Esporte, formas de endossar a arrecadação. Por meio desta ferramenta, é possível investir parte do que seria destinado ao imposto de renda para projetos aprovados pelo Ministério. Empresas podem colocar 1% desse recurso, enquanto que pessoas físicas tem o poder de investir até 6% do que seria recolhido.

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Por meio da união dessas duas frentes, o grupo aprovou no Ministério do Esporte mais de 2,4 milhões de reais para a construção do Centro de Treinamento das Categorias de Base do Santa e agora vai para o processo de captação com empresários e torcedores tricolores. "Tudo se deu muito rápido. Conversamos em junho, o prazo para protocolar o projeto era setembro. O cronograma da obra é de até 14 meses para concluir tudo, mas temos pressa. Queremos construir o quanto antes, dada à urgência e necessidade de aproveitamento do CT", conta o procurador da Fazenda Nacional, Bruno Dias.

A ideia agora é convencer os torcedores a participarem. "Agora é o trabalho coletivo, de toda a torcida. O trabalho de captação de pessoa física é muito pulverizado, precisamos muito do boca a boca e de uma campanha", explicou.

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Para garantir o aperfeiçoamento técnico e físico de ciclistas de alto rendimento de diferentes disciplinas, o Centro de Treinamento Nacional de Ciclismo, em Londrina (PR), entrou na última fase de preparação para o início das atividades. O projeto é inédito no País e pretende auxiliar a preparação dos brasileiros para as principais competições internacionais, como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, em 2020.

O Ministério do Esporte encaminhou nos últimos dias mais de R$ 1,3 milhão para aquisição de equipamentos, após fase de conclusão da estrutura. Cerca de R$ 17,5 mil ainda serão investidos pela prefeitura.

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Equipamentos

"Já estamos trabalhando para lançar o edital e adquirir os equipamentos. Vamos promover novos eventos para envolver a população local e montar escolinhas de ciclismo", afirmou o diretor-presidente da Fundação de Esporte de Londrina, Fernando Madureira.

Das cinco provas olímpicas que serão atendidas, os pilotos de BMX de todo o País serão protagonistas. Além de serem beneficiados pela estrutura de avaliação física e técnica, eles poderão utilizar a pista oficial para treinamento. A classificação do BMX para os Jogos de Tóquio 2020 tem início em junho de 2018.

Profissionalização

Além dos atletas, o espaço será aberto para cursos de capacitação de técnicos e de profissionais que atuam no ciclismo em diversas áreas profissionais, como treinamento, fisiologia, fisioterapia e nutrição.

Dos ciclistas de Londrina, 454 atletas são filiados à confederação da modalidade. As regiões Sudeste e Sul concentram cerca de 5 mil atletas. O Brasil conta com mais de 8,5 mil ciclistas filiados à confederação brasileira nas diferentes disciplinas.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta sexta-feira (6) que convocou para a próxima quarta uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de suspender provisoriamente a entidade brasileira. A reunião que vai acontecer às 14h30 na sede da entidade também tem como pauta analisar a atual situação da entidade.

O Ministério do Esporte também convocou o presidente interino do COB, Paulo Wanderley, para esclarecer a retaliação aplicada nesta sexta-feira. A pedido do ministro Leonardo Picciani, o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Rogério Sampaio, vai se encontrar para esclarecer a situação e "fornecer informações detalhadas".

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Na declaração, o poder público afirma que "continuará trabalhando para garantir o apoio aos atletas brasileiros e ao esporte de alto rendimento". A entidade optou por permitir que os atletas brasileiros continuem a representar o país nos torneios, prevenindo que as punições aos dirigentes não afetem diretamente estes esportistas.

Nessa terça-feira (3), o governador Paulo Câmara se reuniu com Leonardo Picciani, ministro do Esporte. Na pauta da conversa, estavam as obras de requalificação do Centro de Esporte, Lazer e Cultura Alberto Santos Dumont, localizado em Boa Viagem, no Recife. O governador solicitou ao ministro uma atenção especial ao equipamento, que está em obras avançadas. O projeto tem um custo total de R$2 0 milhões, sendo R$ 16 milhões do governo federal e R$ 4 milhões da gestão pernambucana. 

“Queremos manter o ritmo dos repasses, seguir o cronograma para entregar o Santos Dumont aos pernambucanos. Esta é uma obra de lazer, esportes, mas, sobretudo, de inclusão social", afirmou o governador de Pernambuco, segundo informações da assessoria de imprensa.

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Durante a convesa, Paulo Câmara aproveitou o momento para convidar Leonardo Picciani para a inaguração do Centro, prevista para o próximo ano. De acordo com Felipe Carreras, secretário de Turismo, Esportes e Lazer do Estado, a meta é inaugurar o Centro de Esportes de Praia nas próximas semanas, buscando beneficiar as áreas de beach soccer, beach tennis, beach handebol, futevôlei e vôlei de praia.

O campo para futebol também está perto de ser concluido. O espaço é localizado entre o parque aquático e o ginásio poliesportivo. Já o novo parque aquático contará com três piscinas, sendo uma olímpica, uma de saltos e uma de aquecimento. Depois da reforma, o novo Santos Dumont terá com quadras de tênis e futebol society, área de esportes radicais e academia de ginástica.

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A etapa dos Jogos Escolares da Juventude voltada para estudantes de 12 a 14 anos ocorre entre 12 e 21 de setembro em Curitiba (PR) e terá número recorde de participantes: serão mais de 4 mil competidores, 525 técnicos e 169 dirigentes de quase 1,4 mil escolas públicas e privadas de todo o País. Ao todo, a competição envolverá quase 6 mil pessoas, contando árbitros, voluntários e o Comitê Organizador.

Haverá disputas em 13 modalidades: atletismo, badminton, basquete, ciclismo, futsal, ginástica rítmica, handebol, judô, luta olímpica, natação, tênis de mesa, vôlei e xadrez.

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Os Jogos Escolares da Juventude são o maior celeiro de atletas olímpicos do País. Da delegação composta por 465 atletas do Time Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016, um total de 52 já haviam participado dos Jogos Escolares, entre eles Mayra Aguiar e Sarah Menezes, do judô, e Hugo Calderano, do tênis de mesa.

Além das competições, os jovens atletas terão à disposição em Curitiba uma série de eventos paralelos. O programa sócio-educativo e cultural abrange diversas atividades extras com o intuito de aproximar os jovens de todo o País aos valores olímpicos.

Os Jogos Escolares da Juventude são organizados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) com apoio do Ministério do Esporte, da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Estado do Paraná.

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