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Os cerca de 70 estudantes que ocupavam o plenário da Assembleia Legislativa (Alesp) desde a tarde de terça-feira deixaram ontem o local sem ver atendida a reivindicação de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar desvios na merenda das escolas estaduais. Eles acataram decisão da Justiça, que fixou multa de R$ 30 mil por manifestante caso não ocorresse a desocupação.

Os estudantes deixaram o local pouco antes das 16 horas, uma hora antes do prazo para reintegração, e fizeram uma declaração coletiva, chamando a multa de "truculência econômica". "Nós, que não temos dinheiro nem para a merenda, não poderíamos deixar que nossos pais pagassem pela corrupção."

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Eles disseram que, há um mês, "lutam" contra o presidente da Assembleia, Fernando Capez (PSDB), investigado na operação Alba Branca, da polícia e do Ministério Público, que apura fraude em licitação e superfaturamento na compra da merenda pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). A retirada ocorreu de forma pacífica, com os estudantes com flores nas mãos. Homens da Polícia Militar acompanharam à distância, sem interferir.

Capez, que se diz favorável à CPI, afirmou que negociou com os alunos e concordou com a realização de uma audiência pública para tratar do tema - mas disse que a data do evento não está definida. O deputado Carlos Giannazi (PSOL) afirmou que vai começar na segunda-feira uma ação para bloquear todas as votações na Alesp até que a CPI seja instalada.

Alckmin. Na cidade de Ribeirão Preto, o governador Geraldo Alckmin negou qualquer relação de sua administração com o escândalo da merenda escolar. "Do governo não tem nada. Somos favoráveis a investigações." Segundo ele, as denúncias teriam a ver com a Cooperativa Agrícola Orgânica Familiar, que já é investigada. "Os diretores da cooperativa fraudaram os próprios cooperados."

A ocupação da Assembleia Legislativa expôs duas frentes distintas no movimento estudantil da rede estadual. De um lado estão os alunos secundaristas de escolas estaduais e técnicas que pedem não só a resolução da falta de merenda nas escolas, mas reivindicam ainda uma série de melhorias na infraestrutura das unidades, como mais equipamentos para os laboratórios e mais professores. Este grupo é formado principalmente por alunos das Etecs e é liderado pelo estudantes que ocuparam a sede do Centro Paula Souza no dia 28 e se autointitulam autonomistas.

Já o movimento que ocupou a Alesp traz lideranças estudantis institucionalizadas, integrantes de grupos como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e seu braço paulista, a Upes. O principal foco é outro: a instalação da CPI da Merenda e punição dos responsáveis.

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O grupo das Etecs diz apoiar a ocupação da Assembleia, mas não se sente "representado" pelas entidades. "A gente apoia qualquer tipo de luta estudantil, mas não queremos ligação com esse grupo que ocupou a Alesp, comandado por entidades. Eles não nos representam, pois têm uma forma de representação que nós não concordamos. Eles se reúnem a portas fechadas com os governos, têm atuação ligada a partidos", disse Inaê Lima, de 17 anos, aluna da Etec Carapicuíba.

Para a presidente da Ubes, Camila Lanes, as ações são diferentes, mas o intuito é o mesmo. "A gente se solidariza e parabeniza o protagonismo dos estudantes nessa luta para a construção do bandejão, uma luta antiga do movimento estudantil." Ela ressalta ainda que a Ubes também participou da ocupação do Centro Paula Souza. Camila também estava dando apoio às 76 escolas ocupadas no Rio e chegou a São Paulo na segunda-feira, 2.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o deputado estadual Coronel Telhada (PSDB) discutindo e ameaçando dar voz de prisão a uma estudante que ocupa o plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em protesto contra a Máfia da Merenda. A gravação teria sido feita na terça-feira, 4.

"O que você está pensando, que está falando com moleque? Sou deputado!", afirma Telhada à estudante, identificada como Karoline Rocha. Ela responde: "É deputado? Eu sou estudante, mulher e também mereço respeito. Aqui é a casa do povo".

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Em seguida, Telhada ameaça pedir a prisão da moça. No vídeo, o deputado João Paulo Rillo (PT) interfere em favor da estudante.

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado estadual Fernando Capez (PSDB), apostará no cansaço dos estudantes que ocupam o plenário da Câmara desde a tarde desta terça-feira, 3, para esvaziar a casa. A ocupação tem como objetivo pressionar os deputados a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a chamada "Máfia da Merenda", que desviou recursos da merenda escolar na rede estadual de ensino paulista.

O presidente da Casa decretou ponto facultativo aos funcionários e todas as entradas estão bloqueadas pela Polícia Militar. Nem a imprensa teve acesso ao plenário onde estão os estudantes. A entrada de alimentos também foi impedida. Mesmo com as medidas, Capez afirmou que será pedida reintegração de posse à Justiça.

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Cerca de 70 alunos ainda ocupam a Alesp de acordo com a assessoria da casa. Houve tumulto na terça-feira, e computadores foram depredados.

"Nós optamos, em vez de determinar a retirada dos estudantes, em procurar a Justiça. O espaço que está sendo ocupado impede o próprio funcionamento da Casa. À medida em que os alunos forem saindo, não retornarão", disse Capez. "Com essa estratégia de saturação, pretendemos recuperar o espaço sem necessidade de confronto."

Cerca de 50 estudantes invadiram, na tarde desta terça-feira, 3, o plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Os alunos gritaram palavras de ordem e pediram a instalação de uma CPI para investigar os desvios nos recursos destinados à merenda dos alunos.

A ação dos estudantes, por volta das 17h15, interrompeu uma sessão na Alesp. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez (PSDB), é um dos investigados por suspeita de participação na máfia da merenda.

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Etecs

Desde a tarde de quinta-feira, os alunos ocupam a sede do Centro Paula Souza, autarquia estadual responsável pela gestão das Etecs. Nesta terça, os estudantes tomaram ao menos três unidades na capital paulista contra a falta de merenda.

As Etecs São Paulo (Etesp), no Bom Retiro, região central; Paulistano, no Jardim Paulistano, zona norte; e Professor Basilides de Godoy, na Vila Leopoldina, zona oeste, foram ocupadas por alunos e tiveram as aulas suspensas.

Uma audiência de conciliação foi entre o governo Geraldo Alckmin (PSDB) e os estudantes foi marcada para esta quarta-feira, 4.

Sem dizer de onde pretende tirar o dinheiro, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, o tucano Fernando Capez, apresentou neste mês três projetos de resolução que preveem a criação de 96 cargos comissionados, para os quais não é preciso concurso. As propostas, que ainda têm de ser aprovadas em plenário, surgem num ano de contingenciamento de gastos por parte do governo, comandado pelo também tucano Geraldo Alckmin.

Os três projetos têm apoio da cúpula dirigente da Assembleia, da qual fazem parte governistas e oposicionistas. Além de Capez, assinam as propostas, por exemplo, os secretários da Mesa Diretora Enio Tatto, deputado estadual petista, e Edmir Chedid, parlamentar eleito pelo DEM.

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As propostas preveem a criação dos cargos para integrar três novos órgãos internos da Assembleia: o Núcleo de Avaliação Estratégica (NAE), a Ouvidoria do Parlamento e o Gabinete da Corregedoria.

A Assembleia paulista tem hoje em seu quadro cinco vezes mais funcionários em comissão do que efetivos - são cerca de 5.210 comissionados e 1.039 efetivados. A Casa não divulga o salário dos funcionários em comissão. O que é público são as gratificações a que esses servidores têm direito. Em alguns casos, um funcionário comissionado pode ganhar, além do salário, R$ 9,96 mil de bônus.

O Núcleo de Avaliação Estratégica, segundo a proposta, será o órgão responsável pela organização de audiências itinerantes pelo Estado, que vão culminar na elaboração de relatórios de avaliação da administração pública. O projeto propõe a criação de 51 cargos para esse núcleo. Já a Ouvidoria, que ficará encarregada de "queixas, sugestões e manifestações da sociedade civil", contará com 12 funcionários. O texto também propõe a criação de outros 12 cargos para o Gabinete da Corregedoria, que dará "suporte administrativo e operacional aos trabalhos da Corregedoria" - órgão que serve para apurar irregularidades de parlamentares. Outros 21 cargos serão criados para as lideranças partidárias indicarem aos três órgãos.

'Sem despesa'

O presidente da Assembleia afirmou que os projetos não vão gerar despesas adicionais ao orçamento da Casa, mas não diz o que pretende cortar do orçamento anual da Casa, que é de R$ 992 milhões.

Segundo o tucano, haverá um "realocamento de custos". "Garanto que não vai ter acréscimo de despesa, pois estamos cortando outras. Vamos cortar contratos que, a meu ver, não estão resultando na contrapartida devida", disse. "O intuito é não aumentar as despesas da Assembleia."

Em nota, quatro petistas - João Paulo Rillo, Carlos Neder, Professor Auriel e Márcia Lia - disseram que vão apresentar emendas para obrigar a Assembleia a aproveitar o "efetivo disponível, ou a realização de concurso público, caso os projetos sejam aprovados". Segundo esses deputados, os mais quase 100 cargos vão gerar "custo mensal de aproximadamente R$ 1,5 milhão".

Não é necessária sanção do governador para que os três projetos entrem em vigor, basta a aprovação do plenário.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), foi recebido na Assembleia Legislativa de São Paulo por um protesto de grupos anti-homofobia, nesta sexta-feira, 27. Integrantes levantaram faixas e cartazes assim que o peemedebista entrou no plenário. Quando o nome de Cunha foi anunciado, ele foi vaiado pelos manifestantes que estavam na galeria da Assembleia e aplaudido em seguida pelos parlamentares.

"Fora, Eduardo Cunha. Corrupto, homofóbico e machista", dizia um dos cartazes erguidos também durante a execução do Hino Nacional. Houve também beijo gay na galeria, aberta ao público. Cunha está na Alesp para uma sessão da Câmara Itinerante.

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Recomeçou por volta das 6h desta sexta-feira o velório do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos na Assembleia Legislativa de São Paulo do Estado. Estava sendo realizada logo pela manhã uma celebração religiosa de corpo presente, com a presença de poucos familiares e amigos. A previsão é de que o corpo do jurista seja levado às 8h para o Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, onde será cremado.

O corpo de Thomaz Bastos chegou à Assembleia por volta das 15h de quinta-feira e o velório teve a presença de várias autoridades, como a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Parentes do jurista deixaram o prédio da Assembleia Legislativa por volta de 22h de ontem e retornaram às 6h de hoje. MTB, como era chamado pelos amigos, será cremado com a mesma beca que costumava usar durante as últimas décadas de sua carreira como jurista.

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Ele chamava a peça de "beca da sorte" desde que a vestiu no célebre julgamento dos assassinos do líder ambientalista Chico Mendes - executado a tiros em dezembro de 1988 -, no qual atuou como assistente de acusação. Os familiares atenderam a um pedido do próprio Thomaz Bastos. O advogado morreu na manhã de ontem em São Paulo. De acordo com boletim do Hospital Sírio Libanês, ele morreu vítima de complicações pulmonares.

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) instalou nesta terça-feira a CPI dos Pedágios e elegeu o deputado Bruno Covas (PSDB) como presidente do colegiado. O parlamentar é neto do ex-governador Mario Covas, a quem a oposição atribui a privatização das rodovias paulistas.

Foi a primeira comissão proposta pela bancada de oposição ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) desde que ele tomou posse, em 2011. A CPI dos Pedágios foi articulada pelo PT e vai investigar eventuais irregularidades na cobrança de tarifas nas estradas estaduais. A reunião na qual se instaurou a CPI na Casa serviu também para eleger o deputado Antonio Mentor (PT) como vice presidente do colegiado e David Zaia (PPS) para ser o relator.

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A oposição protestava pela presidência para evitar que integrantes da base aliada de Alckmin, ao assumir o cargo, blindassem o governo de eventuais investigações e, consequentemente, esvaziassem a comissão. Único representante da oposição no comando da CPI, Mentor afirmou que vai tentar evitar que a comissão naufrague. "É uma tradição da Casa. Mas vamos fazer a disputa no plenário para fazer as nossas convocações", disse o petista, quem propôs a CPI em 2011.

A CPI dos Pedágios foi subscrita por parlamentares da base do governador. Além dos 24 deputados da bancada do PT na Assembleia, da deputada Lecy Brandão (PCdoB) e do então deputado Pedro Bigardi (PCdoB), assinaram o pedido Afonso Lobato (PV), Rafael Silva (PDT), Rogério Nogueira (DEM), José Bittencourt (PSD), Olímpio Gomes (PDT) e Carlos Giannazi (PSOL). A tendência no histórico das CPIs instaladas na Assembleia é de que o próprio proponente assuma a presidência da comissão.

Em discussão na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), as propostas que querem tornar obrigatório no Estado o pagamento de emendas individuais podem mais do que quadruplicar o valor hoje recebido pelos parlamentares paulistas. Dois dos três textos em discussão querem vincular cerca de R$ 1,29 bilhão do orçamento estadual à execução das emendas vindas da Alesp, o que dá generosos R$ 13,7 milhões por deputado estadual.

O valor, bem superior à média de R$ 3 milhões autorizados atualmente, chega a superar também o acertado para empenho aos deputados federais em 2013, cerca de R$ 10 milhões por parlamentar. O terceiro texto em debate quer dar aos deputados de São Paulo 75% do montante pago aos federais no mesmo ano. Mesmo considerando inevitável que a matéria ande com a aprovação da proposta pelo Congresso Nacional, lideranças da Alesp consideram os valores irreais e preveem que o texto será alterado.

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Deputados da Assembleia fizeram um acordo segundo o qual os projetos só serão de fato discutidos após a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento Impositivo, com votação prevista na Câmara dos Deputados ainda no primeiro semestre. Os paulistas preveem que, com o aval de Brasília, os projetos estaduais ganharão apelo. "As propostas tendem a andar, vai ser um efeito cascata", afirmou o líder do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Barros Munhoz (PSDB). Apesar disso, ele adianta que os valores pedidos pelos textos em debate na Casa deverão ser alterados. "No nosso caso é uma fábula", disse. "É exagerado e certamente vai ser mudado".

Na última sexta-feira, 21, o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, revelou que ao menos 14 assembleias estaduais se espelharam no exemplo de Brasília e apresentaram propostas que obrigam os governos a pagar as dotações de deputados estaduais. As emendas ao Orçamento são para os parlamentares - federais e estaduais - fundamentais para abastecer suas bases com recursos e, assim, ganhar cacife para a reeleição. "Uma coisa é você ter R$ 2 milhões por ano, outra é ter R$ 12 milhões para mostrar lá na sua cidade", exemplifica o deputado Ramalho da Construção (PSDB), um dos signatários das propostas em tramitação na Alesp.

Quando foi abraçada pelo presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a PEC do Orçamento Impositivo contou com forte resistência do governo Dilma Rousseff, que não queria ver uma parcela de recursos da União "amarrada" às dotações dos congressistas. Diante de uma derrota certa, o Planalto cedeu e conseguiu costurar um acordo segundo o qual metade do dinheiro vinculado teria como destino a saúde, uma das áreas mais mal avaliadas pela população.

Em nível estadual, a resistência dos governos deve ser reeditada. "Eu não conheço ninguém do Executivo, em nenhum lugar, que seja favorável. Isso tira o poder de barganha", avalia Ramalho.

A assessoria de imprensa do deputado Rui Falcão (PT) afirmou, em nota, que o petista "tem sido, na verdade, um dos mais atuantes da Casa". O texto destaca que, "entre 15 de março de 2011 e 15 de março de 2013, ele foi primeiro secretário da Mesa da Assembleia, o cargo mais importante depois da presidência, e participou de praticamente todas as reuniões semanais de trabalho da Mesa". Sustenta também que "o deputado tem diversos projetos aprovados".

A nota afirma que o regimento interno da Assembleia permite o abono de até quatro faltas mensais e diz que, "quando o deputado esteve ausente além desses quatro dias, houve desconto de seu salário". "Quando as faltas foram abonadas, isso aconteceu porque efetivamente o deputado estava no exercício de sua atividade parlamentar." O texto não explica como ele exercia atividade parlamentar fora do Estado em eventos do partido.

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A assessoria justifica as viagens do presidente do PT afirmando que "elas podem ser explicadas porque é comum que os deputados trabalhem um período do dia, assinem a presença e depois viajem ou participem de atividades do mandato fora da Assembleia". "É comum que cheguem à Assembleia para trabalhar no final do dia, depois de viajar ou exercer atividades políticas externas."

Enfatiza que "o exercício do mandato de deputado não acontece apenas dentro da Assembleia". "O fato de Rui Falcão ser presidente do Partido dos Trabalhadores honra o voto de todos os seus eleitores e de todos os seus colegas da bancada do PT." A assessoria diz que teve poucas horas para elaborar a resposta ao jornal e ficou impedida de avaliar se os "dados apresentados pela reportagem são precisos".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do Governo na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado Barros Munhoz (PSDB), reagiu ao pedido feito pela bancada do PT de afastamento de agentes públicos envolvidos na suposta formação de cartel em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Segundo o deputado tucano, "as denúncias às quais se referem os deputados do PT já estão sendo devidamente investigadas nas esferas federal e estadual". "O pedido, feito pela bancada desse partido, de afastamento de autoridades, sem que tenha sido concluída a apuração dos fatos, é mais uma demonstração explícita de desrespeito aos mais básicos princípios do Estado Democrático de Direito", afirmou, em nota. "Isso não passa de mais uma manobra midiática de parlamentares oposicionistas com foco nas eleições do ano que vem."

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O líder do PT na Alesp, Luiz Claudio Marcolino, defendeu nesta sexta-feira o afastamento de agentes para evitar possíveis interferências no processo investigativo. "Há vários agentes atuais que estavam (no governo) na época dos contratos. O que pode acontecer é, caso eles não sejam afastados, criarem um processo de ocultação de provas e dificultar o processo de investigação", afirmou.

Além disso, a bancada petista pediu a suspensão imediata dos contratos firmados entre o Estado e as empresas Alstom e Siemens, suspeitas de participação no suposto cartel.

O líder tucano destacou que governo paulista tem colaborado para elucidar as denúncias. "Além de todas as apurações já em andamento sobre essas acusações, o Governo do Estado de São Paulo criou hoje uma comissão externa independente para investigar todos os seus contratos", ressaltou.

Segundo Munhoz, a iniciativa do governador Geraldo Alckmin tem como objetivo "garantir uma investigação célere e independente" e demonstra que o governo "tem pleno interesse em elucidar os fatos o mais brevemente possível".

Três semanas após o Tribunal de Justiça determinar o fim do pagamento de auxílio-moradia aos deputados estaduais, a Assembleia Legislativa paulista aumentou o valor da verba disponível para que os parlamentares distribuam entre os servidores de seus gabinetes - a chamada Gratificação Especial de Desempenho (GED).

Até 1º de junho, os parlamentares tinham até R$ 5.700 para distribuir mensalmente entre seus funcionários a título de GED, o que representa 1,5 cota da gratificação - atualmente, cada cota equivale a R$ 3.800. A partir desta data, os parlamentares passaram a ter direito a 2,5 cotas, ou seja, a R$ 9.500. O gasto com a medida, que pode chegar a R$ 4,3 milhões anuais, deve superar o dispêndio da Casa com o extinto auxílio-moradia, que era de R$ 2,5 milhões. A medida passou a valer no mês em que centenas de milhares de pessoas foram às ruas no País demonstrar sua insatisfação com os políticos.

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O aumento da verba foi adotado discretamente. Não houve registro em documentos. O deputado estadual Major Olímpio (PDT) confirmou a elevação da verba.

O jornal O Estado de S.Paulo ainda colheu depoimentos de servidores que, sob a condição de anonimato, disseram que alguns parlamentares pedem o dinheiro para eles.

A extinção do auxílio-moradia, benefício de R$ 2.250 que era recebido mensalmente pelos 94 deputados, foi determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em 9 de maio - duas semanas antes de os parlamentares elevarem a verba destinada a servidores nos gabinetes.

Relatos

Um funcionário da Assembleia relatou à reportagem que tem de repassar ao deputado a que serve o valor atribuído como GED. "Não é correto, né? Mas é uma prática que ocorre." Também com o pedido de sigilo sobre seu nome, um deputado contou que um funcionário de um colega parlamentar lhe disse que em dia de pagamento muitos servidores do gabinete fazem fila para devolver valores. "Dá vontade de chamar a Polícia Federal para averiguar isso."

Outro funcionário relatou haver casos de deputados que atribuem cotas inteiras para funcionários que acabaram de ser nomeados nos gabinetes. "Se é uma premiação por desempenho, como é que um servidor recém-contratado recebe uma cota inteira tão logo chega à Assembleia?"

O auxílio-moradia foi o segundo benefício que os deputados recebiam e que foi extinto pela Justiça. O primeiro foi o auxílio-paletó, em novembro de 2011. Pelas regras da Casa, os 94 deputados recebiam dois salários a mais por ano pagos em duas parcelas - a primeira era paga integralmente no início do ano, a outra em dezembro aos que compareciam a pelo menos dois terços das sessões legislativas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao contrário de outros parlamentos que tentam adotar uma "agenda positiva" após as manifestações de junho, a Assembleia Legislativa de São Paulo não aprovou nenhum projeto de lei em resposta às ruas. O argumento utilizado pelos deputados governistas é que, com a revogação do aumento das passagens de ônibus, trens e metrô, não havia mais nada a fazer.

Eles dizem que a pauta dos protestos foi mais direcionada ao governo federal. "Além disso, a por conta de uma legislação concentradora de poderes ao Executivo, as assembleias ficam engessadas em sua capacidade de legislar", diz o presidente da Assembleia paulista, deputado Samuel Moreira (PSDB).

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Segundo ele, a principal interferência das ruas na atividade parlamentar em São Paulo aconteceu de forma "indireta", quando o Congresso enterrou a PEC 37, que propunha a restrição dos poderes de investigação criminal do Ministério Público.

Moreira argumenta que pautas que entraram em votação no Congresso e em outras Casas legislativas, como a adoção do voto secreto, já eram estavam em vigor em São Paulo antes das manifestações. "Voto aberto existe em São Paulo desde 2001", disse o deputado.

A oposição, porém, sustenta que a Assembleia deveria, sim, adotar uma "agenda positiva". Para o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), seus colegas se "acomodaram" e se mantiveram alheios às ruas porque não foram questionados diretamente. Giannazi lembra que em pelo menos três oportunidades no mês de junho, milhares de manifestantes passaram pela porta da Assembleia, mas não houve pressão direta como no Rio, por exemplo. "A Assembleia vive em um 'universo paralelo', sem tomar conhecimento ao que acontece no mundo", disse o deputado da oposição.

Para o deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT), as Comissões Parlamentares de Inquérito que funcionam na Assembleia são um exemplo da falta de sintonia com as ruas."Os governistas aprovam temas como gordura trans, pesca predatória ou telemarketing para que as propostas para investigar irregularidades na Fundação de Desenvolvimento da Educação ou no metrô fiquem engavetadas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O relator do processo de perda de mandato do vice-governador Guilherme Afif Domingos, deputado Cauê Macris (PSDB) pediu vista do processo, após outro integrante da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de São Paulo apresentar um voto em separado. Há duas semanas, o tucano votou para que a CCJ acolhesse pedido elaborado pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL) para que Afif fosse destituído do cargo em razão do acúmulo de cargos públicos. Em maio, o vice do governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi nomeado ministro da Micro e Pequena Empresa.

Nesta quarta-feira, o deputado José Bittencourt (PSD) apresentou voto favorável à manutenção do vice-governador em seu posto. Já é a segunda semana consecutiva em que um pedido de vista atrasa a tramitação do processo na CCJ. Atualmente Afif tem a seu favor sete dos 13 integrantes da comissão.

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Na semana passada, o deputado Fernando Garcez (PSDB) pediu vista no processo. Nos bastidores, fala-se que o adiamento seria uma forma de manter o desgaste da imagem do vice governador.

Deputados tucanos estão postergando o processo na tentativa de convencer alguns dos aliados de Afif a mudarem de lado. Com o novo adiamento, caso a Assembleia entre em recesso na próxima semana, a decisão sobre o processo pode ficar para agosto.

O relator do pedido de perda de mandato do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD), deputado Cauê Macris (PSDB), entregou nesta terça-feira (11) seu parecer em que vota pela abertura de processo contra Afif na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa.

O tucano afirmou no documento ter "em tese, eventual violação de dispositivos constitucionais hábil a ensejar a perda de mandato de vice-governador". O deputado sugere que a CCJ, caso acolha a suposição, dê um prazo de 5 sessões ordinárias para que o vice-governador apresente sua defesa.

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Caso a maioria dos 13 integrantes da CCJ decida acompanhar Macris, o processo contra Afif será aberto. Do contrário, será arquivado.

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou nesta quinta-feira (20) projeto que reforça a proibição da venda de arma de brinquedo e cria multa de R$ 18 mil para a loja que for flagrada vendendo revólver e pistola de mentira - elas também podem ser fechadas.

O projeto do deputado André do Prado (PR) depende de sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas pode ser vetado - o Estatuto do Desarmamento já estabelece essa proibição, mas sem fixar punições.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Assembleia Legislativa de São Paulo criou um plano de saúde para pagar internações hospitalares em unidades privadas para os 94 deputados estaduais, em valores de R$ 5 mil a R$ 99,6 mil. Desde 31 de outubro, quando o programa foi regulamentado, os parlamentares podem pedir o ressarcimento de despesas quando os serviços não forem cobertos por seus seguros particulares.

Antes, os deputados não tinham direito a plano de saúde. Como outros funcionários públicos, eles são atendidos pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe). O salário dos parlamentares é de R$ 20 mil por mês.

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O dinheiro para o pagamento das internações sairá do orçamento do Estado. A presidência da Assembleia afirma que não há previsão de gastos, pois os atendimentos "ocorrem por eventos não programados".

A resolução que criou o plano foi aprovada em 2008, mas não havia sido regulamentada. O projeto voltou à pauta em 2012, depois que três parlamentares foram internados em hospitais particulares e os demais deputados precisaram se unir para pagar as despesas médicas.

A Assembleia não cobrirá gastos com cirurgias estéticas, tratamentos experimentais e inseminação artificial. Para serem reembolsados, os deputados precisarão comprovar que o atendimento não foi coberto por outro plano de saúde. O ressarcimento não será contabilizado como remuneração dos deputados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Um homem de 54 anos invadiu a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) por volta das 13 horas desta quarta-feira portando uma barra de ferro e um artefato similar a uma bomba, e ameaçou funcionários. Os servidores acionaram a Polícia Militar, que deteve o homem e o conduziu à base da Polícia Civil na Alesp. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) também foi acionado e verificou que o artefato portado pelo invasor era composto por pólvora, pavio e pedaços de vidro e poderia causar danos.

O homem chegou a entrar no gabinete da deputada Vanessa Damo (PMDB), pediu para falar com a parlamentar e, diante da negativa de uma das assessoras, disse que não custaria "mandar todos para o inferno". "Graças a Deus ninguém ficou ferido, porém fica um alerta para que o sistema de segurança da Assembleia seja aprimorado", disse a deputada Damo, que pediu a instalação de detectores de metal nas entradas para "preservar a vida dos colaboradores e visitantes".

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Segundo a Polícia Civil, o homem foi encaminhado à Central de Flagrantes do 26º Distrito Policial, onde assinou um termo circunstanciado por porte de substância ou engenho explosivo (artigo 253 do Código Penal) e expor a vida ou a saúde de outrem a perigo (artigo 132), e liberado em seguida.

Citados largamente no escândalo das emendas secretas, o deputado Roque Barbiere (PTB) e o deputado licenciado e secretário de Meio Ambiente Bruno Covas (PSDB) conseguiram liberar em 2010, respectivamente, R$ 3 milhões e R$ 2,1 milhões. Barbiere é o 22.º no ranking de 97 deputados, enquanto Bruno ocupa apenas o 71.º lugar.

Barbiere, que afirmou em uma entrevista a um canal de internet que "até 30%" dos deputados "sobreviviam e enriqueciam" vendendo emendas, intermediou a assinatura de 29 convênios. O maior deles, no valor de R$ 330 mil, foi feito com o objetivo de reformar e ampliar a Santa Casa de Misericórdia São Francisco, na cidade de Buritama.

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A maior parte das indicações do deputado denunciante se destina a aquisição de veículos ou equipamentos para prefeituras ou entidades beneficentes do interior. Dezoito emendas tem valor inferior ou igual a R$ 50 mil. Na lista divulgada pelo governo não consta nenhuma emenda de Barbiere para Birigui, cidade onde tem sua base eleitoral. O maior inimigo do deputado é o atual prefeito, Wilson Borini (PMDB).

É de Barbiere a autoria da emenda de menor valor entre todas as pagas em 2010: R$ 8 mil para a compra de um aparador de grama para a cidade de Guzolândia. Por um erro na divulgação da planilha, não é possível identificar o beneficiário da indicação.

Bruno Covas, que em uma entrevista ao Grupo Estado contou que um prefeito certa vez tentou lhe dar R$ 5 mil em dinheiro por uma emenda de R$ 50 mil, conseguiu a liberação de 20 emendas. Assim como Barbiere, destinou a de maior valor - R$ 500 mil - a uma Santa Casa, a de Santos, sua cidade natal, para aquisição de equipamentos. Depois dessa, as de maior valor são cinco de R$ 150 mil, das quais três são para pavimento asfáltico.

Onze das emendas têm valor inferior a R$ 50 mil, três são desta exata quantia. Uma para aquisição de equipamentos para uma entidade assistencial, outra para a reforma do velório da cidade de Embaúba e a terceira destinada a reformar e ampliar o cemitério de Nova Castilho.

Em diversos registros feitos em seu site pessoal, Bruno disse ter participado, em 2010, das assinaturas de convênios oriundos de emendas de sua autoria que, somados, chegam a mais do que o dobro do total informado pelo governo do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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