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Apesar da sondagem para que o atual ministro da economia, Paulo Guedes, ocupasse a secretária da Fazenda na gestão do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, o coordenador da transição Guilherme Afif Domingos (PSD) afirmou, ao Estadão/Broadcast, que o ministro não ocupará o cargo, e o responsável pela pasta deve ser anunciado ainda nesta quarta-feira (7).

Apesar de afirmar que o ministro não teria "paciência" para ocupar outra pasta, o coordenador disse tanto ele quanto Tarcísio ainda articulam uma possível participação de Guedes no gestão paulista como um conselheiro especial.

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"Tenho conversado com ele, eu e o Tarcísio sobre uma forma de participação" disse. Para Afif é uma "judiação" que Guedes "um cara com essa bagagem", não receba o devido reconhecimento. Segundo Afif, o ministro tem um grande capital, e seria "um excelente conselheiro". "Não vem para ser secretário, mas espero que ele venha pra ser um conselheiro nosso", concluiu.

Na linha de frente da disputa pela criação de novo tributo de base ainda mais ampla de incidência do que a extinta CPMF, o assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos, afirmou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem todo o direito de dizer que vai votar contra o imposto, mas não pode deixar de botar o projeto em votação. "Falar que não passa por que não deixo, ele (Maia) não pode", disse.

Segundo Afif, o presidente Jair Bolsonaro deu sinal verde para o debate do novo tributo que tem grande "potência" arrecadatória para bancar o financiamento da isenção da contribuição das empresas ao INSS para até um salário mínimo e a redução da alíquota de 20% para 15% para todos os trabalhadores com carteira assinada: "O debate está desinterditado."

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Em seminário organizado pelo jornal Folha de S.Paulo e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Maia, porém, disparou torpedos contra os planos do governo e classificou a ideia do governo de criar um imposto sobre transações eletrônicas como "CPMF repaginada".

Como antecipou o Estadão, o governo quer arrecadar R$ 120 bilhões com o novo tributo, nos moldes da extinta CPMF, para bancar a desoneração, o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e viabilizar o novo programa social "Renda Brasil", substituto do Bolsa Família.

O governo quer também tributar os lucros e dividendos, reduzir a alíquota do Imposto de Renda das empresas, acabar com os descontos de saúde e educação e, ao mesmo, tempo criar uma alíquota mais alta de 35% do IR para quem ganha rendas mais elevadas.

"A carta está na mesa. Não pode tirar a carta do jogo", cobrou Afif, que nas últimas semanas tem sido, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o principal porta-voz da criação do imposto. Em 2007, ele integrou o movimento "Xô CPMF" para barrar a prorrogação do tributo. Ele diz que a CPMF foi um "engodo" e teve sua finalidade desvirtuada e o que o governo deu na época uma "banana" para a saúde, área para qual a sua arrecadação teria que ser enviada, o que não aconteceu.

Agora, diz Afif, a proposta do novo tributo é diferente porque a intenção é não aumentar a carga tributária.

"Continua proibido falar em aumento de carga. É um remanejamento de e mudança de base", ressaltou.

Na avaliação do assessor de Guedes, o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), tem experiência e jogo de cintura para administrar todas as tendências. "O relator não impõe a sua posição ele vai medindo a média de opiniões para chegar o seu relatório", disse.

Ironia

Maia ironizou o nome dado de "microimposto digital" dado por Afif. "Minha crítica não é nem se é CPMF, microimposto digital ou algum nome inglês que vão inventar para ficar bonito", comentou Maia. "Minha crítica é: nós vamos criar mais um imposto para a sociedade pagar?". Segundo ele, não há clima no plenário da Câmara para aprovar tributo nesses moldes. "Minha opinião é que não passa. Eu sou um voto. E em PEC eu voto, e eu voto contra."

Técnicos ouvidos pelo Estadão informaram que o governo vai precisar arrecadar bem mais do que os R$ 120 bilhões com o novo tributo se quiser bancar as mudanças no IRPF, a desoneração da folha e irrigar recursos para o Renda Brasil.

Os presidentes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiep), Paulo Skaf, e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas (Sebrae), Guilherme Afif Domingos, voltaram a compor o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão, que assessora o presidente da República.

Eles haviam deixado o colegiado para participar das eleições deste ano. O decreto de designação dos executivos para o CDES está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 13, e o mandato dos dois termina no dia 28 de fevereiro de 2019. O decreto prorroga, também até 28 de fevereiro de 2019, o mandato de outros membros do Conselho, formado em sua maioria por empresários.

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O presidente Michel Temer decidiu vetar o Refis para micro e pequenas empresas para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas deve trabalhar para ver o projeto aprovado nos próximos meses, afirmou nesta sexta-feira, 5, o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

Em seguida, o presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), José Aníbal, chegou ao escritório de Temer na zona sul de São Paulo para uma reunião com o presidente da República. Segundo Afif, que se encontrou por cerca de 40 minutos com o peemedebista no escritório, o veto ao Refis não aconteceu por questões políticas, mas "técnicas"e econômicas". "Não houve a previsão das perdas e caberia ao Executivo fazer essa previsão", explicou.

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"Então, na segunda-feira, o presidente vai chamar o ministro da Fazenda (Henrique Meirelles) e estudar o impacto das perdas para negociar com o Congresso a derrubada do veto de comum acordo, mas já devidamente resolvido o problema do impacto econômico." Afif lembrou que o Refis foi aprovado de forma unânime pelo Congresso e que salientou que o desejo do presidente é aprovar a medida.

A informação de que Temer vetaria o projeto foi antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, no início desta semana. O argumento é que não há previsão de renúncia fiscal com o parcelamento, o que é vetado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O Refis para micro e pequenas empresas - já contempladas com um sistema diferenciado de tributação, o Simples Nacional - foi aprovado pelo Congresso em meio às negociações para a aprovação da reforma da Previdência. Por isso, a dificuldade do presidente em vetar a proposta neste momento em que busca apoio para conseguir aprovação da Previdência em fevereiro. O acordo com o Congresso previa que não haveria vetos à proposta.

Segundo o projeto, para aderir ao parcelamento essas empresas terão de pagar entrada de 5% do valor da dívida, que poderá ser dividida em até cinco parcelas consecutivas. O saldo restante após a entrada poderá ser pago de três formas diferentes: à vista, com desconto de 90% em juros e 70% em multa; parcelado em 145 meses, com abatimentos de 80% e 50%, respectivamente; e em 175 meses, de 50% e 25%. O prazo de adesão será de 90 dias, contados da data de publicação da lei.

Mesmo depois de deixar o governo por conta da reforma ministerial, o ex-ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa Guilherme Afif Domingos participou de um evento ao lado da presidente Dilma Rousseff. Ao final do seu discurso, ele fez questão de expressar a sua lealdade à petista nesta terça-feira (6).

"Não importa onde estivermos, nós estaremos juntos", disse Afif durante cerimônia no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. Dilma agradeceu o trabalho do ex-ministro, a quem chamou de "amigo" e classificou como um "batalhador" pela micro e pequena empresa. "Tenho certeza que essa saída vai representar uma volta por cima", disse.

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Durante a sua fala, a presidente confundiu Afif com Gilberto Kassab, e acabou chamando o ministro das Cidades de ex-ministro. "É que eu gosto tanto dele (Afif) que não queria que ele fosse ex-ministro", brincou Dilma.

Apesar de os dois serem do mesmo partido, o PSD, Afif era considerado um ministro da cota pessoal de Dilma. Em maio de 2013, ele deixou o posto de vice-governador do Estado de São Paulo, Estado administrado pelo tucano Geraldo Alckmin, para integrar a administração da petista.

Com a reforma, as atribuições da Micro e Pequena empresa passarão a fazer parte da Secretaria de Governo, comandada por Ricardo Berzoini. Afif, porém, vai continuar colaborando com o governo. Segundo Dilma, ele vai ser o coordenador do programa Bem Mais Simples, lançado em fevereiro com o objetivo de diminuir a burocracia para os pequenos empreendedores.

A Secretaria da Micro e Pequena Empresa informou nesta segunda-feira (2), a entrada de 502.692 companhias no regime fiscal Simples Nacional em janeiro, que no ano passado abriu espaço a mais 140 atividades e empreendimentos com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões.

O ministério apresentou também um balanço da arrecadação fiscal das micro e pequenas no ano passado. As empresas do segmento aumentaram em 7,23% o volume de impostos e tributos pagos, na comparação com 2013, atingindo o total de R$ 61,945 bilhões. Em ICMS e ISS, tributos estadual e municipal, as empresas recolheram 6,14% a mais que em 2013, encerrando 2014 com R$ 14,608 bilhões. O número total de optantes pelo Simples atingiu 4,653 milhões de empresas em 2014.

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As micro e pequenas representaram 14,5% do faturamento das empresas brasileiras no ano passado, somando R$ 833 bilhões, de acordo com o Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Elas encerraram 2014, com a geração 1,1 milhão de empregos, contra 396 mil vagas criadas por grandes e médias empresas.

As pequenas apresentaram um saldo positivo de 3,547 milhões de vagas entre 2011 e 2014, o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, contra o fechamento de 263,325 milhões de postos pelas grandes e médias.

Na avaliação do ministro Guilherme Afif Domingos, os números mostram que é necessário criar mais mecanismos de financiamento para que as pequenas cresçam mais evitando a "brutal concentração" de recursos pelas grandes que crescem "desmesuradamente".

Segundo ele, elas empregam e crescem a taxas maiores do que as grandes, mas têm pouco acesso a crédito subsidiado pelo governo. "Estamos debruçados em cima da política creditícia. Ela é muito ingrata", disse, afirmando que "há uma determinação da presidente Dilma" para se criar linhas de financiamento específicas.

O ministro disse que "há uma espécie de contenção do crescimento" das pequenas para evitar sair do regime do Simples, o que representaria pagar mais impostos. "Essa é a grande preocupação do governo e é por isso que precisamos investir nesse pessoal para que ele possa crescer", afirmou.

O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, disse agora à noite na capital paulista que não é o momento de o Brasil reduzir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. O ministro participou de uma reunião da presidente Dilma Rousseff com cerca de 80 empresários do varejo, que durou pouco mais de três horas.

Afif argumentou que o país está em situação de pleno emprego e que por isso não seria adequado alterar as regras agora. "Hoje você acaba tendo dificuldade de encontrar mão de obra, então a hora pra se discutir as 40 horas (semanais) não é agora", disse a jornalistas após o evento.

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O posicionamento do ministro é uma resposta favorável à demanda apresentada pelo setor varejista. Os empresários também pediram a continuidade da desoneração da folha e flexibilização dos contratos de trabalho para permitir, por exemplo, trabalhadores de fim de semana. Afif disse que o governo acha interessante essa segunda proposta, que deve ser estudada. Quanto à desoneração, disse que deve ser mantida aos setores econômicos mas que a política não será ampliada.

Segundo a empresária Luiza Trajano, do Magazine Luíza, que também acompanhou o evento que foi fechado à imprensa, farmácias e supermercados com faturamento anual superior a R$ 15 bilhões não são atualmente contemplados e gostariam de aderir ao benefício fiscal de substituir tributos na folha por uma taxa fixa sobre o faturamento. "A presidente disse que gostaria de aumentar (a desoneração da folha), mas desde que (o governo) tenha fôlego e atualmente não tem fôlego, ela foi bem transparente", disse Luiza sobre o pedido desses segmentos.

Questionado sobre a condução da economia pelo governo, Afif disse que o Brasil "acertou em cheio ao valorizar o mercado interno" para superar o cenário de crise internacional. Sobre o limite do modelo de crescimento através do consumo, Afif defendeu o governo dizendo que "tem de haver um equilíbrio entre investimento e consumo, não dá pra parar um e focar no outro".

Luiza Trajano fez avaliação semelhante, dizendo que é o consumo que financia o investimento. Quanto à inflação, Luiza disse que a presidente argumentou que é preciso cuidar para os índices não extrapolarem o teto da meta, mas sem prejudicar o desenvolvimento econômico ou gerar desemprego.

Também após o evento, Afif foi questionado sobre a posição do PSD nas eleições presidenciais. Ele reiterou que é certo o apoio de seu partido à reeleição da presidente Dilma Rousseff. "A nossa posição é firme e não foi por barganha, foi por decisão majoritária do partido. Essa posição não recua."

A presidente saiu sem falar com a imprensa.

O ministro da Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, afirmou nesta segunda-feira (24) que o governo estuda a criação de um Simples Internacional para auxiliar empresas de pequeno porte a acessar o mercado internacional. "Hoje, infelizmente a globalização é coisa de grande empresa", disse, ao final de reunião com o Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa (Compem) da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

"A burocracia aduaneira foi feita para a grande estrutura, que tem como arcar com as exigências e as barreiras. É preciso ter sistemas simplificados de aduanas que permitam inclusive ter operadores logísticos voltados para as micro e pequenas empresas", afirmou o ministro.

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A proposta, de acordo com Afif, é ajudar a indústria de pequeno porte a ter uma contrapartida em relação a estrangeiras que entram no Brasil. Segundo ele, um dos objetivos é reduzir o custo logístico facilitando a entrada de operadores logísticos dispostos a atender as empresas de micro e pequenas com serviços personalizados. "Uma empresa não consegue muitas vezes fechar um contêiner de encomenda, então tem de ter alguém que consiga organizar isso de tal forma que possa levar para outros países vários produtos e entregar ponto a ponto", sugeriu.

A criação do projeto do Simples Internacional depende ainda de mudanças em normas da Receita Federal. O ministro não deu um prazo para a finalização da proposta da nova legislação, o que ainda depende do aval da presidente Dilma Rousseff. "Se essas normas forem simplificadas e mudadas, acredito que teremos um grande estímulo para as micro e pequenas empresas buscarem o mercado internacional", disse.

O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos (PSD), voltou a negar que tenha sido convidado para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), na segunda etapa da reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff espera concluir neste mês.

Na chegada a evento do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, em Brasília, Afif disse que está focado nos projetos da pasta que ocupa atualmente, para os quais precisa "estar concentrado". "Até porque com toda a incumbência atual seria muito ruim largar na metade do caminho", disse o ministro. "Não recebi o convite e a hipótese não foi aventada".

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Perguntado se o ministério atualmente ocupado por Fernando Pimentel (PT), que deve sair candidato ao governo de Minas Gerais, fora oferecido ao PSD - partido presidido pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab -, Afif respondeu: "Também não foi aventado".

Guilherme Afif Domingos também disse que o MDIC não é uma pasta que possa ser "objeto de negociação política". "Teria que ter uma representação com um grande diálogo com o empresariado nacional". Ele também avaliou que a indefinição sobre a sucessão na pasta não traz incerteza para a economia do País. "A economia está funcionando e o Brasil não depende de um ministério", concluiu.

Na semana passada, Gilberto Kassab, presidente do primeiro partido a confirmar apoio à reeleição de Dilma, no ano passado, se reuniu por mais de uma hora com a presidente, fato que colocou Afif entre os cotados para assumir o MDIC. Antes, Dilma pretendia entregar a pasta ao empresário Josué Gomes da Silva (PMDB), filho do ex-presidente José Alencar, morto em 2011. Josué Gomes da Silva preferiu priorizar uma candidatura política por Minas.

O ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, apresentou nesta sexta-feira, 08, as principais propostas da sua Pasta para líderes sindicais em São Paulo. O encontro teve como objetivo traçar estratégias para as necessidades das micro e pequenas empresas (MPEs) e estabilidade dos empregos no setor.

"Estamos fazendo juntos uma convergência de ações. Com o Ministério, a presidenta Dilma entendeu a importância de darmos um foco diferenciado para o setor", disse o ministro. Segundo ele, a ideia é criar uma agenda "a partir de várias mãos e com base na realidade", para modernizar e desburocratizar as relações do trabalho.

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Entre as propostas apresentadas pelo ministro estão a retirada do ônus para as MPEs na contratação de trabalhadores, por meio do Simples Trabalhista; instituir o CNPJ como único registro, proibir a substituição tributária em cima das MPEs; a criação do Simples Internacional para as pequenas empresas disputarem no mercado externo

O ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, disse, nesta quinta-feira, 8, que é um "desastre social" proibir o trabalho para menores de 16 anos. Ele defende que os jovens possam trabalhar em locais próximos às residências para não se envolverem em atividades ilegais. "Ele tem de ser empregado no mercadinho da esquina, perto da casa dele. Teremos uma vigilância melhor para esses garotos que ficam na rua fora do horário da escola", disse.

Afif contou que as pequenas empresas serão estimuladas a contratar aprendizes, a partir dos 14 anos. "Devemos fazer da micro e da pequena empresa a porta de entrada para o jovem entrar na escola do trabalho, complementando a sua escola regular", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Ele estima que podem ser criadas 7 milhões de vagas se cada micro e pequena empresa contratar um jovem aprendiz. "Aqui é uma montanha de emprego."

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O ministro assinou na manhã desta quinta-feira, 8, um termo de cooperação com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Brasília, para a promoção de ambiente favorável aos pequenos negócios. "A ação é fundamental porque, para chegar à sociedade, precisamos do Sebrae", disse. "Estamos numa ação cooperativa. Eu vou fazer a parte pior, que é o diálogo dentro do governo. A palavra de ordem é simplificar."

Segundo o ministro, a prioridade da secretaria é desburocratizar e simplificar os processos. "A campanha que vou lançar dentro do governo é: pense simples."

O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, afirmou que a Secretaria da Micro e Pequena Empresa representa uma "porta de entrada única no governo federal". "Antes a gente se relacionava com vários ministérios. Hoje temos um aliado fundamental no embate com o parlamento e com o Executivo", concluiu.

Quatro dos cinco integrantes da Comissão de Ética de São Paulo julgaram nesta quinta-feira que o acúmulo de cargos do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), configura uma "grave infração" e decidiram enviar o parecer para análise do Ministério Público Estadual (MPE). O colegiado já havia resolvido que enviariam o documento para a Assembleia Legislativa, que já avalia se Afif deve manter ou perder o cargo de vice-governador.

Um dos conselheiros, o ex-desembargador Kazuo Watanabe, discordou da decisão por julgar que a questão envolvendo o vice-governador é de cunho político e jurídico, saindo do arco de competências da Comissão de Ética. Afif é acusado de acumular funções depois de ter sido nomeado ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa do governo da presidente Dilma Rousseff.

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Com o processo em mãos, o MP ainda pode abrir uma ação de improbidade administrativa contra Afif. O conselheiro da Comissão de Ética, o ex-procurador-geral José Geraldo Filomeno, pediu que a procuradoria abra o procedimento contra o vice-governador.

No começo do mês, o procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, defendeu a perda do mandato de Afif. Em parecer de sete páginas, o chefe do MP manifestou-se pela "inadmissibilidade" da acumulação de cargos de Afif.

O deputado Fernando Capez (PMDB) pediu nesta quarta-feira, 19, vista do parecer que recomenda a perda do mandato do vice-governador Guilherme Afif Domingos. Com isso, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) adiou a decisão.

Afif acumulou cargos públicos quando foi nomeado, em maio, ministro da Micro e Pequena Empresa do governo de Dilma Rousseff.

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O relator do pedido em votação na CCJ é deputado Cauê Macris (PSDB). No documento encaminhado na semana passada para a análise da comissão, o tucano afirmou ter "em tese, eventual violação de dispositivos constitucionais hábil a ensejar a perda de mandato de vice-governador".

Macris sugere que a CCJ, caso acolha a suposição, dê um prazo de 5 sessões ordinárias para que o vice-governador apresente sua defesa.

O relator do pedido de perda de mandato do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD), deputado Cauê Macris (PSDB), entregou nesta terça-feira (11) seu parecer em que vota pela abertura de processo contra Afif na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa.

O tucano afirmou no documento ter "em tese, eventual violação de dispositivos constitucionais hábil a ensejar a perda de mandato de vice-governador". O deputado sugere que a CCJ, caso acolha a suposição, dê um prazo de 5 sessões ordinárias para que o vice-governador apresente sua defesa.

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Caso a maioria dos 13 integrantes da CCJ decida acompanhar Macris, o processo contra Afif será aberto. Do contrário, será arquivado.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi sucinto ao responder nesta sexta-feira sobre a manifestação do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, pela "inadmissibilidade" da acumulação de cargos de Guilherme Afif Domingos (PSD), vice-governador do Estado e ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa do governo federal. "Esse é um tema da Assembleia Legislativa. É ela que vai se manifestar", disse Alckmin.

Em parecer de sete páginas, o chefe do Ministério Público Estadual mandou expedir ofício para a Assembleia Legislativa com expressa recomendação para "promoção das medidas necessárias à perda do mandato do vice-governador". O procurador determinou que Afif e o governador fossem notificados do fato. Elias Rosa afirmou que a acumulação de postos públicos é permitida excepcionalmente e somente quando há permissão expressa instituída na Constituição Federal.

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A Procuradoria é o segundo órgão a se manifestar contra a dupla função de Afif. Nesta quarta-feira, 5, a maioria da Comissão Geral de Ética apontou a "impossibilidade" e a "inconveniência" da acumulação de cargos "tanto do ponto de vista jurídico quanto do ponto de vista ético".

A comissão também vai encaminhar parecer à Assembleia, que discute a perda do mandato de Afif na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na próxima terça-feira, 11, o relator da proposta, deputado Cauê Macris (PSDB), entregará parecer favorável à admissibilidade do projeto pela comissão.

A seu favor, Afif tem um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) segundo o qual a dupla função é permitida. A Constituição estadual veda expressamente o acúmulo de funções por parte do governador, mas não diz nenhuma palavra sobre o cargo de vice.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, manifestou-se, na quinta-feira, 6, pela "inadmissibilidade" da acumulação de cargos de Guilherme Afif Domingos (PSD), vice-governador do Estado e ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa do governo federal. Em parecer de sete páginas, o chefe do Ministério Público Estadual mandou expedir ofício para a Assembleia Legislativa com expressa recomendação para "promoção das medidas necessárias à perda do mandato do vice-governador". Elias Rosa determinou que Afif e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fossem notificados do fato.

O Ministério Público se pronunciou formalmente sobre o caso após ser provocado por representação do deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL). Elias Rosa afirmou que a acumulação de postos públicos é permitida excepcionalmente e somente quando há permissão expressa instituída na Constituição Federal.

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"A acumulação, remunerada ou não, de cargos, funções e empregos públicos é admitida excepcionalmente no direito brasileiro, sendo a sede de sua permissão exclusivamente a Constituição federal", assinalou o procurador-geral. Elias Rosa advertiu que "para além das expressas autorizações constitucionais não há espaço para cúmulo de funções públicas".

A Procuradoria é o segundo órgão a se manifestar contra a dupla função de Afif. Anteontem, a maioria da Comissão Geral de Ética apontou a "impossibilidade" e a "inconveniência" da acumulação de cargos "tanto do ponto de vista jurídico quanto do ponto de vista ético".

A comissão também vai encaminhar parecer à Assembleia, que discute a perda do mandato de Afif na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) - terça-feira, o relator da proposta, deputado Cauê Macris (PSDB), entregará parecer favorável à admissibilidade do projeto pela comissão. A seu favor, Afif tem um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) segundo o qual a dupla função é permitida.

A Constituição estadual veda expressamente o acúmulo de funções por parte do governador, mas não diz nenhuma palavra sobre o cargo de vice. O procurador-geral afirma que "o vice-governador exerce cargo típico no comando do Poder Executivo com funções próprias e exclusivas de substituto, sucessor ou auxiliar", e sustenta que "essa última função (a de auxiliar) não pode ser obliterada (eliminada), sob pena de desrespeito ao princípio federativo".

"A Constituição Federal estabelece que o vice-presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais. Trata-se de regra de aplicação simétrica na organização estadual, distrital e municipal, cuja eficácia fica comprometida com o cúmulo de funções em diversas esferas federativas, motivo pelo qual lhe é defeso (proibida) essa acumulação", ressalta Elias Rosa.

Remissão

Para o procurador-geral, poderão argumentar que não perde o mandato parlamentar que, licenciado, é investido em cargo de provimento em comissão no Poder Executivo. "Mas, isso não autoriza concluir a licitude do exercício cumulativo de mandato eletivo de vice-governador e de ministro ou secretário de Estado na administração pública federal, porque sendo a proibição da acumulação a regra a exceção depende de expressa previsão constitucional", adverte Elias Rosa. "O vice-governador, assim como o vice-presidente e o vice-prefeito, exerce cargo típico no comando do Executivo com funções próprias e exclusivas de substituto, sucessor ou auxiliar."

Elias Rosa observa que a Constituição Estadual, reproduzindo o parágrafo 1.º do artigo 28 da Carta Federal, prevê no artigo 42 a perda do mandato do governador em virtude da assunção de outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvando a posse em decorrência da aprovação em concurso público.

"Essa disposição é aplicável ao vice-governador?", indaga o procurador. "A remissão nela contida ao artigo 38 da Constituição Federal não é improfícua. Essa regra baliza a acumulação de cargo de servidor público com o exercício de mandato eletivo. Ela torna incompatível a acumulação do cargo público com mandato eletivo federal, estadual ou distrital e, no âmbito municipal, impõe o afastamento se investido no mandato de prefeito."

A Comissão de Ética do Estado vai decidir no dia 20 sobre a proposta do conselheiro Geraldo Brito Filomeno de que o parecer seja encaminhado ao MP, para que este avalie possível improbidade do vice-governador. Filomeno, que foi procurador-geral de Justiça no governo Mário Covas, argumentará que a Lei de Improbidade também cuida de outros atos que atentam contra os princípios da administração pública.

Sem comentários

Procurado, na quinta-feira, 6, pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o Afif afirmou, por meio de sua assessoria, que não comentaria a manifestação do Ministério Público. O vice-governador vem reiteradamente recorrendo ao parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) favorável à acumulação de cargos para justificar a sua permanência como vice-governador.

"Eu posso ser vice e ponto", chegou a dizer quando entregou o parecer da AGU à Comissão de Ética da Presidência. "O vice é uma expectativa de cargo, não é um cargo. Tanto é que ele pode assumir outras funções como vice-governador. Eu mesmo já tinha assumido a função de secretário de Estado."

Também na quinta-feira, 6, ele criticou a Comissão Geral de Ética do Estado de São Paulo, que se manifestou pela "impossibilidade" e pela "inconveniência" da acumulação dos dois postos. Além de afirmar que a comissão "não tem competência" para julgá-lo, declarou não ter sido eleito "para a conveniência de uns poucos".

O principal aliado de Afif, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD), afirmou, antes que a manifestação do Ministério Público fosse publicada, que a questão que envolve o vice "é muito mais política do que jurídica e moral". "Não tem nada que o desabone no campo moral, nada que o desabone no campo ético, nada que mostre alguma ilegalidade. A questão é política. E nessa questão específica todas as pessoas vão perceber que nem a questão política deve prevalecer", declarou Kassab.

O ex-prefeito disse que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) "sabe que poderá contar com ele (Afif) nas eventuais ausências" porque o vice "sabe da lealdade que tem com o povo de São Paulo, e terá até o último minuto". "É uma pessoa muito correta. Nos momentos em que tiver que assumir como governador interino, terá um comportamento à altura da sua vida, uma vida aberta e sempre sintonizada com os trabalhos do governo do Estado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que é "provável" que ele viaje a Paris no domingo, 9, para apresentar a candidatura da capital paulista à sede da Expo 2020. "É provável, mas nós só vamos definir na sexta-feira, 7, porque ainda temos algumas questões a resolver."

A ausência temporária de Alckmin, que tem duração prevista de três dias, abriria espaço para que o vice-governador e ministro da Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, Guilherme Afif Domingos (PSD), assumisse temporariamente o comando do Estado. Para isso, ele terá de pedir licença do ministério pelo período em que Alckmin estiver fora.

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Questionado sobre se havia algum incômodo em ceder o posto para Afif, que tem cargo no primeiro escalão do governo federal, comandado pelo PT, Alckmin respondeu: "Nenhum incômodo".

As declarações do governador foram dadas durante evento em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Na ocasião, Alckmin liberou R$ 60 milhões com o programa Crédito Ambiente Paulista (CAP), que prevê ações em prol da conservação e preservação do meio ambiente, além de desenvolvimento sustentável.

O relator do processo de perda do mandato do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) na Assembleia de São Paulo, deputado Cauê Macris (PSDB), vai apresentar seu parecer sobre o caso na próxima terça-feira, 11, dia em que ocorrerá a reunião sobre a Expo 2020 em Paris.

Em tese, Afif poderá estar no exercício do cargo de governador, caso o titular, Geraldo Alckmin (PSDB) vá ao evento na França. Nesta terça-feira, Alckmin colocou essa possibilidade em dúvida, ao afirmar que "o Estado de São Paulo estará bem representado pelo secretário Júlio Semeghini (Planejamento) ou por mim. Essa definição de quem representará o Estado vamos dar mais ao longo da semana".

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O governador, contudo, disse ser "muito provável que (eu) vá sim".

Macris pediu na noite desta segunda-feira, 3, a prorrogação, por mais 15 dias, do prazo que tinha para apresentar o relatório, que venceria na quinta-feira, 6. Contudo, segundo apurou o Grupo Estado, decidiu apresentá-lo antes do prazo limite para não dar a sensação de que a Assembleia empurra o assunto "com a barriga".

O deputado não opinará sobre o mérito do caso, mas sobre a admissibilidade dele pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Apesar disso, será um indicativo do que o PSDB decidiu fazer com a questão. Até agora, o Palácio dos Bandeirantes não deu nenhuma orientação aos deputados tucanos e a bancada não fechou posição sobre a perda do mandato.

Outros partidos. O PT, que tem três integrantes na comissão, ficará do lado de Afif, neoaliado. O partido avalia que não há previsão legal sobre o acúmulo de cargos do vice e que, portanto, a Casa não deve se manifestar.

O PTB também deve ficar ao lado de Afif. O líder do partido, deputado Campos Machado, informou, por sua assessoria, que, se houver alguma condenação ao vice-governador, que seja "moral" e não "jurídica". O PTB tem um deputado na CCJ.

O PSD, partido do vice-governador, que também conta com um integrante - o deputado José Bittencourt -, por óbvio, também defenderá Afif.

Os demais oito votos dos 13 totais são considerados incertos. O maior temor do Palácio dos Bandeirantes é que o PSDB venha a ficar sozinho na defesa da perda de mandato de Afif. Apenas neste caso, integrantes do governo avaliam que pode haver interferência do Executivo no processo.

O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, compareceu à Comissão de Ética Pública da Presidência da República para explicar a sua decisão de permanecer no cargo de vice-governador de São Paulo, acumulando as duas funções. Afif entregou ao conselheiro da comissão, Mauro de Azevedo Menezes, cópia do parecer da divulgado na noite de terça-feira (21), pela Advocacia-Geral da União (AGU), favorável ao acúmulo de cargos.

"Eu trouxe o parecer da AGU, que ajuda a esclarecer os pontos polêmicos de um fato novo, que é a assunção de um vice-governador ao cargo de ministro, para trazer o conforto da legalidade desta posição", justificou Afif, em entrevista, após reunião com o conselheiro Mauro Menezes. De acordo com o ministro, seguindo a orientação da AGU, quando o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, viajar, no início de junho, ele (Afif) poderá renunciar ao cargo ou tirar licença por tempo determinado.

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Depois de dizer que, em junho, estará "pronto para auxiliar o meu Estado, cumprindo a tarefa para a qual fui eleito", Afif acrescentou agora que poderá renunciar para evitar problemas, o que levará a presidente Dilma Rousseff a ter de assinar um novo ato nomeando-o novamente ministro. "Aqui a Advocacia fala de licença, mas eu posso perfeitamente renunciar temporariamente para não gerar nenhum tipo de dúvida", afirmou.

Afif voltou a dizer que não se sente constrangido de servir, ao mesmo tempo, ao PSDB, como vice-governador e ao governo Dilma, como ministro, alegando que está trabalhando por uma causa, a defesa das micro e pequenas empresas. "Não sinto (constrangimento) porque é sobre o tema, que é a micro e pequena empresa, que é universal. Portanto, tanto o governador, como a presidência, estão juntos neste tema. Por isso eu fui escolhido", disse.

Questionado se apoiará o PSDB de Aécio Neves ou o PT, com Dilma Rousseff, em 2014, ele desconversou: "Continuo como ministro, porque não sou candidato". Diante da insistência se ficava com PT ou PSDB, Afif respondeu: "A tendência do meu partido, quem responde, é o presidente do meu partido. Eu, como ministro, não faço política partidária. Como ministro, faço política em favor da micro e pequena empresa".

Apesar de ter sido cobrado, na segunda-feira, 20, pela Comissão de Ética, sobre a entrega da Declaração Confidencial de Informações (DCI), Afif Domingos disse que ainda não entregou os documentos e que estava ouvindo as explicações do órgão. O prazo, na verdade, venceu no dia 19 de maio, dez dias após a sua posse.

Comissão de Ética

O conselheiro Mauro de Azevedo Menezes, que representava a Comissão de Ética na reunião com Afif, elogiou o gesto de prestígio do ministro ao colegiado, mas não quis adiantar a posição dos integrantes, alegando que o tema só será discutido na reunião do dia 17 de junho. "A comissão vai examinar a documentação preliminar trazida pelo ministro, que consiste num parecer da Advocacia-Geral da União", comentou Menezes. Ele acrescentou que "a comissão agora, com base na documentação trazida pelo ministro e nas informações complementares que foram pedidas, examinará se abrirá ou não um procedimento por considerar haver indícios de irregularidade". E emendou: "Por ora, ainda não podemos antecipar um juízo, porque é um juízo feito colegiadamente pela comissão".

Questionado se considerava aético servir ao PSDB e ao PT, ao mesmo tempo, Mauro Menezes lembrou que existe o juízo jurídico, feito até pela AGU, "que é um juízo distinto, de natureza jurídica". Mas, ressaltou que "o juízo político cabe às forças políticas, à correlação de forças sociais que tem a liberdade de se pronunciar sobre os passos de cada um das figuras que ocupam ministérios em nosso País".

Segundo Menezes, "haverá um exame formal" e , na próxima reunião, a totalidade dessa documentação será analisada e fará "um juízo formal comparando e confrontando a legislação ética com as explicações e os elementos trazidos pelo ministro".

O ministro da Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, Guilherme Afif Domingos (PSD), esteve no Senado no início da tarde desta quarta-feira, 22, para discutir o projeto de lei que regulamenta o pagamento de gorjetas. Ele se reuniu com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o relator da proposta, senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

A proposta obriga bares, restaurantes, hotéis e similares, que incluem taxas de serviço ou adicional nas contas dos clientes, a repassarem os valores para os empregados. O argumento do ministro, que pediu a retirada do requerimento de urgência que iria acelerar a tramitação, é que as microempresas não podem ser penalizadas com mais burocracia. "Temos que lembrar, toda vez que a gente faz lei, se isso se aplica a microempresa, porque essa não suporta obrigações acessórias jogadas nas suas costas. O que você quer aplicar a uma rede de restaurantes fast food não se aplica a um boteco."

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O relator da proposta classifica como "pertinente" a sugestão do ministro de excluir do projeto as microempresas, mas destaca que ampliar isso também para as pequenas empresas seria temerário. O senador defende que o plenário do Senado vote a proposta da forma como está e as modificações sejam dadas via regulamentação. Caso contrário, o projeto teria que retornar à Câmara dos Deputados, onde já foi analisado, o que atrasaria a entrada em vigor da lei.

Afif argumenta que concorda com o texto, ao obrigar o repasse direto do dinheiro da gorjeta para os funcionários. Contudo critica que a forma como isso vai se dar, fruto de acordo sindical. "Aí começam as obrigações acessórias e os controles que acabam massacrando o pequeno."

Gorjeta

O projeto foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na última terça-feira, 14. O texto aprovado incorpora a gorjeta ao valor da aposentadoria do empregado, já que anota o valor na carteira de trabalho, aumentando o valor do benefício - hoje, é considerado, apenas, o salário base, sem as taxas de serviço que, eventualmente, são repassadas aos funcionários.

O empregador que não transferir os valores em prazos fixados - o que ainda seria fruto de regulamentação - fica sujeito a uma multa também a ser definida. Os critérios usados para dividir as gorjetas serão estabelecidos em acordo ou convenção coletiva de trabalho ou por assembleias gerais dos sindicatos.

Segundo o projeto, a empresa deveria lançar a gorjeta na nota fiscal e reter 20% do valor para cobrir encargos sociais e previdenciários dos empregados. O restante deverá ser repassado aos trabalhadores e anotado na carteira de trabalho. As empresas que suspenderem a cobrança deverão, ainda, incorporar o valor pago ao salário do empregado pela média dos últimos 12 meses.

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