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Os itens de Alimentação foram os maiores responsáveis pela desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) na passagem da terceira para a quarta quadrissemana de outubro, para a taxa de 0,48%. O destaque foi a carne bovina, que, ao passar de 2,93% para 1,06% no período, ajudou a inflação do grupo a desacelerar a alta de 1,04% na terceira quadrissemana para 0,67% na seguinte.

Entre os cinco itens que mais influenciaram o IPC-S no último período do mês, quatro estão dentro da classe Alimentação. O tomate seguiu com preço em queda, desta vez com variação negativa de 16,40%, ante uma variação negativa de 19,14% na leitura anterior, do dia 22 de outubro. A cenoura, por sua vez, passou de uma variação negativa de 19,00% na terceira quadrissemana para -18,96% na quarta. Também foram citados pela FGV o pimentão (de -20,51% para -14,61%) e a banana-prata (de -2,01% para -2,56%). Completa a lista dos itens de maior influência de baixa a tarifa de eletricidade residencial, que passou de variação -0,15% para taxa de -0,52% no período.

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No caso dos Transportes, a única classe de despesa que apresentou aceleração de preços na passagem da terceira para a quarta quadrissemana de outubro, de 0,24% para 0,43%, o destaque foi o item gasolina, cuja taxa passou de 0,71% para 1,42% no período. O combustível aparece no topo dos itens que mais contribuíram para a alta do IPC-S na última leitura de outubro, seguido por refeições em bares e restaurantes (de 0,70% para 0,55%), aluguel residencial (de 0,66% para 0,65%), arroz (de 9,42% para 8,77%) e tarifa de telefone móvel (de 1,68% para 1,46%).

Apesar de o grupo alimentação registrar desaceleração de preços na terceira quadrissemana de outubro, dois itens dessa classe de despesa - arroz e batata inglesa - aparecem com os principais fatores de pressão de alta do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) d a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O preço do arroz subiu 9,42%, ante alta de 8,78% na segunda quadrissemana de outubro. Já a batata desacelerou entre os períodos, mas ainda registrou forte alta, de 11,90%, na terceira quadrissemana de outubro. Completam a lista dos principais itens de alta do IPC-S refeição em bares e restaurantes, que passou de 0,64% para 0,70%; tarifa de telefone móvel, de 1,65% para 1,68%; e aluguel residencial, com avanço de 0,63% para 0,66%.

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Itens do grupo alimentação também ajudaram a exercer pressão de baixa no indicador medido pela FGV entre a segunda e a terceira quadrissemanas de outubro. O tomate passou de queda de 18,77% para baixa de 19,14%. Cenoura foi de recuo de 15,36% para baixa de 19%. Pimentão reduziu a queda de 26,03% para 20,51%, entre os períodos e alface saiu de baixa de 5,41% para 4,40%. Além dos itens de alimentação, a tarifa de eletricidade residencial passou de alta para 0,13% para queda de 0,15% na terceira quadrissemana.

O aumentos de preços dos produtos alimentícios nos últimos meses podem ter prejudicado as vendas no varejo de alimentos no mês de agosto, segundo Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume de vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo recuou 1,1% em agosto ante julho.

"No caso de hipermercados, (a queda nas vendas) é provavelmente por causa de aumento de preços, que têm crescido bastante. Temos acompanhado pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) que os produtos alimentícios têm puxado bastante a inflação. O aumento de preço reduz a demanda. Provavelmente é aumento de preço", avaliou Pereira. No varejo restrito, registraram queda de preços ainda as atividades de tecidos, vestuário e calçados (-0,8%) e de livros, jornais e papelaria (-0,2%).

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Na avaliação do gerente do IBGE, a queda em tecidos e vestuário pode ter sido uma compensação pelas duas altas expressivas consecutivas, de 1,6% em junho e de 2,4% em julho. "Mesmo com os preços (dos artigos) caindo, a atividade tem sinal negativo. Então pode ser uma compensação por dois últimos aumentos fortes, principalmente o de julho", explicou. Em relação ao setor de papelaria, houve antecipação de compras em junho (4,6%) por causa das voltas às aulas no fim de julho.

Os preços mundiais dos alimentos registraram alta de 1,4% em setembro, após dois meses de estabilidade, seguindo a tendência dos valores do trigo e do arroz, segundo o índice mensal de preços publicado nesta quinta-feira pela FAO.

"O índice FAO dos preços dos cereais ficou na média em 263 pontos em setembro de 2012, ou seja, três pontos a mais que em agosto", destacou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Os cereais registram alta de apenas 1%, limitada por um retrocesso do milho após uma alta provocada pela seca de verão nos Estados Unidos. Mas a FAO destacou em um comunicado que continua "preocupada" com o abastecimento de trigo por causa das escassas quantidades disponíveis para a exportação.

O aumento dos preços foi provocado sobretudo pela carne (+2,1%) e laticínios (+7%), que explicam a alta da cesta global utilizada pela FAO para calcular as flutuações.

"As projeções mais recentes da FAO confirmam para 2012 uma queda da produção mundial de cereais, que registraram um recorde em 2011", afirma o organismo, que antecipa uma redução de 2,6% na comparação com o ano passado, e inclusive de 5,2% para o caso específico do trigo.

Para ensinar os procedimentos no manuseio de alimentos de acordo com a legislação sanitária, o Senac Recife inscreve para o curso de boas práticas na manipulação de alimentos. As aulas serão realizadas de 1° a 19 de outubro, das 18h às 21h, na Unidade de Hotelaria e Turismo.

O objetivo é ensinar práticas que melhorem as condições higiênico-sanitárias dos estabelecimentos, prevenindo danos à saúde dos clientes, minimizando a perda de produtos e diminuindo os custos com indenizações e multas. A capacitação também irá orientar como empresas e estabelecimentos que lidam com alimentos e bebidas (restaurantes, bares, padarias, lanchonetes, hospitais) devem se adequar à Resolução nº 216 da Agência Nacional de Vigilância (Anvisa), que determina os procedimentos apropriados e seguros para a manipulação, preparação, acondicionamento, armazenamento, transporte e exposição à venda de alimentos e bebidas. 

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As inscrições devem ser feitas na Central de Atendimento Senac, na Avenida Visconde de Suassuna, 500, bairro de Santo Amaro, Recife. Outras informações: 0800-081-1688 / (81) 3413-6728 / 3413-6729 / 3413-6730.

Que tal consumir alimentos saudáveis? Uma boa oportunidade para isso é a Feira de Orgânicos que será realizada pelo Colégio Apoio, no Recife, nesta quarta-feira (26). O evento oferecerá alimentos sem agrotóxicos produzidos por agricultores rurais do assentamento Chico Mendes, localizado no município pernambucano de Pombos.

Alface, rúcula, alho, coentro, cebolinha, cebola, tomate cereja, berinjela, jerimum, chicória, limão, banana e melancia, são alguns dos alimentos disponíveis na feira. O objetivo principal do evento é estimular o consumo de alimentos orgânicos para os estudantes e toda a comunidade.

O Colégio Apoio fica no endereço da rua Conselheiro Nabuco, 44, no bairro da Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. A feira iniciará no horário das 6h30 e mais informações sobre o evento podem ser conseguidas pelo telefone (81) 3441-5015.



O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), unidade de Paulista, cidade localizada na Região Metropolitana do Recife, realizará a Oficina de Aproveitamento Integral dos Alimentos. A qualificação vai trabalhar o proveitamento dos nutrientes das frutas, verduras, legumes, evitando desperdício.

O curso começará na próxima segunda-feira (24), no horário das 13h às 17h. Dentre as ações da capacitação, os participantes aprenderão como cascas e sementes podem ser aproveitadas de forma saborosa.

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Os interessados em participar do curso podem se inscrever no Senac Paulista. O local fica na Avenida Vice Prefeito José Rodrigues Costa Filho, 30, no bairro da Jardim Paulista. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (81) 3438-5050.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lamentou nesta terça-feira o veto da presidente Dilma Rousseff à desoneração dos alimentos que compõem a cesta básica. Para o presidente da entidade, Paulo Skaf, que assina nota distribuída à imprensa, a medida atinge 70% das famílias que, segundo a Fiesp, utilizam mais de 30% da sua renda para a compra de alimentos.

Para a Fiesp, a presidente deixa de dar o exemplo aos Estados ao não desonerar os tributos que dependem exclusivamente do ato do Executivo federal. "Reconhecemos que o governo está no rumo certo quando anuncia desonerações na folha de pagamento de vários setores e veta as modificações no conceito de receita bruta que reduziriam o efeito dessas desonerações, mas erra ao não aliviar os alimentos da cesta básica", afirmou Skaf, na nota.

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Dilma sancionou a Lei 12.715, mas reprovou o item relativo à cesta básica, alegando que "a efetiva desoneração da cesta básica deve levar em conta tributos federais e também estaduais, assim como a geração de créditos tributários ao longo da cadeia produtiva". Na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União, a presidente criou um grupo de trabalho para fazer uma nova proposta de desoneração da cesta básica.

Cinco classes de despesas componentes do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) apresentaram alta de preços na segunda quadrissemana de setembro ante a leitura anterior, do último dia 7, enquanto três mostraram desaceleração, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre os grupos que pressionaram o índice para cima, a maior alta foi verificada em Alimentos, puxada pela carne bovina. O grupo Alimentos passou de 1,14% para 1,15% da primeira quadrissemana do mês para a segunda. O item carne bovina, de 1,20% para 1,91%.

O grupo Vestuário, por sua vez, inverteu o sinal, saindo da taxa negativa de 0,46% para a positiva de 0,20% da primeira para a segunda quadrissemana. O item roupas passou de -0,75% para -0,02%. Entre os Transportes (0,01% para 0,15%), o destaque foi automóvel novo, que, após várias semanas pressionando para baixo o indicador, apresentou aceleração de preços, de 0,28% para 0,59%.

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Despesas Diversas (0,13% para 0,20%) e Comunicação (0,12% para 0,20%) também aceleraram no período, puxados, respectivamente, pelos itens serviço religioso e funerário (0,88% para 1,15%) e mensalidade para TV por assinatura (0,38% para 0,97%).

Por outro lado, Educação, Leitura e Recreação desacelerou de 0,54% na primeira quadrissemana do mês para 0,27% na segunda; Habitação passou de 0,40% para 0,34%; e Saúde e Cuidados Pessoais saiu de 0,34% na primeira quadrissemana para 0,29% no IPC-S divulgado nesta segunda-feira.

Para cada uma destas classes de despesa, destaque para o comportamento dos itens show musical, que desacelerou de 3,73% para 1,07%; material para reparos de residência, cuja variação foi de 0,10%, abaixo do 0,93% registrado na primeira quadrissemana; e artigos de higiene e cuidado pessoal, que saiu de alta de 0,33% para variação negativa de 0,03%.

Individualmente, os cinco itens que exerceram as maiores pressões de alta no IPC-S na segunda quadrissemana de setembro foram batata-inglesa (de 18,84% para 22,95%), plano e seguro de saúde (de 0,61% para 0,62%), pão francês (de 2,29% para 2,73%), móveis para residência (de 1,22% para 1,46%) e automóvel novo (de 0,28% para 0,59%).

Por outro lado, perfume (de -0,49% para -1,49%), alface (de -4,96% para -7,15%), feijão carioca (de -7,85% para -6,80%), agasalho masculino (de -9,80% para -6,80%) e laranja-pêra (de -4,21% para -3,38%) foram os responsáveis por evitar uma alta maior do IPC-S na segunda quadrissemana de setembro.

A Kraft Foods divulgou a perspectiva inicial para a sua operação varejista na América do Norte, que deve ser separada do novo segmento de petiscos no mês que vem. A empresa pretende focar na ampliação das margens e no pagamento de grandes dividendos aos acionistas.

Em agosto, a Kraft anunciou que a cisão das operações entre uma companhia de petiscos global, denominada Mondelez, e o negócio varejista norte-americano, que seguirá usando o nome Kraft Foods, ocorrerá em 1º de outubro. A Kraft ficará com marcas como Kraft, Oscar Mayer e Maxwell House e será a quarta maior fabricante de alimentos e bebidas embalados da América do Norte.

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A empresa informou que pretende, com o segmento varejista norte-americano, "criar um ambiente mais ágil e uma organização com menos camadas". Segundo a Kraft, planos de incentivo serão redesenhados para incorporar distribuição de ações, com o objetivo de alinhar interesses de funcionários e acionistas. A empresa acrescentou ainda que vai aumentar os investimentos em atração de talentos e na recém-criada Universidade Kraft.

A meta estipulada para o ano que vem é de um lucro de US$ 2,60 por ação, apesar das despesas com juros de cerca de US$ 520 milhões e custos de reestruturação de cerca de US$ 240 milhões. A companhia também espera fluxo de caixa de cerca de 70% do lucro líquido, abaixo da meta de longo prazo de pelo menos 85%, devido a um pagamento extra de impostos em 2013 de US$ 200 milhões.

A longo prazo, a companhia almeja crescimento orgânico da receita no mesmo patamar ou acima da taxa de crescimento do mercado de bebidas e alimentos da América do Norte e aumento de um dígito no lucro operacional, lucro por ação e dividendos.

Mondelez

Ontem, a Kraft Foods divulgou sua perspectiva para a divisão de petiscos, que se chamará Mondelez depois que a companhia de alimentos separar as operações de varejo na América do Norte no próximo mês. A meta estipulada para a Mondelez no ano que vem é de um crescimento orgânico de 5% a 7% na receita e um lucro operacional de US$ 1,50 a US$ 1,55 por ação. As informações são da Dow Jones.

De 6 a 9 de novembro, o Centro de Convenções de Pernambuco recebe a 10ª edição da Fispal Food Service Nordeste e da Fispal Tecnologia Nordeste. São as versões regionais de feiras já tradicionais de alimentos e bebidas, que acontecem anualmente em São Paulo. Os eventos são promovidos pela BTS Informa. 

A Fispal Food Service Nordeste é a edição local da maior feira de alimentação fora do lar da América Latina, Fispal Food Service. Ela reúne empresas dos mais diversos segmentos ligados ao food service, apresentando novidades em produtos e serviços para restaurantes, padarias, bares, hotéis, buffets, caterings, lanchonetes e pizzarias.

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Já a Fispal Tecnologia Nordeste é a única feira da região que traz lançamentos de ponta para as indústrias de alimentos e bebidas. O evento é uma edição regional da Fispal Tecnologia, principal feira de processamento, embalagem e logística para o setor de alimentos e bebidas da América Latina.

Entre as empresas que confirmaram presença na Fispal Food Service Nordeste, estão a indústria de embalagens Braspack, a distribuidora de gás Ultragaz e a empresa de equipamentos para estabelecimentos Zero Grau. O evento pretende trazer 150 marcas expositoras e atrair um público de 14 mil visitantes. 

Já a estimativa de público para a Fispal Tecnologia Nordeste é de sete mil visitantes. A feira deve reunir 70 marcas expositoras, tendo como destaques a Tronics, especializada em equipamentos para a indústria, e a Inoxserv, que atua no segmento de aço inox.

Os interessados em visitar as feiras já podem se credenciar, por meio de endereço eletrônico. O horário de visitação será das 16h às 22h. Para mais informações, acesse os sites dos eventos: www.fispaltecnologianordeste.com.br e www.fispalfoodservicenordeste.com.br.

Os preços internacionais dos alimentos subiram 6% em julho, informou nesta quinta-feira a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), voltando a avançar após três meses consecutivos de quedas. Os valores foram impulsionados por uma disparada dos preços dos grãos e do açúcar, como resultado de condições climáticas desfavoráveis às plantações.

O índice de preços dos alimentos da FAO, que mede a oscilação mensal nos preços internacionais de uma cesta de commodities alimentícias, cresceu 12 pontos em julho de 2012, para um patamar de 213 pontos. No entanto, o número ainda está abaixo do pico de 238 pontos atingido em fevereiro de 2011.

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A FAO normalmente não divulga o índice durante o mês de agosto, mas este ano essa tradição foi interrompida por conta das recentes ondas de clima desfavorável, que provocaram impacto adverso em plantações como milho e açúcar. O indicador de preços de cereais da FAO marcou 260 pontos em julho, alta de 17% em relação ao nível de julho e apenas 14 pontos abaixo da máxima histórica alcançada em abril de 2008.

"A alta foi disparada por chuvas fora de época no Brasil, o maior exportador mundial de açúcar, que prejudicaram a colheita de cana em julho. Preocupações com o atraso das monções na Índia e as chuvas escassas na Austrália também contribuíram para o aumento dos preços", disse a organização.

O indicador de preços dos óleos e gorduras ficou em 226 pontos em julho, alta de 2% ante o patamar de junho, por conta da valorização das cotações do óleo de soja e das perspectivas de oferta e demanda apertadas para a soja, que subiu para máximas recordes no mês passado. No entanto, as Nações Unidas destacaram que a oferta atual e potencial de óleos de palma, girassol e canola limitou a alta do índice.

Enquanto isso, o indicador de preços de laticínios alcançou 173 pontos em julho, estável em relação ao patamar de junho, depois de cinco meses consecutivos de queda. O índice de preços da carne caiu 1,7% ante junho, alcançando 168 pontos, principalmente como resultado do enfraquecimento da carne suína. As informações são da Dow Jones.

Maior distribuidor de produtos agrícolas do País, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) desde outubro deixou de ter controle próprio sobre a quantidade de pesticidas presentes nas verduras e legumes que passam pelo local. O centro de armazenagem alega que não tem recursos para fazer a análise de resíduos de agrotóxicos após o fim do subsídio do Ministério da Agricultura, há nove meses.

Com a opção de fazer o controle diretamente entre os produtores, em diversas partes do País, o governo limitou o pagamento de análises laboratoriais de 410 amostras anuais para 230. "Consideramos que não seria uma avaliação representativa e optamos por não fazer", afirma Ossir Gorenstein, responsável pelo Centro de Qualidade Hortigranjeira da Ceagesp. "Hoje, é inviável o pagamento com recursos próprios, pois há outras prioridades. Cada amostra custa entre R$ 500 e R$ 600."

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Segundo Gorenstein, o risco maior está na saúde dos agricultores, que lidam diretamente com os produtos químicos em alta dosagem. "Temos programas de incentivo à produção sem agrotóxicos, mas é importante haver nosso próprio banco de dados. Hoje, não sabemos o estado do uso de pesticidas dos produtos que chegam à Ceagesp."

Fábio Florêncio, coordenador-geral de qualidade vegetal do ministério, afirma que a decisão de expandir a análise ocorreu por causa da falta de rastreabilidade dos produtos que entravam na Ceagesp. "Mesmo com as notas fiscais, tínhamos problemas para identificar a origem dos produtos. Optamos por fazer o trabalho mais focado no produtor e, por isso, a Ceagesp teria um número de amostras mais reduzido", explica. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os efeitos do atípico período chuvoso em São Paulo desde maio - o mais intenso em quase três décadas - já impactam os produtos agrícolas consumidos pelos paulistanos. Segundo técnicos e produtores, verduras e legumes têm sido cultivados com mais agrotóxicos para compensar o inesperado excesso de umidade. O excedente da chuva também dificulta o plantio de orgânicos, que já são encontrados em menor quantidade nas feiras.

Os números só serão conhecidos em agosto, quando o Ministério da Agricultura consolidar os dados que o Plano Nacional de Controle de Resíduos Contaminantes (PNCRC) coletou até o dia 30 de junho. Mesmo assim, produtores e especialistas afirmam que tem havido um maior uso de pesticidas no cinturão verde paulista nos últimos três meses, especialmente em folhosas (alface, rúcula e brócolis) e solanáceas (pimentão e tomate).

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"O outono e o inverno estão prejudicando muito a agricultura paulista neste ano. O último grande período úmido assim havia sido em 1983", afirma o pesquisador Marcelo Bento Paes de Camargo, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). "Isso se reflete na necessidade do combate químico em produtos como laranja, cana-de-açúcar e as hortaliças, que são mais frágeis."

O produtor e agrônomo Gérson Saiki, que planta em Cotia e vende na Ceagesp, nega ter compensado o decréscimo de produtividade com agrotóxicos, mas relata que em sua região produtores têm usado do artifício. "O pessoal está descapitalizado por causa do verão pouco lucrativo que tivemos e tenta salvar a produção a qualquer custo", afirma.

O inverno com temperaturas brandas em São Paulo tampouco tem facilitado a vida dos agricultores. O clima frio, segundo especialistas, auxilia no controle das doenças fúngicas e bacterianas.

"É o motivo pelo qual o inverno seco é a estação mais propícia para o cultivo de hortaliças. Mas a alta umidade, com temperaturas amenas, aumenta o risco de doenças e, assim, o uso de agrotóxicos pode duplicar e até triplicar", explica o agrônomo Carlos Lopes, da Embrapa Hortaliças.

Orgânicos

Entre os produtores orgânicos, que evitam o uso de pesticidas sintéticos, o excesso de chuva tem inibido o plantio. Com isso, itens como alface, rúcula e brócolis têm tido menos oferta, e com qualidade inferior.

Sidnei Gomes, produtor de Mogi das Cruzes, afirma que perdeu até 30% da produção de hortaliças. "Com tanta água, nem adianta plantar porque não cresce", diz o agricultor, que vende vegetais nas feiras livres do Pacaembu, Água Branca e Ceagesp.

João Evangelista, que também comercializa seus produtos orgânicos no Parque da Água Branca, afirma que há dois meses não planta rúcula. "Em épocas boas, conseguia oferecer 800 caixas de verduras e legumes por mês. Atualmente, mal tenho conseguido produzir 600", afirma.

Os agricultores que menos sentem o impacto da chuva são os que plantam em solo coberto - e cobram mais caro por isso. O comerciante João Roberto Françolim, de 47 anos, que costuma fazer compras na feira da Ceagesp, reclama dos preços. "O tomate quase dobrou de valor. Além disso, a alface está muito menor. No saco plástico que ficava cheio com uma peça, hoje cabem duas com folgas." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Mesmo sendo um dos principais empregadores da indústria nacional, o setor de alimentos vem encontrando dificuldades para apresentar ao governo reivindicações que estimulem a competitividade das empresas da área. Edmundo Klotz, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos, diz que já tentou agendar uma reunião para levar os pontos de vista do setor, mas ainda não teve oportunidade de ser atendido no Ministério da Fazenda. "Não sei porquê", lamenta.

Klotz diz que o setor tem grande interesse em fazer parte da lista de beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos, que estabeleceu a suspensão da contribuição patronal para o INSS. "Mas isso precisaria ser segmentado. Não é interessante para todo o setor de alimentos, pois cada segmento tem um tipo de estrutura em termos de mão de obra", explica. Os segmentos que fabricam proteína, como carne vermelha, leite e derivados, seriam os mais interessados em trocar a contribuição em folha por um porcentual do faturamento.

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Vale lembrar que o setor de aves e suínos conseguiu entrar na lista de beneficiados pela desoneração em folha de pagamentos com a aprovação, nesta semana, das Medidas Provisórias do Plano Brasil Maior pelo Congresso. Os setores recolherão agora 1% do faturamento.

Mais do que pedidos de ajuda, no entanto, o que o setor quer mesmo é a "manutenção do status quo". Algumas medidas estariam, segundo Klotz, mais atrapalhando do que ajudando como é o caso do aumento da tributação do setor de bebidas. Há ainda alguns casos em que o governo estaria limitando a apropriação de crédito presumido de impostos.

Outra solicitação antiga do setor é a desoneração de PIS e Cofins dos produtos que compõem a cesta básica. "Desde o governo Lula temos proposta o estabelecimento de uma cesta única nacional que comporte uma desoneração desses impostos, mas essa ideia não prosperou", diz. O dirigente participou hoje de encontro de representantes da indústria nacional, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo, para tratar dos efeitos e eventuais ajustes do Plano Brasil Maior.

Cinco pessoas foram presas durante uma operação de fiscalização realizada pela Secretaria de Saúde do Recife no Mercado Público de Afogados, Zona Oeste do Recife, na manhã desta sexta-feira (20). Além dos comerciantes, uma grande quantidade de produtos como carnes, queijos, chocolates, iogurte, leite e vários embutidos impróprios para o consumo foram apreendidos.

A fiscalização contou com a participação de Inspetores da Vigilância Sanitária, policiais da delegacia do bairro, da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) e ocorreu tanto nas dependências internas quanto nas externas do centro comercial. Dentro do mercado, alguns boxes foram interditados por comercializarem carnes de forma inadequada. Um abatedouro clandestino de aves também foi fechado.

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Do lado externo do mercado, os inspetores apreenderam dois tabuleiros que continham iogurte, chocolates, mortadelas, leite, bolacha, suco em pó e salsicha. Dois caminhões, que transportavam cerca de 330 quilos de queijo coalho foram interceptados pela polícia. O produto não havia registro da vigilância sanitária e cadastro na Adagro.

De acordo com a polícia, as cinco pessoas detidas foram levadas para a delegacia para prestar depoimento. Eles poderão ser penalizados com detenção de dois a cinco anos por terem cometido crime contra as relações de consumo, previsto no Artigo 61 do Código de Defesa do Consumidor (CDC).



Após prisão na última quinta-feira (12), Thiago da Silva Evangelista, de 27 anos, conhecido popularmente como “Cabeção”, foi apresentado nesta quarta-feira (18), na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DPRFC) por furtar uma carga com quatro mil quilos de alimentos e vendê-los para um estabelecimento chamado Varejão Lajendense, no bairro de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Segundo os agentes responsáveis pelo caso, o acusado usava uma farda de ajudante de caminhoneiro para aplicar os golpes. Thiago conseguiu vender a carga por R$ 1900 reais ao proprietário do mercado, Carlos Eduardo Valença, que foi encaminhado ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, por receptação qualificada.

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Foi através das imagens da câmera de segurança do local que Carlos mostrou, em depoimento à polícia, a pessoa que o repassou os produtos. Em seguida, foi liberado. “Cabeção” foi preso após ser reconhecido por populares que viram a imagem divulgada pela imprensa local. Ele está sendo mantido em cárcere autuado por furto qualificado, na cidade de Alhandra, no Estado da Paraíba, após passagem pelo Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.

Neste último dia de Rio+20, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, criticou o desperdício de alimentos no mundo. O sul-coreano participou, ao lado do ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero, de painel sobre a "Aliança Global para Terras Secas" (GDLA, na sigla em inglês), uma parceria entre países áridos e semiáridos. O evento foi no estande do Qatar - idealizador do GDLA - , um dos mais luxuosos do Parque dos Atletas, espaço em frente ao Riocentro, na Barra da Tijuca, que recebeu eventos paralelos oficiais da Rio+20.

O principal foco da GDLA é o combate à ameaça de escassez de água e comida nas áreas desérticas. "Enquanto tivermos um bilhão de pessoas indo dormir toda noite com fome, não seremos capaz de dizer que vivemos em um mundo sustentável", disse Ban Ki-moon, em discurso. "Em todo o mundo, acredito que temos comida suficiente para alimentar sete bilhões de pessoas (população mundial atual, segundo a ONU), mas o sistema não está funcionando", criticou.

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Conforme o secretário-geral, um terço da nossa produção de comida se perde em algum ponto. "Isso é uma tragédia. Não pode haver nenhuma criança faminta no mundo", afirmou. "O princípio básico da Rio+20 é colocar as pessoas em primeiro lugar. Para isso, temos de alimentá-las, prover comida. O governo brasileiro tem tido sucesso com um programa que tem o nome de 'Fome Zero'", citou.

Tanto Ban Ki-moon quanto Zapatero não quiseram conceder entrevista após o painel. No discurso, o ex-primeiro-ministro afirmou que a Espanha tem 3 mil quilômetros quadrados de área desértica, mas, mesmo assim, a agricultura no território árido é uma das mais competitivas do mundo. "Devido à tecnologia que usamos, com uma produção que respeita o meio ambiente", afirmou.

Visitas

O Parque dos Atletas será reaberto ao público neste sábado e domingo, das 10h às 20h - ficou restrito a credenciados e convidados entre quarta e sexta-feira, devido à reunião de cúpula dos chefes de Estado, no Riocentro. Toda a programação de palestras e apresentação de projetos, no entanto, se encerrou nesta sexta. Somente o pavilhão multiuso e o do governo do Rio vão ter atividades no fim de semana; os demais estarão abertos apenas para visitação.

O desaquecimento da economia já está surtindo efeito nas contas de empresas de peso do setor alimentício, como a BRF Brasil Foods e a Kraft Foods. As duas empresas informaram ter registrado redução de vendas no primeiro semestre deste ano. A BRF acredita que o quadro deverá repercutir sobre o fechamento de 2012, com o número de pessoas contratadas em dezembro devendo ser inferior ao de janeiro, diferentemente do que costumar ocorrer, segundo o vice-presidente de Assuntos Corporativos da empresa, Wilson Newton de Mello Neto.

Neste ano, o ritmo mais lento da economia brasileira deixou de funcionar como compensação da crise internacional para a BRF. A consequência é uma possível redução do investimento no acumulado do ano, em comparação ao ano anterior, como na área de recursos humanos. O executivo, porém, descarta o adiamento de alguma nova instalação, como a fábrica de produtos lácteos no município de Barra Mansa (RJ).

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O aumento de custos no mercado interno motivou o repasse de preços pela BRF para alguns alimentos, o que deve ter contribuído para a inflação de alimentos, registrada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Contudo, segundo o executivo da empresa alimentícia, uma parcela do aumento dos custos foi assumida pela empresa.

A Kraft Foods trabalha com a expectativa de que o consumo melhore no segundo semestre deste ano em relação ao anterior. "Esperávamos um início de ano melhor do que foi. Mas acreditamos que o segundo semestre será melhor do que o primeiro porque um dos fatores que pesou na decisão de compra das famílias, que foi o endividamento, deverá cair no segundo semestre", afirmou Fabio Acerbi, diretor de Assuntos Corporativos e Governamentais da Kraft Foods, que junto de Mello Neto, participou de seminário na Rio+20.

Apenas a alta de preços do grupo Alimentos, de 0,66% em junho, superou a variação de maio, de 0,62%, entre os grupos que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fatores climáticos favoreceram o aumento de preços dos alimentos, como do tomate (19,48%), da cebola (16,22%), batata inglesa (6,70%), de hortaliças (3,29%), do óleo de soja (3,20%) e arroz (2,02%).

O IBGE destacou como os principais impactos positivos para a formação do IPCA-15 de junho os itens tomate, aluguel residencial (0,68%), refeição em restaurante (0,57%) e taxa de água e esgoto (2,26%). Entre os itens em queda, os destaques foram mobiliário (-0,65%), telefone fixo (-0,54%), gás de botijão (-0,42%) e cigarro (-0,72%).

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Quanto aos índices regionais, a região de Porto Alegre apresentou resultado com sinal negativo (-0,12%), sob influência dos automóveis novos (-5,77%) e usados (-6,26%). O maior índice foi o de Salvador (0,53%), embora inferior a maio (0,80%). No Recife, a variação foi de 0,48%; Belém, de 0,47%; Belo Horizonte, de 0,34%; Goiânia, de 0,33%; Brasília, de 0,12%; Rio de Janeiro, de 0,11%; São Paulo, de 0,10%; Fortaleza, de 0,08% e Curitiba, de 0,04%. Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 15 de maio a 13 junho e comparados aos do período de 14 de abril a 14 de maio.

Não Alimentícios

O grupo dos produtos Não Alimentícios apresentou variação de preços em junho bem abaixo da verificada em maio, passando de 0,48% para 0,04%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Educação, por motivos sazonais, apresentou estabilidade (de 0,00% para 0,05%).

Ainda de maio para junho, a variação dos preços do grupo Habitação passou de 0,81% para 0,53%; Artigos de Residência, de -0,16% para -0,28%; Vestuário, de 0,97% para 0,66%; Transportes, de -0,27% para -0,77%; Saúde e Cuidados Pessoais, de 0,93% para 0,43%; Despesas Pessoais, de 1,32% para 0,34%; e Comunicação, de 0,23% para -0,14%

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