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A Anistia Internacional, organização internacional de defesa dos direitos humanos, divulgou nesta terça-feira (1º) um balanço parcial sobre os protestos e a repressão policial no Brasil durante a Copa do Mundo. O relatório descreve oito casos de repressão a manifestantes, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife. Também são relatados casos de violência e cerceamento ao trabalho de sete jornalistas, em São Paulo, no Rio e em Belo Horizonte - e o uso de armas de fogo por policiais em São Paulo e no Rio.

A entidade cobra que policiais flagrados usando força abusiva sejam punidos e que o direito à manifestação e a liberdade de imprensa sejam respeitados. A Anistia Internacional também reclama que a Fifa não autorizou agentes da Defensoria Pública do Rio de Janeiro a ingressar no estádio do Maracanã para prestar assistência jurídica e prevenir violações de direitos durante os jogos, e pede que essa autorização seja concedida.

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O relatório registra também três episódios de violência praticados por manifestantes. Sobre um deles, ocorrido em São Paulo em 19 de junho, quando uma concessionária da Mercedes-Benz e cinco agências bancárias foram depredadas, o relatório afirma que "pessoas que estavam na manifestação teriam invadido uma concessionária de carros de luxo e algumas agências bancárias". Naquela ocasião, imagens de câmeras de segurança registraram a atuação de black blocs destruindo mais de dez carros. A concessionária teve prejuízo de aproximadamente R$ 3 milhões.

Para Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil, três aspectos resumem a situação até agora: 1) o posicionamento claro das autoridades contra novas leis que regulem protestos, postura que ele elogia; 2) o uso de força que ele considera exagerada pelas forças de segurança; e 3) a violência, que acaba colocando em risco tanto os manifestantes como os agentes de segurança e o patrimônio.

"As forças de segurança ainda não aprenderam que o uso exagerado da força, com bombas e balas de borracha, só gera caos, correria e mais violência. Existem formas mais eficientes de conter os atos, evitando que se chegue ao ponto em que chegou em São Paulo, por exemplo, quando a concessionária foi depredada", afirma Atila Roque.

A Anistia Internacional divulgou nota na tarde desta quarta-feira (11) em que demonstra preocupação com iniciativas da Secretaria de Segurança do Rio que "possam intimidar manifestantes" durante a Copa do Mundo. No documento, a ONG também questiona decisão da Fifa de negar trânsito livre para a Defensoria Pública em locais de competição como o estádio do Maracanã.

Na manhã desta quarta, dez pessoas foram levadas por agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio para "prestar esclarecimentos" sobre supostos atos de violência ocorridos durante protestos em 2013. "A Anistia Internacional espera que, durante o período dos jogos, manifestantes não sofram qualquer tipo de intimidação ou represália. A liberdade de expressão e manifestação pacífica são um direito humano e devem ser garantidos pelo Estado brasileiro durante a Copa", escreveu o diretor executivo da entidade no País, Atila Roque.

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A nota cita o caso da ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, que foi levada à Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, às 7 da manhã. Na tarde desta quarta, ela prestaria depoimento em audiência na Auditoria da Justiça Militar no processo que o major Fábio Pinto Gonçalves e o primeiro tenente Bruno César Andrade Ferreira respondem por constrangimento ilegal - em setembro de 2013, os dois foram flagrados em vídeo forjando um flagrante de posse de explosivo contra um manifestante. No Rio, nenhum PM foi julgado desde junho, apesar das denúncias de violência policial na repressão aos protestos.

A ação da Polícia Civil do Rio ocorreu um dia antes da abertura da Copa do Mundo. Estão programadas duas manifestações para esta quinta-feira no Rio, no centro, pela manhã, e em Copacabana, à tarde. A operação da DRCI tinha o objetivo de cumprir 17 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 27.ª Vara Criminal.

A Anistia Internacional também informa na nota que, às vésperas da Copa, vê com preocupação a negativa da Fifa em conceder trânsito livre à Defensoria Pública. "Em razão de protocolos realizados entre a Federação, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), foram disponibilizadas credenciais de trânsito livre apenas a magistrados e membros do Ministério Público. Para a Anistia Internacional, esta negativa compromete a garantia do direito à assistência jurídica plena e a prevenção de eventuais abusos ou violações de direitos. Nesse sentido, a organização solicita que esta autorização seja imediatamente concedida à Defensoria Pública em todos os estados que irão receber o mundial."

O diretor executivo da ONG afirma esperar que "todas as violações de direitos humanos sejam investigadas de forma célere e transparente e devidamente responsabilizadas". "A Copa do Mundo começa amanhã e esperamos que medidas que possam comprometer o direito de defesa de participantes dos protestos sejam imediatamente revertidas. E que outras ações que sirvam de alguma forma para intimidá-los sejam interrompidas", escreveu Atila Roque.

A Anistia Internacional lançou nesta quinta-feira (5) num ato em frente ao Congresso, documento de denúncia de abuso das polícias nas manifestações pacíficas de rua. O relatório "Eles usam uma estratégia de medo: proteção do direito ao protesto no Brasil", de 24 páginas, omite o papel de toda a rede de comando da repressão e dos blacks blocs nos casos de violência. A entidade não cita o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e os governadores de Brasília, Agnelo Queiroz, e de São Paulo, Geraldo Alckmin, que defenderam abertamente as táticas usadas pelas polícias. Também ignora os secretários estaduais de segurança, superiores dos comandantes das tropas.

Ao dar ênfase em casos de abusos, o documento superdimensiona o papel dos policiais que estão no front dos protestos, como se os agentes tivessem o poder de decidir sobre o uso de gás e balas de borracha em áreas de hospitais e escolas. As "autoridades locais", como os políticos das grandes cidades aparecem num trecho do documento, são cobrados apenas por uma suposta omissão de investigar os abusos cometidos pelas tropas. O texto faz parte da campanha da Anistia "Brasil, chega de bola fora!". A entidade vai protocolar, às 11 horas, no Palácio do Planalto, 87 mil assinaturas de apoio à campanha.

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Em entrevista ao Estado, Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional, no Brasil, afirma que a proposta do documento é focar no governo federal - que centraliza o comando da segurança de grandes eventos, como a Copa do Mundo - e no Congresso - instituição onde tramitam leis que põem risco o direito da manifestação pacífica.

Ele ressalta que, embora não apareçam no documento, os governadores e secretários de segurança foram procurados pela entidade para explicar a violência por parte das polícias. "Está claro para nós a cadeia de responsabilidades", afirmou. "De forma alguma pode ser atribuído (o problema da violência contra manifestantes) ao policial, pessoa que está na ponta."

Atila Roque citou um estudo da Fundação Getúlio Vargas, feito neste ano, em que mais de 60% de policiais ouvidos na pesquisa se declararam despreparados para atuar nos protestos. Ele ressaltou ainda que a Anistia se posiciona contra todos os grupos de manifestantes que praticam violência. O documento, segundo ele, analisa os agentes que detêm o uso legítimo da força. "A Anistia não está desatenta à violência como um todo. Somos contra a violência seja de onde for", disse. "É importante ressaltar que essa é uma ação que vai continuar. Vamos acompanhar de perto nos Estados."

O termo "Black Bloc" só é citado no documento numa roda de rodapé da página 22, de forma lateral. Nas manifestações de rua, o movimento Black Bloc é alvo principal da polícia e, ao mesmo tempo, justificativa apresentada pelos agentes de segurança para o aumento da repressão.

O documento da Anistia Internacional analisa o caso do fotógrafo Sérgio Andrade, 32 anos, de São Paulo, que perdeu a visão do olho esquerdo, atingido por uma bala de borracha disparada pela polícia militar. Andrade relata que no dia 13 de junho do ano passado, quando foi atacado, a polícia atirou ainda em pessoas que não participavam do protesto ao aumento da passagem de ônibus. O texto não cita um caso emblemático, o da morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, atingido no dia 6 de fevereiro deste ano por um rojão arremessado por um manifestante contra policiais.

A Anistia Internacional divulgou hoje estudo no qual mostra que houve aumento da homofobia em uma série de países nos últimos anos. A publicação analisa a ocorrência de casos intolerância em vários países e destaca que "os governos de todo o mundo precisam intensificar e cumprir sua responsabilidade de permitir que as pessoas se expressem, protegidos da violência homofóbica". Hoje (17) é o Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia.

De acordo com o assessor de Direitos Humanos da Anistia Internacional, Maurício Santoro, "um desses países é a Rússia, onde a homossexualidade é legal, foi permitida em 1993, quando houve a transição da União Soviética para a Rússia. Mas, desde então, foram aprovadas uma série de leis na Rússia que restringem muito a liberdade de expressão e a liberdade de associação dos grupos lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). As paradas de orgulho foram proibidas, essas pessoas sofrem agressões nas ruas e não conseguem registrar queixas na polícia", diz Santoro.

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A situação dos países africanos também tem chamado a atenção da organização. "A África hoje é o continente com o maior número de leis homofóbicas, para diversos países da região. O caso de Uganda é particularmente chocante porque o país aprovou, há algumas semanas, uma lei muito dura, que criminaliza totalmente a homossexualidade e que prevê inclusive a pena de morte para as pessoas que forem presas pelo chamado crime de homossexualidade agravada, seja lá o que isso signifique", critica o assessor.

No Brasil, apesar das agressões e da violência que a população LGBT é vítima, chegando a 300 assassinatos por ano, segundo a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Santoro afirma que a legislação melhorou nos últimos anos.

"A gente teve a decisão do Supremo legalizando o casamento de pessoas do mesmo sexo, que é uma decisão muito importante, pois coloca o Brasil numa vanguarda de países que adotaram esse tipo de lei. Tivemos várias decisões de tribunais superiores concedendo benefícios de saúde e de previdência para parceiros em relacionamentos homossexuais, antes mesmo do casamento ser aprovado", afirma.

Para melhorar o cenário, a Anistia Internacional propõe leis mais duras para combater a homofobia no Brasil, além da discussão e melhor aceitação do tema dentro das escolas e pelas forças de segurança.

No âmbito internacional, a campanha da entidade estimula que as pessoas assinem petições e enviem cartas para os governantes, para "colocar pressão internacional sobre cada governo", diz Santoro.

Como parte das comemorações que marcam o Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia, a sede da Anistia Internacional no Rio recebe, neste sábado, o projeto Eu Te Desafio a Me Amar, lançado em Brasília, na última quarta-feira (14).

A mostra, que também passou pelo Complexo de Favelas da Maré, no Rio, apresenta filme e exposição fotográfica da artista Diana Blok, que registrou artistas, militantes e personalidades políticas LGBT. Ela utiliza as artes visuais para tratar da liberdade e do respeito às escolhas pessoais em torno de questões de gênero, cor, identidade e credo. As informações são da Agência Brasil.

A Anistia Internacional, entidade mundial de defesa dos direitos humanos, cobrou nesta quinta-feira, 24, que as mortes de Douglas Rafael da Silva Pereira e Edilson Silva dos Santos, ocorridas na última terça-feira em Copacabana, na zona sul do Rio, sejam investigadas e os autores, responsabilizados.

"Infelizmente, o índice de homicídios de jovens em territórios de favelas e periferias é alarmante. A polícia brasileira está entre aquelas que mais matam no mundo, segundo dados da ONU. Entre os jovens, a proporção de mortes é duas vezes maior se comparada com a idade adulta. E entre os jovens brasileiros que morrem, 78% são negros", alerta nota divulgada pela entidade.

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"A Anistia Internacional Brasil pede não apenas que as mortes sejam devidamente investigadas, esclarecidas e responsabilizadas, mas que seja reconhecida a necessidade urgente de mudanças estruturais na organização das polícias, que incluam a sua desmilitarização, o aumento da transparência e a implementação de um controle externo efetivo das atividades policiais", conclui o texto.

As execuções de pena de morte relatadas ao redor do mundo subiram 15% em 2013 e os Estados Unidos está entre os cinco países em que mais pessoas receberam essa condenação, informou um relatório divulgado nesta quarta-feira.

O relatório organizado pela Anistia Internacional informa que 778 pessoas foram condenadas à morte em 22 países. O aumento mundial do ano passado se deve, em parte, a mais execuções no Irã e no Iraque, que lideram a lista, seguidos da Arábia Saudita. O número de execuções oficialmente reconhecidas no Irã era de 369 e do Iraque, 169.

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O número de pessoas condenadas à morte nos Estados Unidos, único país das Américas em que isso é permitido, continuou a cair. O relatório mostra que 39 pessoas foram executadas em 2013, sendo que mais de 40% dos casos eram do estado do Texas.

No entanto, a Anistia Internacional se disse "alarmada" com quatro países em que as execuções foram retomadas após uma pausa de um ano ou mais: Indonésia, Kuwait, Nigéria e Vietnã.

O estudo não contempla as execuções de centenas de pessoas na China, cujas informações são confidenciais, e também não traz informações da Síria e do Egito.

O grupo é contundente em sua posição sobre o assunto. "Somos contra a pena de morte em todos os casos, sem exceção", disse o representante do grupo nas Nações Unidas, José Luis Díaz. "É um castigo cruel, desumano e degradante."

A Anistia Internacional divulgou os resultados ontem, alguns dias depois da controversa decisão de um tribunal do Egito de sentenciar 529 pessoas à morte por suposta participação em um protesto em que morreu um policial. Entidades de direitos humanos denunciaram as falhas desse julgamento, como o fato da defesa não ter podido apresentar seus argumentos. Fonte: Associated Press.

Madonna dividirá o palco com as duas integrantes libertadas recentemente do grupo punk russo Pussy Riot em um show previsto para o próximo mês em Nova York, anunciou a cantora pop americana. A cantora aparecerá com Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina durante um show da Anistia Internacional no dia 5 de fevereiro, que também contará com várias estrelas, incluindo Bob Geldof, Blondie e Yoko Ono.

"Tenho a honra de apresentar minhas colegas lutadoras pela liberdade Nadya e Masha", afirmou Madonna em um comunicado divulgado na noite de quarta-feira, utilizando os diminutivos destas mulheres que até dezembro estiveram presas em colônias penitenciárias russas. "Admirei sua valentia e durante um longo tempo apoiei seu compromisso e os sacrifícios que fizeram em nome da liberdade de expressão e dos direitos humanos", acrescentou Madonna.

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O cartaz deste show afirma que as Pussy Riot aparecerão como convidadas especiais. Em uma mensagem no Twitter, Tolokonnikova confirmou que verá Madonna em Nova York. As duas mulheres foram libertadas em dezembro, com dois meses de antecedência, como parte de uma anistia anunciada pelo presidente russo Vladimir Putin antes dos Jogos Olímpicos de inverno, marcados para fevereiro. Também foram libertados militantes do Greenpeace, incluindo a brasileira Ana Paula Maciel, e o ex-magnata Mikhail Khodorkovsky.

As duas jovens, presas em março de 2012 por vandalismo e incitação ao ódio religioso, cumpriam uma pena de dois anos de detenção depois de cantar uma oração punk contra o presidente russo, Vladimir Putin, na catedral de Cristo Salvador de Moscou, acompanhadas por outra cantora do grupo, Ekaterina Samusevich.

A Anistia Internacional Brasil, organização não governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos, divulgou nota em que expõe preocupação com a situação no Maranhão. "É inaceitável que uma situação como esta se prolongue por tanto tempo sem nenhuma atitude efetiva das autoridades responsáveis", afirma a entidade.

"A Anistia Internacional Brasil vê com grande preocupação a escalada da violência e a falta de soluções concretas para os problemas do sistema penitenciário do Estado do Maranhão. Desde 2007, mais de 150 pessoas foram mortas, sendo 60 somente no ano passado. Neste período, graves episódios de violações de direitos humanos foram registrados nos presídios do Estado, como rebeliões com mortes, superlotação e condições precárias", diz a nota.

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O Catar queria as glórias de receber uma Copa do Mundo. Mas ainda precisa saber lidar com tudo o que envolve sediar o Mundial de 2022. Quando todos os olhos se voltam para o povo catariano, eles vão ver os atrativos locais, mas também seus problemas. E um dos principais e mais graves atraiu a atenção da Anistia Internacional, que há mais de um ano produz um relatório sobre a exploração da mão de obra estrangeira no país - tal dossiê foi apresentado neste domingo, em Doha.

"É absolutamente indesculpável que, em um dos países mais ricos do mundo, os trabalhadores estrangeiros sejam explorados de forma tão cruel, privados de pagamento e com dificuldades até para sobreviver", comentou Salil Shetty, secretário-geral da Anistia Internacional.

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O relatório divulgado neste domingo chegou a conclusões estarrecedoras, ainda que não sejam novidade para quem conhece a vida no Catar. Os operários imigrantes chegam ao país com a expectativa de aproveitar a explosão do crescimento econômico e as muitas ofertas de emprego na construção civil - muitas delas relacionadas com a preparação para receber a Copa de 2022. No entanto, precisam lidar com péssimas condições de trabalho e moradia, em ambientes insalubres.

Ainda segundo o relatório, muitos trabalhadores não recebem o salário prometido, ou não recebem nada. E, por causa de uma legislação conhecida como o "sistema kafala", não podem mudar de emprego ou sequer retomar a seus países. Não sem a permissão dos patrões, que não tem por que fazê-lo, com os homens obrigados a trabalhar mesmo sem receber.

"Os empregadores no Catar demonstram um revoltante descaso com direitos humanos básicos dos operários estrangeiros. Muitas (das construtoras) estão se aproveitando de um ambiente permissivo e de frouxa aplicação das leis trabalhistas existentes para explorar os trabalhadores da construção civil", disse Salil Shetty.

Durante duas visitas ao Catar, uma em outubro de 2012 e outra em março de 2013, os enviados da Anistia Internacional entrevistaram 210 imigrantes, além de diretores de empresas e dirigentes do governo do país. Segundo os relatos, muitos trabalhadores disseram ser tratados "como gado". Em alguns dos locais visitados, havia esgoto à mostra e banheiros insuficientes.

Muitos trabalhadores disseram aos membros da Anistia Internacional que pensaram em suicídio, diante da impossibilidade de retornar a seus países. Como eles não recebem, seus familiares passam por necessidade, o que agrava do desespero dos estrangeiros da construção civil no Catar.

O crescimento econômico acelerado na diminuta península do Golfo Pérsico criou uma demanda enorme por mão de obra, que a pequena população catariana não pode prover. Assim, muitos homens de países africanos e do sul e sudeste da Ásia veem a oportunidade de sustentar sua famílias.

Com os preparativos para a Copa do Mundo de 2022 se intensificando nos próximos anos, tal demanda só tende a aumentar. Mas agora os olhos do mundo estão sobre o Catar. O governo local promete melhorar a fiscalização e a aplicação da legislação vigente, além de garantir que avalia mudanças nas leis trabalhistas.

Após as prisões cometidas por parte dos agentes policiais durante o protesto do último sábado (7), na ‘Operação 7 de Setembro’,  os representantes da Frente Independente Popular afirmaram, em coletiva, que o Secretário de Defesa Social do Estado de Pernambuco, Wilson Damázio, foi o responsável pelas atitudes dos militares, já que os mesmos afirmaram que ele foi o mandante das agressões. A plenária aconteceu na tarde desta segunda-feira (9), no Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Segundo o estudante Rodrigo Dantas, da Frente de Luta pelo Transporte Público, que foi preso na estação do Metrô depois de sair do protesto, ele está sendo alvo de perseguição policial e não fez nada que infringisse a lei. “O nosso protesto era pacífico e contra, justamente, as torturas realizadas durante a ditadura militar, que até hoje não estão impune e que as perseguições continuam acontecendo no governo Eduardo Campos”, explicou Rodrigo, que afirma ter passado por alguns momentos de tortura. 

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Rodrigo também contou que dentro do metrô houve uma conciliação entre ele e os agentes. “Todo mundo pagou a passagem e entrou tranquilamente dentro do local cantando palavras de ordem. Tanto que o tenente ainda me cumprimentou e agradeceu por ter contribuído para o protesto ter sido pacífico. Mas quando chegamos perto da escada foi implantada uma emboscada no qual resultou a minha prisão”, disse.

Ainda de acordo com Dantas, o próprioestava portando somente uma bandeira. “O capitão Maxuel puxou violentamente o objeto da minha mão e, em um ato instintivo, a puxei novamente. Em seguida me derrubaram no chão, me deixando com várias escoriações pelo corpo, além de colocar spray de pimenta diretamente no meu olho. E quando cheguei à viatura, o mesmo capitão mandou apertarem as algemas ao máximo”, explicou o estudante, que contou que as versões da SDS, do delegado responsável pelo caso e dos policiais que participaram da ação, são contraditórias. Já as outras detenções que aconteceram no bairro do Derby, conforme Rodrigo, também foram todas prisões políticas.

DENÚNCIA

Os integrantes dos movimentos populares Resistência Pernambucana, da Frente Independente Popular de Pernambuco e da Frente de Luta Pelo Transporte Público, aproveitaram a coletiva e informaram que vão entrar com uma ação em dois órgãos internacionais contra o governo de Pernambuco: a Anistia Internacional e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 

Eles vão reunir os vídeos feitos tanta pela impressa pernambucana como dos representantes no dia da manifestação, além de documentos, fotos e depoimentos de manifestantes agredidos e imagens da polícia nas redes sociais.  “Estamos muitos preocupados com os rumos que o negócio está tomando. As coisas não podem continuar como estão”, desabafou a advogada voluntária Noelia Brito, que reforça a afirmação que os jovens, além de estarem sendo monitorados em sua residência, estão sendo perseguidos e torturados pela ação policial durante os protestos.

Em uma das publicações realizadas pelo Grupo de Apoio Tatico Itinerante da Polícia Militar de Pernmabuco na internet, é possível ler: "VAGABUNDOS QUEREM DENUNCIAR NOSSA PAGINA PODEM DENUNCIAR NÃO VAI DAR EM NADA SEUS LIXOS QUE DE PROTESTANTE NÃO TEM NADA CAMBADA DE VAGABUNDOS!". Já em outra públicação o grupo disponibiliza uma foto em que contém o estudante Edgar Santos, de 20 anos, sendo carregado pelos agentes. 

“Está se instalando um estado policialesco e uma ditadura disfarçada de democracia, tudo em função de um projeto político do governador, que tenta mostrar que Pernambuco é o lugar das maravilhas. Quando ele vê que existem pessoas e que não se submetem à sua política, porque vê que isso não é verdade, começam a ser perseguidas”, contou.  Segundo a advogada a denúncia vai funcionar de como uma ação genérica e coletiva e os casos individuais serão discutidos. 

Uma nova manifestação está sendo marcada para revindicar a ação policial em Pernambuco. Os manifestantes vão se reunir no próximo dia 18 em frente à Escola Luiz Delgado, situada na área central do Recife. Eles também vão pedir melhorias no transporte, além dos atos de corrupção.

 

O secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Sheety, criticou nesta segunda-feira, 05, o "uso excessivo da força policial" e a impunidade dos crimes cometidos por agentes de segurança no Brasil. Ele visitou a Nova Holanda, favela do Complexo da Maré, onde dez pessoas morreram em ação policial no mês passado.

"O caso Amarildo é um exemplo recente. Faz três semanas que a pessoa desapareceu e não há informações sobre o que aconteceu. Outro exemplo foi a morte de nove moradores da Maré e de um policial. E a reação da polícia foi, novamente, o uso excessivo da força. O que acontece nesse País é que raramente a violência policial é investigada. A impunidade policial é norma, não exceção", afirmou Sheety.

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Ele disse ainda que discutirá o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e com a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos. A Anistia Internacional (AI) também faz campanha virtual entre seus três milhões de integrantes, chamando a atenção para o caso Amarildo.

Na tarde desta segunda-feira Sheety se reuniu por mais de duas horas com moradores da Maré e ouviu relatos de violência policial e violação de direitos humanos. "A Anistia Internacional está preocupada como o modo como as forças de segurança respondem com violência e não seguem padrões internacionais nem as leis brasileiras. Há uso excessivo da força policial, execuções extrajudiciais", afirmou o secretário-geral.

Sheety conheceu ainda o projeto "Somos da Maré e temos direitos", apoiado pela AI, que prepara os moradores da favela para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora. Já foram distribuídos panfletos sobre o que é legal e ilegal na atuação policial, além de adesivos para serem colados nas portas das casas com a inscrição "Domicílio é inviolável. Os moradores da Maré conhecem seus direitos."

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), atribuiu a opositores políticos o início do confronto entre manifestantes e policiais militares do Batalhão de Choque nas imediações do Palácio Guanabara, sede do governo estadual, na noite desta quinta-feira (11), após as manifestações do Dia Nacional de Lutas.

"Qualquer ação de vandalismo não deve ser tida como fato normal. Não é assim que se faz oposição. Não é atacando as pessoas e o palácio que se faz oposição", disse o governador.

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Quando foi indagado se considerava ser alvo de mais críticas do que outros governadores, Cabral insistiu: "Essa oposição que veio para cá não respeita o jogo democrático, não respeita o debate, não respeita o diálogo."

Sobre a violência da PM, cujas bombas de gás atingiram moradores e até o setor de emergência da Casa de Saúde Pinheiro Machado, onde manifestantes se refugiaram, Cabral limitou-se a dizer que "qualquer excesso, seja da polícia ou desses que vêm para cá atacar, deve ser repudiado".

A PM usou ainda um caminhão pipa com jatos de água e o blindado conhecido como Caveirão para dispersar manifestantes. Em nota, a corporação afirmou que "um grupo infiltrado entre os manifestantes arremessou um coquetel molotov em direção ao palácio e morteiros foram arremessados contra a tropa, que reagiu". Um policial foi ferido na cabeça por uma pedrada e um manifestante sofreu traumatismo craniano ao ser atingido por uma bala de borracha.

O governador conversou com repórteres após cerimônia no Palácio Guanabara. Ao deixar o local, o secretário de Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, não quis comentar a ação da PM na véspera. "Prefiro não avaliar a ação. Não tenho de pressupor nada. Nosso papel é cobrar apuração. Havendo excessos, que possam ser identificados."

O diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil, Atila Roque, que estava no local, afirmou que "o vandalismo de alguns não pode ter como resposta o vandalismo policial".

Roque afirmou que a PM "pareceu atuar mais uma vez movida apenas pelo desejo de reprimir os manifestantes com uso absolutamente abusivo e desproporcional da força" e cobrou do governador e do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, que "interrompam o ciclo de violência".

"O comando precisa enviar uma clara mensagem de contenção para a tropa", disse Roque. "O que vimos foi a polícia perseguir manifestantes pelas ruas, encurralando grupos de pessoas que se afastavam dos protestos." O diretor da entidade disse que a depredação de patrimônio é "lamentável, mas não justifica a resposta desproporcional e generalizada da polícia". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Anistia Internacional divulgou nota nesta quinta-feira destacando que vê com preocupação o aumento da violência "na repressão aos protestos contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro e em São Paulo". De acordo com a Anistia Internacional, "também é preocupante o discurso das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes, em alguns casos enquadrados no crime de formação de quadrilha".

A Anistia destaca que o direito à manifestação e da realização de atos de forma pacífica deve ser assegurado. "O transporte público acessível é de fundamental importância para que a população possa exercer seu direito de ir e vir, tão importante quanto os demais direitos como educação, saúde, moradia, de expressão etc", diz a nota.

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O órgão ressalta ser contra a depredação do patrimônio púbico e atos violentos. Segundo a Anistia, é "urgente o estabelecimento de um canal de diálogo entre governo e manifestantes para que se encontre uma solução pacífica para o impasse". Manifestantes contrários ao aumento da tarifa de ônibus voltaram a realizar protestos na noite desta quinta-feira em São Paulo e no Rio.

O mundo se tornou "um lugar cada vez mais perigoso" para milhões de refugiados e migrantes, que têm seus direitos desrespeitados por governos preocupados, acima de tudo, em proteger suas fronteiras, denunciou nesta quinta-feira a Anistia Internacional. "Há muitos governos que cometem abusos contra os direitos humanos em nome dos controles migratórios, extrapolando as medidas legítimas de controle de fronteiras", afirmou o secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty, na apresentação do relatório anual da organização sobre o estado dos direitos humanos no mundo.

As medidas afetam tanto as pessoas que fogem dos conflitos em países como Síria, Sudão ou República Democrática do Congo, como os 214 milhões de emigrantes que estima-se que tenham deixado suas casas em busca de um trabalho ou de uma vida melhor em outro país. "Milhões de migrantes são condenados a situações abusivas, como o trabalho forçado ou os abusos sexuais, devido a políticas migratórias que permitem explorar estas pessoas impunemente", acrescentou Shetty, que responsabiliza "a retórica populista" de alimentar essas políticas.

A ONG critica, entre outros, a União Europeia e os Estados Unidos por aplicarem medidas de controle de fronteiras que "deixam em perigo" as vidas dessas pessoas. Quando conseguem chegar ao seu destino, muitos migrantes são submetidos a condições equiparáveis ao "trabalho forçado ou, em alguns casos, análogas à escravidão".

Os migrantes em situação irregular são os mais propensos a sofrer abusos, já que não recebem, ao mesmo tempo, a proteção de seus países de origem e dos de acolhida. "Aqueles que vivem fora de seu país, sem patrimônio nem status, são as pessoas mais vulneráveis do mundo, mas ainda são condenadas a viver nas sombras", afirmou o secretário-geral da Anistia.

Shetty ressaltou que os trabalhadores migrantes contribuem com a economia global com remessas equivalentes ao triplo da ajuda oficial ao desenvolvimento.

A organização ressalta nesse sentido o contraste existente entre as restrições impostas às pessoas e a facilidade com que circulam através das fronteiras os capitais e as armas convencionais que, com frequência, fomentam a violência e os abusos. "As pessoas refugiadas e deslocadas já não podem ser vítimas de 'o que os olhos não veem, o coração não sente', e sua proteção cabe a todos e a todas", frisou o secretário-geral da Anistia.

Em relação à Síria, a Anistia denuncia que "o mundo se limitou a observar" por mais um ano, enquanto continuam os abusos por parte do regime de Bashar al-Assad e, em menor medida, da oposição em um conflito que já deixou dezenas de milhares de mortos, quatro milhões de deslocados internos e um milhão e meio de refugiados.

Lamenta também as "penosas condições" que devem suportar nos campos de refugiados erguidos nas fronteiras dos vizinhos Jordânia, Líbano e Turquia para as pessoas que fogem da guerra civil. "A Síria é uma das grandes vergonhas de nossa época", declarou o secretário-geral da Anistia. "Transformou-se em uma partida de futebol política entre grandes potências".

"A comunidade internacional está paralisada, o que faz com que vejamos uma ausência de ação global", acrescentou, pedindo ao Conselho de Segurança da ONU que "enfrente os abusos que destroem vidas e obrigam as pessoas a abandonar suas casas".

O capítulo dedicado ao Brasil do relatório 2013 da Anistia Internacional, lançado nesta quarta-feira, destaca que, em 2012, continuou alta a incidência de crimes violentos, torturas e outras violações de direitos humanos cometidos no País, sobretudo por agentes do Estado. Para embasar a conclusão, o documento lista uma série de episódios, entre eles o aumento do número de homicídios e a desocupação da comunidade do Pinheirinho, no Estado de São Paulo; a constatação de torturas contra detentos e condições degradantes em presídios do Amazonas; e a continuidade da atuação de milícias (formadas por policiais corruptos) em diversas favelas do Rio de Janeiro. Por outro lado, a ONG também tece elogios a recentes avanços nessa área, como a instalação da Comissão Nacional da Verdade e políticas de redução da pobreza.

No item segurança pública, o relatório diz que "os Estados continuaram a adotar práticas policiais repressivas e discriminatórias para enfrentar a violência criminal armada, que matou dezenas de milhares de pessoas. Jovens negros do sexo masculino constituíram um número desproporcional dessas vítimas, sobretudo no Norte e Nordeste do País". O documento critica a continuidade do emprego das expressões "auto de resistência" ou "resistência seguida de morte" pelos Estados de São Paulo e do Rio para registrar homicídios cometidos pela polícia. Também comparou o aumento da quantidade de assassinatos em São Paulo em 2012 com a queda deste tipo de crime no Rio. Porém, o documento cita que milícias permanecem controlando favelas e ameaçando cidadãos em comunidades carentes cariocas.

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No quesito tortura, a Anistia diz que constatou, em vistoria em presídios amazonenses em março de 2012, presos mantidos em "celas fétidas, superlotadas e inseguras. Mulheres e menores eram detidos nas mesmas unidades que os homens. Houve vários relatos de tortura, tais como sufocamento com sacola plástica, espancamentos e choques elétricos. A maioria dessas denúncias envolvia policiais militares do Estado".

O relatório cita ameaças e assassinatos de ativistas rurais, líderes comunitários e defensores dos direitos humanos em vários Estados. Também lista ameaças de remoções forçadas de comunidades indígenas e quilombolas por fazendeiros ou "projetos de desenvolvimento", como a construção de hidrelétricas na Amazônia. Em relação ao direito à moradia, a ONG afirma que moradores de favelas estão sofrendo remoções forçadas devido a obras de infraestrutura para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. No item direito das mulheres, a Anistia critica decisão do Superior Tribunal de Justiça que absolveu um homem acusado de estuprar três meninas de 12 anos alegando que elas seriam "trabalhadoras do sexo". O documento registra que a sentença foi revogada depois pelo STJ, após críticas.

O País foi elogiado no quesito combate à impunidade, com a instalação da Comissão Nacional da Verdade e ações penais movidas pelo Ministério Público Federal contra agentes da ditadura militar, acusados de sequestrar desaparecidos políticos.

Para Atila Roque, diretor da Anistia Internacional no Brasil, o aparato legal do País é favorável à defesa dos direitos humanos. O problema está na aplicação prática das leis. "Vivemos um déficit de justiça. Pessoas que têm seus direitos humanos violados seguem desamparadas. E o Estado, que deveria proteger as vítimas, muitas vezes contribui com essas violações. Nossa democracia jamais será completa com desrespeito aos direitos humanos".

Outro lado

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que o programa "São Paulo contra o Crime", anunciado nesta quarta, prevê contratação recorde para o efetivo das polícias Civil e Técnico-Científica e o estabelecimento de metas de redução dos principais indicadores de criminalidade: homicídio, latrocínio, roubo e furtos de veículos. Sobre a reintegração de posse do Pinheiro, a pasta afirmou que a Polícia Militar foi requisitada pelo Judiciário. Em relação à terminologia "auto de resistência", a Secretaria disse que foi alterada em janeiro deste ano.

O mesmo foi informado pela Secretaria de Segurança do Estado do Rio. Em relação às milícias, a secretaria informou que, em seis anos, 788 milicianos foram presos.

O governo do Amazonas não se manifestou sobre as torturas relatadas em presídios do Estado.

A Anistia Internacional, organização não-governamental que atua em mais de 150 países em defesa dos direitos humanos, aprovou com ressalvas a condenação de 23 policiais militares pela morte de 13 detentos durante o massacre do Carandiru, em São Paulo. No episódio, em 1992, 111 presos foram mortos. O julgamento terminou neste domingo.

"Apesar dos 20 anos de espera, a sentença (...) sinaliza que a Justiça brasileira não irá admitir abusos cometidos pelo Estado contra a população carcerária. Mesmo sem a responsabilização das altas autoridades do Estado de São Paulo à época do massacre, como o governador e o secretário de Segurança, a Anistia Internacional acredita que este resultado é um passo importante na garantia de justiça para as vítimas, seus familiares e sobreviventes do Carandiru", diz a nota divulgada pela entidade após a decisão judicial.

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