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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chegou há pouco à Fundação Favaloro, clínica onde ficou internada no último sábado (5) e foi diagnosticada com hematoma no cérebro. O governo ainda não informou se a presidente vai realizar novos exames de controle ou uma cirurgia para drenagem do sangue acumulado na membrana que cobre o cérebro. A Fundação Favaloro preparou uma sala de cirurgia e uma ala especial para atender à presidente, que teria sentido novos sintomas de cefaleia nas últimas horas.

As imagens das emissoras de TV locais mostraram que a presidente chegou à clínica às 13 horas. No sábado à noite, depois de mais de seis horas internada na Fundação Favaloro, o porta-voz da presidência, Alfredo Scoccimarro, leu uma nota oficial assinada pela unidade médica presidencial, na qual revelou que a presidente foi diagnosticada com um hematoma no cérebro, resultado de um traumatismo craniano provocado por um tombo no dia 12 de agosto. A nota informou que, naquela ocasião, a presidente submeteu-se a uma tomografia e o resultado foi normal.

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A nota explicou ainda que Cristina sentia arritmia cardíaca e dores de cabeça. Por esta razão, decidiu fazer exames no sábado na principal instituição da Argentina que trata doenças cardíacas e neurológicas. No sábado, o governo informou que a presidente ficará 30 dias de repouso.

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou hoje um recurso apresentado pelo governo da Argentina numa tentativa de evitar que credores que não participaram de uma reestruturação da dívida do país recebam obrigações pelos bônus que detêm.

A decisão representa um revés para o governo argentino em sua batalha contra fundos de hedge e outros "holdouts" que se recusaram a aceitar os termos da histórica moratória de 2001.

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A Argentina, no entanto, provavelmente terá outra oportunidade de entrar com outra petição na corte.

Buenos Aires havia pedido aos juízes que revissem decisões de instâncias inferiores determinando que o país não pode fazer pagamentos sobre a dívida reestruturada a menos que também pague aos holdouts, liderados por fundos de hedge que incluem a Aurelius Capital Management e a NML Capital Ltd., afiliada da Elliott Management Corp..

Essas decisões constituem uma "intromissão inédita nas atividades de um Estado estrangeiro" que pode prejudicar o processo de reestruturação apoiado pela comunidade financeira internacional, afirmou a Argentina no recurso à Suprema Corte.

A Argentina tem se referido aos holdouts como "fundos urubus", que compraram a dívida com desconto e depois tentaram impedir os esforços de reestruturação do país.

Os fundos de hedge alegam que a Argentina dispõe de amplos recursos para pagar obrigações aos holdouts. Eles também afirmam que Buenos Aires não merece a reavaliação da Suprema Corte porque o governo argentino já indicou diversas vezes que iria tentar evitar cumprir qualquer decisão judicial norte-americana que o desagradasse. Fonte: Dow Jones Newswires.

O vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, vai assumir a presidência do país durante o mês de repouso que a presidente Cristina Kirchner será obrigada a submeter-se por recomendação médica. Durante um exame cardiovascular de rotina, realizado neste sábado, 05, os médicos detectaram que Cristina tem um hematoma subdural crônico decorrentes de um traumatismo craniano.

Sem oferecer maiores detalhes, o porta-voz do governo, Alfredo Scoccimarro, informou que a presidente caiu e bateu a cabeça no dia 12 de agosto, um dia após as eleições primárias que apontaram uma derrota importante para o governo no pleito do dia 27 de outubro próximo. As próximas eleições parlamentares vão renovar metade da Câmara e um terço do Senado e a Casa Rosada pretendia obter maioria qualificada capaz de propor uma reforma constitucional para permitir que Cristina concorra a um terceiro mandato em 2015.

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Nenhum funcionário do governo informou sobre as circunstâncias em que ocorreu o tombo da presidente e o golpe na cabeça. O porta-voz detalhou apenas que, no dia da queda, os médicos realizaram uma tomografia, mas o resultado foi "normal". Scoccimarro também disse que nos dias posteriores, Cristina "não apresentou sintomas".

Este será o maior período de afastamento da presidente, desde seu primeiro mandato, em 2007. Boudou chegou a ocupar a presidência durante 21 dias em janeiro de 2012, quando a presidente foi submetida a uma cirurgia para extração da tireoide. Cristina havia sido diagnosticada erroneamente com um câncer na tireoide, na última semana de dezembro.

A saúde da presidente Cristina Kirchner e de seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, sempre foi uma questão polêmica na Argentina, devido à falta de informações oficiais sobre o assunto. Ontem, por exemplo, a presidente permaneceu no hospital cardiológico durante mais de oito horas, mas a confirmação oficial sobre a internação só foi dada à noite.

De acordo com nota lida pelo porta-voz, a presidente foi à Fundação Favaloro para realizar um exame cardiovascular em razão de uma arritmia e, por apresentar cefaleia, foi solicitada uma avaliação neurológica do Instituto de Neurociência. Desde que assumiu o governo, Cristina sofreu várias crises de lipotimia e quedas abruptas da pressão, que a levaram cancelar viagens oficiais e diferentes compromissos.

Em abril passado, ela suspendeu a agenda durante vários dias porque estava rouca. Em dezembro de 2012, Cristina cancelou a ida ao Vietnã e os médicos recomendaram evitar as viagens longas. Em outubro do mesmo ano, ela sofreu outra queda de pressão que a obrigou a ficar de repouso por 48 horas. Em discurso, a própria presidente reconheceu que sofre de hipotensão crônica. Agora, Cristina terá que manter repouso até o dia 5 de novembro.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ficará um mês afastada do governo devido a complicações decorrentes de um traumatismo craniano, informou o seu porta-voz. A decisão foi tomada após recomendação médica.

Kirchner foi diagnosticada com um hematoma subdural crônico durante um exame cardiovascular de rotina neste sábado, informou, em comunicado, o porta-voz presidencial Alfredo Scoccimarro. Segundo ele, a presidente sofreu o trauma na cabeça no dia 12 de agosto.

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Ainda não foi confirmado se o vice-presidente, Amado Boudou, assumirá funções de presidente durante o que pode ser a maior licença de Kirchner desde que ela assumiu o cargo, em 2007. Boudou chegou a ocupar a presidência por cerca de três semanas em dezembro de 2011, após Kirchner passar por uma cirurgia para remover um tumor benigno na glândula da tireoide.

A licença de Cristina Kirchner coincide com a reta final da campanha das eleições parlamentares, marcadas para o dia 27 de outubro. De acordo com analistas, seu partido, o Frente pela Vitória (FPV), pode perder o controle do Senado, mas provavelmente irá manter uma pequena maioria na Câmara. A eleição é vista ainda com um teste-chave para aqueles que têm aspirações para concorrer à presidência em 2015. Kirchner não pode buscar um terceiro mandato consecutivo. Fonte: Dow Jones Newswires.

A empresa têxtil brasileira Vicunha inaugurou nesta quinta-feira, 3, novas instalações de sua fábrica na Argentina, que envolveu investimentos de $18,8 milhões de pesos (cerca de R$ 6,9 milhões). A empresa comunicou ao governo local que pretende investir outros $64 milhões de pesos (em torno de R$ 23,4 milhões) em junho de 2014, segundo anunciou o Ministério de Indústria da Argentina.

As novas instalações foram inauguradas pela presidente Cristina Kirchner, por meio de uma videoconferência, e pela ministra de Indústria, Débora Giorgi. Com os investimentos, a têxtil vai elevar sua produção atual de 650 mil metros de tecidos para um milhão de metros mensais. Desde 2011, a Vicunha investiu $138 milhões de pesos (R$ 50,4 milhões) na ampliação de suas quatro fábricas no país vizinho, com recursos do Fundo do Bicentenário, criado pelo governo para financiar o setor produtivo.

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É comum encontrarmos os preços de gadgets no Brasil nas listas de mais caros do mundo, a exemplo do Xbox One e iPhone 5, entre outros, mas uma pesquisa divulgada pelo Mashable mostra que, ao menos em relação ao iPad, os vizinhos argentinos cobram mais caro.

Com uma diferença considerável entre primeiro e segundo lugar, a Argentina aparece à frente cobrando US$ 1,094, seguido pelo Brasil onde é vendido por US$ 791,40. A Dinamarca aparece em terceiro lugar (US$ 725,32) e a Grécia vem em quarto (US$ 715,54). A pesquisa leva em consideração os valores cobrados nas lojas da Apple pelo modelo de 16GB do iPad 4 em cada localidade. Confira: 

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O Brasil voltou a ampliar o superávit comercial com a Argentina em setembro, com aumento de 379%, para US$ 753 milhões, na comparação com igual mês de 2012, conforme análise da consultoria Abeceb, com base nos números informados nesta terça-feira, 01, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. No mês passado, as exportações brasileiras para o mercado argentino aumentaram 29,4%, a US$ 1,915 bilhão, em relação a setembro do ano passado.

Os valores, segundo a análise, "estão muito acima da média dos últimos 12 meses". Já as importações brasileiras de produtos argentinos recuaram 12,2%, para US$ 1,162 bilhão. "Desde junho de 2012 não se observavam valores tão baixos nas vendas ao Brasil", ressaltou a consultoria. No mês mencionado, o Brasil barrou a entrada de uma série de produtos argentinos, entre eles frutas, vinhos e automóveis, como estratégia para forçar o sócio do Mercosul a afrouxar as barreiras contra o comércio bilateral.

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Setembro marcou o segundo mês consecutivo de retrocesso nas vendas argentinas ao mercado brasileiro. A piora da balança comercial argentina com o Brasil obedece não só à forte retomada das importações de origem brasileira, mas às menores vendas ao sócio. No entanto, o fluxo de comércio bilateral total cresceu 9,8%, para US$ 3,077 bilhões. "Este dado não é menor, considerando que em agosto houve uma contração do comércio total entre os dois países", observou a Abeceb.

De janeiro a setembro, as importações argentinas de produtos brasileiros acumularam alta de 10,7%, para US$ 14,917 bilhões, comparando com o mesmo período de 2012. As exportações da Argentina para o Brasil cresceram 9,7%, para US$ 12,726 bilhões, no período analisado. A Argentina acumula um déficit de US$ 2,191 bilhões com o Brasil, 17% superior ao verificado em igual intervalo de tempo do ano passado.

Mesmo classificada para a Copa do Mundo do ano que vem, no Brasil, a Argentina terá força máxima para os dois últimos jogos das Eliminatórias Sul-Americanas. Nesta sexta-feira o técnico Alejandro Sabella anunciou a lista de convocados para enfrentar Peru e Uruguai, respectivamente nos dias 11 e 15 de outubro, e terá até mesmo Javier Mascherano, que tem uma lesão na coxa e só deve ficar disponível para o segundo desses jogos.

De resto, ninguém será poupado, apesar do especulado pedido de clubes europeus para que seus jogadores fossem preservados dessas partidas que servem apenas para a Argentina ganhar entrosamento e tentar confirmar a primeira colocação nas Eliminatórias - o que, na prática, não muda nada a situação da seleção.

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A única novidade é a presença do volante José Sosa, do Metalist da Ucrânia, que volta a receber chance depois de não ter sido convocados para os últimos jogos. A lista de 23 anos, sem nenhum atleta que atue no Brasil, deve ser completada com alguns jogadores que militam no próprio futebol argentino, como o goleiro Órion e o volante Fernando Gago.

Confira a lista de convocados pela Argentina:

Goleiros - Sergio Romero (Monaco) e Mariano Andújar (Catania).

Defensores - Pablo Zabaleta (Manchester City), Hugo Campagnaro (Inter de Milão), Fabriccio Coloccini (Newcastle), Marcos Rojo (Sporting), José Basanta (Monterrey), Cristian Ansaldi

(Zenit), Federico Fernández (Napoli) e Ezequiel Garay (Benfica).

Meio-campistas - Ever Banega (Valencia), Augusto Fernández (Celta), Lucas Biglia (Lazio), Angel Di María (Real Madrid), Ricardo Alvarez (Inter de Milão), Erik Lamela (Roma) e Javier Mascherano (Barcelona).

Atacantes - Lionel Messi (Barcelona), Sergio Agüero (Manchester City), Ezequiel Lavezzi (PSG), Rodrigo Palacio (Inter de Milão) e Gonzalo Higuaín (Napoli).

O discurso da presidente Dilma Rousseff na ONU foi amplamente destacado nas edições eletrônicas da imprensa argentina, nesta terça-feira. O Clarín ressaltou a afirmação da presidente de que o ciberespaço não pode ser usado como arma de guerra e a denúncia de que a espionagem dos EUA foi uma afronta contra o Brasil e uma falta de respeito que não pode ser justificada pelo combate ao terrorismo.

O La Nación chamou a atenção para a acusação de que os EUA quebraram o direito internacional, violaram os direitos humanos e a liberdade civil. Os jornais econômicos El Cronista e Ámbito Financiero também deram destaque ao discurso da presidente. "Dilma denunciou que espionagem dos EUA violou a soberania do País", titulou o Ámbito. Enquanto o El Cronista observou a crítica de Dilma sobre a espionagem americana em países aliados.

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A Conmebol divulgou, nesta sexta-feira, o trio de arbitragem para a partida entre Libertad e Sport, que acontece quarta-feira, às 21h50, no estádio Feliciano Cáceres, em Luque, pela Copa Sul-Americana. 

O árbitro será Saul Laverni auxiliado por Ivan Nuñez e Ezequiel Brailovsky. Todo o trio é da Argentina.

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Na Sul-Americana deste ano, o trio já comandou Vélez Sarsfield 2x0 Belgrano e Cerro Porteño 0x1 Universidad Católica.

O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, reconheceu, nesta quinta-feira, 19, que os problemas gerados pelas barreiras argentinas por meio das Declarações Juramentadas Antecipadas de Importação (DJAI), podem contaminar a relação comercial. E, portanto, precisam ser resolvidas. "Não podemos deixar sem soluções algumas questões na área comercial porque podem contaminar a relação comercial como um todo", disse em entrevista a jornalistas brasileiros, na embaixada do Brasil em Buenos Aires, onde passou o dia em visita oficial.

O ministro fez uma advertência ao governo argentino ao dizer que "quando há entraves no comércio, as partes acabam buscando outros parceiros e não queremos que isso ocorra". Segundo Figueiredo, a Argentina precisa acelerar as tramitações dos pedidos de importações de produtos brasileiros e o assunto foi amplamente discutido com seu colega Héctor Timerman.

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"O fato é que temos que destravar estas questões", disse, informando que o ministro argentino demonstrou vontade política para que o problema seja resolvido o mais rápido possível, como determinaram as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner às suas respectivas equipes. "Há uma vontade política real das duas partes de dar uma solução a isso", insistiu.

"Não queremos que uma relação que foi construída durante tantos anos seja prejudicada por questões pontuais", comentou. Ele ponderou que nos últimos 10 anos o comércio bilateral saltou de US$ 7 bilhões (2002) para US$ 34,5 bilhões (2012), e que entre janeiro a agosto de 2013, o fluxo de comércio acumulou US$ 24,5 bilhões. "Até o fim do ano, a projeção é de atingir volume maior que do ano passado", afirmou, completando que "não há redução do comércio, não há prejuízo significativo para as duas partes". Neste cenário, Figueiredo reconheceu que, "embora as DJAI sejam um problema que vamos resolver, não estão afetando o comércio dos dois países de maneira radical".

União Europeia

Figueiredo informou que discutiu com seu colega argentino sobre as negociações do Mercosul com a União Europeia com vistas a um acordo de livre-comércio entre as duas regiões. O ministro confirmou informação antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, de que ambos os países buscam "uma convergência de tempos e das ofertas". O Broadcast havia apurado que, na última segunda-feira, 16, em reunião entre autoridades argentinas e empresários, o governo de Cristina Kirchner descartou a apresentação de uma oferta diferenciada do Brasil e da Argentina.

O chanceler brasileiro afirmou que "as duas partes concordaram em que a oferta do Mercosul seja construída o mais rápido possível para ser apresentada antes do fim do ano". Ele disse que, no Brasil, as consultas internas estão bastante avançadas e o País está elaborando uma "oferta bastante robusta".

O ministro comentou que a Argentina está comprometida a também avançar na elaboração de sua lista de produtos para liberalização do comércio. Os empresários locais têm um prazo até o dia 15 de outubro para apresentar as propostas, que serão analisadas pelo governo para decidir sobre o volume dos produtos do comércio que pode ser liberalizado e em que prazo.

O polêmico secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, foi indiciado por crime de abuso de autoridade. O juiz federal Claudio Bonadio decidiu na terça-feira indiciar o secretário após denúncia feita pelo economista Jorge Todesca, dono da consultoria Finsoport, que havia recebido de Moreno uma multa de 500 mil pesos, cerca de US$ 87 mil, por divulgar dados sobre a inflação do país superiores aos índices oficiais.

Em 2011, além da Finsoport, várias outras consultorias foram multadas por Moreno, que as acusou de enganar os consumidores com dados "falsos". As consultorias recorreram à Justiça e o processo foi concluído recentemente, após sentença que anulou as multas emitidas pelo secretário. O juiz Bonadio indiciou ainda outros dois funcionários que trabalham com Moreno.

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Também por causa de discrepâncias em relação aos índices de preços apurados pelo setor privado e por instituições estatais, Moreno cassou a licença de várias organizações de defesa dos consumidores e as proibiu de divulgar preços de produtos. Em consequência da investida oficial, os indicadores de preços medidos por consultorias passaram a ser divulgados pela bancada opositora no Congresso, como forma de proteger os economistas.

Desde janeiro de 2007, os índices oficiais de preços começaram a se afastar da realidade argentina. Moreno demitiu os técnicos responsáveis pelas medições e colocou no lugar pessoas de sua confiança no Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), organismo equivalente ao brasileiro IBGE, mas agora totalmente desacreditado.

Por conta desta separação dos números oficiais da realidade argentina, o país foi sancionado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) com uma moção de censura. A Argentina tem até o dia 29 deste mês para normalizar a situação do Indec. Ontem, o ministro de Economia, Hernán Lorezino, manteve reunião com técnicos do FMI, em Washington, e comprometeu-se a lançar um indicador nacional em outubro. No mercado, não há expectativa de que a presidente Cristina Kirchner dê a transparência necessária ao IPC oficial. A inflação anual do Indec é de 10,9%, enquanto o índice Congresso ultrapassa a casa dos 25%.

A decisão do juiz de indiciar Moreno incluiu um embargo dos bens do secretário. A pena prevista no Código Penal argentino para o crime de abuso de autoridade prevê detenção de um a dois anos e inabilitação para assumir cargos públicos entre dois a quatro anos. Nos últimos meses, Bonadio tem se mostrado rigoroso com as causas contra funcionários e ex-funcionários de Cristina Kirchner. Há dois meses, ele ordenou a detenção do ex-secretário de Transportes Ricardo Jaime, acusado de enriquecimento ilícito.

O governo argentino enviará uma missão ao Brasil em novembro para avaliar a criação de um sistema conjunto de defesa cibernética, informou nesta sexta-feira (13) o ministro da Defesa, Celso Amorim. Ontem (12), Amorim se encontrou com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, e hoje teve reuniões com os ministros da Defesa, Agustín Rossi, e das Relações Exteriores, Hector Timerman.

A decisão foi tomada após as revelações do ex-técnico terceirizado da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), Edward Snowden, de que o governo norte-americano acessou comunicações telefônicas e eletrônicas para espionar cidadãos de seu próprio país e de vários países da Europa e da América Latina.

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Documentos sigilosos divulgados por Snowden por meio da imprensa indicam que a presidenta Dilma Rousseff e a Petrobras teriam sido monitoradas pelos programas de vigilância dos EUA."Achamos que essa questão de espionagem, que teve como epicentro o Brasil, mas que também repercutiu em outros países da América Latina, merece uma tentativa de encontrar uma resposta regional", disse o ministro argentino da Defesa, em entrevista, após o encontro com Amorim.

Segundo Amorim, Brasil e Argentina "são dois países com grande capacidade de produção de software". No entanto, advertiu que é preciso investir para manter os especialistas da área trabalhando para seus governos, evitando uma fuga de cérebros. "Queremos mantê-los em nossos países para criar softwares e estruturas físicas que nos permitam melhor proteger nossas informações sensíveis", disse Amorim.

Este ano, o Ministério da Defesa tem um orçamento de R$ 90 milhões para o Centro de Defesa da Cibernética, mas, de acordo com Amorim, depois das denúncias de espionagem eletrônica, está sendo feita uma "avaliação para a implementação de um programa imediato", cujos custos ele ainda não pode revelar.

O Brasil quer cooperar com a Argentina na área defesa cibernética para se proteger de espionagem eletrônica, disse o ministro da Defesa, Celso Amorim, que chegou nesta quinta-feira (12) à capital argentina para uma visita de dois dias. O tema adquiriu especial relevância a partir das denúncias de que tanto a presidenta Dilma Rousseff como a Petrobras foram espionadas pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA).

A informação sobre a espionagem foi divulgada pela imprensa com base em documentos sigilosos revelados ao jornalista norte-americano Glenn Greenwald por Edward Snowden, ex-consultor de informática de uma empresa que prestava serviço à NSA.

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Segundo Amorim, a defesa cibernética "é a mais importante área de defesa no século 21", mas o Brasil ainda está "dando os primeiros passos". Por isso quer discutir, com a Argentina, uma aliança. "Queremos ter uma ação coordenada, conjunta com a Argentina”, disse o ministro. Ele lembrou que a presidenta Dilma - além de cobrar explicações dos Estados Unidos - pediu "interesse redobrado nas questões de defesa”.

Amorim teve um encontro nesta quinta-feira com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner. Amanhã (13), ele vai se reunir com chanceler argentino, Hector Timerman, e o ministro da Defesa, Agustín Rossi.

O comandante do Centro de Defesa Cibernética do Exército, general José Carlos dos Santos, também participará dos encontros. Pelo menos 100 políticos e personalidades da Argentina também foram vítimas de espionagem eletrônica, disse Timerman, na última reunião de presidentes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), em julho, no Uruguai.

O governo brasileiro começa a discutir nesta quinta-feira, 12, com a Argentina um projeto de defesa na área cibernética. Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, a guerra cibernética é a maior ameaça do século 21, e a América do Sul tem que estar preparada para enfrentá-la. "A guerra cibernética é a guerra do futuro. Tomara que não venha a acontecer, mas se acontecer, temos que estar preparados", disse Amorim aos jornalistas brasileiros em Buenos Aires, onde desembarcou nesta quinta para reunir-se à noite com a presidente Cristina Kirchner e o ministro de Defesa argentino, Agustín Rossi.

Este será o primeiro encontro bilateral para tratar sobre o assunto depois do episódio de espionagem por parte dos Estados Unidos em vários países da região, inclusive o Brasil. Amorim está acompanhado pelo diretor do Centro de Defesa Cibernética, general José Carlos dos Santos, para discutir a possibilidade de cooperação na área. "Se há espionagem, há perigo de sabotagem e temos que estar preparados para nos defender", afirmou o ministro. Celso Amorim considerou que a área de cibernética é, talvez, a mais importante para a defesa neste século porque, "cada vez mais será difícil usar armas convencionais, e praticamente impossível o uso de outras armas de destruição de massas - salvo casos isolados". Segundo ele, a cibernética pode ser uma arma de destruição em massa.

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Por isso, Amorim destacou a importância de uma cooperação entre o Brasil e os países da América do Sul, começando pela Argentina. "Esta é uma das mensagens que estou trazendo: que estamos dispostos a cooperar. Agora, como essa cooperação será feita, isso é o que temos que discutir", afirmou. Ele ressaltou que a tendência é de ter ações coordenadas no âmbito do Mercosul e da Unasul na área de defesa, inclusive no desenvolvimento de uma doutrina que abranja toda a América do Sul. "O que pudermos fazer com os países da região, será feito", disse.

Ele ressaltou que as questões de defesa cibernética estão vinculadas aos recursos naturais e a região como um todo é muito rica em energia, petróleo, água doce e alimentos. "Alguém me dizia hoje que o Brasil e a Argentina respondem por 40% do mercado da soja mundial, e as reservas de água doce dos aquíferos. Nós nunca seremos capazes de defender estes recursos se não fizermos uma adequada defesa cibernética", afirmou.

Sobre a informação de que a Petrobras, dona da maior parte do pré-sal, gigantesca reserva de petróleo e gás, teria sido um dos alvos de espionagem, o ministro disse que a defesa da costa brasileira é uma das maiores preocupações do governo brasileiro. "A presidenta (Dilma Rousseff) recomendou interesse redobrado nas questões de defesa e projetos estratégicos", reconheceu. Amorim disse que está aguardando avaliação sobre as vulnerabilidades para ver qual será a estratégia para resolver o problema. A principal solução, segundo ele, é o desenvolvimento de software nacional. "Não adianta achar que vamos proteger nossas vulnerabilidades comprando software de outros países", opinou.

Entre outros assuntos que serão discutidos com a Argentina, destaca-se o projeto do país de desenvolver um avião treinador básico com fabricação final argentina e participação do Brasil. Ele reiterou ainda que a os argentinos mantém disposição para adquirir seis aviões cargueiros KC-390 e 12 blindados sobre rodas, o Guarani. Na sexta, Amorim também vai visitar um cargueiro argentino que tem intenção de vender algum tipo de embarcação para o Brasil.

A partir do próximo sábado (14), a Secretaria de Turismo de Pernambuco (Setur-PE) participa de mais uma edição da Feira Internacional de Turismo (FIT), realizada em Buenos Aires, na Argentina. Considerado o maior evento do setor na Argentina, a feira acontecerá até terça-feira (17), no pavilhão de eventos La Rural, e promete reunir o trade turístico de vários países. Pernambuco leva a divulgação de seus atrativos para a FIT, pois o país é o principal emissor de visitantes estrangeiros para o Estado, com uma participação de 35%.

Um estande de 40 metros quadrados que será decorado com imagens de Recife, Olinda, Fernando de Noronha e Porto de Galinhas, para o Estado mostrar todo o seu potencial turístico através da folheteria de divulgação. A ação, durante os quatro dias de evento, acontece em parceria com a Prefeitura de Recife e Associação de Hoteis de Porto de Galinhas (AHPG).

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As exportações brasileiras de carros subiram 20% de janeiro a agosto em relação ao ano passado, enquanto as vendas no mercado interno caíram 1,2%. Mas isso não significa que a indústria brasileira teve um súbito ganho de competitividade. A expansão nas vendas externas de automóveis é reflexo direto dos desequilíbrios da economia argentina, especialmente no que se refere às diferenças entre as taxas de câmbio e de inflação oficiais e as realmente praticadas no mercado.

Como os bancos remuneram as aplicações levando em conta taxas oficiais, investir em banco passou a ser sinônimo de perder dinheiro na Argentina. Segundo dados extraoficiais, a inflação no País ficou em 25,6% no ano passado, mais do que o dobro do porcentual admitido pelo governo, de 10,8%, que baliza os juros da economia. Sem melhor opção, a população opta por consumir - e o carro tem se tornado o bem preferido do argentino. De janeiro a agosto, as vendas de automóveis no país cresceram 9,6% na comparação com 2012.

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Além disso, o governo argentino tem facilitado a compra de veículos. O Banco da Província de Buenos Aires, por exemplo, oferece financiamento de carros a taxas de 25% ao ano, em até 72 parcelas (seis anos), desde que o cliente concorde em contratar o seguro do veículo pela instituição. Quando se considera a taxa extraoficial de inflação, vista pelos economistas como mais próxima à realidade, o consumidor acaba comprando um veículo de forma subsidiada, já que o juro pago é inferior à alta dos preços.

Um terceiro fator que incentiva a compra de carros - especialmente importados - é o fato de que, ao transformar o valor do veículo em peso, as concessionárias são obrigadas a usar a taxa oficial de câmbio, atualmente em 5,70 pesos por dólar. Para quem tem dólares guardados em casa - um recurso comum entre os argentinos -, o ganho pode ser de 60%, pois no paralelo é possível trocar a moeda americana numa cotação em torno de 9,50 pesos.

Vantagem pontual

A súbita alta das exportações de veículos nacionais em 2013 pode ser totalmente creditada aos desequilíbrios econômicos na Argentina, segundo o executivo de uma montadora, que garante que não houve ganho de produtividade. Os números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram exatamente isso: a participação dos carros exportados do Brasil para a Argentina aumentou de 71,3% para 77,8% entre 2012 e 2013. As vendas para o país vizinho cresceram mais de 30%, bem acima da média geral das exportações.

O alívio para as exportações brasileiras de veículos, no entanto, pode não durar muito, de acordo com o argentino Mário Sacchi, professor do curso de relações internacionais da Faap. "A tendência do governo Cristina Kirchner é resolver as coisas na base da 'canetada'", diz. Ou seja: basta uma decisão para uma barreira ser imposta.

O professor diz também perceber uma mudança de discurso em relação à política econômica no país. Segundo Sacchi, o apoio à política intervencionista começa a perder força mesmo dentro do governo, à medida que a situação econômica se deteriora. "Hoje, há economistas que defendem que a inflação anual já está acima de 32%." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um cidadão uruguaio de 58 anos de idade foi resgatado neste domingo pela Gendarmeria Nacional argentina com vida e em boa condição de saúde quatro meses depois de ter desaparecido na Cordilheira dos Andes.

O desaparecimento de Raúl Fernando Gómez foi reportado em maio. Na ocasião, ele tentava cruzar a pé a montanhosa fronteira entre o Chile e a Argentina depois de sua motocicleta ter quebrado no percurso.

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Hoje, o jornal argentino El Tiempo de San Juan noticiou que o homem foi encontrado em um abrigo na montanha. Gómez perdeu 20kg e estava desidratado, motivo pelo qual foi levado a um hospital, mas seu estado geral era bom e ele estava lúcido. Ele relatou às autoridades locais ter-se alimentado de açúcar, frutas secas, sobras deixadas no refúgio e pequenos animais.

Gómez é funcionário público no Uruguai. Ele saiu em abril de Bella Unión, cidade na fronteira com a província argentina de Corrientes. Ele viajou até Mendoza, na fronteira com o Chile, para participar de um encontro de motociclistas. Depois, ele seguiu até a localidade chilena de Petorca, cerca de 200 quilômetros a noroeste de Santiago, para visitar um amigo. Na volta, sua moto quebrou e ele cruzou a fronteira a pé, mas ficou desorientado depois de ver-se no meio de duas fortes tempestades de neve. As buscas pelo uruguaio haviam sido suspensas por causa da nevasca. Fonte: Associated Press.

A Argentina propôs o envio de uma missão humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) à Síria, segundo informou nesta sexta-feira a presidente Cristina Kirchner. Como presidente temporária do Conselho de Segurança do organismo multilateral, Cristina detalhou que durante reunião com o secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon, apresentou a proposta de uma viagem à Síria de 15 chanceleres de países integrantes do Conselho de Segurança.

O objetivo da missão, segundo Cristina, é promover "um cessar fogo" e tentar, pela via diplomática evitar uma intervenção militar dos EUA na Síria. A presidente argentina destacou que a opinião majoritária dos presidentes do G-20 é contrária à invasão americana no país. "Apesar de algumas posturas, o balanço geral foi o da não intervenção na Síria", afirmou em São Petersburgo, onde os líderes encerraram hoje a reunião do G-20. Cristina argumentou que as intervenções estrangeiras em outros países tendem a agravar os conflitos em vez de solucioná-los.

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A Argentina pretende elaborar uma proposta de negociação de um acordo de livre-comércio com a União Europeia (UE), a partir da próxima semana, quando dará início a uma série de consultas às câmaras empresariais, segundo informaram fontes do governo argentino que pediram anonimato.

Também está prevista uma reunião entre negociadores argentinos e brasileiros para conversar sobre a proposta do Brasil que oferece redução, em 10 anos, de tarifas de importação para 75% do comércio com a UE, conforme reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, na quarta-feira, 4.

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"Vamos discutir com os nossos setores para desenhar nossa proposta que será negociada com os sócios do Mercosul. Obviamente, pelo próprio peso, o que Brasil e Argentina acertarem, vai influenciar na posição dos sócios menores", afirmou uma das fontes oficiais.

Em princípio, a proposta de 75% não é polêmica e seria um "primeiro passo" para, pelo menos, iniciar as negociações, segundo afirmou um funcionário. Isso seria discutido nas conversas previstas. Porém, uma negociação mais ambiciosa e com ritmo maior, esbarra em problemas internos da Argentina. "Pelo menos três situações impedem a Argentina de avançar nas negociações", reconheceu uma das fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.

A primeira delas diz respeito ao mercado de câmbio, no qual o país é obrigado a fechar as importações cada vez mais por causa da escassez de divisas. "Sofremos um ataque especulativo da moeda, que reduz o volume de divisas para sustentar uma liberalização do comércio."

Outra fonte comentou que o atual câmbio oficial de 5,60 pesos, enquanto o real desvalorizado acima de R$ 2 por dólar, coloca a Argentina em condição desfavorável para negociar com os europeus.

Esforços

A segunda situação está relacionada à ideologia de substituição de importações. "Não vejo a Argentina abrindo seus portos para receber manufaturas europeias depois dos esforços que temos feito nos últimos anos tentando recuperar nossa indústria", afirmou. A fonte destacou que a ideologia argentina defende o comércio administrado, o que é contrário de uma liberalização. Por último, o governo enfrenta um cenário político complexo que não dá margem para lidar com negociações internacionais, que não se encontram na lista de prioridades nacionais.

A Argentina tem eleições parlamentares em outubro e o governo tenta reverter uma derrota nas primárias, realizadas em agosto, nas quais ganhou em 8 dos 24 distritos."Este é o pior momento para dizer o que a presidente vai fazer porque há uma situação de reorganização de instrumentos de política para melhorar as margens do governo nas eleições", observou a fonte, explicando que a decisão sobre o que negociar com a UE será exclusivamente de Cristina Kirchner.

Outra fonte consultada afirmou que não há mudança na posição argentina desde a última reunião entre os dois blocos, em janeiro, no Chile. "A posição da Argentina é de menor abertura que o Brasil, embora o Brasil tenha se mostrado mais prudente e cauteloso porque também enfrenta problemas internos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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