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A arrecadação de impostos e contribuições federais cobrados pela Receita Federal atingiu R$ 100,999 bilhões no mês passado, resultado recorde para meses de outubro. Houve alta real (com correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA) de 5,43% ante outubro de 2012. Em relação a setembro deste ano, a arrecadação de outubro apresentou uma alta real de 19,25%.

Segundo dados divulgados nesta terça-feira,19, a arrecadação das chamadas receitas administradas pela RF somou R$ 94,744 bilhões no mês. As demais receitas (taxas e contribuições recolhidas por outros órgãos) foram de R$ 6,254 bilhões. No acumulado do ano até outubro a arrecadação soma R$ 907,445 bilhões, uma alta real de 1,36% sobre o mesmo período do ano passado.

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A arrecadação de outubro foi reforçada pelo aumento do pagamento de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). O recolhimento destes tributos cresceu 9,96% e 13,05%, respectivamente, em relação a outubro de 2012. A maior contribuição foi das empresas submetidas ao regime de estimativa mensal.

A arrecadação de IPI cresceu 6% no período e de IPI automóveis, 45,21%. O Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) subiu 12,74% em outubro em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, caiu em 0,75% o pagamento de PIS/Pasep e em 0,98% a de Cofins.

O valor da arrecadação em outubro veio acima da mediana do AE Projeções, mas dentro do teto. As 12 instituições ouvidas apontaram que as expectativas eram de um valor de R$ 93,000 bilhões a R$ 101,500 bilhões para os cofres públicos. Com base na análise descritiva desse intervalo de previsões, a mediana para a arrecadação alcançou a marca de R$ 97,800 bilhões.

A Receita Federal deve arrecadar R$ 20 bilhões a mais por ano com o início da folha de pagamento digital (ou eSocial). "É uma previsão conservadora", disse o coordenador de Sistemas da Atividade Fiscal da Receita, Daniel Belmiro. O sistema entrará em operação em 2014, com pleno funcionamento em 2015. O eSocial altera o modo como todas as empresas do País fazem a prestação de contas das informações de seus funcionários.

Com o eSocial todo o envio dos dados fiscais, tributários, previdenciários e trabalhistas será online e concentrado num único sistema. A ideia é evitar a repetição no repasse de informações ao substituir o cumprimento de nove obrigações mensais e anuais diferentes, como o Caged, a Rais, a Dirf e a Gfip, por uma única. Neste sistema, todos os órgãos poderão coletar as informações que lhe competem.

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O incremento de R$ 20 bilhões na arrecadação compensaria grande parte da renúncia projetada de R$ 24,7 bilhões referente à desoneração da folha de pagamento esperada para 2014. A arrecadação deve aumentar porque o sistema do eSocial vai facilitar cruzamento de dados sobre as empresas e, consequentemente, acirra a fiscalização.

Na avaliação do sócio da consultoria Deloitte Dario Mamone Júnior, o eSocial muda o modo de fiscalizar do Fisco. "A empresa passa a 'confessar' seus débitos. O governo vai dizer para a empresa, durante a fiscalização: estou te cobrando isso porque você me informou", avalia.

 

Temor

Mas, entre as empresas, o temor é de que exista uma radicalização da fiscalização. "A forma como o projeto tem sido desenhado nos preocupa em relação a um aumento muito grande da fiscalização", afirma Carolina de Pinho Tavares, coordenadora da área trabalhista e sócia do Marcelo Tostes Advogados. A advogada espera por uma flexibilização dos prazos para envio das informações ao sistema.

O modelo desenhado pela Receita prevê que os dados sejam enviados em "tempo real". Assim, eventos como admissão, demissão ou licença médica devem ser informados no mesmo dia em que ocorrerem. Hoje, a fiscalização é feita quando a Receita pede a apresentação das informações da folha de pagamento para confrontar com outras obrigações, como a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), que é entregue mensalmente à Receita.

Em 2012, a fiscalização da Receita gerou em multas e recolhimento de valores devidos R$ 4 bilhões a partir de divergências encontradas no confronto entre folha de pagamento e GFIP. "E esse valor não representa nem 1% do total de pessoas jurídicas no Brasil. Então, nós temos uma perspectiva de incremento da arrecadação muito grande, pois eu vou deixar de ter folha de pagamento separada da GFIP", diz Belmiro, da Receita. Segundo ele, a unificação dos dados vai facilitar a vida das empresas e evitar divergências que, muitas vezes, são consequência de erros e não de tentativa de sonegação.

Cronograma

O calendário de implementação do eSocial será progressivo ao longo de 2014. A exigência começa pelas grandes empresas, tributadas em regime de lucro real, no primeiro semestre do ano. No segundo semestre do ano que vem será a vez dos microempreendedores individuais (MEIs), pequenos produtores rurais, empresas de lucro presumido (que têm faturamento anual de até R$ 48 milhões) e do Simples Nacional. Assim, a previsão é de em quem janeiro de 2015 todos os empregadores tenham concluído a transição ao sistema.

A oficialização desse calendário ainda depende da publicação de um ato normativo, previsto para o início de novembro. O texto vai detalhar as regras para transmissão dos eventos trabalhistas e oficializar o cronograma que já tem sido divulgado informalmente. O ato normativo ainda em vigor, publicado no Diário Oficial da União (DOU) em 18 de julho, prevê a obrigatoriedade do eSocial a partir de janeiro para todos.

A assessora jurídica da FecomercioSP, Ana Paula Locoselli, cobra uma formalização do cronograma. "No início, eles falavam que começaria em 2013 e de lá para cá não conseguimos saber qual é o cronograma oficial, só ouvimos dizer que em um evento a Receita anunciou as datas", diz.

Burocracia

Segundo um estudo do Banco Mundial e da consultoria PWC, uma empresa gasta 2,6 mil horas (ou 65 semanas) por ano para ficar em dia com suas obrigações ficais. O desempenho do Brasil, o pior entre os 185 países pesquisados, é consequência do excesso de leis e obrigações pulverizadas entre diversos órgãos do governo. O mesmo estudo, no entanto, destaca que o cenário burocrático pode mudar com a chegada do eSocial.

"O eSocial pode tornar o Brasil um País menos burocrático, mas isso não vai acontecer no curto prazo, dado o volume de informações e procedimentos que a ferramenta vai exigir. Os resultados podem aparecer daqui a 2 ou 3 anos", avalia o sócio da PWC Marcel Cordeiro.

Embora a arrecadação da Receita tenha apresentado alta em termos reais em julho (0,89%), agosto (2,68%) e setembro (1,71%) de 2013, na comparação com os mesmos meses do ano passado, a evolução não é animadora, avaliou o economista da Rosenberg & Associados Rafael Bistafa. "Há reação na margem, mas a figura geral é de arrecadação crescendo pouco este ano."

A arrecadação de impostos e contribuições federais cobradas pela Receita Federal atingiu R$ 84,21 bilhões no mês passado, resultado recorde para meses de setembro. A Rosenberg estimava o montante em R$ 84 bilhões.

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Bistafa pôs os números em perspectiva para justificar seu pessimismo. Ele afirmou que a arrecadação cresceu, em termos reais, 12,7% em 2010, 10,1% em 2011 e que, a partir de meados de 2012, passou a desacelerar fortemente, encerrando o ano passado com avanço de apenas 0,7%. "E não parou por aí. O pico de queda foi em abril em 2013, mês em que apresentou queda de 1,44% no acumulado em 12 meses."

Segundo ele, nos últimos meses houve leve melhora. "Mas no acumulado em 12 meses até setembro a arrecadação registra um crescimento real de apenas 0,5%, bastante tímido." O economista atribuiu essa timidez à atividade econômica fraca e ao programa de desonerações.

Em projeção feita no ano passado, a Rosenberg esperava que a arrecadação ficasse próxima de 0%. No entanto, Bistafa disse que pode haver revisão, com leve viés de alta, porque a estimativa não contava com a arrecadação dos Refis. A Receita espera uma arrecadação entre R$ 7 bilhões e R$ 12 bilhões com os Refis até o fim do ano.

Leilão de Libra

Bistafa afirmou ainda que os R$ 15 bilhões que a União vai receber do consórcio vencedor do leilão de Libra vão contribuir para as contas do governo. "Vai ajudar, mas, mesmo com esse montante, o governo não vai conseguir cumprir a meta", disse, citando o compromisso de superávit primário em 2013, de 2,3%. A Rosenberg projeta superávit de 1,9%.

Apesar do recorde para o mês de setembro, a arrecadação da Receita Federal no acumulado do ano está muito distante da projeção de crescimento de 3% prevista pelo governo para 2013. No acumulado do ano, o ritmo da arrecadação ficou praticamente estagnado entre agosto e setembro.

Dados divulgados nesta terça-feira, 22, pela Receita mostram que a arrecadação no ano subiu de 0,79% em agosto para 0,89% em setembro. Os números mostram uma dificuldade maior para se chegar ao objetivo da Receita, anunciado na divulgação do mês passado. O governo conta com a entrada de recursos até o final do ano de entre R$ 7 bilhões e R$ 12 bilhões com os parcelamentos de débitos tributários, chamados Refis.

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As receitas administradas pela Receita Federal no acumulado do ano também ficaram praticamente estáveis, subindo de 1,15% em agosto para 1,19% em setembro. De janeiro a setembro, a arrecadação de IRPJ e CSLL, dois tributos que incidem sobre o lucro das empresas, apresentou crescimento de 2,27%. Em termos nominais, o tributo que mais apresentou expansão de janeiro a setembro em relação ao mesmo período do ano passado foi a contribuição previdenciária, com alta de R$ 6,594 bilhões, o que equivale a 2,87%.

Em seguida na lista estão Cofins e PIS/Pasep, com alta de R$ 5,842 bilhões, uma expansão de 3,36% no período. As arrecadações em valores nominais que mais apresentaram queda foram a do IOF (R$ 3 bilhões) e a da Cide-Combustíveis (R$ 2,94 bilhões).

Revisão

Os números da arrecadação no mês passado fizeram com que a Receita revisse para baixo a previsão de crescimento da arrecadação das receitas administradas no ano, informou o secretário da Receita Federal substituto, Luiz Fernando Teixeira Nunes. Antes, o Fisco previa aumento de 3%. Agora já trabalha com um valor que varia de 2,5% a 3%. "Trabalhamos com essa faixa devido aos indicadores", explicou.

Os principais indicadores macroeconômicos que tiveram impacto na arrecadação foram a produção industrial (PIM/IBGE), as vendas de bens e serviços (PMC/IBGE), a massa salarial e o valor em dólar das importações. "Vamos ter de observar outubro. Por isso não descartamos o valor que estávamos trabalhando", ponderou. "Vamos ver se setembro foi um fato isolado, mas já trabalhamos com possibilidade de decréscimo ao valor esperado anteriormente."

O secretário afirmou que esses valores não incluem as receitas extraordinárias referentes ao Refis, que podem entrar até dezembro deste ano. Questionado sobre as desonerações, ele afirmou que o programa foi feito em um cenário de busca de crescimento da economia e manutenção do emprego. São questões, segundo o secretário, que têm a ver com políticas sociais e de governo. Ele afirmou, entretanto, que não é papel da Receita Federal avaliar a política de desonerações.

Fato gerador

O secretário Teixeira Nunes esclareceu que os indicadores que impactaram na arrecadação de setembro tiveram fato gerador em agosto - ou seja, são dados divulgados em setembro, relativos ao mês anterior. "Trabalhamos com fatos ocorridos no mês anterior para fins de explicarmos a arrecadação de setembro", afirmou.

Mais cedo, o secretário disse que será necessário observar outubro, que refletirá dados de setembro, para avaliar qual será o crescimento da arrecadação das receitas administradas pela Receita no ano. "Vamos ver se setembro foi um fato isolado". Antes, o Fisco previa aumento de 3%. Agora já trabalha com um valor que varia de 2,5% a 3%. "Trabalhamos com essa faixa devido aos indicadores", explicou.

Nunes lembrou que, apesar de "crescimento menor", o mês de setembro foi "muito bom" em termos de arrecadação. Ele lembrou que é o melhor mês de setembro da série história do órgão.

Questionado sobre são os principais motivos para a redução na previsão da arrecadação deste ano, o secretário disse que não é possível apontar um único fator. Ele citou as desonerações e os indicadores da economia brasileira.

As desonerações tributárias impactaram negativamente em R$ 7,059 bilhões a arrecadação da Receita Federal no mês de setembro. Os cálculos foram feitos pelo Fisco brasileiro e divulgados nesta terça-feira, 22. Em setembro de 2012, a perda de arrecadação com as desonerações foi R$ 2,3 bilhões menor.

No mês passado, o que mais impactou foi a desoneração com a folha de salários, que teve um custo de R$ 1,418 bilhão, seguido pela cesta básica, que influenciou negativamente em R$ 721 milhões.

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No acumulado de 2013 até setembro, as desonerações somaram R$ 58,109 bilhões, apresentando alta de 68,55% ante igual período de 2012, quando as desonerações somaram R$ 34,477 bilhões. A perda com a desoneração da folha de salários acumula, no mesmo período, R$ 11,173 bilhões.

A arrecadação de impostos e contribuições federais cobrados pela Receita Federal cresceu em agosto, atingindo R$ 83,95 bilhões, melhor resultado para o mês na história. O resultado mostrou uma alta real (com correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços Amplo ao Consumidor (IPCA), de 2,68% em relação a agosto de 2012.

Em julho, a arrecadação foi de R$ 94,293 bilhões com alta de 0,89% em comparação a igual mês do ano passado. No entanto, em relação julho deste ano, a arrecadação de agosto apresentou uma queda real de 11,18%.

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Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 23, a arrecadação das chamadas receitas administradas pela Receita Federal somou R$ 82,017 bilhões. As demais receitas (taxas e contribuições recolhidas por outros órgãos) foram de R$ 1,940 bilhão. No acumulado do ano até agosto, a arrecadação soma R$ 722,23 bilhões, com ligeira alta real de 0,79% sobre o mesmo período do ano passado.

A Receita Federal admitiu no final da manhã desta segunda-feira, 19, que pode ter que rever a projeção de crescimento da arrecadação para este ano de 3%. "Essa previsão pode não se confirmar. A cada dois meses (ela) é revista", afirmou o coordenador de Previsão e Análise da Receita, Raimundo Elói de Carvalho.

Segundo ele, a previsão da Receita segue as estimativas realizadas pelo governo como do crescimento do PIB e de inflação. "Não tem nada de mágica. São com esses indicadores que trabalhamos. Se os indicadores forem revistos, a arrecadação será revista e será sempre explicada. A Receita nunca faz previsão descolada desses indicadores", disse Carvalho.

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Ao ser questionado sobre a projeção do PIB feita pelo mercado, que é de alta de 2,2% neste ano, enquanto o governo mantém uma estimativa de 3%, o secretário adjunto da Receita, Luiz Fernando Nunes, afirmou que a Receita se guia pelos indicadores oficiais e não por outros.

Carvalho argumentou que, embora o crescimento acumulado de janeiro a julho da arrecadação pareça pequeno, a Receita espera que os porcentuais de alta sejam maiores no segundo semestre deste ano. Isso porque, segundo ele, a base de comparação é bem elevada de janeiro a abril, mas passou a ser menor já a partir de junho. "Daí a nossa expectativa de crescimento da arrecadação ser mantida em 3%, mesmo com a revisão do PIB. Outros indicadores também são levados em conta, o que nos leva a crer nessa perspectiva de crescimento de 3% da arrecadação neste ano", afirmou o coordenador.

Disse que a Receita trabalha com 17 indicadores econômicos como PIB, inflação, câmbio, juros, massa salarial e produção industrial. Carvalho disse que já a partir de fevereiro é possível verificar o aumento da lucratividade das empresas, o que reflete nas receitas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

Ele afirmou que, de fevereiro a julho, houve um aumento de 20% no pagamento desses tributos pela estimativa mensal em relação ao mesmo período de 2012. "As empresas estão antecipando o imposto de renda em valor bem maior que em 2012", disse.

O secretário-adjunto da Receita, Luiz Fernando Teixeira Nunes, informou que o Fisco não conta com o pagamento da multa de R$ 18,7 bilhões pelo Itaú na previsão de alta de arrecadação de 3% em 2013. "Uma coisa e autuação e outra é a arrecadação. A Receita não conta. É uma possibilidade. Qualquer receita especulativa não e usada nos cálculos", afirmou.

O secretário-adjunto foi diversas vezes questionado se a previsão de alta da arrecadação não seria excessivamente otimista, diante do fato de que o crescimento acumulado até julho é de apenas 0,98%. Em resposta às perguntas, Nunes destacou que os estudos apontam esse crescimento.

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A sanção da lei que cria novas regras para a cobrança, a arrecadação e a distribuição de recursos pagos por direitos autorais foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), desta quinta-feira (15), pela presidenta Dilma Rousseff (PT). O texto do Projeto de Lei do Senado (PLS) 129/2012, que passará a valer em 120 dias, é o mesmo aprovado pelo Congresso Nacional em julho, apresentado pelo Senador Humberto Costa (PT).

Conforme a proposta do senador, o Escritório Central de Arrecadação de Direitos (Ecad) continua a ser formado pelas associações que congregam compositores e intérpretes. Mas essas instituições terão que se habilitar junto ao Ministério da Cultura a fim de comprovar que têm condições de administrar os direitos de forma eficaz e transparente. Muda também o custo cobrado pelo Ecad pelo serviço. A taxa de administração não poderá ultrapassar 15% do valor arrecadado a título de pagamento de direitos. O escritório terá prazo de quatro anos para se adaptar à modificação.

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Outro avanço é que o Ecad deverá ser regido por regras democráticas de governança, conferindo direito a vota a todas as associações, com o mesmo peso e sem discriminação. Para evitar o falseamento de dados e a duplicidade de títulos, será adotado um cadastro unificado de obras. Os dirigentes das associações terão mandato fixo de três anos, com direito a uma reeleição. Apenas poderão ser eleitos e votar os titulares originários dos direitos, ou seja, compositores e intérpretes. O projeto estabelece penalidades para dirigentes do escritório central e das associações, bem como para os usuários que descumpram as obrigações de informar a utilização das obras.

O pagamento pelos direitos autorais deverá também espelhar a realidade da execução das músicas. E o autor poderá acompanhar a gestão do seu direito pela internet, por meio de uma espécie de conta, com acesso restrito. Os litígios entre emissoras e o escritório de arrecadação poderão ser dirimidos pelo Ministério da Cultura.

“Como relator do PLS 129/2012, procurei fazer meu trabalho ouvindo a todos os atores relacionados à temática da gestão coletiva de direitos autorais”, explica Humberto Costa. “Fiz uma síntese das contribuições e apresentei um substitutivo que não tem vencidos ou vencedores, mas que indubitavelmente traz ganhos para o detentor dos direitos.”

A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), conhecida como "royalties da mineração", atingiu R$ 200,497 milhões em julho, crescimento de 46,6% em relação ao mesmo mês de 2012, de acordo com levantamento do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Já no acumulado dos sete primeiros meses de 2013, a soma atingiu R$ 1,493 bilhão. Esse montante significa 81,2% do total arrecadado em 2012.

Parte da diferença da arrecadação se deve ao maior volume de produção mineral no início de 2013. Em 2012, o forte período de chuvas surpreendeu e empresas como a Vale tiveram de declarar estado de força maior. A Cfem é calculada hoje sobre o valor do faturamento líquido - para o minério de ferro, principal produto da cesta de produção no Brasil, a alíquota é de 2%. Essa alíquota deverá mudar quando o novo marco entrar em vigor, o que está previsto para 2013.

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O BG Group divulgou nesta sexta-feira que o lucro antes de impostos cresceu 179,4% no segundo trimestre de 2013, passando para US$ 1,45 bilhão entre abril e junho de 2013, frente a US$ 519 milhões reportados no mesmo período de 2012. No mesmo sentido, o lucro operacional da empresa cresceu 182,4%, de US$ 458 milhões no segundo trimestre de 2012 para US$ 1,37 bilhões entre abril e junho deste ano. Ao fim do trimestre, a dívida líquida estava em US$ 11,2 bilhões.

No segundo trimestre, a receita do grupo caiu para US$ 4,41 bilhões, contra US$ 4,64 bilhões no mesmo período do ano anterior, o que corresponde a um recuo de 4,9%. Na mesma base de comparação, a produção caiu 2%. O BG Group destaca a produção no Egito, que teria sido afetada pelas manifestações recentes. Além disso, o grupo cita interrupções na Nigéria, que resultou na perda de cinco cargas neste ano.

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Em relação ao início das operações no Brasil, a empresa está confiante com os progressos nos testes mais recentes. "No Brasil, tem havido uma série de pontos de progresso. Os resultados dos testes de nossa quarta avaliação têm mostrado excelentes características", diz o BG Group, em comunicado. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os cidadãos que tiverem débitos com a Prefeitura de Jaboatão terão uma nova oportunidade para quitar suas dívidas. Nesta próxima segunda-feira (22) o governo municipal dará início ao programa Mutirão Tributário, que acontecerá na Faculdade dos Guararapes (FG), em Piedade. Tributos municipais, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Tributos de Qualquer Natureza (ISS), poderão ser regularizados em condições mais atrativas e vantajosas, a exemplo dos descontos de 100% nos juros de mora e multa para quem estiver com pendência no IPTU de anos anteriores.

De acordo com o secretário executivo da Fazenda de Jaboatão, Eromir Moura, foram expedidas aproximadamente 20 mil notificações convidando os inadimplentes a comparecerem ao mutirão. “O nosso objetivo é permitir que o cidadão possa quitar suas dívidas de maneira definitiva. São formas facilitadas de pagamento que irão permitir as pessoas regularizarem sua situação, fazendo com que o Governo possa investir mais em obras estruturadoras para a cidade”, afirmou.

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Segundo o secretário, o contribuinte que ficar adimplente será recompensado. “Estamos com o programa IPTU Premiado, que visa contemplar as pessoas que estão adimplentes com a Prefeitura. A partir de agosto, estaremos sorteando quinzenalmente caminhões de prêmios com TVs, fogões, geladeiras e ingressos de cinema. Acreditamos que isso irá estimular as pessoas a buscarem a regularização”, destacou.

A expectativa da Administração Municipal é negociar R$ 6 milhões em formas parceladas de pagamento e R$ 1,1 milhão em valores à vista. “Esperamos repetir o êxito do mutirão anterior, que arrecadou valor semelhante.” Equipes de conciliação e juízes da Fazenda Pública estarão presentes no local, acompanhando os trabalhos.

Entre as vantagens ofertadas pela prefeitura, estão o parcelamento sem juros em até 12 meses com 50% ou em até 24 meses com desconto de 40% na multa e juros de mora; parcelamento a partir de 25 meses com outros descontos e juros simples de 0,5%; e a redução de 50% no valor da taxa de serviços diversos de emissão do DAM – Documento de Arrecadação Municipal, estando atualmente em R$ 2,26, podendo ser emitido o DAM na internet sem o valor da taxa.

Com informações da assessoria.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (3) o projeto de lei que muda o sistema de arrecadação de Direitos Autorais no País. A proposta vai agora para a Comissão de Educação e Cultura, antes de ser votada pelo plenário da Casa. Aprovado por unanimidade, o relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) reduz a taxa de administração do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) dos atuais 25% para 15%, determina que os dirigentes das organizações arrecadadoras não sejam detentores de direitos autorais e proíbe que recursos arrecadados pelo Ecad, mesmo os que não tenham como determinar para quem deveriam ser pagos, sejam usados para outros fins, como capitalizar o Ecad ou pagar prêmios a seus diretores.

"Meu projeto quer dar mais proteção aos detentores dos direitos autorais. O Ecad pode continuar sendo o agente arrecadador, desde que se submeta a essas regras. É um monopólio e todo o monopólio deve seguir normas", afirmou Humberto Costa.

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A aprovação foi aplaudida por artistas e representantes que lotavam o plenário da CCJ. Uma reunião de cantores, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, acontecerá nesta tarde com Humberto Costa e líderes de todos os partidos. O projeto ainda precisa passar pela Comissão de Educação e pelo plenário do Senado, mas se tentará um acordo para que a proposta vá direto da CCJ para o plenário. Ainda assim, o projeto, que teve origem em uma CPI mista do Congresso, precisa passar pela Câmara dos Deputados.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira (27) a recomposição parcial das alíquotas do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da linha branca, móveis e painéis. Os novos valores passarão a valer a partir de 1º de julho e irão vigorar até o fim de setembro.

Em dezembro de 2012, o ministro já havia anunciado que o imposto voltaria de forma gradual, com um escalonamento entre os meses de janeiro e junho. A medida irá abranger produtos como fogão, tanquinho, refrigerador, congelador, móveis, painéis e laminados, entre outros.

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O valor do tributo para o fogão, por exemplo, passará de 2% para 3%. No caso do tanquinho, a taxa terá aumento de 2% para 4,5%. “A máquina de lavar roupa já está num patamar definitivo de 10%. Antigamente, era 20% e ela ficará permanentemente em 10%”, afirmou o ministro.

Móveis, painéis e laminados terão alíquota de 3% a partir da próxima segunda-feira (1º de julho). Entre os meses de fevereiro e junho deste ano, o valor que vigorou para esses produtos era de 2,5%. Com as novas taxas a arrecadação de IPI aumentará em R$ 118 milhões no período de julho a setembro.

Absorção das Alíquotas

Mais cedo, o ministro havia se reunido com diversos representantes dos setores de bens de consumo, móveis e painéis. Segundo o ministro da Fazenda, a recomposição gradual das alíquotas é uma medida que poderá ser absorvida pelo setor.

“Tanto o varejo quanto o setor produtor farão um esforço de acomodar esse aumento de alíquotas nos preços atuais de modo que isso não venha a prejudicar as vendas e, ao mesmo tempo, não venha a aumentar a inflação”, disse Mantega.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social - GMF

A arrecadação das receitas administradas pela Receita Federal em março deste ano, de R$ 77,792 bilhões, foi 9,25% menor do que a registrada no mesmo mês do ano passado. De acordo com o Fisco, o principal fator que explica essa redução foi a queda de 67,7% na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

A diferença de R$ 4,158 bilhões nos dois tributos em relação a março de 2012 se deveu ao ajuste anual, principalmente no setor financeiro. O setor foi o que segurou o desempenho da arrecadação no ano passado.

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Além disso, as desonerações tributárias - como da folha de pagamento, da Cide-combustíveis, do IPI para automóveis e do IOF no crédito à pessoa física - resultaram em uma redução de R$ 1,781 bilhão na comparação anual do volume arrecadado. Somente a desoneração do setor automotivo reduziu em 42,59% as receitas de IPI sobre automóveis em relação a um ano antes. A queda somada nos demais tributos chegou a R$ 1,991 bilhão.

A forte queda da arrecadação no mês passado, de 9,32% em relação a março de 2012, fez com que o desempenho das receitas no acumulado deste ano ficasse negativo. No primeiro bimestre, a arrecadação registrava uma expansão real de 3,67%, mas passou a acumular uma queda real de 0,48% no primeiro trimestre de 2013, na comparação com o mesmo período de 2012.

Segundo os dados divulgados pela Receita Federal, houve uma queda de 48,25% no pagamento do ajuste anual do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social do Lucro Líquido (CSLL) relativos ao desempenho das empresas em 2012. No ano passado, a Receita recebeu quase R$ 12 bilhões como ajuste anual, mas esse valor caiu para R$ 6,2 bilhões em 2013. Em 2012, as instituições financeiras foram responsáveis pelo expressivo crescimento no IRPJ e na CSLL relativos ao ajuste anual.

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A Receita informou que também contribuiu para a queda na arrecadação de janeiro a março deste ano o volume de desonerações tributárias, em especial da folha de salários, Cide-combustíveis, IPI-automóveis e IOF-crédito da pessoa física. A renúncia fiscal em 2013 foi R$ 5,044 bilhões maior que no mesmo período de 2012. Dessa forma, destaca o Fisco, a perda de arrecadação no primeiro trimestre de 2013 chegou a R$ 10,828 bilhões em relação aos três primeiros meses de 2012, considerando apenas as desonerações e o pagamento de IRPJ e CSLL para o ajuste anual. A Receita acredita que ainda influenciou o desempenho ruim da arrecadação a queda na produção industrial no início deste ano.

A arrecadação de impostos e contribuições federais cobrados pela Receita Federal atingiu R$ 79,613 bilhões em março, o que representa uma queda real (a preços corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 9,32% em relação a março do ano passado. Já na comparação com fevereiro deste ano a arrecadação apresentou alta real de 4,19%.

O resultado efetivo da arrecadação federal em março ficou abaixo do piso do intervalo das previsões coletadas pelo AE Projeções junto ao mercado financeiro, que variavam entre R$ 81 bilhões e R$ 88,6 bilhões.

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No acumulado do primeiro trimestre deste ano, a arrecadação federal atingiu R$ 271,731 bilhões, com uma queda real de 0,48% ante igual período do ano passado. A arrecadação das receitas administradas pela Receita, em março, atingiu R$ 77,792 bilhões, enquanto as administradas por outros órgãos somaram R$ 1,821 bilhão no mês passado.

A arrecadação de impostos e contribuições federais, cobrados pela Receita Federal, atingiu R$ 76,052 bilhões em fevereiro. O resultado representa uma queda real (a preços corrigidos pelo IPCA) de 0,51% em relação a fevereiro do ano passado. Em relação a janeiro deste ano, a arrecadação apresentou queda real de 34,87%.

No primeiro bimestre do ano, a arrecadação atingiu R$ 192,118 bilhões, com uma alta real de 3,67% ante igual período do ano passado.

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A arrecadação das receitas administradas pela Receita, em fevereiro, atingiu R$ 74,271 bilhões. E as receitas administradas por outros órgãos somaram R$ 1,782 bilhão.

A arrecadação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) recuou 28,43% em janeiro em relação a igual mês do ano passado, segundo informou nesta segunda-feira a Receita Federal. O valor arrecadado em janeiro com esse imposto foi de R$ 2,226 bilhões. De acordo com a Receita, a queda é explicada principalmente pela diminuição das alíquotas nas operações de crédito de pessoas físicas e pela redução do volume de entrada de moedas nas operações tributadas por esse imposto.

A Receita também detectou uma queda de 66,05%, para R$ 271 milhões, de IPI-automóveis. A redução foi atribuída fundamentalmente à alteração da tabela de incidência do IPI em maio do ano passado. A arrecadação desse imposto nos demais segmentos também apresentou queda ainda que menor, de 18,50%. O saldo menor no mês passado, de R$ 1,533 bilhão, é resultado da queda de 3,55% da produção industrial em dezembro de 2012 na comparação com o ano anterior. De acordo com a Receita, também pesou a desoneração de produtos da linha branca e setor de móveis.

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O Fisco destacou que o IPI incidente sobre o fumo, por sua vez, registrou um aumento de 194,93% para um total de R$ 1,017 bilhão. O incremento "expressivo" das vendas de cigarro no primeiro mês deste ano em relação a igual período de 2012 foi apontado como causa do aumento na arrecadação do IPI.

No caso do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), houve uma queda de 9,52%, para R$ 1,141 bilhão, que foi explicada por pagamentos atípicos decorrentes de ganho de capital na alienação de bens ocorridos em janeiro de 2012.

Apesar do crescimento da massa salarial em dezembro do ano passado, o imposto recolhido por meio do rendimento do trabalho registrou queda de 1,62% em janeiro, para um total de R$ 8,646 bilhões, em razão da distribuição antecipada de lucros por algumas empresas em janeiro do ano passado. Já em relação aos rendimentos de capital do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) a queda de 10,01% foi explicada pelo decréscimo na arrecadação do Imposto de Renda incidente sobre as aplicações de renda fixa. O governo arrecadou R$ 2,941 bilhões com esse imposto.

A Cide-combustível, que teve sua alíquota zerada, deu uma contribuição de apenas R$ 1 milhão para a Receita no primeiro mês do ano, o que representa uma queda de 99,82% na comparação com janeiro do ano passado.

A secretária-adjunta da Receita Federal, Zayda Manatta, informou nesta quarta-feira que as desonerações totais realizadas no ano passado para combater a crise internacional somaram R$ 46,44 bilhões. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem falado em uma renúncia de R$ 45 bilhões. De acordo com a secretária, a Receita chegou a esse resultado, em maior parte, por meio da efetivação dos cálculos.

Ela salientou, porém, que uma parte ainda é baseada em estimativas, pois nem todas as informações efetivas já estão disponíveis para o Fisco. "Tem números que não temos como confirmar agora, como a desoneração da folha de pagamentos, por exemplo", citou. Zayda disse que o resultado final deve ficar "muito em linha" com o número divulgado há pouco pela Receita.

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