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Carla Ingridy de Oliveira, de 29 anos, foi morta com um tiro na cabeça pelo ex-marido, de 31 anos, em São Vicente, na Baixada Santista, na manhã do sábado (16). O homem cometeu suicídio após disparar contra a vítima, segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP). A identidade do autor não foi oficialmente divulgada.

Conhecida como Carlinha, a vítima tinha duas filhas com o autor dos disparos. Segundo relatos de pessoas próximas, ela e as meninas haviam se mudado há pouco para uma nova residência.

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A Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência após um vizinho ouvir o barulho de três disparos. "Ele se deslocou até o local e viu o homem ainda com vida, momento em que acionou o Samu e a Polícia Militar", diz nota da secretaria. O autor dos disparos foi encontrado morto, junto à arma de fogo.

A arma foi apreendida e encaminha para a perícia técnica. O caso foi registrado como feminicídio e instigação ao suicídio na Delegacia de Polícia de São Vicente, no litoral de São Paulo.

Uma irmã da vítima demonstrou consternação nas redes sociais. "Com muita dor no coração, estou me despedindo de você", escreveu em rede social.

Diversos amigos demonstraram indignação com o caso. "Que haja penas mais severas contra o feminicídio, estamos perdendo mulheres incríveis por conta da inescrupulosidade machista", escreveu uma amiga de Carla também em rede social. "Até quando teremos casos como o da Carla? Triste demais", questionou outra amiga.

O velório e o sepultamento foram marcados para a segunda-feira, 18, no Cemitério Municipal São Vicentino.

Feminicídios em SP subiram 36% no primeiro semestre

Os casos de feminicídio subiram 36% no primeiro semestre no Estado de São Paulo na comparação com os seis primeiros meses do ano passado, chegando a 113 ocorrências somente nos primeiros seis meses de 2023.

O número é o maior para o período desde que o governo passou a divulgar dados de crimes dessa natureza, em 2018. A alta segue uma tendência de aumento que já se apresentava em 2022.

O dado divulgado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) aponta ainda outros 119 homicídios dolosos cometidos contra mulheres no período. Estes registros, por sua vez, tiveram uma variação menor, mas ainda representam um aumento de 11% em comparação ao intervalo de janeiro a junho do ano passado.

Um homem foi morto pela Polícia Militar no morro Santa Maria, em Santos, no final da manhã desta segunda-feira (21). Chegam a 20 as mortes pela PM na Baixada Santista no intervalo de 25 dias - desde 28 de julho, um dia após um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da PM paulista, ser morto durante patrulhamento na Vila Zilda, no Guarujá, município vizinho a Santos.

Para prender os responsáveis pela morte do policial, foi deflagrada a Operação Escudo. Dezesseis mortes haviam ocorrido no período de 28 de julho a 2 de agosto. Na última terça-feira (15) mais duas pessoas foram mortas pela PM no Guarujá, e na sexta-feira (18) um homem de 37 anos foi morto durante uma troca de tiros com a polícia no Perequê, também no Guarujá.

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Pouco antes do meio-dia desta segunda-feira, policiais dizem que foram recebidos a tiros durante patrulhamento no morro Santa Maria. Eles passavam pela rua Sete quando foram alvo dos disparos e revidaram. Um homem foi atingido por um tiro e levado ao Pronto-Socorro da Santa Casa de Santos, mas chegou morto à unidade de saúde. Até a publicação desta reportagem, o nome dessa vítima não havia sido divulgado.

Por volta das 14h, moradores do morro Santa Maria iniciaram um protesto contra a morte do rapaz. Eles acusam as forças de segurança de demorar para prestar socorro a essa vítima.

Mais letal

A Operação Escudo, iniciada pela PM no litoral paulista após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, em 27 de julho, no Guarujá. Além dos 20 mortos, pelo menos 513 pessoas foram presas e houve apreensão de 880 quilos de drogas e 70 armas. Essa é a operação mais letal da Polícia Militar paulista desde o massacre do Carandiru, em 1992, quando uma rebelião na penitenciária da capital terminou com a morte de 111 detentos.

Uma mulher foi presa por crimes associados à pedofilia e estupro de vulnerável na manhã da sexta-feira (8), em Itanhaém, na Baixada Santista. Segundo a Polícia Civil, através da 4ª Delegacia de Polícia de Repressão à Pedofilia (DHPP), que apura crimes contra a dignidade sexual de vulneráveis, a pedófila é investigada por armanezar e compartilhar imagens de abusos sexuais contra crianças. Posteriormente, a acusada confessou que alguns dos vídeos armazenados são do próprio sobrinho, de três anos, a quem ela molestou. Nome e idade da mulher não foram revelados. 

Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, uma equipe da Especializada, ao efetuar buscas no aparelho celular de uso da investigada, encontrou 187 vídeos de estupros contra crianças, armazenados na pasta de aplicativo de mensagens. Constatou-se, ainda, que através de conversas registradas, ela compartilhava e recebia diversos vídeos de crianças sendo estupradas. 

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Com base nas imagens dos abusos sexuais e consequentes produções denunciadas, a polícia conseguiu identificar a vítima direta da mulher, uma criança de três anos, sobrinho da investigada. No momento da prisão, a indiciada estava usando os mesmos anéis que aparecem nas imagens dos registros dos estupros. 

A pedófila confessou que molestou sexualmente seu sobrinho e registrou imagens com a intenção de guardá-las, porém negou que as compartilhava no grupo de mensagens. Confirmou que teve sua conta de e-mail bloqueada, conta essa onde foram detectados os conteúdos de pornografia infantil, produções e abusos sexuais, objeto desta investigação. Disse que armazena arquivos de pornografia infantil desde o ano de 2019. 

Em sua residência foram localizados os cobertores utilizados na prática dos abusos sexuais contra a criança. A indiciada foi encaminhada ao Distrito Policial para cumprimento da prisão temporária decretada. 

A VLI, empresa de soluções logísticas, oferta 30 vagas para o cargo de maquinista na Baixada Santista, em São Paulo. O processo seletivo será realizado de forma virtual, mas o trabalho deve ser exercido de maneira presencial. Para isso, é necessário que os candidatos estejam situados nas cidades de Santos, Cubatão, Praia Grande, São Vicente, Embu-Guaçu, Boa Vista, Mairinque ou que tenham disponibilidade para mudança.

Os requisitos para se candidatar a uma das vagas é ter ensino médio completo, sólida experiência como maquinista de viagem e em trecho de serra, e disponibilidade para atuar em regime de escala e turnos. Os aprovados serão incubidos de realizar diversas atividades, como conduzir trens na extensão da baixada santista, conduzir locomotivas/trens de forma segura e eficiente, operar trens com diferentes configurações de formação e executar manobra de formação e desmembramento de trens, conhecer e operar trens com treinamentos para carga perigosa, entre outras.

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Os selecionados terão como benefícios vale-alimentação, vale-transporte e/ou ônibus fretado, assistência médica e odontológica, plano de previdência complementar, entre outros. As candidaturas podem ser enviadas até o dia 30 de junho por meio do site de recrutamento da empresa.

O Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista) anunciou que nove municípios litorâneos vão adotar lockdown a partir desta terça-feira (23) até 4 de abril, a fim de conter a disseminação do coronavírus e impedir que ocorram aglomerações por conta dos feriados que serão implantados pela capital paulista no período. A decisão foi tomada pelos prefeitos de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.

Nessas cidades, será permitida apenas a circulação de veículos e pessoas que apresentarem nota fiscal de compra ou prescrição de remédios, atestado médico que formalize urgência no atendimento de pessoas ou animais, carteira de trabalho ou holerite que comprove a prestação de serviço permitida em decreto, documento de embarque e desembarque em terminal rodoviário ou comprovação de atividades ou compromissos inadiáveis.

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A Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar dos municípios da Baixada Santista estarão encarregadas de fiscalizar as ruas e garantir que estabelecimentos, praias e todo e qualquer comércio não essencial permaneçam fechados e sem circulação de pessoas. Caso haja descumprimento das regras do lockdown, o cidadão estará sujeito a receber multa de R$ 300 a R$ 10 mil.

Além disso, feiras livres, obras públicas ou particulares essenciais, pousadas, pensões, motéis e serviços de drive-thru não serão permitidos. Supermercados, padarias e açougues poderão funcionar até às 20h nos dias de semana, e aos sábados e domingos, apenas em delivery. Farmácias, posto de combustível, serviços para entrega de remédios e mercadorias, táxis, veículos de aplicativo e atividades industriais que não possam ser suspensas, poderão funcionar normalmente.

Por Thaiza Mikaella

Com receio de uma explosão de infecções pela Covid-19 nas festas de fim de ano, as prefeituras do litoral de São Paulo solicitaram ao governo estadual ajuda logística para impedir aglomerações e desencorajar turistas a fazer o "bate e volta" na virada. Em caráter reservado, integrantes do governo admitem que haverá endurecimento das restrições no Plano São Paulo - o programa estadual de reabertura econômica - a partir de 4 de janeiro.

A ideia proposta pelas prefeituras para as festas do fim de ano é mobilizar a Polícia Militar para atuar nas orlas das cidades litorâneas, para impedir aglomerações, e criar barreiras sanitárias para inibir a chegada de turistas pontuais na Baixada Santista. É prevista a medição de temperatura dos visitantes na entrada da cidade, mas não a exigência de comprovante de imóvel na região ou teste de covid com resultado negativo.

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"A proposta das prefeituras é criar barreiras sanitárias nos acessos às cidades e o fechamento da orla dia 31", afirmou ao Estadão Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional do governo paulista.

Cidades como Guarujá e Santos costumam receber centenas de milhares de turistas nesta época. Segundo Vinholi, a prerrogativa de organizar as barreiras será das prefeituras, com apoio do Estado. Elas é quem devem medir eventuais reflexos no trânsito, que costuma ficar congestionado na região durante feriados.

O Estado ainda não determinou o contingente que será mobilizado, mas o tema deve ser debatido na segunda, no comitê de gestão de crise do Palácio dos Bandeirantes. Os prefeitos do litoral norte, por sua vez, pediram ajuda ao governador para reforçar o atendimento no Hospital Geral de Caraguatatuba, que é referência na região.

A gestão João Doria (PSDB) anunciou no dia 11 a redução do horário de funcionamento de bares e a ampliação do horário de operação de lojas e shoppings como medida para tentar conter aglomerações. Em 30 de novembro, logo após as eleições municipais, o governo já havia colocado todo o Estado na fase 3 (amarela) do Plano São Paulo, após relatar alta de casos. Se houver novo recuo, a mudança será para as fases mais restritivas (a 2, laranja, ou a 1, vermelha) e parte do comércio será fechado.

Segundo apurou o Estadão, prefeitos do Grande ABC e do interior estão preocupados com uma possível onda de infecções nas festas de fim de ano. Cresce entre membros da cúpula do Executivo estadual a defesa da tese de um endurecimento das medidas de isolamento social, o que deve ser anunciado no dia 4. O principal centro de preocupação do governo neste momento são as regiões de Presidente Prudente e Registro, no interior, que devem retroceder para a fase vermelha, em que só serviços essenciais, como farmácias e mercados, podem ficar abertos.

Aglomerações

Professor do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Eliseu Waldman afirma que as pessoas não estão seguindo as recomendações de distanciamento e que, no litoral, a aglomeração vai além das praias. "O pessoal vai para o barzinho de noite, vai para o mercado", afirma ele. Especialistas têm apontado o aumento da participação dos jovens entre os diagnosticados com o novo coronavírus.

O Centro de Contingência de Combate à Covid-19, montado por Doria para coordenar ações contra a propagação da doença no Estado de São Paulo, já recomendou que as celebrações de Natal e ano-novo tenham até dez pessoas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um item inusitado no pacote de batatas gratinadas de um restaurante de Santos (a 75 km de São Paulo) revoltou um cliente. Após chegar em casa e abrir a embalagem do prato que havia adquirido, o repórter-cinematográfico Alexandre Corrêa notou que uma barata estava misturada à receita.

De acordo com a reportagem do jornal A Tribuna, o inseto figurava entre os acompanhamentos de um frango, que tinha como guarnições uma porção de batatas gratinadas e farofa. Ao notar a presença da barata, o cliente se dirigiu ao estabelecimento e exigiu explicações, além da devolução do dinheiro. No entanto, para surpresa do freguês, os responsáveis pelo local não deram muita importância para o fato.

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Em entrevista ao periódico da região, o homem afirmou que o atendente do caixa, que seria filho do dono, pediu que o próprio comprador levasse o pacote ao mandatário. Ainda segundo a publicação, o dono do estabelecimento devolveu os R$ 30 que Corrêa pagou no prato. O restaurante fica no bairro da Ponta da Praia e tem mais de 50 anos de funcionamento na cidade.

Uma mulher de mais de 80 anos aguarda o resultado do teste de coronavírus há 12 dias em uma UTI de um hospital na Baixada Santista, em São Paulo. Sob condição de anonimato, o jornal O Estado de S. Paulo conversou com o filho dessa mulher, que demonstrou angústia pela falta do diagnóstico preciso e pelo que isso pode representar para a saúde da mãe e de todos que tiveram contato com ela. A coleta do material ocorreu no dia seguinte à internação, há duas semanas, e a família não conhece o resultado.

Dos profissionais de saúde, o filho recebeu diferentes prazos. Inicialmente, o hospital informou que demoraria cerca de dez dias, depois uma médica falou em sete dias e de outros especialistas ouviu que o prazo está sendo de até 20 dias para saber se uma pessoa está ou não com coronavírus. "Está preso no (Instituto) Adolfo Lutz, me dizem", contou o homem.

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O Instituto Adolfo Lutz é considerado o principal órgão de vigilância epidemiológica do Estado e o governo vem tentando soluções para os casos que estão ficando represados lá. Nesta semana, o governador João Doria (PSDB) anunciou o início da operação no Instituto Butantã para absorver a demanda.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o instituto "está priorizando o processamento das amostras de casos graves e óbitos". Disse ainda que, de acordo com o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo e do Centro de Operações de Emergências, o teste "não afeta o tratamento da pessoa, que é feito apenas do ponto de vista clínico". A pasta afirmou que adquiriu 60 mil testes extras para suporte do instituto. A espera para a família da idosa continua. Um dos receios é de que ela esteja em ala separada para pacientes com coronavírus sem estar com a doença. A mulher já apresenta melhoras, após ter chegado ao hospital em uma situação crítica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os moradores do município do Guarujá, na Baixada Santista, têm o pagamento dos benefícios de prestação continuada (BPC) previdenciária e assistencial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) antecipado, em razão do estado de calamidade pública devido às chuvas intensas.

A antecipação do pagamento consta de portaria conjunta dos ministérios da Economia e da Cidadania, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (11).

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De acordo com o documento, o pagamento será feito a partir do primeiro dia útil deste mês e até durar a situação de calamidade; e “mediante opção do beneficiário, o valor correspondente a uma renda mensal do benefício previdenciário ou assistencial a que tem direito, excetuado os casos de benefícios temporários”.

O valor antecipado deverá ser ressarcido em até 36 parcelas mensais fixas, a partir do terceiro mês seguinte ao da antecipação, mediante desconto da renda do benefício e, dada a natureza da operação, sem qualquer custo ou correção, diz a portaria.

Calamidade pública

De acordo com informações da Defesa Civil do Estado de São Paulo, até o momento, o número de mortos pelas chuvas na Baixada Santista chega a 44. Pelo menos 34 pessoas continuam desaparecidas, sendo a maioria no Guarujá.

Em Santos, ocorreram oito mortes e em São Vicente, três. O número atual de desabrigados é de 328 no Guarujá e de 185 em Santos.

As cidades de Santos e São Vicente estão com situação de emergência decretada e Guarujá teve estado de calamidade pública tanto a nível estadual quanto federal.

Mais um corpo foi encontrado neste domingo (8) no sexto dia de buscas por pessoas que foram soterradas após deslizamentos ocorridos no temporal que atingiu a região da Baixada Santista, na noite da última segunda-feira (2). Com isso, já são 42 as vítimas encontradas sob os escombros. Há ainda 36 desaparecidos. As buscas, neste domingo, ocorrem somente na cidade do Guarujá, pois não há mais desaparecidos em Santos e em São Vicente.

Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, a cidade do Guarujá, a mais atingida pelas chuvas, é a que concentra o maior número de vítimas: 31 mortos e 36 desaparecidos. Em Santos foram oito mortes e, em São Vicente, três. O número de desabrigados soma 329 pessoas no Guarujá e 185 em Santos.

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Até este momento foram disponibilizadas 30,5 toneladas de materiais de ajuda humanitária para os municípios afetados. Além disso, foram disponibilizados equipamentos de proteção individual (luvas de raspa e capacetes) e baldes para o mutirão de voluntários que está atuando em apoio às equipes de salvamento no Guarujá. As equipes do Instituto Geológico e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) reforçam as equipes técnicas municipais nas avaliações das áreas afetadas e no monitoramento do risco nos locais de buscas.

Desde ontem (7), também há 40 militares, sendo 30 do Exército e 10 da Aeronáutica, atuando no Guarujá para reforçar o trabalho de triagem de donativos e assistência, organizando os kits e ajudando na sua distribuição, além de reforçar a segurança na região.

Na última quarta-feira (4), o governador João Doria homologou os decretos municipais de situação de calamidade pública no Guarujá e de situação de emergência em Santos e em São Vicente. No dia seguinte, os decretos foram reconhecidos de forma sumária pelo governo federal, ou seja, antes mesmo que a solicitação do município fosse oficializada, e publicados no Diário Oficial da União.

Com essa medida, informou o Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), as localidades poderão ter acesso a recursos federais para ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais à população e reconstrução de estruturas públicas danificadas.

Já são 39 o número de corpos localizados nos deslizamento de terra que ocorreram na Baixada Santista, após a forte chuva que atingiu a região na madrugada de terça-feira (3). De acordo com o boletim divulgado nesta manhã pela Defesa Civil do Estado, até o momento, foram registrados 39 óbitos e outras 41 pessoas seguem desaparecidas, segundo informações de familiares.

A Secretaria da Segurança Pública informa ainda que os trabalhos de resgate, salvamentos e identificação das vítimas dos deslizamentos prosseguem neste sábado (7). Cerca de 200 policiais civis, militares, técnico-científicos e bombeiros atuam nos municípios de Guarujá, Santos e São Vicente.

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As ações estão concentradas no Morro do Fontana (Santos), no Parque Prainha (São Vicente) e nos morros do Macaco, Cantagalo e Engenho (Guarujá). Os trabalhos na Vila Valença (São Vicente) e morros da Penha e do Tetéu, em Santos, foram concluídos.

Paralelamente, a Polícia Civil realiza as ações de polícia judiciária, com a requisição dos exames necessários, e a Superintendência da Polícia Técnico-Científica, por meio do Instituto de Criminalística e o Instituto Médico Legal, os trabalhos de perícia e identificação das vítimas em parceria com o Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt.

Subiu para 28 o número de mortos das chuvas fortes que atingiram a Baixada Santista. Os bombeiros trabalham nas buscas por desaparecidos em Santos, São Vicente e no Guarujá. Quarenta e duas pessoas estão desaparecidas. A informação foi atualizada nesta tarde pelos bombeiros.

A cidade mais atingida foi o Guarujá, que tem até agora 23 mortos e 36 desaparecidos. Em Santos, foram três mortes confirmadas e há cinco desaparecidos. Em São Vicente, foram registradas duas mortes e uma pessoa ainda não foi localizada.

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Guarujá, Santos, São Vicente e Peruíbe têm, ao todo, 483 desabrigados. Nesta quinta-feira (5), o Ministério do Desenvolvimento Regional reconheceu estado de calamidade pública no Guarujá e situação de emergência em Santos e em São Vicente. Com isso, de acordo com o governo, as cidades poderão ter acesso a recursos federais para ações de socorro, assistência e restabelecimento de serviços essenciais à população. A medida foi publicada no Diário Oficial da União.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na tarde desta quinta-feira, no Guarujá, durante coletiva de imprensa, o repasse de R$ 50 milhões para o atendimento das cidades da Baixada Santista atingidas pelas chuvas.

Doria também afirmou que o governo deve repassar às famílias o valor de R$ 1.000 para reparação imediata dos danos sofridos. Além disso, cada família desabrigada receberá o aluguel social no valor de R$ 500 (R$300 pagos pelo governo estadual e R$ 200 pelo Município) durante 12 meses.

Dados do Núcleo de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil do Estado indicam que, até as 4h da manhã de terça, 3, o acumulado nas últimas 12 horas de chuvas no Guarujá foi de 282 mm, em Santos de 218 mm, em Praia Grande 170 mm, São Vicente 169 mm, Mongaguá 160 mm, Cubatão 132 mm e tanto Itanhaém como Bertioga o acumulado foi de 110 mm.

Na quarta-feira, também choveu na região, mas em volume menor. Nesta quinta-feira, a previsão na região é de céu nublado com possibilidade de chuva fraca e isolada ao longo do dia. De acordo com a Defesa Civil, o volume previsto não é significativo, inferior a 10 mm. No entanto, devido ao solo estar bastante encharcado e o acumulado de chuvas em 72h estar muito elevado, o alerta para risco de deslizamentos permanece.

Apenas no verão deste ano, o total de mortes por chuvas no Sudeste - São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo - já chegou a pelo menos 143 - 70% a mais do que no verão passado, quando houve 82 vítimas. Dados da Defesa Civil compilados pelo jornal O Estado de S. Paulo também apontam que a região já conta com mais de 87 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu de forma sumária, quando o desastre é público e notório e não há necessidade de pedido dos municípios, o estado de calamidade pública no Guarujá e a situação de emergência em Santos e São Vicente por conta das fortes chuvas que atingiram o estado de São Paulo nesta semana. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5).

Com a medida, as cidades vão poder ter acesso a recursos federais para ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais à população e reconstrução de estruturas públicas danificadas. 

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Desde terça-feira (3), equipes da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) estão em contato permanente com as Defesas Civis locais para auxiliar nas ações de resposta aos impactos provocados pelos temporais. O apoio do governo federal é complementar à atuação dos governos estaduais e municipais.

Após o reconhecimento, os municípios devem elaborar um plano de trabalho e encaminhar ao Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR). Para ações de resposta ao desastre, o apoio abrange a distribuição de kits de assistência humanitária (cestas básicas, água potável, kits dormitório etc.) e o repasse de recursos para a contratação de serviços como a limpeza de vias públicas.

Chuvas

As chuvas intensas na região da Baixada Santista na madrugada de terça-feira provocaram, até o momento, 27 mortes. Há ainda 43 desaparecidos. A cidade do Guarujá registra 22 mortos e 37 desaparecidos, segundo a Defesa Civil do estado de São Paulo.

A previsão do tempo para hoje na região é de céu nublado com possibilidade de chuva fraca e isolada ao longo do dia. O volume previsto de chuva não é significativo, inferior a 10 mm. No entanto, devido ao solo estar bastante encharcado e o acumulado em 72 horas muito elevado, o alerta para risco de deslizamentos permanece vigente.

Subiu para 21 o número de mortos das chuvas fortes que atingiram a Baixada Santista. Os bombeiros trabalham nas buscas por 28 desaparecidos em Santos, São Vicente e no Guarujá. O balanço foi divulgado no começo da tarde desta quarta-feira (4) pela Defesa Civil.

A cidade mais atingida foi o Guarujá, que concentra o maior número de mortes - são 17. Outras 21 pessoas estão desaparecidas. Em Santos, há três mortos e cinco desaparecidos. São Vicente registrou uma morte e tem dois desaparecidos. Ao todo, quase 200 pessoas estão desabrigadas: 155 no Guarujá, 6 em São Vicente e 37 em Santos.

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Um temporal forte em Santos, Guarujá e São Vicente, no litoral sul paulista, deixou pelo menos 19 mortos. Houve vários deslizamentos nos três municípios e, conforme balanço da Defesa Civil do Estado, havia ainda 30 desaparecidos e 163 desabrigados na noite de terça-feira, 3 - além de 11 desalojados. Neste verão, o total de mortes por chuvas no Sudeste - São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo - já chegou a pelo menos 141 - 70% a mais do que no verão passado, quando houve 82 vítimas.

Após eventos extremos - como chuvas de mais de 100 milímetros em um só dia em Belo Horizonte (janeiro) e na capital paulista (fevereiro) -, o total de desabrigados e desalojados no período passa de 87 mil, segundo dados da Defesa Civil compilados pelo Estado.

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A combinação de efeitos de longo prazo das mudanças climáticas, temperaturas mais baixas nos oceanos e falhas urbanísticas nas cidades leva aos desastres, dizem especialistas (mais informações nesta página) "Há um tempo, chuvas de 120 milímetros no mesmo dia eram a cada 50 ou 100 anos. Agora, vemos isso se repetir em poucas semanas", diz Ivan Carlos Maglio, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).

O Núcleo de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil do Estado indicou que a chuva acumulada nos temporais mais recentes no Guarujá foi de 282 milímetros; em Santos, no mesmo período, chegou a 218 mm. A média histórica prevista para a Baixada Santista durante todo o mês de março é de 257,3 milímetros.

Nesta terça-feira, o Guarujá era o local com mais mortos e desaparecidos. Um dos locais mais atingidos foi o Morro do Macaco Molhado, onde cinco morreram - incluindo dois bombeiros que tentavam encontrar uma mãe e um bebê após um desabamento, quando a terra deslizou outra vez.

O ajudante de pedreiro Luciano Oliveira, o Aranha, de 59 anos, dormia em casa, no morro, quando houve o deslizamento, por volta de 1h30. Ele ficou soterrado até o umbigo e teve auxílio de vizinhos e bombeiros. "Achei que iria perder metade do corpo. Me ajudaram a sair pela janela." No início da tarde, mesmo com a chuva, Oliveira estava nas proximidades da casa, preocupado em conseguir documentos. Já a casa, de madeira, em que vivia há seis anos, desmoronou. "Não tenho lugar para ir. Perdi tudo, estou só com a roupa do corpo."

Bombeiros estimavam 30 imóveis atingidos no local. "Como algumas (moradias) não estão cadastradas, é difícil fazer estimativa mais próxima da realidade", disse o secretário adjunto de Defesa Civil do Guarujá, Carlos Eduardo Smicelato. A prefeitura prepara um abrigo com 200 vagas, que pode ser ampliado para até 400. O Estado prometeu aluguel social aos desabrigados e a Defesa Civil se mobiliza para tirar moradores de áreas de risco, pois há perigo de mais desabamentos.

Em Santos, deslizamentos atingiram os Morros Santa Maria, São Bento, Vila Progresso e Monte Serrat - muitos moradores abandonaram as casas. A prefeitura distribuiu lonas plásticas a moradores e suspendeu parte das aulas, por dificuldades de acesso. Um colégio acolheu desabrigados.

Houve ao menos quatro quedas de barreira na Rodovia Doutor Manuel Hipólito Rego, em dois pontos da Rio-Santos e mais dois da Guarujá-Bertioga. O VLT da Baixada também amanheceu paralisado, após deslizamento de terra perto do túnel que liga Santos a São Vicente.

Vítimas

No Estado de São Paulo, foram 42 mortes por chuva este verão, número que pode subir diante do total de desaparecidos. No ano anterior, haviam sido 41. Minas é o Estado com mais mortos (72), quatro vezes mais do que no verão anterior. Em Belo Horizonte, temporais em janeiro deixaram 13 mortos e os estragos nas ruas custarão ao menos R$ 300 milhões.

O governo federal anunciou há um mês R$ 892 milhões para Minas, Rio e Espírito Santo por causa das chuvas. O Ministério do Desenvolvimento Regional disse ontem que avaliará a necessidade de liberar verba para a Baixada Santista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As buscas por 29 pessoas desaparecidas durante as chuvas fortes na Baixada Santista, no litoral paulista, continuam na manhã desta quarta-feira (4) à medida que o Corpo de Bombeiros vasculha os escombros de deslizamentos em Santos, São Vicente e no Guarujá. O balanço mais recente divulgado pela Defesa Civil confirma 19 mortes com o temporal.

A cidade mais atingida foi Guarujá, que concentra o maior número de mortes (15), pessoas desaparecidas (22) e desabrigadas (11). Na sequência, estão os municípios de Santos (3 óbitos e 5 desaparecidos) e, por fim, São Vicente (1 óbito e 2 desaparecidos). Ao todo, quase 200 pessoas estão desabrigadas: 155 no Guarujá, 6 em São Vicente e 37 em Santos.

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Os municípios afetados já receberam 15,6 toneladas de materiais de ajuda humanitária, incluindo colchões, cobertores, cestas básicas, água sanitária e água potável. O estoque ficará armazenado no depósito do Fundo Social de Santos e será distribuído mediante solicitação das defesas civis locais.

O Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, Coronel PM Walter Nyakas Junior, permanece na região e em reuniões com o Gabinete de Crise. A previsão para esta quarta-feira é de chuva moderada a fraca em pontos isolados da Baixada Santista, podendo haver pancadas com momentos mais persistentes. Como o solo já está encharcado pelo volume de água dos dias anteriores, o risco de novos transtornos e deslizamentos continua elevado.

As chuvas fortes que atingem a região da Baixada Santista desde a tarde de segunda-feira, 2, já provocaram ao menos 15 mortes nas cidades de Guarujá, Santos e São Vicente. Trinta e três pessoas estão desaparecidas. O número foi atualizado pelos bombeiros. O secretário adjunto de Defesa Civil do Guarujá, Carlos Eduardo Smicelato, estima que o número de vítimas possa chegar a 50 ou, até mesmo, 80 mortos.

O principal local com registro de mortes até o momento é o Guarujá, com 11 óbitos. A cidade tem 33 desaparecidos. Um dos locais mais atingidos é o Morro do Macaco Molhado e no Jardim Centenário. A prefeitura da cidade decretou estado de emergência. Pelo menos duzentas pessoas estão desabrigadas no município. Na manhã desta terça, o prefeito Valter Suman (PSB) sobrevoou as áreas mais atingidas junto com o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Walter Niakas Júnior.

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Em entrevista à Rádio Eldorado, o coronel Endel Ricardo Pereira, diretor de operações da Defesa Civil estadual, confirmou que entre as vítimas estão dois agentes do Corpo de Bombeiros. Eles participavam de uma operação de resgate no Morro do Macaco Molhado, no Guarujá, e foram atingidos por um novo deslizamento, que deixou um deles morto, enquanto o outro continua soterrado.

O bombeiro que morreu, cabo Moraes, foi atender o chamado do primeiro desabamento, ainda na noite de segunda. Durante o resgate, a equipe foi surpreendida por outro desabamento. Cabo Batalha, que também atendeu ao primeiro chamado, ainda é procurado. Eles tentavam encontrar uma mãe com o bebê, os dois também foram encontrados mortos.

Ainda de acordo com os bombeiros, o número de desaparecidos não indica necessariamente que estas pessoas estejam nos escombros.

O ajudante de pedreiro Luciano Martins de Oliveira, conhecido como Aranha, de 59 anos, estava dormindo em casa no momento do deslizamento, por volta da 1h30, no Morro do Macaco Molhado. Ele chegou a ficar soterrado até o umbigo e foi resgatado por vizinhos e bombeiros. "Achei que iria perder metade do corpo. Me ajudaram a sair pela janela"

No início da tarde, mesmo com a chuva, ele estava nas proximidades da casa, preocupado em conseguir os documentos, mas a habitação de madeira, em que vivia há 6 anos, desmoronou. "Não tenho lugar para ir. Perdi tudo, estou só com a roupa do corpo mesmo." Luciano não quer mais ficar no Morro do Macaco Molhado. "Dá medo, essa chuva não para", diz. "Mas o importante é estar vivo", acrescenta.

"Veio aquela água, aquela lama correndo um monte, parecia aquilo que teve em Minas. Como era o nome mesmo daquele lugar?", disse, referindo-se a Brumadinho, onde o rompimento de uma barragem deixou ao menos 270 mortos. Como ainda chove na região, o Corpo de Bombeiros pediu para moradores e jornalistas se afastarem do local de um dos desmoronamentos. Nas ruas da parte mais baixa, a população usa enxadas, carrinhos de mão e outros equipamentos para retirar a lama avermelhada.

Os moradores estão tentando ajudar os bombeiros na retirada de escombros e localização de desaparecidos. "Não estava em casa, cheguei depois. Estava feio, uma escuridão, não tinha o que fazer. Todo mundo conhece o outro aqui. Foi difícil, porque perdemos uma amiga, seu filho e o bombeiro que estava tentando ajudar. Tem gente aqui desde ontem (segunda-feira) ajudando. É muito triste", disse Fabiano Barbosa, vizinho das vítimas e voluntário.

O cenário no Morro do Macaco é de devastação. Barracos vieram abaixo, móveis e eletrodomésticos estão destruídos, além de muita lama e dificuldade para retirar os escombros na procura por sobreviventes. No alto do morro, os voluntários, enfileirados, ajudam na retirada da lama. Um balde passa de mão em mão até ser despejado em um área isolada. Os bombeiros realizam movimentos minuciosos na tentativa de evitar outros deslizamentos e são avisados pelo som de um apito quando algo de pior pode acontecer.

"Fiquei muito triste quando cheguei lá em cima, porque são pessoas que conheço há muito tempo. Moro aqui há 50 anos. Eu gostaria de ajudar, mas não posso porque sou operado da coluna. Fiquei muito feliz em ver as pessoas ajudando", ressaltou Gilvan Nunes, morador do Morro do Macaco.

"Tudo tremia na casa", lembra a dona de casa Bruna da Rocha, de 27 anos, que mora nas proximidades de um dos deslizamentos. "Começou todo mundo a gritar, chorando, pedindo ajuda para eles", relata. "Moro aqui há 27 anos e nunca vi algo assim na minha vida. É a primeira vê que acontece uma coisa dessas."

A controladora de acesso Letícia de Carvalho, de 40 anos, teve de deixar a casa com as duas filhas, de 9 e 15 anos. "Vamos para a casa de um amigo que ofereceu moradia. O prefeito não vem ver a situação, só vem para pedir voto."

Ele mora a poucos metros dos locais de deslizamento. "Escutei gritos do pessoal pedindo socorro. A gente saiu batendo em tudo que é lugar, ligando para resgate, ambulância, polícia, Deus e o mundo."

Com ajuda de amigos e das filhas, Letícia tirou grande parte dos pertences de casa. "Estamos tirando tudo, roupa, documentos, eletrodoméstico, infelizmente bens materiais que a gente conquistou com tanto suor."

Desaparecidos no Guarujá

Entre os desaparecidos no Morro do Macaco Molhado está Rafael Rodrigues, de 35 anos, liderança de projetos de capoeira e dança folclórica, que hoje atende cerca de 120 crianças e adolescentes. O projeto existe há mais de 20 anos. Segundo amigos, ele mora em um bairro próximo e, ao saber que o deslizamento havia vitimado crianças, resolveu ajudar ainda na madrugada.

"A gente estava se comunicando, eu e o meu irmão. Ficou complicado porque não tinha mais eletricidade", conta o contramestre do Afroketu, projeto de Rafael, Yago Gonçalves, de 27 anos. "A gente se conhece desde pequeno, treina capoeira desde novo."

Yago está ajudando na retirada dos escombros e da lama junto com outros integrantes do Afroketu. "Desci pela lama, achei um dos bombeiros (o corpo). Mas o meu irmão, eu tenho fé que vai ficar bem."

"Tinha muitos alunos nossos que moram por aqui", explica. "A comunidade é bem unidade nessa parte (de ajudar)."

"A esperança é a última que morre importante, tenho fé sempre. Ele é um cara resistente."

O ajudante de pedreiro desempregado Felipe Oliveira, de 22 anos, morava em um barraco atingido, junto da esposa, grávida, e da filha de 4 anos. Após perder a moradia, para qual se mudou havia três meses, ele deixou a família com a irmã e voltou ao local dos deslizamentos. "Consegui pegar só umas roupinhas. Desmoronou, caiu tudo em cima de mim. Minha filha ficou presa debaixo da madeira. Um amigo veio e ajudou. Senão, a gente não iria conseguir sair. Depois fomos à luta ajudar todo mundo."

Ele conhecia pessoas soterradas. "O Rafael era amigo da gente, gente boa. Tão gente boa que foi ajudar quem estava precisando. Ele estava ajudando todos. Era trabalhador."

Felipe está ajudando a retirar escombros desde a madrugada. "Até terminar tudo, até a hora de parar, vamos dar uma força aí. Faz pensar (estar em área de risco), mas pessoas estão precisando, vamos contar com Deus e com a sorte para continuar os trabalhos."

Um que voltou para ajudar nos resgates e encontrou familiares mortos foi Luiz Vitor Feitoza. E ele tem parentes também entre os desaparecidos. "Não moro aqui. Vim para ajudar. Já encontraram um tio e uma tia minha mortos. E ainda estão procurando outra tia e mais três primos que estão desaparecidos. Acordei com meu pai me chamando para virmos ajudar."

Trabalho dos bombeiros

De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitão Marcos Palumbo, 15 bombeiros trabalham nos resgates no Guarujá. Todo o trabalho de resgate é feito de forma manual, pois não há condições de utilizar máquinas. Segundo o capitão, há chances de novos deslizamentos.

"O corpo de bombeiros atua principalmente no Guarujá, onde temos 32 pessoas desaparecidas, sendo quatro no Morro do Macaco e 28 na Barreira do João Guarda. As equipes estão fazendo buscas em um terreno muito complicado e com chance de novos deslizamentos", explicou Palumbo.

As equipes chegaram ainda durante a noite de segunda no Morro do Macaco. A chuva encharcou e desestabilizou o solo, provocando o "escorregamento da encosta, de quase todo o morro". Bombeiros estimam que cerca de 30 residências foram atingidas. O local ainda representa muito perigo, segundo avaliação do capitão Palumbo.

A operação também usa cães para tentar encontrar pessoas soterradas.

Até agora, o Corpo de Bombeiros não divulgou os nomes das vítimas.

O secretário adjunto de Defesa Civil do Guarujá, Carlos Eduardo Smicelato, estima que o número de vítimas possa chegar a 50 ou, até mesmo, 80 mortos. "Como algumas (moradias) não estão cadastradas, é difícil fazer uma estimativa mais próxima da realidade. Estamos estimando a partir de relatos de moradores próximos, das famílias."

A Prefeitura está preparando um espaço para receber 200 desabrigados, o que pode ser ampliado para até 400 pessoas se a chuva persistir. "O Guarujá foi a cidade mais impactada, com 280 mm de chuva em 24 horas. Foi uma catástrofe, é imprevisível a gente evitar uma tragédia nessa circunstância."

Segundo ele, as comunidades mais afetadas são os Morros do Macaco Molhado, do João Guarda, do Engenho e da Baiana. O secretário diz que o Guarujá tinha moradias em área de risco de nível 3, em uma escala que vai até 4.

Mortes em Santos

Ainda conforme balanço divulgado no começo da tarde, Santos tem uma morte e 11 desaparecidos. São Vicente tem três desaparecidos. Em Santos, a prefeitura decretou estado de atenção. A vítima, uma mulher de 30 anos, morreu soterrada em um deslizamento no Morro do Tetéu. O Corpo de Bombeiros resgatou com uma criança atingida por deslizamento no Morro do Fontana. Ela foi levada para a Santa Casa e continuava internada em estado estável.

Em Santos, os deslizamentos atingiram ainda os morros Santa Maria, São Bento, Vila Progresso e Monte Serrat - muitos moradores abandonaram as casas. A prefeitura distribuiu lonas plásticas para moradores de imóveis afetados. A Secretaria de Educação suspendeu as aulas em unidades de ensino devido às dificuldades de acesso. A escola Terezinha de Jesus Pimentel, no Morro de São Bento, está funcionando como ponto de acolhida para os desabrigados.

Os corpos das vítimas das chuvas na Baixada Santista são levados aos IMLs de Praia Grande e Guarujá. A Polícia Técnica Científica reforçou as equipes para garantir o atendimento.

Dados do Núcleo de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil do Estado indicam que o acumulado nas últimas 12 horas de chuvas foi de 282 mm no Guarujá, 218 mm em Santos, 170 mm em Praia Grande, 169 mm em São Vicente, 160 mm em Mongaguá , 132 mm em Mongaguá, enquanto o acumulado foi de 110 mm Itanhaém e Bertioga.

Foram registradas ao menos quatro quedas de barreiras ao longo da Rodovia Doutor Manuel Hipólito Rego, em dois pontos da SP 055 (Rio-Santos) e outros dois da SP 061 (Guarujá-Bertioga), de acordo com informações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O VLT da Baixada Santista também amanheceu paralisado nesta manhã, após deslizamento de terra próximo ao túnel que faz a ligação entre Santos e São Vicente.

Em sua conta oficial no Twitter, o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), prestou sua solidariedade às vítimas do temporal. Doria chegou no fim da manhã a Santos para uma reunião de emergência com os prefeitos das cidades atingidas pelas chuvas e sobrevoou a região.

Aluguel Social

O governador João Doria anunciou que irá disponibilizar aluguel social para as pessoas que ficaram desalojadas após fortes chuvas que atingiram a região da Baixada Santista nesta madrugada.

Após sobrevoar as áreas afetadas pelos temporais, ele concedeu entrevista coletiva aos jornalistas no Paço Municipal de Santos, no litoral paulista.

O governador afirmou que as famílias ficarão em abrigos municipais e depois vão receber recursos para o programa aluguel social compartilhado com as prefeituras.

"O Governo participa com 50% do valor e as prefeituras que têm destinação de recursos com os outros 50% para tantos quantos forem necessários para terem acolhimento de abrigo, enquanto recuperam suas casas ou terão outros destinos já que muitas casas são irrecuperáveis", disse Doria.

Com o risco de novos deslizamentos nos próximos dias, ele afirma que é preciso retirar a população que estão em áreas de risco identificadas. "Orientamos a Defesa Civil, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros, o Estado e também as forças da Defesa Civil da Baixada Santista para que atuem juntos para a imediata retirada das pessoas que ainda estão sob riscos".

O governador também pediu a doação de água mineral, colchões novos e itens de higiene pessoal para as famílias afetadas. "A solidariedade daqueles que puderem cooperar. Empresários, comerciantes e pessoas físicas que queiram ajudar".

Segundo Doria, o levantamento de pessoas desalojadas e desabrigadas está sendo feito gradualmente pela Defesa Civil estadual e municípios afetados.

Previsão para os próximos dias

A previsão para esta terça-feira, 3, é de chuva moderada a forte ao longo do dia em todo o litoral paulista, incluindo a região da Baixada Santista, e deve se estender até a madrugada de quarta. De acordo com a equipe da Defesa Civil, o temporal foi causado devido à formação de uma área de baixa pressão no litoral de São Paulo e a circulação dos ventos nos altos níveis da atmosfera.

Nas redes sociais, o Santos, clube de futebol, anunciou que vai promover a arrecadação de donativos na Vila Belmiro para as famílias que estão desabrigadas pela tragédia.

As chuvas fortes que atingem a região da Baixada Santista, desde a tarde de segunda-feira (2), já provocaram ao menos 11 mortes nas cidades de Guarujá, Santos e São Vicente, segundo a Defesa Civil do Estado. No entanto, o número de desaparecidos é conflitante. Os bombeiros falam em 44 pessoas desaparecidas, 32 delas no Guarujá. Mas a Defesa Civil afirma que são duas pessoas não localizadas. As informações dos bombeiros foram repassadas pelo tenente André Elias.

O principal local com registro de mortes até o momento é o Guarujá, com sete óbitos no Morro do Macaco Molhado e no Jardim Centenário, de acordo com a Defesa Civil. Com isso, a prefeitura da cidade decretou estado de emergência. Pelo menos duzentas pessoas estão desabrigadas no município. Na manhã desta terça, o prefeito Valter Suman (PSB) sobrevoou as áreas mais atingidas junto com o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Walter Niakas Júnior.

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Em entrevista à Rádio Eldorado, o coronel Endel Ricardo Pereira, diretor de operações da Defesa Civil estadual, confirmou que entre as vítimas estão dois agentes do Corpo de Bombeiros. Eles participavam de uma operação de resgate no Morro do Macaco Molhado e foram atingidos por um novo deslizamento, que deixou um deles morto, enquanto o outro continua soterrado.

Também há duas vítimas fatais em São Vicente e uma em Santos. O órgão ainda atenta para o risco de raios nessas três cidades e recomenda que a população busque abrigo pelo menos até 13h desta terça.

Em Santos, a prefeitura decretou estado de atenção. A vítima, uma mulher de 30 anos, morreu soterrada em um deslizamento no Morro do Tetéu. O Corpo de Bombeiros resgatou uma criança atingida por deslizamento no Morro do Fontana. Ela foi levada para a Santa Casa da cidade e continuava internada em estado estável.

Em Santos, os deslizamentos atingiram ainda os morros Santa Maria, São Bento, Vila Progresso e Monte Serrat - muitos moradores abandonaram as casas. A prefeitura distribuiu lonas plásticas para moradores de imóveis afetados. A Secretaria de Educação suspendeu as aulas em unidades de ensino devido às dificuldades de acesso. A escola Terezinha de Jesus Pimentel, no Morro de São Bento, está funcionando como ponto de acolhida para os desabrigados.

As chuvas fortes que caem na região da Baixada Santista desde a tarde desta segunda-feira (2) já provocaram ao menos nove óbitos nas cidades de Guarujá, Santos e São Vicente, afirma em nota a Defesa Civil do Estado de São Paulo. Ao menos seis pessoas continuam desaparecidas.

Foram registrados ao menos quatro quedas de barreiras ao longo da Rodovia Doutor Manuel Hipólito Rego, em dois pontos da SP 055 (Rio-Santos) e outros dois da SP 061 (Guarujá-Bertioga), de acordo com informações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O VLT da Baixada Santista também amanheceu paralisado na manhã desta terça-feira, 3, após deslizamento de terra próximo ao túnel que faz a ligação entre Santos e São Vicente.

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Dados do Núcleo de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil do Estado indicam que o acumulado nas últimas 12 horas de chuvas foi de 282 mm no Guarujá e 218 mm em Santos.

A previsão para esta terça-feira é de chuva moderada a forte ao longo do dia em todo o litoral paulista, incluindo a região da Baixada Santista. De acordo com a equipe da Defesa Civil, o temporal foi causado devido à formação de uma área de baixa pressão no litoral de São Paulo e a circulação dos ventos nos altos níveis da atmosfera.

Coordenador Estadual da Defesa Civil, o coronel Walter Nyakas Junior está na região para se reunir com prefeitos e avaliar as primeiras medidas que devem ser tomadas.

Os turistas que pretendem aproveitar o réveillon nas praias paulistas devem ficar atentos com a qualidade da água do mar. As cidades de Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe, na Baixada Santista, estão com todas as praias impróprias para banho. A informação é da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

Entre os destinos mais procurados no litoral paulista, está a Praia Grande, com nove de suas 12 praias impróprias hoje (28). As cidades com todas as praias adequadas para banho são Bertioga, Iguape e Ilha Comprida. O município de Santos, que também recebe muitos turistas no réveillon, está com apenas uma praia classificada como imprópria, a do Boqueirão.

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O monitoramento da Cetesb leva em consideração o nível de coliformes fecais encontrado nas amostras de água das praias. Os riscos do contato com água contaminada são a exposição a bactérias, vírus e protozoários, que podem causar doenças e infecções como cólera, gastroenterite, febre tifóide e hepatite A.

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