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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá, a partir desta sexta-feira (30), dez dias para informar o Ministério Público Federal (MPF) sobre o cumprimento da sentença que determinou a publicação de informações referentes a todos os empréstimos concedidos pela instituição.

De acordo com o MPF, o prazo foi aberto após o BNDES receber no dia de hoje um ofício com o pedido de explicação. O documento é decorrente de um inquérito civil instaurado para acompanhar o cumprimento da ordem judicial. Em agosto do ano passado, a Justiça Federal no Distrito Federal acatou uma solicitação apresentada pelo MPF, com base na Lei da Transparência.

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De acordo com a sentença da 20 ª Vara Federal de Brasília, o banco deve disponibilizar em seu site informações detalhadas sobre todos os empréstimos concedidos nos últimos dez anos, além de adotar o mesmo procedimento em relação aos novos financiamentos.

A regra vale para os empréstimos concedidos a entes públicos e privados, desde que envolvam recursos públicos. A sentença também determina a publicação das informações nos casos em que o contrato é firmado por pessoas jurídicas criadas pelo BNDES e não apenas quando a liberação é feita diretamente pela instituição bancária.

No ofício, endereçado ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o MPF lembra ainda que, em dezembro de 2014, a Justiça Federal acatou o pedido de tutela antecipada para garantir o cumprimento imediato da decisão, ainda que houvesse recurso por parte do banco. "Dessa forma, a sentença deve ser cumprida de imediato e totalmente, sob pena de a autoridade responsável pelo descumprimento responder civil e penalmente, perante a Justiça Federal", alerta em um dos trechos do documento que aguarda resposta.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos para modernização das administrações públicas dos municípios de Osasco (SP), Uberlândia (MG) e Niterói (RJ), informou nesta quinta-feira a instituição de fomento. No total, serão emprestados R$ 135,6 milhões.

O maior financiamento, no valor de R$ 63 milhões, é com a Prefeitura de Osasco. Em Uberlândia, o financiamento é de R$ 44,6 milhões. Para Niterói, na região metropolitana do Rio, o BNDES aprovou R$ 28 milhões.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou na tarde desta quinta-feira (15), que aprovou, em dezembro, de R$ 1,7 bilhão para 22 parques eólicos. Com isso, a instituição de fomento encerrou 2014 com R$ 6,6 bilhões em aprovações para novos projetos de geração eólica, equivalentes a 2.585,8 MW de potência instalada.

Segundo o BNDES, os empréstimos colocam o banco na liderança do financiamento ao setor e os novos projetos contribuem para "colocar o Brasil entre os cinco maiores investidores globais, tanto em energia eólica quanto em energia renovável de maneira geral".

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Os 22 parques eólicos cujos empréstimos foram aprovados em dezembro têm capacidade instalada de 590,4 MW, em três Estados do Nordeste (Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte) e no Rio Grande do Sul. Todos os projetos, segundo o BNDES, têm previsão de início de operação no primeiro semestre deste ano.

Com o aval da presidente Dilma Rousseff, o atual vice-presidente de Varejo do Banco do Brasil, Alexandre Abreu, deve assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no lugar do economista Luciano Coutinho.

Os últimos acertos para a troca estavam sendo costurados antes da cerimônia de posse de Joaquim Barbosa no Ministério da Fazenda. No desenho deste pacote de alterações na administração dos bancos públicos, Paulo Rogério Caffarelli comandará o Banco do Brasil. Ele finalizou a gestão de Guido Mantega como secretário-executivo no Ministério da Fazenda. Caffarelli é funcionário de carreira do banco, de onde saiu para a Fazenda após chegar a vice-presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank.

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O comando da Caixa Econômica Federal, na última versão costurada internamente até agora, deverá ir mesmo para a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior. Após transmitir o cargo a Nelson Barbosa, ela foi para uma praia descansar por uns dias e deve voltar na próxima semana.

A disputa pela Caixa, aliás, está bastante quente. Nos bastidores do governo, informa-se que o atual presidente do banco estatal, Jorge Hereda, ainda briga para permanecer no comando. Hereda é ligado ao PT da Bahia, que ganhou reforço importante no governo federal com a presença do ex-governador Jaques Wagner no Ministério da Defesa.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou, nesta segunda-feira (5), que vai defender a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar "os empréstimos secretos" realizados no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com o tucano, algumas empresas são "escolhidas a dedo" para obter condições especiais de financiamento. "Esperamos que o Supremo Tribunal Federal possa arrebentar essa caixa-preta", disparou. "É inaceitável o sigilo de empréstimos com recursos públicos à custa do contribuinte. O povo brasileiro tem o direito de saber para onde vai o dinheiro que é seu", completou Dias. 

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Ainda segundo o senador, durante o ano passado algumas irregularidades nos repasses de dinheiro foram encontradas no BNDES. Entre as medida que devem, de acordo com Alvaro, ser investigadas está a não averiguação das propostas financeiras pelo Senado.  

O Ministério da Fazenda atualizou norma sobre pagamento de equalização de encargos financeiros sobre os saldos médios diários de financiamentos concedidos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme portaria publicada no Diário Oficial da União.

A nova tabela traz as condições para cálculo do valor da equalização em dois subprogramas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI): "Procaminhoeiro" e "Bens de Capital - Demais Itens - Micro e Pequenas Empresas".

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Segundo o texto, em operações contratadas a partir de 1º de janeiro de 2015 dentro dos dois subprogramas, a remuneração direta ao BNDES será de 4,0% ao ano. Já nas operações indiretas, será de 1,0% ao ano, acrescida de 3,0% ao ano para o agente financeiro. No caso do subprograma das Micro e Pequenas Empresas, essas condições valem para financiamentos a empresas com receita operacional bruta ou renda anual ou anualizada de até R$ 90 milhões.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) digitalizará seu acervo científico, bibliográfico, museológico e arquivos e disponibilizará para pesquisa online. É o que prevê o projeto Preservo: Complexo de Acervos da Fiocruz, lançado oficialmente nessa quarta-feira (17), com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e social (BNDES), que viabilizou R$ 5 milhões em três parcelas.

Passarão pelo processo de microscopia digital em alta resolução as coleções de Febre Amarela e oito das 12 coleções zoológicas da Fiocruz, além de obras raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas e da Biblioteca de História das Ciências da Saúde.

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O coordenador do projeto, Marcos José de Araújo Pinheiro, explicou que o trabalho começou em 2010, com a organização e estruturação dos acervos. Agora, com o aporte financeiro, serão mais 36 meses de trabalho. O material será disponibilizado para o público assim que for digitalizado.

“O projeto tem diversas dimensões. Uma é a parte teórica de conceituação, metodologia, documentos e ensino. A outra, de documentos de referência e preparação de manuais. A terceira, é para dotar de infraestrutura as edificações que guardam diferentes acervos da Fiocruz. A última, dá acesso a essas informações, por meio de plataformas de digitalização", salientou Pinheiro.

Segundo ele, com isso um pesquisador ou cidadão comum poderá ter acesso, em qualquer parte do mundo, ao acervo biológico e fazer o cruzamento com as outras bases de dados, como as referências do acervo biográfico, arquivístico e de peças museológicas relacionadas.

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, destaca que o projeto garante a memória da instituição e da produção científica brasileira, além de recuperar o legado histórico e torná-lo acessível à população. Ele lembra que a preservação do trabalho e a produção de acervos está impregnado na história da Fiocruz.

Para o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o acervo da Fiocruz é um dos mais importantes do País.

“O Instituto Oswaldo Cruz é um dos mais relevantes centros de ciência do Brasil, que prestou, ao longo de nossa história, inestimáveis serviços à população brasileira, desenvolvendo vacinas, medicamentos e, ainda hoje, é um dos principais núcleos de pesquisa científica. Preservar a memória documental e científica dos acervos biológicos representa uma obrigação da nossa sociedade”, ressaltou.

Mudanças na política operacional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão anunciadas nos próximos dias, ainda no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. A sinalização foi dada nesta quarta-feira, 17, pelo presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho. As alterações devem incluir juros maiores para novos empréstimos, embora áreas prioritárias, como infraestrutura, devem ser menos atingidas.

Coutinho não deu detalhes sobre as alterações. A respeito do que está pendente, afirmou que ainda "depende da conclusão de entendimentos".

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Em fevereiro deste ano, o banco anunciou uma revisão da política operacional, o que deverá ser aprofundado agora. Coutinho afirmou também que tem conversado com a equipe de transição do governo, mas que não comentaria uma possível limitação de aporte aos bancos públicos nos próximos anos. No início do mês, o Tesouro Nacional aportou R$ 30 bilhões no BNDES.

O presidente do BNDES disse ainda que o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) "deverá ser renovado em condições que não estão na esfera do banco", decisões que serão tomadas pelo governo. Questionado se algum setor contemplado atualmente ficaria de fora, afirmou que não faria comentários. O programa vence em 31 de dezembro.

O Ministério da Fazenda formalizou nesta terça-feira, 16, o aval para contrato de financiamento entre a União e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em até R$ 30 bilhões. A decisão está em despacho do ministro Guido Mantega publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 16. Na decisão, o ministro cita que foram consideradas as manifestações da Secretaria do Tesouro Nacional e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, autorizando a contratação mediante o cumprimento das exigências legais. Agora a decisão segue à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para a adoção das providências complementares.

O texto publicado hoje cita que o contrato será firmado nos termos do artigo 1º da Medida Provisória 661, encaminhada ao Congresso no início deste mês. Essa MP também autoriza o uso do superávit financeiro das fontes de recursos existentes no Tesouro Nacional à cobertura de despesas primárias obrigatórias.

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Segundo o texto da MP, para a cobertura do crédito ao BNDES, a União poderá emitir títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal cujas características serão definidas pelo Ministro da Fazenda. Em contrapartida ao crédito concedido, o banco de desenvolvimento poderá utilizar a critério do Ministério da Fazenda crédito detidos contra a BNDESPar. O crédito será remunerado pela TJLP.

A MP 661 ressalva que o uso do superávit financeiro pelo Tesouro para cobrir despesas primárias obrigatórias "não se aplica a fontes de recursos decorrentes de vinculação constitucional e de repartição de receitas destinadas a Estados, Distrito Federal e municípios". Colaborou Luci Ribeiro.

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), relator da Medida Provisória 656/2014, afirmou nesta quinta-feira (27) que a tendência é incluir na proposta autorização para que o Tesouro Nacional faça um novo aporte no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Reportagem do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, do dia 30 de outubro revelou que o governo pretendia aproveitar o final da atual legislatura no Congresso para incluir medidas que considera importantes de serem votadas, como a capitalização do banco.

"Ainda não está fechado, mas estamos vendo como acrescentar", adiantou Eunício Oliveira, em entrevista exclusiva ao Broadcast Político. Na terça-feira à noite, Eunício reuniu-se com o secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que tem participado ativamente das negociações sobre o texto da MP.

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No final do mês passado, Romero Jucá havia contado que o Ministério da Fazenda também sinalizou com a necessidade de fazer um novo aporte no BNDES para que o banco consiga fechar as contas deste ano. A autorização deve ser de R$ 20 bilhões. A expectativa é que a Fazenda apresente as sugestões de mudanças para se fazer na MP até segunda-feira (1º de dezembro) e o relator conclua um texto "mais global" para análise da comissão mista até a próxima quarta, dia 3.

Segundo Eunício, a base aliada tentará aprovar a medida provisória no Congresso ainda este ano, mas ele disse que ainda tem tempo hábil para votar a proposta no próximo ano. Ele não quis precisar quando a proposta será apreciada pela comissão mista.

Além de passar pela comissão mista, a MP terá de tramitar ainda pelos plenários da Câmara e do Senado. A MP perde a validade no dia 6 de dezembro, mas ela ainda pode ser prorrogada por 60 dias - ou seja, pode ser aprovada ainda pelo Congresso no início da próxima legislatura, no início de fevereiro de 2015.

O cronograma de investimentos em infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve ser atrasado em pelo menos um ano em consequência da dificuldade que as empreiteiras investigadas na operação Lava Jato terão para buscar recursos nos bancos privados, disse o assessor da presidência do banco de fomento, Ernesto Lozardo.

Ele previu ainda que a crise pode comprometer financiamentos futuros do BNDES a essas empresas e que, para dar prosseguimento ao programa de investimento em infraestrutura do governo federal, empreiteiras menores devem participar das próximas concessões, eventualmente em parceria com estrangeiros.

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"Essas empresas que estão sendo investigadas por contratos estabelecidos com a Petrobras terão restrições de bancos no financiamento de capital de giro", disse Lozardo, após participar do seminário "Debêntures Incentivadas", promovido pela Inova, em São Paulo.

"O problema para essas empresas não está nos empréstimos tomados com o BNDES, mas no mercado bancário", observou, lembrando que na estruturação do financiamento de um projeto de infraestrutura, uma parte dos recursos é aportada pelas empresas. "Muitas vezes, essas companhias tomam recursos no mercado bancário para entrar com essa participação", disse. Ele observou que, além disso, essas companhias estão com sua capacidade de decisão comprometida, porque muitos dos executivos de comando estão presos e fora de suas atividades.

Ampliação

O cronograma do BNDES prevê R$ 242 bilhões em investimento em infraestrutura em cinco anos. "Esse cronograma pode ser ampliado para seis ou sete anos", disse Lozardo. Mas acrescentou que, "se não forem as grandes, as médias podem fazer as obras que ainda não foram iniciadas".

Lozardo acredita que a relação do BNDES em novos financiamentos terá de ser olhada com muito cuidado. "Essa crise não bate no BNDES em relação ao que já está feito. Mas, daqui para a frente, tanto o BNDES quanto os bancos privados vão olhar com mais cuidado para a capacidade de autofinanciamento dessas empresas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) caíram 1% no acumulado de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram liberados R$ 129,7 bilhões até setembro, com queda nos desembolsos para a indústria.

O superintendente da área de planejamento do BNDES, Claudio Leal, avalia que a retração de 1% não é significativa, considerando que 2013 foi um ano de desembolso elevado, o que torna a base de comparação alta.

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"Somado a isso, está o fato de que, ao longo de 2014, as projeções de crescimento da economia foram revisadas para baixo", afirmou. Outro fator apontado pelo executivo para o resultado são as "incertezas associadas ao processo eleitoral". Em 2013, os desembolsos do banco de fomento cresceram 22% na comparação com 2012.

Mesmo patamar. Apesar do resultado ligeiramente negativo no acumulado do ano, o banco trabalha com a hipótese de encerrar 2014 com a liberação de recursos no mesmo patamar de 2013, quando foram liberados R$ 190,4 bilhões. Para isso, é esperado um resultado em novembro e dezembro superior à média dos demais meses. "São avaliações preliminares", disse Leal.

Na opinião do economista Felipe Salto, especialista em contas públicas da Tendências Consultoria, o BNDES caminha para ser um banco com desembolsos menores do que nos últimos anos, quando os aportes do Tesouro Nacional estavam em trajetória crescente. "O ajuste fiscal não é mais uma escolha, se impõe. Isso passa por controlar a política de subsídios do BNDES", disse.

Balanço

Entre janeiro e setembro, o destaque positivo nos desembolsos do BNDES veio do setor de infraestrutura, com R$ 47,5 bilhões, um crescimento de 13% na comparação com o mesmo período do ano passado.

"O ano está sendo muito marcado pela participação crescente de infraestrutura, fruto do amadurecimento dos projetos de grande valor no âmbito do PIL (Programa de Investimentos em Logística) e também uma participação forte de equipamentos de transporte e máquinas, pelo Finame", afirmou o superintendente do banco de fomento.

Na ponta negativa, a indústria recebeu R$ 35,7 bilhões, com queda de 13% na comparação anual. Entre os fatores que pesaram nesse resultado estão alterações feitas no BNDES Progeren, programa do banco para o financiamento ao capital de giro. No início do ano, as grandes empresas foram excluídas dessas operações. Apenas em meados de maio retornaram ao Progeren, com taxa de juros de mercado.

Outro fator que pesou no caso da indústria foi a suspensão temporária, no primeiro semestre do ano, dos benefícios do Programa BNDES PSI para operações de exportação na modalidade pré-embarque do BNDES-Exim (destinada ao financiamento à fabricação do bem a ser exportado).

De janeiro a setembro, o total das aprovações de financiamento do BNDES atingiu R$ 130,5 bilhões, o que significa uma queda de 16% ante os mesmos meses do ano passado. As consultas para financiamentos, com R$ 179,9 bilhões, recuaram 10% no período. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) enfrenta nesta quarta-feira (12) uma greve de servidores de 24h, numa tentativa de pressionar a direção por uma solução para o acordo coletivo deste ano.

Os grevistas impediram a entrada dos funcionários. Foi montado um esquema de contingenciamento de servidores para que as funções do banco de fomento não fossem paralisadas.

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A Associação de Funcionários do BNDES (AFBNDES) reclama que a direção oferece um reajuste salarial inferior aos 9% conquistados pelos funcionários dos demais bancos federais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica. A proposta de reajuste do auxílio-refeição também teria ficado aquém dos 12,2% aplicados à categoria bancária. Os representantes dos servidores acusam ainda o banco de tentar retirar a gratificação salarial (ex-abono) do futuro acordo coletivo.

A direção pode se reunir ainda esta semana com os grevistas para uma nova rodada de negociações.

Um dos principais alvos das críticas no debate eleitoral, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pressiona o governo federal por um novo empréstimo do Tesouro Nacional até o fim do ano. O banco vai precisar de mais recursos para atender à demanda das empresas nos próximos meses, segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

A negociação do tamanho do aporte levará em consideração o repasse adicional de dividendos que o Tesouro pediu neste ano ao banco para reforçar as receitas do governo e ajudar no superávit primário das contas do setor público. Em setembro, segundo fontes ouvidas pela reportagem, o BNDES pagou R$ 1,3 bilhão do total de R$ 1,8 bilhão em dividendos recebidos pelo Tesouro no mês. Os dados das contas do governo de setembro serão divulgados na próxima semana pelo secretário do Tesouro, Arno Augustin.

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O planejamento do repasse de dividendos à União, controladora do banco, foi alterado a pedido do Ministério da Fazenda, que elevou em R$ 1,5 bilhão a estimativa dessas receitas ao longo do ano. Com a mudança, a projeção de receitas totais de dividendos pagos por todas as estatais passou de R$ 23,9 bilhões para R$ 25,4 bilhões neste ano. Até agosto, último dado disponível, os dividendos pagos pelo BNDES já somavam R$ 7,82 bilhões, com alta de 35% ante o mesmo período do ano passado. O valor já é bem maior do que o lucro do banco no primeiro semestre, de R$ 5,4 bilhões. O BNDES pagou, só em agosto, R$ 3 bilhões em dividendos.

Neste ano, o Tesouro já emprestou R$ 30 bilhões em títulos públicos ao BNDES. O banco já terá alívio de caixa com a renegociação de R$ 130 bilhões das condições de pagamento de empréstimos anteriores, como revelou o Broadcast. E terá mais tempo para começar a pagar esses empréstimos mais antigos - uma forma que o governo encontrou para reduzir o tamanho do novo empréstimo.

O cenário para o novo empréstimo será adequado ao resultado das eleições. Se a presidente Dilma Rousseff for reeleita, o empréstimo poderá ser maior. Fala-se na necessidade de chegar a R$ 20 bilhões. Mas o valor não foi definido. Com a vitória de Dilma, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, pode continuar no banco, mas deve fazer mudanças na diretoria.

Subsídios

Em caso de vitória de Aécio Neves (PSDB), o cenário muda. Mas não está descartada a necessidade de um último aporte, bem menor, para garantir as necessidades do banco até dezembro. Os tucanos dizem que os empréstimos do BNDES geram elevado custo de subsídio aos cofres públicos para beneficiar empresas que poderiam obter crédito no mercado.

Ao jornal O Estado de S. Paulo o economista Armínio Fraga, ministro da Fazenda num eventual governo Aécio Neves, disse não ser contra os subsídios, mas acha que deve haver mais transparência nos programas e avaliação de resultados. Ele assegurou que, apesar das críticas, os contratos já assinados serão mantidos. Uma fonte do BNDES disse ao Broadcast que seriam necessários seis meses para ajustar a instituição a uma eventual nova orientação.

Os empréstimos do Tesouro ao BNDES, feitos por meio de títulos públicos, têm ajudado indiretamente a reforçar o lucro do banco e, consequentemente, os dividendos. O banco ganha com a rentabilidade dos títulos. Os papéis do governo rendem ao banco mais do que as operações de crédito. Enquanto o BNDES empresta dinheiro corrigido pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 5% ao ano, os títulos do Tesouro são remunerados pela taxa Selic, atualmente em 11% ao ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A equipe econômica do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, já escolheu a primeira coisa a fazer, caso ele vença as eleições: uma devassa nas contas da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo auxiliares do candidato, a ordem é começar a trabalhar nisso "já na próxima segunda-feira".

Os integrantes da equipe econômica do tucano estão convencidos de que esses dois bancos públicos acumulam um grande volume de valores a receber do Tesouro Nacional, sem que se saiba exatamente quanto. Esses créditos são fruto de programas que cobram juros abaixo do mercado como o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Sustentação de Investimentos (PSI).

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Para manter o juro baixo, governo precisa pagar um subsídio. Ou seja, ele "banca" parte da bondade com recursos públicos, saídos do Tesouro Nacional, que são entregues aos bancos que fazem o empréstimo. Mas, já há alguns anos, a área econômica vem segurando o repasse dos subsídios. Isso é facilitado pelo fato de ficar tudo "em casa", pois quem deixa de receber são bancos públicos.

Especialistas de fora do governo acreditam que o maior volume de subsídios não pagos esteja no BNDES. O economista Felipe Salto, da consultoria Tendências, calcula que sejam R$ 28,8 bilhões. Mas há, na equipe de Aécio, grande preocupação com a Caixa, cuja contabilidade é menos transparente.

Ajuste. "A primeira coisa é saber o tamanho da encrenca", diz um auxiliar tucano. Essa informação é fundamental para dar aos agentes de mercado a informação mais aguardada: o plano de voo do ajuste das contas públicas.

Em outras palavras, o que será feito para atingir o objetivo já anunciado de, no prazo de dois a três anos, produzir um saldo nas contas públicas grande o suficiente para conter o crescimento da dívida pública.

Depois de duas décadas comportada, a dívida começou a aumentar este ano. Em setembro, ela estava em 35,9% do Produto Interno Bruto (PIB), depois de haver iniciado o ano em 33,1% do PIB. Esse crescimento se dá porque a economia que o setor público faz não é suficiente para pagar nem os juros. Para controlá-la, será preciso apertar o cinto ou arrecadar mais.

Pelos cálculos do economista Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica e atual vice-presidente do Insper, a economia, chamada de resultado primário, teria de ser da ordem de 2,5% do PIB. No dado oficial mais recente, o saldo acumulado em 12 meses estava em 0,94% do PIB. Mas há suspeita generalizada entre os especialistas de que, na ponta do lápis, o resultado esteja negativo.

Isso porque o atraso no pagamento de subsídios é apenas uma das manobras a que o governo recorreu para melhorar artificialmente o resultado oficial das contas públicas, segundo demonstraram várias reportagens que o Estado publicou ao longo deste ano. Outra foi exigir dos mesmos bancos, Caixa e BNDES, o pagamento antecipado de dividendos.

Segundo informações da área técnica, a Caixa teria sido levada também a pagar benefícios sociais, como abono e seguro-desemprego, sem haver recebido do Tesouro os recursos para isso - um mecanismo batizado de "pedalada’’. Nos bastidores, a informação é que o fluxo teria sido regularizado em agosto.

Meta

O propósito da equipe de Aécio Neves é limpar as contas públicas de todos os truques desse tipo, conforme consta do programa econômico divulgado pelo candidato. "Esta é uma necessidade absoluta para a construção de um regime macroeconômico robusto e para que se cumpra a Lei de Responsabilidade Fiscal", diz o documento.

Paralelamente ao levantamento da real situação das contas públicas, a ordem é acelerar a elaboração da proposta de reforma tributária, que Aécio prometeu enviar ao Congresso no início de seu mandato. A proposta já está delineada do ponto de vista técnico. Mas como o candidato aparecia em terceiro lugar nas pesquisas às vésperas do 1.º turno, os trabalhos foram desacelerados.

A ideia agora é dialogar com os especialistas que já estiveram envolvidos nas tentativas anteriores. E, assim, saber quais são os principais obstáculos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil precisa caminhar duas vezes mais rápido do que o ritmo atual para cumprir as metas de melhorar a infraestrutura logística nos próximos dez anos, e isso inclui uma maior participação do setor privado, ao mesmo tempo em que os recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão importantes para tirar os projetos do papel, afirmou o gerente setorial de Transporte e Logística da instituição de fomento, Dalmo Marchetti, nesta terça-feira, 14. Isso não quer dizer, contudo, que a instituição deverá ser a única fonte desses recursos.

"Vamos precisar de novos atores no funding da infraestrutura. Tanto o mercado de capitais quanto o investimento privado e o investimento externo serão parceiros da atuação do BNDES, porque o nosso desafio é muito grande. É um desafio que precisa de equacionamento de recursos e de velocidade durante um prazo longo", disse ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, após palestra no 20º Fórum Internacional Supply Chain, promovido pelo instituto de logística ILOS, no Rio.

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Marchetti afirmou que o governo precisa criar mecanismos para atrair o capital externo. Ele evitou falar, contudo, sobre uma possível redução do papel da instituição pública nesse setor no futuro. "Hoje, o grande tomador de crédito em infraestrutura no BNDES é a iniciativa privada, através dos processos de concessão nos setores de energia e transporte", explicou Marchetti. "A partir do momento que a própria participação do setor privado vai ter de aumentar no investimento em infraestrutura, esse papel do BNDES vai ser fortalecido no futuro, no financiamento aos concessionários. Tanto na modernização dos ativos já existentes quanto na construção dos novos ativos de infraestrutura de que o País precisa."

De acordo com o gerente, as incertezas de empresários percebidas atualmente não têm afetado a demanda pelo setor de infraestrutura do BNDES, que conta com grande estoque de projetos e busca por crédito. "Não temos sentido, na área de infraestrutura, redução no nível do investimento, pelo contrário. A perspectiva é de manutenção da taxa de crescimento."

No curto prazo, porém, ele não negou um efeito do ambiente econômico sobre as consultas das empresas ao banco. Mesmo assim reforçou a expectativa de expansão nos desembolsos para o setor de infraestrutura. "No ano passado, fechamos com aproximadamente R$ 28 bilhões e temos perspectiva de chegar em 2017 com R$ 40 bilhões (ao ano) de financiamento", disse Marchetti.

O governo vai renegociar R$ 130 bilhões dos empréstimos concedidos pelo Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado o banco ganhará mais tempo para começar a pagar sua dívida. A repactuação das condições dos empréstimos dará mais folga ao caixa do BNDES e reduzirá a necessidade de um novo aporte de recursos da União ainda neste ano.

Esses repasses foram feitos pelo Tesouro, a partir de 2009, para garantir crédito barato às empresas e estimular o crescimento da economia. A pedido do Tesouro e sem alarde, a autorização para a renegociação da dívida foi incluída no texto da Medida Provisória (MP) nº 651 pelo relator, o deputado Newton Lima Neto (PT-SP). A MP deve ser votada nesta terça-feira, 14, no plenário da Câmara dos Deputados.

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Uma fonte graduada do governo, que falou sob a condição de anonimato, informou que, como esses contratos de empréstimos já estão em fase de amortização, o fluxo de caixa do banco ficará mais apertado daqui para a frente. Com a renegociação dos prazos de pagamentos, o Ministério da Fazenda vai demorar mais tempo para começar a receber a dívida, aumentando o custo financeiro das operações.

No entendimento do Tesouro, é melhor fazer um ajuste do fluxo de pagamento do que ter de realizar um aporte maior de recursos ao BNDES. "O objetivo não é mudar a taxa (de correção dos empréstimos), mas reduzir a necessidade de novos aportes", disse a fonte. "Estamos tentando não fazer um novo aporte este ano." A emenda incluída na MP dá ao ministro da Fazenda liberdade para definir as novas condições financeiras e contratuais dos empréstimos. A remuneração é equivalente à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 5% ao ano.

Fontes do Ministério da Fazenda informaram, porém, que não está descartado um novo empréstimo até o fim do ano, independentemente do resultado das eleições. Em 2014, foram repassados R$ 30 bilhões ao banco. A dívida do BNDES com o Tesouro somava em agosto (último dado disponível) R$ 451,1 bilhões, o equivalente a 8,9% do Produto Interno Bruto.

Renegociação

O Ministério da Fazenda já havia renegociado R$ 238,2 bilhões da dívida do banco em condições mais favoráveis. Essa repactuação aumentou o custo do Tesouro com o subsídio dado pela União para bancar as taxas mais baratas que o BNDES oferece às empresas. Somente neste ano, o custo do subsídio dos empréstimos será de R$ 23 bilhões para os cofres do governo. Em quatro anos (2012 e 2015), atingirá R$ 79,7 bilhões.

Outro alívio concedido ao banco, a pedido do governo, foi a inclusão pelo relator no texto da MP 651 da redução do custo de uma capitalização feita pelo Tesouro em 2009. Do total de R$ 11 bilhões aportados na época, R$ 5 bilhões terão a correção reduzida para, no máximo, TJLP. Segundo a lei aprovada na época, o BNDES deveria remunerar o Tesouro com base no custo de captação dos recursos. A redução do custo para uma parte desse valor, segundo o governo, permitirá ao banco se enquadrar nos limites exigidos no chamado Acordo de Basileia, que trata das regras prudenciais internacionais a serem seguidas pelas instituições financeiras.

O custo elevado dos empréstimos e o baixo crescimento da economia colocaram a política de repasse de recursos do Tesouro ao BNDES no centro do debate econômico nas eleições. O candidato da oposição à Presidência, Aécio Neves (PSDB), tem feito duras críticas a essa política, principalmente pela falta de transparência. Os empréstimos do Tesouro não têm impacto na dívida líquida do setor público, mas foram responsáveis pelo aumento da dívida bruta do governo, que deve fechar acima de 60% do PIB, nível mais alto desde 2009. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pedido do governo, o relator da Medida Provisória nº 651, deputado Newton Lima (PT-SP), incluiu no texto um artigo que autoriza a capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES) em até R$ 5 bilhões, sendo que a remuneração a ser recebida pelo Tesouro foi limitada à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Segundo o texto, a União está autorizada a renegociar ou estabelecer as condições financeiras e contratuais de operações de crédito realizadas com o BNDES, que permitam o seu enquadramento como instrumento elegível ao capital principal até o montante acima, devendo a remuneração a ser recebida pelo Tesouro ser variável e limitada à TJLP.

O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), informou que o partido tentará suprimir o artigo na votação da MP no plenário da Câmara, prevista para a próxima semana. Ele criticou a falta de transparência do governo na concessão de subsídios. Segundo o líder, o texto permite, inclusive, que a remuneração paga pelo BNDES ao Tesouro seja zero.

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"O Tesouro capta à taxa Selic e vai capitalizar o BNDES com TJLP. Para mim, é mais um artifício da contabilidade criativa. O governo não tem compromisso com as contas públicas e com o equilíbrio fiscal. Pretendo suprimir esse artigo em plenário", avisou.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima uma retração do desembolso na casa de 5%, informou o seu presidente, Luciano Coutinho, após participar nesta segunda-feira (29) do evento Fidic International Conference 2014. A projeção diz respeito ao período de janeiro a agosto deste ano em relação a igual período do ano passado e também à comparação em 12 meses. As estatísticas de setembro, informou ele, ainda não estão fechadas.

"A demanda por recursos do BNDES se recuperou um pouco e estamos mantendo um desempenho moderado, ligeiramente abaixo do ano passado. As consultas se recuperaram no terceiro trimestre da queda do primeiro semestre", afirmou Coutinho.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) projeta que o País receberá US$ 1,887 trilhão de investimentos no período de 2014 a 2017, o que significa um crescimento de 28,5% em relação à projeção relativa ao intervalo de 2009 a 2012, de US$ 1,47 trilhão. Os números foram apresentados nesta segunda-feira (29), pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em palestra no evento Fidic International Infraestructure Conference.

A maior parte do investimento de 2014 a 2017 virá dos setores de serviços e agricultura, que demandarão juntos US$ 685 bilhões, alta de 28,1%. Na projeção do período anterior, eram US$ 534,9 bilhões. Em seguida, aparece a indústria com US$ 534,4 bilhões, ante US$ 407,9 bilhões da projeção anterior, alta de 31%.

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O setor de infraestrutura ficará com US$ 266,5 bilhões, alta de 35% em comparação aos US$ 197,4 bilhões da projeção anterior. Enquanto isso, o segmento de moradia merecerá US$ 401,8 bilhões, avanço de 21,9% em relação aos US$ 329,5 bilhões previstos para o período de 2009 a 2012.

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