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O Ministério da Fazenda autorizou a União a conceder R$ 30 bilhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio de contrato de mútuo nos termos da recém-sancionada Lei 13.000. O despacho com o aval, publicado no Diário Oficial da União, é assinado pelo ministro Guido Mantega.

A lei foi sancionada na semana passada e permite a concessão do crédito ao banco de fomento em condições contratuais definidas pelo ministro da Fazenda. A norma também cita que a União poderá fazer o repasse, sob a forma de colocação direta, com a emissão de títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal.

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Em contrapartida, o BNDES poderá utilizar, a critério da Fazenda, créditos detidos contra o BNDESPar. O crédito concedido será remunerado pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

Em que pese as dificuldades de curto prazo, o Brasil tem um conjunto de investimentos projetados para o futuro, afirmou nesta terça-feira o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Referindo-se ao estudo de perspectivas de investimentos da instituição de fomento, Coutinho destacou a estimativa de cerca de R$ 4 trilhões em investimentos de 2014 a 2017.

"Apesar das dificuldades, a confiança de que o País tem uma senda de crescimento viável, com grande conjunto de projetos com taxa de retorno satisfatória, permanece", afirmou Coutinho, em palestra na Rio Conferences, evento de negócios paralelo à Copa do Mundo, promovido pela agência de promoção de investimentos Rio Negócios, na qual destacou os projetos previstos para o Rio, sobretudo a infraestrutura associada ao setor de petróleo e gás.

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, voltou a afirmar que os desembolsos para empréstimos da instituição de fomento neste ano serão "um pouco" menores do que no ano passado, mas comemorou o fato de os valores de consultas por novos financiamentos terem parado de cair em maio e junho.

"O BNDES desembolsará um pouco menos neste ano, mas ainda é cedo para dizer", afirmou Coutinho há pouco, ao deixar a Rio Conferences, evento de negócios paralelo à Copa do Mundo, promovido pela agência de promoção de investimentos Rio Negócios. O executivo não citou valores, mencionando o avanço do crédito privado a empresas como uma das incertezas para projetar os desembolsos do banco.

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Coutinho destacou ainda a importância da renovação, para 2015, do Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI), anunciado semana passada pelo Ministério da Fazenda. "A renovação do PSI dá perspectiva, remove a ansiedade dos empresários em relação à continuidade do programa", afirmou.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aderiu ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), o que significa que passará a realizar movimentação financeira por meio de conta reserva bancária no Banco Central, sem necessidade de intermediação de outra instituição financeira, informou o banco de fomento, em nota.

Com a mudança, os pagamentos passarão a ser feitos por boletos com código de barras, e não mais por meio de avisos de cobrança. Os boletos de cobrança estarão disponíveis para emissão no espaço CobrançaNet, no site do BNDES, inclusive para liquidação antecipada de contratos. A migração para o novo sistema acontecerá de 27 a 30 de junho.

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Com o código de barras, os clientes poderão efetuar o pagamento de boletos em qualquer banco, seja em agências, internet banking, postos de atendimento e caixas eletrônicos. A liberação de crédito, que hoje só ocorre durante o expediente das agências bancárias, poderá ser feita das 6h30 às 17h30.

O BNDES informou ainda que, para os agentes financeiros credenciados, repassadores dos recursos das operações indiretas, a liberação ocorrerá das 6h30 às 18h30, conforme grade horária do sistema de transferências do BC.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta segunda-feira (16), que o banco tem duas novas iniciativas para fomentar o acesso das pequenas empresas ao mercado de capitais, com dois fundos para apoiar essas companhias e suas ofertas.

O primeiro é um fundo de R$ 1 bilhão, que garantirá 20% da oferta de ações com recursos do BNDESPar. "Já conseguimos listar cinco empresas nos últimos tempos, mas queremos ver esse número crescer", disse Coutinho.

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Além disso, o presidente do BNDES disse que pretende dar "operacionalidade" ao primeiro fundo de mercado de acesso, de R$ 250 milhões. "A BNDESPar, terá, de partida, até 30% do fundos. Mas recebemos, até sexta-feira, quando encerrou o período, 13 propostas de gestores interessados em capitalizar e operacionalizar esse fundo", completou.

Coutinho falou em "revolução", criando um conjunto de condições para "escancarar" o acesso das pequenas empresas. As iniciativas fazem parte de um programa mais amplo do governo para tentar fomentar o acesso dessas empresas de menor porte ao mercado de capitais. O programa está sendo detalhado em evento da BM&FBovespa, na manhã desta segunda.

Segundo Coutinho, a iniciativa foi uma parceria, que se iniciou com diagnóstico de por que no Brasil não se conseguiu promover o acesso das pequenas empresas ao mercado. Esse diagnóstico buscou exemplo em países, como Austrália, Polônia e Reino Unido, entre outros, que depois foram adaptadas à realidade brasileira.

A queda nos investimentos no primeiro trimestre lançou dúvidas sobre a redução do peso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na economia a partir deste ano. Segundo estudo do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), feito com exclusividade a pedido do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, as consultas por empréstimos do banco de fomento somaram R$ 47,2 bilhões no primeiro trimestre, caindo para patamar semelhante ao de 2007 e 2008, antes da crise internacional. Por outro lado, os desembolsos de recursos para financiamentos já aprovados cresceram como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) e dos investimentos.

Com o recuo nas consultas, a tendência é os desembolsos, como proporção da economia, cederem mais a frente. Por enquanto, porém, com a queda dos investimentos no primeiro trimestre, o valor dos desembolsos do BNDES subiram para 20,5% da formação bruta de capital fixo (FBCF, a conta dos investimento no PIB), ante 18,3% no primeiro trimestre de 2013. Como proporção do PIB, os desembolsos chegaram a 3,6%, ante 3,3% em 2013.

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A redução do peso do BNDES entrou no discurso da equipe econômica em setembro passado, na esteira das críticas à política fiscal. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a dizer que o BNDES poderia desembolsar na casa de R$ 150 bilhões este ano - contra R$ 190,4 bilhões, ano passado.

"Os desembolsos vão cair, estou convencido, mas a queda será mais rápida ou mais devagar em função do dinamismo da economia", diz Gabriel Leal de Barros, pesquisador do Ibre/FGV especializado em contas públicas, autor do estudo.

Para o economista, tanto a decisão do governo de reduzir os aportes quanto a demanda mais fraca por empréstimos, por causa da economia devagar, pesam na tendência de redução dos desembolsos.

"Com uma menor demanda, a redução dos aportes no banco tornam-se cada vez mais consensuais, não obstante a relevância de conter o endividamento público bruto", diz Barros, que defende a suspensão dos aportes no BNDES, para melhorar as contas públicas. "O governo deveria reduzir os aportes de forma mais rápida. É possível fazer isso de forma equilibrada, sem parada nos investimentos", completa.

A demanda menor está nos números. As consultas de projetos no BNDES - o primeiro passo para pedir um empréstimo - caíram 13,9% no primeiro trimestre perante igual período de 2013, já descontada a inflação. Os enquadramentos (quando o projeto foi aceito para ser analisado) e as aprovações também caíram nos três primeiros meses do ano.

O próprio BNDES já vem apontando essa tendência nos últimos meses, embora seus executivos prefiram, em geral, destacar efeitos estatísticos (como uma ou outra consulta elevada em determinado período passado) como responsáveis pelo recuo.

Com a retração nos investimentos no início do ano, porém, a perspectiva de redução na liberação de recursos pode ser suspensa ou, pelo menos, passar a um ritmo lento. Em maio, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, deu a entender que o decréscimo nos desembolsos este ano poderia não ser tão grande assim e demonstrou preocupação com o ritmo de expansão do crédito privado a empresas e com o ciclo de elevação da taxa básica de juros - a Selic, que passou de 7,25% para 11%, em um ano.

Após o péssimo resultado dos investimentos no PIB do primeiro trimestre, Coutinho chegou a mudar de tom. À pergunta sobre se os desembolsos serão menores este ano, ele respondeu: "Ainda temos dúvida". O executivo preferiu creditar a queda nos investimentos a fatores conjunturais a reforçou a ideia na última segunda-feira, em entrevista em Londres.

"Tivemos fatores específicos no trimestre, como a produção de equipamentos muito concentrada no fim do ano passado, mas não quero focar no curto prazo. Nosso panorama de médio prazo ainda mostra um pequeno crescimento do investimento do setor privado."

Para o economista Ernani Teixeira Torres Filho, professor do Instituto de Economia da UFRJ, a questão crucial é o ciclo de alta nos juros. "O BNDES é vítima, responde à política macroeconômica", diz Torres, ex-superintendente da Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico (APE) do banco de fomento.

Na visão do economista, a atividade econômica já esfriou e esfriará mais, permanecendo fraca tanto este ano quanto em 2015. Assim, os desembolsos do BNDES poderão cair um pouco ou subir um pouco este ano, em função da maior ou menor demanda por parte das empresas. "Diminuir o BNDES não é complicado. O ideal é o banco perder participação relativa, com o mercado privado ampliando sua participação no crédito de longo prazo", diz Torres.

O problema, segundo o economista, é que o ciclo de alta da Selic afasta o financiamento privado. Torres estima que a diferença entre a Selic e a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, que baliza os empréstimos do BNDES, hoje em 5%) deve ser entre 2% e 3% para o setor privado ser atraído para o financiamento. Hoje, essa diferença está em 6 pontos porcentuais, mas o governo estuda elevar a TJLP.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou, nesta terça-feira, 3, o empréstimo de R$ 2,7 bilhões à Prefeitura do Rio para investimentos em transportes públicos. O financiamento foi anunciado no domingo, dia 1º, quando o prefeito Eduardo Paes e a presidente Dilma Rousseff assinaram o contrato do empréstimos, durante a inauguração do BRT Transcarioca - a linha do sistema de vias exclusivas para ônibus que liga o Aeroporto Internacional do Galeão e a Barra da Tijuca, na zona oeste.

O empréstimo do BNDES contempla diversos projetos de transporte público. Entre eles o lote zero do BRT Transoeste (ligando a via existente à futura estação do Metrô), o BRT Transolímpica (entre Barra da Tijuca e Deodoro, que será importante polo de competições na Olimpíada), a duplicação do Elevado do Joá (trecho da Autoestrada Lagoa-Barra que liga São Conrado a Barra) e a Ciclovia Niemeyer, uma faixa exclusiva para bicicletas na Avenida Niemeyer, que liga o Leblon a São Conrado.

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O empréstimo representa 88% do total a ser investido nos projetos. Segundo o BNDES, a estimativa é de que sejam criados 17 mil empregos durante a execução das obras. A maioria dos projetos prevê conclusão em até 24 meses, com vistas à Olimpíada de 2016, no Rio.

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) caíram em março e abril, na comparação com iguais meses do ano passado, provocando forte desaceleração no acumulado de janeiro a abril. No período, foram liberados R$ 58,852 bilhões, alta de 8,2% em relação ao início de 2013, sem descontar a inflação, anunciou nesta quinta-feira, 29, o BNDES. Nos primeiros quatro meses do ano passado, o aumento foi de 59,3%. Descontada a inflação, o crescimento deste ano foi de apenas 2%.

A puxada no freio já era esperada. Diante das desconfianças do mercado em relação à política fiscal, o governo veio sinalizando, desde setembro, com uma moderação nos desembolsos do BNDES, para reduzir os aportes do Tesouro.

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A injeção de mais R$ 30 bilhões foi confirmada ontem, com a conversão em lei da Medida Provisória 633, aprovada no Senado. O aporte fora incluído por emenda, já na tramitação do projeto de conversão.

O valor é inferior ao do ano passado (R$ 39 bilhões) e de 2012 (R$ 45 bilhões). De 2009 ao ano passado, o Tesouro injetou R$ 324,2 bilhões no BNDES. "Aos poucos poderemos diminuir o volume desse tipo de repasse e fazer com que o crescimento das despesas de investimento tenha fonte que não recursos do BNDES", afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, em Brasília.

Para o economista Maurício Canêdo Pinheiro, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), as contas públicas explicam a moderação. "O BNDES tem que reduzir o ritmo porque não há espaço fiscal", disse Canêdo, que descontou a inflação dos valores anunciados hoje.

Sem poder receber tantos aportes para financiar seus empréstimos, o BNDES começou a se preparar. Em fevereiro, a instituição anunciou ajustes de taxas e prazos para dar prioridade a algumas áreas, como infraestrutura e bens de capital.

Assim, os empréstimos do BNDES para o setor de infraestrutura deverão seguir em alta, mesmo com a redução no valor total. "A área de infraestrutura deverá assumir um portfólio maior", afirmou o diretor de Infraestrutura e Insumos Básicos do BNDES, Roberto Zurli, em seminário no Rio.

Antes de os dados de janeiro a abril serem divulgados pela instituição de fomento, Zurli estimou em 15% o crescimento nos desembolsos da área operacional dirigida por ele, que inclui projetos de energia elétrica e logística - mas não telecomunicações, saneamento e transporte público.

Nos valores liberados até abril, os projetos de infraestrutura como um todo foram destaque, com R$ 21,6 bilhões, avanço nominal de 48% sobre igual período do ano passado. Contudo, esses valores ainda não são influenciados pela mudança de prioridades, disse o superintendente da Área de Planejamento do BNDES, Cláudio Leal: "Trata-se da maturação de grandes projetos aprovados".

O setor de comércio e serviços desembolsou R$ 16,441 bilhões no primeiro quadrimestre, alta de 27%. Houve recuo, porém, nos projetos da agropecuária (R$ 5,177 bilhões, 22% menos) e da indústria (R$ 15,6 bilhões, 22,5% a menos).

Segundo Leal, a queda da indústria não tem a ver com a atividade morna nas fábricas, mas sim com a descontinuidade do programa PSI Pré-embarque, para comércio exterior. A linha foi renovada neste mês e, por isso, liberou apenas R$ 300 milhões de janeiro a abril - ano passado, foram R$ 4,6 bilhões em igual período. Como a indústria é a principal cliente do programa, desembolsou menos.

Mesmo com o aporte de R$ 30 bilhões, o BNDES ainda não faz uma estimativa de desembolsos para este ano. O presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho, já disse que a redução nos valores pode ser inferior à estimada inicialmente. "A redução não vai ser na magnitude que se falava", disse Leal.

A moderação nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prevista no discurso de diversas autoridades do governo desde o ano passado, passará ao largo do setor de infraestrutura. Segundo o diretor de Infraestrutura do BNDES, Roberto Zurli, a área de infraestrutura do banco de fomento deverá liberar neste ano 15% mais em relação a 2013, para projetos de logística e energia elétrica.

"A área de infraestrutura deverá assumir um portfólio maior dentro do banco", afirmou Zurli nesta quinta-feira, pouco antes de participar de debates durante o Global Infrastructure Initiative (GII), encontro internacional promovido pela consultoria McKinsey, no Rio.

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Os desembolsos totais do BNDES somaram R$ 190,4 bilhões ano passado, mas, no segundo semestre, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou que o valor poderia cair para R$ 150 bilhões neste ano. Em fevereiro, a instituição de fomento anunciou o ajustes de taxas e prazos para dar prioridade a algumas áreas, incluindo infraestrutura.

No ano passado, o BNDES liberou R$ 62,2 bilhões para projetos de infraestrutura como um todo, mas o valor inclui segmentos que ficam fora alçada da área de infraestrutura, no organograma operacional do banco - como projetos de saneamento básico e transportes urbanos.

Na infraestrutura, os projetos de destaque, segundo Zurli, são os três primeiros aeroportos concedidos à iniciativa privada - Viracopos, em Campinas, Brasília e Guarulhos - e as cinco rodovias federais leiloadas no fim do ano passado.

Sobre a possibilidade de atrair os bancos privados no financiamento à infraestrutura, Zurli afirmou que de metade a dois terços dos valores devem ser emprestados diretamente pelo BNDES. O restante será repassado por bancos parceiros.

A participação direta do setor privado deverá ficar restrita ao mercado de capitais, por meio da debêntures de infraestrutura. Zurli prevê entre 10% e 15% de participação desses títulos no financiamento dos projetos que chegam ao BNDES. Para isso, o banco seguirá dando incentivos a emissões, incluindo a criação de um fundo para comprar esses papéis. (

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (28) uma proposta que dá aval a um aporte de R$ 30 bilhões do Tesouro Nacional no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O dispositivo constava na Medida Provisória 633, que passou na semana passada pela Câmara dos Deputados e agora vai seguir para sanção da presidente Dilma Rousseff.

A medida tem por objetivo cobrir o aumento do total de financiamento subvencionado que o banco de fomento pode disponibilizar no mercado. Pela redação aprovada pelos parlamentares, o teto dessas operações passa a ser de R$ 402 bilhões, um aumento de R$ 30 bilhões em relação ao proposto pela MP original.

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A subvenção, na modalidade de equalização de taxas de juros, deverá beneficiar empresas brasileiras na "aquisição, produção, arrendamento de bens de capital e execução de projetos em território nacional, assim como o apoio à exportação de bens e serviços brasileiros de interesse nacional". Por esse mecanismo, o Tesouro paga ao BNDES para que o banco não tenha prejuízo ao cobrar de empresas taxas de juros mais baixas que as praticadas pelo mercado.

O projeto permite ainda que a União emita títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal para cobrir o aporte de R$ 30 bilhões no BNDES. A proposta recebeu críticas da oposição na Câmara, que alegou que ela serviria para dar continuidade à política de concessão de ajudas as chamadas "campeãs nacionais". No Senado, entretanto, foi aprovada de forma tranquila, em votação simbólica.

FCVS

A MP aprovada também transfere para a Caixa Econômica Federal a responsabilidade pela defesa de ações contra o Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). Além do mais, a MP prevê a transferência dessas ações da instância estadual para a federal e permite que o banco público negocie acordos com os mutuários.

Um dos objetivos disso é frear uma avalanche em ações coletivas contra o extinto seguro habitacional do Sistema Financeiro Habitacional (SFH). O seguro foi criado para cobrir morte ou invalidez permanente do mutuário e danos físicos ou climáticos ao imóvel financiado pelo SFH. Embora os seguros fossem feitos com empresas privadas, estas seguradoras apenas intermediavam a operação e em determinados casos repassavam o ônus ao fundo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quarta-feira (28), a aprovação de R$ 146,7 milhões para três projetos de melhoria da gestão ambiental nos Estados da Bahia, de Rondônia e do Pará, oriundos do Fundo Amazônia.

O objetivo é contribuir para o combate ao desmatamento e à degradação florestal. Os recursos são não reembolsáveis e apoiarão ações em pelo menos 313 municípios nos três Estados.

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O papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) a partir de 2015 dividiu nesta terça-feira (27) duas linhagens de economistas em debate que deve antecipar um dos temas mais polêmicos da campanha presidencial na área econômica. Um dos mais influentes críticos da gestão Dilma Rousseff, o economista Mansueto Almeida, atacou a política industrial do governo, e a atuação do BNDES em especial, durante seminário realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) para discutir a indústria no Brasil.

Depois de aumentar de tamanho no fim da gestão Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de 2008, e chegar ao atual patamar de representar 21% de todo o crédito no País, sob Dilma, o BNDES está diante de possível transição. O principal coordenador da atual política do banco de fomento, Luciano Coutinho (que preside a instituição desde 2007), afirmou em dois recentes depoimentos no Congresso Nacional que o BNDES precisa auxiliar a criação de um sistema privado de financiamento de longo prazo. Mas, ao mesmo tempo, Coutinho negociou com o Tesouro Nacional mais um aporte de recursos públicos no banco, que pode chegar a R$ 30 bilhões.

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Segundo dados apresentados por Mansueto Almeida hoje, o Tesouro já repassou R$ 466 bilhões ao BNDES de 2008 ao ano passado, sem considerar, portanto, o novo aporte que está por vir. Economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atuante na formulação de planos na área econômica para a campanha de Aécio Neves (PSDB) à Presidência, Almeida criticou essa opção do governo, que se endivida para sustentar o BNDES.

"Não tenho nada contra BNDES nem contra política industrial, mas o que interessa saber é o funding. De onde virá o dinheiro?", criticou Almeida. "Houve um aumento brutal do endividamento público brasileiro para bancar essa política. Valeu a pena?", afirmou. O dinheiro que o Tesouro coloca no caixa do BNDES é obtido por meio da venda de títulos públicos no mercado financeiro. Esses papeis pagam uma taxa próxima ou igual a Selic, hoje em 11% ao ano. O BNDES, no entanto, empresta a uma taxa muito menor, a TJLP, hoje em 5% ao ano. O Tesouro, portanto, subsidia os empréstimos feitos pelo BNDES às empresas.

"Ao invés de direcionar recursos para criar indústrias no limite tecnológico, como fez a Coreia nos anos 70, que fez da maior exportadora têxtil do País, a Samsung, uma das principais fabricantes de eletroeletrônicos do mundo, aqui emprestamos dinheiro para uma empresa que abate gado e vende para o exterior. O que faz a empresa com o dinheiro do BNDES? Abate mais gado e vende mais ao exterior", disse Mansueto, em crítica indireta ao papel do banco de fomento na sustentação da JBS Friboi. "As empresas estão certas, claro, em buscar o BNDES, porque os juros são muito baixos. Questiono a estratégia do governo, não a decisão empresarial", afirmou.

O economista Marcelo Miterhof, do BNDES, também presente ao debate, rebateu. "Aqui no Brasil não direcionamos o financiamento (como fez a Coreia). Emprestamos para o empresário que tem projeto de investimento. O BNDES tem a função de suprir um problema estrutural do mercado financeiro brasileiro, que funciona sempre com juros altos. Passamos a contemplar nos últimos anos a internacionalização das companhias, e veja a JBS, que passou a ter mais marcas e está comprando empresas fora do Brasil", disse Miterhof. Segundo ele, o banco colocou R$ 12 bilhões em JBS, Bertin, Marfrig e Brasil Foods, ao todo.

"Há um custo fiscal para a atuação do BNDES, claro. Mas é indiscutível o sucesso de operações como o Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), que segurou o setor privado brasileiro durante toda a crise mundial que vivemos há seis anos", defendeu Miterhof. Segundo o economista, as empresas apoiadas pelo banco na estratégia criada por Luciano Coutinho de formar "grandes campeões nacionais" estão entre as mais internacionalizadas do País, segundo ranking da Fundação Dom Cabral. "O Brasil não tinha grupos fortes mesmo em setores em que o País tinha alta competitividade", afirmou.

Até julho, as cinco rodovias federais concedidas em 2013 deverão ter aprovados R$ 3,4 bilhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição aprovou nesta sexta-feira empréstimo de R$ 95,8 milhões à Concessionária de Rodovias Minas Gerais Goiás S/A (MGO Rodovias), o primeiro para as concessões do Programa de Investimentos em Logística (PIL), cujos leilões começaram em setembro.

O trecho de 436,6 quilômetros da BR-050 entre Minas Gerais e Goiás terá 218,5 quilômetros duplicados. O projeto prevê R$ 3 bilhões de investimentos em 30 anos. Na assinatura do contrato com o governo, o diretor-presidente da MGO Rodovias, Helvécio Soares, previu R$ 300 milhões de aporte apenas neste ano.

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Os R$ 95,8 milhões do BNDES são um empréstimo-ponte - modalidade de financiamento com objetivo de agilizar os investimentos enquanto o empréstimo de longo prazo é analisado pelo banco.

Segundo o chefe do Departamento de Logística do BNDES, Cleverson Aroeira, os cinco projetos de estradas federais leiloadas ano passado estão sob análise. "Todos os projetos já foram apresentados ao BNDES e estão em análise. Os empréstimos-ponte têm aprovação prevista para maio, junho e julho", afirmou Aroeira ao Broadcast, no início da semana.

Nas cinco rodovias, os concessionários têm a exigência de investir R$ 26,4 bilhões até 2019 - R$ 1,9 bilhão previsto para este ano, segundo o BNDES. Nas projeções do banco, o auge dos aportes será 2018 (R$ 6,5 bilhões).

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, fez na tarde desta sexta-feira (23) críticas aos economistas denominados liberais pela falta de compreensão da importância da indústria de máquinas e equipamentos instalada no Brasil. "Essa falta de compreensão vem da visão simplista de que importar tudo resolve", disse Coutinho, que proferiu palestra durante almoço-executivo organizado em São Paulo pela Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha.

Segundo o presidente do BNDES, essa tese dos economistas ditos liberais "é uma meia verdade". "Não é um erro absoluto, mas a proximidade entre o fabricante e o consumidor para a prestação de serviços é fundamental", disse Coutinho. Essa relação, de acordo com o comandante do BNDES, tem um valor intangível que necessariamente não pode ser atingido sem a presença da indústria local.

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Coutinho, que reiterou o compromisso e a missão do banco de fomento em estruturar a indústria nacional, disse que o setor sofre com a baixa produtividade e em alguns casos com monopólios na cadeia de fornecedores que tornam os preços das matérias-primas muito altos. "Mas isso não pode nos fazer desanimar", disse o presidente do BNDES, acrescentando a necessidade de o setor buscar competitividade. "Temos é que mostrar isso de forma eloquente para a sociedade. Financeiramente, temos trabalhado de forma conjunta através do PSI (Programa de Sustentação do Investimento) e desoneração da folha de pagamento, endereçando a questão para os médio e longo prazos", disse.

De acordo com Coutinho, o desenvolvimento do agronegócio não ocorreu apenas pelos avanços das ciências genéticas, mas também pela inovação tecnológica do setor industrial de máquinas e equipamentos. Tal inovação, segundo ele, se deu pela presença de uma indústria forte e relevante.

Um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avalia que o País poderá receber aproximadamente R$ 4,07 trilhões em investimentos entre 2014 e 2017. O volume de recursos será aplicado principalmente nas áreas de petróleo e gás, energia, infraestrutura e mobilidade urbana, segundo o levantamento realizado pela Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico do banco. O volume é 28% maior do que os investimentos feitos entre 2009 e 2012.

No estudo anterior, a previsão era de investimentos de R$ 3,98 trilhões. O levantamento de agora inclui os planos estratégicos das empresas e não somente os projetos financiados pelo banco. A diferença, segundo o banco, é puxada pelo setor de petróleo, que cresceu em R$ 30 bilhões nas estimativas de investimentos em relação ao último levantamento, feito em outubro. O setor também é responsável pela alta na participação da indústria no total de investimentos previstos para o período. Aproximadamente R$ 1,5 trilhão será destinado para a área, capitaneada pela indústria de óleo e gás.

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No comunicado divulgado pela instituição o BNDES destaca ainda os investimentos em mobilidade urbana como "uma área de grande importância para o desenvolvimento econômico e social do País". A área receberá R$ 89 bilhões. A maior parte, 58% do total, será destinada a projetos de metrôs. Também serão beneficiados projetos de monotrilho (16%) e BRT (13%). O volume representa alta de 83% em relação ao período de 2009 a 2012.

Segundo o BNDES, os investimentos no setor são sustentados pela "retomada da capacidade de investimento dos Estados, explicada, em parte, pelas recentes rodadas de descontigenciamento feita pelo governo federal". O banco ainda destaca a ampliação nos investimentos privados, via Parceria Público-Privada (PPP).

Infraestrutura

A área de infraestrutura receberá R$ 575 bilhões, uma alta de 35% na comparação com o último quadriênio. Segundo o levantamento do BNDES, as áreas mais beneficiadas serão de portos e ferrovias, em função do Programa de Investimento em Logística, do governo federal. Nas ferrovias, a previsão é de um volume de recursos da ordem de R$ 57 bilhões, destinados principalmente para expansão da malha, modernização e aumento da capacidade das vias, além de investimentos diretos da Valec.

O estudo também apontou o crescimento nas previsões de investimentos em energia elétrica. No setor, a alta foi de R$ 7 bilhões em novos recursos, chegando a R$ 191,7 bilhões. O principal destino será a área de geração hidrelétrica, com R$ 54,5 bilhões. Também são apontados como grandes atrativos de investimentos os projetos de parques eólicos, com previsão de R$ 43 milhões até 2017.

Com a pauta do plenário trancada por oito medidas provisórias, a Câmara poderá adiar, mais uma vez, a votação dos destaques da PEC do orçamento impositivo. Na quarta-feira (21), haverá uma sessão extraordinária para votar os destaques ao projeto de lei que altera o Supersimples.

Entre as MPs pendentes está a que reajusta os salários de algumas carreiras do Executivo e concede mais sete meses para a Comissão Nacional da Verdade concluir seus trabalhos. Também estão na pauta as propostas ligadas ao programa Inovar-Auto, a que zera dívidas relativas aos créditos de instalação concedidos a assentados da reforma agrária entre 1985 e 2013 pelo Incra e a que aumenta em R$ 80 bilhões o limite de financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com subvenção de juros da União, entre outras.

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Orçamento impositivo

A Câmara, o Senado e o governo ainda negociam a conclusão da votação da PEC do orçamento impositivo. Os senadores incluíram regras que criam um piso de recursos da União que devem ser aplicados anualmente em saúde pública. Na Câmara, há deputados contrários que destacaram o trecho para votar em separado.

A matéria estava na pauta da semana passada, mas a votação foi adiada. São necessários 308 votos para aprovar alterações. Na semana passada, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu a urgência da aprovação. “É importante lembrar à Câmara que eventuais modificações do texto, além de atrasar a implementação desse grande benefício à população brasileira, também colocará em risco um delicado acordo construído no Senado com vistas à aprovação da matéria”, disse.

Para o vice-líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), a base governista está adiando a deliberação para ganhar tempo. “Se votássemos hoje, o governo perderia no voto, mas quando se adia a votação, é possível que o lado que sairia perdendo possa virar o jogo”, sustentou.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro de R$ 1,56 bilhão no primeiro trimestre de 2014, com ligeira queda de 1,9% em relação ao mesmo período de 2013. Os números foram divulgados pelo banco, nesta quinta-feira, 15. Segundo a instituição, a inadimplência do banco atingiu o menor nível, de 0,01%, no trimestre, ante 0,04% em 2013.

O BNDES também destacou a alta de R$ 12,5 bilhões na carteira de créditos e repasses, ligada ao Programa de Sustentação do Investimento (BNDES PSI), descrito como um "instrumento de estímulo ao investimento produtivo brasileiro". No trimestre, o saldo da carteira de crédito e repasses, líquido de provisão para risco de crédito, atingiu R$ 577,8 bilhões. Deste total, 80,8% são créditos de longo prazo. No ano passado, o valor registrado foi de R$ 501,6 bilhões. "A baixa inadimplência e o perfil de crédito refletem a consistência das políticas operacionais do BNDES. É resultado, sobretudo, da qualidade da gestão da sua carteira de crédito, que busca compatibilizar taxas de juros reduzidas e prazos compatíveis com projetos de longa maturação", diz o documento.

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Segundo o banco, o resultado "positivo" do trimestre foi gerado pelo segmento de renda fixa, que teve participação de 90,4%. "Composto majoritariamente pelas operações de crédito e repasses, o segmento alcançou R$ 3,1 bilhões no primeiro trimestre de 2014, refletindo um aumento de R$ 500 milhões (alta de 17%) na comparação com o mesmo trimestre de 2013", informa o BNDES.

No segmento de renda variável houve redução de 57,3%, o equivalente a R$ 200 milhões, na comparação com o primeiro trimestre de 2013. Com o resultado, relacionado pelo banco às alienações, a participação deste item caiu para 3,7% no resultado do banco, ante 8,2% em 2013. "No primeiro trimestre de 2013, foi positivamente afetado pela alienação de investimentos, com excelente retorno para o Banco. Já no primeiro trimestre de 2014, marcado pela instabilidade dos mercados de capitais, não ocorreram alienações de vulto significativo", diz o comunicado. Nas operações de tesouraria, o resultado atingiu o valor R$ 200 milhões. "A gestão da carteira de tesouraria inclui a monetização de títulos públicos federais nos quais são aplicadas suas disponibilidades de caixa", diz o banco.

O BNDES reduziu em R$ 129 milhões (6,4%) as despesas, entre gastos administrativos, tributários e outros custos. Somente na área tributária, a redução foi de R$ 113 milhões, incluindo tributos que incidem sobre o lucro. Com o resultado do trimestre, o banco fechou o mês de março com patrimônio líquido total de R$ 54,6 bilhões. O montante é 16% maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2013, no montante de R$ 46,8 bilhões. Já o patrimônio de referência (PR) aumentou para R$ 97,3 bilhões, ante os R$ 85,3 bilhões.

O Índice de Basileia atingiu 17,1% no período entre janeiro e março de 2014, indicador que era de 14,7% no mesmo intervalo de 2013. A taxa exigida pelo Banco Central é de 11%. No total, os ativos de todo o sistema do BNDES somaram R$ 777,8 bilhões ao final de março. No último ano, o valor havia sido de R$ 698,4 bilhões.

A Comissão Mista do Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira (13), o relatório do deputado Fernando Francischini (SDD-PR) sobre a Medida Provisória 633. A MP segue agora para votação no plenário da Câmara, o que deve ocorrer na próxima semana. A pedido do governo, o relator incluiu no texto a autorização para que o Tesouro faça um novo aporte no BNDES de até R$ 30 bilhões. Também ampliou em R$ 80 bilhões o valor do subsídio do Tesouro nessas linhas do BNDES. Essas operações precisam ser contratadas até o final do ano.

A MP também estabelece que o BNDES só pode emprestar com taxas de juros subsidiadas para financiar projetos realizados em território nacional e para produção de bens destinados à exportação. O banco poderá financiar serviços no exterior desde que com autorização prévia do Ministério da Fazenda, que terá que avaliar se o projeto é de interesse nacional.

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A MP também obriga o BNDES a prestar contas ao Congresso. A instituição terá que encaminhar aos parlamentares trimestralmente um relatório por financiamentos realizados ao setor produtivo, com a localização do empreendimento e o impacto econômico dos projetos, resguardado o sigilo bancário. Ainda assim, mesmo quando houver sigilo bancário, o BNDES deve enviar ao parlamento um extrato mínimo da operação de crédito.

Seguro habitacional - A MP também transfere das seguradoras para a Caixa Econômica Federal a defesa das ações contra o Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) e permite a realização de acordos com os mutuários. Segundo o texto da MP, as ações que tramitam na Justiça Estadual serão transferidas para a Justiça Federal. O Tesouro e a Caixa tentam há anos trazer as ações judiciais nos Estados para a instância federal. Com a aprovação da MP, a Caixa espera reduzir o valor dos passivos por meio de acordo com os mutuários. Também esperam inibir o movimento orquestrado de escritórios de advocacia que cobram em ações coletivas garantias do extinto seguro habitacional do Sistema Financeiro Habitacional. O governo e as seguradoras consideram fundamental a mudança da instância judicial porque há suspeita de fraude na justiça de alguns Estados.

A MP 633 é mais uma tentativa do governo de frear uma avalanche de ações em vários Estados, envolvendo 350 mil pessoas, contra o SFH. O prejuízo pode atingir R$ 18 bilhões, segundo cálculos preliminares do governo e das seguradoras. O governo espera uma economia de R$ 13 bilhões se a MP for aprovada. O seguro habitacional foi instituído para cobrir morte ou invalidez permanente do mutuário e danos físicos ou climáticos ao imóvel financiado pelo Sistema Financeiro Habitacional. Embora os seguros fossem feitos com empresas privadas, estas seguradoras apenas intermediavam a operação. Elas recolhiam os seguros e repassavam os recursos para o FCVS.

Quando ocorria sinistro, a seguradora pagava o mutuário e pedia ressarcimento ao fundo, que é gerido pela Caixa. Por serem financiamentos habitacionais para população com faixa de renda menor, a União ficou com o risco para evitar que o preço do seguro fosse muito elevado. Este modelo vigorou entre 1989 e 2009, quando este tipo de seguro foi extinto pela Medida Provisória 478. O seguro, segundo o governo, acaba sendo liberado para pessoas que nunca tiveram a cobertura porque as ações são coletivas. Os advogados vêm conseguindo sentenças milionárias que superam em muito o valor do próprio imóvel. Isso acontece também porque o cálculo de multas diárias é exagerado e desproporcional ao prejuízo alegado. Ao final do processo, se transforma em valores que não condizem com o preço de mercado dos imóveis.

Etanol - O deputado Fernando Francischini também incluiu na MP emenda que autoriza a União a conceder subsídios às unidades industriais produtoras de etanol do Nordeste. A subvenção vale para a produção da safra de 2012/2013. O subsídio será concedido diretamente às unidades industriais, ou às suas cooperativas ou ao respectivo sindicato de produtores regularmente constituído, no valor de R$ 0,25 (vinte e cinco centavos de real) por litro de etanol efetivamente produzido e comercializado na safra por usinas e destilarias produtoras, até o limite estabelecido na Lei Orçamentária. Esta subvenção pode ser estendida às unidades industriais, ou às suas cooperativas ou ao respectivo sindicato de produtores regularmente constituído de outras regiões do País cujas safras sofrerem adversidades climáticas com reflexos negativos no emprego e renda, desde que previsto na Lei Orçamentária. Os beneficiários da medida ficam dispensados da comprovação de regularidade fiscal. Ficará reduzida a zero a alíquota da Cofins e do PIS incidentes somente sobre os valores efetivamente recebidos a título da subvenção.

A moderação nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) neste ano poderá ser menor do que a inicialmente prevista, afirmou nesta segunda-feira (12) o presidente da instituição financeira, Luciano Coutinho. Ainda assim, novos aportes do Tesouro Nacional para completar o funding do banco de fomento serão necessários. O valor não está definido, mas o aporte deverá ocorrer ainda este mês, disse Coutinho.

"Precisamos assegurar que os investimentos tenham um desempenho satisfatório. Nos preocupa um pouquinho a desaceleração do crédito à pessoa jurídica por parte do sistema financeiro privado", afirmou Coutinho, na saída da abertura do XXVI Fórum Nacional, no Rio. Em discurso na abertura, Coutinho repetiu a importância de desenvolver fontes privadas de financiamento de longo prazo. "Queremos estimular a participação privada e queremos moderar um pouquinho (os desembolsos), mas sem prejudicar o investimento", completou o presidente do BNDES.

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Segundo Coutinho, um aporte ainda este mês é "imprescindível". "Está chegando um momento em que a necessidade de um aporte vai ser imprescindível. Estamos chegando a este momento ao longo deste mês", afirmou, sem citar valores. Coutinho explicou apenas que "queremos o aporte necessário para manter os investimentos, sem que ele precise ser superior ao do ano passado". Em 2013, o BNDES recebeu R$ 39 bilhões do Tesouro.

A moderação nos desembolsos, informou Coutinho, já começou. Após forte crescimento na liberação de empréstimos em janeiro e fevereiro, o valor de março ficou "mais ou menos parelho" com março de 2013. "Em parte, esse ritmo forte vem do ano passado (no primeiro bimestre). Já houve uma moderação do ritmo em março e abril", afirmou Coutinho.

O governo federal tem consciência de que é preciso simplificar a estrutura tributária e desenvolver instrumentos privados de financiamento de longo prazo, para complementar o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirmou nesta segunda-feira (12) o presidente da instituição financeira, Luciano Coutinho. "É preciso simplificar a estrutura tributária, para torná-la mais eficiente e menos onerosa para o setor produtivo", afirmou Coutinho, em discurso na abertura do XXVI Fórum Nacional, no Rio.

O presidente do BNDES citou as concessões como a forma mais rápida de recuperar e ampliar a infraestrutura, sobretudo logística. É também uma oportunidade de negócios. Segundo ele, é preciso reduzir os custos com logística, que consomem 9% do PIB. "Temos consciência do quão importante é para o futuro o desenvolvimento de instrumentos privados de financiamento para complementar o suporte do BNDES", completou.

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