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O faturamento industrial seguiu em alta em maio, apesar do recuo na atividade nas fábricas no mês, de acordo com indicadores divulgados nesta terça-feira (6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Considerando dados dessazonalizados, as vendas cresceram 0,7% em relação a abril, enquanto as horas trabalhadas na produção retraíram 1,8% na mesma comparação.

No acumulado de 2021 até maio, o faturamento industrial superou em 18,0% o desempenho do mesmo período do ano passado, quando a pandemia de Covid-19 praticamente paralisou o setor a partir do fim de março. Na comparação com maio de 2020, a alta nas vendas foi de 29,1%.

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"O indicador vem oscilando entre altas e quedas desde o início de 2021. Apesar disso, já se pode afirmar que o indicador assume uma tendência de queda, pois as altas não têm compensado as retrações e o indicador se encontra 3,3% menor que em janeiro de 2021", ponderou a CNI.

Apesar do recuo em maio, as horas trabalhadas na indústria acumularam expansão de 15,1% nos primeiros cinco meses de 2021 em relação o período do ano passado. Na comparação com maio de 2020, as horas trabalhadas foram 27,4% maiores.

Da mesma forma, a Utilização da Capacidade Instalada no setor recuou de 81,9% em abril para 81,6% em maio. Ainda assim, o patamar ainda foi 9,4 pontos porcentuais mais elevado que o registrado em maio de 2020.

Já o emprego na indústria apresentou crescimento pelo décimo mês consecutivo em maio, com alta de 0,5%. Nos cinco primeiros meses de 2021, o aumento de vagas no setor foi de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação entre meses de maio, a alta foi de 6,0%.

Por outro lado, o rendimento médio do trabalhador na indústria caiu 2,5% em maio e registrou retração de 1,1% no acumulado do ano. Em relação a maio de 2020, o indicador ainda mostrou alta de 6,7%. A massa salarial da indústria caiu 0,8% em maio, mas ainda registrou crescimento de 1,3% no ano e de 13,0% em relação a maio de 2020.

A atividade econômica tem surpreendido positivamente e os impactos econômicos da segunda onda da pandemia de Covid-19 foram menores que o esperado. Com base nesses dados, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou sua projeção de crescimento do PIB deste ano para 4,90%, segundo o Informe Conjuntural do segundo trimestre, divulgado nesta sexta-feira (2). A previsão anterior da entidade era de uma alta do PIB de 3,00% em 2021. Com a revisão, a estimativa da indústria se aproxima da expectativa do mercado que acredita, segundo boletim Focus divulgado na última segunda-feira (28), em um crescimento de 5,05% do PIB neste ano.

"O maior otimismo, compartilhado pelos empresários industriais, decorre da queda na atividade menor que a esperada em resposta às novas medidas de isolamento social. Não só as medidas de isolamento social foram menos restritivas que as adotadas em 2020, como também grande parte das empresas estavam mais preparadas para atuar em um ambiente de restrições à aglomeração de pessoas", destaca o documento da CNI.

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O Informe lembra que a indústria de transformação recuou 0,5% no primeiro trimestre do ano na comparação com o último trimestre de 2020. O desempenho negativo, avalia a CNI, reflete tanto a falta de insumos como o arrefecimento do consumo, que resultam da inflação e desemprego elevados. A perspectiva, no entanto, é de crescimento no segundo semestre.

A previsão é que o PIB industrial irá crescer 6,9% em 2021, ante uma estimativa de alta de 4,3% feita no primeiro trimestre deste ano. Somente a indústria da transformação deverá apresentar crescimento de 8,9% em relação ao ano passado, segundo estimativas do Informe Conjuntural, ante uma expectativa anterior de 5,7%. "Os porcentuais são significativos, mas é importante destacar que 2020 foi um ano com paralisação muito forte da atividade industrial em abril, puxando a média do ano para baixo, apesar da rápida recuperação", destaca o documento.

A CNI aponta que um importante determinante do crescimento será o investimento. Como a confiança dos empresários voltou a crescer, isso terá reflexos na intenção de investir. "Apesar do aumento dos juros pelo Banco Central, as taxas continuam baixas para o padrão brasileiro dos últimos anos. Além disso, a utilização da capacidade instalada segue elevada, o que sugere necessidade de investimentos para ampliar a produção", afirma o economista-chefe da CNI, Renato da Fonseca.

Para a indústria, a política fiscal continuará atuando de forma positiva com relação à demanda agregada. "Ainda que a diretriz continue sendo a busca pelo equilíbrio fiscal, o nível de gasto do governo será menor que o de 2020, mas superior ao de 2019." Outra importante contribuição para a demanda agregada, destaca, se dará por meio da renda disponível das famílias. A expectativa é que o consumo das famílias volte a crescer no decorrer do ano, à medida que a renda se recupere.

No Informe Conjuntural do segundo trimestre, a CNI reviu sua projeção de inflação, medida pelo IPCA, de 4,7% para 5,8% em 2021. A inflação, segundo o documento, é um ponto de atenção para este ano. A CNI ressalta que a continuidade da alta dos preços ao consumidor motivará uma ação mais agressiva do Banco Central, com elevação dos juros, o que pode impactar o crescimento econômico.

Com relação ao endividamento, o Informe Conjuntural também traz uma revisão da projeção com relação à dívida bruta do setor público em 2021, de 90,9% do PIB para 82,3% do PIB.

A expectativa da CNI é que o real mantenha a tendência de valorização no decorrer do ano, reduzindo a pressão inflacionária. Segundo o Informe, a estimativa para média da taxa de câmbio em 2021 caiu de R$ 5,10 para R$ 4,90.

Com relação à balança comercial, a indústria também elevou a previsão de superávit comercial neste ano de US$ 53,2 bilhões para US$ 65,2 bilhões. A expectativa é que a recuperação da economia mundial favoreça as vendas externas brasileiras, com maior demanda. Segundo a CNI, as exportações de produtos manufaturados já apresentam tendência de crescimento em resposta à recuperação dos mercados norte-americano, europeu e argentino.

Três em cada quatro brasileiros perderam alguém para a covid-19, indicou um levantamento divulgado nesta segunda-feira, 3, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre aqueles que conhecem alguém que morreu na pandemia, 53% disseram ter perdido um amigo, 25% um parente que mora em outra residência e 15% um colega de trabalho.

Os porcentuais, que fazem parte da pesquisa "Os brasileiros, a pandemia e o consumo", divulgado hoje pela CNI, são indícios do impacto da pandemia do novo coronavírus sobre as famílias brasileiras. Até a noite de domingo, mais de 407 mil pessoas já haviam morrido de covid-19 no País, conforme dados compilados pelo consórcio dos veículos de imprensa, formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL.

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O levantamento da CNI, realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, mostra que 75% dos brasileiros conhecem alguém que já morreu de covid-19. Foram entrevistadas 2.010 pessoas com mais de 16 anos, nas 27 unidades da Federação, entre os dias 16 e 20 de abril. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos porcentuais, com intervalo de confiança de 95%.

A pesquisa mostrou ainda que 56% da população brasileira possui atualmente um medo "muito grande" ou "grande" da covid-19. O porcentual sugere um aumento das preocupações, na esteira da segunda onda da pandemia neste ano de 2021. Em julho do ano passado, quando outro levantamento foi realizado, este porcentual era de 47%.

Entre 22% da população o medo atual da pandemia é classificado como "médio" e 9% dos consultados o qualifica como "pequeno" ou "muito pequeno". Em julho de 2020, 29% das pessoas diziam que o medo da pandemia era "médio" e 10% que era "pequeno" ou "muito pequeno".

Impactos

A relação dos brasileiros com a pandemia traz impactos diretos para a atividade econômica. Por meio de nota à imprensa, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, defendeu que "enquanto não houver uma vacinação em massa, a pandemia será motivo de grande preocupação para a população e continuará afetando o funcionamento das empresas, dificultando a esperada retomada da economia".

Conforme o consórcio de imprensa, 31.875.681 pessoas haviam recebido pelo menos a primeira dose de vacina contra a covid-19 até o último domingo (2). O número corresponde a apenas 15,05% da população brasileira. Na prática, de cada 20 brasileiros, somente 3 já receberam uma dose da vacina. O porcentual de quem já recebeu as duas doses é de apenas 7,49% da população.

Neste cenário, a pesquisa da CNI mostrou que 89% dos brasileiros consideram a pandemia no Brasil "muito grave" ou "grave". Outros 6% a classificam como "mais ou menos grave", enquanto apenas 10% dos brasileiros a tratam como "pouco grave" ou "nada grave". Em julho de 2020, 84% das pessoas consideravam a pandemia "muito grave" ou "grave".

Morreu nesta segunda-feira, 19, em decorrência da covid-19, o diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi. Ele tinha 75 anos e estava internado desde o dia 13 de março no hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, sua cidade Natal. Deixa a esposa Zuleide, os filhos Gustavo e Juliana e os netos Bernardo, Matheus e Sophia.

Diretor da CNI há mais de dez anos, era tido como um dos maiores especialistas do país em política industrial e comércio exterior.

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"Além do amigo, perdemos também um profissional de visão e com espírito inovador, cuja trajetória foi marcada pela defesa incansável de políticas públicas pela inserção internacional da indústria brasileira", declarou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Roberto Fendt, lamentou a morte de Abijaodi. "Tinha em Carlos Eduardo um interlocutor frequente para tratar de assuntos relacionados a comércio exterior, negociações internacionais e investimentos, áreas em que ele deixa como legado um trabalho de muito profissionalismo e competência, com resultados positivos para a indústria brasileira", afirmou.

O ex-ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e atual deputado-federal Marcos Pereira (Republicanos-SP) também lembrou a relação "amistosa e produtiva" com o diretor.

O ex-secretário de Comércio Exterior e atual vice-presidente da Câmara Americana de Comércio, Abrão Neto, disse que o comércio exterior brasileiro está de luto. "Abijaodi era um mineiro por excelência. Conciliador, atencioso, respeitoso e cercado de amigos. Uma figura querida e que contribuiu muito para a agenda internacional do Brasil", declarou.

O ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral declarou que o Brasil perde um líder empresarial importante, que sempre foi um "alicerce importante para a indústria brasileira". "Perdemos também um amigo querido, uma figura com a fineza desatinada das Minas Gerais", afirmou.

Trajetória

Em nota, a CNI destacou a atuação de Abijaodi em temas como abertura comercial e livre comércio dentro da indústria e sua presença ativa nos debates do acordo Mercosul-União Europeia, no acordo de Facilitação de Comércio da OMC e na criação do Portal Único do Comércio Exterior.

Além disso, foi o responsável pela elaboração de propostas que acabaram se tornando políticas de governo, como o projeto "Indústria + Produtiva" e a proposta de criação da Câmara Brasileira da Indústria 4.0, base do programa "Brasil Mais Produtivo".

"Sua vasta experiência nos temas de interesse do setor privado e sua admirável habilidade para negociação farão muita falta não apenas ao Sistema Indústria, mas também ao país", acrescenta o presidente da CNI, Robson Andrade.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lamentou o falecimento do senador Major Olimpio (PSL-SP) ocorrido nesta quinta-feira em razão das complicações pela covid-19. Em nota divulgada nesta quinta, 18, a entidade afirma que o senador tinha "clara compreensão das medidas que precisam ser tomadas para estimular o desenvolvimento econômico e social do País" e sempre "agiu com lealdade e espírito de cooperação" no diálogo com o setor produtivo.

"Ao longo de sua promissora carreira na política brasileira, na qual foi deputado estadual e federal pelo Estado de São Paulo, Major Olímpio exerceu a função pública com determinação e paixão", diz a nota.

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Para o presidente da CNI, Robson Andrade, a interrupção precoce da trajetória política do senador "significa uma perda para o País". "Em nome da indústria brasileira, expresso condolências aos familiares, amigos e correligionários do senador, na esperança de que encontrem conforto espiritual neste momento difícil", diz o executivo.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta quinta-feira (11), que em 2020, milhares de brasileiros buscaram se aperfeiçoar por meio dos cursos técnicos. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) registrou, somente ano passado, 166.786 matrículas em formações técnicas e 223.133 em qualificações profissionais, todas de menor duração e mais voltadas para o mercado de trabalho.

Segundo a CNI, os cursos técnicos são bastante procurados por jovens, de 16 a 23 anos, que representaram 50,8% (84.770) das matrículas em 2020. No entanto, ainda que o percentual diminua conforme a faixa etária avança, 14.168 pessoas com mais de 41 anos realizaram suas matrículas em cursos técnicos para se reinventar ou garantir um emprego neste período pandêmico.

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Entre os 20 cursos técnicos mais procurados em 2020 no Senai, destacam-se as formações coringas que permitem ao estudante exercer mais de uma função nos segmentos industriais. É o caso dos técnicos em eletrotécnica, em mecânica, segurança do trabalho e em redes de computadores.

Em relação às tecnologias e às necessidades da indústria, os cursos de automação industrial e eletroeletrônica são bastante procurados pelos alunos. E, entre as tendências que o Senai identificou e os trabalhos com alta demanda em 2020, estão os cursos de mecatrônica, desenvolvimento de sistemas e logística. “Apesar de ter sido um ano atípico, a procura pela formação técnica e por esses cursos mostra que o brasileiro, e o jovem especialmente, sabe que tem um leque maior de atuação ao escolher ocupações consideradas essenciais, ou transversais como chamamos. Mas também temos aqueles que buscam especializar-se e estão de olho nas tendências”, observa, por meio de nota, o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.

Confira, a seguir, a lista dos cursos mais procurados:

 

Já entre as qualificações com o maior número de matrículas, estão os cursos de assistente administrativo, assistente de controle de qualidade, eletricista industrial, assistente de recursos humanos e operador de computador. Conforme o CNI, os jovens continuam sendo o maior público desse tipo de formação. Entre as mais de 223 mil matrículas registradas, 39,3% são de pessoas na faixa etária de 16 a 23 anos e 26,1% de 24 a 31 anos. Veja, a seguir, a lista das qualificações mais procuradas:

As medidas de defesa comercial adotadas contra o Brasil em 2020 farão com que o País deixe de exportar US$ 856,8 milhões por ano (R$ 4,6 bilhões). O cálculo foi feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em levantamento repassado com exclusividade ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

De acordo com o estudo, em 2020, 27 medidas de defesa comercial foram aplicadas contra o Brasil por 12 países. O maior impacto é justamente das ações adotadas pelos Estados Unidos, que, no ano passado, era presidido por Donald Trump, de quem o colega brasileiro Jair Bolsonaro dizia ser aliado.

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Os EUA aplicaram sete medidas no período com impacto potencial de US$ 636 milhões por ano (R$ 3,4 bilhões). México (US$ 138 milhões), África do Sul (US$ 54 milhões) e União Europeia (US$ 17,5 milhões) também estão na lista.

"Historicamente, os Estados Unidos sempre foram muito ativos na defesa comercial e, durante a última administração, isso foi ainda mais forte. Em 2020, como foi um ano eleitoral, houve uma pressão ainda maior pela adoção de medidas", explica o gerente de Negociações Internacionais da CNI, Fabrizio Panzini.

As medidas de defesa comercial são autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) quando um governo entende que há concorrência desleal em determinado mercado. Mas devem seguir regras do organismo, como abertura de investigação, comunicação aos governos e empresas atingidos e possibilidade de defesa.

Podem ser adotadas salvaguardas (quando um país eleva o imposto de importação de forma igual para todos os países exportadores de um determinado produto por considerar que há prejuízo ou ameaça à indústria nacional), medidas antidumping (sobretaxa aplicada quando o governo entende que um produto está sendo exportado por um preço menor do que o cobrado no mercado interno) e medidas compensatórias para neutralizar subsídios à exportação.

Para a CNI, o governo brasileiro precisa ser "mais enérgico" na defesa comercial do País. "O governo tem monitorado os casos e feito um trabalho articulado com o setor privado em relação a isso. Mas é preciso uma ação diplomática mais enérgica junto aos outros países", afirma Panzini.

Panzini defende que sejam dadas respostas mais rápidas às investigações abertas. Além disso, diz que o Brasil deveria ainda rever a atual política de defesa comercial para proteger a indústria doméstica. Como mostrou matéria do Estadão/Broadcast publicada em dezembro, o número de novas medidas antidumping caiu de 17 em 2016 para zero em 2020. "O mundo tem aumentado práticas de subsídios e dumpings e aplicado cada vez mais medidas de defesa comercial. Temos de reavaliar nossa política e avaliar se estamos alinhados com o resto dos países", completou.

Procurado, o Ministério da Economia informou, em nota, que o governo brasileiro trabalha ativamente no apoio a exportadores brasileiros em investigações de defesa comercial por outros países.

"Um exemplo recente foi a não imposição pelo governo dos EUA de direito antidumping às exportações brasileiras de madeira, processo de investigação que teve acompanhamento ativo do Ministério da Economia e do Ministério das Relações Exteriores na defesa dos exportadores brasileiros", lembrou Panzini.

Produtos

De acordo com a confederação, as ações adotadas em todo o mundo podem afetar 233 produtos, sobretudo no setor de siderurgia, o mais atingido pelas medidas de defesa comercial. Afetam o setor 17 medidas adotadas no ano passado, que atingem 99 produtos, o que faz com que as siderúrgicas deixem de exportar US$ 417 milhões (R$ 2,2 bilhões) por ano.

"Existe no mundo todo um excesso de capacidade muito elevado na Ásia, sobretudo na China, mas ainda assim o setor continua sendo muito estimulado por subsídios. Por isso, os países acabam aplicando medidas de defesa comercial que acabam afetando muito o Brasil", completou Panzini.

Em relação ao impacto, o segundo setor mais afetado foi o de madeira, com duas investigações que atingem nove produtos e têm o potencial de reduzir em US$ 386,5 milhões (R$ 2 bilhões) a exportação anual da área, segundo a CNI.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI)  parabenizou os novos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), em uma nota divulgada na noite dessa segunda-feira (1º). Na nota, a entidade aponta que o principal desafio dos dois novos presidentes será colocar em votação e aprovar pautas urgentes, em especial as reformas tributária e administrativa.

“Apenas com a implementação de reformas estruturais será possível reduzir o Custo Brasil, melhorar o ambiente de negócios do país, atrair investimentos e gerar mais empregos e renda para a população”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

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Para Andrade, a atuação do Congresso Nacional é fundamental para o Brasil encontrar soluções adequadas à severa crise sanitária e econômica enfrentada pelo país em função da pandemia. 

Em meio ao crescimento do contágio e das mortes por Covid-19 no País e com o fim das medidas emergenciais tomadas pelo governo federal para combater os efeitos da pandemia na economia, o medo do desemprego cresceu em dezembro. Segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador subiu 2,1 pontos em relação a setembro e chegou a 57,1 pontos. O resultado é superior aos 56,1 pontos de dezembro de 2019 e segue bem acima da média histórica de 50,2 pontos.

Apesar dos resultados positivos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto a novembro e da expectativa da equipe econômica de nova abertura líquida de vagas formais em dezembro, a taxa de desemprego aumentou de 14,1% em outubro para 14,2% em novembro, segundo dados do IBGE.

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De acordo com a CNI, o aumento do medo do desemprego foi maior na periferia das capitais, onde o índice passou de 55,9 pontos para 65,5 pontos entre setembro e dezembro. "Os residentes dessas cidades passaram a ser os com maior medo do desemprego", destaca o documento. Nas capitais, o índice ficou em 57,5 pontos, enquanto nas cidades do interior ficou em 55,2 pontos.

Entre os entrevistados que cursaram apenas o ensino fundamental, o medo do desemprego supera os 59 pontos. Para aqueles com ensino médio completo, o indicador ficou em 56,3 pontos em dezembro. Ainda assim, o medo do desemprego cresceu mais entre os entrevistados com educação superior, com o índice passando de 50,1 pontos para 54,7 pontos de setembro para dezembro.

Satisfação

Apesar do medo do desemprego estar maior, o índice de satisfação coma vida melhorou em dezembro. O indicador aumentou 1,7 ponto em relação a setembro e chegou a 70,2 pontos. O resultado é 1,9 ponto melhor que o registrado no fim de 2019 e está acima da média histórica de 69,6 pontos - o que não ocorria desde 2014.

"A melhora na satisfação com a vida da população brasileira pode estar relacionada tanto à percepção, no início de dezembro, de melhora da crise sanitária e econômica, como ao auxílio emergencial que proveu maior segurança econômica às famílias de baixa renda", avaliou o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.

Foram entrevistadas 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 5 e 8 de dezembro de 2020.

A pandemia está sendo a prova dos nove para mostrar que as chamadas indústrias 4.0 - aquelas que incorporam em larga escala tecnologias digitais na produção - são mais resilientes à crise. Em meio às turbulências desde março, essas empresas conseguiram atingir melhores resultados comparados aos da manufatura tradicional.

As indústrias 4.0 lucraram mais e mantiveram ou até ampliaram as contratações de trabalhadores em relação ao período pré-pandemia. Resultado: hoje estão com melhores perspectivas de faturamento para 2021. Isso é o que revela uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), obtida com exclusividade pelo Estadão. Foram ouvidas cerca de 500 indústrias, de todos os portes.

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A pesquisa, feita entre a última semana de outubro e meados de novembro pelo Instituto FSB Pesquisa, revela que 54% das indústrias que adotaram de uma a três tecnologias digitais na produção registram hoje um lucro igual ou maior que no período pré-pandemia. Esse resultado está sete pontos porcentuais acima do registrado pela indústria analógica.

A tendência se repete nas contratações. No mês passado, 30% das indústrias que adotaram até três tecnologias digitais tinham ampliado os quadros de funcionários em relação ao período pré-pandemia. Já o aumento do emprego na manufatura tradicional ocorreu com fatia menor, 21% das empresas, na mesma base de comparação.

Preconceito

Entre as tecnologias digitais, a maior parcela de empresas que ampliou o emprego, 37%, foi registrada nas companhias que adotaram a robótica avançada, aponta a pesquisa. Com esse resultado, cai por terra um velho preconceito. Desde que a indústria 4.0 começou a avançar no País, a partir de 2013, ela sempre esteve associada à ideia do desemprego, diz o economista João Emílio Gonçalves, gerente de Política Industrial da CNI. "Todos os momentos da história de mudanças tecnológicas estiveram ligados ao receio de redução expressiva no uso da mão de obra."

No entanto, pondera Gonçalves, quando se avaliam dados internacionais de uso de robôs na indústria, por exemplo, não se constata uma correlação entre o maior uso da tecnologia digital com o avanço das taxas de desemprego. É que, quando são incorporadas novas tecnologias, a demanda por empregos mais qualificados aumenta e a população se educa para desempenhar novas funções.

Na avaliação de Vinícius Fornari, especialista em política industrial da CNI e um dos responsáveis pela pesquisa, o desempenho mais favorável alcançado pela indústria 4.0 na pandemia em relação à manufatura tradicional se deve, em boa medida, à própria característica da indústria digital, que tem uma produção mais autônoma. "Com a adoção de tecnologias digitais, a produção fica mais flexível e a automação é maior."

E essas características, observa o especialista, acabaram se encaixando na crise provocada pela pandemia. O momento atual exigiu o distanciamento social e a paralisação de muitas atividades. As empresas que usavam essas tecnologias conseguiram manter o ritmo de produção no período de isolamento.

Reação rápida

A mineira Provest, confecção de médio porte com sede em Ipatinga e especializada em uniformes profissionais e equipamentos de proteção individual (EPIs), é um exemplo de indústria que conseguiu inovar e crescer na pandemia. "Estamos na contramão do mercado, principalmente do setor de confecção", diz o diretor de estratégia da empresa, Victor Araújo.

Neste ano, a companhia ampliou em 35,5% o faturamento sobre 2019 e superou as expectativas. E o lucro avançou na mesma proporção. Em meados do ano, a empresa dobrou de tamanho: chegou a ter quase mil funcionários diretos e indiretos. Em janeiro de 2020, eram 600 trabalhadores.

Nos últimos cinco anos, a empresa investiu cerca de R$ 3 milhões em equipamentos e soluções tecnológicas 4.0. Os recursos foram aplicados em quatro ferramentas importantes: internet das coisas, Big Data, integração dos processos e computação na nuvem.

Em março, quando foi decretada a pandemia, Araujo conta que a companhia correu para desenvolver produtos para atender às novas necessidades do mercado. Segundo ele, a empresa foi uma das primeiras a desenvolver a máscara de tecido. "Fabricamos mais de 2 milhões."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A produtividade do trabalho na indústria de transformação brasileira cresceu 8% no terceiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, mostrando recuperação depois de duas quedas consecutivas em razão dos efeitos da pandemia da Covid-19 sobre a economia. Os dados são do estudo Produtividade na Indústria, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que revela, no entanto, que no ano o indicador não deve superar 1% pelo terceiro ano consecutivo. A produtividade é medida com o volume produzido pela indústria dividido pelas horas trabalhadas.

A pesquisa revela que o volume produzido nos meses de julho, agosto e setembro foi 25,8% maior que o verificado no segundo trimestre de 2020, enquanto as horas trabalhadas da produção tiveram alta de 16,4% no mesmo período de comparação. "A indústria se recuperou de forma rápida e intensa a partir de maio, passado o momento mais agudo da crise. Ao longo do trimestre, as fábricas operaram em níveis de ocupação da capacidade instalada crescentes para recompor estoques e atender à rápida recuperação da demanda", destaca o estudo.

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O crescimento acelerado da produtividade no terceiro trimestre é o maior da série histórica iniciada em 2000 e, segundo o documento, mais do que compensou a queda acumulada nos dois primeiros trimestres do ano, que chegou a registrar uma queda de 6,7% na produtividade na comparação com os três últimos meses de 2019.

"O crescimento acelerado da produtividade no terceiro trimestre e a queda acentuada no primeiro semestre do ano são movimentos conjunturais. Eles refletem mudanças na intensidade do esforço do trabalhador e no ritmo de produção que é estabelecido pelas empresas e não mudanças de mais longo prazo, como uma maior qualificação do trabalhador", explica a economista da CNI Samantha Cunha.

Apesar da melhora revelada pelo estudo, a expectativa é de que a produtividade do trabalho na indústria encerre 2020 com baixo crescimento, uma alta de menos de 1%.

"Mesmo se o ritmo de crescimento verificado no terceiro trimestre fosse mantido no último trimestre de 2020, o indicador fecharia o ano com crescimento abaixo de 1% (0,9%). O ano de 2020 deve ser o terceiro ano seguido de crescimento da produtividade do trabalho abaixo de 1%", diz o estudo da CNI.

Depois de registrar alta na produtividade do trabalho de 4,5% em 2017, o indicador teve aumento de apenas 0,8% em 2018 e de 0,6% em 2019.

A construção civil segue em trajetória de crescimento e, pelo terceiro mês consecutivo, registra índices positivos na atividade e no emprego. É o que mostra a Sondagem Indústria da Construção de outubro, divulgada nesta terça-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

No mês passado, os dois índices ficaram acima da linha divisória dos 50 pontos do estudo, indicando alta e melhora de desempenho. Quanto mais distante dos 50 pontos, mais forte e mais disseminado é o crescimento. O índice de evolução do nível de atividade ficou em 50,7 pontos e o do número de empregados, em 51,3 pontos.

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O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, destaca que a série histórica mostra uma curva crescente no índice de evolução do emprego, que, em setembro, já estava alto (50,1 pontos), e, em outubro, teve elevação de mais de um ponto, atingindo 51,3 pontos. "Esta foi a sexta alta seguida", cita a entidade.

Para Azevedo, "os dados da Sondagem confirmam a tendência de expansão do setor da construção civil, que despontou com bastante intensidade depois de um forte impacto observado no começo da pandemia, especialmente nos meses de março de abril". "É preciso observar, no entanto, que as altas registradas neste momento ocorrem após um momento em que os índices chegaram a um nível consideravelmente baixo", ponderou.

Para o levantamento, a CNI entrevistou 450 empresas no período de 1º a 12 de novembro.

Os efeitos da falta de bens intermediários para alimentar a produção da indústria já chegam à ponta final do consumo. De acordo com a sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 44% das fábricas consultadas relataram problemas para atender seus clientes, atrasando entregas ou até mesmo recusando novas encomendas. Em 8% dos casos, uma parte grande da demanda já não tem condições de ser atendida.

Entre as razões dadas pelos industriais, estão a falta de estoques (47%); uma demanda superior à capacidade de produção (41%); impossibilidade de produzir mais (38%) e problemas de logística (13%). Apenas 4% indicaram a inadimplência dos clientes como uma razão para recusar pedidos.

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"A economia reagiu em uma velocidade acima da esperada. Assim, tivemos um descompasso entre a oferta e a procura de insumos. E tanto produtores quanto fornecedores estavam com os estoques baixos. Além disso, temos a forte desvalização do real, que contribuiu para o aumento do preço dos insumos importados", explica o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Ainda pela pesquisa, 55% das indústrias só vislumbram uma normalização da oferta a partir de 2021, sendo que 16% não esperam voltar ao normal nos próximos seis meses. Apenas 8% delas acreditam que a situação pode se reverter em até um mês. Os setores mais pessimistas são os de papel e celulose, têxteis, alimentos, extração de minerais não metálicos, produtos de metal e móveis.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, a indústria brasileira vive um "desabastecimento crônico" de insumos. "Por enquanto, não percebemos o cenário de desabastecimento na ponta. O varejo e o atacado têm trabalhado para que isso não aconteça."

Fontes da indústria ouvidas pela reportagem afirmam que, diante do problema, têm buscado soluções alternativas em algumas áreas, como a reutilização de caixas de papelão ou mesmo a substituição por caixas de madeira para o transporte.

Repasse de preços

Além do entrave na distribuição de produtos, um outro risco ronda o varejo: um possível repasse dos aumentos de preços registrados nos últimos meses pelas principais matérias-primas.

Pela sondagem da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o reajuste ponderado de custos foi de 22,8% de janeiro a agosto deste ano. Já o porcentual das empresas que pretendem repassar esses preços ao consumidor varia de 37,4% (vão repassar totalmente o reajuste) a 58,5% (repasse parcial). Uma alternativa apontada por 60,9% dos consultados foi "buscar outros fornecedores por menor preço".

"A questão do repasse é sempre um cabo de guerra. Só se repassa o quanto o mercado aguenta, pois há concorrência. Embora estejamos pressionados nos custos, principalmente em razão do câmbio", diz André Rebelo, economista e assessor de assuntos estratégicos da Fiesp. Ele explica que o poder de repasse limitado da indústria ao consumidor final explica o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ter uma variação maior em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo.

"Com o auxílio emergencial, temos uma demanda mais aquecida, enquanto a oferta de produtos é menor. Nessa situação, se o varejo endurecer demais nas negociações, pode ficar sem produtos", completa Terra.

Após cair ao longo do primeiro ano de governo, a popularidade do presidente Jair Bolsonaro disparou agora em setembro, na comparação com dezembro do ano passado. Pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a fatia da população que considera o governo ótimo ou bom é de 40%, 11 pontos a mais do que em dezembro de 2019 (29%). O índice é o maior desde o início do mandato.

A avaliação negativa, ou seja, aqueles que classificam a administração federal como ruim ou péssima caiu de 38% para 29% em nove meses. Entre uma pesquisa e outra, o País enfrentou a pandemia de covid-19, que matou 139.065 pessoas até quarta-feira, 23, de acordo com dados de levantamento feito por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL. Nesse período, o governo liberou um auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais e desempregados. Bolsonaro, porém, foi criticado pela postura em relação à crise sanitária.

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O Ibope também perguntou os entrevistados se aprovam ou desaprovam a maneira do presidente administrar o País. Nesse quesito, a aprovação pessoal de Bolsonaro subiu de 41% para 50%, voltando ao nível observado em abril de 2019 (51%). Foram consultadas 2 mil pessoas em 127 municípios no período de 17 a 20 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Em relação à primeira pesquisa do Ibope no governo Bolsonaro, em abril de 2019, a avaliação positiva do governo está maior. O presidente tinha 35% de ótimo e bom no início da administração e agora tem 40%. Entre os entrevistados, 29% consideram a gestão do chefe do Planalto como regular.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou nesta quinta-feira (17) uma série de medidas que considera essenciais para a retomada da economia, incluindo ações mais urgentes para um período de transição, permitindo que as empresas se mantenham funcionando até a recuperação completa. Para os industriais, mesmo com o relaxamento das medidas de distanciamento social e reabertura do comércio, o ritmo de crescimento será gradual e o governo precisará prolongar programas de financiamento e parcelamento de impostos.   

"No período de transição, dificilmente as empresas voltarão a operar em plena capacidade. O risco do contágio permanece, de modo que medidas de segurança impedem o retorno pleno ao trabalho, e parte significativa dos consumidores continuará temerosa de voltar a circular. É preciso garantir que as medidas emergenciais que buscaram evitar a falência de empresas, o aumento do desemprego e a perda significativa de renda das famílias não tenham sido em vão. É necessária a manutenção de algumas medidas por mais algum tempo, em especial os programas de financiamento e a flexibilização da legislação trabalhista", diz o documento Propostas para a Retomada do Crescimento Econômico.

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O estudo, lançado nesta quinta-feira, será entregue ao presidente Jair Bolsonaro, e aos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

No topo das medidas emergenciais, a CNI propõe a prorrogação dos principais programas de financiamento adotados durante a pandemia de covid-19, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac) e o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese). "Ainda que a atividade tenha sido retomada, os impactos financeiros da pandemia sobre famílias e empresas são mais duradouros. As empresas vão continuar necessitando de capital de giro para evitar a insolvência e manter os compromissos com clientes, bem como evitar demissões, durante a transição para a retomada", afirma o documento.

Para os empresários, esses programas devem seguir valendo pelo menos até junho de 2021, incluindo aportes adicionais do Tesouro Nacional nos programas que apresentarem escassez de recursos para as operações. 

A manutenção da política de aumento da liquidez no mercado financeiro e da redução da taxa de juros, em especial do spread bancário (diferença entre taxa de captação do dinheiro pelos bancos e a cobrada dos clientes), também fazem parte do rol de medidas financeiras propostas pela CNI.

Relações de trabalho

Os empresários ligados à CNI defendem ainda medidas para flexibilizar relações trabalhistas no contexto da pandemia, incluindo simplificação nas regras para o teletrabalho, adoção de novas formas de contratação de trabalho, adaptáveis à variação das demandas e às horas, e aumento da permissão de contratação de trabalhador por prazo determinado por até 24 meses.

Parcelamento de tributos

Outra demanda da CNI para o período de transição até a retomada da economia é o parcelamento, em pelo menos 12 vezes, dos tributos que tiveram a cobrança adiada durante a pandemia. Desde abril, o Ministério da Economia adiou a cobrança de impostos como a contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). "Vale lembrar que o não pagamento de tributos ocorre justamente para viabilizar o cumprimento das demais obrigações financeiras que as empresas possuem. Muitas vezes, é a única opção encontrada pelas empresas para obter algum alívio de caixa e, assim, conseguir se manter em operação", destaca a confederação.

O documento ainda propõe a adoção de um programa de parcelamento de débitos das empresas com a União, que inclua amplas condições de uso de créditos tributários, próprios e de terceiros, para compensação com as dívidas tributárias; o uso de precatórios para quitação de dívidas de qualquer natureza; e a monetização do prejuízo fiscal em 2020, para que prejuízos sofridos pelas empresas este ano possam ser integralmente usados como créditos ou ressarcidos em dinheiro.

Reformas estruturais

Além das medidas emergenciais, a CNI aponta em seu documento um conjunto de 14 propostas mais amplas, que a entidade considera essenciais para a melhoria do ambiente de negócios no Brasil. A principal delas é a aprovação de uma reforma tributária, que inclua a adoção do imposto único sobre o consumo de bens e serviços, em substituição aos demais impostos, com alíquota uniforme.

A indústria também pede a aprovação do novo marco regulatório do setor de gás natural em tramitação no Congresso Nacional, que muda o regime de exploração de gasodutos no Brasil, passando de concessão para autorização. A proposta também quebra o monopólio dos estados na distribuição do combustível. 

Outra medida incluída entre as propostas da CNI é a reforma administrativa, enviada pelo governo ao Congresso Nacional há duas semanas, e que prevê o fim do regime jurídico único para servidores públicos e a adoção de novas formas de contratação de funcionários públicos, com flexibilização da estabilidade funcional para a maior parte do servidores.  

De acordo com os Indicadores Industriais divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, 5, o faturamento das fábricas brasileiras cresceu pelo segundo mês em junho, registrando alta de 9,3% ante maio, já considerando os efeitos sazonais entre os dois meses. Na comparação com junho do ano passado, porém, houve recuo de 2,6%.

A melhoria nos últimos dois meses não foi suficiente para reverter os recuos nos meses anteriores e, no ano, o faturamento acumula queda de 7,1% em relação ao mesmo, período de 2019.

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Já o emprego na indústria cresceu 0,2% em junho ante maio, depois de quatro meses de recuo. Continua caindo 4,4%, porém, na comparação com o mesmo mês do ano passado. De janeiro a junho, o emprego no setor encolheu 2,4%.

A recuperação no faturamento teve reflexo nas horas trabalhadas nas fábricas, que cresceram 6,8% em relação a maio, considerando o ajuste sazonal.

Com isso, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) na indústria chegou a 71,8% em junho, alta de 0,9 pontos porcentuais em relação ao mês anterior.

Já a massa salarial real na indústria aumentou 8,8% em relação a maio, mas recuou 8,7% na comparação com junho de 2019. O rendimento médio real no setor teve alta de 8,1% no mês, mas queda de 4,5% no comparativo anual.

"Essas altas de junho podem ser explicadas pelo fim de acordos de suspensão do contrato de trabalho e/ou redução de jornada e de salário", disse a CNI.

O mês de abril foi um piores da história para a indústria, segundo a pesquisa Indicadores Industriais divulgada nesta terça-feira (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com março, todos os índices do estudo registraram em abril "quedas sem precedentes, as mais acentuadas de suas respectivas séries".

No mês de abril, o faturamento real do setor caiu 23,3%, as horas trabalhadas na produção recuaram 19,4% e o emprego registrou retração de 2,3%.

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Além disso, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu 6,6 pontos porcentuais em abril na comparação com março, para 69,6%, representando a maior ociosidade do parque produtivo da série iniciada em 2003.

Para a CNI, o resultado de abril é o retrato dos danos causados à indústria pela redução intensa e duradoura na demanda em virtude da crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

"Abril foi o pico da crise, pois tivemos medidas de isolamento social na maioria das grandes cidades durante todo o mês. Nossa expectativa é que a economia comece a retomar em junho, ainda que seja possível que o cenário apresente uma leve melhora em maio, com a redução das restrições no fim do mês", diz o gerente executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.

O estudo revela ainda que, além do faturamento, do emprego e das horas trabalhadas, a massa salarial e o rendimento médio do trabalhador também caíram em abril, com recuos de 9,5% e 6,5%, respectivamente. "As quedas recordes refletem o agravamento da crise sobre a atividade industrial. A queda da demanda foi ainda mais intensa que no mês anterior, uma vez que o isolamento social ficou em vigor durante todo o mês, diferentemente de março, quando o endurecimento se deu na segunda quinzena", cita a pesquisa.

Sobre o faturamento de abril, que caiu 23,3% em relação a março, na série livre de influências sazonais, a CNI ressalta que se trata da queda mais acentuada desde o início da série histórica, em 2003. "É o segundo mês seguido de queda do faturamento, que acumulou, em março e abril, queda de 26,6%. Na série sem ajuste sazonal, o faturamento de abril de 2020 é o mais baixo da série".

Quanto ao dado do emprego, a entidade também destaca que a queda foi a mais acentuada da série. "É a maior queda mensal da série e a terceira consecutiva. Nos últimos três meses, o emprego se reduziu em 2,9%. Considerando a série sem ajuste sazonal, o emprego industrial é o menor desde o início de 2004."

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) espera um recuo de 4,2% na atividade econômica brasileira em 2020, podendo chegar a 7,3% no pior dos cenários. Com o avanço da pandemia do novo coronavírus, a entidade reviu nesta segunda-feira (11) sua última projeção, do fim do ano passado, que era de crescimento de 2,5% neste ano. Diante das incertezas, a confederação traçou três cenários. Enquanto no base, considerado o mais provável, a retração fica nos 4,2%, no pessimista, a economia encolhe 7,3%. Já no cenário otimista e menos provável, o PIB cai 0,9% em 2020. Os dados são do Informe Conjuntural da entidade, publicado nesta segunda.

"O grau de sucesso das medidas econômicas, para reduzir os impactos da crise provocada pelo coronavírus, e a extensão da quarentena serão determinantes para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano", afirma a CNI.

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A avaliação é que a queda de 4,2% ocorrerá se as políticas de auxílio econômico forem suficientes para impedir o fechamento de empresas e a queda na renda. Neste cenário, o isolamento social começaria a ser flexibilizado ainda em maio.

No cenário base, o recuo do PIB industrial chega a 3,9%. A previsão anterior era de alta de 2,8%. Já na previsão mais pessimista, a queda será de 7%. Na mais otimista, retração de 1,8%.

Inflação e juros

A CNI prevê queda da inflação e nova redução na taxa básica de juros. De acordo com o Informe Conjuntural, a expectativa é que o IPCA feche o ano em 1,97%, no chamado cenário base, considerado o mais provável. No cenário pessimista, o indicador fecha o ano em 0,80% e, no otimista, 2,90%. No fim do ano passado, a entidade projetava inflação em 3,70% em 2020.

Com isso, a expectativa da confederação é de que haja nova redução na taxa Selic, chegando a 2,50% no fim do ano tanto no cenário base, quanto no otimista. Na pior das hipóteses, esse número poderá chegar a 2,25%. No fim do ano passado, a expectativa era de Selic em 4,5% em 2020.

Houve piora também na previsão para a taxa de desemprego, que passou de estimativa de 11,3% para 12,5%, podendo chegar a 13,5% no pior cenário.

Para o câmbio, a projeção da entidade para a média do ano passou de R$ 4,05 para R$ 4,68.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, 72 anos, foi diagnosticado com o novo coronavírus. Andrade integrou a comitiva do presidente Jair Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos, na semana passada. Com a confirmação do caso, já são 12 o número de pessoas que foram na viagem e contraíram a covid-19.

Segundo a assessoria da CNI, Andrade está bem, em isolamento domiciliar, e assintomático.

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Durante a viagem, ele teve contato com o presidente Bolsonaro e o secretário de Comunicação da presidência da República, Fabio Wajngarten, que foi a primeira autoridade do governo federal a ser diagnosticada com o coronavírus.

Além de Wajngarten, tiveram resultado positivo para coronavírus o secretário-adjunto de Comunicação, Samy Liberman; o encarregado de Negócios do Brasil nos Estados Unidos, o embaixador Nestor Forster; o senador Nelsinho Trad (PTB-MS); e o chefe do cerimonial do Itamaraty, Alan Coelho de Séllos. Também confirmaram diagnóstico a advogada Karina Kufa e o publicitário Sérgio Lima, respectivamente tesoureira e marqueteiro do Aliança do Brasil, que viajaram em voo comercial para os Estados Unidos.

Além disso, outros quatro integrantes da equipe de apoio do voo que levou o presidente Bolsonaro aos Estados Unidos testaram positivo para o coronavírus.

Além dos 12 brasileiros, o prefeito de Miami, Francis Suarez, que recepcionou a comitiva brasileira, também está com a covid-19.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) protocolou, na última segunda-feira (3), no Supremo Tribunal Federal (STF), uma ação contestando a regra trabalhista que dá estabilidade a pessoas que vivem com o vírus HIV. A CNI é contrária a uma súmula editada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em 2012, que impede a demissão de funcionários soropositivos. 

"Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração do emprego", diz a súmula 443.

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Para a confederação, o documento cria instabilidade jurídica porque "o empregado se vê obrigado a provar que demitiu por razão que não a doença, o que, na prática, acaba por transformar toda e qualquer demissão em discriminatória".

De acordo com o superintendente jurídico da CNI, Cassio Borges, a regra seria um excesso. "É um excesso, uma inversão descabida do ônus da prova que torna abusiva toda e qualquer demissão, praticamente afastando o direito do empregador de demitir sem justa causa", ele disse ao jornal BBC. 

A CNI pede que a norma seja declarada inconstitucional. A relatora é a ministra Cármen Lúcia. 

Fala do presidente

Na quarta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro defendeu a campanha de abstinência sexual proposta pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Durante a fala, Bolsonaro disse que o portador do HIV é "uma despesa para todos no Brasil". "Uma pessoa com HIV, além do problema sério para ela, é uma despesa para todos aqui no Brasil. Agora, essa liberdade que pregaram ao longo de PT, tudo, de que vale tudo, se glamouriza certos comportamentos que um chefe de família não concorda, chega a esse ponto. Uma depravação total. Não se respeita nem sala de aula mais", falou.

O presidente também citou o caso de uma mulher que teve o primeiro filho aos 12 anos e contraiu o vírus HIV posteriormente. A fala gerou críticas e notas de repúdio de associações que combatem o preconceito contra quem convive com o vírus.

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