Após anos de pessimismo durante a recessão, a indústria brasileira fechará 2017 com a confiança em alta. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) voltou a subir em dezembro e chegou ao seu melhor patamar desde novembro de 2012. Em uma escala na qual valores acima de 50 pontos significam otimismo, o indicador teve alta de 1,8 ponto no mês e irá encerrar o ano em 58,3 pontos.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 18, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para se ter uma ideia da evolução da confiança do setor ao longo deste ano, a diferença em relação na dezembro de 2016 é de 10,3 pontos. O resultado deste mês inclusive se mantém bem acima da média histórica do indicador, que é de 54,1 pontos.
##RECOMENDA##"O Icei avançou em dezembro por conta de uma combinação de melhores condições de negócios e perspectivas mais otimistas", definiu a CNI, no documento.
O Índice de Condições Atuais melhorou 1,4 ponto em dezembro e chegou a 52,9 pontos, o melhor nível desde fevereiro de 2011, ainda no começo do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. Na comparação com o fim do ano passado, esse componente do Icei melhorou 12,2 pontos.
"Acima da linha dos 50 pontos pelo quarto mês consecutivo, o índice vem se afastando dessa linha divisória, revelando que o empresário enxerga melhora cada vez mais significativa das condições correntes de negócios", avaliou a CNI.
A avaliação sobre as condições atuais da economia brasileira passou de 50,8 pontos para 52,6 pontos. A avaliação sobre a situação das próprias empresas passou de 51,9 pontos para 53,0 pontos.
Olhando para os próximos seis meses, o Índice de Expectativas também mostra que há mais otimismo do setor para 2018. Esse componente do Icei aumentou 2,1 pontos em relação a novembro, chegando a 61,0 pontos. A última vez em que o indicador havia superado os 60 pontos foi em março de 2013. Na comparação com dezembro do ano passado, a evolução foi de 9,4 pontos.
As perspectivas sobre a economia brasileira passaram de 55,2 pontos para 57,9 pontos. As expectativas com relação às próprias empresas passaram de 61 pontos para 62,5 pontos.
Foram entrevistadas 2.852 grandes, médias e pequenas empresas entre os dias 1 e 13 de dezembro.