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A população que ganha até um salário mínimo é a que mais aguarda por saldões para adquirir bens de maior valor, como eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Na faixa de renda de até cinco salários mínimos, 60% afirmam que esperam os períodos de menor preço. Já entre os consumidores mais pobres, o índice sobe para 75%. Os dados são da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (14).

Para Renato Fonseca, gerente de pesquisa e competitividade da CNI, a recessão econômica e a desigualdade social acabaram favorecendo o surgimento de consumidores mais conscientes. "A necessidade faz as pessoas terem um consumo mais amadurecido, não há aquele impulso. O consumidor quer comprar logo, mas com a redução do orçamento familiar há o estímulo pelo período de promoções, como o Dia das Mães ou a Black Friday", explica.

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Na última edição da pesquisa, realizada em 2013, a média geral dos que planejam a compra era de 64%. Já em 2019, o porcentual ficou em 71%.

Os consumidores até um salário mínimo também são mais atentos nos critérios de pós-venda: enquanto 78% deles afirmam que a assistência técnica e relacionamento com a marca são fatores importantes, o porcentual é de 69% entre quem ganha até cinco salários mínimos. "As pessoas de renda mais baixa não têm muita opção, não vão poder trocar de televisão a cada dois anos, vão ter que esperar cinco ou dez anos. Eles, então, acabam prestando atenção na garantia e no serviço de manutenção", explica.

De forma geral, a preocupação com o pós-venda aumentou entre todas as faixas de renda: passou de 65% em 2013 para 74% em 2019. Fonseca explica que a internet é uma grande aliada na pesquisa de preços e em outros critérios importantes para a decisão de compra, como comparação de características técnicas e experiência do usuário. "Há uma facilidade muito grande no acesso a comentários de outros consumidores. Eles não vão comprar nenhum produto que deu errado ou teve um pós-venda ruim. Nós começamos a ter um consumidor brasileiro mais empoderado", afirma.

Os preços são o principal critério apontado na escolha da compra e foram mencionados por 49% dos entrevistados. Em seguida vem a qualidade, com 47% dos votos, e a preferência por marca com 34%. O fator menos relevante para os entrevistados foi a propaganda, mencionada como importante por 4%.

Pechincha

Enquanto 81% do total de entrevistados afirmou que tem o hábito de pechinchar, o porcentual cai para 73% entre a população de 16 a 24 anos. Para Fonseca, há duas hipóteses para a menor procura de preços baixos entre os mais jovens.

A primeira é de que, com maior destreza no uso do comércio eletrônico, essa faixa etária já encontre preços mais competitivos e não negocie de forma direta com os varejistas. Outra possibilidade é que o momento histórico de instabilidade de preços tenha criado o hábito com mais força entre os mais velhos. "Pode ser uma questão cultural das pessoas mais velhas, que viveram em um momento de alta inflação e eram obrigadas a sair de mercado em mercado comparando preços", supõe.

Busca por qualidade

O principal fator de compra para os jovens é qualidade: o item foi o primeiro mencionado por 54% deles. O porcentual entre consumidores acima de 55 anos cai para 35%.

No recorte por classe social, a qualidade também é mencionada, mas de forma distinta entre as faixas de renda: enquanto os consumidores com renda de até um salário mínimo buscam melhor preço (54%) do que qualidade (38%), quem ganha até cinco salários mínimos prioriza a qualidade, com 57% da preferência contra 37% do menor valor.

"É importante que o país tenha um consumidor que exige qualidade e bom preço. Não é só comprar um bem, ele quer que o serviço seja de qualidade de forma contínua. Isso gera uma outra preocupação na própria indústria", afirma Renato Fonseca.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios, entre 19 e 22 de setembro de 2019.

Se em 2019 a retomada do emprego e o crescimento da economia nacional caminharam a passos lentos, a expectativa dos economistas e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é que 2020 será de expansão - só o Produto Interno Bruto (PIB) deve chegar a 2,5%. A atividade econômica deve ser impulsionada pela expansão de 2,8% do PIB industrial e pelo aumento do investimento, que deve crescer 6,5% - se firmando como o fator de promoção da recuperação da economia brasileira, segundo aponta a CNI. 

De acordo com o estudo da Confederação, a aceleração da segunda metade de 2019 é sinal de que haverá crescimento mais sólido nos próximos 12 meses de 2020. O economista Écio Costa afirma que o próximo ano vai ser de gente consumindo mais e, provavelmente, de mais indústrias produzindo - o que pode resultar na necessidade de contratação de mais mão de obra. 

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Costa aponta que 2019 “foi um ano de inflação controlada, até porque a economia não está crescendo em um ritmo forte, então existe ociosidade por parte das indústrias e como há uma ociosidade a gente acaba não tendo uma pressão sobre os preços. O desemprego vem caindo, mas num ritmo muito lento e acaba fazendo com que a economia termine também não crescendo, já que uma coisa alimenta a outra”, ressalta o economista.

Entre as ações que auxiliaram para a alavancada da economia no final de 2019 está a liberação do saque imediato do FGTS, que injetou mais de R$ 3 bilhões. Écio Costa reforça que a aceleração da economia se deu pelo consumo, já que o crédito “está mais barato e mais disponível”. O economista avalia que, por conta disso, “as famílias estão conseguindo renegociar algumas dívidas, estão conseguindo crédito com as taxas mais baixas e isso tem ajudado a fomentar o consumo”.

Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, pontua o seguinte: "Estamos passando por um período de reformas estruturais, de cunho liberalizante. Essas reformas, em especial as que se destinam a modernizar os regimes trabalhista, previdenciário e tributário, estão sedimentando o terreno para o aumento do consumo, dos investimentos e da produção. Com isso, certamente teremos um crescimento maior e melhor em 2020”.

Perspectivas divulgadas pela CNI

As perspectivas também são positivas para outros indicadores da economia. A expectativa é de que a inflação – medida pelo IPCA – encerre 2019 em 3,7%, abaixo da meta pelo quarto ano consecutivo. Espera-se que a taxa Selic permaneça no patamar estabelecido na última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), em 4,5% ao ano ao longo de 2020. 

Em relação ao mercado de trabalho, a expectativa é de que a retomada da atividade econômica viabilizará o crescimento mais robusto de vagas formais e a geração de empregos de maior qualidade, que pagam melhores salários. Isso deve ter efeitos positivos no rendimento médio real da população e na massa salarial, no próximo ano, que devem crescer 1,6% e 3,4%, respectivamente. Em relação à taxa média de desemprego, a previsão é de que caia de 11,9% para 11,3% na média anual.

O porcentual de empresas que pretendem investir em 2020 aumentou para 84% em 2020, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria. O número é o maior desde 2014, quando alcançou 85%.

Na pesquisa feita no ano passado, 80% dos empresários pretendiam investir em 2019. A pesquisa mostrou, porém, que apenas 74% das empresas efetivaram investimentos neste ano.

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Das empresas que não pretendem investir em 2020, 36% afirmaram que existe necessidade, mas a empresa não consegue investir. O principal objetivo dos investimentos previstos para 2020 é a melhoria do processo produtivo (36%) e aumento da capacidade da linha produtiva (23%).

A maioria dos investimentos é para aquisição de máquinas (67%). A maior parte do investimento é para o mercado interno (36%), mas aumentou a fatia das empresas que querem investir de olho no mercado externo (de 7% para 9%) e que investem igualmente para os mercados interno e externo (de 25% para 36%).

Crédito

Entre as causas que frustraram os planos de investimentos para 2019 está a reavaliação quanto ao mercado doméstico dos produtos (49%), o aumento inesperado no custo do investimento (34%) e a dificuldade de acesso ao crédito (30%).

Dos recursos empregados, 72% são próprios, 14% de bancos privados e 9% de bancos oficiais de investimentos.

Os industriais brasileiros têm uma avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro. De acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 60% deles consideram o governo ótimo ou bom, e apenas 7% avaliam como ruim ou péssimo; 26% acham que o governo é regular.

Os dados da Sondagem Especial: Avaliação do Governo pelo Empresário Industrial foram apresentados durante cerimônia na sede da CNI, em Brasília, ocasião em que o presidente Bolsonaro recebeu o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial. Segundo a CNI, a condecoração é “um reconhecimento da indústria brasileira ao esforço do governo federal no avanço de pautas que tornam o Brasil mais moderno e competitivo”.

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Ao agradecer a homenagem, Bolsonaro afirmou que é preciso “aproveitar essa oportunidade” em que o Brasil está mudando e recuperando a confiança dos empresários locais e dos investidores internacionais. “O brasileiro tem capacidade enorme de criar, inovar e é um excelente empreendedor. Ele precisa ter liberdade, não ter o Estado atrapalhando seu trabalho”, disse o presidente sobre o interesse do governo em desburocratizar o ambiente de negócios no Brasil.

Para a CNI, entre as medidas importantes tomadas pelo governo este ano estão a reforma da Previdência, a assinatura do acordo de livro comércio entre o Mercosul e aUnião Europeia, o avanço na agenda de concessões na área de infraestrutura e de modernização das relações de trabalho e a contribuição com medidas que promovem o aumento da segurança jurídica e reduzem a intervenção do Estado.

Durante a evento, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, apresentou os números do setor e os projetos e ações da entidade, do Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para o desenvolvimento da indústria brasileira. Para Andrade, as reformas estruturais, em especial a da Previdência e a tributária, favorecerão o retorno da estabilidade macroeconômica e o aumento dos investimentos e da produção.

“Aqui temos empresários industriais que tem dedicado um grande esforço ao desenvolvimento do Brasil e à geração de emprego e que vieram aqui, no final de ano, para cumprimentá-lo e para lhe mostrar que a indústria brasileira o tem apoiado e tem registrado os avanços que o Brasil tem tido nesses meses, neste ano. Estamos na fase de comemorar e certamente de trabalharmos juntos para 2020 ser um ano melhor ainda”, disse Andrade a Bolsonaro.

Na cerimônia, também foram assinados dois acordos de cooperação técnica entre a União e o Sesi e o Senai para oferta de matrículas em cursos de formação e acompanhamento pedagógico em cursos profissionalizantes para jovens inscritos no Cadastro Único.

A solenidade reuniu os presidentes das federações estaduais e cerca de 650 empresários. Também estavam presentes parlamentares e, acompanhando Bolsonaro, os ministros da Economia, Paulo Guedes, da Cidadania, Osmar Terra, da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.

A Ordem do Mérito Industrial foi criada em 1958 para premiar personalidades e instituições reconhecidas pela indústria brasileira. O Grande Colar é destinado somente a presidentes da República.

Pesquisa

A pesquisa da CNI sobre o governo Bolsonaro ouviu 1.914 empresários de todo país, entre os dias 2 e 10 deste mês. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e a confiança, de 95%.

O governo é mais bem avaliado pelos empresários do Sul. Naquela região, 71% dizem que o governo é ótimo ou bom. No Centro-Oeste, esse número é de 68%. No Norte, é de 62% e, no Sudeste, de 57%. De acordo com a CNI, a Região Nordeste é onde os empresários industriais aprovam menos o governo, ainda assim, 50% avaliam o avaliam como ótimo ou bom.

Além disso, 65% dos entrevistados confiam no presidente Bolsonaro e 64% aprovam sua maneira de governar.

A pesquisa mostra ainda que as ações do governo nas áreas de relações do trabalho e de juros são as mais bem avaliadas pelos industriais. Entre os entrevistados 64% consideram ótima ou boa a atuação do governo em relações de trabalho. Na área de taxa de juros, o percentual é de 63%. A terceira área com melhor avaliação é a redução da burocracia, considerada ótima ou boa por 47%.

Também foi apresentado, nesta quarta-feira, levantamento da CNI/Ibope com as perspectivas da população sobre a economia. Quase metade (49%) da população acredita que a situação econômica do país vai melhorar em 2020, 24% dizem que ficará igual e 24%, que vai piorar.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 5 e 8 deste mês. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.

As publicações completas estão disponíveis na página da CNI.

Ex-combatente

Antes do evento na CNI, Bolsonaro fez uma visita de cortesia ao ex-combatente da Segunda Guerra Mundial Carlos Santiago de Amorim, de 96 anos. "Estou muito feliz de conhecer um herói vivo do Brasil – este, sim, é um exemplo a ser seguido, arriscou a vida pela nossa liberdade", disse o presidente da janela de um apartamento no quarto andar de um predio localizado no Sudoeste, bairro próximo ao centro da capital federal.

 

A política do governo de redução da taxa Selic tem a concordância de 70% da população, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira, 11. Dos entrevistados, 78% também aprovam parcial ou totalmente a manutenção da meta da inflação.

Os dados da pesquisa são relacionados a perguntas que ainda não haviam sido feitas em sondagens CNI/Ibope. O levantamento foi realizado com 2 mil eleitores de 16 anos ou mais em 127 municípios de todo país, de 5 a 8 de dezembro de 2019. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais e o grau de confiança é de 95%.

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A pesquisa foi apresentada em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para homenagear o presidente da República, Jair Bolsonaro, com o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial da confederação.

Previdência

Pouco mais da metade (52%) concorda com a proposta de reforma da Previdência, enquanto 43% discordam e 5% não souberam responder ou é indiferente. Já a apresentação do pacote anticrime no Congresso Nacional foi aprovada por 62% da população. O mesmo porcentual concorda com a aprovação da Lei de Liberdade Econômica.

Privatizações

As privatizações e concessões em infraestrutura, como de portos e aeroportos, têm a aprovação de 57% das pessoas. Outros 54% concordam com a aproximação do governo brasileiro junto aos Estados Unidos e 66% com a realização de acordo entre o Mercosul e a União Europeia e a busca de outros acordos comerciais.

Sistema bancário

Em relação ao funcionamento do sistema bancário, a permissão de abertura de agências bancárias aos sábados foi aprovada por 76%, enquanto 68% aprovam totalmente ou em parte a redução da quantidade de ministérios e o aumento para 8h na jornada de trabalho dos bancários.

Demais assuntos

Já 76% concordam com a criação do 13º salário para o Bolsa Família. Sobre a criação da carteirinha estudantil digital, 88% dos entrevistados concordam totalmente ou em parte com a medida. O mesmo porcentual concorda com a liberação dos recursos do FGTS para os trabalhadores. A carteira de trabalho verde e amarela, que garante a redução dos imposto e do FGTS na contratação de jovens, tem a aprovação de 74% dos participantes.

A tributação sobre a renda das empresas brasileiras é uma das mais elevadas do mundo, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, a alíquota nominal sobre as empresas que recolhem pelo regime de lucro real (regra geral para a apuração de tributos, determinada pelo lucro contábil acrescido de ajustes) é de 34%. Esse é o pior índice em um ranking com 18 países que competem diretamente com o Brasil no mercado internacional, segundo análise a partir da base de dados Tax Rates Online da KPMG, elaborada pela confederação.

O documento revela também que quando o total de impostos e contribuições recolhidos pelas empresas é medido como percentual do lucro, o Brasil está entre os últimos colocados. Essa proporção é de 65,1% no Brasil, à frente da Colômbia (71,9%) e da Argentina (106%), no comparativo internacional. Sob outra ótica, o valor registrado no Brasil chega a ser três vezes maior que o verificado para o Canadá (20,5%), o melhor colocado no ranking. Os números são do relatório Doing Business 2019, do Banco Mundial. Segundo o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, esse dado indica que cerca de dois terços dos resultados das empresas brasileiras são transferidos para o erário.

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Castelo Branco argumenta que a tributação elevada reduz a capacidade de investimento das empresas. “Isso é ruim porque grande parte dos investimentos é realizado a partir do lucro que as empresas conseguem separar para aumentar a sua capacidade produtiva”, disse.

O gerente da CNI acrescentou que como a tributação sobre a renda das empresas é mais alta do que em outros países, também fica reduzida a capacidade de atrair investimentos externos para o Brasil. “Na última década, vem sendo obervada uma tendência de redução da tributação sobre o lucro das empresas. Mais recentemente, os Estados Unidos e a Argentina reduziram, e a Europa já vem nesse movimento há muito tempo. Isso faz com que nós fiquemos atrasados nesse processo e com isso perdemos a nossa capacidade de atrair empresas estrangeiras para cá. Ou, no caso das empresas que já operam aqui, ficam sem capacidade de realizar novos investimentos porque suas matrizes preferem operar a partir de países que têm condições melhores de tributação”, afirmou, ao defender a redução no Brasil do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.

Reformas

Para a CNI, os dados reforçam a necessidade de reforma do sistema tributário brasileiro. A entidade defende prioridade para a reforma tributária, logo após a aprovação das alterações nas regras da Previdência. Na avaliação da CNI, além da redução da carga tributária, o sistema tributário deve perseguir a simplicidade, neutralidade, transparência e isonomia. Nesse primeiro momento, diz a CNI, o foco da reforma tributária deve ser a adoção de um Imposto sobre o Valor Adicionado (IVA) que permita a remoção da cumulatividade e simplifique o sistema.

De acordo com a confederação, em função da cumulatividade, empresas não conseguem compensar parte de tributos – ou a totalidade deles – paga em etapas anteriores do processo produtivo. Essa dinâmica torna os produtos fabricados no Brasil mais caros. Na maioria dos países, diz a CNI, os seis tributos que, no Brasil, incidem sobre a circulação de bens e serviços – PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, Combustíveis e ISS – são substituídos por apenas um, o IVA. O último grande país que ainda tinha um IVA fora do padrão global era a Índia, que já promoveu uma reforma.

Atualmente há duas proposta de emenda à Constituição em tramitação no Congresso – a PEC Nº 45 na Câmara dos Deputados e a PEC Nº 110 no Senado. O governo também pretende enviar ao Congresso uma proposta de reforma tributária, que ainda não foi detalhada.

“A expectativa é que a reforma não vai alterar a carga tributária global da economia, mas deve buscar promover um sistema mais eficiente. Hoje temos um sistema muito desigual, alguns segmentos têm uma tributação mais elevada que outros. No caso da indústria, é um dos segmentos mais tributados da economia. Em outros países, às vezes tem disparidade, mas poucos têm uma desigualdade tão grande.”, disse Castelo Branco.

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta quarta-feira (25), a pesquisa CNI-Ibope do terceiro trimestre de 2019. Segundo o levantamento, a parcela da população que considera o governo Jair Bolsonaro ótimo ou bom oscilou de 32% para 31%, em relação à edição de junho. O percentual dos brasileiros que avalia a atual administração como ruim ou péssima oscilou de 32% para 34%, no comparativo. As variações ocorreram dentro da margem de erro da pesquisa. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas, em 126 municípios, entre 19 e 22 de setembro. 

Metade dos brasileiros afirma desaprovar a maneira de governo do presidente Bolsonaro, ante 48% do levantamento anterior. Entre os ouvidos, 44% disseram aprovar, em comparação com 46%, aferido na pesquisa de junho. A confiança no presidente segue mesma tendência: 42% dos entrevistados disseram confiar no presidente, enquanto 55% não confiam. Na última edição, 46% dos brasileiros confiavam no presidente, contra 51% que afirmaram não confiar.

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A pesquisa também avalia a atuação do governo em nove áreas. A segurança pública segue como área mais bem avaliada do atual governo, aprovada por 51% dos brasileiros, seguida da educação (44%), de combate à inflação (42%) e meio ambiente (40%). O combate à fome e à pobreza tem avaliação positiva de 38%; a saúde, de 38%; o combate ao desemprego, de 36%; os impostos, de 32%; e os juros, de 31%.

As perspectivas em relação ao restante do governo Jair Bolsonaro também oscilaram dentro da margem de erro da pesquisa. Para 37% dos entrevistados, os próximos três anos de mandato serão ótimos ou bons, ante 39% da pesquisa anterior. Na contramão, 31% dos brasileiros consideram que o governo será ruim ou péssimo, em comparação com 29% da pesquisa anterior.

REGIÕES E ESCOLARIDADE – A popularidade do governo Jair Bolsonaro segue menor no Nordeste, onde 20% avaliam o governo como ótimo ou bom e 47% avaliam como ruim ou péssimo. Na região Sul, onde a taxa de aprovação se mostrava mais elevada, a parcela que considera a atual administração ótima ou boa caiu de 52% para 36%, enquanto os que a percebem como ruim ou péssima subiu de 18% para 28%.

O governo é mais bem avaliado entre os entrevistados com educação superior. Neste estrato, 37% dos ouvidos avaliam o governo como ótimo ou bom. Entre a população com até a quarta série do ensino fundamental, 30% aprovam o governo e, entre aqueles com educação fundamental, 29%.

GOVERNO TEMER – Para 43% dos entrevistados, atual administração é melhor que a de Michel Temer (2016-2018) – a parcela era de 47%, em junho. A pesquisa mostra, ainda, que 33% dos ouvidos consideram os governos iguais e 20% a avaliam como pior, ante 17% na última edição.

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. 

Da assessoria da CNI

O faturamento da indústria cresceu 2% em julho na comparação com junho, na série livre de ajustes sazonais. O dado consta da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esse foi o segundo mês consecutivo de alta do faturamento, mas, apesar disso, o aumento não foi acompanhado do crescimento das horas trabalhadas na produção ou do emprego, que tiveram queda pelo terceiro mês consecutivo.

As horas trabalhadas, após o ajuste sazonal, tiveram queda de 0,5% em julho na comparação com o mês anterior, acumulando recuo de 1,1% nos últimos três meses. Já o emprego, teve recuo de 0,1% no mês. O rendimento médio apresentou recuo também, de 0,2% no mês, acumulando queda de 0,9% nos dois últimos meses.

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A pesquisa aponta que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) de julho atingiu 77,7%, o que significa um aumento de 0,1 ponto porcentual.

"A indústria continua sem registrar recuperação significativa na comparação com 2018. Na verdade, todos os indicadores mostram queda, ainda que inferiores a 1%, na comparação com julho de 2018", destaca a CNI. Na avaliação da entidade, a indústria ainda se ressente de uma demanda mais forte, que estimule o aumento da produção e a ocupação da capacidade instalada. "A redução da ociosidade é fundamental para a retomada do investimento, o que aceleraria a recuperação da indústria", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

O Índice do Medo do Desemprego cresceu 2,3 pontos em relação a abril e alcançou 59,3 pontos em junho. O indicador está acima da média histórica, que é de 49,9 pontos, mas está 8,6 pontos menor do que o registrado em junho de 2018, informa a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

 “A situação está um pouco melhor do que há um ano. Ainda assim há uma certa frustração com o mercado de trabalho que, na verdade, reflete o fraco desempenho da economia. Com isso, quem sai para procurar emprego não encontra tão facilmente”, diz o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.   

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Conforme a pesquisa, o medo é maior entre as pessoas com mais de 45 anos de idade e com menor grau de instrução. Entre os brasileiros que têm entre 45 e 54 anos, o índice do medo do desemprego subiu 7,1 pontos frente a abril e ficou em 60,1 pontos em junho. Entre as pessoas, cujo grau de instrução vai até a quarta série do ensino fundamental, o medo do desemprego aumentou 6,1 pontos na comparação com abril e atingiu 65,1 pontos em junho.

A pesquisa mostra ainda que o medo do desemprego é maior no Nordeste, onde o índice alcançou 66 pontos em junho. O índice é menor na região Sul, onde ficou em 47,9 pontos, abaixo da média nacional. 

Para reverter essa situação, é preciso, fundamentalmente, que o Brasil volte a criar empregos. “Com a economia crescendo e as empresas empregando mais, a população encontrará emprego mais facilmente e a confiança aumentará”, acrescenta Castelo Branco.

A frustração dos brasileiros nestes primeiros meses de 2019 também aparece no Índice de Satisfação com a Vida. O indicador caiu 0,5 ponto na comparação com abril e ficou em 67,4 pontos em junho, abaixo da média histórica de 69,6 pontos. Mesmo assim, está 2,6 pontos acima do verificado em junho de 2018. A queda na satisfação com a vida é maior entre as pessoas que têm curso superior. Nesse estrato da população, o Índice de Satisfação com a Vida caiu de 71,4 pontos em abril para 68,6 pontos em junho. 

O acompanhamento dos índices de satisfação com a vida e de medo do desemprego antecipa o que vai ocorrer com o consumo das famílias. Pessoas menos satisfeitas com a vida e com medo de perder o emprego tendem a reduzir o consumo, o que aumenta as dificuldades de recuperação da economia.   

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 20 e 23 de junho.

Da assessoria da CNI

A atividade industrial apresentou retração em maio na comparação com abril, conforme a pesquisa de Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O faturamento real (descontada a inflação medida pelo INPC) da indústria cedeu 2,2% no quinto mês do ano, na série com ajuste sazonal. Na comparação entre maio e o mesmo mês do ano passado, houve expansão de 17,6%.

De acordo com a CNI, a utilização da capacidade instalada passou de 77,7% em abril para 78,7% em maio. Na série com ajustes sazonais, o porcentual foi de 77,8% para 78,1% no período.

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A CNI informou ainda que o emprego na indústria cedeu 0,2% em maio, na série ajustada. Em relação a maio de 2018, houve baixa de 0,4%. No caso da massa salarial real (descontada a inflação medida pelo INPC), houve alta de 0,4% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, e baixa de 0,8% em relação a maio de 2018. Já o rendimento médio real subiu 0,5% em maio ante abril e cedeu 0,5% em relação a maio do ano passado.

Conforme os números da CNI, as horas trabalhadas na produção industrial brasileira também cederam em maio ante abril (queda de 0,2%), na série ajustada. Em relação a maio do ano passado, houve alta de 1,3%.

A Educação foi a área que mais pesou na queda da avaliação do governo Jair Bolsonaro entre abril e junho, mostra pesquisa feita pelo Ibope e divulgada nesta quinta-feira, 27, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O porcentual de pessoas que desaprova a atuação do governo no setor aumentou de 44% para 54% no período. A aprovação, por outro lado, caiu de 51% para 42%.

Para o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o bloqueio orçamentário nas universidades federais e as manifestações de rua em protesto contra o governo influenciaram a percepção das pessoas. "Uma das coisas que mais pesaram foi essa discussão em relação a verbas para educação trazida para as manifestações, que acabam chegando mais forte nos ouvidos da população", comentou Fonseca.

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A segurança pública continua sendo a área de atuação do governo com maior aprovação, de 54% (era 57% em abril). As supostas mensagens do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, divulgadas pelo site The Intercept Brasil não parecem ter impactado na avaliação, comentou o gerente da CNI. As áreas com maior desaprovação seguem sendo os impostos (61%) e a política de taxa de juros (59%) - que historicamente são alvos de críticas nas pesquisas do instituto.

As notícias mais lembradas pela população em junho, de acordo com a pesquisa, dizem respeito à reforma da Previdência (13%), ao decreto que flexibilizou a posse de arma de fogo em casa (10%) e à divulgação das supostas mensagens de Moro (8%). O Ibope não perguntou às pessoas, no entanto, se a percepção sobre as informações era positiva ou negativa.

O Ibope ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 20 e 26 de junho. O levantamento anterior havia sido realizado de 12 a 15 de abril. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.

A popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PSL), de fato, parece andar abalada. Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (27) pelo CNI-Ibope mostra que os três indicadores que medem a popularidade do presidente registraram uma piora entre os meses de abril de junho deste ano.

Agora, 32% dos brasileiros avaliam o governo como ruim ou péssimo. O número é 5% maior do que os 27% de abril. Já os que avaliam o governo como ótimo ou bom caíram de 35% para 32%,

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A desaprovação na maneira de governar de Bolsonaro subiu de 40% para 48%, enquanto a aprovação recuou de 51% para 46%. Outro dado negativo para o presidente foi o da confiança. Ela também caiu de 51% para 46%. O índice dos que não confiam em Bolsonaro subiu de 45% para 51%.

Com relação às ações e políticas desenvolvidas pelo governo do presidente, a área que tem maior nível de insatisfação é a educação. O percentual dos que desaprovam a atuação do governo na pasta subiu de 44% para 54%. Já o número dos que aprovam caiu de 51% para 42%.

A queda na popularidade do presidente é maior entre as mulheres, entre os entrevistados com até a quarta série da educação fundamental, entre os brasileiros com menor renda familiar e entre os residentes nas regiões Norte/Centro-Oeste e Nordeste. 

A indústria continua operando com ociosidade elevada. Segundo pesquisa Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira, 22, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), desde janeiro, o setor opera, em média, com 66% da utilização da capacidade instalada. "O nível de atividade permanece baixo, com elevada ociosidade do parque produtivo e a indústria está trabalhando com estoques indesejados pelo terceiro mês consecutivo", destaca o documento da CNI.

O índice de utilização de capacidade instalada em relação ao usual para o mês ficou em 42,4 pontos em abril, 1,4 ponto acima do registrado em março, mas ainda distante da linha dos 50 pontos.

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Os dados da pesquisa revelam um mês de abril de fraca atividade industrial e de redução do otimismo. O índice de produção registrou 49,6 pontos em abril e o índice de estoque em relação ao usual atingiu 51,3 pontos no mês passado. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda na produção e dos estoques frente ao mês anterior.

A Sondagem mostra ainda que em abril houve destruição de postos de trabalho na indústria. O índice de evolução do número de empregados ficou em 48,8 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos.

Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, a combinação de fraca produção industrial com acúmulo de estoques faz com que as empresas priorizem a venda dos produtos estocados antes de planejar o aumento da produção. "Se continuar esse cenário, a tendência é que se reduza a atividade industrial", afirma em nota divulgada pela CNI.

Com relação às expectativas dos empresários industriais, houve queda de todos os indicadores e a mais expressiva foi em relação à demanda, cujo indicador caiu 2 pontos frente a abril e atingiu 56,8 pontos neste mês. Mesmo com a retração, os valores estão acima dos 50 pontos, o que sinaliza otimismo.

"O otimismo ainda é bem elevado, apesar da fraca atividade. Houve um crescimento significativo desses indicadores e, agora, estamos passando por uma reavaliação das expectativas", destaca Azevedo.

O índice de expectativa para a quantidade exportada caiu de 54,1 pontos, em abril, para 53 pontos em maio. O indicador de perspectivas para compras de matéria-prima teve retração de 56,1 pontos para 54,6 pontos e o de número de empregados foi de 51,7 pontos para 51 pontos no período. A intenção de investimentos também caiu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu 52,5 pontos em maio.

A pesquisa da CNI foi realizada entre os dias 2 e 13 de maio, com 1.911 empresas.

A avaliação positiva (bom ou ótimo) do governo Jair Bolsonaro oscilou um ponto porcentual em abril (35%) em relação a março (34%), segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira, 24, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A oscilação foi dentro da margem de erro, de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. Com isso, Bolsonaro segue como o presidente com pior avaliação em início de primeiro mandato na série histórica.

Segundo o presidente do Ibope, Carlos Montenegro, a "empolgação" com o governo caiu em relação a janeiro, mas Bolsonaro segue bem aprovado entre seus eleitores. Desde o início do governo, o porcentual dos que consideram o governo bom ou ótimo caiu 14 pontos, de 49% para os atuais 35%.

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"No começo, ele ganhou uma gordura. Foi preservado pelo tempo que ficou no hospital, mas, com as confusões do governo, dos filhos, 'golden shower' e outras coisas, perdeu a gordura", disse. Para Montenegro, o crescimento do índice depende da economia e da geração de empregos.

A avaliação negativa (ruim ou péssimo) também oscilou na margem de erro, de 24% em março para 27% em abril - e também apresenta diferença considerável em comparação com o início da gestão, quando era de apenas 11%.

O governo é mais bem avaliado entre homens, moradores do Sul e pessoas com renda alta. Entre os sulistas, 44% avaliam o governo como bom ou ótimo. O Nordeste é a região com menor avaliação positiva: 25%.

Entre os homens, 38% o classificam como bom ou ótimo, contra 32% das mulheres. Dos que ganham mais de cinco salários, 45% avaliam o governo positivamente. Entre os que recebem até um salário, o índice é 27%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal em Pernambuco divulga, na manhã desta terça-feira (19), detalhes da Operação Fantoche, que  objetiva desarticular uma organização criminosa voltada a prática de crimes contra administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos envolvendo contratos com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S - que envolve Sesc, Senac e Senai.

Foram expedidos 10 mandados de prisão temporária. Desses, sete são em Pernambuco. Dentre os presos pernambucanos está o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, que foi detido em Brasília. Já dos nomes nacionais, destaca-se o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, também preso na capital federal.

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Os presos no Recife vão ser ouvidos na PF e depois encaminhados ao Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Dentro da operação, foram expedidos ainda 47 mandados de busca e apreensão sendo 29 em Pernambuco. 

Quatro empresas e um instituto são investigados pela operação da PF: Ateliê Produções Artísticas, Somar Intermediações, Idea Locação de Estruturas e Iluminação, a Aliança Comunicação e Cultura, além do Instituto Origami. Todas com sede no Recife.

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Investigação

Segundo a Polícia Federal, a investigação aponta que este grupo de empresas, sob a tutela de uma mesma família, teria criado empresas de fachada para, por meio de convênios fraudulentos, desviar verbas. A apuração inicial aponta que o grupo já recebeu R$ 400 milhões decorrentes desses contratos.

“A investigação começou há alguns anos, a partir de uma empresa que estava recebendo grande parte de recursos para eventos culturais. Percebeu-se que esses valores estavam superfaturados e que foram criadas empresas de fachada. Conseguimos identificar também que o dinheiro não era destinado totalmente a essas produções culturais", detalhou o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Renato Madsen.

"Queremos investigar até que ponto esse esquema partiu do sistema S daqui e reverberou em outros Estados", acrescentou.

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O que dizem os investigados

O LeiaJá entrou em contato com a Fiepe, que afirmou, por meio da assessoria, que "o presidente, Ricardo Essinger, está prestando esclarecimentos na Polícia Federal. Todos os processos atendem, criteriosamente, às exigências licitatórias previstas em lei e a equipe técnica da entidade está à disposição para contribuir com a documentação que for solicitada pelos responsáveis pela investigação".

O sistema S, por sua vez, negou que esteja envolvido em qualquer esquema de corrupção. "O Sistema Fecomércio/Senac/Sesc em Pernambuco esclarece à opinião pública que nenhuma de nossas instituições está envolvida na Operação Fantoche, da Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção por meio de convênios com o Ministério do Turismo e algumas entidades do Sistema S. Vale lembrar que o Sistema S é composto por nove instituições corporativas voltadas ao treinamento profissional, pesquisa e assistência técnica e social. O Sistema Fecomércio/Senac/Sesc-PE reafirma que não praticou nenhum ato ilícito e não é citado ou investigado em nenhuma operação ou processo criminal", diz a nota da instituição.

Já a CNI, que teve o presidente preso, disse que acredita que tudo será devidamente esclarecido. "A Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem conhecimento de que o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, está na Polícia Federal, em Brasília, prestando esclarecimentos sobre a operação deflagrada na manhã desta terça-feira (19/02). A CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades."

Em nota, o Ministério do Turismo informou que já tinha determinado auditoria completa em todos os instrumentos de repasse antes mesmo de tomar conhecimento da investigação da PF. A análise resultou no cancelamento de um contrato no valor de R$ 1 milhão. “O Ministério do Turismo, que não é alvo das buscas e apreensões da Operação Fantoche, está totalmente à disposição para colaborar com a investigação”, assegura a pasta, ao destacar que nenhum novo convênio foi assinado este ano.

Das demais empresas citadas, a Aliança Comunicação e Cultura disse que esta empenhada em prestar esclarecimentos à PF.

“A Aliança Comunicação e Cultura reafirma seu compromisso em produzir projetos culturais com conteúdo de altíssima qualidade, e que têm se traduzido em sucesso de público e de crítica por quase 20 anos. Ao longo desse tempo, levamos o que há de melhor no mundo das artes para mais de 10 milhões de brasileiros, em todos os estados da federação e no Distrito Federal, sempre com acesso gratuito. Reforçamos, ainda, que todos os nossos projetos passam por auditorias internas e externas, sem qualquer tipo de restrições quanto a qualidade e a entrega de TODOS os itens contratados. Nesse momento, estamos nos empenhando ao máximo para esclarecer todos os questionamentos levantados pela Polícia Federal. É do nosso maior interesse que tudo seja elucidado o mais rápido possível”, diz a íntegra do posicionamento.

Já o Instituto Origami ponderou que “é uma associação civil de direito privado, independente, sem fins lucrativos e apolítica. E informa que está colaborando com todas as demandas das autoridades no sentido de esclarecer eventuais dúvidas sobre os projetos que realiza”.

*Com a colaboração da repórter Giselly Santos

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), cresceu 0,6% em dezembro e alcançou 114,3 pontos. Essa é a sexta alta consecutiva e a maior desde março de 2013, ficando acima da média histórica de 107,8 pontos. Na comparação com dezembro de 2017, o aumento é de 13,7%. 

De acordo com a CNI, o otimismo recorde é resultado da melhora da expectativa dos brasileiros em relação às inflação, à renda pessoal, à situação financeira e ao emprego.

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"Em relação a novembro, o indicador de endividamento é o único que recua em dezembro, com queda de 0,3%, mostrando que o consumidor avalia que está mais endividado", destaca a confederação.

Além disso, a expectativa de compras de maior valor ficou estável na comparação com o mês passado e está 2,5% abaixo do registrado em dezembro do ano passado. Para a CNI, isso mostra que os brasileiros estão poucos dispostos a fazer compras de alto custo, como móveis e eletrodomésticos.

O presidente Michel Temer encerrará o mandato com rejeição de 85% dos brasileiros, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira (13), um dos mais baixos índices de popularidade desde o governo do ex-presidente José Sarney. Apesar do número ainda elevado, houve queda em relação a última pesquisa, em setembro, quando a rejeição era de 92%. Esse também é o menor porcentual de rejeição de Temer registrado pela pesquisa desde setembro de 2017.

A aprovação do atual presidente teve um crescimento de 6% para 9%. Outros 5% não souberam ou não quiseram responder. Esta é a última pesquisa realizada pela instituição este ano.

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Entre os que avaliam o governo Temer como ótimo ou bom, houve oscilação de 4% a 5% entre setembro e dezembro deste ano, dentro da margem porcentual de dois pontos para mais ou para menos.

O porcentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo caiu de 82% para 74% de setembro para dezembro. Neste mês, 18% avaliaram o governo como regular, um aumento de 6% percentuais em relação a última pesquisa.

O índice de confiança de Temer permaneceu estável: 90% afirmaram não confiar no atual presidente. O porcentual é o mesmo desde o ano passado. No entanto, aqueles que confiam no presidente cresceram de 5% para 7%, dentro da margem de erro.

A pesquisa foi realizada pelo Ibope entre os dia 29 de novembro e 2 de dezembro. Foram consultados 2.000 eleitores em 127 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O nível de confiança é de 95%.

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), aumentou 2,7% e chegou a 113,6 pontos em novembro, o maior nível desde janeiro de 2014. A alta também foi a quinta seguida do indicador, que está 5,8 pontos acima da média histórica de 107,8 pontos.

O Inec de novembro é 12,5% maior do que o registrado no mesmo mês de 2017. Para a confederação, a melhora da confiança é fundamental para o crescimento da economia, uma vez que consumidores mais confiantes têm mais probabilidade de comprar, gerando aumento da demanda, da produção, do emprego e dos investimentos.

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Segundo a entidade, o aumento do índice é resultado da melhora das perspectivas dos brasileiros sobre a inflação e o emprego. O indicador de expectativas para a inflação teve alta de 8,6% e o de desemprego aumentou 6,5% em relação a outubro. Na comparação com novembro do ano passado, o índice de expectativas de inflação subiu 25% e o de desemprego, 19,1%.

Além disso, o indicador de expectativa de renda cresceu 3,3% em relação a outubro e registrou um acréscimo de 17,9% frente a novembro de 2017, mostrando que os brasileiros esperam que a renda pessoal cresça nos próximos meses.

O indicador de endividamento também subiu e passou para 1,1% frente a outubro e está 15,8% maior do que o do mesmo mês do ano passado, isso significa que os brasileiros estão menos endividados.

Segundo o balanço da CNI, no entanto, os consumidores ainda estão inseguros em relação à situação financeira. O indicador fcou estável em novembro, embora esteja 16,6% acima do registrado no mesmo mês do ano passado, e continua abaixo de sua média histórica de 103,2 pontos.

Por outro lado, para a confederação, o aumento da confiança do consumidor cria as bases necessárias para a recuperação do consumo e a expectativa é que as compras deste fim de ano sejam melhores do que as de 2017.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), teve alta de 9,5 pontos em novembro e chegou a 63,2 pontos. Essa é a maior marca desde setembro de 2010, quando o indicador registrou 63,3 pontos.

Segundo a confederação, o aumento é generalizado uma vez que o Icei atingiu 65,7 pontos na indústria extrativa, 63,8 na de transformação e 60,7 na construção.

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O índice de confiança é maior nas grandes empresas, segmento que chegou a 63,9 pontos em novembro. Já nas pequenas, o índice ficou em 61,9 pontos e, nas médias, em 63 pontos.

"Conhecidos os resultados das eleições, há expectativas muito positivas em relação às mudanças que virão e às reformas que podem estimular o crescimento econômico e melhorar o ambiente de negócios", afirmou o gerente-executivo de Política Econômica do órgão, Flávio Castelo Branco.

O indicador sobre as condições das empresas e da economia saltou para 52,7 pontos neste mês. O de expectativas foi a 68,5 pontos, o que mostra o aumento do otimismo dos empresários em relação ao comportamento dos negócios e da economia nos próximos seis meses.

As propostas de abertura comercial que estão sendo estudadas pela equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, já provocaram reação negativa da indústria. Os projetos têm como ponto comum a redução unilateral - ou seja, sem exigência de contrapartidas - das tarifas de importação aplicadas pelo governo brasileiro a vários produtos. Essa estratégia contraria a posição da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para a qual a abertura deve ser feita por meio de acordos comerciais que prevejam alguma contrapartida para o País.

"Somos a favor da abertura, desde que seja por meio de acordos internacionais", disse o presidente da CNI, Robson Andrade. "Abertura unilateral, que benefício tem?" Ele defende que o Brasil receba algo em troca pela abertura de seu mercado. Por exemplo, novas tecnologias e inovações.

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Para Andrade, se as tarifas forem reduzidas abruptamente, o resultado pode ser a perda de investimentos que seriam feitos no País por empresas estrangeiras. Ele contou que esteve recentemente em Israel. "Lá tem milhares de startups interessadas em vir para cá", disse. "Mas, se elas puderem exportar para cá, elas não virão." Israel e as tecnologias desenvolvidas naquele país são objeto de admiração de Jair Bolsonaro.

Competitividade. O argumento para a redução das tarifas de importação, principalmente de bens de capital, bens de informática e algumas matérias-primas, é melhorar a competitividade da indústria brasileira. Em uma das propostas em estudo, elaborada por professores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a avaliação é que o corte nas tarifas teria como efeito a redução dos preços dos insumos industriais importados, com um impacto de 0,43% no PIB. "Nosso objetivo é reduzir tarifas de importação para gerar pressão competitiva", disse Lucas Ferraz, professor da FGV, durante o evento de apresentação do documento.

O consumidor também poderia ser beneficiado com a redução das tarifas de importação. Outro estudo, elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) do governo faz simulações e conclui que haveria uma redução no nível geral de preços de cerca de 5% com a liberalização, que chegaria a 16% em setores hoje muito protegidos, como automóveis, maquinários, couro têxteis e vestuários. Por outro lado, o nível de emprego se mantém quase inalterado (cai 0,0015%). O documento propõe a criação de uma política de requalificação para focar nos setores com maior potencial de empregabilidade.

O presidente da CNI, porém, concorda com a ideia, presente em um dos estudos, de acabar com a regra pela qual todos os países do Mercosul cobram a mesma tarifa quando importam de fora do bloco - a Tarifa Externa Comum (TEC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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