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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota nesta segunda-feira (22) defendendo a manutenção do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, lembrou que a pasta é importante para elaborar, executar e coordenar as políticas públicas para o setor industrial e monitorar seus impactos.

“A indústria não pode estar ligada a uma área que tem como prioridades o aumento de receitas e a redução de despesas. Os ministérios da Fazenda e do Planejamento desempenham papéis específicos. Quem vai defender as políticas industriais?”, disse em nota.

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Ministério da Economia

A manifestação da CNI vem com a possibilidade de incorporação das atribuições do MDIC pelo Ministério da Economia, criado em um eventual governo Jair Bolsonaro. De acordo com programa de governo do PSL, o Ministério da Economia incorporaria as atuais estruturas e atribuições dos ministérios da Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio e a Secretaria do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).

Para justificar a importância do MDIC na estrutura do Executivo, Andrade afirmou que o setor industrial contribui com R$ 1,2 trilhão para a economia brasileira e emprega 9,6 milhões de trabalhadores. Além disso, destacou Andrade, a indústria responde por 51% das exportações e 25% da arrecadação previdenciária.

“Para a indústria brasileira, o próximo governo tem o desafio de colocar o Brasil de volta no caminho do desenvolvimento econômico e social. Precisamos avançar nas reformas, garantir investimentos em infraestrutura e desburocratizar a economia de modo geral”, concluiu.

 

O medo dos brasileiros em relação ao desemprego diminuiu 2,2 pontos percentuais em setembro e ficou em 65,7 pontos, mas permanece elevado e acima da média histórica de 49,7 pontos, de acordo com o levantamento trimestral divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O índice varia de zero a 100 pontos e números acima de 50 indicam temor de perder o emprego.

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A maior queda foi registrada no Sudeste, com o recuo de 5,8 pontos entre julho e setembro, ante o aumento de 4,8 pontos registrado entre março e junho.  No entanto, o medo do desemprego nessa região, que chegou a 64 pontos, é o segundo maior do país. Em primeiro lugar está o dos moradores do Nordeste, onde o índice atingiu 73,1 pontos em setembro.

Já no Sul, o medo do desemprego aumentou para 62,7 pontos em setembro e ficou 0,8 ponto acima do registrado em junho. Assim, a preocupação de ficar sem emprego na região é maior do que a verificada no Norte e no Centro-Oeste, regiões em que o índice subiu 2,3 pontos em setembro e alcançou 60,9 pontos.

O levantamento também mostra que o medo de ficar desemprego é maior entre as mulheres (72,5 pontos), enquanto entre os homens o índice registrado em setembro chegou a 62,7. Uma diferença de 9,8 pontos.

Para realizar essa edição da pesquisa, a CNI entrevistou 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 22 e 24 de setembro.

A pesquisa realizada pelo Ibope para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quarta-feira, 26, mostra que Jair Bolsonaro (PSL) estagnou no patamar de 27% das intenções de voto. Ainda assim, ele continua na liderança pela corrida presidencial.

O candidato do PT, Fernando Haddad oscilou um ponto e chegou a 21%. Ciro Gomes (PDT) continua em terceiro lugar, com 12%, e é seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), que obteve 8%, e Marina Silva (Rede), teve 6%.

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João Amoêdo, do Partido Novo, aparece com 3%, seguido por Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB), ambos com 2%. Guilherme Boulos (PSOL) tem 1% das intenções de voto. Brancos e nulos são 11% e 7% não sabem ou não responderam.

A pesquisa mostrou, ainda, que 28 em cada 100 eleitores admite a probabilidade "alta" de deixar de votar no candidato que preferem para evitar que outro que não gostam vença a eleição.

Rejeição

O levantamento apurou também a rejeição dos presidenciáveis. A maior rejeição é de Jair Bolsonaro - 44% dos ouvidos afirmam que não votariam no candidato "de jeito nenhum". Fernando Haddad e Marina Silva aparecem empatados em segundo lugar, rejeitados por 27% dos eleitores.

Por outro lado, a pesquisa revelou que 55% dos eleitores bolsonaristas afirmam que a sua decisão é "definitiva". Dos eleitores de Haddad, 49% dizem que não vão mudar de ideia.

Segundo turno

Os cenários de segundo turno apresentados pela pesquisa CNI/Ibope mostram empate no limite da margem de erro entre Haddad, com 42%, e Bolsonaro, 38%. Quando a disputa é com Marina Silva, Bolsonaro tem 40% e a candidata da Rede, 38%. O deputado, que lidera as intenções de voto no primeiro turno, fica atrás quando a disputa é com Alckmin (40% a 36%) e Ciro Gomes (44% a 35%).

Pré-campanha

A última pesquisa CNI/Ibope foi realizada em junho, quando a campanha eleitoral ainda não havia começado. De acordo com a entidade, as pesquisas realizadas por ela são trimestrais. Naquele cenário de pré-candidaturas, Bolsonaro e Marina lideravam as intenções de votos dos eleitores nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aparecia como opção.

Quando era incluído na lista de opções, o ex-presidente passava a liderar as pesquisas com quase o dobro das intenções de voto de Bolsonaro. Na época, Lula alcançava 33% das intenções de voto, Bolsonaro 15% e Marina, 7%.

Ele foi substituído oficialmente por Fernando Haddad em 11 de setembro. O ex-presidente está preso em Curitiba (PR) por ter sido condenado na Operação Lava Jato.

O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-04669/2018. Foram ouvidos 2.000 eleitores em 126 municípios. A margem de erro é dois pontos e a confiabilidade é de 95%. A pesquisa foi feita nos dias 22, 23 e 24 de setembro.

Na última pesquisa realizada pelo Ibope para o Estado e a TV Globo, divulgada na segunda, 24, Bolsonaro teve 28% das intenções de voto e Haddad, 22%.

O faturamento industrial teve forte recuo em julho, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 3, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com o mês anterior - e excluindo os efeitos de calendário -, as vendas das fábricas brasileiras caíram 3,8% no sétimo mês deste ano.

Ainda assim, o volume faturado em julho pelo setor foi 6,8% maior que ao registrado no mesmo mês de 2017. Considerando as vendas de janeiro a julho de 2018, o desempenho foi 5,0% superior ao do mesmo período do ano passado.

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"A retração confirma o padrão oscilante da atividade industrial nos sete primeiros meses de 2018, sobretudo após a crise dos transportes rodoviários", considerou a CNI, no documento.

Além do menor faturamento, houve redução na quantidade de horas trabalhadas na indústria em julho, com queda de 2,4% em relação a junho. Esse foi o quarto mês consecutivo de recuo no indicador.

Em relação a julho de 2017, no entanto, houve um aumento de 0,3% nas horas trabalhadas. No acumulado de 2018 até julho, o tempo de trabalho na produção foi 0,7% maior que o verificado no mesmo período do ano passado.

Em julho, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) no parque industrial brasileiro evoluiu 0,6 ponto porcentual, passando de 76,7% para 77,3% (de acordo com dado ajustado). Em julho de 2017, a UCI estava em 77,4%.

"Para os empresários, as incertezas em relação ao resultado das eleições e também as turbulências da economia internacional turvam o horizonte da economia e dificultam uma recuperação mais expressiva da atividade industrial", afirmou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Para enfrentar os prejuízos causados por barreiras comerciais a produtos brasileiros, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou nesta segunda-feira, 6, a Coalizão Empresarial para Facilitação de Comércio e Barreiras (CFB). De acordo com cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentados pela CNI, o País deixa de vender cerca de 14% do volume de exportações por ano por causa de barreiras técnicas e fitossanitárias, o que corresponde a perdas de cerca de US$ 30,5 bilhões.

A modernização das regras de comércio exterior é o principal objetivo da coalizão, afirmou o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi. "As barreiras aumentam e tornam-se mais sofisticadas a cada dia", declarou o executivo. "Um levantamento mostra que o setor privado pode ser afetado por ao menos 16 tipos diferentes de barreiras comerciais e essa diversidade alcança a competência de diferentes órgãos brasileiros", explicou. "A coordenação entre órgãos governamentais é fundamental."

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Entre os tipos de dificuldades enfrentadas pelos exportadores brasileiros, Abijaodi citou a "burocracia alfandegária e aduaneira" como um dos principais entraves às exportações brasileiras. "A desburocratização e modernização deverá estimular mudanças para reduzir o tempo e o custo para embarque de produtos ao exterior", disse o presidente da CNI.

A CNI verificou, por meio de estudo, que os "atrasos decorrentes da burocracia aduaneira aumentam em cerca de 13% os custos de exportação e em 14% os de importação no Brasil". A ampliação e implementação completa do Portal Único de Comércio Exterior é uma das propostas defendidas pela CNI, que poderia ampliar a corrente de comércio brasileira dos atuais US$ 180 bilhões para US$ 250, afirma a entidade.

O fortalecimento do programa Operador Econômico Autorizado (OEA) é outra prioridade a ser defendida pela Coalizão. De acordo com a CNI, enquanto a importação de uma empresa registrada no OEA levou em média 3,8 horas para ser desembaraçada na aduana em 2017, as empresas que não possuem o registro levam em média 36,2 horas.

No evento, a Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a Aliança Global para Facilitação do Comércio (GAFT, na sigla em inglês) e o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) assinaram um memorando de entendimento para a facilitação do comércio.

O ministro da pasta, Marcos Jorge de Lima, celebrou a assinatura do acordo e os efeitos esperados para os ganhos de competitividade das exportações brasileiras. "É um projeto de enorme relevância para a competitividade do comércio exterior brasileiro, para simplificar todos os processos de importação e exportação", declarou. "O objetivo é reduzir em 40% o tempo necessário para importação e exportação, estimulando o crescimento do intercambio comercial com o mundo", disse o ministro.

Também será feito intercâmbio com outros países, explicou Marcos Jorge. "Nosso objetivo é difundir a cultura de exportação em toda a atuação do governo brasileiro sobre comércio exterior", comentou. "Num segundo momento, esta experiência adquirida pelo Brasil será compartilhada com outros países em desenvolvimento."

Num momento em que as maiores potências econômicas globais se voltam para ações protecionistas, a indústria brasileira lança nesta segunda-feira (6) a Coalização Empresarial para Facilitação de Comércio e Barreiras (CFB). O grupo coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem, entre seus objetivos, reduzir barreiras que prejudicam as exportações locais.

A entidade já identificou 20 barreiras comerciais que, segundo cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV), impediram exportações de US$ 30,5 bilhões em produtos brasileiros só no ano passado. Países membros do G-20, que reúne as maiores economias do mundo, dominam a lista, com 17 barreiras.

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Na lista de vetados pela União Europeia, por exemplo, está o pão de queijo. A região proíbe a entrada de produtos com mais de 50% de lácteos em sua composição, mas o pão de queijo nacional tem apenas 20% do derivado do leite. Já os EUA estabelecem cotas para lácteos brasileiros. O suco de laranja paga 7,5% se entrar na China com temperatura abaixo de 18ºC. Se estiver mais alta, o imposto vai a 30%. A vizinha Argentina exige declaração da composição de produtos têxteis.

"O foco da coalizão será atuar de forma proativa para derrubar barreiras que impedem nosso acesso a mercados no exterior", diz Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), que também vai presidir a CFB. O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, diz que a ideia é "trabalhar a competitividade tanto da porta para dentro do Brasil, com a facilitação do comércio, quanto para fora, com a eliminação de barreiras". Participam do lançamento da CFB o ministro da Indústria (Mdic), Marcos Jorge, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, entre outros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estimativas divulgadas hoje (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que a economia brasileira crescerá este ano "apenas 1,6%". O número é um ponto percentual abaixo do previsto em abril.

De acordo com o Informe Conjuntural referente ao segundo trimestre, estudo que traz a revisão de expectativas da entidade para o desempenho da indústria e da economia, a indústria crescerá 1,8%. Em abril, este percentual estava em 3%.

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Os investimentos deverão aumentar 3,5%, enquanto o consumo das famílias terá expansão de 2%. A taxa de desemprego estará em 12,45% ao final do ano.

Inflação

Ainda segundo o levantamento, a inflação continuará "baixa, apesar dos aumentos de preços provocados pela greve dos caminhoneiros", com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechando o ano em 4,21%. Em abril, a inflação projetada pelo Informe Conjuntural para o ano estava em 3,7%.

A CNI avalia que os juros básicos da economia fecharão o ano em 6,5%. Em abril, a previsão estava em 6,25%. O dólar chegará ao final do ano valendo R$ 3,80, de acordo com o levantamento.

Com relação às contas públicas, a estimativa da entidade é que o governo federal termine 2018 com um déficit primário equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país). Já a dívida bruta do setor público chegará a 76,3% do PIB.

Ainda dentro das previsões da CNI, o superávit da balança comercial alcançará US$ 62 bilhões, resultado de exportações de US$ 232 bilhões e importações de US$ 170 bilhões.

Poucas vezes nos últimos 22 anos os brasileiros ficaram tão preocupados com o emprego quanto agora. O Índice do Medo do Desemprego subiu para 67,9 pontos em junho, valor que está 4,2 pontos acima do registrado em março, e está entre os maiores das série histórica iniciada em 1996. Só em maio de 1999 e em junho de 2016, o indicador alcançou 67,9 pontos, informa a pesquisa divulgada nesta segunda-feira (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“O índice está 18,3 pontos acima da média histórica de 49,6 pontos”, diz o levantamento. O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto maior o índice, maior o medo do desemprego.

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“O medo do desemprego voltou para o maior nível que tinha alcançado durante a crise, porque a recuperação da economia está muito lenta e as pessoas ainda não perceberam a queda da inflação e a melhora no emprego”, afirma o gerente-executivo de Pesquisas e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

De acordo com a pesquisa, o medo do desemprego cresceu mais para os homens e as pessoas com menor grau de instrução. Entre março e junho, o indicador subiu 5,6 pontos para os homens e 2,8 pontos para as mulheres. Para os brasileiros que têm até a quarta série do ensino fundamental, o índice subiu 10,4 pontos entre março e junho e alcançou 72,4 pontos.  Entre os que possuem educação superior, o índice subiu 0,6 ponto e passou de 59,9 para 60,5 pontos.

Satisfação com a vida - O levantamento mostra ainda que a satisfação com a vida também diminuiu. O Índice de Satisfação com a Vida caiu para 64,8 pontos, o menor nível desde junho de 2016, quando alcançou 64,5 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto menor o indicador, menor é a satisfação com a vida. “Isso é reflexo do aumento do desemprego e de outras questões que envolvem a baixa expectativa sobre a  melhora da situação financeira das pessoas e até mesmo as incertezas políticas”, avalia Fonseca. “Os dois indicadores mostram que as perspectivas da população para o futuro são pessimistas. As pessoas ainda não estão confiantes de que o país está saindo da crise”, completa.

Conforme a pesquisa, queda do índice de satisfação com a vida foi maior na região Sul, onde o indicador caiu 5,3 pontos entre março e junho e ficou em 63,8 pontos. Nas demais regiões, a retração foi inferior a 2,3 pontos. Nos estados do Sul, o índice é menor do que o das demais regiões. 

O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 128 municípios entre os dias 21 e 24 de junho.

Da assessoria da CNI

Os embates entre os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT) estão cada vez maiores. Na semana passada, Bolsonaro chegou a dizer que não quer um Brasil voltado para “cangaceiro” em referência a Ciro, que por sua vez durante evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) falou que teria vergonha de bater palma para o Bolsonaro. 

Agora foi a vez de Cid Gomes sair em defesa do irmão Ciro, que foi vaiado no encontro da CNI, realizado na última quarta-feira (4), após criticar a reforma trabalhista. O ex-governador também alfinetou Bolsonaro. “Ele [Ciro] fez um apelo para que entendam o papel social. Empresa não deveria se preocupar com folha de pagamento, mas com o câmbio. A gente não quer parceria com empresário escravocrata. Esse tipo pode ficar com o Bolsonaro”, disse. 

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Nesta semana, durante uma entrevista, Bolsonaro já avisou que processou Ciro Gomes por ter dito que ele ''lavou dinheiro''. O comentário de Ciro aconteceu durante uma entrevista à rádio "Jovem Pan" em agosto de 2017. Ciro comenta uma doação de R$ 200 mil feita pela JBS ao Partido Progressista (PP), então legenda de Bolsonaro. 

Num primeiro ataque ao trabalho de um militar, o pré-candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, criticou nesta quarta-feira, 4, a atuação da Agência Nacional de Inteligência (Abin) durante a greve dos caminhoneiros. O órgão é controlado pelo Gabinete de Segurança Institucional, pasta chefiada pelo general Sérgio Etchegoyen.

Em entrevista no final da manhã desta quarta-feira, o presidenciável disse que a agência não informou com antecedência ao Planalto sobre a paralisação nas estradas em maio. "Comigo não teria acontecido o problema dos caminhoneiros, porque a gente teria uma inteligência diferente da praticada hoje em dia pela Abin", disse. "Vocês podem ver. O brasileiro não tem capacidade de antecipar aos problemas. O prejuízo? É muito maior do que se possa imaginar."

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As críticas de Bolsonaro à Abin ocorreram em entrevista num evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Aos jornalistas, Bolsonaro ainda reclamou dos processos que sofreu por racismo e aproveitou para contar uma história do tempo de capitão do Exército. "Estamos presos ao politicamente correto. No dia 13 de maio, nos quartéis, a gente fazia a pelada entre brancos e afrodescendentes, sem problema nenhum, e ia para a cantina beber Coca-Cola", relatou. "Estão tirando a nossa alegria de brincar com gaúcho, cearense, de fazer piada com goiano. Não posso fazer mais piadas."

O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, foi vaiado em evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quarta-feira, 4, em Brasília, ao defender que a reforma trabalhista foi uma "selvageria" aprovada contra os trabalhadores. Ele voltou a dizer que, se eleito, irá ouvir todos os setores antes de sugerir uma nova proposta para a área.

"Não tenho poder de revogar a reforma trabalhista no primeiro dia. Precisamos substituir essa selvageria por uma verdadeira reforma trabalhista. Meu compromisso com as centrais sindicais é botar esta bola de volta para o meio de campo", disse. O discurso fez com que parte da plateia iniciasse uma vaia contra o pré-candidato.

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Ciro reagiu. "Pois é, vai ser assim mesmo. Se quiserem presidente fraco, escolham um desses aí que vêm com conversa fiada para vocês." Em seguida, o pré-candidato pediu que a plateia colocasse a "mão na consciência". "50 milhões de compatriotas nossos estão vivendo o pão que o diabo amassou na informalidade. Vamos colocar a mão na consciência, cavalheiros", afirmou. O evento promovido pela CNI, chamado "Diálogo da Indústria com os candidatos à Presidência da República", tem como objetivo apresentar aos presidenciáveis propostas do setor para as eleições deste ano.

Antes do fim de seu tempo, Ciro voltou a falar sobre o assunto e procurou defender que o problema da indústria brasileira não são os salários de trabalhadores, mas sim a política de câmbio e juros. Em seguida, ele arrancou aplausos da mesma plateia ao dizer que irá agir sobre "os dois preços centrais que estão desindustrializando o Brasil: câmbio e juros". "Vou agir para a indústria sobreviver e competir", acrescentou ao receber apoio dos presentes no evento.

O episódio irritou o pré-candidato. Em coletiva de imprensa após o evento, Ciro minimizou as vaias e criticou as perguntas dos jornalistas sobre o caso. "Não tem jeito, é a isso que vocês vão dar destaque. Escreva o que você quiser", disse a um jornalista. "Fui vaiado por uma pequena fração da plateia, mas não estou preocupado. Meu lado é o lado da classe trabalhadora", afirmou.

Ele também ironizou o fato de a mesma plateia ter aplaudido, mais cedo, o pré-candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que também discursou no evento da CNI. "Sinal dos tempos", respondeu. "Cada um tem o candidato que merece, eu teria vergonha de bater palma para o Bolsonaro", afirmou.

Crítica ao Judiciário

Mais uma vez, Ciro Gomes defendeu que é preciso restaurar o poder político no Brasil. Ele criticou a postura da Justiça brasileira. "O Judiciário brasileiro precisa voltar para o seu quadrado, o Ministério Público precisa voltar para o seu quadrado. O Brasil precisa ter clareza de que formação bruta de capital exige governo forte. A quem serve presidências fracas? A quem serve democracias que o presidente da República nomeia um ministro para o Supremo e este proíbe um ministro (de Estado) de tomar posse. Precisamos restaurar a força do poder político", disse.

Em 2016, a ex-presidente Dilma Rousseff foi impedida de nomear o ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. Mais recentemente, o STF também suspendeu a posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho. O pré-candidato do PDT não deixou claro a qual episódio estava se referindo.

Sem citar diretamente o presidente Michel Temer, Ciro ainda disse que "há um quadrilheiro" na Presidência da República. "Há uma anarquia generalizada no nosso País; o poder político de Brasília está desmoralizado e perdeu capacidade de governar. Há um quadrilheiro na Presidência da República, que conheço de longa data", complementou.

Em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o pré-candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, arrancou aplausos, na manhã desta quarta-feira, 4, ao atacar a política de cotas para negros, a legislação ambiental e indigenista, o Congresso, o governo, o Supremo, a esquerda e a imprensa.

À plateia formada por empresários, ele disse que, se eleito, pretende melhorar a economia com a retomada de diretrizes do "Brasil Grande", como ficou conhecida a fase dos megaprojetos de infraestrutura da ditadura militar que antecederam, porém, ao período de recessão, aumento da dívida externa e dos dramas ambientais e sociais. "Não faremos nada da nossa cabeça. Os senhores que estão na ponta das empresas serão os nossos patrões", afirmou.

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Ele disse que gostaria de convidar os empresários a fazerem uma visita a Mato Grosso do Sul para buscar "soluções" aos problemas agrários. É no Estado que ocorrem graves conflitos de terra e altos índices de suicídios e assassinatos de índios guaranis caiovás. Foi aplaudido. Assim como foi aplaudido ao reclamar que o Ibama leva "dez anos" para conceder uma licença a uma pequena hidrelétrica. "Ninguém quer o mal para o meio ambiente", ponderou.

Bolsonaro avaliou, por exemplo, que terá apoio popular se "redimensionar" a política de direitos humanos. "Se redimensionarmos a política de direitos humanos, não vamos ganhar a população? Não custa nada."

Mais tranquilo após os primeiros aplausos e risos do público, Bolsonaro afirmou que o Supremo Tribunal Federal tem legislado no lugar da Câmara e do Senado e que, se a situação permanecer, o País ficará "ingovernável". Em seguida, ele mirou no Congresso. O ex-capitão do Exército disse que o parlamento era mais valorizado pela sociedade e que, atualmente, é dominado por "grandes interesses". "No período militar, o deputado era gente. Hoje, temos operadores", avaliou. A propósito, a ditadura impôs, já em 1964, ano do golpe contra o presidente João Goulart, uma rígida política de cassações de mandatos e retaliações a parlamentares oposicionistas.

Sem citar o presidente Michel Temer e o MDB, Bolsonaro perguntou aos empresários se eles sabiam como estava a situação do Porto de Santos. "Está na mão de qual partido? Vamos quebrar esse negócio, acabar com isso que está lá", disse. Em discursos anteriores, ele acusou o presidente e a legenda de apadrinharem o porto.

Bolsonaro foi aplaudido até quando disse não saber responder a uma pergunta sobre como tratar o Senai. Ele disse que estava aberto a sugestões sobre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. "Quero sugestões, não quero passar aquilo que não domino."

O pré-candidato encontrou a fórmula para provocar risos e ganhar de vez aplausos da plateia: ataques à ex-presidente Dilma Rousseff e à esquerda latino-americana. Fez ataques ao Mercosul do tempo "bolivariano" e até ao educador Paulo Freire. "Tem três partidos que não quero conversar num eventual governo", disse, referindo-se a legendas de esquerda. "Eu não quero colocar um busto do Che Guevara no Planalto", disse. "Um presidente deve chegar lá e nomear seu time. Vou botar alguns generais em alguns ministérios. Os (governos) anteriores não colocaram terroristas e corruptos?", perguntou. A plateia aumentou as palmas.

Nos momentos em que falou de assuntos de interesse direto da indústria, Bolsonaro reafirmou que defende uma reforma previdenciária em partes, mudanças na legislação trabalhista e desoneração de alguns setores, sem dar detalhes. O déficit da Previdência foi o tema escolhido pelo público para que o pré-candidato se pronunciasse. O pré-candidato, então, afirmou que o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, também na disputa presidencial, errou ao propor uma reforma em que a idade mínima de aposentadoria dos homens seria de 65 anos. "Isso assustou, pois no Piauí a média de vida é 69 anos", disse. Ele, porém, criticou propostas para mudar a previdência dos militares, seu setor de origem. E disse que estava atento à esquerda, que "tira proveito enorme" desse debate. "A conotação que a esquerda dá acaba com qualquer esperança de mudar o Brasil por vias democráticas, o que tem que ser."

Ele relatou que, em conversas com a equipe do economista de Paulo Guedes, seu principal conselheiro na área, ouviu que é possível mudar a situação orçamentária do governo sem aumentar tributos. "Dá para manter a inflação, diminuir a taxa de juros, um dólar que não atrapalhe quem quer importar e reduzir essa monstruosa dívida interna sem aumentar os impostos? Dá sim", disse. "Precisamos fazer novamente o Brasil Grande."

A pré-candidata da Rede à Presidência da República Marina Silva disse, nesta quarta-feira (4), que vai propor o fim da reeleição e prometeu trabalhar pela aprovação do voto distrital misto, se eleita, encaminhando uma proposta de reforma política ao Congresso Nacional.

Marina pregou que seja implantado, a partir de 2022, um único mandato de cinco anos para cargos executivos. "Vamos acabar com reeleição, que virou problema na América Latina", disse a presidenciável.

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A ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora afirmou que o presidencialismo de coalização no País se transformou em "presidencialismo de degradação" e se comprometeu a indicar ministros com compromisso programático. A senadora afirmou que mantém esperança de atrair um nome de outro partido para sua chapa e que as conversas com as legendas tratam não só da disputa presidencial e também nos Estados.

Em participação no evento "Diálogo da Indústria com candidatos à Presidência da República", promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marina também afirmou que a reforma proposta por ela é um meio de mudar a relação "promíscua" de setores da iniciativa privada com o Estado, revelada na Operação Lava Jato.

Mais uma pesquisa realizada desta vez pela CNI, Ibope, mas para quem acompanha o dia a dia das pesquisas sabe que nada ou praticamente nada mudou em relação aos números das pesquisas feitas nos últimos meses, o que na verdade fica bem claro é que o povo brasileiro não quer mesmo saber de política ao menos agora, chama atenção a quantidade de pessoas que não acreditam mais em nada e garantem que vão votar nulo ou em branco. O ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aparece na frente para presidente na nova pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta quinta-feira (28). De acordo com o levantamento, na versão estimulada, onde os nomes dos candidatos são mostrados aos eleitores, Lula tem 31% das intenções de votos, seguido por Jair Bolsonaro (PSC), que tem 15% depois com 7% das intenções de votos, aparece Marina Silva (Rede), seguida de Ciro Gomes (PDT), empatado com Geraldo Alckmin (PSDB), os dois com 4%. Alvaro Dias (Podemos) aparece com 2%. Os candidatos João Amoedo (Novo), Manuela D’Ávilla (PCdoB), Fernando Collor de Mello (PTC), Flávio Rocha (PRB), Levy Fidelix (PRTB) e João Goulart Filho (PPL) têm 1% das intenções de votos cada um. 

 

Temer odiado cada vez mais

O Ibope também ouviu os eleitores a respeito da avaliação do governo Temer. Os que consideram que o governo é ruim e péssimo saltou de 72%, em março, para 79%, agora em junho. Os que consideram o governo regular e bom caiu de 21% para 16% e os que acham o governo Temer ótimo e bom caiu de 5% para 4%.

Confiança zero

Em relação à confiança em Temer e sua maneira de governar, entre março e junho o percentual dos entrevistados que dizem confiar no presidente passou de 8% para 6% e o dos que não confiam, de 89% para 92%. O índice dos brasileiros que aprovam a maneira de governar de Temer foi de 9% para 7%, enquanto o dos que desaprovam foi de 87% para 90%.

Lula forte como sempre

Sem o candidato do povo no páreo – que será registrado no dia 15 de agosto, a despeito da oposição – brancos e nulos chegam a 33% e outros 8% não sabem em quem votar. Em segundo lugar fica o candidato da extrema-direita com 17% e Marina Silva com 13%.

A grande dúvida

Lula pode e será candidato pois legalmente ele tem esse direito, uma vez que a Lei da Ficha Limpa permite. Juristas de todo o país, incluindo o subprocurador-geral da República, Nicolao Dino, já atestaram a legalidade de sua candidatura. “Até o momento a possibilidade de pedido de registro da candidatura do ex-presidente Lula é garantida”, afirmou o subprocurador em evento realizado este mês em Curitiba.

Mulheres com Lula

A distância entre Lula e o segundo colocado é ainda maior entre as eleitoras. Entre as mulheres, Lula pontua com 35% na sondagem estimulada, enquanto o candidato da extrema-direita patina em 9% e Marina Silva tem 15%. Quando o ex-presidente não é citado, os brancos e nulos delas disparam: 35%, contra 25% no cenário oposto. Também cresce o número de indecisas: de 7% para 10%.

Realidade

Esses números ilustram uma realidade simples: as mulheres não compram o blábláblá autoritário de quem brada a favor do machismo e homofobia. E nem confiam nas políticas austeras dos candidatos “pró-mercado”. Mas sim em quem investiu a sério em políticas públicas que melhoram a vida delas, dos filhos e da comunidade.

Dados

A pesquisa foi realizada pelo Ibope Inteligência entre os dias 21 e 24, com 2.000 eleitores. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Armando discute ações para Mata Norte

O pré-candidato a governador de Pernambuco Armando Monteiro (PTB) recebeu, a visita do ex-prefeito de Timbaúba e ex-deputado estadual Gilson Muniz (PSL). Na ocasião, avaliaram o cenário político e econômico de Pernambuco e discutiram ações para o desenvolvimento da Mata Norte do estado. Gilson, que é pré-candidato a uma das vagas na Assembleia Legislativa, externou seu apoio ao projeto liderado por Armando.

Confirmando apoio 

 

“Viemos reafirmar a Armando que estamos somando forças junto com as lideranças que já o apoiam na região e discutir propostas e políticas públicas que ajudem no desenvolvimento dos municípios da Mata Norte. É preciso que o governo tenha um olhar especial para a região e acredito que Armando Monteiro é nome mais preparado para liderar esse novo momento para Pernambuco", afirmou Gilson Muniz, que veio acompanhado de sua esposa, Mércia Muniz, também ex-prefeita de Timbaúba.

Projeto fortalecido

Para Armando, o apoio de Gilson e Mércia Muniz fortalecem o projeto da frente Pernambuco Vai Mudar. "O sentimento de mudança está presente em todo o estado e percebemos esse desejo nas lideranças políticas de dar um novo rumo, um novo caminho ao estado. Gilson vem para somar forças em nosso grupo", colocou o pré-candidato a governador.

Romário Dias debate venda direta de etanol 

 

As usinas produtoras de etanol de Pernambuco, de Alagoas e de Sergipe já podem comercializar o produto diretamente para os postos de combustível sem passar por distribuidoras. A venda passa a ser possível após liminar concedida, na últimas terça (26), pela 10ª Vara Federal de Pernambuco. Defensor da ideia, o deputado estadual Romário Dias (PSD), comemorou a notícia durante pronunciamento, nesta quarta (27), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que para universalizar os serviços até 2033, conforme determina o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), é necessário aumentar em 62% o número de investimentos, chegando a  um patamar de R$ 21,6 bilhões anuais.

De acordo com o estudo, a maior barreira para a ampliação da cobertura de redes de esgoto no Brasil é a falta de investimento. Nos últimos oito anos, a média de recursos aportados no setor foi de R$ 13,6 bilhões. Além de que o serviço prestado pelas companhias privadas tem mais qualidade que o das públicas, sendo que cada R$ 1 investido dá retorno de R$ 2,50 ao setor produtivo. O documento ainda indica que o aumento das redes resulta em melhorias na saúde pública.

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Para a CNI, alcançar a meta do Plansab será possível somente se a agenda de saneamento básico se tornar prioridade para o governo federal. “Caso sejam mantidos os níveis recentes de investimento, a universalização dos serviços será atingida apenas após 2050, com cerca de 20 anos de atraso”, avalia a diretora de Relações Institucionais do órgão, Mônica Messenberg.

Segundo o estudo, a experiência internacional mostra que a parceria com o setor privado tem sido um fator fundamental para a expansão e aumento da qualidade dos serviços de saneamento. Porém, as concessões e as parcerias público-privadas na área ainda enfrentam diversas resistências, a maioria está ligada aos mitos de que o setor privado atua apenas em grandes cidades e de que as tarifas privadas são maiores. “O setor privado pratica tarifas de cerca de 11 centavos acima das tarifas observadas nas companhias estaduais”, aponta o documento.

Mais de 30% da extensão de trilhos ferroviários do Brasil é inutilizada, de acordo com um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O estudo integra 43 documentos sobre temas estratégicos que a CNI entregará aos candidatos à Presidência da República. Uma das sugestões é que o caminho para a superação dos gargalos no setor requer aumento da conexão do sistema, do tamanho da malha e da velocidade média dos comboios.

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Segundo os documentos, os contratos de concessão realizados na década de 1990 geraram problemas como a falta de concorrência no mercado e falhas na interconexão das malhas, além de dificuldades específicas envolvendo as empresas. 

O gerente executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso, aponta que uma das formas de buscar a recuperação do setor é autorizar a prorrogação dos contratos de concessão, de modo que as concessionárias se tornem obrigadas a reservar uma parcela da capacidade da ferrovia para compartilhamento, além de investir valores preestabelecidos na melhoria e ampliação das malhas.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado hoje (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 56,7 pontos em abril, o que representa recuo de 2,3 pontos em relação a março. A queda é a primeira em oito meses, após seis meses de crescimento a partir de agosto de 2017 e dois meses de estabilidade.

No cálculo do índice, valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário. "Quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança. Desta forma, apesar de ter apresentado queda, o ICEI está ainda acima dos 50 pontos e 2,5 pontos acima da média histórica, que é 54,2 pontos", diz a nota oficial da CNI.

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O índice apresenta também crescimento de 3,6 pontos em relação a abril de 2017, quando ficou em 53,1 pontos.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) mantém previsões que apontam para um moderado desempenho da economia brasileira neste ano. De acordo o relatório Informe Conjuntural do primeiro trimestre, divulgado hoje (12), as incertezas em relação às eleições e ao ajuste das contas públicas dificultam a recuperação econômica do país.

A estimativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresça 2,6%, o PIB industrial tenha expansão de 3%, que os investimentos aumentem 4% e,o consumo das famílias, 2,8%. A taxa média de desemprego deverá ficar em 11,8%.

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O relatório destaca que, mesmo com o cenário externo favorável, a queda da inflação e a redução dos juros, o ritmo de recuperação da economia é moderado e o país não conseguirá recuperar as perdas causadas pela recessão no médio prazo. "Mesmo com o crescimento de 1% do PIB em 2017, ainda estamos com renda per capita 8,2% menor do que em 2014 e a produção industrial, no início de 2018, situa-se ainda 14% abaixo do seu pico observado em 2013", diz o estudo.

Na avaliação da CNI, a principal causa da fraca reação da economia é a indefinição sobre o ajuste permanente das contas públicas. Além do adiamento da reforma da Previdência, a falta de definição do quadro eleitoral é outra fonte de incertezas sobre o ajuste fiscal.

O informe da instituição alerta que o grande desafio do Brasil é aumentar a produtividade. Isso requer, segundo o documento, o equilíbrio fiscal, a reforma da Previdência, a reforma tributária, disponibilidade de financiamento de longo prazo, redução da burocracia, segurança jurídica e modelos de regulação eficientes, entre outras medidas.

Previsões

O relatório da CNI aponta outras estimativas sobre a evolução da economia. "A inflação deve permanecer em níveis baixos em 2018 em função da ainda alta ociosidade da economia, da elevada taxa de desemprego e da quebra da inércia inflacionária ocorrida em 2017."  A estimativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará o ano em 3,7% ao ano, abaixo do centro da meta de 4,5% estabelecida pelo Banco Central.

Segundo a CNI, com a inflação baixa, os juros básicos da economia permanecerão no menor patamar da história. A taxa Selic chegará ao fim de 2018 em 6,25% ao ano e a taxa real de juros será de 3%.

O déficit primário do setor público deve alcançar R$ 152,7 bilhões, o equivalente a 2,19% do PIB. "Apesar de estar abaixo da meta de R$ 161,3 bilhões fixada para este ano, o déficit será maior do que os R$ 110,6 bilhões registrados em 2017", afirma o relatório. A dívida pública atingirá 73,7% do PIB.

Já no saldo comercial, a previsão da CNI é que o país terá um superávit comercial de US$ 58 bilhões neste ano, resultado de exportações de US$ 230 bilhões e importações de US$ 172 bilhões.

O Informe Conjuntural do primeiro trimestre está disponível na página da CNI 

* Com informações da CNI

A negociação de um acordo comercial entre o Mercosul e o Canadá criará oportunidade para 321 produtos brasileiros que hoje chegam mais caros e competem em condições de desigualdade no mercado canadense. É o que mostra um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), repassado com exclusividade ao ‘Estadão/Broadcast’.

O Canadá é o décimo maior importador do mundo e comprou mais de US$ 500 bilhões em 2017. A corrente de comércio do Brasil com o Canadá, no entanto, foi de apenas US$ 4,5 bilhões no ano passado.

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Entre os setores que poderão ser beneficiados com o livre-comércio estão o automotivo, produtos químicos, metalurgia, agricultura e pecuária, produtos minerais e equipamentos de informática, entre outros.

As negociações do acordo foram lançadas no início do mês, logo depois de o presidente americano, Donald Trump, anunciar que taxaria a importação de aço, atingindo o Brasil e outros países. Nessa segunda-feira, 19, técnicos do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) iniciaram a primeira rodada de discussões no Canadá e não há prazo para conclusão.

De acordo com a CNI, o livre-comércio trará oportunidades, principalmente, porque reduzirá tarifas que hoje incidem sobre os produtos brasileiros e encarecem o preço no mercado canadense. Apesar de o Canadá ser um mercado considerado aberto, os exportadores enfrentam tarifas de importação em áreas como autopeças (6%) e calçados (16% a 18%). No caso de bens agroindustriais, essa barreira pode chegar a 70%.

A lista de 321 produtos foi elaborada com base no que o Canadá importa e o que o Brasil vende ao exterior com competitividade, mas que não chega ao país da América do Norte. A maioria dos produtos da lista de oportunidades são manufaturados (255), seguidos de básicos (39) e semimanufaturados (27). Dos produtos, 84 pagam hoje tarifa de importação para chegar aos canadenses.

Carne

É o caso, por exemplo, da carne bovina. Em 2017, o produto foi taxado com uma alíquota média de 13,25%, que podia alcançar 26,5%. Com isso, a exportação para os canadenses foi próxima de zero. Outro produto com desempenho semelhante foi calçado. Em 2017, as vendas para o Canadá somaram apenas US$ 500 mil, enquanto com uma tarifa média de 16,7%. "Em um mercado tão competitivo como esse, é impossível concorrer com uma sobretaxa desse tamanho", afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Ele admite que, quando o acordo for firmado, é possível que nem todas as tarifas caiam imediatamente e que existam "escadinhas" até o livre-comércio, o que é comum nesse tipo de trato: "Pelo que vimos nos outros acertos firmados pelo Canadá, ele não tende a segurar as tarifas. É um país que aplica tarifas para quem não tem acordo com eles, mas dentro do acordo tende a reduzir rápido".

A tendência é que, como aconteceu em outras negociações, como com a União Europeia, ainda em curso, o agronegócio canadense apresente pedidos de cotas e de produtos que devem ficar fora por um tempo do livre-comércio. "O Brasil é muito competitivo no agronegócio e todo mundo tem medo. Ninguém quer depender de um outro país na parte de alimentos, é o esperado", afirmou Abijaodi. Já pelo lado brasileiro, setores da indústria deverão buscar se proteger dentro do acordo com o Canadá, mas, para o diretor, a cultura do industrial brasileiro mudou e ele vê cada vez mais que é necessário se abrir para esse tipo de acerto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em 2017, os brasileiros consumiram mais produtos importados do que nos últimos três anos. De acordo com dados divulgados hoje (15) no estudo Coeficientes de Abertura Comercial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de cada 100 produtos vendidos no Brasil no ano passado, 17 eram importados.

Em 2013, 18,2% dos produtos vendidos no mercado interno eram estrangeiros. Desde então, esse percentual caiu, chegando a 16,4% em 2016. Em 2017, subiu para 17%. Além do aumento de importados, a participação dos produtos exportados manteve-se praticamente constante, fato que interrompeu uma sequência de altas que acumulava desde 2015. O coeficiente de exportação da indústria de transformação passou de 15,7% em 2016 para 15,6% em 2017.

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O aumento da participação dos importados no mercado nacional e a perda da importância das exportações na produção da indústria provém "da recuperação do consumo interno e da valorização do real diante do dólar", diz a economista da CNI, Samantha Cunha, em nota divulgada pela confederação. 

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