O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), alcançou 111,8 pontos em novembro. Em outubro, o indicador tinha chegado a 110,7 pontos. Em setembro, eram 110,1 pontos, em ligeira queda perante agosto, quando o Inec marcou 110,3 pontos. A alta registrada em novembro se deve ao maior otimismo com relação ao desemprego e inflação nos próximos seis meses, aponta a CNI, que divulgou o estudo nesta quarta-feira, 27.
Apesar do resgate da confiança por parte dos consumidores, o resultado está abaixo do que foi registrado em novembro do ano passado: 117,0 pontos. "O novo aumento não é suficiente para levar a confiança do consumidor ao patamar registrado no início de 2013, antes da forte queda ocorrida em junho", avalia a CNI.
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Para calcular o Inec, é considerado um conjunto de seis indicadores: expectativas de inflação, expectativa de desemprego, expectativa de renda pessoal, situação financeira, endividamento e compra de bens de maior valor. O Inec de novembro foi calculado a partir de pesquisa de opinião pública de abrangência nacional conduzida pelo Ibope Inteligência. Foram ouvidas 2.002 pessoas entre os dias 7 e 11 de novembro. A CNI explica que o Inec é um índice de base fixa, referenciado na média de 2001, de cem pontos.
Separadamente, o índice de expectativa de inflação registrou 109,3 pontos em novembro; ante 104,8 pontos em outubro. O índice de expectativa de desemprego ficou em 124,6 pontos em novembro; frente 117,6 pontos em outubro. O índice de expectativa de renda pessoal ficou em 111,3 pontos; ante 111,1 pontos no mês passado. Esses índices que medem expectativas consideram o horizonte dos consumidores para os próximos seis meses.
Já o índice sobre a situação financeira atual marcou 110,4 pontos este mês; ante 110,2 pontos em outubro. O indicador sobre endividamento ficou em 103,0 pontos em novembro; frente 102,5 pontos, em outubro. O único componente do INEC que recuou foi o de compras de bens de maior valor nos próximos seis meses, ficando em 114,2 pontos em novembro; ante 115,8 pontos em outubro. "Essa queda é explicada pelo aumento do endividamento no período recente, o que limita o financiamento, muito utilizado nesse tipo de aquisição", avalia a CNI.
O estudo mostra também que 41% dos entrevistados apostam que a inflação vai aumentar. Sobre a expectativa de renda pessoal para os próximos seis meses, uma fatia de 52% dos consultados acredita que isso não vai mudar.
Por regiões, os consumidores mais preocupados com os rumos dos preços nos próximos seis meses estão no Centro-Oeste e Norte, onde 65% dos entrevistados acreditam que a inflação "vai aumentar" ou "vai aumentar muito". Na Região Sul, em contraste, 53% das pessoas ouvidas apostam nessa tendência.