A Comissão de Ética Pública puniu o ex-ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub, por declarações difamatórias sobre as universidades federais do país. As informações são da coluna de Andréia Sadi, do site G1, e foram divulgadas nesta quinta-feira (13). A Comissão é vinculada ao Governo Federal e pode exercer sanções sobre figuras públicas e essas ações, por consequência, limitam os acessos do servidor em virtude da punição.
Além de Weintraub, também foi punido o deputado federal e ex-secretário Mário Frias (PL); e um processo contra o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, está em andamento. O caso do ex-ministro da Educação é de 2019, quando ele ainda ocupava o cargo. Weintraub foi demitido em 2020 após acumular polêmicas e atritos com ministros do Supremo.
##RECOMENDA##À época, o ex-chefe da pasta declarou, sem apresentar provas, que as universidades plantavam maconha e utilizavam laboratórios para produzir drogas sintéticas. A declaração foi dada em entrevista ao Jornal da Cidade Online. Em 2021, Weintraub foi condenado pelo juiz João Batista Ribeiro, da 5ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais, a pagar R$ 40 mil por danos morais coletivos a professores representados pelo Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco, pelas declarações.
Já Mário Frias foi punido por violar normas éticas em publicações feitas em redes sociais. Ele fez um comentário racista sobre o historiador e professor popular Jones Manoel, dizendo que ele "precisa de um bom banho", em 2021. O post foi depois apagado pelo Twitter por violação de regras.
A comissão instaurou, ainda, um processo disciplinar contra o ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado, e irá investigar se ele agiu de maneira antiética e feriu o Código de Ética da Presidência da República após promover declarações ofensivas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em maio de 2021.