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"Parabéns a você", uma das canções mais conhecidas do mundo, está prestes a se tornar de domínio público, após longas disputas legais. A empresa americana Warner/Chappell Music aceitou pagar 14 milhões de dólares depois de um acordo para pôr fim a um litígio sobre os direitos autorais da canção, que se arrastava há anos.

A disputa começou em 2013, depois que um grupo de cineastas processou a Warner Chappell, a produtora musical da companhia privada Warner Music Group, que exigia o pagamento dos direitos autorais sobre a música. Em setembro passado, um juiz já havia determinado que as pretensões da Warner/Chappell não eram legítimas.

O acordo, divulgado em um tribunal de Los Angeles, terminará com as demandas da companhia sobre a propriedade da canção. "Ao declarar que a canção passa a ser de domínio público, o acordo terminará com mais de 80 anos de incerteza a respeito da disputa pelos direitos autorais", afirma o texto do tribunal federal de Los Angeles.

O acordo ainda precisa da aprovação de um juiz. É muito provável que seja concluído, já que ambas as partes concordaram. Uma vez anunciada a sentença, "Parabéns a você" será de domínio público.

A canção é atribuída a Patty Hill, um instrutor de pré-escola do final do século XIX nascido no estado de Kentucky e a sua irmã Milfred, mas os demandantes dizem que a melodia surgiu muito antes.

Mais um músico brasileiro envolvido em processos de direitos autorais. Depois de Zezé di Camargo e Luciano terem sido acusados de plágio, agora é a vez de Seu Jorge reponder pela autoria de seis músicas de seu repertório. Segundo o jornal Estadão, as canções Carolina, Tive Razão, Chega no Swing, Gafieira S.A., She Will e Não Tem - as duas últimas ainda sem gravações lançadas e as quatro primeiras grandes sucessos emplacados pelo cantor - seriam na verdade de autoria de Rodrigo Freitas e Ricardo Garcia, compositores de Brasília. 

O caso teria sido descoberto em 2002, quando Rodrigo Freitas - mais conhecido como Kiko - se deparou com uma apresentação da cantora Paula Lima executando a música Tive Razão, no canal Multishow. A canção seria parte do projeto Gafieira S.A., desenvolvido por Kiko e seu parceiro, Ricardo Garcia, que seria gravado na capital federal, em meados de 1999, com participação de Seu Jorge, além de músicos como Ed Motta e Sandra de Sá, que também seriam convidados.

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Jorge chegou a ir a Brasília e gravar algumas das músicas, mas o projeto estacionou e acabou sendo deixado de lado. Ao ver a apresentação de Paula Lima no Multishow, Kiko decidiu ir atrás e descobriu que não só Tive Razão, mas as outras músicas que alega serem suas haviam sido registradas por Seu Jorge na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Ele então fez outro registro, em seu nome, para provocar duplicidade e obrigar a Biblioteca Nacional a apurar a origem das autorias. O compositor alega ter provas como uma fita analógica gravada antes da chegada de Seu Jorge ao projeto, além de testemunhas e notas fiscais que comprovam a contratação do cantor como convidado.

Agora o processo chegou à 5ª Vara Cível do Fórum da Capital, no Rio de Janeiro. Seu Jorge enviou um comunicado à reportagem do Estadão, por intermédio de seus empresários, afirmando que o caso está sendo julgado pelo Poder Judiciário e que acredita que a justiça será feita. Kiko Freitas alega que além de perdas materiais com os direitos autorais das músicas também sofreu perdas morais por receber acusações de que estaria tentando se aproveitar do sucesso de Seu Jorge. O processo já corre na justiça há oito anos.

A música Flores em Vida, da dupla Zezé di Camargo e Luciano, está sendo apontada como sendo plágio da canção Boa Sorte/Good Luck, da cantora Vanessa da Mata. O Ecad, órgão responsável pela arrecadação e distribuição de direitos autorais, já suspendeu o repasse dos direitos aos artistas atá que a acusação seja esclarecida.

Flores em Vida foi composta por Felipe Duran e Alberto Araújo e lançada pela dupla sertaneja em abril de 2014. Já Boa Sorte integra o disco Sim, lançado pela cantora Vanessa da Mata em 2007. A música foi gravada em parceria com o cantor Ben Harper. Segundo a colunista Sonia Racy, a JFK, editora que comercializa os direitos da canção de Zezé e Luciano, já preparou uma defesa com 25 páginas de pareceres de peritos e maestros. Já a Universal Publishing, dona dos direitos de Boa Sorte, não se posicionará até definir as medidas legais cabíveis.

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Alguns internautas já publicaram na rede diversos vídeos que comparam as duas músicas. Em alguns deles, inclusive, existe a comparação com uma terceira canção, Get Lucky, do Daft Punk.


A gravadora Blue Mountain é a proprietária dos direitos de 13 canções do jamaicano Bob Marley, entre elas "No Woman, No Cry", decidiu nesta quarta-feira (4) um tribunal de Londres, que rejeitou uma ação da Cayman Music.

As duas gravadoras reclamavam os direitos das canções, compostas entre 1973 e 1976, quando Marley trabalhava para ambas. Para complicar ainda mais a disputa, ele não assinou as músicas, mas atribuiu sua autoria a outros.

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Assim, o crédito por "No Woman, No Cry" foi para Vincent Ford, segundo algumas versões para evitar obrigações contratuais ou para garantir que seu amigo de infância tivesse recursos para suas instituições de caridade.

Os direitos desta música em particular valem milhões, indicaram as partes durante o julgamento.

As outras canções em disputa são "Crazy Baldhead", "Johnny Was", "Natty Dread", "Positive Vibration", "Rat Race", "Rebel Music (Block Road)", "Talking Blues", "Them Belly Full", "Want More", "War", "Who The Cap Fit" e "So Jah She".

Em 1992, onze anos após a morte de Marley, Cayman e Blue Mountain assinaram um acordo para que a segunda gravadora continuasse com o catálogo do cantor. Mas a Cayman argumentava que estas 13 canções não faziam parte do acordo, o que a Blue Mountain ignorou.

O advogado da Blue Mountain, Ian Mill, afirmou que não havia nenhuma razão para deixar de fora algumas músicas e que "a intenção clara" do acordo de 1992 era "a transferência de todos os direitos".

Duas gravadoras travam em um tribunal de Londres uma batalha pelos direitos de 13 canções do jamaicano Bob Marley, incluindo o clássico "No Woman, No Cry". Um juiz da Alta Corte ouviu nesta terça-feira os argumentos de ambas as partes, Cayman Music - a denunciante- e Blue Mountain Music, em um julgamento que está previsto para terminar esta semana.

As canções foram escritas entre 1973 e 1976, quando Marley trabalhava para as duas gravadoras. Para complicar ainda mais a disputa, ele não assinou as músicas, mas atribuiu sua autoria a outros.

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Assim, o crédito por "No Woman, No Cry" foi para Vincent Ford, segundo algumas versões para evitar obrigações contratuais ou para garantir que seu amigo de infância tivesse recursos para suas instituições de caridade.

Os direitos desta música em particular valem milhões, indicaram as partes durante o julgamento.

As outras músicas disputadas são "Crazy Baldhead", "Johnny Was", "Natty Dread", "Positive Vibration", "Rat Race", "Rebel Music (Block Road)", "Talking Blues", "Them Belly Full", "Want More", "War", "Who The Cap Fit" e "So Jah She".

Em 1992, onze anos após a morte de Marley, Cayman e Blue Mountain assinaram um acordo para que a segunda gravadora mantivesse o catálogo do cantor. Mas a Cayman argumenta que estas treze canções não faziam parte do acordo, o que a Blue Mountain ignora.

O advogado da Blue Mountain, Ian Mill, assegura que não havia nenhuma razão para deixar de fora algumas das músicas e que "a intenção clara" do acordo de 1992 era "a transferência de todos os direitos".

A Rede Globo e a Endemol – dona do reality Big Brother- entraram na justiça e conseguiram uma liminar proibindo os sites UOL e Terra de terem um espaço exclusivo sobre o BBB 14. A alegação é de que esses sites estavam além da finalidade jornalística e usufruiam comercialmente dos conteúdos do programa, com oferta de aplicativos, segunda tela e até mesmo votação paralela.

A decisão foi emitida, na última sexta (14), pela Justiça do Rio de Janeiro, mas o portal UOL só falou publicamente sobre o caso nesta terça-feira (18). O site já retirou do ar sua página relacionada ao BBB 14, mas o Terra ainda mantém a sua.

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Em comunicado, a Globo afirma que a ação não tem o objetivo de impedir os portais de produzirem matérias de cunho jornalístico sobre o programa. “A cobertura jornalística do programa é livre e pode ser feita por qualquer veículo. Vários sites cobrem o BBB regulamente, sem violar direitos autorais”, diz o comunicado no portal Gshow. 

A Globo ainda informa que o portal R7 também foi notificado, juntamente com o UOL e Terra, que podem recorrer da decisão da Justiça. 

Eliminação

O paredão desta semana foi formado por Marcelo, Vanessa e Diego, que recebeu 61% dos votos do público e foi eliminado na noite desta terça (18). Ele enfrentou seu quinto paredão e do lado de fora da casa reencontrou Franciele, com quem o brother teve um affair no reality.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, vai abrir o debate no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da nova lei de direitos autorais na próxima segunda-feira (17). O texto relatado por Humberto foi aprovado em julho do ano passado pelo Congresso, mas é questionado por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) impetrada pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). 

A instituição, de caráter privado, arrecada mais de R$ 600 milhões por ano e é responsável pela centralização dos recursos e distribuição dos direitos de execução pública musical aos autores.

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Em favor dos artistas, Humberto vai defender a legalidade do texto aprovado no parlamento, que prevê maior transparência na gestão do dinheiro arrecadado pelo Ecad. De acordo com o líder do PT, um dos pontos questionados pelo Ecad é a redução das taxas de administração cobradas pelo Escritório aos artistas, que, a partir da lei, são proporcionais ao custo de produção. “As taxas passam a, no máximo, 15% em quatro anos. Antes da lei, o Ecad cobrava 25%”, ressaltou o senador.

A instituição alega que a lei é inconstitucional porque deixa o Estado interferir no direito privado. Além disso, o escritório reclama que não pôde se manifestar durante o processo de tramitação da matéria no Legislativo.

Após a abertura feita por Humberto, a audiência no STF seguirá com o pronunciamento de outros interessados no julgamento, como a produtora Paula Lavigne e os músicos Fernando Brandt, Frejat e Roberto Menescal. O relator da matéria no Supremo é o ministro Luiz Fux.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

Após a notícia da morte de Eduardo Coutinho no último domingo (2), alguns internautas começaram a divulgar o documentário proibido 'Um dia na Vida', realizado a partir de um material de 19 horas de gravações de todos os canais da TV aberta brasileira.

Por questões de direitos autorais, o documentário foi retirado do ar, mas alguns links para download em torrent estão disponíveis. Outros internautas continuaram a publicar o filme como Ivan Filho, que o disponibilizou em seu canal do YouTube.

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Cinema da Fundação

No sábado (8), o Cineclube Dissenso exibe um filme dirigido por Eduardo Coutinho, no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, bairro do Derby, no Recife. O título da obra ainda não foi divulgado, mas a sessão acontece às 13h30, com entrada gratuita.

A semana começou com uma boa notícia para os fãs do canal Nostalgia. Depois de quase ter perdido seu espaço, que conta com quase 955 mil inscritos, por causa das políticas do YouTube, Felipe Castanhari conseguiu um acordo com a Warner, que retirou um dos strikes que o Nostalgia possuía. Ou seja, agora Castanhari pode continuar com seu trabalho na rede social e já adiantou que o próximo vídeo sai nesta quarta (22), às 18h (horário de Brasília), e abordará a Rede Manchete de Televisão, conhecida por exibir animes e séries japonesas.

Apesar da boa vontade da Warner, a Fox, que também determinou um dos strikes do canal, ainda não retirou a notificação. Por precaução, ainda quando estava sob a ameaça de extinção do Nostalgia, Castanhari criou uma nova página para manter a comunicação com seus inscritos no YouTube. Segundo ele, o espaço não será mais usado e quem visitá-lo deverá ser redirecionado automaticamente para a página original do Nostalgia. 

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Confira o vídeo mais recente publicado:

Quem acessa o YouTube com certa frequência e é fã da cultura geek, provavelmente conhece o canal Nostalgia. O “programa”, liderado pelo designer Felipe Castanhari, reúne vídeos com compilações de ícones que fizeram parte da adolescência e infância de quem nasceu entre o final dos anos 80 e o início dos 90. Com quase 900 mil usuários inscritos, a página possui a fórmula perfeita para continuar fazendo sucesso no YouTube: boa produção, narrativa descontraída e conteúdo geek. No entanto, as políticas da rede social de vídeos está pondo em risco todo conteúdo produzido durante quase dois anos de atuação e levantando uma corrente por toda web brasileira.

Tudo começou quando o Nostalgia recebeu um comunicado do YouTube avisando que, pela terceira vez, o canal estaria recebendo uma notificação de violação de direitos autorais (chamada de strike) e, por isso, a conta seria encerrada do site em um prazo de sete dias, que é a próxima quarta-feira (22). A “violação” citada pela rede social se deve ao uso de imagens de desenhos, músicas e outros ícones para ilustrar os comentários feitos pelo Nostalgia durante os vídeos. Um exemplo é o da Fox, quando Castanhari utilizou imagens do seriado “Os Simpsons” para criar um clipe sobre a história da série.

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A punição também impede que os donos do canal criem um vídeo explicando aos seus seguidores o que está acontecendo. Ou seja, se um fã do canal não segue a página no Twitter ou Facebook, por exemplo, pode não estar ciente que o programa pode estar perto da extinção. Mas a internet não se calou diante dos fatos. Além de criar um espaço de “emergência” para seus seguidores, Felipe Castanhari também conta com a solidariedade de diversos vloggers populares como o Jovem Nerd e Izzy Nobre, o que criou uma espécie de corrente contra o fim do Nostalgia.

Entenda as políticas do YouTube – Para fiscalizar quais canais utilizam conteúdos que infrigem as políticas de direitos autorais do YouTube, a Google criou o Contend ID, ferramenta que busca por este tipo de material na rede.

Caso a ferramenta identifique uma infração nestas políticas, o vídeo em questão recebe uma “flag” e deixa de ser monetizável. Já para o canal levar “strikes”, é necessário alguma empresa ou pessoa entrar em contato com o YouTube e alegar que o conteúdo no vídeo é dela, como a Fox fez com o Canal Nostalgia. Levando três strikes, o canal é fechado.

Veja o posicionamento do criador do Nostalgia:





O rapper norte-americano Daz Dillinger acusou a Rockstar de ter usado duas músicas de sua autoria na trilha sonora de GTA V sem prévia autorização. O artista enviou uma carta à empresa onde solicita o pagamento devido pelos direitos autorais ou ameaça impedir a venda dos games.

Segundo noticiado pelo TMZ, o músico chegou a receber uma oferta de US$ 4,2 mil pelo uso das músicas C-Walk e Nothin' But the Cavi Hit, mas a recusou por considerá-la ofensivamente baixas. O rapper deu um prazo de 14 dias à Rockstar para chegarem a um acordo ou irá tomar as medidas judiciais devidas. “É sobre respeitar o trabalho do artista. A Rockstar não fez isso aqui e não posso deixá-los sair impunes nessa”, disse Dillinger em entrevista ao TMZ.

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GTA V se tornou um fenômeno de vendas absoluto, arrecadando mais de US$ 800 milhões apenas no primeiro dia de vendas, US$ 1 bilhão em apenas três dias e atingir sete recordes segundo o Guinness.

A sanção da lei que cria novas regras para a cobrança, a arrecadação e a distribuição de recursos pagos por direitos autorais foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), desta quinta-feira (15), pela presidenta Dilma Rousseff (PT). O texto do Projeto de Lei do Senado (PLS) 129/2012, que passará a valer em 120 dias, é o mesmo aprovado pelo Congresso Nacional em julho, apresentado pelo Senador Humberto Costa (PT).

Conforme a proposta do senador, o Escritório Central de Arrecadação de Direitos (Ecad) continua a ser formado pelas associações que congregam compositores e intérpretes. Mas essas instituições terão que se habilitar junto ao Ministério da Cultura a fim de comprovar que têm condições de administrar os direitos de forma eficaz e transparente. Muda também o custo cobrado pelo Ecad pelo serviço. A taxa de administração não poderá ultrapassar 15% do valor arrecadado a título de pagamento de direitos. O escritório terá prazo de quatro anos para se adaptar à modificação.

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Outro avanço é que o Ecad deverá ser regido por regras democráticas de governança, conferindo direito a vota a todas as associações, com o mesmo peso e sem discriminação. Para evitar o falseamento de dados e a duplicidade de títulos, será adotado um cadastro unificado de obras. Os dirigentes das associações terão mandato fixo de três anos, com direito a uma reeleição. Apenas poderão ser eleitos e votar os titulares originários dos direitos, ou seja, compositores e intérpretes. O projeto estabelece penalidades para dirigentes do escritório central e das associações, bem como para os usuários que descumpram as obrigações de informar a utilização das obras.

O pagamento pelos direitos autorais deverá também espelhar a realidade da execução das músicas. E o autor poderá acompanhar a gestão do seu direito pela internet, por meio de uma espécie de conta, com acesso restrito. Os litígios entre emissoras e o escritório de arrecadação poderão ser dirimidos pelo Ministério da Cultura.

“Como relator do PLS 129/2012, procurei fazer meu trabalho ouvindo a todos os atores relacionados à temática da gestão coletiva de direitos autorais”, explica Humberto Costa. “Fiz uma síntese das contribuições e apresentei um substitutivo que não tem vencidos ou vencedores, mas que indubitavelmente traz ganhos para o detentor dos direitos.”

A presidente Dilma Rousseff sancionou lei que traz novas regras para cobrança, arrecadação e distribuição dos recursos decorrentes de direitos autorais na produção musical. A lei altera a maneira como o Escritório Central de Arrecadação de Direitos Autorais (Ecad) repassará os recursos aos artistas e disciplina a fiscalização da arrecadação dos direitos. A nova lei está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 15.

O texto determina que o porcentual da arrecadação destinado aos titulares de direitos autorais, como compositores e intérpretes, aumente gradualmente até que, em quatro anos, a parcela paga aos autores não seja inferior a 85% dos valores recolhidos. Hoje, os autores musicais recebem 75,5% da arrecadação e o restante é divido entre Ecad e as associações que fazem parte do Escritório.

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"A parcela destinada à distribuição aos autores e demais titulares de direitos não poderá, em um ano da data de publicação desta Lei, ser inferior a 77,5% dos valores arrecadados, aumentando-se tal parcela à razão de 2,5% ao ano, até que, em quatro anos da data de publicação desta Lei, ela não seja inferior a 85% dos valores arrecadados", define o texto. A nova lei, que foi aprovada pelo Congresso Nacional em julho, entra em vigor em 120 dias.

O projeto de lei que cria novas regras para a cobrança, arrecadação e distribuição de recursos pagos por direitos autorais dependerá apenas, da sanção da presidente Dilma (PT). A matéria, que havia sido modificada na Câmara Federal foi aprovada mantendo o parecer inicial do relator Humberto Costa (PT-PE) nessa quarta-feira (10), pouco antes da meia noite. 

A emenda feita pela Câmara que isentava as entidades filantrópicas de utilidade pública ou beneficentes do pagamento de direitos autorais foi derrubada no Senado. Na ocasião, Humberto Costa apresentou o parecer contrário ao dispositivo, por considerá-lo inconstitucional.

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O PLS 129/12, tem o objetivo de tornar mais transparente a distribuição dos valores pagos pela execução de obras protegidas por direitos autorais, inclusive produções audiovisuais.

A proposta também corrige distorções históricas do sistema de arrecadação. Criado ainda durante o Regime Militar (1973). O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição Ecad tem o monopólio sobre a arrecadação musical no Brasil. No ano passado, o órgão arrecadou R$ 624,6 milhões e distribuiu R$ 470,2 milhões.

Na semana passada, a proposta já havia sido apreciada no Senado, em primeira votação. Na ocasião, artistas como Roberto Carlos, Caetalo Veloso, Carlinhos Brown e Lenine compareceram ao Congresso para apreciar a votação. Os artistas também tiverem um encontro com a presidente Dilma, que declarou apoio ao projeto.

Veja as principais mudanças no Ecad:

- O Escritório Central de Arrecadação de Direitos (Ecad) continua a ser formado pelas associações que congregam compositores e intérpretes. A novidade é que as associações terão que se habilitar junto ao Ministério da Cultura, onde comprovarão que têm condições de administrar os direitos de forma eficaz e transparente.

- A taxa de administração cobrada pelo Ecad não poderá ultrapassar 15% do valor arrecadado a título de pagamento de direitos. O Ecad terá quatro anos para se adaptar à modificação.

- O Ecad deverá ser regido por “regras democráticas de governança”, estipula o relatório, conferindo direito a vota a todas as associações, com o mesmo peso e sem discriminação.

- Cadastro unificado de obras que evite o falseamento de dados e a duplicidade de títulos.

- Emissoras de rádio e TV serão obrigadas a tornar pública a relação completa das obras que utilizou. Hoje, a distribuição se dá por amostragem. Pelo texto do senador, apenas a fiscalização será feita dessa forma. O pagamento deverá espelhar a realidade da execução das músicas. O autor poderá acompanhar a gestão do seu direito pela internet.

- Os litígios entre emissoras e o escritório de arrecadação poderão ser dirimidos pelo Ministério da Cultura

- Os dirigentes das associações terão mandato fixo de três anos, com direito a uma reeleição. Apenas poderão ser eleitos e votar os titulares originários dos direitos, ou seja, compositores e intérpretes.

- O projeto estabelece penalidades para os dirigentes do escritório central e das associações, bem como para os usuários que descumpram as obrigações de informar a utilização das obras.

 

Já chegou à Câmara o projeto que estabelece novas regras para a cobrança, arrecadação e distribuição dos direitos autorais sobre obras musicais. O texto que será analisado pelos deputados é o substitutivo do relator, senador Humberto Costa (PT-PE), que acolheu quatro emendas do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

O projeto é fruto da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), que investigou as denúncias de irregularidades e, em certos momentos, chegou a sugerir a extinção da entidade.

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Mas, no texto aprovado pelo Senado, Humberto manteve a função do Ecad e, ao mesmo tempo, procurou atender as exigências da classe artística. "Aprovado o projeto, passarão a viger regras que deverão pautar a atuação não apenas do Ecad, como também das associações responsáveis pela gestão coletiva dos direitos autorais, tendendo a tornar essa atividade mais transparente, eficiente e idônea", considerou ele no relatório feito para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Pela proposta, o Ecad continuará sendo o único órgão arrecadador de direitos autorais. No entanto, o Executivo federal ficará responsável por controlar as ações da entidade. No texto original, Humberto sugeriu que o Ministério da Cultura desempenhasse essa função, mas uma das emendas acolhidas retirou essa determinação e deixou a cargo da administração pública federal a escolha do órgão.

Por mais transparência, o projeto determina que Ecad deverá promover acesso público à planilha de custos para uso das músicas, assim como a informações sobre arrecadação e pagamentos, preservando, contudo, a identidade dos artistas favorecidos. "Para termos dimensão do problema, basta lembrar que o Ecad arrecadou R$ 624,6 milhões e distribuiu R$ 470,2 milhões em 2012. O grande contingente de autores e as expressivas somas de recursos impõem ao Poder Legislativo, insisto, o poder-dever de regular a matéria", justificou o senador pernambucano.

Outra emenda sugerida por Aloysio Nunes estabelece o 10º dia útil de cada mês como prazo para as empresas emissoras de rádio e TV e empresas cinematográficas entregarem relação completa das obras e fonogramas usados no mês anterior. Uma terceira emenda estabelece que a cobrança dos usuários das obras será proporcional ao grau de utilização das mesmas.

Após a aprovação do projeto, o Ecad terá quatro anos para cumprir as novas regras. Confira o relatório completo de Humberto Costa, clicando no link abaixo.

Um projeto que propõe mais transparência na arrecadação e distribuição de direitos autorais foi aprovado, nesta quarta-feira (3). A proposta redefine o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) e pretende garantir eficiência e fiscalização ao direito autoral.

A proposta tem relatoria do senador pernambucano Humberto Costa (PT) e foi votada em regime de urgência. A votação levou ao Congresso Nacional grandes nomes da música brasileira, entre eles, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Fafá de Belém, Lenine, Otto, Gaby Amarantos, Thiaguinho, Alexandre Pires, Péricles, Erasmo Carlos e Carlinhos Brown.

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“Nós estamos iniciando não somente uma reforma do sistema, mas uma verdadeira revolução, resgatando o interesse de todos aqueles envolvidos com essa atividade, especialmente dos compositores, autores e cantores brasileiros”, afirmou Costa.

Segundo o senador, a proposta corrige distorções históricas do sistema de arrecadação. “Temos dois sensos comuns na sociedade brasileira: um, que se paga caro ao Ecad e não se sabe se o autor é o real beneficiado e o outro é a cultura de que não é preciso pagar para utilizar a obra de alguém, afirmou. Criado ainda durante o Regime Militar (1973), o Ecad tem o monopólio sobre a arrecadação musical no Brasil. 

Antes do projeto ser apreciado no plenário do Senado, os artistas se reuniram com a presidenta Dilma Roussef (PT), acompanhados  pela ministra Marta Suplicy e pelo senador Humberto Costa. A presidente garantiu o apoio ao projeto, que segue agora para a Câmara Federal. 

Confira as principais mudanças no funcionamento do Ecad:

- O Escritório Central de Arrecadação de Direitos (Ecad) continua a ser formado pelas associações que congregam compositores e intérpretes. A novidade é que as associações terão que se habilitar junto ao Ministério da Cultura, onde comprovarão que têm condições de administrar os direitos de forma eficaz e transparente.

- A taxa de administração cobrada pelo Ecad não poderá ultrapassar 15% do valor arrecadado a título de pagamento de direitos. O Ecad terá quatro anos para se adaptar à modificação.

- O Ecad deverá ser regido por “regras democráticas de governança”, estipula o relatório, conferindo direito a vota a todas as associações, com o mesmo peso e sem discriminação.

- Cadastro unificado de obras que evite o falseamento de dados e a duplicidade de títulos.

- Emissoras de rádio e TV serão obrigadas a tornar pública a relação completa das obras que utilizou. Hoje, a distribuição se dá por amostragem. Pelo texto do senador pernambucano, apenas a fiscalização será feita dessa forma. O pagamento deverá espelhar a realidade da execução das músicas. O autor poderá acompanhar a gestão do seu direito pela internet.

- Os litígios entre emissoras e o escritório de arrecadação poderão ser dirimidos pelo Ministério da Cultura

- Os dirigentes das associações terão mandato fixo de três anos, com direito a uma reeleição. Apenas poderão ser eleitos e votar os titulares originários dos direitos, ou seja, compositores e intérpretes.

- O projeto estabelece penalidades para os dirigentes do escritório central e das associações, bem como para os usuários que descumpram as obrigações de informar a utilização das obras.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O Ecad, órgão de arrecadação e distribuição de direitos autorais relativos à música no Brasil, estima o montante a ser arrecado em 2012 em R$ 612 milhões - o que vai significar um aumento de 13% em relação aos números de 2011. O valor poderia ser bem maior caso a inadimplência baixasse. Ano passado, perto de R$ 840 milhões deixaram de ser repassados, principalmente por parte de emissoras de TV (abertas e por assinatura) e de rádio, que veiculam músicas em suas programações.

A arrecadação ficou em R$ 540,5 milhões, mas chegaria a R$ 1,3 bilhão. Empresas como a TV Globo, o SBT e 98% das TVs fechadas contestam o índice a ser pago: 2,5% de seu faturamento. Globo e SBT brigam na Justiça para baixá-lo desde 2005 e depositam valores em juízo. A primeira depositou mensalmente cerca de R$ 6 milhões em 2011, quando o devido seria R$ 22 milhões, conforme o Ecad. O caso está no Superior Tribunal de Justiça.

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Do total recolhido pela execução pública de cerca de 3,3 milhões de obras, em shows, bares, academias de ginástica e outros locais, 75,5% vai para os titulares das obras - são 542 mil associados -, o Ecad fica com 17% e repassa 7,5% às nove associações que representam os artistas. A aferição é feita nacionalmente por 145 técnicos e 93 agências terceirizadas - contingente que o órgão não considera insuficiente, por conta das tecnologias que permitem a averiguação remota.

Os números foram divulgados nesta terça-feira por executivos do Ecad em uma conversa com jornalistas de vários Estados, no Rio. O convite aconteceu três meses depois da conclusão da CPI que investigou suas atividades, convocada no Senado para apurar possíveis irregularidades, por conta de notícias como o pagamento de direitos a um falsário, e tendo como pano de fundo a discussão da nova Lei de Direitos Autorais, proposta pelo governo federal.

O relatório final da CPI recomendou a criação de uma Secretaria do Direito Autoral e de um Conselho Nacional dos Direitos Autorais dentro do Ministério da Justiça, com o objetivo de aumentar a transparência do sistema de recolhimento e pagamento. O Ministério da Cultura prefere que a fiscalização fique sob sua supervisão. Há 15 anos superintendente do Ecad, a advogada Gloria Braga, que chegou a ser indiciada pela CPI com outros sete diretores, disse que todos os balanços estão disponíveis na internet e cobra do governo um posicionamento diante da inadimplência das emissoras de TV, inclusive a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), que é pública.

A corte alemã de Hamburgo chegou a conclusão, nesta sexta-feira, de que o YouTube precisa alertar seus usuários sobre os vídeos que não possuem autorização de direitos autorais dos seus donos.

A entidade de recolhimento de direitos autorais alemã Gema, e vários outros grupos que defendem este tipo de recolhimento no país, entraram com um processo contra o site, em 2010. O processo pode ser um precedente para que sites de vídeos como o YouTube passem a pagar royalties.

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O YouTube alegou que somente fornece condições técnicas para que os usuários publiquem conteúdo, e que a empresa não tem responsabilidade de monitorar vídeos e clipes para evitar a violação de direitos autorais.

A corte deu razão, parcialmente, ao YouTube, ao concluir que o site não tem a obrigação de espontâneamente procurar possíveis violações de direitos autorais, mas ressaltou que a página precisa agir quando os proprietários dos vídeos pedirem. Uma representante da Google na Alemanha declarou que a decisão era bem-vinda, pois a conclusão da corte cria estabilidade legal para os sites de publicações de conteúdos ou usuários.

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