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Em mais um discurso, nesta quinta-feira (16), que deve ocasionar mais reações do povo brasileiro, o presidente Michel Temer (PMDB) disse que precisa anunciar as “boas novas”. Ele afirmou que a economia do Brasil está voltando a crescer e que os "sinais" desse fato são cada dia mais claros. 

O presidente declarou que, em fevereiro passado, o número de empregos formais ultrapassaram o número de 35 mil vagas. “É importante essa noticia porque eu penso em 35 mil brasileiros que tem, através do trabalho, uma vida digna. É um dos pressupostos da Constituição, seu fundamente básico, é a dignidade da pessoa humana”.  

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“É, na verdade, um começo, mas isso é depois de 22 meses de números negativos. É, praticamente, a primeira vez que nós temos um número positivo no tocante a abertura de empregos. Nós temos ainda muitos milhões de brasileiro que dependem de emprego, mas é preciso começar e o começo veio com essa noticia que eu estou dando a vocês”, acrescentou o peemedebista. 

Temer ainda disse que a inflação caiu “substancialmente” e que os juros também. “Eu tenho a absoluta convicção de que com a retomada do emprego nós teremos, pelo menos, um bom números de brasileiros mais ativamente participantes da cidadania”.

Por meio do Twitter, ele também deu “as boas novas”. “O emprego está voltando. É a notícia que eu mais queria dar. São empregos com carteira assinada. Isso é só o começo”, ressaltou.

Hoje, mais cedo, ele já tinha dito que “mais notícias boas virão em breve. Nosso governo continuará trabalhando para o bem de todos os brasileiros”.

 

A inadimplência do consumidor recuou 8,0% em fevereiro ante janeiro na comparação dessazonalizada, informou nesta sexta-feira (10) a Boa Vista SCPC. Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, foi registrada queda de 3,5% frente aos 12 meses antecedentes.

Na comparação entre fevereiro deste ano e o mesmo mês do ano passado, foi constatada retração de 8,3%. Na análise acumulada em 12 meses por regiões, houve queda no Sul (-5,3%), Sudeste (-5,1%), Centro-Oeste (-0,3%) e Nordeste (-0,1%). A única região que registrou avanço nos calotes foi a Norte (1,4%).

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Para a Boa Vista, os recuos verificados na inadimplência são justificados pelas adversidades que atingem a economia brasileira há dois anos, provocando maior cautela nas famílias e inibindo o consumo. A instituição afirma que a perspectiva de crescimento econômico moderado, aliada à melhora da renda e queda dos juros e da inflação, deve favorecer uma "retomada sustentável da demanda de crédito, expandindo a renda disponível das famílias, fatores que colaboram para manter o atual ritmo de queda da inadimplência".

O indicador de inadimplência é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas informados à Boa Vista pelas empresas credoras. Em São Paulo, passou-se a usar como referência o número de cartas de notificação enviadas aos consumidores em vez dos números de débitos ativos na base do SCPC, em virtude da Lei Estadual nº 15.659/2015.

Começa nesta sexta-feira (10) o pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores nascidos nos meses de janeiro e fevereiro. A partir desta sexta-feira, serão 4,8 milhões de pessoas aptas a sacar quase R$ 7 bilhões, o equivalente a 15,9% do total disponível. Cerca de 1,6 milhão de trabalhadores receberão automaticamente o crédito em suas contas na Caixa, no primeiro dia em que o dinheiro estará disponível. As agências do banco vão abrir neste sábado (11), das 9h às 15h.

Além disso, mais de 1,2 milhão de pessoas poderão sacar utilizando o Cartão Cidadão no autoatendimento, nas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui. Os demais trabalhadores deverão sacar seus recursos nas agências, que abrirão hoje (10), segunda (13) e terça-feira (14) com duas horas de antecedência para auxiliar no fluxo de atendimento.

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Estarão abertas 1.841 agências, no primeiro sábado após o início do cronograma mensal de pagamento, exceto em abril. Amanhã, haverá atendimento para pagamentos, solucionar dúvidas, promover acerto de cadastro dos trabalhadores e emitir senha do Cartão Cidadão. A relação das agências que funcionarão no sábado pode ser consultada na página da Caixa.

Quem pode sacar

Pode fazer o saque quem teve contratos de trabalho encerrados até 31 de dezembro de 2015. O pagamento das 49,6 milhões de contas inativas seguirá um calendário específico, que leva em conta o mês de aniversário do trabalhador. No mês que vem, poderão fazer o saque os nascidos em março, abril e maio.

Valores até R$ 1,5 mil podem ser sacados no autoatendimento somente com a senha do Cidadão. Para valores até R$ 3 mil, o saque pode ser feito com o Cartão do Cidadão e a senha no autoatendimento, em lotéricas e correspondentes Caixa. Acima de R$ 3 mil, os saques devem ser feitos nas agências do banco. A transferência de recursos de contas inativas do FGTS da Caixa Econômica Federal para outros bancos poderá ser feita sem a cobrança de taxas, a pedido do trabalhador.

A Caixa recomenda que os trabalhadores tenham sempre em mãos o documento de identificação e a Carteira de Trabalho, ou outro documento que comprove a rescisão de contrato. Para valores acima de R$ 10 mil é obrigatória a apresentação desses documentos.

O trabalhador que ainda não sabe se tem dinheiro a receber pode acessar o site sobre as contas inativas. Lá, ele pode verificar o valor a receber, a data do saque e os canais disponíveis para pagamento. Na tarde de ontem, a Caixa publicou um vídeo, no qual o diretor do FGTS, Valter Nunes, tira dúvidas sobre o saque de contas inativas.

Estados

São Paulo, o Rio de Janeiro e Minas Gerais concentram 53,7% dos trabalhadores com direito ao saque do FGTS e somam mais de 64% do valor total. São Paulo reúne 33,2% do total de beneficiários e cerca de 45% do valor disponível para todo o país. O Rio de Janeiro tem 9,46% do total de trabalhadores com direito a receber e 11,73% em valor. Em Minas, são 10,97% do total de trabalhadores habilitados e 7,49% do saldo total.

O faturamento das montadoras com exportações subiu 45,3% em fevereiro, na comparação com igual período de 2016, chegando a US$ 1,18 bilhão. Em relação a janeiro, houve alta de 46,1% no montante obtido pelo setor com embarques ao exterior, de acordo com levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a associação que abriga os fabricantes de veículos instalados no País.

O resultado leva para US$ 1,99 bilhão - alta de 46,4% no comparativo interanual - o total faturado no primeiro bimestre. Além de veículos, o balanço inclui as exportações de autopeças feitas pelas montadoras, assim como as vendas externas das fábricas de máquinas agrícolas, também associadas à Anfavea.

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No mês passado, 66,3 mil veículos saíram do Brasil com destino a mercados do exterior, um crescimento de 82,2% na comparação anual. Em relação a janeiro, o crescimento foi de 74,7%. No acumulado do primeiro bimestre, as montadoras exportaram 104,2 mil veículos, o que corresponde a um crescimento de 73,1%. Segundo a Anfavea, o desempenho corresponde ao maior volume de exportações num primeiro bimestre em toda a série histórica.

Emprego

As montadoras voltaram a contratar em fevereiro, quando 414 vagas foram abertas no setor, incluindo nessa conta as fábricas de máquinas agrícolas, também associadas à Anfavea. A indústria automobilística terminou o mês passado com 121,5 mil pessoas ocupadas.

O presidente da Anfavea, Antonio Megale, considerou que, apesar da geração de empregos, o número de vagas criadas não foi significativo. Ainda assim, ele avaliou em entrevista a jornalistas que o desempenho indica estabilidade da ocupação no setor, após o corte de 8,8 mil postos nos últimos 12 meses, segundo balanço divulgado nesta terça pela Anfavea, entidade que abriga os fabricantes de veículos instalados no País.

Acordos

Segundo o presidente, as montadoras ainda mantêm 10.350 trabalhadores em jornada de trabalho restrita por força de acordos de lay-off (suspensão de contratos de trabalho) ou adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE).

De acordo com a Anfavea, 8.681 estão no PSE, ferramenta na qual a jornada de trabalho é reduzida, assim como os salários. Outros 1.669 estão em regime de lay-off, no qual os operários ficam afastados das fábricas por até cinco meses - ou por mais tempo se o acordo for renovado.

As vendas de veículos novos no País caíram 7,59% no mês passado, comparativamente a igual período de 2016, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, 1, pela Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de automóveis.

Frente a janeiro, houve queda de 7,84% nos emplacamentos. Nesse caso, a comparação é distorcida pelo calendário comercialmente mais curto em razão do feriado de carnaval. Na prática, o mês terminou para o setor na última sexta-feira, fazendo com que fevereiro tivesse um resultado final menor, embora tenha registrado melhora do movimento diário nas lojas.

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Ainda que feita essa ressalva, o desempenho ficou em patamar baixo mesmo se comparado a outros períodos de calendário igualmente curto da série histórica, registrando as piores vendas em um mês em quase onze anos. Entre carros de passeio, utilitários leves - como picapes e vans -, caminhões e ônibus, 135,7 mil unidades saíram das concessionárias no mês passado, o menor número mensal desde abril de 2006 (131,2 mil). Se considerados apenas os resultados de fevereiro na série histórica, o volume foi o mais baixo desde 2006.

O desempenho levou o setor a terminar o primeiro bimestre com 282,9 mil veículos novos vendidos, o que representa uma queda de 6,36% na comparação com 2016 e o pior volume, entre períodos equivalentes, também em onze anos.

Apenas no segmento de carros de passeio e comerciais leves, 132,4 mil unidades foram vendidas no mês passado, recuo de 6,82% na comparação anual. Em relação a janeiro, a queda foi de 7,77%.

Na média, as concessionárias venderam 7,4 mil carros a cada dia que abriram as portas, 830 a mais do que elas entregaram a cada dia útil de janeiro. Contudo, para efeito de comparação, três anos atrás, a média diária passava de 12 mil.

O primeiro bimestre terminou, então, com 276 mil unidades vendidas - entre automóveis de passeio e utilitários leves -, total 5,42% inferior ao dos dois primeiros meses de 2016.

Termômetro da atividade econômica, as vendas de caminhões também não param de encolher, marcando, no mês passado, queda de 31,68% na comparação com fevereiro de 2016. Ante janeiro, os emplacamentos, de 2,6 mil caminhões, recuaram 11,19%, fazendo com que o segmento encerrasse o primeiro bimestre com 5,6 mil unidades licenciadas, queda de 32,04%.

O balanço da Fenabrave mostra ainda que as vendas de ônibus, de 647 unidades em fevereiro, recuaram 27,38% na comparação com igual período do ano passado e 8,49% em relação a janeiro. Nos dois primeiros meses de 2017, 1,4 mil coletivos foram vendidos, 36,88% abaixo do primeiro bimestre do ano passado.

As contas de luz vão continuar sem cobrança adicional em fevereiro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que as faturas de energia terão a bandeira verde pelo terceiro mês consecutivo. O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pela Aneel.

De acordo com a Aneel, as condições hidrológicas estão favoráveis, de forma que não foi necessário acionar usinas termelétricas com custo acima de R$ 211,28 por megawatt-hora (MWh).

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Quando o custo da última térmica acionada supera esse valor e fica abaixo de R$ 422,56 por MWh, a Aneel aplica a bandeira amarela. Foi o que ocorreu em novembro, quando foram adicionados R$ 1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. De abril a outubro, vigorou a bandeira verde.

Quando o custo das termelétricas ligadas supera R$ 422,56 por MWh, a Aneel utiliza a bandeira vermelha, que adiciona entre R$ 3,00 a cada 100 kWh consumidos. Se o valor for superior a R$ 610,00 por MWh, o acréscimo é de R$ 4,50 a cada 100 kWh.

O ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, informou que até 1º de fevereiro o governo divulgará um cronograma para os trabalhadores interessados em sacar os recursos disponíveis em contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) até 31 de dezembro de 2015. O calendário, explicou o ministro, seguirá ordem determinada pelas datas de nascimento dos beneficiários.

O governo optou por retirar o limite para saque, antes avaliado entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil porque, segundo o ministro, os valores dessas contas inativas se concentram (86%) em contas de valores correspondentes a um salário mínimo.

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"O histórico de saques do FGTS não é de 100%. As pessoas vão sacar para necessidades mais prementes, como pagamento de dívidas de despesas mais importantes. Não haverá restrição legal para utilização desses recursos", disse o ministro, que também participa, ao lado do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), do café da manhã promovido pelo presidente Michel Temer com jornalistas nesta quinta-feira, 22.

Lembrando que a inadimplência no mercado financeiro hoje chega a R$ 75 bilhões, Dyogo de Oliveira argumentou que a possibilidade de sacar as contas inativas contribuirá para reduzir a inadimplência no sistema como um todo e para melhorar as condições de crédito. "Este é um elemento principal das condições de todas as medidas adotadas", disse o ministro.

O ministro lembrou ainda que o governo pretende reduzir o custo indireto do trabalho com a diminuição gradual da multa adicional imposta em caso de demissão dos trabalhadores. Na época em que se buscou solução para o pagamento de passivos gerados pelos planos econômicos, foi imposto um adicional de 10% à multa de 40% que incide no fundo em caso de demissão.

"Esse adicional não vai para o trabalhador, mas para o patrimônio do FGTS", comentou. A gradualidade na redução é, segundo ele, uma forma de anular os efeitos dos cortes em funções do FGTS como o financiamento habitacional e a empreendimentos de saneamento.

O governo promoverá, ainda, o aumento do rendimento do FGTS, hoje de 3% ao ano mais TR, com o repasse à conta do trabalhador de parte dos juros obtidos com aplicações em títulos públicos. "Acreditamos que haverá incremento entre 2% e 3% ao ano, aproximando o fundo ao rendimento da poupança", declarou.

Foram criadas 165.028 novas empresas no Brasil em fevereiro, o maior registro para o mês desde 2010, aponta o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. O número é 14,2% superior ao registrado em fevereiro de 2015: 144.501. O primeiro bimestre do ano acumula 331.641 novas companhias, crescimento de 12,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o aumento de novas empresas é resultado do maior número de novos microempreendedores individuais, que cresceram em razão da perda de postos formais no mercado de trabalho. Segundo eles, a recessão econômica impulsionou trabalhadores desempregados a buscarem, de forma autônoma, meios alternativos de geração de renda.

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O setor de serviços segue como o mais procurado pelos empreendedores, com a abertura de 104.493 novas empresas em fevereiro, o equivalente a 63,3% do total de companhias criadas no mês. Em seguida, 46.448 empresas de comércio (28,1% do total) surgiram no segundo mês do ano e, no setor industrial, foram abertas 13.674 empresas (8,3% do total). Na comparação entre fevereiro e igual mês do ano passado, todos os setores cresceram: serviços tiveram aumento de 17,4%; comércio, 7,4%; e indústria, 16,6%.

Por região, a liderança em fevereiro ficou com o Sudeste, com 86.119 novos negócios, ou 52,2% do total. A região Sul ocupou o segundo lugar, com 17,3% (28.492 empresas), e a região Nordeste ficou em terceiro lugar, com 16,2% de participação e 26.806 novas companhias. O Centro-Oeste registrou a abertura de 15.252 empresas ou 9,2% de participação, seguido pela região Norte, com 8.359 novos empreendimentos ou 5,1% do total de negócios inaugurados em fevereiro.

O País registrou ainda um corte de 1,172 milhão de postos de trabalho no período de um ano. A população ocupada ficou em 91,134 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro de 2016, recuo de 1,3% ante o trimestre encerrado em fevereiro do ano passado.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quarta-feira, 20, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Após sucessivos cortes de vagas, a população ocupada volta ao patamar de meados de 2013, ressalta Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

"A queda na população ocupada foi extremamente agressiva. Várias pessoas perderam emprego. Além dos trabalhadores que foram contratados temporariamente, o corte foi adiante. Pessoas que estavam efetivamente empregadas perderam o trabalho", apontou Azeredo.

Ao mesmo tempo, a população em idade de trabalhar aumentou 1% em um ano, 1,625 milhões de indivíduos a mais. Já o total de inativos diminuiu 0,3%, 174 mil pessoas a menos nessa condição.

"Há um crescimento demográfico da população. A população cresce. É esperado que emprego cresça acima da população, se a situação econômica for favorável. Mas o que acontece aqui é que a geração de emprego não é suficiente, pelo contrário, não absorve essas pessoas", disse Azeredo.

População desocupada

A população desocupada no País atingiu o montante recorde de 10,371 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, segundo os dados da Pnad Contínua.

O resultado representa um crescimento de 40,1% em relação ao trimestre encerrado em fevereiro de 2015, o equivalente a mais 2,970 milhões de brasileiros nessa condição, maior alta em termos absolutos.

"Não foi a variação porcentual mais alta da série. Mas quando você compara com o mesmo período do ano anterior, a pesquisa tem crescimento expressivo na desocupação", disse Cimar Azeredo.

A produção industrial caiu 2,5% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta sexta-feira (1°) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam recuo entre 0,12% e 3,20%, com mediana negativa de 2,42%.

Em relação a fevereiro de 2015, a produção caiu 9,8%. Nesta comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de retração de 7,80% a 11,90%, com mediana negativa de 10,50%. No ano, a produção da indústria acumula queda de 11,8%. Em 12 meses, o recuo é de 9,0%.

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Revisão

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o dado da produção industrial do mês de dezembro ante novembro de 2015 de -0,5% para -0,8%. A produção de bens de capital também foi revisada, mas em janeiro ante dezembro, de 1,3% para 2,1%. A produção de bens intermediários no período saiu de 0,8% para 0,9%.

A produção de bens de consumo duráveis foi revista de -2,4% para -3,3% em janeiro ante dezembro. A produção de bens de consumo semi e não duráveis saiu de 0,3% para 0,4% no mesmo período analisado.

O consumo de energia elétrica continua caindo, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Em fevereiro, quando a demanda foi de 38.495 gigawatts-hora (GWh), a queda de 5,1%, em comparação a igual mês do ano anterior, foi puxada pela retração da indústria, de 7,2%.

No setor, sobressaiu a redução do consumo na região Nordeste do País, de 11,5%, seguida do Sudeste (-8,5%) e do Sul (-7,4%).

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Em comunicado, a EPE informou ainda que no segmento residencial foi registrada queda de 3,2% no mês passado, "puxado não só pela crise econômica como por temperaturas mais amenas, que reduziram o uso do ar condicionado".

Já no comércio, a retração foi a maior registrada desde 2004, de 4,8%. Pela primeira vez, a região Nordeste apresentou resultado negativo, de 1,7%.

As vendas dos supermercados registraram alta real de 2,92% em fevereiro de 2016 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, divulgou nesta terça-feira (29), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Já na comparação com janeiro deste ano, houve queda real de 1,61%.

No acumulado dos dois primeiros meses de 2016, as vendas do segmento apresentaram queda real de 0,36% ante os mesmos meses do ano anterior. Todos os valores foram deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Em valores nominais, as vendas dos supermercados registraram alta de 13,64% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2015. Já em relação a janeiro, o número apresentou recuo de 0,73%. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, as vendas nominais cresceram 10,22%.

A taxa média de juros no crédito livre subiu de 49,6% ao ano em janeiro para 50,6% ao ano em fevereiro, conforme informou nesta terça-feira (29) o Banco Central. Em fevereiro de 2015, essa taxa estava em 40,6% ao ano. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 66,4% ao ano para 68,0% ao ano, de janeiro para fevereiro, enquanto a taxa para pessoa jurídica, subiu de 31,7% ao ano para 31,9% ao ano no mesmo período.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa avançou de 292,3% ao ano para 293,3% ao ano na mesma comparação. Com isso, o patamar de juros cobrados nesse tipo de empréstimo é igual ao de julho de 1994. Na ocasião, a taxa ficou em 293,9%, o maior porcentual dessa série. Para o crédito pessoal, aumentou de 29,3% ao ano para 29,5% ao ano.

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Para veículos, os juros subiram de 27,5% ao ano para 27,6% ao ano de janeiro para fevereiro. Em fevereiro de 2015 estava em 24,8%. A elevação no mês foi de 0,1 ponto porcentual (pp). Em 12 meses, a taxa apresenta alta de 2,8 pp e, no bimestre, de 1,6 pp.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, acelerou de 31,4% ao ano em janeiro para 31,8% ao ano em fevereiro. No segundo mês de 2015 estava em 25,7%.

Cartão de crédito

O juro médio total cobrado no cartão de crédito subiu 3,3 pontos porcentuais de janeiro para fevereiro, conforme o Banco Central. Com a alta na margem, a taxa passou de 104,5% ao ano em janeiro para 107,8% ao ano no mês passado.

O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, batendo até mesmo a do cheque especial. Atingiu a marca de 447,5% ao ano em fevereiro ante 439,5% de janeiro, uma elevação de 8 pontos porcentuais na margem. Manteve-se, portanto, como a mais alta da série histórica iniciada em março de 2011.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro subiu 1,1 ponto de janeiro para fevereiro, passando de 144,5% ao ano para 145,6% ao ano.

O índice de inflação na internet, conhecido como e-flation e calculado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) em parceria com o Programa de Administração de Varejo (Provar), teve alta de 1,76% em fevereiro ante janeiro. No resultado acumulado em 12 meses, a inflação ficou em 13,31%.

Das dez categorias pesquisadas, oito subiram de janeiro para fevereiro. A maior alta foi em Medicamentos (4,60%), seguida por Perfumes e cosméticos (4,22%), Eletroeletrônicos (4,17%), CDs e DVDs (4,04%), Telefonia e celulares (3,72%), Eletrodomésticos (1,59%), Livros (1,53%) e Informática (0,48%). Já em Brinquedos (-4,47%) e Cine e fotos (-1,20%), houve deflação.

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O e-flation foi criado em 2004 com o intuito de monitorar a variação dos preços de produtos de consumo comprados por meio do comércio eletrônico. Para cômputo dos pesos de cada categoria, são utilizados dados emitidos pela empresa e-bit.

A taxa de desemprego de fevereiro remete ao patamar observado em 2009, quando o mercado de trabalho ainda se ressentia dos efeitos da crise internacional agravada em setembro de 2008, mas o quadro atual é melhor qualitativamente, na avaliação Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento (Coren) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais cedo, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE revelou que a taxa de desemprego de 8,2% em fevereiro foi a maior registrada para o mês desde fevereiro de 2009, quando foi de 8,5%.

Segundo Adriana, "variáveis qualitativas ainda preservam características bem mais favoráveis do que em fevereiro de 2009". "O cenário é diferente. O rendimento da população ocupada hoje ainda é bem maior do que se observava em fevereiro de 2009. Hoje, o trabalho com carteira abrange aproximadamente 11,5 milhões de pessoas. Lá em 2009, isso estava na casa de 8 milhões", afirmou a pesquisadora do IBGE.

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Adriana destacou ainda que o rendimento vinha numa trajetória de crescimento real de 2005 a 2014. Em fevereiro do ano passado, o processo de crescimento foi interrompido e, neste ano, a queda se acentuou. Entre os motivos para a queda de 2015 para 2016, a pesquisadora do IBGE citou a queda nos rendimentos nominais, na esteira das demissões e das restrições a reajustes significativos nas negociações salariais, e a inflação elevada, que corrói o poder de compra.

A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em fevereiro é de US$ 330,687 bilhões. Segundo a instituição, em dezembro de 2015, último dado verificado, a dívida somava US$ 334,636 bilhões e, no fim de 2014, a dívida era de US$ 352,684 bilhões. A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 276,261 bilhões em fevereiro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 54,427 bilhões no fim do mês passado, segundo as estimativas do BC.

De acordo com a instituição, merecem destaques na dívida externa de longo prazo a amortização de empréstimos e de títulos do setor financeiro (US$ 5,5 bilhões e US$ 2 bilhões, respectivamente).

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A variação da dívida externa de curto prazo no período ocorreu, ainda segundo o BC, principalmente pela amortização de empréstimos dos setores financeiro (US$ 2 bilhões) e não financeiro (US$ 1,3 bilhão).

A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 8,2% em fevereiro de 2016. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam um resultado entre 7,90% a 8,50%, com mediana de 8,10%. Em janeiro, a taxa de desocupação foi de 7,6%.

O rendimento médio real dos trabalhadores registrou queda de 1,5% em fevereiro ante janeiro, e redução de 7,5% na comparação com fevereiro de 2015. A taxa de desemprego de 8,2% em fevereiro foi a mais alta para o mês desde 2009, quando estava em 8,5%. Considerando todos os meses, a taxa é a mais alta desde maio de 2009, quando foi de 8,8%.

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Em fevereiro de 2015, a taxa de desemprego tinha ficado 2,4 pontos porcentuais abaixo do patamar atual, em 5,8%. Essa queda é a maior já registrada para meses de fevereiro, na comparação com igual mês do ano anterior, já registrada na série da PME, iniciada em 2002.

Ocupados

A massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 50,8 bilhões em fevereiro, recuo de 3,4% em relação a janeiro, informa o IBGE. Na comparação com fevereiro de 2015, a massa diminuiu 11,2%.

Já a massa de renda real efetiva dos ocupados totalizou R$ 51,3 bilhões em janeiro, queda de 21,5% em relação a dezembro de 2015. Na comparação com janeiro de 2015, houve redução de 11,4% na massa de renda efetiva. Nesse caso, o levantamento sempre considera os dados do mês anterior ao período mais recente. O rendimento médio real dos trabalhadores em fevereiro foi de R$ 2.227,50, contra R$ 2.262,51 em janeiro.

 

A demanda doméstica por viagens aéreas recuou 3,03% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2015, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (22) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os dados das principais companhias aéreas brasileiras (TAM, Gol, Azul e Avianca).

Há sete meses consecutivos o setor registra queda na demanda doméstica, com baixas que variaram de 0,6% (agosto) a 7,9% (novembro) em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Nem mesmo os meses de alta temporada, como dezembro (-4,92%), janeiro (-4,01%) e fevereiro, registraram expansão. No acumulado de 2016, a demanda doméstica registra queda de 3,62% ante o mesmo período de 2015.

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A oferta, por sua vez, apresentou retração de 1,03% no mês passado em relação a fevereiro de 2015. Com isso, a taxa de ocupação doméstica teve queda de 1,62 ponto porcentual (p.p.) no segundo mês deste ano, para 78,43%. Nos dois primeiros meses do ano, a oferta acumula queda de 1,81%, levando a taxa de ocupação doméstica a recuar 1,52 p.p., para 81,04%.

No total, as empresas aéreas brasileiras embarcaram em fevereiro 7,194 milhões de passageiros no mercado doméstico, o que corresponde a uma queda de 0,79% ante o mesmo mês de 2015. No ano, o número de pessoas transportadas soma 15,963 milhões de passageiros, queda de 3,17%.

Em termos de participação de mercado, medida pela demanda por RPK (passageiro-quilômetro transportado), a Gol ficou na liderança no mercado doméstico em fevereiro, com 36,24%, superando a TAM, com 35,71%. Em seguida vem a Azul, com 16,71%, e a Avianca, com 11,33%.

Internacional

No mercado internacional, a demanda cresceu 5,43% em fevereiro frente ao mesmo mês de 2015. Já a oferta teve expansão de 4,39%, levando a taxa de ocupação a subir 0,8 ponto porcentual, para 80,79%.

No segmento internacional, a TAM ficou com 77,77% do mercado em janeiro, enquanto a Gol ficou com 12,57%. A Azul chegou a 9,57%, enquanto a Avianca teve participação inferior a 1%. No segmento, as empresas brasileiras embarcaram juntas 619,9 mil passageiros no mês passado, alta de 8,3%.

Nos dois primeiros meses de 2016, a demanda internacional cresceu 6,12% e a oferta teve elevação de 5,29%. A taxa de ocupação acumula alta de 0,65 ponto porcentual, para 82,98%. O total de passageiros transportados somou 1,363 milhão, expansão de 8,48% sobre o mesmo intervalo de 2015.

A Serasa Experian informou nesta quinta-feira (17) que a demanda por crédito caiu 12,2% em fevereiro de 2016 em relação ao mesmo mês de 2015, sem ajuste sazonal. Porém, na comparação com janeiro deste ano, já levando em conta a sazonalidade, o dado mostra alta de 4,7%.

Ainda houve declínio de 11,7% na demanda por crédito de empresas no primeiro bimestre ante igual período de 2015. Além da crise na economia, que vem elevando as incertezas, "o aumento nas taxas de juros dos empréstimos estão reduzindo a demanda por crédito das empresas", explica nota da Serasa.

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De acordo com a entidade, a maior retração na procura por crédito, de 21,8%, foi registrada nas médias empresas no segundo mês deste ano ante fevereiro de 2015. Em seguida, as grandes companhias apresentaram declínio de 18%, enquanto as micro e pequenas empresas tiveram retração de 11,6% na demanda por empréstimos.

Contudo, quando se avalia o dado na comparação mensal, a Serasa constatou alta na procura por crédito por micro e pequenas empresas (4,9%) e nas médias empresas (0,7%). Já as grandes empresas tiveram queda de 0,4% em relação a janeiro de 2016.

Conforme a Serasa, todos os setores econômicos pesquisados apresentaram variações negativas na demanda por empréstimos por empresas em fevereiro ante o mesmo mês do ano passado. A mais representativa foi observada na indústria, com baixa de 13,9%; comércio, com retração de 12,2%; e serviços, com queda de 11,7%. Já na avaliação mensal, todos os resultados ficaram no campo positivo: setor industrial (4,1%), comércio (6,3%) e serviços (3,0%).

O cenário de menor demanda por crédito empresarial atingiu todas as regiões analisadas pela Serasa na comparação interanual, enquanto em relação a janeiro deste ano houve crescimento.

No confronto com fevereiro do ano passado, a procura por empréstimos por empresas caiu 13,9% no Centro Oeste; cedeu 13,2% no Sudeste; teve declínio de 10,6% no Nordeste; apresentou queda de 10,4% no Norte; e caiu 9,9% no Sul do País. "Em relação a janeiro, a demanda das empresas por crédito aumentou 4,7% no Norte; 4,5% no Sudeste; 4,5% no Sul, 6,1% no Centro Oeste e 6,2% no Nordeste", detalha nota da Serasa.

A indústria paulista eliminou 12 mil vagas em fevereiro de 2016, o que representa uma queda de 0,53% no nível de emprego na comparação com janeiro, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na série livre de efeitos sazonais, o recuo foi de 1,0%.

Já em relação a fevereiro de 2015, foram eliminados 257,5 mil postos de trabalho, dos quais 27 mil apenas no primeiro bimestre deste ano. Nesta base comparativa, o nível de emprego despencou 10,18%, a 53ª retração consecutiva, sendo a mais intensa da série histórica.

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Dos 22 setores pesquisados, em 17 houve eliminação de vagas. Em apenas três deles houve mais contratações que demissões, e dois registraram estabilidade. O destaque negativo foi o segmento de metalurgia, com 4,5 mil empregos eliminados em fevereiro, representando 37,5% das demissões na indústria paulista no segundo mês do ano.

Do lado positivo, o melhor desempenho ficou com o setor de produtos alimentícios, com a criação de 4,2 mil vagas. Segundo a Fiesp, pesou para este resultado as 3,5 mil contratações no segmento de açúcar e álcool em fevereiro, revertendo a tendência de demissões que teve início em junho de 2015. As vagas estão ligadas ao início da safra da cana-de-açúcar.

Pelo segundo mês consecutivo, outro setor que admitiu mais que demitiu foi o de couro e calçados, com mil empregos a mais em fevereiro. O desempenho reflete o processo de substituição de importações viabilizado pela desvalorização do real ante o dólar nos últimos meses.

Dentre as 36 regiões do Estado analisadas pela Fiesp, 26 tiveram variação negativa no índice de emprego em fevereiro, três ficaram estáveis e sete contrataram mais do que demitiram.

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