Tópicos | FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quarta-feira, 12, ao fim da primeira parte do evento que comemora os 20 anos do Plano Real, em São Paulo, que o Brasil "perdeu o rumo". "O País se sente sem saber para onde vai".

"As apostas implícitas nas decisões governamentais foram de que, com a crise mundial, o mundo ia mudar na direção da prevalência do terceiromundismo, não é o que está acontecendo", disse FHC, que criticou ainda a perda de liderança do Brasil na América Latina.

##RECOMENDA##

"A liderança passou para o Chávez e depois para países do Pacífico, nós ficamos acovardados, não conseguimos defender o que é nosso", afirmou o ex-presidente. Segundo ele, o País não sabe mais se "convém defender a liberdade e a democracia, ou não".

O Brasil atravessa um momento no qual a sociedade sente que algo deve ser feito para que o País "reengate" um futuro melhor, na opinião do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na abertura do seminário "20 anos depois do Plano Real: um debate sobre o futuro do Brasil". As manifestações de junho e julho, segundo ele, tiveram um sintoma curioso, uma vez que não tinham um direcionamento específico para "A, B ou C".

"É uma espécie de mau humor, que vem junto a algo mais preocupante, um rancor. Há um mal estar", avaliou o ex-presidente. Segundo ele, esse mal estar, contudo, não deriva do fato de não ter ocorrido progresso no Brasil. Cardoso acredita que houve progresso no País. No entanto, o futuro do Brasil, conforme ele, depende do salto para a qualidade e do que as pessoas desejam no âmbito de uma melhor qualidade de vida, saúde e educação. "O Brasil precisa se reengatar no mundo pós crise", avaliou.

##RECOMENDA##

A ex-ministra da Casa Civil e provável candidata do PT ao governo do Paraná, Gleisi Hoffmann, criticou a "amargura" do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em artigo publicado no portal Uol. A "amargura" e o "azedume" de FHC foram demonstrados, segundo a senadora petista, quando ele disse que a foto de Lula e Dilma sorridentes e de mãos dadas no Palácio da Alvorada mostrava a despreocupação com a realidade do País. "Não me passaria pela cabeça que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pudesse iniciar um artigo de opinião censurando o sorriso de alguém", rebateu Gleisi, que pede que o ex-presidente "volte à razão".

A petista defendeu a atuação da presidente Dilma Rousseff depois das manifestações de junho de 2013 dizendo que ela "foi praticamente a única, entre as lideranças políticas deste País, a expor-se, a manifestar-se claramente, a ter iniciativas". Gleisi também rebateu a crítica de FHC sobre o que o ex-presidente chamou de "imprevidência" que fez o Brasil "mergulhar na crise energética". Ela cita o apagão ocorrido entre 2001 e 2002, quando o tucano estava no Palácio do Planalto. "A crítica à suposta imprevidência só pode ser a si mesmo e a seu governo", escreve.

##RECOMENDA##

Resposta parecida tem o trecho em que Fernando Henrique fala da inflação do governo Dilma. "Esquece-se de que deixou ao país uma inflação de 12,7% em 2002", escreve. Sobre a crítica de Fernando Henrique a respeito do clientelismo e da "inépcia assegurada por 30 partidos no Congresso", Gleisi acusa o ex-presidente de não ter dito "'a' ou 'b' sobre reforma política" em seus oito anos de governo. "Governou com um sistema de base parlamentar tão ampla que alterou a Constituição Federal para garantir sua reeleição".

Por fim, a ex-ministra diz que concorda com a ideia defendida pelo ex-presidente de unir os brasileiros em torno das questões fundamentais, mas alfineta FHC ao dizer que isso pode ser feito com "alegria e sorrisos". "Não concordo que os temas essenciais sejam a troca da guarda nem a revolta contra o sorriso, mas sem dúvida é preciso aprofundar o debate sobre a economia, a política e as questões sociais."

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chamou de "esdrúxula" a foto em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff aparecem de mãos dadas durante reunião no Palácio do Alvorada na última quarta-feira (5).

Para FHC, a fotografia dos políticos "tão despreocupados" mostra um descolamento dos petistas com a realidade das ruas, que tem as pessoas "assustadas com as sombrias perspectivas de futuro, temerosas da violência larvar de um povo que era tido como pacífico", escreveu, em artigo publicado no portal UOL.

##RECOMENDA##

Segundo o tucano, os líderes governistas se negam a expor à nação ""as mazelas existentes" e, em vez de pedir a união dos brasileiros, apostam em dividir a sociedade para se manter no poder. "Só pensam em dividir a sociedade entre 'nós' e 'eles' para, apostando nesse pobre maniqueísmo político, vencer eleições e se manter no poder", escreveu.

A crítica do presidente de honra do PSDB se estende a outros setores do governo. Segundo FHC, "muita imprevidência" é o motivo que fez o País "mergulhar na crise energética que estamos embrulhados". O ex-presidente cita ainda os problemas de caixa da Eletrobrás e a queda no valor das ações da Petrobras.

No fim do artigo, Fernando Henrique afirma que é "hora para uma mudança da guarda, na esperança de que novos líderes, colados na escuta das ruas, tenham visão de estadistas, e não a de meros chefes de clã". "É hora de renovação, da força dos jovens aliada à visão de grandeza construírem a política do amanhã", finaliza.

Neves em chapa puro-sangue tucana à Presidência da República. Quem dá a notícia é Ricardo Boechat, na revista IstoÉ. Diz Boechat que o senador mineiro deu a nota em conversa com a Coluna, no camarote da revista 'Rio, Samba e Carnaval', no sambódromo carioca, no domingo 2.

''O senador mineiro disse que a convenção do PSDB que oficializará sua candidatura ao Palácio do Planalto deve ocorrer em 3 ou 10 de maio, possivelmente em São Paulo. Aécio e a mulher, Letícia, grávidos de Júlia e Bernardo, não sabem ainda se os bebês nascerão de parto normal ou cesárea - e em qual cidade.''

##RECOMENDA##

 

A presidente Dilma Rousseff avaliou como "deselegantes" as críticas feitas por Fernando Henrique Cardoso a seu governo, durante sessão solene do Congresso pela passagem dos 20 anos do Plano Real, mas não quis bater boca com o ex-presidente. A estratégia da equipe de Dilma para a campanha da reeleição é mostrar que, enquanto os adversários criticam, ela cuida da administração e entrega obras.

Mesmo assim, o governo escalou ministros e dirigentes do PT para rebater Fernando Henrique, dando o tom de como será o discurso da campanha petista contra o candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também fará, no palanque, o contraponto à ofensiva do PSDB.

##RECOMENDA##

"Foi o presidente Lula que resgatou o Plano Real, que sofreu um desvio no meio do caminho por causa da pedra da reeleição", disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-chefe da Casa Civil, numa referência velada à denúncia de compra de votos no Congresso para o segundo mandato de FHC.

Gleisi não estava no plenário do Senado quando o ex-presidente partiu para o ataque contra os governos Dilma e Lula, apontando "fadiga de material" da administração do PT. Senadores petistas não compareceram à cerimônia de comemoração do Plano Real, mas negaram ter recebido orientação do Planalto para esvaziar a festa tucana.

"Desde 2011 a presidente Dilma continua a operação salvamento do Plano Real", afirmou Gleisi. "Eu gostaria de saber quantos países, em 11 anos de governo, conseguiram controlar a inflação e garantir o emprego com crescimento do consumo e da economia."

Quando o Real foi lançado, em 1994, o então deputado Aloizio Mercadante (PT), hoje ministro da Casa Civil, era assessor econômico de Lula e criticou duramente o plano, chamado por ele de "eleitoreiro". Tudo deu errado para o PT naquela campanha e Mercadante foi obrigado a substituir na última hora o vice de Lula, José Paulo Bisol, envolvido em denúncias. Nos anos seguintes, porém, o PT teve de mudar o discurso e admitir que errou na avaliação sobre o Plano Real.

"Estávamos no calor da briga, mas, em nossa defesa, precisamos dizer que vínhamos de uma sucessão de planos fracassados e a conta era sempre jogada nas costas do trabalhador", afirmou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "Agora, vamos fazer justiça: quem lançou o Plano Real foi o então presidente Itamar Franco", insistiu ele.

A tática do PT para a campanha de Dilma à reeleição é bater na tecla do aumento do emprego e da renda desde 2003, quando Lula assumiu a Presidência, e fazer a comparação deste período com os oito anos do governo Fernando Henrique. "O presidente Lula sempre faz uma comparação como se a história começasse com ele. Está bem, cada um tem seu modo de ser, mas ele diz que a inflação, em 2002, era de 12% e agora é de 6%. Só que, em 2002, a inflação era dele, era o medo do Lula. Nós derrubamos quando era 40% ao mês", comentou Fernando Henrique, nesta terça, em discurso no Senado.

Para o ex-presidente, 39 ministérios e 30 partidos são a receita para paralisar a administração. Na segunda-feira, 24, ao se reunir com líderes da base aliada na Câmara dos Deputados, Mercadante disse que "há menos ministérios do que partidos que querem ministérios".

Ao chegar, nesta terça-feira (25), para sessão solene destinada a comemorar os 20 anos de lançamento do Plano Real, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que o programa de estabilização econômica lançado para controlar a hiperinflação que assolava o país só deu certo em razão da adesão da população. Em julho de 1994, ele era ministro da Fazenda, tendo sido responsável por comandar a equipe de economistas que elaborou o programa.

"A véspera do lançamento do plano foi um dia muito tenso. Havia muita incompreensão. As pessoas tinham receio que a URV fosse prejudicar os trabalhadores. Havia muita resistência de ministros, mas o presidente Itamar (Franco) foi firme. Em pouco tempo, a população entendeu e aderiu. Isso que é importante. Está na hora de tomar outras decisões, não vou dizer o que é, mas o povo sente que está na hora de apontar um novo rumo", afirmou o ex-presidente.

##RECOMENDA##

Questionado sobre um possível descontrole da inflação hoje, o ex-presidente ponderou que o índice de 5,91% registrado no ano passado não pode ser considerado elevado, em comparação com a situação que encontrou quando assumiu o Ministério da Fazenda durante o governo Itamar Franco. Mas Fernando Henrique observou que o governo deve estar sempre atento às mudanças no cenário econômico.

"Não posso ser injusto e dizer que o governo não controla a inflação. Isso não quer dizer que não tenhamos que continuar controlando. Eu me preocupo sim com a questão de cumprir o programa de metas da inflação e com a responsabilidade fiscal. A política econômica não é receita, é navegação. Temos que ver a cada momento o que se deve fazer. O Brasil está um pouco em um compasso diferente do resto do mundo", avaliou.

*Com as informações da Agência Senado

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) participa nesta terça-feira (25), da sessão solene no Senado, em homenagem aos 20 anos do Real. A sessão também será acompanhada pelo senador Aécio Neves; por Gustavo Franco, que comandou o Banco Central (1997-1999); e Elena Landau, do Instituto Teotonio Vilela (ITV).

No dia 1º de julho de 1994, o Real passou a ser a moeda oficial brasileira. A adoção do modelo ajudou a acabar com a hiperinflação no Brasil. Em 1992, antes da adoção da moeda, a desvalorização foi superior a 1000%, o que colocou o Brasil como um dos únicos países a alcançar a marca, ao lado de Zaire, Ucrânia e Rússia.

##RECOMENDA##

FHC assumiu o Ministério da Fazenda em maio de 1993, durante o governo de Itamar Franco, e tratou a redução da inflação como uma de suas prioridades. Em agosto daquele ano, lançou o cruzeiro real, resultante do “corte de três zeros” do cruzeiro, a moeda corrente até então, e que acabou sendo a base para o Plano Real.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) afirmou nesta segunda-feira, 17, que é preciso mudar o rumo do País. "Chegou a hora de repensar o modelo federativo adequado a esse novo rumo", disse, durante palestra a empresários em Santo André (SP).

Segundo FHC, está faltando uma visão mais clara de quais são os desafios para os anos que virão. "Se olhar pra frente, falta gás, falta visão parar entender qual é o rumo", reforçou. Para FHC, é preciso ainda investir na reconstrução do futuro. "Está chegando novamente o momento em que é preciso dar uma nova virada no País. Um 'sacolejão' nacional", disse.

##RECOMENDA##

O ex-presidente afirmou ainda que as lideranças brasileiras deveriam se entender para o País dar um salto adiante. "Precisa de gente com voz. Precisamos com gente de visão de Estado, de gente que crie condições de fazer com que as pessoas acreditem de novo", disse.

Durante a palestra, FHC criticou o grande número de partidos políticos e disse que é um "absurdo" que o País tenha 30 legendas. "Não são partidos, são blocos de interesse para pegar um pedaço do Estado", afirmou.

O ex-presidente disse que o sistema está "começando a pipocar". "A máquina pública está rendendo cada vez menos porque o corporativismo toma conta. Nós geramos um monstro que foi esse sistema, que não dá mais para funcionar. E nós vamos ter que mudar", reforçou.

FHC afirmou ainda que o Brasil está perdendo competitividade. "Não dá mais para fechar a economia. E se não dá, vamos trabalhar, vamos tomar as decisões pertinentes", afirmou. Segundo ele, o Brasil tem condições de ser mais competitivo, mas está perdendo espaço. "Nós temos que nos preparar sem medo de abrir mais a competição."

Citando dificuldades nas relações comerciais com os Estados Unidos e com a União Europeia, o ex-presidente avaliou que a política comercial brasileira "está deixando o País isolado".

FHC deu as declarações durante a palestra "O Futuro do Desenvolvimento dos Municípios com Ênfase no Grande ABC". A palestra, promovida pelo Diário do Grande ABC, reuniu cerca de 200 empresários. ( - Carla.araujo@estadao.com e Ricardo Chapola - Ricardo.chapola@estadao.com)

O deputado federal Fernando Ferro (PT) comentou, nesta quinta-feira (23), as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC - PSDB) que pontuou as semelhanças entre os pré-candidatos à presidência do Brasil - senador Aécio Neves (PSDB) e o governador Eduardo Campos (PSB) -, alertou a necessidade da população em "arejar" e demonstrou o desejo de que ou Aécio ou Campos governem o país. Para Ferro, as afirmações de FHC demonstram insegurança e o nível de compromisso de Aécio com o Brasil.

"Quando o FHC diz, 'tanto faz Aécio ou Eduardo', mostra a insegurança e 'nível de compromisso' com o tucano candidato. Ou seja, foi para o sal!!", dispara o petista em seu perfil no Twitter. Rivais históricos do PSDB o PT pleiteia comandar o país por mais quatro anos, com a postulação à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

##RECOMENDA##

Durante uma entrevista divulgada nesta quinta, FHC diz existir entre os brasileiros uma "fadiga de material" com relação ao governo Dilma e destaca a necessidade de um novo presidente com "coragem, clareza, franqueza e simplicidade", características que segundo ele Aécio e Campos possuem.  

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC-PSDB) afirmou que as conversas entre o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), podem oferecer aos brasileiros uma “arejada” no comando do Palácio do Planalto. O presidente de honra do PSDB pontuou as semelhanças entre os pré-candidatos à presidência do Brasil e frisou que eles têm uma “articulação positiva”, visando somar forças.  

“Pela primeira vez, houve um deslocamento nos blocos do governo. Tanto a Marina, quanto o Eduardo saem do bloco do governo e vão para o outro lado e a campanha vai forçar uma certa radicalização”, avaliou. “E acho que há, pela primeira vez, uma articulação positiva entre o Eduardo e o Aécio, não no sentido de um conchavo, mas de entender que é preciso somar forças”, acrescentou durante uma entrevista divulgada pelo Blog do Josias.

##RECOMENDA##

Na avaliação do ex-presidente, a atual situação eleitoral do país é “um pouco mais favorável” a eleição de um novo nome. Para FHC o processe sucessório do PT “não é fácil, mas que dá, dá”, cravou. “Não estou pensando partidariamente, mas historicamente. Está na hora, o Brasil precisa arejar”, sentenciou o tucano. FHC também disse preferir a vitória de Aécio, por ser do mesmo partido, mas não se esquivou ao afirmar que “Eduardo está tomando posições corretas e vai arejar de qualquer maneira”. Para superar a “fadiga de material”, segundo FHC, vai ser preciso um candidato de oposição com coragem. 

“Essa eleição só será ganha pela oposição, se alguém da oposição, seja aquele que vier a ser, tiver coragem de dizer as coisas como elas são com simplicidade, franqueza e clareza. Se tiver alguém com força suficiente, convicção suficiente e força de expressão para chegar nas eleições e dizer as coisas, esse alguém pode ganhar”, avaliou.

O ex-presidente disse ainda que se fosse mais novo e a conjuntura política fosse igual a de hoje ele voltaria a postular o Palácio do Planalto. E pontuou uma característica crucial para o novo presidente. “O Brasil está precisando de gente que fale olhando no olho das pessoas, dizendo, sem meias palavras, sem muita politiquice, as coisas como elas são.”

O Senado vai realizar em fevereiro uma sessão especial para celebrar os 20 anos do lançamento do Plano Real. A homenagem deve ocorrer no dia 25, mas ainda depende de confirmação, podendo ser alterada pelo Plenário. O Plano foi lançado em 27 de fevereiro de 1994 no governo de Itamar Franco, com a edição da Medida Provisória 434/1994, foi um amplo programa de estabilização econômica que teve como principal objetivo o controle da hiperinflação que assolava o país.

Elaborado a partir de 1993 por uma equipe de economistas formada pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso (FHC), utilizou-se de diversos instrumentos econômicos e políticos para a redução da inflação que chegou a 46,58% ao mês em junho de 1994, quando do lançamento da nova moeda, o Real.

##RECOMENDA##

Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que sugeriu a sessão especial, desde a implantação do Plano Real renasceu no Brasil a esperança da construção de um futuro planejado. Antes da medida, segundo Aécio, a inflação e a desordem nas finanças públicas colocaram o Brasil, por várias ocasiões, à beira do caos.

“Os princípios do Plano Real foram apropriados por nossa sociedade de tal forma que, desde então, os sucessivos governos não abriram mão de sua defesa. Entretanto, o tempo passa e uma nova geração de brasileiros, aqueles que eram muito jovens em 1994 e os que hoje têm menos de 20 anos, não viveram o horror da inflação, como seus pais. Mesmo a nossa memória se relativiza com o passar dos anos.”, diz Aécio.

*Com informações da Agência Senado

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, "não tem traquejo" para ocupar a Presidência da República na hipótese de o ministro decidir se candidatar ao Planalto. Para FHC, Barbosa não possui as características necessárias para liderar o País e sugeriu que seria "mais positivo" se ele eventualmente se candidatasse ao Senado ou à Vice-Presidência.

Barbosa já negou que tenha intenção de se lançar candidato à Presidência em 2014, mas não descarta disputar uma eleição futuramente. Ele admite se aposentar antes do limite legal de 70 anos e seu nome costuma ser incluído em cenários de pesquisas de intenção de voto. O ministro ganhou projeção ao relatar o processo do mensalão. Por ser magistrado, conforme a legislação eleitoral, Barbosa possui um prazo diferente para se filiar a um partido político e disputar um cargo eletivo - ele pode fazer isso até seis meses antes do pleito, ou seja, até abril do ano que vem.

##RECOMENDA##

"Ele não tem o traquejo, treinamento para isso (ser presidente). Uma coisa é fazer carreira de juiz. Outra coisa é ter capacidade de liderar um País. Eu não creio que ele tenha as características necessárias para conduzir o Brasil de maneira a não provocar grandes crises no País", afirmou Fernando Henrique em entrevista ao programa Manhattan Connection, da Globonews, na noite do domingo, 29.

"Tenho admiração por ele. Acho que seria mais positiva uma candidatura não diretamente para a Presidência. Ao Senado, ou talvez até à Vice-Presidência", disse.

Para FHC, o nome do ministro Joaquim Barbosa ganhou força no cenário político graças à descrença da sociedade nas instituições, sentimento que veio a reboque das manifestações de junho. "As pessoas descreem tanto nas instituições que buscam heróis salvadores. Ele teria de ter um partido para começar, acho que ele é uma pessoa que tem sentido comum e duvido que vá fazer uma aventura desse tipo", disse o ex-presidente, para quem a busca por um "salvador" é um movimento "perigoso".

"O sentimento de que nós precisamos ainda de um salvador é a mostra de que nossa democracia não está ainda consolidada. É perigoso."

A assessoria de Barbosa informou que o ministro não iria comentar as declarações de Fernando Henrique.

Mensagem

Na segunda-feira, 30, o ex-presidente publicou no Facebook mensagem em que elogia o Supremo pela prisão dos condenados no mensalão. Segundo ele, a punição dos réus e os protestos de junho foram "sinais alentadores" de um ano que não "foi dos melhores". "O STF mostrou que mesmo os poderosos têm de obedecer às leis, pagando os desvios de comportamento com o preço da liberdade."

FHC, porém, inicia a nota criticando a gestão Dilma Rousseff. Diz que "nuvens pesadas rondam a economia" e que a inflação é "perigosa". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador e ex-presidente do Brasil, Fernando Collor (PTB), divulgou uma foto dele com a presidente Dilma Rousseff (PT), e os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), José Sarney (PMDB) e Lula (PT). O registro histórico aconteceu no último dia 9, quando os líderes políticos seguiam para a cerimônia do funeral do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, em Joanesburgo. 

"Na aeronave presidencial, Dilma posa ao lado dos ex-presidentes Collor, Lula, FHC e Sarney, além do ministro Renato Mosca, chefe do Cerimonial da Presidência da República. A histórica representação oficial do Brasil nas últimas homenagens prestadas ao líder Nelson Mandela, em Joanesburgo, na África do Sul", disse o senador em seu facebook, nessa terça-feira (17) ao publicar a imagem.

##RECOMENDA##

Os cinco presidentes são os protagonistas ainda vivos da redemocratização brasileira, que acorreu após o fim do Regime Militar, em 1985 com a saída de João Figueiredo do governo. O primeiro chefe do Executivo Nacional, eleito após a ditadura, foi Tancredo Neves, que não chegou a assumir a direção do Brasil, morrendo às vésperas da posse. 

A presidente Dilma Rousseff decidiu convidar os ex-presidentes brasileiros para acompanhá-la em viagem a Johannesburgo, onde será celebrada uma missa em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela, morto quinta-feira após uma infecção pulmonar.

José Sarney (PMDB-AP), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmaram a ida. Segundo o Estado apurou, o senador Fernando Collor (PTB-AL) também irá integrar a comitiva brasileira. Eles irão participar de uma solenidade prevista para ocorrer na terça-feira (10) no Estádio FNB (Soccer City), que deve reunir um dos maiores contingentes de autoridades estrangeiras da história. São esperados chefes de Estado de todo o mundo.

##RECOMENDA##

O roteiro do Palácio do Planalto prevê que uma aeronave da Força Aérea Brasileira saia de Brasília na manhã desta segunda-feira (9), já com Sarney e Collor, rumo a São Paulo, onde embarcará Lula. De São Paulo, o grupo segue para Rio de Janeiro, onde se encontram com Dilma, que participa de evento promovido pela Bill Clinton Global Initiative no Copacabana Palace. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também embarca no Rio junto com a comitiva presidencial.

Será a primeira vez que Dilma, Lula, FHC, Collor e Sarney se reúnem em um mesmo evento desde que foi instalada a Comissão da Verdade, em cerimônia no Palácio do Planalto em maio de 2012. A última viagem internacional de ex-presidentes ocorreu em abril de 2005, quando Lula, FHC, Itamar Franco e Sarney estiveram juntos para participar do funeral do Papa João Paulo II.

Em novembro de 1996, FHC fez a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro à África do Sul, sendo recebido pelo então presidente Mandela. O ex-presidente afirmou, na sua página pessoal no Facebook, que Mandela foi o "mais impressionante" entre todos os líderes que conheceu.

"Com a morte de Nelson Mandela perdemos o maior símbolo vivo da luta pela dignidade humana, pela liberdade e pela democracia. Sua altivez, seu antirracismo e sua generosidade ajudaram decisivamente a terminar com o apartheid na África do Sul", disse FHC.

Em nota divulgada à imprensa, Lula afirmou que Mandela é "um exemplo de determinação, de perseverança e de quanto é importante a disposição para o diálogo entre os homens". "Será sempre o maior símbolo mundial na busca da paz, da democracia e da inclusão social. O Brasil e o mundo estão de luto. Madiba se foi, mas deixou para todos nós os seus ensinamentos inesquecíveis.", disse Lula.

A presidente decretou sete dias de luta pela morte de Mandela, conforme decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União da última sexta-feira (6). Em nota, lamentou a morte de Mandela, a "personalidade maior do século 20".

A ida à missa na África do Sul fez o Palácio do Planalto cancelar três eventos previstos para o início da semana em Belo Horizonte, Porto Velho e Ji-Paraná. Na segunda-feira passada, a presidente acompanhou o velório do governador licenciado de Sergipe, Marcelo Déda. No início do ano, viajou a Caracas para as cerimônias fúnebres de homenagem ao ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e, em março de 2011, acompanhou o velório do ex-vice-presidente José Alencar.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comentou, nesta quinta-feira (28), a declaração da presidente Dilma Rousseff de que o modelo das concessões de infraestrutura era dela. Em palestra, ele lembrou que para dar um salto tecnológico e enfrentar o mercado, o País precisou de tecnologia nova, capital novo e privatizações. "Agora graças a deus retomaram. Ontem ouvi a presidente Dilma Rousseff dizer que a concessão é dela. Tomara que seja", comentou.

"E que ela faça mais concessões, porque até agora não foi assim, ficou paralisado", disse FHC. Ele citou o chamado custo Brasil e disse que o governo atual "levou um susto" e resolveu "aderir ao que deveria ter feito há dez anos para ver se vai mais depressa, abrindo espaço para o capital privado, sendo mais estável na regulação".

##RECOMENDA##

Ele mencionou que o governo brasileiro contudo ainda não conseguiu retirar dos "mecanismos regulatórios e das grandes unidades de produção estatal da influência dos partidos políticos", o que, segundo o ex-presidente, é um cupim que corrói a capacidade nacional.

Fernando Henrique defendeu ainda que o Brasil dê um "salto de qualidade" nos serviços e que seja superada a diferença "entre o que se diz e o que se é". "Há momentos da história em que é preciso ter clareza, visão e força política para levar adiante algumas transformações. Há momentos em que os países engatam e vão sozinhos. Nós estamos desengatando", criticou.

Segundo ele, é preciso "reinventar um futuro para o Brasil e não ficarmos contentes e criar um Brasil virtual que não é real". O descompasso entre o que é dito sobre o País e o que ele realmente é gerou os protestos, comentou. "O salto que temos que dar é de qualidade", disse. Cardoso disse ainda que houve crescimento de renda, mas afirmou que a renda ainda é baixa no Brasil. "Vai ver o que significa nova classe média, é nada em termos de capacidade de renda", afirmou.

Uma semana depois da prisão de petistas condenados no processo do mensalão, o tucano disse também que "não basta enriquecer, precisamos de um País decente". Segundo ele, isso implica em respeito às instituições e retomada da meritocracia. Durante sua palestra, FHC afirmou que há questões "soft" para serem resolvidas no País, uma delas é o respeito às leis. "Vejam a dificuldade agora mesmo esses dias de aplicar a lei para todos", comentou.

Economia - Ele mencionou que a participação do setor primário cresceu muito e que o setor industrial deixou de exportar, além de dizer que a economia brasileira é muito fechada. "Estamos um pouco encurralados em nós mesmos. Por mais que seja grande nosso mercado, não é suficiente", disse.

Para FHC, o País está "quase competente e quase confiável" e há uma desorganização das expectativas. "Tudo o que não podemos deixar acontecer é a ideia de que o País foi bem, mas depois parou." Segundo ele, é melhor crescer 4% ao ano, do que 2% em um ano, 10% no outro, negativo no terceiro".

O ex-presidente disse ainda que nos últimos 20 anos, de 1992 a 2012, todos os indicadores sociais melhoraram, mas o PIB vive um "ziguezague" muito grande. Ele afirmou também que o desemprego não aumenta por uma questão demográfica: a pressão sobre o mercado de trabalho diminuiu. "O que é mais preocupante é que o crescimento da produtividade deriva muito mais do fator emprego do que da tecnologia", afirmou FHC, que alertou ainda para o risco de o País esbarrar na armadilha de crescimento médio.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta sexta-feira (8) que "não será nenhuma tragédia" se, nas eleições presidenciais do ano que vem, o PSB tomar o lugar do PSDB na disputa de um eventual segundo turno com a presidente Dilma Rousseff, hoje a grande favorita da disputa. "Não acredito nessa possibilidade, mas se ela ocorrer não será nenhuma tragédia", afirmou FHC. "O que eu acho é que temos de ter alternância no poder. O PT está há muito tempo no poder".

Mas FHC advertiu que o governador Eduardo Campos, provável nome do PSB em 2014, "tem de se encorpar", porque "se ele não encorpar, não teremos segundo turno". A avaliação foi feita em entrevista ao blog do jornalista Kennedy Alencar. Mas o ex-presidente deixou claro, na conversa, que não acredita nessa possibilidade - a de o provável candidato tucano, Aécio Neves, vir a ser superado nas urnas pelo governador pernambucano. Segundo ele, Aécio "tem mais condições, porque a organização do PSDB é maior".

##RECOMENDA##

Ele mencionou, então, os Estados de São Paulo, Minas, Paraná, que têm um grande eleitorado, e o Pará. "O Aécio tem um enorme apoio em Minas, enquanto o Eduardo só tem Pernambuco", completou. No cenário eleitoral por ele traçado, o apoio da ex-senadora Marina Silva "vai ajudar, e é bom que ajude mesmo" a fortalecer a candidatura de Campos. Mas o ex-presidente preferia mesmo, segundo observou, que houvesse quatro candidatos fortes na disputa - ou seja, que Marina tivesse conseguido registrar a sua Rede Sustentabilidade. "Tinha que ter quatro candidatos. Agora é mais complicado". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) criticou, em artigo publicado no jornal "O Estado de S. Paulo", o que classificou como "encolhimento" do Estado diante da "fúria de vândalos" em recentes manifestações realizadas nas ruas de diversas cidades brasileiras. Essas mobilizações agora contam com facções do crime organizado, segundo o ex-presidente.

Após comentar a decisão da Corte Suprema da Argentina de sancionar uma lei que afeta o jornal local "El Clarín" e o surgimento de cartazes contrários aos opositores do governo da Venezuela, FHC fez uma análise sobre as manifestações no Brasil e os black blocks. Este grupo, representado por pessoas que participam das mobilizações com o rosto encoberto, promove "explosões de violência anárquica desconectada de valores democráticos", na visão de FHC.

##RECOMENDA##

O ex-presidente, sociólogo formado, destacou que esses atos de violência não ecoam as reivindicações populares. Por isso, lamentou que o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, "se lamurie" ao pedir mais diálogo com os black blocks. Além disso, ele defendeu que as autoridades assumam sua responsabilidade e adotem uma postura construtiva. "Se nas democracias não houver autoridade legítima que coíba os abusos, estes minam a crença do povo na eficácia do regime e preparam o terrenos para aventuras demagógicas de tipo autoritário", disse FHC no artigo intitulado "Sem complacência".

O texto também traz outras críticas ao governo federal e à qualidade de vida do brasileiro, classificada por ele como "insatisfatória". Ele cita a "corrupção escancarada" que "irrita o povo", afirma que as propagandas do governo apresentam um "mundo de conto da carochinha" e destaca os problemas enfrentados pela população na locomoção nas grandes cidades. Mais adiante, afirma que o refinanciamento de dívidas dentro do setor público destrói uma das cláusulas da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e classifica a medida como "funesta", uma vez que a mesma "alegra o presente e compromete o futuro".

"Precisamos propor um futuro não apenas materialmente mais rico, mas mais decente e de melhor qualidade humana", complementou FHC, afirmando que este seria o "antídoto aos impulsos vândalos e à complacência com eles."

O pré-candidato à presidência da República, senador Aécio Neves (PSDB), respondeu as críticas do ex-presidente Lula (PT) dirigidas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC-PSDB), nesta semana. O tucano pontuou o andamento da gestão de Cardoso na administração do petista e mandou um recado: “O ex-presidente Lula tem que parar de brigar com a história”. 

Em defesa de seu correligionário, o senador descreveu algumas ações de FHC enumerando duas grandes virtudes de Lula, durante a gestão presidencial. “O presidente Lula teve duas grandes virtudes (...). Quando deu sequência e ampliou os programas sociais de transferência de renda do governo do presidente Fernando Henrique (...). O segundo momento positivo do presidente Lula, contrariando todo o discurso da sua campanha, foi manter a política macroeconômica do governo anterior, aquilo que chamamos de tripé macroeconômico”, relembrou.

##RECOMENDA##

Depois de pontuar os trabalhos de Fernando Henrique, Aécio Neves alfinetou o ex-presidente chamando de incoerência criar contendas. “É uma bobagem ele esquecer o que veio antes dele. Acho que é uma demonstração de fragilidade e de grande incoerência querer criar adversários virtuais. Escutei o ex-presidente falando que os adversários consideram o Bolsa Família uma esmola”, disparou.

Outro aspecto abordado pelo tucano se refere à questão econômica do país. “Essa semana ela admite, em seu próprio discurso, que a inflação que gerou tanta preocupação e afligiu tanto aos brasileiros no início do ano, mas que agora está mais sob controle. Quero dizer que não, não está não. A inflação continua afligindo os brasileiros. Não dá para a mídia do governo se impor à realidade do país. Temos uma situação no país extremamente preocupante”, analisou.

Em meio a outras críticas, o futuro candidato a gerir o Brasil remeteu as agendas presidências a pré-campanhas e disse ainda que Dilma não sabe separar o público do privado. “Vejo o presidente da República e a própria presidente, que não tem uma agenda de presidente, tem uma agenda de candidata que os brasileiros pagam a conta porque é feita com dinheiro público. Um ato de campanha eleitoral, esta semana, na comemoração dos 10 anos do Bolsa Família. Nada havia ali de governo, mas às custas do governo. O governo do PT e a própria presidente da República, infelizmente, continuam tendo uma enorme dificuldade em separar o que público do que é privado e o que é público e partidário do que é privado. O governo tem essa dificuldade permanente”, cravou Aécio.

 

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (FHC) afirmou nesta quarta-feira, 30, que está tratando de uma diverticulite, inflamação que provoca a formação de bolsas e quistos no intestino grosso (cólon). "Mas como sou prevenido, cortei logo a diverticulite pela raiz, tomando o antibiótico apropriado", escreveu FHC, em sua página do Facebook.

O ex-presidente informou ainda que suspendeu sua agenda de viagens e está aproveitando o tratamento para atualizar leituras e outros compromissos. FHC aproveitou a mensagem para mandar um recado para seus eventuais inimigos. "Que percam as ilusões quem achar que estou com um pé na cova", disse. Ele terminou a sua mensagem afirmando que o futuro "a Deus pertence".

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando