Tópicos | Gleisi

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), defendeu nesta sexta-feira, 8, em evento do partido sobre as eleições de 2024, que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja preso. A declaração foi acompanhada de gritos de "sem anistia" por parte da plateia de militantes petistas presentes no auditório.

"Destino de Bolsonaro não pode ser somente a inelegibilidade, tem de ser a cadeia", afirmou Gleisi.

##RECOMENDA##

A presidente do PT disse que "com a extrema direita não se brinca" e que "não basta só mostrar os bons programas que estamos implementando".

"Temos embate político com extrema direita, que a cada dia se mostra mais ousada, movimentando-se pelo país e atacando o governo e o PT com suas fake news. Precisamos enfrentar essa gente, com a extrema direita não se brinca. Não se dá anistia. Governo, partidos e movimentos têm de estar na luta política. Não basta só mostrar os bons programas que estamos implementando. É preciso mostrar a destruição que Bolsonaro e sua turma fizeram ao Estado brasileiro. Esse campo político não pode baixar a guarda", afirmou.

"Derrotamos Bolsonaro, mas ainda temos de derrotar o bolsonarismo temos de fortalecer nossas ações nas redes sociais", completou.

Gleisi também criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que, segundo ele, está "sabotando o País" com a atual taxa de juros.

"Brasil só não cresceu mais por conta da maior taxa de juros do planeta, juros escorchantes, impostos por uma direção do Banco Central indicada por Bolsonaro, cujo presidente permanece sabotando o país, apesar de suas posições neoliberais terem sido derrotadas nas urnas", disse.

Para a presidente do PT, "não precisamos prestar contas ao mercado, precisamos prestar contas ao povo brasileiro".

Gleisi disse que o partido está "retomando sua organização em modo campanha" para as eleições de 2024. No ano que vem, a sigla terá o desafio de deixar para trás resultados ruins registrados em 2016 e 2020 nas eleições municipais e voltar a ser um partido relevante do ponto de vista do número de prefeituras em todo o País, principalmente nos grandes centros.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível foi "pedagógica" para a extrema-direita saber participar do jogo democrático. A Corte eleitoral entendeu, no julgamento finalizado nessa sexta-feira (30), que o ex-chefe do Executivo usou do cargo para espalhar desinformação sobre o sistema eletrônico de votação, na tentativa de ter ganhos eleitorais, atacar o Tribunal e fazer "ameaças veladas".

"No meu entender, a decisão do TSE foi pedagógica", disse Gleisi, que participou de um painel do 26.º Foro de São Paulo, evento que reúne diversos partidos de esquerda da América Latina. "Não tem como você participar de um jogo se você atenta contra as regras do jogo. Foi exatamente o que Bolsonaro fez. Desde que assumiu o mandato, ele vem atentando contra a democracia."

##RECOMENDA##

Para Gleisi, o bolsonarismo seguirá vivo mesmo depois da ausência de Bolsonaro nos próximos pleitos, mas fica uma lição. "É óbvio que essa decisão não tira a extrema-direita do jogo político. O bolsonarismo continua aí. Isso vai dar dimensão a eles até onde eles podem ir. Se eles não tiverem os limites, também não vão poder continuar", afirmou.

O julgamento do TSE que tornou Bolsonaro inelegível por oito anos teve início no dia 22 e foi concluído nesta sexta-feira, por cinco votos a dois. O ex-presidente não poderá disputar as eleições municipais de 2024 e 2028 e as eleições gerais de 2026. O prazo de inelegibilidade começa a ser contado a partir do primeiro turno das eleições - 2 de outubro de 2022. Então, ele poderá concorrer novamente às eleições gerais em 2030, por apenas quatro dias. Daqui a sete anos, o pleito será realizado em 6 de outubro.

No terceiro dia do evento, a presidente do partido participou um debate sobre redes sociais da esquerda. Ela afirmou que há uma grande diferença em comparação com a extrema-direita. "Temos um diferencial de estrutura monstruoso. Os financiadores (da extrema-direita) são grandes, e não temos a mesma estrutura. A gente conta com a militância, com a luta. O que não podemos é deixar de nos articular, estarmos organizados", disse, lembrando da articulação com produtores de conteúdo "contrahegemônicos" nas eleições de 2022.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o protagonista do primeiro dia do Foro de São Paulo, na quinta-feira. Em discurso, ele elogiou os ditadores Fidel Castro e Hugo Chávez, disse "se orgulhar" do rótulo de comunista e afirmou que é preciso manter as críticas aos partidos de esquerda reservadamente, "entre amigos".

"Precisamos tentar discutir os nossos erros para que a gente possa corrigi-los. Entre amigos, a gente conversa pessoalmente. A gente não faz críticas públicas porque as críticas interessam à extrema-direita", afirmou Lula.

Também participaram do evento inaugural figuras do PT ofuscadas pelo mensalão, como José Dirceu e Delúbio Soares. Delúbio ainda distribuiu um livro em que chama o escândalo de corrupção de "farsa".

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, votou para que a Corte rejeite a denúncia contra a deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, e seu ex-marido Paulo Bernardo no caso do suposto 'Quadrilhão do PT'. O relator defende que não há 'justa causa' para abrir uma ação penal sobre o caso, lembrando que a Procuradoria-Geral da República voltou atrás e pediu, em março deste ano, que a acusação oferecida em 2017 fosse rejeitada.

O caso é discutido no Plenário Virtual do Supremo, em julgamento que teve início nesta sexta-feira, 16, e tem previsão de terminar no dia 23. Os ministros analisam denúncia que foi levada ao Supremo pelo então PGR Rodrigo Janot, na esteira da Operação Lava Jato.

##RECOMENDA##

O ex-procurador-geral da República atribuiu aos petistas suposta formação de uma organização criminosa para atuar no esquema de corrupção na Petrobrás. A peça acusava recebimento de R$ 1,48 bilhão em propinas no esquema de desvios na estatal.

Ao votar por rechaçar a acusação, Fachin lembrou que, em 2019, a Justiça Federal do Distrito Federal absolveu, no mesmo caso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-presidente Dilma Rousseff, os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A parcela da denúncia aos petistas tramitou em primeira instância em razão de eles não terem, à época, foro por prerrogativa de função.

Além disso, o relator citou trechos do parecer em que a Procuradoria-Geral da República mudou de entendimento e defendeu a rejeição da própria denúncia. Entre outros pontos, o órgão citou o arquivamento do 'Quadrilhão do PP'.

Em 2021, a Segunda Turma do STF arquivou um inquérito sobre suposta organização criminosa integrada por políticos do PP, entre eles o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira.

Outra questão evocada pela PGR foi a lei anticrime, que estabeleceu que 'a mera palavra do colaborador e os elementos de prova apresentados por eles não são suficientes para o recebimento da denúncia'.

Ao analisar o caso, Fachin ressaltou que a retratação do MP depois do oferecimento da denúncia significa 'substancial alteração da convicção jurídica da acusação acerca da responsabilidade criminal dos investigados'.

O ministro destacou que não é obrigatório o STF acolher tal mudança de entendimento, mas ponderou quando amparado em 'fundadas razões ou modificação fática' o pedido de rejeição de denúncia deve ser acolhido, 'sob pena de o Poder Judiciário instaurar uma ação penal natimorta, uma vez que órgão incumbido pela acusação não possui qualquer interesse no seu prosseguimento'.

"Nada obstante formalmente apta, a proposta acusatória sucumbe, mormente, diante da derradeira manifestação externada pelo órgão acusador, ao apresentar nos presentes autos, em 08.03.2023, manifestação pela rejeição de sua própria denúncia, porque entende desprovida de justa causa", anotou.

A presidente do PT, Gleisi Hofmann, afirmou, nesta quinta-feira (13), que o PT vai precisar de mais de quatro anos - tempo do atual mandato conferido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - para consolidar seu projeto de País. A manifestação se assemelha à que foi feita pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, para quem Lula deveria concorrer à reeleição. Na avaliação de Dirceu, seria preciso ao menos 12 anos de governos aliados para "um projeto de desenvolvimento nacional".

Nas palavras de Gleisi, um projeto de mudança no País não se faz em só quatro anos. "Precisa de mais tempo", afirmou a dirigente no seminário de comunicação promovido pela sigla a filiados e assessores parlamentares. Durante a abertura da roda de conversa, que vem em meio às críticas sofridas pelo Executivo após a Receita Federal ampliar o cerco contra a sonegação de impostos promovida por e-commerces estrangeiros, a presidente do PT disse ser preciso garantir que o governo dê certo.

##RECOMENDA##

"Queremos que esse governo dê certo. Essa é a grande oportunidade que o povo nos deu, de governar de novo esse país depois de tudo o que aconteceu. Não podemos perder essa oportunidade", declarou Gleisi Hoffmann, uma das aliadas mais próximas de Lula e voz influente no Palácio do Planalto.

Embora tenha dito durante a campanha que não pretendia concorrer à reeleição, Lula dá sinais de que pode, sim, disputar um quarto mandato em 2026. Como revelou o Estadão/Broadcast Político em 9 de fevereiro, o presidente foi aconselhado por aliados a deixar clara a possibilidade de ele mesmo ser o candidato nas próximas eleições, como forma de estancar uma disputa nos bastidores pela sua sucessão. Hoje, o favorito para o posto é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em entrevista à RedeTV! na semana passada, José Dirceu ressaltou que os 12 anos de um mesmo projeto de País à frente do governo não significa, necessariamente, apenas gestões petistas. Ressaltou, no entanto, que não vê outro nome para disputar as próximas eleições para além de Lula.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição de denúncia apresentada pela própria PGR contra a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações Paulo Bernardo no âmbito da investigação da Operação Lava Jato.

A denúncia acusava Gleisi e Paulo Bernardo de participarem de esquema de corrupção e receberem propina de R$ 1 milhão da Odebrecht proveniente de lavagem de dinheiro na Petrobras. Ainda segundo a denúncia, Gleisi seria uma das mais beneficiadas pelo esquema.

##RECOMENDA##

Agora, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, disse que foi feita uma "reavaliação do entendimento anteriormente exposto, a partir de uma análise aprofundada das teses defensivas apresentadas pelos denunciados" e que a PGR entendeu que não foram apresentadas provas mínimas para a instauração de um processo.

Lindôra apontou que outros petistas foram absolvidos em decisões da primeira instância com o entendimento de que não há "indícios de estabilidade e permanência" da suposta organização criminosa.

"Analisando as razões de decidir adotadas pelo juízo de primeira instância, não obstante a denúncia narre que os denunciados Gleisi Hoffmann e por Paulo Bernardo receberam valores ilícitos de empreiteiras a título de propina oriunda de contratos celebrados com órgãos públicos da Administração Pública direta e indireta, não há na denúncia prova autônoma do crime de organização criminosa a amparar a justa causa", escreveu a procuradora na manifestação.

A presidente nacional do PT, deputada reeleita Gleisi Hoffmann (PR), afirmou, em sua conta no Twitter, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) "é cúmplice" dos atos de vandalismo ocorridos nesta segunda-feira (12), na região central de Brasília. "Baderna em Brasília teve cara de esquema profissional. Muito estranho que ninguém foi preso. Bolsonaro é cúmplice. Como pode presidente da República abrigar envolvidos?", relatou a parlamentar em postagem na rede social.

Para Gleisi, "passou da hora de desmobilizar as frentes de quartéis, não tem nada de liberdade de expressão, só golpismo". Os atos desta segunda-feira envolveram depredações e incêndios em ônibus e automóveis e tiveram início após manifestantes antidemocráticos bolsonaristas tentem invadir a Polícia Federal para libertar o líder indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

##RECOMENDA##

Acácio teve prisão temporária decretada por dez dias pelo ministro Alexandre de Morares, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou indícios de crimes de ameaça, perseguição e manifestações antidemocráticas em vários pontos de Brasília feitos pelo líder indígena.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para ser instaurada uma ação penal contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal Gleisi Hoffmann. 

Bolsonaro alega crimes contra a sua honra. Segundo o documento, Lula e Gleisi teriam usado comícios e propaganda eleitoral para "macular a honra" e ofender a reputação do presidente ao usarem termos como "genocida, miliciano, assassino, demônio e canibal". 

##RECOMENDA##

Segundo o UOL, na petição foi citado um vídeo que tem imagens do comício que Lula realizou no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o líder petista teria responsabilizado Bolsonaro pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros em 2018. 

Também cita que Hoffmann publicou em suas redes sociais em setembro supondo que o presidente seria o mandante do assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, apoiador de Lula que foi morto após discutir com um colega sobre política. 

A petição para instaurar uma ação penal contra os líderes petistas é assinada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira, e foi encaminhada para a presidente do STF, ministra Rosa Weber. Ministro Nunes Marques foi designado como relator do caso. 

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta sexta-feira, 25, que o governo eleito irá insistir na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição e descartou um plano B. Para isso, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), irá a Brasília se encontrar com partidos políticos e presidentes da Câmara e Senado.

"Queremos insistir no caminho da política", disse Gleisi após reunião com o presidente eleito sobre o tema. Ela afirmou que Lula ficará a próxima semana em Brasília para encaminhar o texto da PEC. De acordo com ela, o petista irá conversar com bancadas, partidos políticos e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Senado, Rodrigo Pacheco (PSD- MG).

##RECOMENDA##

"Lula estará em Brasília para essas conversas e para encaminhar PEC", disse. Segundo ela, a reunião com Lula nesta sexta-feira, em São Paulo, foi para "organizar a vida dele em Brasília".

Gleisi reconheceu que o jeito que o processo da PEC teve início pode ter atrasado sua aprovação. "Temos que conversar mais com bancadas e partidos", afirmou.

Ela chegou pela manhã na casa de Lula, na capital paulista, para discutir o teor da proposta e destravar as negociações. O presidente eleito está há duas semanas sem ir a Brasília, primeiro por causa da viagem à COP 27, no Egito e, segundo, para se recuperar da cirurgia que fez na garganta. Sua ausência gerou dificuldade em avançar na discussão da PEC.

O anteprojeto da PEC apresentado pelo coordenador de transição, o vice Geraldo Alckmin (PSB), propôs um gasto de aproximadamente R$ 200 bilhões fora do teto de gastos, de forma permanente. Os recursos seriam usados para bancar o Bolsa Família de R$ 600 e um adicional de R$ 150 por criança, além de outras promessas de campanha.

Líderes do Centrão se queixam do valor proposto pela equipe de transição e pela falta de um prazo definido. Na prática, eles temem que o governo eleito garanta uma fatia de recursos anualmente e não necessite negociar com o Congresso.

Sem 'pressa' para nomear ministro

Gleisi também afirmou que Lula não definiu ministérios e que existem vários nomes em jogo. De acordo com ela, não há pressa, e o anúncio vai ocorrer no "momento oportuno".

"O presidente tem vários nomes na cabeça. Já tem mais ou menos o que está pretendendo para o ministério. Mas não está com pressa", disse. "Pode ser que ele fale alguma coisa semana que vem ou não, não é essa a finalidade da ida dele a Brasília", continuou.

Como mostrou o Broadcast Político, o mais cotado para o Ministério da Fazenda é o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). A ideia é que ele faça uma dupla com o economista e um dos formuladores do Plano Real Persio Arida, que poderia comandar o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

O nome de Haddad foi testado nesta sexta-feira, 25, no almoço anual de dirigentes dos bancos na Febraban. Com a repercussão do discurso do petista, a Bolsa fechou em queda de 2,51% após a fala do ex-prefeito. Banqueiros e economistas avaliam que Haddad fez uma fala generalizada e sem detalhar questões fiscais.

Após visitar, em Brasília, as instalações do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta sexta-feira (4) à imprensa que a equipe de passagem de bastão terá voluntários para além dos 50 nomes oficiais.

"Embora tenha a equipe que o vice-presidente Alckmin já falou, de 50 pessoas, vamos ter muitas pessoas não necessariamente nomeadas nesses cargos mas que vão estar trabalhando na transição como voluntários", anunciou a dirigente. "A ideia é a partir de segunda-feira a gente ocupar os espaços. Não com a equipe toda formada, mas com a equipe de administração, pessoal que vai fazer essa parte de apoio", acrescentou.

##RECOMENDA##

Na transição do governo de Michel Temer para Jair Bolsonaro, em 2018, voluntários também colaboraram, a maioria deles militares.

Como mostrou o Estadão/Broadcast na segunda-feira (31), a legislação obriga o presidente Jair Bolsonaro a disponibilizar ao adversário uma estrutura com gabinete, cargos, veículos em Brasília, com recursos do orçamento da própria Presidência da República.

De acordo com a lei orçamentária deste ano, o novo governo terá R$ 3,216 milhões para trabalhar até 31 de dezembro. A lei prevê a criação de até 50 cargos para a equipe de transição a serem indicados pelo presidente eleito, que deverão ser municiados pela equipe do atual governo com informações relativas às contas públicas, aos programas e aos projetos do governo federal.

Lula

Gleisi Hoffmann também afirmou que há uma "possibilidade" de o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estar em Brasília na semana que vem. A agenda será definida em reunião na próxima segunda-feira, 7.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, Lula estará em Brasília a partir de terça-feira (8) e pretende se encontrar com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.

Após dizer mais cedo que dispensa o perdão do bispo Edir Macedo a Lula, Gleisi evitou se estender sobre o assunto e disse que respeita todas as igrejas. "Nunca nos afastamos do povo evangélico e não misturamos política com religião", afirmou.

'Questões emergenciais'

O senador Paulo Rocha (PT-PA) argumentou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição tratará apenas de questões consideradas emergenciais pelo novo governo, excepcionalizando essas despesas do Teto de Gastos sem alterar a regra fiscal. O fim do Teto de Gastos foi defendido em várias ocasiões durante a campanha por Lula.

"A PEC é para resolver questões emergenciais, e não irá colocar em risco situação fiscal", afirmou Rocha, em visita ao CCBB. "Não propomos PEC para romper com Teto de Gastos, propomos uma solução emergencial" enfatizou.

Questionado se o novo governo conta com os votos dos partidos do chamado Centrão para aprovar a PEC da transição, o senador lembrou que mesmo parlamentares que atualmente estão na oposição votaram a favor da PEC dos precatórios no ano passado para que o atual governo conseguisse bancar os gastos do orçamento deste ano. "Conversamos como todas as forças políticas, temos experiência no Congresso", acrescentou o senador petista.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP-27), que acontecerá entre os dias 6 e 18 de novembro em Sharm El Sheikh, no Egito. A informação foi confirmada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

O petista foi convidado a integrar a comitiva do governador do Pará, Helder Barbalho, em nome do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, e aproveitará o evento para reforçar ao mundo seu compromisso com a agenda ambiental. Gleisi não confirmou as datas da viagem, mas disse que a ida já está decidida. Lula pode se encontrar com líderes mundiais na reunião, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por exemplo. Não está prevista a ida de Bolsonaro para a COP-27, até o momento. É esperado que o pavilhão oficial do governo brasileiro fique esvaziado. Em frente a ele, o espaço reservado ao Brazil Climate Action Hub, da sociedade civil, deve atrair as atenções.

##RECOMENDA##

"A equipe diplomática do presidente vai orientá-lo da melhor maneira", afirmou anteontem Helder Barbalho, quando indicou o interesse de Lula em participar e a ideia é de que isso ocorra entre 14 e 18 de novembro - ou seja, na reta final da COP. "É uma oportunidade de fortalecer o papel do Brasil na discussão sobre o meio ambiente", disse o governador.

Diálogo

O presidente eleito tem dito que quer "recolocar o Brasil" no palco internacional, com a retomada de diálogo com países que se mantiveram distantes do governo Jair Bolsonaro. A questão ambiental tem sido colocada por Lula como uma pauta central no diálogo com outros países. A preocupação climática está no centro das prioridades da agenda internacional de Biden, o que causou atritos com Bolsonaro.

O atual presidente foi pressionado pela comunidade internacional, incluindo europeus e americanos, pela alta nas queimadas na região da Amazônia durante seu governo. Lula recebeu a ligação de cerca de 20 líderes internacionais na segunda-feira, 31, entre eles Biden, que parabenizaram o petista pela vitória. "Ele (o presidente americano) falou do clima. Ele fala uma coisa interessante, que ele sempre sonhou com uma parceria dos Estados Unidos com o Brasil", afirmou o ex-chanceler Celso Amorim.

Marina e Simone

Aliada de Lula, a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) também vai à COP-27, como ambientalista. Ela afirmou durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que a sua ida ao fórum internacional já estava prevista antes da vitória do petista. Marina, que condicionou seu apoio a Lula à incorporação de pautas no programa de governo do presidente eleito, é uma das cotadas para assumir um ministério.

À Agência Reuters, ela disse que o presidente eleito "definitivamente enviaria ampla representação" à COP, mesmo que não seja uma delegação oficial. Entre os cogitados para a visita estão membros do núcleo da campanha, como Simone Tebet (MDB) e o deputado Nilto Tatto (PT).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, confirmou, neste domingo (30), que pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a ampliação do horário de votação até as 19 horas em locais onde houve operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), como revelado pelo Broadcast Político. A jornalistas, a dirigente rebateu o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e afirmou que a Corte não pode assegurar que nenhum eleitor foi prejudicado pelas operações da corporação neste dia de eleição, à revelia da Justiça. "Espero sensibilidade para atender nosso pedido", afirmou.

Gleisi disse ter respeito pelo TSE e por Moraes e que ainda espera um retorno da Corte. A apuração dos votos, contudo, já começou em todo o País. "Ministro Alexandre de Moraes não tem como garantir que eleitores foram votar", avaliou a presidente do PT. "Meu temor é de eleitores terem voltado para casa sem votar", seguiu a dirigente. "Não tem como a gente achar que eleitores barrados nas operações conseguiram chegar às urnas. Os eleitores do Nordeste têm o direito de votar".

##RECOMENDA##

Para a líder do partido de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência da República, a PRF foi utilizada hoje para fins eleitorais, algo "criminoso" e de impacto difícil de ser quantificado. O episódio, defendeu Gleisi, é ruim para a imagem da PRF e deve ser investigado minuciosamente. "Eleição ganha no voto, não no golpe, no crime", declarou a presidente do PT, que lembrou o apoio público do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, à candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Não vi ninguém da campanha de Bolsonaro reclamando da operação da PRF", destacou Gleisi, que diz não confiar em informações da corporação. "Diretor-geral é militante da candidatura de Bolsonaro."

A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffman, afirmou em entrevista ao UOL, que o partido e seus deputados não deverão participar das manifestações organizadas em defesa da democracia e a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), caso as movimentações fizerem ataques ao ex-presidente Lula e à própria legenda.

Hoffman salientou que esses atos precisam de tempo para serem organizados em conjunto com os partidos e movimentos sociais. Segundo Gleisi, o PT não foi convidado para a organização das ações e, por isso, os seus apoiadores não se mobilizaram para aderir aos atos desse domingo (12).

##RECOMENDA##

Os protestos aconteceram contra Bolsonaro, mas não da forma como o MBL e o Vem Pra Rua, responsáveis pelas articulações das manifestações, esperavam. A deputada explicou, porém, que o PT e outros dez partidos se reuniram na semana passada para a construção de protestos contra o governo Bolsonaro e em defesa da democracia. Os atos deverão ocorrer no primeiro final de semana de outubro e no dia 15 de novembro. 

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos discursou, neste sábado (29), na manifestação contrária ao governo de Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, uma das principais da capital de São Paulo. Na fala, Boulos, filiado ao PSOL, afirmou não ser possível "esperar sentado até 2022", ano das próximas eleições presidenciais.

"Não vamos esperar sentados até 2022. Não vamos esperar ver brasileiros morrendo e sangrando. Chegou a hora de semear um outro projeto de esperança para que nosso povo não tenha de escolher entre morrer de vírus ou de fome", afirmou Boulos, que incentivou a participação no protesto em suas redes sociais nos últimos dias.

##RECOMENDA##

Nessa linha, o coordenador do MTST classificou as manifestações de hoje, em diferentes cidades do País, como um "começo". "Aqui tem um povo sem medo de lutar. Nós vamos seguir até derrubar o genocida Bolsonaro", afirmou. No discurso, defendeu ainda a mobilização em meio à crise sanitária. "Ninguém queria estar na rua no meio de uma pandemia, mas Bolsonaro não nos deixou outra alternativa", disse.

União

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), pregou no fim da tarde deste sábado a união da população contra o presidente Jair Bolsonaro. Ela também discursou no ato contra o chefe do Palácio do Planalto que reuniu milhares de pessoas na Avenida Paulista.

Em sua fala, Gleisi reconheceu que a situação da Covid-19, que já matou mais de 450 mil pessoas no País, inspira cuidados, mas que os partidos de oposição, os movimentos sociais e as centrais sindicais decidiram se unir.

"Nós decidimos por um ato extremo, fazer um ato de rua, tomando todos os cuidados possíveis, para mostrar solidariedade ao povo brasileiro", afirmou. "Este é o início de um grande movimento no Brasil, o movimento pela vida, pela vacina, pelo auxílio emergencial de R$ 600, pelo emprego e pela educação", emendou.

Gleisi também puxou o grito de ordem 'Fora, Bolsonaro' - mesma inscrição de uma máscara vermelha e branca que usava - e classificou o mandatário como "genocida, covarde e fanfarrão".

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, negou através de suas redes sociais na noite dessa sexta-feira, 7, que a sigla tenha autorizado alianças com PSDB e DEM para as eleições municipais deste ano. "Nossa decisão é contra alianças com PSDB, DEM e partidos da extrema direita", escreveu a deputada federal.

Anteriormente, a assessoria do PT havia previsto alianças pontuais às siglas citadas acima. O objetivo, segundo dirigentes, seria sair do isolamento em que o partido se encontra desde o impeachment de Dilma, em 2016.

##RECOMENDA##

No plano aprovado e divulgado nesta sexta, a prioridade do partidos seria parcerias com outras siglas de esquerda (PSB, PDT, PCdoB, PSOL e PCO), além de coligações "táticas" com opositores ao governo de Jair Bolsonaro e ao "lavajatismo", incluindo o chamado Centrão, bloco formado por PL, PP, DEM, PRB e Solidariedade. Os únicos vetos previstos eram PSL, Novo, Aliança pelo Brasil e setores que tenham hostilizado os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o texto original, desmentido nesta madrugada por Gleisi, os adversários históricos, PSDB e DEM, não se encaixariam no espectro bolsonarista proibido pelo Partido dos Trabalhadores.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de declínio de competência para a primeira instância de quatro inquéritos de investigações no âmbito da Operação Lava Jato. A procuradora destaca o entendimento firmado recentemente pela Corte sobre foro privilegiado - prerrogativa de função -, e "a necessidade de que as investigações continuem".

Raquel pede o envio das investigações para o Distrito Federal, e também para Minas e São Paulo.

##RECOMENDA##

De acordo com a procuradora-geral, as investigações contra o ex-senador Romero Jucá (MDB/RR) pelo suposto recebimento de propina pela conversão em lei das Medidas Provisórias 470/2009 e 472/2009 devem ser conduzidas pela Justiça Federal no Distrito Federal.

Para ela, também devem ser enviadas para a Seção Judiciária do DF as apurações das condutas de Jucá e do também ex-senador Eunício Oliveira (MDB/CE), pelo suposto recebimento de propina pela conversão em lei da MP 613/2013. Os fatos são apurados no inquérito 4.437.

Em outro documento, Raquel manifesta-se pelo envio das investigações apuradas pelo inquérito 4.232, também para o DF. Ela defende o prosseguimento da investigação em relação ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB/RJ), o doleiro Lúcio Funaro e outros seis investigados.

Eles são acusados de corrupção passiva e ativa, além de lavagem de dinheiro.

Minas

Para a procuradora-geral, a investigação dos fatos apurados no inquérito 4.432 - que investiga suposto pagamento de "valores indevidos" ao senador Antonio Anastasia (PSDB/MG), ao deputado federal Dimas Fabiano (PP/MG) e ao ex-ministro Pimenta da Veiga, por solicitação do deputado federal Aécio Neves (PSDB/MG), a pretexto de suas campanhas eleitorais em 2014 - deve prosseguir na Justiça Federal em Minas.

O inquérito apura os delitos de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

Delatores apontam que o então senador Aécio Neves, na campanha das eleições de 2014, teria solicitado doações no valor de R$ 6 milhões, em beneficio próprio e de aliados políticos.

Segundo os depoimentos, "as doações foram efetuadas de maneira dissimulada, com o propósito de ocultação, em função de influência política que o parlamentar exerceu, como governador de Minas, sobre seu partido e no Congresso Nacional, para favorecimento de empreitadas e projetos do Grupo Odebrecht".

Em relação à possível prática de falsidade ideológica eleitoral, a procuradora-geral afirma "não haver indícios mínimos sobre a utilização, em campanha eleitoral, de valores não contabilizados e não declarados à Justiça Eleitoral". Nesse ponto, a PGR promoveu o arquivamento dos fatos.

São Paulo

Raquel também defende que o inquérito 4.130, que investiga a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT/PR), deve ser enviado para a 6.ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de São Paulo.

Investigações apontam a participação dela, quando era senadora, em suposto esquema de pagamento de propinas em valores milionários para diversos agentes públicos, entre 2009 e 2015, por meio de organização criminosa, no âmbito do antigo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão.

O processo foi desmembrado e os outros envolvidos sem foro por prerrogativa de função já foram denunciados à 6.ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de São Paulo.

Sobre a suposta omissão dos investigados em declarar à Justiça Eleitoral a utilização, em campanha eleitoral, dos valores identificados ao longo das apurações, a procuradora-geral promoveu o arquivamento, "dada a ausência de indícios de autoria e materialidade".

Defesa

Todos os políticos citados nos inquéritos negam recebimento de propinas.

   Reeleito para comandar a Venezuela com quase 70% dos votos, em disputa que foi boicotada pela oposição, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), a senadora Gleisi Hoffmann, prestigiou a posse de Nicólas Maduro, que aconteceu nesta quinta-feira (10). Maduro foi empossado para um mandato de mais seis anos. 

A senadora explicou porque decidiu participar da cerimônia. "Para marcar posição desta grosseira relação do governo Bolsonaro com a Venezuela; fala fino com os Estados Unidos (EUA) e grosso com a Venezuela", expôs durante entrevista ao G1.   

##RECOMENDA##

A deputada eleita também disse que não concorda com a postura do governo Bolsonaro com a Venezuela. Vale destacar que Maduro não foi convidado para a cerimonia de posse de Jair Bolsonaro, que aconteceu no dia 1° de janeiro deste ano.  

Sobre a “ditadura” instalada na Venezuela, a senadora desconversou afirmando que não entra no mérito. “Ele foi eleito dentro do marco constitucional e não nos cabe dar opinião. Ele foi eleito", defendeu. Gleisi ainda falou que “não achamos que é de bom tom o PT ficar comprando briga com vizinhos. Temos que ter solidariedade". 

A presidente petista divulgou uma nota, no site da legenda, no qual disse reconhecer a eleição de Maduro como legítima. “Reconhecemos o voto popular pelo qual Nicolas Maduro foi eleito, conforme regras constitucionais vigentes, enfrentando candidaturas legítimas da oposição democrática", destacou.   

Ainda ressaltou o PT não concorda com a "política intervencionista e golpista incentivada pelos Estados Unidos, com adesão do atual governo brasileiro e outros governos reacionários”. 

Uma das ferrenhas críticas do presidente Jair Bolsonaro (PSL), a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, questionou se o governo Bolsonaro vai continua brigando com a legenda. Nesta semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou que os petistas não comprasse briga com o novo governo e nem batesse boca. Ao invés disso, Lula teria pedido que fosse mostrado todo o legado construído pela legenda. 

“Não adianta fazer discursos verborrágicos contra um inimigo que eles estão criando. Eles ganharam a eleição e vão fazer o que com o Brasil? Vão continuar brigando com o PT?”, indagou Hoffmann. 

##RECOMENDA##

A presidente do PT também questionou quais são as medidas que serão feitas para gerar emprego e melhorar a renda do povo brasileiro. "Nós não sabemos o que vai ser feito na Reforma da previdência, em termos de medidas geração de emprego e de medidas tributárias. É um governo que tem um discurso absolutamente vazio, ideológico, levando a ideologia ao centro do Planalto, e não diz a que veio", criticou. 

Na última quinta-feira (3), ao visitar Lula na prisão, Gleisi comentou que o ex-presidente está muito bem. “Bem disposto fisicamente, bem disposto politicamente, conversamos muito sobre a situação atual do Brasil”, contou. Ela ressaltou que Lula está muito lúcido a respeito do posicionamento que o PT deve ter a partir de agora. Ainda disse que o líder petista contou que se mantém "firme” porque sabe de todo o apoio dos militantes. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai completar nove meses preso na próxima segunda-feira (7), não quer enfrentar o governo Bolsonaro. De acordo com a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, que visitou o líder petista mais uma vez nessa quinta (3), Lula teria dito que a legenda não deve bater boca e, sim, mostrar o legado construído. A ex-presidente Dilma Rousseff também participou da visita, mas não falou com a imprensa.   

"O que nós temos que fazer não é comprar brigas, bater boca e, sim, defender os direitos do povo. Falar do nosso legado, do que construímos nesses 13 anos no Brasil e mostrar com dados concretos o que precisa ser feito para melhorar a vida da população", disse a senadora.   

##RECOMENDA##

Gleisi também comentou a declaração de Bolsonaro sobre “livrar o país do socialismo", no discurso de posse. “Isso tudo é retórica e discurso de palanque, quero saber como eles vão governar para o povo brasileiro. O que eles têm que dizer é quais são as medidas que serão feitas para gerar emprego e melhorar a renda do povo brasileiro", respondeu.   

A senadora ainda criticou o reajuste do salário mínimo, que ficou abaixo do esperado. Ela afirmou que essa é uma das questões mais preocupantes. “Se tinha uma oportunidade de fato de dar o aumento que estava no orçamento e houve um recuo. Depois, a medida provisória sobre a reestruturação administrativa”. 

Após a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em mandar soltar condenados em 2ª instância, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, durante coletiva de imprensa, contou que a expectativa é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja solto ainda nesta quarta-feira (19).

A senadora falou que a legenda está feliz e ressaltou que a decisão do ministro é extremamente importante para o processo legal brasileiro. “É uma ação que alcança o presidente Lula, portanto nós tomamos já todas as medidas judiciais cabíveis para a soltura do presidente. Já entramos com um pedido de alvará de soltura e estamos abrindo mão do exame de corpo de delito para que o presidente possa ser liberado ainda hoje. Estamos acompanhando de perto o desenrolar na Vara de Execuções Penais e achamos que com isso a Justiça acredita no Brasil”, declarou.

##RECOMENDA##

No entanto, ao ser questionada, Hoffmann disse que recursos para reconsiderar a decisão sempre são possíveis. “Nós temos esse histórico, mas estamos falando da decisão de um ministro do Supremo Tribunal Federal que tem uma ação em suas mãos há bastante tempo, portanto acredito em uma decisão bastante amadurecida”. 

 A parlamentar ainda contou que está indo até Curitiba com outros deputados para acompanhar o processo. “Para receber o presidente Lula. Se Deus quiser, a gente ainda tê-lo hoje do nosso lado do lado de fora da Polícia Federal”, enfatizou. 

Após o ex-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) afirmar que foi “miseravelmente traído” pelo ex-presidente Lula na disputa eleitoral, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, rebateu a declaração. Hoffmann disse que a legenda age por “estratégia política” e não “por mágoa e traição”. 

Gleisi foi além e destacou, por meio do Twitter, que o pedetista está “irritado” com o resultado da eleição. “Lamento que Ciro Gomes esteja tão irritado com seu resultado eleitoral insatisfatório. Mas entendemos suas dores e somos solidários. O que importa é a unidade contra o fascismo e o ataque aos direitos do povo. Nisso estaremos juntos”, escreveu. 

##RECOMENDA##

A polêmica afirmação de Ciro aconteceu, nesta quarta-feira (31), durante uma entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo. “Você imagina conseguir do PSB neutralidade trocando o governo de Pernambuco e o de Minas? Em nome de que foi feito isso? De qual espírito público, razão nacional, interesse popular? Projeto de poder miúdo. De poder e de ladroeira. O PT elegeu Bolsonaro”. 

O ex-governador do Ceará complementou. “Fomos miseravelmente traídos. Aí, é traição, traição mesmo. Palavra dada e não cumprida, clandestinidade, acertos espúrios, grana”. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando