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Quem quiser conhecer mais sobre o Ciclo do Recife (1923-1931), pode acessar a mostra que a Cinemateca Pernambucana disponibiliza de forma gratuita no seu portal on-line. São cinco filmes do ciclo, quatro documentários e uma ficção sobre um dos mais importantes períodos do cinema pernambucano. "A ideia dessas mostras que estamos montando a partir do nosso acervo é de levar ao público um maior conhecimento sobre a história, riqueza e diversidade do cinema produzido em Pernambuco", explica Ana Farache, Coordenadora do Cinema e da Cinemateca Pernambucana da Fundação Joaquim Nabuco.

Para ela, é gratificante poder oferecer filmes de qualidade e que contam os primórdios do cinema feito no Estado, para as pessoas assistirem  na segurança de casa, durante este período duro da pandemia pela Covid-19. A programação da mostra conta com dois clássicos completos, Aitaré da Praia (1925) e A Filha do Advogado (1926), além de Retribuição (1924), Jurando Vingar (1925) e Revezes (1927), com versões incompletas, já que não existem mais a versão original toda recuperada.

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A seleção disponibiliza ainda quatro documentários com depoimentos e histórias do Ciclo, além de uma ficção poética sobre o período. 

O Ciclo do Recife

O ourives Edson Chagas, o gravador Gentil Roiz e o estudante de engenharia Luís de França Rosa (que adotaria o nome artístico de Ary Severo), fãs do cinema americano, se conhecem e fundam a Aurora Film, na rua de São João, 485, no bairro de São José. Nascia então, em 1923, o Ciclo do Recife que produziria treze longas. O Ciclo acaba em 1931 com a chegada do cinema falado, com os filmes americanos de som sincrônico, técnica ainda não dominada pelos realizadores pernambucanos na época.

Da assessoria

Pesquisadores ao redor do planeta observam a ocorrência, muitas vezes simultaneamente, de desastres naturais e tecnoindustriais com repercussões no meio ambiente e nas atividades socioeconômicas. Devido à magnitude cada vez maior dos impactos relacionados aos desastres, sobretudo nas populações em situação de alta vulnerabilidade social, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio da sua Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais e Territoriais (Cedist) e do Centro de Estudos de Cultura, Identidade e Memória (Cecim), realizará o "Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021", com o tema geral “Impactos recentes na pesca: o pescado em evidência”.

O evento está sob coordenação da pesquisadora da Fundaj Lígia Albuquerque de Melo. “Os webinários serão espaços de reflexão sobre temas atuais relacionados às problemáticas ambientais que afetam os indivíduos. Esses debates trarão a discussão de temas de pesquisas que interessam ao poder público, principalmente por reunir outras instâncias, sujeitos sociais, entidades, ONGs, gestores públicos etc”, destacou Lígia Albuquerque.

Com 19 anos de existência, o “De Frente Pra Costa” é um espaço de reflexão e divulgação das produções científicas da Fundaj, onde os sujeitos sociais da pesca, entre outros, participam de debates.

A programação do evento contará com três webinários, todos com transmissão no canal da Fundaj no YouTube. O primeiro deles está marcado para o dia 26 deste mês, das 10h às 12h, trazendo a discussão sobre a Síndrome de Haff.

O encontro virtual de estreia será mediado pela pesquisadora da Fundaj Beatriz Mesquita, que receberá o médico, professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutor pela EHESS - Paris, Pós-doutorado pela ENSP/FIOCRUZ, Paulo Pena, o gerente geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), farmacêutico e especialista em Vigilância Sanitária - Escola Nacional de Saúde Pública, Josemaryson Bezerra, além do educador social e membro do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) - Regional Nordeste 02, Severino Antônio dos Santos (Biu)

“A importância dos debatedores convidados é ampliar o debate técnico e científico sobre a doença de Haff e a relação com a pesca artesanal”, resumiu Beatriz Mesquita. “O que sabemos e o que não sabemos sobre a doença da urina preta?” é o questionamento principal da estreia do  “Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021". “A minha participação será focada no caso recente do Recife, envolvendo a pesquisa do surto que chegou com a suspeita da ingestão do peixe como causadora dos sintomas e a confirmação da doença de Haff, além da rastreabilidade do peixe consumido. Essas são ações de competência da Apevisa”, comentou Josemaryson Bezerra.

Diante da necessidade de estudos, a discussão parte dos esforços para esclarecer as causas da Síndrome de Haff (doença da urina preta), que surpreende com surtos e desinformações decorrentes.

“É de extrema importância um esclarecimento para a sociedade, de forma geral, do que de fato ocasionou essa contaminação do pescado, quais os riscos ele pode trazer a saúde e também deixar claro que nem todos os pescados estão sujeitos a esse tipo de contaminação”, alertou Paulo Pena. Ele conhece as comunidades pesqueiras e realiza trabalhos na área de saúde com pescadores e pescadoras.

Nos anos de 2019 e 2020, alguns casos da Síndrome de Haff foram registrados no estado da Bahia, todos associadas ao consumo de peixe, especificamente do peixe ‘Olho de Boi’. Em Pernambuco, no mês de fevereiro deste ano, também houve a existência de infecção associada ao consumo de peixe, chamado de ‘Arabaiana’. Mesmo com nomes diferentes entre Pernambuco e Bahia, trata-se da mesma espécie (Seriola spp.). Esse tipo de pescado tem bastante ocorrência na região Nordeste por ser bem apreciado na culinária regional, sendo considerado de fácil consumo por conter pouca espinha.

“Foi divulgado pelas instituições sanitárias que o pescado contaminado veio de um lote importado do estado do Pará, na região Norte, e que os pescados do litoral de Pernambuco estão aptos ao consumo. Essa resposta dos agentes responsáveis é a mesma dos agentes da Bahia, logo fica uma pergunta: qual o controle sanitário que temos no estado de Pernambuco para os produtos importados de outros estados? Se na Bahia, em 2020, já havia sido diagnosticado que o pescado específico vindo do Pará, o Seriola spp, apresentava risco a saúde porque não houve um cuidado maior com o pescado trazido do Pará e comercializado livremente em Pernambuco?”, questionou Severino Antônio (Biu), que atua no acompanhamento de comunidades de pescadores e pescadoras artesanais no litoral de Pernambuco e Alagoas.

A Dipes tinha por tradição promover o "De Frente Pra Costa", que reunia pescadores artesanais para debater sobre temas inerentes à sua atividade com pesquisadores da área. Em 2020, em virtude da pandemia, o encontro não aconteceu. Para este ano, o Cedist teve a iniciativa de transformar o evento em debates virtuais. “O ‘De Frente Pra Costa” abordará três temáticas que afetaram profundamente a pesca artesanal. Pesquisadores e pescadores serão convidados para uma reflexão sobre políticas públicas possíveis para atender populações vulneráveis ou fortemente atingidas por desastres como o derramamento do petróleo e a pandemia”, afirmou o diretor da Dipes, Luís Henrique Romani.

O coordenador geral do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais e Territoriais (Cedist) da Fundaj, Neison Freire, afirma que é necessário cumprir o papel da pesquisa social, mostrando o que se conhece e o que ainda se tem dúvidas em relação às ciências ambientais e naturais, mas também das ciências exatas.

“O derramamento de petróleo que ocorreu no litoral do Nordeste brasileiro em 2019 fez com que porções de petróleo cru chegassem à praia. Mas, de fato, ainda não sabemos o tamanho desse desastre nos ecossistemas marinhos e costeiros e para as populações tradicionais que vivem da pesca artesanal, pois são as mais afetadas”, recordou.

“Também temos a pandemia da Covid-19, que está em curso, e a doença da Síndrome de Haff, que são simultâneas neste momento. Tais desastres implicam na multiplicação de impactos graves e profundos. Interessa às ciências sociais investigar a situação dessas populações para, assim, poder subsidiar políticas públicas que possam auxiliar essas populações que sobreviverem em meio à sequência de desastres”, acrescentou Neison.

Webinários

Os outros encontros do “Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021” acontecerão nos meses de abril (dia 30) e maio (dia 28), com as seguintes temáticas: “O desastre do petróleo e as  atividades litorâneas no Nordeste do Brasil” e “A Covid-19 e as populações que vivem da pesca artesanal”, respectivamente.

Serviço

”Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021"

Tema do 1º webinário: “O que sabemos e o que não sabemos sobre a doença da urina preta (Síndrome de Haff)?”

Data: 26/03

Horário: 10h às 12h

Transmissão: canal da Fundaj no YouTube

Palestrantes: Paulo Pena (professor da Universidade Federal da Bahia - UFBA - professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutor pela EHESS - Paris, Pós-doutorado pela ENSP/FIOCRUZ), Josemaryson Bezerra (gerente geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), farmacêutico e especialista em Vigilância Sanitária - Escola Nacional de Saúde Pública) e Severino Antônio (educador social e membro do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) - Regional Nordeste 02)

Mediação: Beatriz Mesquita (pesquisadora da Fundaj)

Da assessoria 

O Museu do Homem do Nordeste e o Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Mello Franco De Andrade (Cehibra), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), prepararam uma programação especial para a Semana Santa. As exposições ‘Via Sacra’ e ‘A Via Sacra e a Arte Popular’, compostas por peças dos acervos da Instituição, que aludem à celebração católica no Nordeste com obras de nomes como Antonia Leão, Zé Caboco, Severino Vieira, Manoel Antonio, Mestre Noza e José Costa Leite. São poemas, cordéis, xilogravuras e peças moldadas em barro. Ao todo, as mostras terão cerca de 5 minutos cada de exibição em vídeo, com imagens e textos.

“A escolha do tema se deve aos motivos culturais tão claros, que são dados pelo fato de ser uma semana cheia de simbolismo numa região cristã em quase sua totalidade. Simbolismo ancorado na ressurreição, que representa a vitória final da alegria sobre a dor e da vida sobre a morte, a que se pode atribuir uma ênfase especial nestes tempos de tanto sofrimento coletivo e individual, em consequência de um ano de pandemia”, explica o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mario Helio.

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Via Sacra ou Via Crúcis é a sequência de acontecimentos que resultou na morte de Jesus. O foco é no caminho percorrido por Cristo até o Monte Calvário, onde foi crucificado. Esse é um percurso popular entre muitos fiéis, que reproduzem a peregrinação em Jerusalém. A Semana Santa se tornou um tema frequente em representações artísticas do catolicismo popular no Nordeste. Artistas da região utilizam técnicas em barro, madeira, cerâmica e metal para criar peças que representam essa identidade visual tão tradicional para a população dos nove estados nordestinos.

“Como há no acervo do Cehibra e do Museu do Homem do Nordeste exemplares importantes dessa temática, a iniciativa, ao mesmo tempo que celebra a esperança por meio da beleza da arte, valoriza e divulga o acervo da Fundação Joaquim Nabuco para que seja mais visitado e conhecido”, conta Mario Helio.

A exposição ‘Via Sacra’ baseia-se no trabalho escrito e iconográfico do paraibano de Sapé José Costa Leite, declarado Patrimônio Vivo de Pernambuco. A mostra é composta por poemas e gravuras do famoso cordelista e xilogravurista que adotou o município de Condado, na Mata Sul do estado, para viver.

A exposição ‘A Via Sacra e a Arte Popular’ reúne peças em cerâmica de Antônia Leão, Manoel Antônio, Severino Vieira e Zé Caboclo e um conjunto de xilogravuras de Mestre Noza.  Composto por 14 gravuras da técnica de talhar estampas em madeira, o álbum xilográfico do Mestre Noza faz parte do acervo do Cehibra. “Temos que aproveitar todas as oportunidades para destacar e homenagear esses artistas da cultura nordestina” destaca a coordenadora do Cehibra, Albertina Malta.

Inocêncio da Costa Nick, o Mestre Noza, nasceu no ano de 1897, em Taquaritinga do Norte-PE. Aos 15 anos, migrou para Juazeiro do Norte-CE, onde se tornou um importante escultor e  xilogravurista. Ele iniciou o trabalho de gravura fazendo rótulos para marcar de aguardente e, como escultor, criando imagens de santos e do Padre Cícero.

A coordenadora-geral do Muhne, Fernanda Cavalcanti, fala sobre a importância de abordar o tema durante a pandemia. “Após o duro caminho percorrido por todos nós durante o ano, exaltamos a felicidade completa da ressurreição de Jesus no Domingo da Páscoa, um dos períodos mais importantes para os cristãos. Celebremos um tempo novo, vida nova, fé e esperança com a alegria da renovação.”

Da Assessoria

Em virtude do agravamento do número de casos da Covid-19 em Pernambuco, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) decidiu prorrogar a suspensão das atividades presenciais até o dia 31 de março (portaria Fundaj nº 45). O funcionamento aberto ao público havia sido paralisado desde o último dia 8 e os serviços estavam em regime telepresencial como forma de garantir a segurança de funcionários e visitantes.

A Instituição segue acompanhando os Informes Epidemiológicos divulgados pelas Autoridades Estaduais de Saúde do estado e do país para adotar as melhores medidas de segurança do patrimônio nos campus— Derby, Casa Forte e Apipucos — e no Engenho Massangana, no município do Cabo de Santo Agostinho.

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Ficam fechados o Museu do Homem do Nordeste (Muhne), as galerias Massangana, Baobá, Valdemar Valente e Mauro Mota, e a Cinemateca Pernambucana, além dos cinemas (Cinema da Fundação, no Derby, e Cinema do Museu, em Casa Forte), que já estavam com as atividades suspensas.

No Campus Derby deixam de funcionar os cursos presenciais da Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPP), as salas de Leitura Nilo Pereira, de Exposição Vicente do Rego Monteiro e de Videoarte Cristina Tavares. A Villa Digital e a Biblioteca Blanche Knopf, no campus Apipucos, também paralisam as operações, assim como o Engenho Massangana.

*Da assessoria

Devido ao aumento do número de casos da Covid-19 no Estado de Pernambuco e no Brasil, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) suspende, a partir da segunda-feira (8) as atividades abertas ao público até o dia 19 deste mês (portaria Fundaj nº 039). Com isso, o expediente ocorre em regime especial telepresencial, garantindo os serviços essenciais administrativos e o Gabinete da Presidência funcionando.

A Instituição segue em constante monitoramento do assunto, mantendo a segurança do patrimônio nos campi - Derby, Casa Forte e Apipucos - e no Engenho Massangana, no município do Cabo de Santo Agostinho. Ficam fechados o Museu do Homem do Nordeste (Muhne), as galerias Massangana, Baobá, Valdemar Valente e Mauro Mota, e a Cinemateca Pernambucana, além dos cinemas (Cinema da Fundação, no Derby, e Cinema do Museu, em Casa Forte), que já estavam com as atividades suspensas.

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No Campus Derby deixam de funcionar os cursos presenciais da Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPP), as salas de Leitura Nilo Pereira, de Exposição Vicente do Rego Monteiro e de Videoarte Cristina Tavares. A Villa Digital e a Biblioteca Blanche Knopf, no campus Apipucos, também paralisam as operações, assim como o Engenho Massangana.

*Da assessoria

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) publicou dois editais de pós-graduação para a Escola de Inovação e Políticas Públicas (IEPP). As duas especializações são gratuitas, com duração aproximada de 18 meses e na modalidade de ensino a distância. Serão disponibilizadas 50 vagas para cada. Os inícios das atividades estão previstos para junho e julho deste ano.

O primeiro curso é a Especialização em Economia e Desenvolvimento Regional, que será composta de 13 disciplinas realizadas em plataforma de educação a distância disponibilizada pela Fundação Joaquim Nabuco. Serão duas etapas para a seleção dos alunos: análise de documentos e dos pré-projetos, e entrevistas. O início previsto das aulas é em junho de 2021 e as inscrições vão de 29 de março a 05 de abril.

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O outro curso com edital divulgado foi a Especialização em Gestão Pública e Inovação, que será voltada para profissionais graduados em diferentes áreas de conhecimento que atuem em algum nível da esfera pública. Os alunos terão disciplinas voltadas para economia, inovação e tecnologias na gestão do setor público. Assim como no outro curso, o processo seletivo conta com duas etapas: o de análise de documentos e do pré-projeto, além das entrevistas. As inscrições no processo seletivo vão de 29 de abril a 7 de maio e a previsão de início das aulas é em julho de 2021.

Podem se inscrever no processo seletivo profissionais graduados em economia, administração, ciência política, ciências sociais, ciências contábeis e outras áreas, desde que relacionadas ao desenvolvimento regional. O objetivo da especialização é ajudar o aluno a promover, implementar e gerir projetos para o desenvolvimento socioeconômico regional. "Essas duas novas especializações que a Fundaj está lançando têm como objetivo aprimorar em especial aqueles que atuam com a administração pública, capacitando-os para melhoria de resultados da gestão", explica Leonardo Cruz, coordenador geral da Escola de Governo.

As inscrições das duas especializações serão gratuitas e deverão ser realizadas mediante envio da documentação descrita no edital para o e-mail cac.lato@fundaj.gov.br, indicando no assunto o curso de interesse. As entrevistas realizadas na segunda etapa serão on-line e com duração de aproximadamente 15 minutos para discutir o pré-projeto dos candidatos.

As poucas informações sobre a greve de canavieiros da Zona da Mata de Pernambuco, em 1979, confirma que mesmo o passado é um território de disputa. Tida por muitos pesquisadores como uma das mais significativas ações do movimento sindical rural brasileiro, o evento aconteceu nos municípios de Paudalho e São Lourenço da Mata, durante a Ditadura Militar.

Nesta segunda-feira (8), essa história pode ser reconhecida na exposição Jogo da Memória, dos artistas Marcela Lins e Guilherme Benzaquen. A abertura será promovida virtualmente no canal da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no YouTube. Mas também poderá ser conferida fisicamente a partir do dia 9, das 10h às 16h, na Galeria Baobá.

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Resultado da 5ª edição do projeto Residências Artísticas, da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), da Fundaj, o resultado da investigação deveria ser apresentado no segundo semestre de 2020. Mas precisou ser adiado em meio à pandemia de Covid-19.

Na montagem, o público poderá conferir diversos fragmentos em formato 12 x 12 cm de fotografias deste e de outros movimentos atrelados a canavieiros; depoimentos em vídeo dos grevistas; documentos extraídos do Serviço Nacional de Informações (SNI), que atestam um mapeamento do movimento feito pelos militares e um gaveteiro de telegramas fictícios.

"A exposição pretende a reconstrução de uma memória de um acontecimento vitorioso e de esperança", adianta Guilherme. "Ela aparece por ser um marco em um tempo onde não se fazia greve. Há uma série de relatos que apontam esta como a primeira grande greve rural brasileira, desde a instauração do Regime Militar", destaca Marcela.

Para tanto, ambos artistas se debruçaram sobre arquivos e memórias para provocar outras narrativas possíveis, ainda que de modo fragmentado. São imagens produzidas pela imprensa e extraídas de jornais da Biblioteca Nacional e do livro Greve nos Engenhos (1980), da socióloga Lygia Sigaud.

Em um dos pavimentos, o visitante poderá conferir o Gaveteiro de Memórias. Nele, um móvel reúne 10 mil telegramas fictícios construídos a partir do relato de quatro grevistas que participaram ativamente do ato. Ao todo, os artistas destacaram 155 trechos e um telegrama em branco. "Para representar as lacunas", justifica Benzaquen.

"No jogo da memória, é preciso lembrar. Partimos dessa alegoria para pensar essa greve como algo que precisa ser lembrado", explica Marcela Lins. A exposição segue aberta à visitação até 30 de abril, das terças às sextas-feiras, seguindo todos os protocolos sanitários em combate ao coronavírus.

*Da assessoria

Para celebrar o frevo, um dos ritmos mais tradicionais de Pernambuco, e ainda estimular a produção de novidades do estilo musical, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj)  lança o Concurso Nordestino de Frevo. A disputa vai premiar compositores do Nordeste e ainda prestará homenagem ao Maestro Duda, um dos maiores nomes do segmento. 

O concurso,  realizado pela  Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), tem como objetivo mostrar a relevância do frevo e ainda estimular novas produções. Podem participar compositores dos nove estados do Nordeste que tenham músicas inéditas. As inscrições podem ser feitas pelo site da Fundaj, até o dia 12 de junho. 

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A premiação vai contemplar 12 vencedores com até R$ 10 mil em diferentes categorias. Serão escolhidos os melhores Frevo de Rua, de Bloco, Canção e ainda, melhor intérprete, melhor arranjo e Hino da Turma da Jaqueira Segurando o Talo.  A entrega da premiação será feita no Dia Nacional do Frevo, em 14 de setembro. A apresentação dos vencedores será acompanhada pela Orquestra de Frevo Maestro Duda, o grande  homenageado do concurso. 

Nascido em 1935 na cidade de Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco, começou sua carreira musical cedo: iniciou os estudos de música aos oito anos e aos dez se tornou integrante da Banda Saboeira. Nesse mesmo período, escreveu sua primeira composição, o frevo “Furacão”. A importância do regente é constantemente lembrada: em 1980, recebeu um prêmio de melhor arranjo de Música Popular Brasileira; em 2011, foi o homenageado do Carnaval do Recife; e em 2010 foi eleito Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco.

Categorias e premiações:

Melhor Frevo de Rua - 1º lugar: R$ 10 mil; 2º lugar: R$ 8 mil; 3º lugar: R$ 6 mil

Melhor Frevo de Bloco - 1º lugar: R$ 10 mil; 2º lugar: R$ 8 mil; 3º lugar: R$ 6 mil

Melhor Frevo Canção - 1º lugar: R$ 10 mil; 2º lugar: R$ 8 mil; 3º lugar: R$ 6 mil

Melhor Intérprete - 1º lugar: R$ 6 mil

Melhor Arranjo - 1º lugar: R$ 4 mil

Hino da Turma da Jaqueira Segurando o Talo - 1º lugar: R$ 10 mil

 

A exposição ‘Carnaval: Nassau, Frevo, Cana e Caju’, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), já pode ser conferida no Piso 1 do Shopping Recife, em Boa Viagem. A mostra, com curadoria de Rita de Cássia Araújo e Rodrigo Cantarelli, estreou na última segunda-feira (8) e integra a programação do Carnaval de Todos os Tons — uma iniciativa multiplataforma da instituição federal para o período momesco, que não será celebrado em 2021 devido à pandemia. Ao todo, dez croquis de fantasias para agremiações produzidas pelo pintor Manoel Bandeira (1900—1964), para o Anuário do Carnaval Pernambucano, foram ampliadas em tamanho humano para a montagem.

“O ano de 2021 continua com essa questão grave da pandemia. Infelizmente, neste ano, o Carnaval será ainda mais diferente. Mais digital, com pouca programação física. Seguindo todas as regras sanitárias, estamos fazendo aqui no shopping center em homenagem a essa grande festa no Estado, do Recife, de Olinda e do Interior. Um Carnaval diferente, mas querendo acender a alegria no coração das pessoas”, declarou o presidente da Fundaj, Antônio Campos, que destacou as homenagens da iniciativa ao centenário do cronista Antônio Maria (in memorian), ao Maestro Duda, no Concurso Nordestino de Frevo, e ao pintor Manoel Bandeira, nesta exposição.

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Na exposição, além das réplicas de aproximadamente 1,70 cm, o público confere partituras de frevos criados por Nelson Ferreira e Sebastião Lopes nos Anos 1930, a exemplo do frevo Passo do Caroá, como marketing da indústria têxtil. Curadora da exposição, Rita de Cássia aponta para a formação de comunidades em torno destas fábricas e o surgimento de agremiações, mas não esquece o papel do Estado Novo nestes carnavais. “Havia um propósito educativo do próprio governo, que enxergava um canal de comunicação no Carnaval. Essas fantasias eram para agremiações e tinham, também, versões mais sofisticadas para bailes e salões."

Ainda na montagem, o visitante conhece um pouco da trajetória de Bandeira. Natural de Escada, na Zona da Mata, o pintor foi integrante do Modernismo. “Nem sempre com o devido mérito”, aponta outro curador, Rodrigo Cantarelli. “A obra dele está inserida aqui dentro da trajetória de consolidação do Movimento Moderno. Ele é um artista da primeira geração, que tem nomes de renome internacional como Vicente do Rego Monteiro, Lula Cardoso Ayres e Cícero Dias. Talvez por ter se dedicado à indústria gráfica tenha caído no esquecimento. Sua produção é grande, afinal ele trabalhou mais de 50 anos, com capas para livros, revistas e jornais."

Para a coordenadora do Centro de Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Fundaj, parcerias como esta são importantes para garantir a aproximação do público com os acervos da Casa. Em especial em um espaço tão popular, com volume de pessoas e um público tão eclético e variado. “É uma oportunidade de uma visibilidade enorme para um acervo que é rico e importante para a nossa cultura. Você não pode brincar o Carnaval, mas não pode deixar de viver o Carnaval. Você pode compreender como os artistas sempre estiveram presentes, que os acervos documentam isso e que a Fundação preservou este acervo, que está à disposição.”

À promotora de vendas Elizonete de Oliveira, 61 anos, chamou atenção os traços do artista, tão característicos à primeira metade do Século 20. “Minhas tias e meus pais usavam bastante este tipo de fantasia. Não cheguei a usar, mas acho muito bonito. Na minha época, quando criança, participava de tudo dos carnavais. Sinto saudade de como eram antigamente, dos carnavais de clubes”, recorda. A médica Fátima Diniz, 74, se emocionou. “Saudade da simplicidade que a gente está perdendo. Em meio a tanta coisa desnecessária, algo como essa obra toca o coração da gente e desperta o saudosismo pelos carnavais que tinham corso e se jogava confete e serpentina.”

*Via assessoria de imprensa. 

 

A Fundação Joaquim Nabuco aprovou o relatório da pesquisa “Acompanhamento longitudinal do desempenho escolar de alunos da rede pública do Recife”, desenvolvida pela Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), que traçou um perfil de alunos do sexto e sétimo anos do ensino fundamental na capital pernambucana. O objetivo era analisar como essas características afetaram a vida acadêmica desses estudantes por meio da coleta de dados contínua. 

O estudo começou em 2013 e coletou dados de mais de 8 mil alunos de 120 escolas públicas, analisando informações como habilidades socioemocionais, redes de amizades em sala de aula, a saúde dos pais, contato com drogas, bebidas alcoólicas e armas de fogo. A coleta de informações foi feita por meio de questionários para os alunos, professores, diretores e pais ou responsáveis pelos alunos, além de provas no início e final de cada ano letivo.

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A pesquisa revelou uma conexão direta entre violência contra as crianças em casa e uma queda no rendimento escolar. De acordo com os dados, os alunos que apanham quando fazem algo errado têm notas inferiores em matemática quando comparados com os que sofrem outros tipos de punição, como castigo ou conversa. Em 2017, 51% das crianças afirmaram que nunca apanham da mãe quando fazem algo errado, enquanto 8% responderam que isso sempre acontece. 

Ter emoções negativas em relação ao próprio futuro também reduz o desempenho escolar: alunos que acreditam que vão morrer com menos de 30 anos, por exemplo, têm menores notas que aqueles que acreditam que serão ricos. 

“Procuramos nesta investigação identificar tanto a parte escolar em si quanto a parte da vida pessoal do aluno. O objetivo final é identificar cada um dos elementos e como eles influenciam no processo de aprendizagem dos alunos”, explica a pesquisadora da Fundaj e coordenadora da pesquisa, Isabel Raposo.

Confira outros dados da pesquisa: 

Segurança:

2018: 29% dos alunos não sentem-se seguros no bairro onde moram

Autoestima:

2018: 20% dos alunos concordam com a afirmação “Às vezes, eu penso que não presto para nada”

Recursos:

2018: 72% dos pais afirmaram não ter computadores ou notebooks nos domicílios dos alunos

Local para estudar:

2018: 14% dos alunos afirmaram não ter um local calmo e reservado para estudar em casa

*Com informações da Fundaj

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Principal evento na agenda cultural do Nordeste, o Carnaval é a união de música, dança e expressões artísticas. Em um ano que não haverá festas nas ruas, devido à pandemia, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), instituição vinculada ao Ministério da Educação (MEC), marcará a festividade com a realização do Carnaval de Todos os Tons.

Montada pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), a programação será realizada de 8 a 17 de fevereiro, reunindo exposições, lançamento de concurso de frevo e exibição de filmes, além de oficina de fantasia de papel e filmes. Dois grandes pernambucanos são os homenageados: o cronista Antônio Maria e o Maestro Duda. O Carnaval de Todos os Tons celebra o centenário de Maria, cuja data é 17 de março.

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A programação virtual será exibida pelo canal da Fundaj no YouTube e replicada nas demais redes sociais da Instituição. A presencial será restrita a uma exposição no Shopping Center Recife e chamadas nas redes. "Uma das festas mais aguardadas ao longo de todo o ano, o Carnaval cumpre um papel fundamental para a saúde mental, a sociabilidade, a economia e a manutenção de manifestações. É um orgulho para esta Casa, comprometida com a memória e a cultura, manter de forma segura tradições que são tão fortes no Nordeste e no País", reflete o presidente da Fundaj, Antônio Campos.

Ele destaca que a Fundação preparou uma programação que possibilitará ao público viver o período carnavalesco, ainda que não seja nos moldes tradicionais. "Neste ano, as avenidas e ladeiras, os confetes e as serpentinas vão ao encontro do folião em um Carnaval de e para todos os tons", celebra. O principal tributo será dedicado ao cronista, comentarista esportivo e compositor pernambucano Antônio Maria (1921—1964), cujo centenário será comemorado em março deste ano.

Dentre as contribuições para a maior festa popular do país, o diretor da Dimeca, Mario Helio, lembra que o homenageado é co-autor da canção Manhã de Carnaval, em parceria com Luiz Bonfá. "O centenário dele está próximo e ninguém está falando disto. Antônio Maria é um nome importante. Se fossemos fazer uma lista de 100 músicas de Carnaval, pelo menos quatro composições dele estariam", justifica Mario. É de autoria do cronista o Frevo nº 1, nº 2 e nº 3, dedicados ao Recife em tom nostálgico. Antônio Maria faleceu aos 43 anos, de um problema cardíaco.

 O Concurso Nordestino de Frevo - Homenagem ao Maestro Duda terá seis categorias e 12 contemplados: Melhor Frevo de Rua, Melhor Frevo de Bloco e Melhor Frevo Canção, Melhor Intérprete, Melhor Arranjo e Hino da Turma da Jaqueira Segurando o Talo. Os valores das premiações são de R$ 4 mil a R$ 10 mil. O edital será disponibilizado no site da Fundação, com prazo de inscrição até 12 de junho e resultado no Dia Nacional do Frevo, em 14 de setembro.

"Participei de quase todos os festivais e concursos. Por isso, estou muito feliz em ser escolhido para ser homenageado. Durante mais de dez anos dirigi um dos principais deles, o Frevança", comemora o Maestro Duda. Além de regente, José Ursicino da Silva, o Maestro Duda, é compositor, instrumentista e arranjador. O homenageado nasceu em Goiana, município da Zona da Mata Norte, tida como terra de músicos. Autor do frevo Furação, compôs também diversos outros frevos, choros e sambas.

Exposições

Com base nos acervos do Centro de Documentação de Estudos da História Brasileira (Cehibra) e do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), duas exposições também serão lançadas. Os desenhos de fantasias criadas pelo artista plástico Manoel Bandeira (1900—1964), no fim da década de 1930, poderão ser conferidos dos dias 8 a 17 de fevereiro, no Piso 1 do Shopping Center Recife. A exposição 'Carnaval: Nassau, frevo, cana e caju' visita o elemento essencial à folia de Momo no ano em que ela não ganhará ruas e ladeiras.

"Ainda que não tenhamos a festa, o Carnaval existe e pode ser vivenciado de outro modo, a partir do acervo histórico", reflete a coordenadora do Cehibra, Betty Lacerda. Com curadoria de Rita de Cássia e Rodrigo Cantarelli, os croquis exibidos na mostra foram publicados no Anuário do Carnaval Pernambucano, que compõe a coleção do Cehibra, e aludem a figuras da história e elementos da fauna e flora associados à indústria e agroindústria locais.

"Os desenhos de Manoel foram confeccionados sob encomenda de malharias e fábricas da indústria têxtil. As senhoras da elite iam até essas lojas e escolhiam a fantasia a ser confeccionada. Com elas, fizeram parte até dos concursos de fantasias", contextualiza Betty. Além dos painéis, com desenhos e textos curatoriais, o público poderá conferir partituras, como a do Hino do Vassourinhas.

Explorando as possibilidades das redes, o Museu do Homem do Nordeste lança a exposição La Ursa, também no dia 8, com curadoria de Antônio Montenegro. Diversos registros do acervo do Cehibra em que personagem e a brincadeira têm destaque integram a montagem audiovisual que será vinculada às redes sociais da Casa. Um vídeo-performance com trilha incidental também foi produzido e conta com o arte-educador Cleyton de Melo Nóbrega sob a forma de brincante.

"A ideia é focar no personagem que, além de interessante, é característico do Nordeste. É diferente do Bumba[-meu-boi] que aparece em outras regiões", justifica o curador. Também nas redes sociais o público infantil confere, no mesmo dia, a oficina preparada pela Coordenação de Ações Educativas do Muhne. Em diálogo com a exposição de desenhos de fantasias do artista plástico Manoel Bandeira, a meninada vai aprender a confeccionar fantasias de papel.

O tutorial online contará com a facilitação do arte-educador Emerson Pontes. Cinema Para completar a programação, a Cinemateca Pernambucana preparou uma Mostra de Carnaval. Todos os filmes que abordam a temática estarão disponíveis em uma sessão especial, no site oficial.

Com curadoria da coordenadora do Cinema da Fundação e da Cinemateca Pernambucana, Ana Farache, o público irá conferir títulos documentais como Olha o Frevo (1970), no qual o diretor Rucker Vieira passeia pela história e tradição do ritmo no seu estado de origem. Quatro décadas depois, a documentarista Dea Ferraz reúne a nata em Sete Corações (2014), do Maestro Duda ao Maestro José Menezes (em memória).

*Da assessoria

Faltou pouco para a Academia Pernambucana de Letras (APL) figurar na história como a primeira do Brasil. Segundo a antropóloga e acadêmica Fátima Quintas, detentora da cadeira nº 31, foi o autor de A emparedada da Rua Nova, o recifense Carneiro Vilela, que atrasou a fundação de 1890 para 1901. Ainda assim, ela está entre as três primeiras academias do País e na próxima terça-feira (26) celebra 120 anos de existência. A marca será comemorada com live promovida em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), às 16h, no canal da Instituição no YouTube.

“A Academia ficou conhecida como a casa de Carneiro Vilela. Mas, ao bem da verdade, é a casa de todos aqueles que amam a poesia e a prosa. Os literatos são responsáveis por registrar cada qual o espírito criativo de sua época, por isso essa data deve ser lembrada”,  destaca o escritor e presidente da Fundaj, Antônio Campos, que na APL ocupa a cadeira nº 25. Na celebração, Antônio Campos dividirá as honras da abertura com o escritor Lucilo Varejão Neto, presidente da APL e detentor da cadeira nº 2.

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Na sequência, Fátima depõe sobre o aniversário da instituição. Autora de Academia Pernambucana de Letras — história e patrimônio (2013), a antropóloga integrou a APL em 2002. Uma década depois foi eleita presidente da Academia, cargo que ocupou de 2012 a 2016. “Apesar de não ser historiadora, sou filha de um historiador: Amaro Quintas. Então, sempre tenho vontade de conhecer as instituições a que pertenço. É uma mania minha. Quando entrei na Academia, resolvi estudar um pouco sobre sua história. Pesquisei e concluí com a publicação do livreto”, recorda.

Na obra, a acadêmica resgata toda a história da dita ‘Casa de Carneiro Vilela’, desde a construção do prédio até a formação e consolidação da entidade. Ela recorda, por exemplo, que, no início, a Academia Pernambucana de Letras estava vinculada ao Instituto Histórico de Pernambuco. “Funcionou na Rua do Hospício, até a mudança para a sede atual na Rui Barbosa. Na época, haviam apenas 20 acadêmicos, seguindo os padrões da Academia Francesa de Letras. Foi só em 1960 que o escritor Mauro Mota propôs ampliar o conjunto para formato atual, com 40.”

Ariano Suassuna, Joaquim Cardozo, Gilberto Freyre, João Cabral de Melo Neto, Mário Melo, Mário Sette, Padre Carapuceiro e Manoel Arão são alguns dos nomes que deram grandes contribuições para a literatura do Estado. Afinal, que seria da Literatura Pernambucana sem títulos como o Auto da Compadecida, Cão Sem Plumas, Casa-Grande e Senzala e O Claustro? “Para mim tem um significado imenso compor esta celebração, afinal sou uma escritora. É uma data marcante que deve ser lembrada”, conclui Fátima Quintas.

Serviço

120 anos da Academia Pernambucana de Letras

Data: 26 de janeiro

Horário: 16h

Transmissão no canal da Fundaj, no YouTube

 

*Via Assessoria de Imprensa

A Cinemateca Pernambucana, da Fundação Joaquim Nabuco, divulgou o balanço de acessos ao site onde estão disponíveis 261 produções cinematográficas do Estado. Em 2020, o portal contabilizou 286.693 visitas. No ano anterior, a marca foi de 38.928. Ou seja, um aumento de 736,46% nos acessos. Para a coordenadora do Cinema da Fundação e Cinemateca Pernambucana, Ana Farache, os números atestam a importância de disponibilizar as produções para o acesso virtual, sobretudo na pandemia. “Com o distanciamento social e fechamento das salas de cinema, os acessos diários foram tão grandes que dobramos nosso link para melhor atender ao público”, revela.

De acordo com Ana Farache, novos títulos foram adicionados à plataforma no último ano. “Muitos diretores chegaram a disponibilizar mais filmes para serem assistidos online no portal.” Depois de Pernambuco, onde houve a concentração de 59% dos acessos, São Paulo (10,53%), Rio de Janeiro (5,57%), Bahia (3,40%), Minas Gerais (2,94%), Ceará (2,70%), Paraíba (2,43%), Rio Grande do Norte (2,31%), Distrito Federal (1,99%) e Rio Grande do Sul (1,40%)  foram os estados brasileiros com o maior percentual de engajamento. O balanço revelou ainda que 1,98% dos acessos foram realizados dos Estados Unidos. Portugal (0,71%), França (0,43%) e Argentina (0,31%) também visitaram o acervo do cinema pernambucano.

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Recorde, o dia 31 de março reservou 21.376 dos acessos totais. Na data, obras que até então só poderiam ser conferidas no espaço foram liberadas para o acesso remoto. Em seguida, os períodos de 20 de maio a 19 de junho, 26 a 30 de julho e 4 a 6 de novembro conservam uma média de mais de mil acessos diários. Para os monitores da Cinemateca Pernambucana, o reforço das mídias sociais e o monitoramento do sistema de streaming contribuíram para a marca. “Toda a cadeia produtiva sai mais fortalecida com essa propagação ampla de um cinema que já é reconhecido mundialmente como de grande valor estético e sócio-cultural, além de ser inspiração para novos realizadores”, celebra a coordenadora da Cinemateca Pernambucana.

Dentre as produções, os sucessos de audiência tratam de aspectos profundos desses Brasis, como os dramas A História da Eternidade (7.203 acessos), de Camilo Cavalcante, ambientado no Sertão; e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2.688), de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, que fala das solidões. Mas não foram apenas as ficções que renderam cliques, o documental O Silêncio da Noite É Que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras (4.092), de Petrônio Lorena, investiga a poesia do Pajeú e também foi campeão de acessos. O remake da comédia O Auto da Compadecida (2.770), de Guel Arraes, adaptado para o público surdo, e o curta-metragem A Arte de Ser Profano (3.079), de Fernando Spencer, completam o ranking.

Cinemateca Pernambucana

Inaugurada em 2018, a Cinemateca Pernambucana funciona no Campus Gilberto Freyre, da Fundaj, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Quase 300 filmes, entre curtas e longas-metragem, podem ser conferidos no acervo do espaço. São produções que datam desde 1924 até os dias atuais.

A Cinemateca se constitui, também, como centro avançado de estudos e pesquisas na área do cinema. “Coletar, catalogar, preservar, difundir, estudar, pesquisar e ressignificar as obras. Essas são as responsabilidades de uma cinemateca. Sem esquecer que a história dos filmes do passado fortalece e expande a nova produção audiovisual”, defende Ana Farache. Confira as produções em cinematecapernambucana.com.br

 

*Via assessoria de imprensa

Na manhã desta sexta-feira (11), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizou uma cerimônia para anunciar a implementação do Complexo Cultural Gilberto Freyre. O espaço terá recursos de acessibilidade, pinacoteca e a sediará a cinemateca pernambucana.

O anúncio foi feito no 1° andar do Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, na sede da instituição, em Casa Forte, e contou com a presença do ministro da Educação, Milton Ribeiro, além do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mário Hélio, do presidente da Fundaj, Antônio Campos, e do secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, cujo avô foi homenageado no evento.

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O projeto se encontra em fase de licitação, com lançamento de edital para contratação da empresa que fará os projetos de engenharia, paisagístico e de acessibilidade. A pinacoteca será instalada no primeiro andar do solar, primeira entrega do futuro complexo cultural, sucedida pela cinemateca. As novas estruturas estarão ligadas a outros equipamentos culturais da Fundaj, como por exemplo o cinema da Fundação e o Museu do Homem do Nordeste. 

De acordo com o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, Mário Hélio, a partir da inauguração do complexo cultural, o Recife contará com espaços dedicados ao cinema pernambucano e às obras de grandes artistas brasileiros. 

“Temos Tarsila do Amaral, temos Cícero Dias, artistas da maior importância sobretudo da arte moderna brasileira falarão conosco a partir de hoje. Nos próximos dias vamos inaugurar o primeiro módulo chamado ensaio 1, o começo do que será um espaço de exposição permanente. Teremos todo um espaço aqui dedicado ao cinema, dedicado mais do que somente à exibição de filmes, dedicado à memória cinematográfica de Pernambuco  (...) Será um espaço de convívio, haverá uma programação cultural constante com acesso pleno da sociedade a esse espaço que será um espaço de convívio humano”, disse ele. 

O secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, alegou estar “duplamente emocionado” por participar do evento de anúncio da criação de um complexo cultural com o nome de seu avô. Para ele, a cultura tem o papel de “nos manter com o futuro desejado na mira”. “Falo agora como neto de Gilberto Freyre, com a responsabilidade que esse nome tem, de agradecer todos os esforços que estão sendo de forma evidente colocados diante da sociedade para fazer com que a cultura seja de fato um motor do reaquecimento da convivência humana que está sendo tolhida durante esse ciclo da pandemia”. 

O presidente da Fundaj, Antônio Campos, agradeceu pela presença do ministro da Educação no evento, afirmando que “as atividades da Fundação Joaquim Nabuco só são possíveis pelo firme apoio do MEC (Ministério da Educação) a quem agradecemos o valioso apoio e incentivo”. 

A inauguração do Complexo Cultural Gilberto Freyre reafirma a esperança nesse novo país que vem aí, do MEC, do Governo Federal e da Fundaj. (...) Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil. Lenhador, lavrador, pescador, faqueiro, marinheiro, carpinteiro, um capitão, Jair...Messias Bolsonaro. Contanto que seja digno do Governo do Brasil, que tenha olhos para ver pelo Brasil, ouvidos para ouvir pelo Brasil, ânimo de viver pelo Brasil, mãos para agir pelo Brasil”, disse o presidente da Fundação. 

Milton Ribeiro passou a maior parte do evento sem máscara de proteção contra a Covid-19 e fez um pedido aos jornalistas presentes no local para que não fosse “chamado de negacionista em nenhum jornal”, alegando que apesar de ter “visto hoje uma notícia sobre reinfecção” ele já teve a doença, sendo então, em suas palavras, “teoricamente uma barreira sanitária aqui”.

O ministro da Educação também fez saudações a Gilberto Freyre Neto, pela homenagem feita ao seu avô. “É dia de celebrarmos mais uma vez a memória de Gilberto Freyre e há um trecho da Bíblia que diz “a memória dos justos será honrada” e é isso que fazemos aqui. É uma honra para você, Gilberto Freyre Neto, e um peso. Bem ou mal, se aguarda, tem uma expectativa de que alguma coisa do seu avô tenha sobrado para você desenvolver. Geneticamente, mas também em termos de inspiração, tanto é que você está na área da cultura. Que você possa ter na Fundaj um lugar, um laboratório para realizar grandes obras e contribuições à nossa cultura”, disse o ministro. 

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A  Fundação Joaquim Nabuco venceu a primeira etapa do edital  para o projeto de recuperação da casa de Clarice Lispector. A instituição está concorrendo aos recursos junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública no edital sobre Fundo de Direitos Difusos, que são recursos voltados para vários segmentos, entre eles o de preservação de patrimônio.

 A proposta da Fundação é restaurar o imóvel localizado na Praça Maciel Pinheiro, bairro da Boa Vista, centro do Recife. Após recuperado, o espaço será aberto como um Centro Cultural. "A ideia é que este Centro seja voltado ao conhecimento da literatura brasileira e a memória de Clarice Lispector nesse local porque foi a casa onde ela viveu com a família. Essa foi a casa onde ela viveu parte da sua infância quando veio morar no Recife quando chegou ao País vinda da Ucrânia", adianta o presidente da Fundaj, Antônio Campos. 

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A casa é de propriedade da Santa Casa de Misericórdia e está protegida legalmente por meio do tombamento provisório em nível estadual pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e em análise preliminar no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para tombamento federal. Apesar de sua importância, o imóvel  encontra-se abandonado, em avançado processo de degradação e já se constatando perda de elementos arquitetônicos originais.  

O projeto elaborado pela Santa Casa de Misericórdia e abraçado pela Fundaj foi idealizado por meio de levantamentos iconográficos, gráficos e históricos, confrontação de informações e levantamentos. Nele, estão apresentadas as  propostas de restauro e reforma, que possibilitarão que a edificação volte a ser usada, tendo como partido a reconstituição física o mais próximo do período em que Clarice Lispector ali residiu.  

Após a reforma, a Fundação pretende inaugurar no espaço o Centro Cultural Casa Clarice Lispector voltado a memória da escritora de renome internacional, de modo a possibilitar a difusão do conhecimento da literatura brasileira, especificamente à memória de Clarice.  

Reconhecimento - Desde o início deste ano a Fundaj vem realizado ações em homenagem aos 100 anos da escritora Clarice Lispector, completados em 2020. Em abril, a Fundação promoveu a Festa Digital do Livro tendo como homenageada a escritora. Em setembro passado, em parceria com os Correios lançou o selo comemorativo Clarice Lispector.

Da assessoria

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) postergou para o dia 19 de novembro as inscrições para o Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa, proposto pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da instituição. A premiação contemplará com R$ 900 mil os nove estados do Nordeste. Cada estado receberá o valor de R$ 100 mil para projetos de caráter criativo e inovador. O baixo custo e a quantidade de beneficiados serão fatores fundamentais a serem levados em conta nos critérios de premiação. Estima-se que sejam escolhidos 90 projetos, no mínimo. Gratuitas, as inscrições devem ser realizadas por meio de formulário, no site da Fundaj.

Depois de conceder todas as informações e documentos exigidos, é preciso escolher uma área. É permitida a inscrição de projetos sem um número limitado, porém somente um será escolhido. Para participar como pessoa física, o interessado deve ser maior de idade, brasileiro nato ou naturalizado. Já para pessoa jurídica, há restrição apenas para a natureza governamental, havendo  possibilidade de participação que vai de entidades privadas a ONGs. O edital do I Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa pode ser acessado neste link.

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O edital abrangerá diversas áreas da economia criativa, como: artesãos, artistas, coletivos de cultura, audiovisual, produtos tecnológicos de interesse cultural, espetáculos de arte, projetos voltados ao patrimônio material e imaterial. Ações de apoio a manifestações culturais, sendo pesquisas ou atividades de acesso à cultura, também se enquadram entre as ações que podem concorrer ao concurso, como também trabalhos dos gêneros: cinema, fotografia, ilustração, instalações artísticas e intervenções urbanas.

O diretor da Dimeca, Mario Helio, conta que o objetivo do prêmio é encontrar, reconhecer e premiar projetos favoráveis à economia criativa de baixo custo que auxiliem os estados nordestinos. "Um prêmio amplamente inclusivo, diversificado porque atinge praticamente todas as áreas da economia criativa. Desde o artesanato até o game, esperamos que as pessoas que trabalham com soluções concretas para problemas concretos, tanto propostas que já foram desenvolvidas e estão em vias de acontecer, todas estas ideias são bem-vindas”, ressalta, de acordo com a assessoria.

Para intensificar os resultados da ação, capacitações de economia criativa e empreendedorismo cultural estão previstas na finalidade do Prêmio. No dia 4 de dezembro, o resultado final do prêmio será publicado no Diário Oficial da União (DOU) e na página e canais da Fundaj e do Ministério da Educação (MEC). A emissão do empenho poderá ser feita pelos ganhadores no período de 8 a 31 de dezembro.

Na tarde desta terça-feira (3) o Porto Digital inaugurou o Cinema do Porto, nova sala de exibição localizada no edifício Vasco Rodrigues, na avenida Cais do Apolo, nº 222, no Bairro do Recife. O equipamento cultural, que tem 511 m² e 138 lugares com estrutura para acessibilidade de pessoas com deficiência, será administrado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e é aberto ao público. O evento contou com a presença do atual ministro da Educação, Milton Ribeiro.

Com a concessão do espaço, a Fundaj se torna responsável pela manutenção de todo o 16º andar, o que inclui elevadores, eletricidade e trabalhadores terceirizados, como seguranças e bilheteiros. Em contrapartida, o Porto Digital destinará parte dos ingressos a moradores da Comunidade do Pilar, que fica no Recife Antigo, além de realizar sessões especiais acessíveis para os projetos Alumiar e Indigo, voltados a pessoas autistas, cegas, surdas, ensurdecidas e com síndrome de down.

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A reforma do espaço, onde antes funcionavam empresas de tecnologia e o Núcleo de Gestão do Porto Digital, começou em 2019 e custou R$ 1,3 milhão nas obras e R$ 500 mil para a aquisição de equipamentos, como um telão com 7x3 metros, um projetor e som Dolby 7.1. Até o momento, ainda não há previsão de data para a abertura da sala ao público.

O termo de colaboração foi assinado pelos presidentes da Fundaj, Antônio Campos, e do Porto Digital, Pierre Lucena, em uma cerimônia que reuniu 20 convidados e a imprensa. Em sua fala, Antônio Campos disse que a Fundação tratará o Cinema do Porto com “extremo carinho”. 

“Nós estamos num momento de grande aceleração, de muitas mudanças, mas sem dúvida a tecnologia, o conhecimento e a educação estão dando um salto nessa crise da pandemia da Covid-19. Sem dúvida a Fundação Joaquim Nabuco, integrante do Ministério da Educação vê nessa parceria, hoje, aqui nessa tarde, um momento importante. Não só na assinatura da administração de um cinema de um estado que tem uma cena de cinema e cultural tão importante mas vejo estrategicamente uma aproximação entre pesquisa, cultura, conhecimento e colocando isso com tecnologia”, disse o presidente da Fundaj. 

Por sua vez, Pierre Lucena agradeceu pela parceria e disse que diversas obras do cinema pernambucano passam pelo Porto Digital, através de uma iniciativa chamada Portomídia, braço do Porto Digital na economia criativa. “Poucas pessoas sabem, mas Aquarius foi finalizado aqui, recentemente Bacurau também foi finalizado lá no Portomídia e é um equipamento que nos orgulha, o cinema pernambucano nos orgulha. Essa parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, que é o melhor parceiro que poderíamos ter em Pernambuco para fazer o Cinema do Porto”, afirmou o presidente do Porto Digital. 

Gilson Machado Neto, presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), afirmou que o Porto Digital é o maior berço de tecnologia da América Latina “e exemplo para o mundo da criatividade e de como o pernambucano consegue fazer, com poucos recursos comparado com o que outros países têm, algo excelente”.

“Educação e Cultura têm partido”

Milton Ribeiro, atual ministro da Educação do governo Bolsonaro, iniciou sua fala durante a cerimônia de inauguração da nova sala de cinema “dizendo que cultura e educação têm partido”. Sem explicar ou contextualizar sua afirmação, ele continuou sua participação na solenidade afirmando que “unanimemente nós concordamos que são colunas essenciais de uma sociedade que possa progredir”. 

Após saudar os demais presentes no evento, o pastor e ministro elogiou a iniciativa de inaugurar a sala de cinema prometendo apoio federal à Fundaj e ao Porto Digital. “Essa iniciativa de estarmos aqui com o MEC, com o Governo Federal para estendermos a mão ao povo pernambucano que tem sua marca preponderante na história do Brasil para mim é uma alegria. No que depender de mim como tenho feito, tudo que a gente puder fazer dentro do governo federal, dentro do MEC para apoiar esse projeto, nós vamos fazer”, disse o ministro.

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Na tarde desta quarta-feira (28), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizou a cerimônia de lançamento do Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa, que contemplará 90 projetos de baixo custo nos nove estados do Nordeste brasileiro, com R$ 100 mil para cada um deles. As inscrições estão abertas a brasileiros natos e naturalizados maiores de 18 anos e devem ser feitas virtualmente, através do site da Fundaj, até o dia 9 de novembro. 

A cerimônia de lançamento foi realizada na Sala Calouste Gulbenkian, campus Casa Forte da Fundaj, no Recife, e contou com as presenças do ministro da Educação, Milton Ribeiro, do presidente da Fundaj, Antônio Campos, do secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, entre outros convidados. Segundo o diretor de Memória, Educação e Cultura da Fundaj, Mário Hélio Gomes, o propósito do prêmio é localizar, reconhecer e premiar iniciativas benéficas à economia criativa de baixo custo que beneficiem os estados do Nordeste. 

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“Um prêmio amplamente inclusivo, diversificado porque atinge praticamente todas as áreas da economia criativa. Desde o artesanato até o game, esperamos que as pessoas que trabalham com soluções concretas para problemas concretos, tanto propostas que já foram desenvolvidas e estão em vias de acontecer, todas estas ideias são bem-vindas”, disse ele. 

A criação do prêmio, de acordo com Mário Hélio, é a primeira iniciativa da Fundaj no sentido de apoiar a inovação e haverá também a criação de um observatório de economia criativa. “Será um observatório permanente. Estruturamos esse observatório de uma forma que não haja somente participação de técnicos e estudiosos da Fundação Joaquim Nabuco, mas que tenha também participação da sociedade. Será um observatório colaborativo que integra uma série de ações de valorização permanente da economia criativa. O prêmio é apenas o início disso”, afirmou o diretor da Fundaj. 

Antônio Campos, presidente da Fundaj, afirmou que o Nordeste do País tem na economia criativa uma grande força de desenvolvimento. “Esse prêmio visa prestigiar iniciativas em economia criativa que possam, com baixo custo, ajudar a vida dos nordestinos e brasileiros, neste quinhão do Brasil. A economia criativa é um dos desenvolvimentos principais do Nordeste. É impossível pensar o Nordeste sem sua criatividade, e o nordestino sem sua resistência, resiliência. Da gastronomia à produção de softwares, do artesanato a música", declarou Campos.

O secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, destacou as razões pelas quais o empreendedor cearense Delmiro Gouveia foi o homenageado escolhido para dar nome ao prêmio. “Nós somos uma referência em que a cana-de-açúcar conheceu o massapê e esse encontro tem criatividade e inovação. Foi a partir de experimentos desenvolvidos aqui no nosso Estado que a gente financiou, durante 300 anos, o projeto de país”, disse ele. 

Presente na cerimônia, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, falou de temas como corrupção e educação sexual para crianças antes de afirmar que vai direcionar verbas públicas do orçamento do MEC à Fundação Joaquim Nabuco. “Vamos fazer com que o recurso público possa ser usado de maneira inteligente. (...) Eu encaminhei o orçamento para que uma verba considerável possa ser enviada para a nossa fundação”, disse o ministro.

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Nesta quarta-feira (28), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente da Fundaj, Antônio Campos, participarão do lançamento do Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa. O evento será realizado na Sala Calouste Gulbenkian, campus Casa Forte da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O evento é restrito a 40 convidados, seguindo as normas de prevenção ao coronavírus (Covid-19).

A premiação, proposta pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), distribuirá R$ 900 mil do orçamento da Instituição Federal aos nove estados do Nordeste. Com isso, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Sergipe, Piauí e Maranhão contarão com R$ 100 mil para projetos de caráter criativo e inovador. 

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Os critérios para ser premiados levarão em conta, principalmente, o baixo custo e a quantidade de beneficiados. A estimativa é de que, no mínimo, sejam contempladas 90 iniciativas.

As inscrições para participar da premiação são gratuitas e devem ser realizadas via formulário, disponível no site da Fundaj, até 9 de novembro. Após fornecer todas as informações e documentos solicitados, é necessário selecionar um segmento. Os candidatos podem inscrever quantos projetos desejar, mas apenas um será contemplado. Para concorrer como Pessoa Física, o candidato deve ser maior de 18 anos, brasileiro nato ou naturalizado. Enquanto isso, para Pessoa Jurídica, a única restrição é para a natureza governamental, sendo possível a participação de instituições privadas a ONGs. Veja mais informações no edital da premiação.

O edital contempla diversos segmentos da Economia Criativa como artesãos, artistas e coletivos de cultura, produtos tecnológicos de interesse cultural, espetáculos de arte, iniciativas relacionadas ao patrimônio material e ematerial. Discriminadas no texto geral, ações de apoio a manifestações culturais, sejam elas pesquisas ou atividades de acesso à cultura, também estão entre as ações pertinentes a concorrer ao certame, assim como obras de gênero: cinema, fotografia, ilustração, instalações artísticas e intervenções urbanas.

“A concessão de um prêmio como este representa um duplo reconhecimento: o primeiro, de que o destino do nordestino está em suas próprias mãos; e, outro consequente, de que é por meio da criatividade e da inovação que se pode enfrentar as mais difíceis crises e superá-las”, reflete o presidente da Fundaj, Antônio Campos, segundo a assessoria de imprensa. “O mundo foi tomado de surpresa com a crise sanitária que aprendemos a administrar dia após dia. O setor cultural e todos seus atores precisam mais do que nunca de apoio para atravessar esse momento, ao que somos solidários”, finaliza.

Cursos de Economia Criativa e Empreendedorismo Cultural também estão previstos no escopo do Prêmio, para potencializar os resultados da ação.  A divulgação do resultado final do Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa será publicada no Diário Oficial da União e no site e canais da Instituição e do Ministério da Educação, no dia 4 de dezembro. Os vencedores terão do dia 8 a 31 de dezembro para a emissão do empenho.

O Nordeste é, por excelência, uma usina geradora de ideias produtivas. Dos artesãos aos desenvolvedores de games e softwares. A fim de impulsionar a geração de empregos, renda e a diversidade cultural, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) lança o Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa. No dia 28 de outubro, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente da Fundaj, Antônio Campos, participam da cerimônia realizada na Sala Calouste Gulbenkian, campus Casa Forte da Fundaj. O evento é restrito a 40 convidados, seguindo as normas de prevenção ao coronavírus (Covid-19).

Proposto pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), da Fundaj, serão distribuídos R$ 900 mil, do orçamento da Instituição Federal, aos nove estados do Nordeste. Com isso, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Sergipe, Piauí e Maranhão contarão com R$ 100 mil para projetos de caráter criativo e inovador. Os critérios de premiação levarão em conta, principalmente, o baixo custo e a quantidade de beneficiados. A estimativa é de que, no mínimo, sejam contempladas 90 iniciativas.

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As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas via formulário, disponível no site fundaj.gov.br,  até 9 de novembro. Após fornecer todas as informações e documentos solicitados, é necessário selecionar um segmento. É facultado inscrever quantos projetos desejar. No entanto, apenas um será contemplado. Para concorrer como Pessoa Física, o candidato deve ser maior de 18 anos, brasileiro nato ou naturalizado. Enquanto para Pessoa Jurídica, a única restrição é para a natureza governamental, sendo possível que desde instituições privadas a ONGs participem. Confira, na íntegra, o edital do I Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa https://n9.cl/c5pch

Além dos artesãos, artistas e coletivos de cultura, o Edital contemplará diversos outros segmentos da Economia Criativa. Audiovisual, produtos tecnológicos de interesse cultural, espetáculos de arte, iniciativas relacionadas ao patrimônio material e imaterial estão entre as categorias contempladas. Discriminadas no texto geral, ações de apoio a manifestações culturais, sejam elas pesquisas ou atividades de acesso à cultura, também estão entre as ações pertinentes a concorrer ao certame, assim como obras de gênero: cinema, fotografia, ilustração, instalações artísticas e intervenções urbanas. 

“A concessão de um prêmio como este representa um duplo reconhecimento: o primeiro, de que o destino do nordestino está em suas próprias mãos; e, outro consequente, de que é por meio da criatividade e da inovação que se pode enfrentar as mais difíceis crises e superá-las”, reflete o presidente da Fundaj, Antônio Campos. “O mundo foi tomado de surpresa com a crise sanitária que aprendemos a administrar dia após dia. O setor cultural e todos seus atores precisam mais do que nunca de apoio para atravessar esse momento, ao que somos solidários.”

“O Prêmio Delmiro Gouveia é um dos itens de um trabalho mais amplo, que inclui a formação de um núcleo de estudos em permanente atualização, seminários e publicações”, explica o diretor da Dimeca, Mario Helio Gomes, a respeito da criação de um Núcleo de Economia Criativa na Instituição sediada em Pernambuco, em formato de observatório. “Não somente para pesquisar e estudar os problemas do Nordeste, mas para encontrar a solução deles. Solução que muitas vezes está, literalmente, nas mãos de uma rendeira, de um oleiro, virtuoses de artesanato tanto quanto é um programador de computadores na invenção de um aplicativo.” 

Cursos de Economia Criativa e Empreendedorismo Cultural também estão previstos no escopo do Prêmio, para potencializar os resultados da ação.  A divulgação do resultado final do Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa será publicada no Diário Oficial da União e no site e canais da Instituição e do Ministério da Educação, no dia 4 de dezembro. Os vencedores terão do dia 8 a 31 de dezembro para a emissão do empenho. 

Homenageado

Visionário, o industrial  Delmiro Gouveia (1863—1917) modernizou o Sertão do Nordeste ao inaugurar a primeira usina hidrelétrica da região brasileira em Paulo Afonso, na Bahia, em 1913, e a primeira fábrica têxtil no estado de Alagoas, em 1914. Embora fosse natural do Ceará, foi em Pernambuco que iniciou sua trajetória como empreendedor, ligando o interior do Estado ao Exterior, com o comércio de peles de cabras e ovelhas. Em 1899, ainda no Século XIX, construiu o primeiro shopping center do Brasil, o Mercado-modelo do Derby, no Recife.

Serviço

Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa

Cerimônia de lançamento

Data: quarta-feira, 28 de outubro

Horário: 15h

Local: Sala Calouste Gulbenkian. Sede Fundaj (Av. Dezessete de Agosto, 2187 - Casa Forte, Recife - PE)

Restrito a 40 convidados

*Via Assessoria de Comunicação

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