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As cidades de Santos, no litoral paulista, e Rio de Janeiro poderão ter, respectivamente, 7,57% e 7,35% de seus territórios cobertos pelas águas do mar até 2100, se o planeta aumentar as emissões de gases de efeito estufa.

A estimativa foi publicada nesta terça-feira (28) em um estudo desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em parceria com a agência Climate Impact Lab. O documento alerta que o avanço das águas sobre a terra, e que deverá atingir outros locais do mundo, é uma consequência do aquecimento global.

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Para fazer as projeções, o estudo utilizou imagens de satélite, mareógrafos e modelos do Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). E, para estimar o impacto do aumento do nível do mar, simulou três cenários diferentes com base na concentração de emissão de gases de efeito estufa: baixa emissão (a temperatura da Terra até 2100 não aumentaria mais que 2ºC); emissão intermediária (aumentaria a temperatura até 2100 em 2,7ºC); e emissão muito alta (aumentaria a temperatura em 4,4ºC até 2100).

Dentro desses três cenários, segundo os dados de projeção, o Brasil sofreria uma elevação média do nível do mar de 20,9 cm a 24,27 cm até meados do século (entre 2040-2059), e de 40,5 cm a 65,6 cm até o ano de 2100, a depender do nível de emissão e do aumento de temperatura da Terra.

No cenário atual, no qual a emissão de gases é considerada de nível intermediário, a previsão é de que o País sofra com o aumento de 21,65 cm do nível do mar até metade do século, e 49,98 cm até 2100 - os dois números estão acima da média global, 18,15 cm e 40,73 cm, respectivamente.

No pior dos cenários, isto é, se as emissões aumentarem para níveis mais altos, de acordo com os dados, a cidade de Santos poderia sentir o nível do mar crescer 27,74 cm até o meio do século e até 72,85 cm em 2100. Na capital fluminense, os números são mais modestos, mas não menos preocupantes: 23,84 cm até o meio do século e 65,67 cm até 2100.

Já com relação aos impactos da inundação terrestre, as projeções estimam que, se as emissões de poluentes continuarem iguais, o Brasil poderá ficar com uma área submersa total de 913,2 km² até meados do século, e 2.270,3 km² até 2100. No caso de emissões elevadas, esse número poderá chegar a 4.612 km² de áreas brasileiras tomadas pelas águas no final deste século 21.

Com base nesses dados, o PNUD e o Climate Impact Lab alertam que algumas cidades, altamente povoadas, poderão ter 5% ou mais de seus territórios abaixo do mar se a quantidade de emissões de poluentes crescer. Além de Santos e Rio de Janeiro, no Brasil, a lista inclui: Guayaquil (Equador), Barranquilla (Colômbia), Kingston (Jamaica), Cotonou (Benin), Calcutá (Índia), Perth (Austrália), Newcastle (Austrália) e Sydney (Austrália).

"Os efeitos da subida do nível do mar colocarão em risco décadas de progresso do desenvolvimento humano em zonas costeiras densamente povoadas, onde vivem uma em cada sete pessoas no mundo", afirmou Pedro Conceição, Diretor do Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD.

Em nota, as entidades afirmam que "muitas regiões baixas ao longo das costas da América Latina, África e Sudeste Asiático podem enfrentar uma grave ameaça de inundação permanente", e as projeções indicam uma "tendência alarmante com potencial para desencadear uma reversão no desenvolvimento humano nas comunidades costeiras em todo o mundo".

Problema pode afetar áreas povoadas por até 73 milhões de pessoas

 

Se as emissões não cessarem e permanecerem como estão, os impactos das inundações poderão, até 2100, atingir áreas costeiras povoadas por até 73 milhões de pessoas em todo o mundo. O estudo informa ainda que, até o final do século 21, "alterações climáticas podem provocar a submersão de uma parcela significativa de terra" em territórios como Bahamas, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Caimã e Maldivas.

"Centenas de cidades altamente povoadas enfrentarão um risco acrescido de inundações até meados do século, relativamente a um futuro sem alterações climáticas", afirmam as entidades. "Isto inclui terras que abrigam cerca de 5% da população de cidades costeiras como Santos, no Brasil, Cotonou, no Benin, e Calcutá, na Índia. Prevê-se que a exposição ao risco de inundações duplique para 10% da população até ao final do século", alertam.

De acordo com o estudo, nos níveis mais elevados de aquecimento global, "aproximadamente 160 mil km² de terras costeiras (uma área maior que o território da Grécia ou do Bangladesh) seriam inundadas até 2100?, e atingindo vastas áreas de cidades costeiras localizadas em países como Equador, Índia e Arábia Saudita.

Se o planeta conseguir diminuir as emissões para níveis que não aumentem a temperatura da Terra em até 2ºC, a projeção é que é 70 mil km² desse total de áreas em risco poderão permanecer acima do nível do mar.

"Essas projeções não são conclusões precipitadas; em vez disso, podem ser um catalisador para a ação", disse Hannah Hess, diretora associada do Climate Impact Lab. "Ações rápidas e sustentadas para reduzir as emissões afetarão a rapidez e o grau de impacto das comunidades costeiras. A redução das emissões não só mitiga os riscos, mas também nos dá mais tempo para responder proativamente e nos prepararmos para a subida dos mares."

Pedro Conceição, do PNUD, lembra que a divulgação desses dados deve servir de alerta para as autoridades que comparecerem à Cúpula do Clima, a COP-28, que começa na próxima quinta feira, 30, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. "A nossa nova investigação do PNUD e do Climate Impact Lab é mais um lembrete aos decisores que vão para a COP-28 de que o momento de agir é agora."

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverá mudar nos próximos anos, acompanhando as alterações nos currículos do ensino médio em todo o país. Essa mudança, no entanto, ainda deve demorar. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, um novo modelo poderá começar a ser aplicado apenas a partir de 2025, depois de ser amplamente discutido. A Agência Brasil conversou com estudantes e especialistas sobre o que esperar do futuro do Enem. 

Atualmente, o Enem é composto por provas de linguagens, ciências humanas, matemática e ciências da natureza que, juntas, somam 180 questões objetivas de múltipla escolha, além de uma prova de redação. O exame é aplicado em dois domingos. Teoricamente, o Enem deveria cobrar o que os estudantes aprenderam ao longo da trajetória escolar. 

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Em 2017, no entanto, o país aprovou o chamado novo ensino médio, que começou a ser implementado nas escolas públicas e particulares no ano passado. A previsão era que o Enem também mudasse, em 2024, para se adequar ao novo ensino. Pelo novo modelo, parte das aulas é comum a todos os estudantes do país, direcionada pela chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios estudantes podem escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. As opções permitem ênfase nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e ensino técnico. A oferta de itinerários depende da capacidade das redes de ensino e das escolas brasileiras. 

Um parecer aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em 2022 sugeria que o novo Enem tivesse duas etapas, uma tendo como referência a BNCC e, outra, que poderia ser escolhida pelo estudante de acordo com a área vinculada ao curso superior que pretende cursar. O governo anterior chegou a anunciar a nova proposta, mas ela não saiu do papel. 

Críticas

O novo ensino médio sofreu uma série de críticas e, atualmente, está sendo rediscutido no âmbito do governo federal. Com isso, o cronograma de mudanças no Enem foi suspenso. As provas, que deveriam mudar já em 2024, agora terão também as mudanças adiadas

“De certa forma estão sendo feitos ajustes, não há como fazer um novo exame sem que o ensino médio esteja sendo implementado de forma clara”, diz o professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais Chico Soares. Soares é ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que é responsável pelo Enem e é também ex-membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), onde foi um dos relatores da BNCC.

Soares explica que as mudanças no Enem ainda devem demorar, porque, mesmo depois que o novo modelo para o ensino médio for definido, ainda será preciso readequar as provas. “Vamos mudar o tipo de expectativa de aprendizagem”, diz. O Inep precisará, então, elaborar e testar novas questões antes de aplicá-las.

Segundo o ministro da Educação, o Enem deverá começar a ser reformulado a partir do ano que vem, para que as mudanças passem a valer a partir de 2025. As discussões devem ocorrer dentro dos debates do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas para a educação a cada dez anos. Para Soares, a previsão é otimista. Ele estima que uma nova prova deve ser aplicada ainda mais tarde, a partir de 2026. 

Preocupação

Para os estudantes, a situação gera muita preocupação, segundo a presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Jade Beatriz. “Nos preocupa muito, porque o modelo de ensino mudou. Objetivamente, o ensino médio teve uma mudança muito brusca, uma redução da carga horária básica, que é muito importante e é o que cai no Enem. Tivemos uma redução e a gente acaba não vendo tudo no ensino médio e é o que será cobrado no Enem. Isso nos prejudica muito”, diz.  

Segundo ela, o ensino médio anterior ao novo modelo não era o ideal, mas a redução da formação básica de forma abrupta acirrou a desigualdade entre escolas públicas e particulares, uma vez que cada rede de ensino oferta a formação de acordo com a própria capacidade. 

A estudante diz que, embora o cronograma do novo ensino médio preveja a implementação gradual ano a ano, todas as séries do ensino médio estão sendo impactadas, inclusive quem atualmente cursa o 3º ano e vai prestar o Enem para buscar uma vaga no ensino superior. “Não tem as matérias que serão cobradas, então, na visão do estudante da escola pública, vou fazer uma prova que sei que não vou passar”, diz e acrescenta: “Todas as séries estão sendo impactadas. E é surreal, porque serão três gerações, contando a partir de hoje, que serão atingidas por isso. O novo ensino médio nos aproxima do subemprego”. 

Enem 2023

O Enem 2023 será nos dias 5 e 12 de novembro. De acordo com o Inep, mais de 3,9 milhões de pessoas estão inscritas. Desse total, 1,4 milhão, o equivalente a 35,6%, concluem o ensino médio este ano. Outros 1,8 milhão (48,2%) já concluíram o ensino médio em anos anteriores e os demais 16,2% dos inscritos ainda não concluíram o ensino médio e farão a prova apenas para testar os conhecimentos, os chamados treineiros.  

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil. É utilizado para o ingresso em instituições públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e para obtenção de bolsas de estudo em instituições privadas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Também é usado para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

Além disso, os resultados do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições estrangeiras que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. 

Hoje (16) é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca. É uma condição autoimune crônica que causa intolerância ao glúten (presente em pães) e que impacta o intestino. A medicina ainda não sabe exatamente o que causa a doença, alguns especialistas afirmam que a origem pode ser relação genética ou estresse e ansiedade. Em pessoas celíacas, quando o glúten chega no intestino, o sistema imunológico encara o nutriente como algo a ser combatido.

Essa reação do organismo inflama as pequenas dobras na superfície interna do órgão responsável pela absorção dos nutrientes. A inflamação prejudica diversas funções do órgão. Presente na alimentação, o glúten vem sendo questionado cientificamente sobre seu impacto na manutenção de um estilo de vida saudável. Confira a seguir, como o organismo das pessoas com esta condição reage ao glúten, segundo especialistas: 

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O glúten prejudica a digestão: De acordo com nutricionistas, um dos primeiros impactos do glúten nestas pessoas é na função principal do intestino – a digestão. Por conta da inflamação do órgão, a pessoa pode experienciar diarreia ou constipação, que também pode ser acompanhada de sintomas como empachamento gástrico (sensação de inchaço), cólica intestinal e desconforto abdominal. 

Pode impactar o sistema imunológico: Outra consequência da ingestão de glúten por celíacos é um sistema imunológico deficiente. A intolerância ao glúten interfere na microbiota intestinal (bactérias benéficas que vivem no órgão que, dentre outras funções, ajudam o sistema imune a identificar microrganismos invasores), o que causa uma piora na resposta imunológica da pessoa. 

Diminui a capacidade de absorção de nutrientes: A doença também pode desencadear outras condições de saúde, principalmente as ligadas a alguma deficiência nutricional, como anemia (por falta de ferro), ou perda de peso sem motivo aparente. Isso porque, segundo nutricionistas, a inflamação na parede intestinal impede com que o corpo absorva os nutrientes durante o processo de digestão. Por causa disso, algumas pessoas também podem desenvolver sintomas de intolerância à lactose, não por realmente serem, mas por não conseguirem absorver os nutrientes do leite. 

A doença celíaca afeta o sistema nervoso central: A doença também pode afetar o sistema nervoso. O intestino, apesar de estar longe do cérebro, também possui neurônios o suficiente para formar um sistema nervoso próprio, responsável por coordenar tarefas como a liberação de substâncias digestivas e os movimentos que o alimento faz até sair do corpo como bolo fecal. Além disso, o intestino é considerado o responsável pela produção de mais de 90% da serotonina do corpo.  

 

Os impactos da pandemia na Educação do Brasil já são sentidos. O levantamento realizado pela ONG Todos Pela Educação aponta que, entre 2019 e 2021, houve um aumento de 66,3% de crianças, com seis e sete anos de idade, de acordo com o relato de pais e responsáveis, que não sabiam ler e escrever. A defasagem no âmbito da leitura e escrita, ainda segundo dados da pesquisa, reafirma a desigualdade entre alunos brancos e estudantes pardos e pretos.

Assim, os percentuais de crianças pretas e pardas, com seis e sete anos, que não sabiam ler e escrever, foram de 47,4% e 44,5%, em 2021. Já em 2019, período pré-pandemia, os números eram de 28,8% e 28,2%. O impacto educacional da crise sanitária é mais significativo em estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

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Em números, é possível perceber que as crianças mais pobres com carência na leitura e escrita subiram de 33,6% para 51% entre 2019 e 2021. Em contraponto, alunos mais ricos apresentaram, no mesmo período, um aumento que foi de 11,4% para 16,6%.

Em entrevista ao LeiaJá, a secretária executiva de gestão pedagógica da Secretaria Municipal de Educação do Recife, Juliana Guedes, explica que os reflexos da pandemia da Covid-19 não é apenas sentido na alfabetização, mas no “ciclo de construção do conhecimento, que precisa passar pela infantil, pelos anos iniciais até os anos finais do ensino médio”.

À reportagem, Juliana esclarece que os dois anos de afastamento dos alunos da rotina presencial escolar “fez com que a gente precisasse estabelecer uma série de novos planos para que essa situação fosse superada”, frisa. Na rede municipal de ensino do Recife, que possui cerca de 144 mil estudantes matriculados, sendo 17 mil crianças na educação infantil e quase 100 mil no fundamental, a volta ao modelo presencial foi seguida por ações diagnósticas, de acordo com a secretaria.

“Fizemos a nossa própria estratégia. Essas estratégias foram denominadas recomposição das aprendizagens (...) Estamos falando de recompor, de reorganizar. Porque a gente também não pode dizer que, nesses dois anos, os estudantes não aprenderam nada, até porque muito foi feito individualmente, com os esforços dos professores, das unidades escolares e também da família”, ressalta.

Esforço coletivo

Muitos foram os desafios enfrentados pela comunidade escolar no período pandêmico. Na Escola Municipal Pastor José Munguba Sobrinho, localizada no bairro do Jordão, na Zona Sul da capital pernambucana, a equipe gestora, professoras e família tiveram que se adaptar a uma nova realizada.

Com a instituição fechada, devido à alta de casos e mortes pelo novo coronavírus, a sala de aula deu espaço aos grupos do WhatsApp. “Nós fizemos grupos no WhatsApp e as professoras mandavam áudio, faziam vídeos. Durante uma hora de aula, as professoras estavam disponíveis no grupo e elas interagiam com os pais. Muitas vezes, as atividades envolviam gravação de vídeos e envio de áudio com a criança lendo algo ”, pontua Eleonora Maciel, vice-gestora da unidade, que conta com 14 turmas (educação infantil, fundamental 1 e Educação de Jovens e Adulto - EJA).

A falta do contato presencial entre os docentes e estudantes contribuiu, segundo a gestora da instituição, Rosinalva Monteiro, para a defasagem no processo de letramento das crianças. Com as atividades presenciais, a escola realizou sondagem para mensurar os impactos da crise sanitária e traçou estratégias para recompor o processo.

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“As professoras fizeram um trabalho constante. Na volta à escola, trabalhamos a leitura de forma lúdica. Em sala de aula, fizemos brincadeira com massa de modelar, colagem, leitura e se apresentava essas histórias através de dramatização e realização de eventos”, conta.

O esforço coletivo rendeu três prêmios para a Escola Municipal Pastor José Munguba Sobrinho pelos indicativos alcançados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (Idepe) e Programa Primeiras Letras, iniciativa da Prefeitura do Recife.

“A gente vive em um contexto que ninguém dá nada por eles [alunos], não aposta alto neles, então, o plano inicial é o fracasso. Mas, eles estão aí para provar o contrário. Finalmente, a gente está começando a colher o que a gente plantou. Não é fácil não. Todo dia tem uma coisa, todo dia tem um contexto diferente e a gente vai chegando mais um degrau para continuar fazendo mais e mais”, destaca Rosinalva Monteiro.

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O Fórum Econômico Mundial destaca, em seu site, alguns efeitos "inesperados" da seca na Europa. O texto nota que há secas recordes pelo mundo, com a Europa enfrentando um calor prolongado e ondas de calor. Um dos efeitos é visto na França, onde a pior seca já registrada prejudica a produção de trigo. Apenas a metade da produção atual de trigo no país estava em "condição boa ou excelente" em 8 de agosto.

Por outro lado, as altas temperaturas aceleraram a evaporação da água, o que garante aos produtores de sal na região francesa de Guerande produção recorde de flor de sal, que poderia quase dobrar neste ano.

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Já na Alemanha, a falta de chuvas provocou queda no nível do Reno, uma importante artéria fluvial do país. Isso provoca atrasos e custos mais altos, aponta o Fórum Econômico Mundial.

As embarcações estão recebendo apenas de 30% a 40% de sua capacidade, para evitar problemas nos trajetos, no rio que corta o coração industrial da Alemanha, dos Alpes Suíços até o Mar do Norte, transportando grãos, produtos químicos e carvão, por exemplo, e com potencial impacto negativo no crescimento do país.

A seca também coloca pressão sobre a oferta de energia, lembra o texto. A geração de hidrelétricas no continente caiu 44% na Espanha, segundo a BBC, e 20% em geral no continente.

O Guardian ainda reportou que a falta de água suficiente para refrigerar usinas nucleares levou algumas usinas na França a reduzir a produção.

Na Itália, foram encontradas duas bombas não detonadas da Segunda Guerra, no leito do rio Pó, perto de Mântua.

Já na Espanha, perto de Barcelona, uma igreja romanesca do século nono voltou a ser vista, intacta. A leste de Madri, o reservatório Buendía deixa ver agora ruínas de uma vila. Na província de Cáceres, no centro espanhol, a seca permitiu que se visse um ciclo de pedras pré-histórico, apelidado de Stonehenge espanhol, no reservatório de Valdecanas.

A deputada federal e pré-candidata ao governo de Pernambuco Marília Arraes (SD) postou em suas redes sociais um vídeo lamentando a consequência da chuva na Região Metropolitana do Recife (RMR) neste sábado (28).

“Fazia muitos anos que a gente não via o Recife, a metropolitana numa situação de tragédia, de calamidade, como a que estamos vendo hoje. Vamos rezar e pedir a Deus para que tudo isso passe o mais rápido possível”, enfatizou.

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No vídeo, Marília também contou que ela e André de Paula (PSD) cancelaram suas agendas nos próximos dias, devido às fortes chuvas. “Eu e André de Paula cancelamos nossa agenda nos próximos dias porque a gente acredita que é necessário estar unido”, afirmou.

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A onda de frio que atingiu praticamente todo o País nesta semana ainda não trouxe danos expressivos na lavoura, segundo Miguel Ivan Lacerda, diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No entanto, não estão descartados possíveis impactos à produção do milho e do feijão, que somente devem ser levantados na próxima semana. Em entrevista ontem à Rádio Eldorado, Lacerda disse que acompanha diariamente os efeitos das baixas temperaturas na agricultura do País.

Perda total não foi registrada, mas segundo o diretor do Inmet há registro de redução em hortaliças, café, cana-de-açúcar e algumas frutas, já que o período das plantas está mais suscetível. "No entanto, hoje, estamos mais preocupados com a produção de milho e do feijão. E essa avaliação sobre o impacto no milho e no feijão só vamos conseguir fazer daqui uma semana", estima.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Especialistas de 17 países participam, a partir desta quarta-feira (16), no Recife, da 1ª Conferência Internacional de Resíduos Sólidos (Cirsol), primeiro evento sobre o tema realizado no Brasil. Eles vão discutir, entre outros assuntos,  os impactos dos resíduos sólidos nas mudanças climáticas, a importância dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), e a Agenda 2030.

O encontro irá até o próximo dia 18 e ocorrerá de forma híbrida, presencial e online. A programação presencial será no Museu Cais do Sertão, na capital pernambucana, enquanto a agenda online será transmitida pelo canal da Cirsol no Youtube  A programação completa pode ser conferida aqui.

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O evento reúne representantes dos setores público e privado, de organismos internacionais, acadêmicos e da sociedade civil. Entre os participantes estão integrantes do Pacto Global, iniciativa da ONU para engajar empresas e organizações na adoção de dez princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção; do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento  (Pnud); dos governos de Pernambuco e do Recife e das principais universidades do estado, entre outras instituições.

Logo após a solenidade de abertura, haverá desfile de bonecos gigantes de Olinda (PE) pelas ruas do Recife Antigo. Essas figuras emblemáticas do carnaval pernambucano levarão estandartes que representam os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Situação crítica

A presidente do Instituto de Cooperação Internacional para o Meio Ambiente (Icima) e uma das idealizadoras do evento, Ana Paula Rodrigues, disse que é preciso avançar na meta de chegar a 2030 com números melhores na perspectiva dos ODS. Para ela, a situação brasileira em termos de resíduos sólidos é muito crítica. "Por isso, inclusive, essa conferência é tão urgente. Ela demonstra a necessidade dos setores da sociedade se unirem para, de fato, tomar iniciativas, tentar avançar nessa pauta e reverter a situação”.

O manejo inadequado dos resíduos sólidos é fonte de emissão de dióxido de carbono, que contribui para o efeito estufa. Para se ter ideia do impacto do lixo, só no Brasil são gerados quase 80 milhões de toneladas de resíduos por ano, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 40% do lixo descartado no país são dispostos de forma inadequada em lixões ou aterros controlados. Ana Paula lembrou que o Brasil tem 3 mil lixões em funcionamento, quando outros países já conseguiram resolver esse problema.

A presidente do Icima destacou a situação ruim dos catadores de materiais recicláveis no que se refere ao trabalho, além de famílias e crianças que trabalham e vivem nos lixões. “Sem dúvida, é uma realidade bem diferente e essa troca de experiências vai nos enriquecer bastante”. Os países participantes da conferência vão mostrar como resolveram o problema dos resíduos sólidos e da coleta seletiva.

“Vamos discutir também o novo marco legal do saneamento”, disse Ana Paula. “É uma rica oportunidade de troca de experiências”. Serão 35 mesas de debate com 140 conferencistas, envolvendo 17 países. Vinte e uma instituições participam como correalizadoras do evento.

Carta-compromisso

Ao final do encontro, será redigida carta-compromisso, alinhada com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10), que será encaminhada ao Pnud. No documento, as instituições se comprometem a avançar nesse tema nos próximos anos.

Será criado ainda o Observatório de Resíduos Sólidos, que vai acompanhar a realização dos compromissos assumidos durante o encontro. “Essa conferência é a união dos setores da sociedade que veem o agravamento do problema climático e a urgência de se debater a Agenda 2030 e os ODS. A ideia, segundo ela, é realizar novo encontro daqui a dois anos

Todos os resíduos sólidos gerados pelo evento terão destinação correta, bem como sistema de monitoramento e compensação para as emissões de carbono. A programação inclui ainda apresentações musicais, intervenções culturais em diferentes linguagens, mostra de cinema ambiental seguida de debate com os idealizadores dos filmes, atividades de educação ambiental, além de seminários e oficinas. 

A conferência segue todos os protocolos sanitários de controle e prevenção da Covid-19, com entradas monitoradas com medidor de temperatura, álcool em gel e tapetes sanitizantes, distanciamento mínimo nas áreas comuns e dentro dos auditórios, locais de alimentação preparados, além de testagem de funcionários e fornecedores nos dias de evento. Haverá exigência do uso de máscara, e os participantes terão de apresentar comprovante de vacinação. 

O custo com as medidas aplicadas por conta da crise hídrica superou a previsão do governo. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), os gastos com o uso de termoelétricas e com a importação de energia da Argentina e do Uruguai somaram R$ 16,8 bilhões até outubro.

Ao longo de 2021, foram acionadas todas as usinas térmicas, inclusive as mais caras, para garantir o fornecimento de energia e evitar um novo apagão no País. As despesas são pagas por todos os consumidores, por meio da conta de luz.

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Em julho, o MME estimou que essas mesmas ações somariam R$ 13,1 bilhões até novembro deste ano. "A variação do custo verificado em relação ao previsto deve-se ao agravamento das condições de operação ao longo de 2021, bem como ao aumento dos custos de combustível para geração de energia elétrica a partir das termoelétricas", informou o MME ao Estadão/broadcast.

O montante gasto até outubro reflete todos os custos associados ao acionamento adicional de usinas termoelétricas e à importação de energia, entre eles encargos e o deslocamento hidrelétrico. Isso porque as geradoras são "ressarcidas" pelo custo da substituição da produção de hidrelétricas por outra fonte ou pela importação por meio de encargos pagos pelos consumidores. A medida é usada para recuperação dos reservatórios.

O custo com o uso de térmicas é repassado aos consumidores por meio das bandeiras tarifárias - taxa cobrada quando há necessidade de acionar usinas mais caras. Com o agravamento da crise hídrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reajustou em 52% a taxa e sinalizou que os recursos poderiam ser insuficientes. Por este motivo, o governo criou a chamada "bandeira escassez hídrica", que representa a cobrança de R$ 14,20 extras a cada 100 quilowatts-hora (kwh) consumidos. O novo patamar passou a vigorar em setembro e tem previsão de valer até abril.

Mesmo com uma taxa mais cara, o montante recolhido ainda não é suficiente para bancar todos os custos das ações emergenciais. De acordo com dados da própria Aneel, a Conta Bandeiras registra rombo acumulado de R$ 12,01 bilhões até outubro. Para evitar um "tarifaço" em 2022, ano de eleições presidenciais, o Executivo publicou uma medida provisória que abre espaço para uma nova operação de crédito para as empresas do setor para fazer frente aos custos.

O financiamento será pago pelos consumidores nos próximos anos, com incidência de juros. A medida provisória, no entanto, não traz o detalhamento do empréstimo, que deverá ser estruturado por meio de um decreto do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, "as rubricas e valores a serem cobertos pela operação de crédito amparada pela MP 1078/2021 ainda estão em avaliação pelas equipes técnicas do MME e da Aneel".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ciclo de alta da taxa Selic, iniciado em março, deve atrasar a retomada do investimento produtivo no Brasil. Com as empresas saindo de crises consecutivas desde 2015, muitas delas vão preferir preservar o caixa até que o cenário esteja mais claro, do ponto de vista monetário, fiscal ou político. Além disso, o custo de capital está maior. Na média, subiu de 7,7%, em dezembro de 2021, para 10,59% em agosto deste ano, segundo o Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fipe (Cemec-Fipe).

Na semana passada, por exemplo, a Arezzo informou que o momento não é adequado para fazer novas emissões de dívida. Com a alta de juros, a empresa deve priorizar o crescimento orgânico e manter o "caixa como rei". O presidente da companhia, Alexandre Birman, diz que, com a alta dos juros, a alavancagem financeira, que nunca foi premissa da companhia, torna-se ainda menos atrativa.

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"Conceito de ‘cash is king’ (o caixa é o rei) se torna fundamental no cenário de juros que vamos entrar", diz. A empresa pagou as últimas aquisições com caixa próprio e tem bancado de maneira orgânica a expansão das lojas e do e-commerce, cujas vendas cresceram 36% no terceiro trimestre.

Cautela

Segundo Carlos Antonio Rocca, coordenador do Cemec-Fipe, apesar de o custo da dívida ainda ser baixo comparado ao dos últimos anos, o momento não é adequado para fazer expansões. Hoje, a taxa de investimento no País está em 18,2%, depois de ter batido em 15% no 2.º trimestre de 2022. "A incerteza é um conteúdo de risco que não dá para medir", afirma.

Rocca destaca que, com a redução da capacidade ociosa (em torno de 85%), as empresas já teriam dificuldade de atender o mercado caso tivessem de aumentar a produção.

Com incertezas sobre vendas, empresários refazem planos

O aumento da taxa Selic e do custo da dívida veio num momento em que a confiança do empresariado estava em recuperação por causa do avanço da vacinação, afirma o gerente de análise econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Azevedo. Ele ressalta que a escalada dos juros é mais um componente para o desestímulo aos investimentos.

O presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, por exemplo, esperava um cenário diferente para o segundo trimestre do ano. Com a pandemia mais controlada e o comércio sem restrições, a expectativa era de um varejo aquecido. "Esperávamos economia mais pujante; encontramos inflação e juros altos", afirma.

A empresa se preparou para um cenário mais positivo e acabou vendo seus estoques subirem de 70 para 100 dias. Esse revés fez a companhia aumentar as provisões - dinheiro destinado a possíveis perdas e inadimplência. A expectativa é escoar os produtos na Black Friday. Para essa data, a companhia aposta em produtos premium para atingir um público que teve a renda menos corroída pela inflação.

Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) José Ricardo Roriz Coelho, as perspectivas para a demanda interna são incertas. Segundo ele, no ano passado houve uma euforia e uma falsa impressão de que a demanda estava voltando - efeito do auxílio emergencial. "Hoje, estamos na situação de que a inflação retirou 10% da renda das pessoas, o desemprego continua alto, e não há competitividade para exportar", diz Coelho, que comanda a Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast).

Neste momento, diz o executivo, as empresas estão em período de definir o orçamento para 2022. Mas as incertezas têm atrapalhado decisões futuras. "Qualquer investimento, hoje, está entre 30% e 40% mais caro. Dólar, insumo e custo de capital, tudo subiu. Muitas empresas estão esperando até meados do ano que vem para decidir sobre novos investimentos", afirma Coelho.

Durante apresentação do balanço do terceiro trimestre, o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, também destacou os efeitos do aumento da Selic na economia. Para ele, as condições de crédito no atacado dependem do mercado de capitais, tanto via emissões de ações, quanto de renda fixa. Com a alta dos juros, no entanto, as emissões ficam menos atraentes para as empresas.

Segundo dados do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fipe (Cemec-Fipe), o custo de dívida das empresas já aumentou sensivelmente. Para as grandes companhias, subiu de 6,88%, em dezembro de 2020, para 9,67% em agosto passado; entre as médias, de 11,12% para 14,15%; e, para as pequenas, de 11,91% para 16,31%. O crédito bancário, com recursos livres, foi o que teve maior avanço no período, de cerca de 11% para 16%.

Gargalo

Além da alta dos juros, outros fatores têm pesado para desestimular a retomada de investimentos, segundo Marcelo Azevedo, da CNI. Ele explica que o aumento do preço de insumos, como a energia elétrica, e a falta de uma série de matérias-primas têm sido um gargalo dentro das empresas. Há cinco trimestres esse fator vem sendo apontado como o maior problema para as empresas, segundo a Sondagem Industrial feita pela entidade. Até então, a carga tributária sempre aparecia em primeiro lugar entre os maiores problemas relatados pelos empresários.

Outro fator, destaca o executivo da CNI, é que muitas empresas financiam o investimento com recursos próprios. Mas o fato de elas estarem saindo de crises consecutivas deixou o caixa mais apertado em alguns setores. Tudo isso acaba influenciando no planejamento e na decisão de tirar um projeto do papel.

Na opinião do presidente da Trevisan Escola de Negócios, Vandyck Silveira, para um empresário investir em plantas, equipamentos e tecnologia, precisa ter um retorno superior ao custo de capital. "Não vamos passar mais uma década perdida, mas um milênio", afirma.

Após anos de pesquisa, articulação e negociação, está marcado para esta quinta-feira (4) o leilão das frequências que serão usadas na quinta geração de internet móvel, o 5G. Considerado um grande marco tecnológico, o padrão viabiliza inovações dignas de ficção científica: carros autodirigíveis, procedimentos médicos a distância, automação completa de linhas de produção, vigilância e monitoramento de todo o tráfego urbano, além de entretenimento em altíssima qualidade e conectividade semelhante à encontrada em países desenvolvidos.

Mas, segundo o Ministério das Comunicações, as inovações do 5G não são apenas melhorias de serviços para uma parcela limitada da sociedade. De acordo com os termos do certame, aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 25 de agosto, o leilão do 5G será responsável também pela ampliação da internet móvel de quarta geração (4G) para localidades que ainda não contam com essa tecnologia, ampliando assim a base total de usuários brasileiros.

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“Podemos dizer sem medo de errar que a chegada do 5G vai levar o país para outro patamar de inclusão digital", destacou  o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra, em entrevista para a Agência Brasil. "Vamos cobrir todas as rodovias federais com pelo menos conectividade 4G, além de banda larga móvel para quase 10 mil localidades rurais, com a expansão do serviço para escolas e centros de saúde. Nossa meta para o ano que vem, e já temos condições, é de levar internet para 100% das escolas públicas do país”, acrescentou o secretário.

Benefícios do 5G

Sobre o mercado e os preços que deverão ser praticados com a chegada da nova tecnologia, Coimbra afirmou que há uma tendência ao avanço tecnológico com a manutenção de preços, e que a adoção do padrão 5G não será elitizada. “Na prática, haverá uma melhora na dinâmica do custo-benefício. Em telecomunicações, há um fenômeno conhecido de avanço tecnológico sem necessariamente reajuste de preços”, explicou.

Artur Coimbra informou que existe também, dentro do governo, uma preocupação sobre a escassez de semicondutores que assola o mundo. Segundo o secretário, o Ministério das Comunicações já elaborou algumas alternativas para reforçar e atrair a produção de eletroeletrônicos, como tablets e celulares compatíveis com o novo padrão 5G, para solo nacional.

Estrutura e inclusão

Segundo o Ministério das Comunicações, a chegada do 5G eliminará um dos grandes empecilhos na universalização do acesso digital: a infraestrutura. A pasta informou que o leilão do 5G – de caráter não arrecadatório para o governo – terá grande parte do dinheiro da concessão revertida para ações de avanço no setor.

De acordo com Artur Coimbra, as metas futuras do Ministério das Comunicações após o leilão do 5G serão de caráter social, com o objetivo de traçar os perfis de brasileiros que ainda não estão incluídos na revolução digital, mesmo após chegar à meta de 100% do território conectado. 

“Estamos muito perto de eliminar a necessidade de infraestrutura para levar inclusão digital. Agora, vamos focar no uso do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações [Fust], que vai permitir cobertura para todo o agro, para resolver as questões que ainda limitam o acesso à internet pelas pessoas.”

Os termos do leilão do 5G preveem a obrigação de cobertura das 26 capitais e do Distrito Federal até julho de 2022. O serviço deverá cobrir todas as cidades brasileiras com mais de 50 mil habitantes até 2028, enquanto o serviço de 4G deverá cobrir todo o território nacional.

O leilão do 5G está marcado para começar às 10h, no auditório do Espaço Cultural Renato Guerreiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília. A abertura do leilão será feita pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, pelo presidente da Anatel, Leonardo de Morais, e por conselheiros da agência. Está prevista a presença do presidente Jair Bolsonaro na solenidade. 

O grupo das 20 maiores economias do globo (G20) disse que continua "profundamente preocupado" com os impactos da crise da Covid-19, especialmente nos países em desenvolvimento. De acordo com o comunicado do grupo divulgado há pouco, após dois dias de reunião de líderes em Roma, a pandemia atrasou o progresso em direção à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e à Agenda de Ação de Adis Abeba.

O G20 reafirmou o compromisso com uma resposta global para acelerar o progresso na implementação financiamentos e de apoio a uma recuperação sustentável, inclusiva e resiliente em todo o mundo.

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"Reforçaremos nossas ações para implementar o Plano de Ação do G20 sobre a Agenda 2030 e o Apoio do G20 à Resposta e Recuperação do Covid-19 nos países em desenvolvimento, com base na Atualização de Roma de 2021, com particular atenção aos países mais vulneráveis", enfatizaram.

O texto também comemorou a nova alocação geral de Direitos Especiais de Saque (DES), implementada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em agosto, que disponibilizou o equivalente a US$ 650 bilhões em reservas adicionais globalmente.

Da mesma forma, congratulou o progresso alcançado no âmbito da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida do G20 (DSSI), que também foi acordada pelo Clube de Paris. Estimativas preliminares apontam para pelo menos US$ 12,7 bilhões do total do serviço da dívida diferido, no âmbito desta iniciativa, entre maio de 2020 e dezembro de 2021, beneficiando 50 países.

"Afirmamos a importância de esforços conjuntos de todos os atores, incluindo credores privados, para continuar a trabalhar no sentido de aumentar a transparência da dívida", ressaltaram os líderes no documento.

A pandemia teve impacto na vida de bebês e crianças brasileiras: pobreza, subnutrição, falta de assistência em saúde e educação, além da perda da mãe, do pai ou de responsáveis para a Covid-19. Diante da crise sanitária e econômica, as crianças deixaram até mesmo de ser vacinadas e, assim, cumprir o esquema previsto para a infância, ficando vulneráveis a diversas enfermidades. As informações fazem parte da Epicovid-19, pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com o Ibope.

Dados inéditos da Epicovid-19, a maior pesquisa epidemiológica sobre a doença feita no Brasil, são apresentados hoje (6), no IX Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, realizado pelo Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI). A pandemia teve impactos indiretos e diretos na vida das crianças. Até setembro deste ano, 867 crianças de até 4 anos e 194 crianças de 5 a 9 anos morreram no Brasil por Covid-19. O estudo mostra ainda que também foram vítimas da doença 273 adolescentes de 10 a 14 anos e 808, de 15 a 19 anos.

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“Temos que pensar em termos amplos, em políticas públicas de combate à pobreza, de estimulação intelectual, de assistência médica - por exemplo, as vacinações que foram perdidas -, de escolaridade, e assim por diante. Programas potencialmente efetivos como o Criança Feliz precisam ser revitalizados, pois a pandemia afetou marcadamente a frequência das visitas domiciliares visando a estimular a interação entre crianças e seus familiares”, defende o professor emérito de Epidemiologia na UFPel e coordenador do Epicovid, Cesar Victora. 

Tanto a Covid quanto outras doenças infecciosas, em crianças pequenas, segundo Victora, são mais preocupantes, pois elas “têm um sistema imunológico imaturo e morrem mais do que crianças maiores devido a pneumonia, diarreia e muitas outras infecções”, diz. 

De acordo com a pesquisa, as crianças também deixaram de ser vacinadas. Durante o período pandêmico, 22,7% das crianças mais pobres deixaram de ser vacinadas. Entre as mais ricas, o índice é de 15%. O maior impacto é o fato de que as crianças que já estão fragilizadas pela subnutrição resultante do aumento na pobreza, ficam ainda mais suscetíveis a outras doenças infecciosas que podem ser prevenidas pela imunização”, diz o coordenador do estudo. 

O pesquisador defende uma atenção especial à infância e o reforço de políticas públicas: “Investir na primeira infância e minimizar os efeitos da pandemia é essencial para garantir não apenas a saúde das próximas gerações, mas também o capital humano que permitirá o desenvolvimento de nosso país nas próximas décadas”.

Nacionalmente, o Programa Criança Feliz é uma das principais iniciativas voltadas para a infância. O programa atende a famílias com crianças entre zero e 6 anos. Por meio de visitas domiciliares às famílias participantes do Cadastro Único, as equipes do Criança Feliz acompanham e orientam o desenvolvimento delas.

Victora apresenta também dados de entrevista com participantes do programa Criança Feliz que mostram que 11% das crianças deixaram de ser vacinadas em setembro de 2020. Em janeiro de 2021, o índice foi para 10%. Além disso, 6% das grávidas faltaram às consultas pré-natais em setembro de 2020. Em janeiro, o percentual passou para 10%. 

Ministério da Cidadania

Em nota, o Ministério da Cidadania diz que, em decorrência da necessidade de isolamento social, o atendimento remoto foi autorizado e os visitadores do Criança Feliz passaram a desenvolver atividades por meio de videochamadas e encaminhar o conteúdo aos pais e responsáveis por meio de plataformas digitais. 

"Em casos de famílias com dificuldade de acesso à tecnologia, os encontros presenciais foram mantidos, seguindo todos os protocolos de segurança. Eventualmente, as atividades foram entregues na porta da casa dos beneficiários e recolhidas posteriormente. Além de abordar temas relacionados à primeira infância, as visitas incluíram também informações e orientações para combater a Covid-19", diz a pasta. 

De acordo com o ministério, em 2020 o programa bateu o recorde de 1,1 milhão de atendidos pelos 26 mil visitadores espalhados pelo país. Ao longo do ano, foram realizadas 40 milhões de visitas. Em agosto deste ano, ultrapassou a marca de 50 milhões de visitas e está presente nos lares de mais de 1,2 milhão de brasileiros.

Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou que os empreendedores negros foram mais impactos pela crise da pandemia da Covid-19. Promovido em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) na última semana de fevereiro deste ano, o estudo indicou que uma maior proporção de negócios liderados por negros sofreu redução no faturamento mensal.

De acordo com a pesquisa, houve queda no faturamento para 81% dos negros que comandam empresas, enquanto no público geral o percentual foi de 79%. No total, 6,2 mil empreendedores foram entrevistados no levantamento.

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Também foi constatado um nível maior de inadimplência entre empresários negros, assim como dificuldade para conseguir crédito. Segundo a pesquisa, enquanto a média geral de empréstimos realizados com sucesso foi de 39%, entre os negros o índice caiu para 33%.

“Um levantamento semelhante, realizado no final de setembro do ano passado, havia identificado que 76% dos empresários negros haviam registrado diminuição do faturamento contra 73% dos empreendedores brancos. Quanto ao nível de inadimplência, a comparação entre as duas pesquisas (de 2020 e 2021) mostra que houve um aumento do nível de inadimplência para os dois grupos de empresários, porém com uma situação pior para os negros. A pesquisa de 2020 havia identificado que 36% dos empresários negros tinham dívidas em atraso, enquanto entre os brancos o percentual era de 27%. Quanto ao acesso a crédito a situação era igualmente desvantajosa para negros em setembro de 2020, quando 12% deles conseguiram crédito contra 18% dos empresários brancos”, informou o Sebrae.

Com informações da Agência Sebrae de Notícias

Pesquisadores ao redor do planeta observam a ocorrência, muitas vezes simultaneamente, de desastres naturais e tecnoindustriais com repercussões no meio ambiente e nas atividades socioeconômicas. Devido à magnitude cada vez maior dos impactos relacionados aos desastres, sobretudo nas populações em situação de alta vulnerabilidade social, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio da sua Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais e Territoriais (Cedist) e do Centro de Estudos de Cultura, Identidade e Memória (Cecim), realizará o "Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021", com o tema geral “Impactos recentes na pesca: o pescado em evidência”.

O evento está sob coordenação da pesquisadora da Fundaj Lígia Albuquerque de Melo. “Os webinários serão espaços de reflexão sobre temas atuais relacionados às problemáticas ambientais que afetam os indivíduos. Esses debates trarão a discussão de temas de pesquisas que interessam ao poder público, principalmente por reunir outras instâncias, sujeitos sociais, entidades, ONGs, gestores públicos etc”, destacou Lígia Albuquerque.

Com 19 anos de existência, o “De Frente Pra Costa” é um espaço de reflexão e divulgação das produções científicas da Fundaj, onde os sujeitos sociais da pesca, entre outros, participam de debates.

A programação do evento contará com três webinários, todos com transmissão no canal da Fundaj no YouTube. O primeiro deles está marcado para o dia 26 deste mês, das 10h às 12h, trazendo a discussão sobre a Síndrome de Haff.

O encontro virtual de estreia será mediado pela pesquisadora da Fundaj Beatriz Mesquita, que receberá o médico, professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutor pela EHESS - Paris, Pós-doutorado pela ENSP/FIOCRUZ, Paulo Pena, o gerente geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), farmacêutico e especialista em Vigilância Sanitária - Escola Nacional de Saúde Pública, Josemaryson Bezerra, além do educador social e membro do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) - Regional Nordeste 02, Severino Antônio dos Santos (Biu)

“A importância dos debatedores convidados é ampliar o debate técnico e científico sobre a doença de Haff e a relação com a pesca artesanal”, resumiu Beatriz Mesquita. “O que sabemos e o que não sabemos sobre a doença da urina preta?” é o questionamento principal da estreia do  “Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021". “A minha participação será focada no caso recente do Recife, envolvendo a pesquisa do surto que chegou com a suspeita da ingestão do peixe como causadora dos sintomas e a confirmação da doença de Haff, além da rastreabilidade do peixe consumido. Essas são ações de competência da Apevisa”, comentou Josemaryson Bezerra.

Diante da necessidade de estudos, a discussão parte dos esforços para esclarecer as causas da Síndrome de Haff (doença da urina preta), que surpreende com surtos e desinformações decorrentes.

“É de extrema importância um esclarecimento para a sociedade, de forma geral, do que de fato ocasionou essa contaminação do pescado, quais os riscos ele pode trazer a saúde e também deixar claro que nem todos os pescados estão sujeitos a esse tipo de contaminação”, alertou Paulo Pena. Ele conhece as comunidades pesqueiras e realiza trabalhos na área de saúde com pescadores e pescadoras.

Nos anos de 2019 e 2020, alguns casos da Síndrome de Haff foram registrados no estado da Bahia, todos associadas ao consumo de peixe, especificamente do peixe ‘Olho de Boi’. Em Pernambuco, no mês de fevereiro deste ano, também houve a existência de infecção associada ao consumo de peixe, chamado de ‘Arabaiana’. Mesmo com nomes diferentes entre Pernambuco e Bahia, trata-se da mesma espécie (Seriola spp.). Esse tipo de pescado tem bastante ocorrência na região Nordeste por ser bem apreciado na culinária regional, sendo considerado de fácil consumo por conter pouca espinha.

“Foi divulgado pelas instituições sanitárias que o pescado contaminado veio de um lote importado do estado do Pará, na região Norte, e que os pescados do litoral de Pernambuco estão aptos ao consumo. Essa resposta dos agentes responsáveis é a mesma dos agentes da Bahia, logo fica uma pergunta: qual o controle sanitário que temos no estado de Pernambuco para os produtos importados de outros estados? Se na Bahia, em 2020, já havia sido diagnosticado que o pescado específico vindo do Pará, o Seriola spp, apresentava risco a saúde porque não houve um cuidado maior com o pescado trazido do Pará e comercializado livremente em Pernambuco?”, questionou Severino Antônio (Biu), que atua no acompanhamento de comunidades de pescadores e pescadoras artesanais no litoral de Pernambuco e Alagoas.

A Dipes tinha por tradição promover o "De Frente Pra Costa", que reunia pescadores artesanais para debater sobre temas inerentes à sua atividade com pesquisadores da área. Em 2020, em virtude da pandemia, o encontro não aconteceu. Para este ano, o Cedist teve a iniciativa de transformar o evento em debates virtuais. “O ‘De Frente Pra Costa” abordará três temáticas que afetaram profundamente a pesca artesanal. Pesquisadores e pescadores serão convidados para uma reflexão sobre políticas públicas possíveis para atender populações vulneráveis ou fortemente atingidas por desastres como o derramamento do petróleo e a pandemia”, afirmou o diretor da Dipes, Luís Henrique Romani.

O coordenador geral do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais e Territoriais (Cedist) da Fundaj, Neison Freire, afirma que é necessário cumprir o papel da pesquisa social, mostrando o que se conhece e o que ainda se tem dúvidas em relação às ciências ambientais e naturais, mas também das ciências exatas.

“O derramamento de petróleo que ocorreu no litoral do Nordeste brasileiro em 2019 fez com que porções de petróleo cru chegassem à praia. Mas, de fato, ainda não sabemos o tamanho desse desastre nos ecossistemas marinhos e costeiros e para as populações tradicionais que vivem da pesca artesanal, pois são as mais afetadas”, recordou.

“Também temos a pandemia da Covid-19, que está em curso, e a doença da Síndrome de Haff, que são simultâneas neste momento. Tais desastres implicam na multiplicação de impactos graves e profundos. Interessa às ciências sociais investigar a situação dessas populações para, assim, poder subsidiar políticas públicas que possam auxiliar essas populações que sobreviverem em meio à sequência de desastres”, acrescentou Neison.

Webinários

Os outros encontros do “Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021” acontecerão nos meses de abril (dia 30) e maio (dia 28), com as seguintes temáticas: “O desastre do petróleo e as  atividades litorâneas no Nordeste do Brasil” e “A Covid-19 e as populações que vivem da pesca artesanal”, respectivamente.

Serviço

”Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021"

Tema do 1º webinário: “O que sabemos e o que não sabemos sobre a doença da urina preta (Síndrome de Haff)?”

Data: 26/03

Horário: 10h às 12h

Transmissão: canal da Fundaj no YouTube

Palestrantes: Paulo Pena (professor da Universidade Federal da Bahia - UFBA - professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutor pela EHESS - Paris, Pós-doutorado pela ENSP/FIOCRUZ), Josemaryson Bezerra (gerente geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), farmacêutico e especialista em Vigilância Sanitária - Escola Nacional de Saúde Pública) e Severino Antônio (educador social e membro do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) - Regional Nordeste 02)

Mediação: Beatriz Mesquita (pesquisadora da Fundaj)

Da assessoria 

A crise gerada pela pandemia do coronavírus deverá atingir todas as áreas da educação, mas ainda é cedo para saber quais serão seus impactos. A constatação foi feita nesta quinta-feira (2) pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Gustavo Henrique Moraes, durante apresentação do relatório do 3º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação/2020.

O impacto financeiro da crise no Ministério da Educação (MEC) também foi admitido. “O MEC se enfraquece um pouco diante da questão fiscal que o Brasil vive”, disse o presidente do Inep, Alexandre Lopes.

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Metas

O PNE, como é conhecido, tem 20 metas que devem ser cumpridas 100% em um prazo de 10 anos, de 2014 a 2024. O relatório – que abrange os últimos dados de 2018 e 2019 – divulgado hoje aponta que dos 57 indicadores, apenas 13,4% tiveram a meta atingida.

"Percebe-se que 42 indicadores têm nível de alcance maior do que 50%, 26 indicadores têm nível maior do que 80% e 6 indicadores já chegaram à meta estabelecida. O nível médio de alcance está em 75%. Reconhecer esses números é rejeitar a compreensão simplista que afirma que 'tudo vai mal na educação brasileira'; é reconhecer o esforço coletivo dos profissionais da educação que, mesmo que enfrentem adversidades, apostam na escola como o local da esperança e da transformação nacional", ressalta o documento.

Os dados apresentados mostram ainda que apenas 31 de 37 indicadores usados no plano tiveram nível de execução inferior a 60%, mas 21% dos indicadores retrocederam. Sobre o desempenho do Plano, o presidente do Inep disse que, sozinho, o MEC não conseguirá executar todas as 20 metas do PNE até 2024 e lembrou a importância do envolvimento dos estados, municípios, universidades, institutos federais no cumprimento dos objetivos.

Adultos

O pior resultado do relatório diz respeito à meta que estipula que pelo menos 25% das matrículas na educação de jovens e adultos seja integrada à educação profissional. "Aqui está nosso pior indicador: apenas 1,6% de matrículas de jovens adultos estão integradas à educação profissional”, destacou Gustavo Moraes.

*matéria atualizada às 20h31 para correção de informações. Ao contrário do informado, são 42 indicadores com índices maior que 50% e não 41 indicadores. 

Nesta quarta-feira (3), O programa ‘Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?’ chega a sua segunda edição. O LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair No Enem, promove uma live que debate o tema “Da torcida aos jogadores: os impactos da Covid-19 no futebol”.

Participam da transmissão o jogador Patric, lateral direito do Sport, e o presidente do Santa Cruz Constantino Júnior. Outra pauta da live aborda os efeitos da pandemia da Covid-19 nos demais esportes; os internautas ainda terão a oportunidade de entender assuntos de educação física cobrados na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Essas explicações serão conduzidas pela professora de educação física Ceiça Lima, da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau. A apresentação fica por conta do jornalista Nathan Santos. Assista:

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Os convidados do programa não apresentarão “verdades absolutas” sobre a futura sociedade do período pós-pandemia, uma vez que há muitas dúvidas acerca de como os países se recuperarão das consequências causadas pela proliferação do vírus em diferentes áreas. Porém, eles revelam projeções, a partir das suas vivências pessoais e principalmente profissionais, que possam nos apresentar possíveis panoramas. As temáticas abordadas nas lives serão diversas, permeando áreas como educação, mercado de trabalho, esportes, política, medicina, ciência, tecnologia, cultura, entre outras.

O programa é exibido todas as quartas-feiras, às 16h30. Após cada transmissão, o conteúdo poderá ser revisto no canal do LeiaJá no YouTube.

A alta de 0,25% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro foi o mais baixo resultado para o mês desde o ano 2000, quando subiu 0,13%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro de 2019, o IPCA ficou em 0,43%.

Com o resultado, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses desacelerou de 4,19% em janeiro para 4,01% em fevereiro, praticamente no centro da meta de 4% perseguida pelo Banco Central este ano.

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Impacto das carnes

Passado o choque de preços, as carnes ficaram mais baratas em fevereiro, depois de já terem recuado em janeiro. Os preços das carnes caíram 3,53% em fevereiro, após uma queda de 4,03% em janeiro.

O item deu a maior contribuição negativa para a inflação do último mês: -0,09 ponto porcentual.

O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma taxa de 0,39% em janeiro para 0,11% em fevereiro, uma contribuição de 0,02 ponto porcentual.

Nos dois primeiros meses do ano, as carnes ficaram 7,42% mais baratas.

"O Rio foi a região que teve maior queda nos preços. Foi por uma dinâmica do comércio local. No Rio de Janeiro, as carnes caíram mais de 16,16% nos dois primeiros meses do ano", ressaltou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.

O custo da alimentação no domicílio cresceu 0,06% em fevereiro, após um avanço de 0,20% em janeiro. Apesar da trégua das carnes, as famílias pagaram mais pelo tomate (18,86%) e pela cenoura (19,83%). Nos dois primeiros meses do ano, o preço do tomate já subiu 35,17%, enquanto a cenoura aumentou 36,51%.

"Com essas altas no tomate e cenoura, principalmente, acabou compensando (queda das carnes). As hortaliças também", explicou Kislanov.

A alimentação fora do domicílio subiu 0,22% em fevereiro, ante um aumento de 0,82% em janeiro. A refeição ficou 0,35% mais cara em fevereiro, enquanto o lanche aumentou 0,02%.

As quedas de energia podem acontecer a qualquer hora e em qualquer lugar, mas existem lugares que precisam evitar esse risco e não ser algo comum e recorrente.

Isso pode implicar em uma série de complicações e inclusive gerar sérios prejuízos! Portanto, a saída é buscar uma forma de evitar.

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A maneira mais viável, eficiente e acessível de evitar complicações com a falta repentina de energia e estar a frente desse problema é contando com uma empresa de locação de geradores em SP para alugar gerador compatível com a necessidade do ambiente.

Recomendamos isso porque é preciso ter ajuda de profissionais para medir a potência e dimensão de geradores adequadas para que, mesmo em situações de falta de energia, o ambiente empresarial que o gerador estiver instalado não sofra os prejuízos com isso!

Caso esse tipo de precaução não seja tomado e a locação gerador de energia não for feita, é possível sofrer alguns prejuízos em situações de queda de energia, como:

Perca de produtividade

A queda de produtividade é algo garantido  quando falta energia, porque poucos minutos sem produção atrasam tarefas e interrompem processos que devem ser reiniciados. Isso é ainda mais grave para empresas com sistemas eletrônicos, computadores, internet ou de iluminação.

Quer um exemplo para entender melhor? Vamos supor que uma empresa de telemarketing fique sem energia… várias ligações serão interrompidas, procedimentos voltam para estaca zero e até conseguir ligar tudo novamente, pode levar algum tempo. Se for analisar, quando a energia cai durante cerca de 5 minutos, pode implicar em uma perda de 30 minutos a quase 1 hora no final do dia! 

Aumento de gastos

Ao perder produtividade de um só funcionário, a margem de lucro no final do mês já tende a sofrer impactos e isso se multiplica quando acaba a energia e vários colaboradores são interrompidos. Além disso, os gastos com a falta de energia não acabam por aí!

Quedas de energia repentinas acabam corrompendo e chegam a danificar máquinas de uma empresa.  Nessa lista podemos colocar, por exemplo, os computadores, relógios de ponto e telefones.

Esses e outros elementos básicos certamente não podem faltar em uma empresa. Se são danificados, acabam implicando em novos gastos de conserto ou de aquisição de novos equipamentos! Até que sejam providenciados, a produtividade continua sofrendo quedas.

Ruídos de comunicação interna e comunicação com clientes

Hoje já é praticamente impossível não se comunicar por algum meio eletrônico e digital, porque nos tornamos muito dependentes dos meios de comunicação virtuais, principalmente online.

O problema disso é que quando falta energia ou quando faltam recursos para acessar esses meios, sofremos com falhas na comunicação e podemos até ficar inacessíveis!

Imagine só ficar por alguns minutos sem energia e o telefone fixo não funcionar? Essas chamadas que poderiam trazer novos leads ficam perdidas e quando um cliente não consegue contato com a empresa, é possível que irá procurar a concorrência. É claro que isso também interfere no aumento do lucro final!

Como encontrar geradores para alugar?

Quem estiver procurando por uma empresa de geradores para realizar uma locação de gerador para empresas e evitar todos esses problemas causados pela falta de energia, precisa encontrar uma empresa de confiança!

Priorize as opções com tem longa experiência na área de aluguel de gerador, com uma estrutura diferenciada e que  disponibilize geradores dos melhores fabricantes do mercado - inclusive os de mais alta tecnologia.

Tendo essas características como parâmetro, é fácil identificar qual empresa tem condições e qualidade para oferecer aluguel de gerador SP e conseguir atender diferentes segmentos com excelência, ainda que tenham necessidades e demandas distintas.

Tenha preferência também pelas empresas que prezam pelo bom atendimento e tenham equipes de técnicos que fiquem a disposição para esclarecer todas as dúvidas sobre aluguel gerador, além de ajudarem a entender melhor qualquer assunto sobre geradores de energia.

Não deixe de fazer orçamento de locação de geradores SP preço nas empresas selecionadas! Aproveite o contato para conhecer mais sobre cada uma delas.

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É difícil se desapegar de algo quando ele já faz parte da nossa cultura. Os discos de vinil custaram a perder a força, muitas pessoas relutaram e continuam insistindo neles, tanto que novas versões atualizadas e modernas (também chamadas de vintage), mas com a mesma essência, continuam sendo produzidas. As pessoas que diziam que os rádios acabariam na época em que as televisões estavam se desenvolvendo, hoje mordem a língua ao ver a enorme audiência que os programas de rádio ainda cativam. Agora a bola da vez está com os jornais impressos, ameaçados pelas novas plataformas digitais.

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O jornalista Lázaro Morais, editor chefe do jornal O Liberal, não acredita no fim do impresso. Para ele, “o que vai determinar o desaparecimento do jornal impresso não é o meio, mas sim as condições materiais. E enquanto houver árvore, tem papel e tem jornal impresso”. De acordo Lázaro, se as matérias-primas necessárias continuarem existindo, as duas plataformas irão conviver. Ele ainda afirma que a maior ameaça aos jornais impressos são as mudanças geracionais, que o que sustenta o jornal impresso é costume da leitura e que “enquanto houver a memória, a cultura sobrevive”. Para ele, o que vai mudar é a forma como o conteúdo será apresentado e não o meio em que ele será produzido. “A questão é que esse modelo de jornal impresso tende a acabar, ele não vai mais tentar ser factual, vai ser analítico, de serviços e que proporcione outros interesses”, explica.

De acordo com a professora Ana Prado, doutora em Comunicação Social e titular da Universidade Federal do Pará (UFPA), as pesquisas pelo menos concordam que essa plataforma terá que se modificar para se adaptar aos novos tempos. Uma das possibilidades que a pesquisadora enxerga para a continuidade dos jornais impressos é que ele aborde as notícias de forma diferente, sem se preocupar em transmitir o factual que já vai estar nos jornais digitais há muito mais tempo.

Valdo Ferreira, diretor de O Liberal, assegura que os jornais impressos não vão acabar, mas que irão atender um público muito específico, que não vai manter a fidelidade por causa das notícias, mas pela própria plataforma: o jornal impresso. Ao tentar considerar a hipótese desse término, ele garante que a informação seria escassa mesmo que já houvesse uma revolução tecnológica e ainda faz referência aos já conhecidos discos de vinil. “No dia em que as redes sociais derem a certeza (credibilidade) que os jornais impressos dão, as pessoas não vão mais sentir falta, mas se isso não acontecer, vão sentir. E aí o jornal pode até ressurgir, como acontece hoje com os vinis”, conclui.

O jornalista Adaucto Couto, editor executivo do Diário do Pará, também acredita que a possível extinção dos jornais em papeis seria decorrente de uma mudança cultural e não material. Ele até chega a aceitar o possível fim da plataforma, mas diz que para isso é preciso que os jornais digitais consigam a substituir totalmente quanto à credibilidade. Essas afirmações são confirmadas pela pesquisadora Ana Prado, que afirma não ter apenas um motivo para a crise dos jornais impressos. Para ela, tanto as mudanças culturais, quanto as transições geracionais e novidades tecnológicas auxiliam neste enfraquecimento. “Essa geração não foi culturalmente acostumada a ler em papel”, continua a professora.

Mas nem todos são otimistas. A jornalista Rita Soares não demonstra felicidade quando repete insistentemente que os jornais impressos vão acabar e que nada mais pode ser feito para mudar isso. Ela, também como professora, afirma já ter sido indagada sobre o tema inúmeras vezes, e que por muito tempo relutou à possibilidade de aceitar o término dos jornais tradicionais de papel. Até que, de acordo com ela, chegou um momento em que não pôde mais fugir dessa realidade que conseguiu enxergar com mais clareza quando começou a trabalhar na área digital.

Últimas tentativas

Como diz o ditado: a esperança é a última que morre. Os discos de vinil, que por algum tempo foram esquecidos, hoje conservam um valor simbólico talvez mais especial do que teriam se não tivessem passado por uma crise. Então por que desacreditar em uma longa expectativa de vida para o jornal impresso? Muitos jornais apresentam novidades na forma de produzir conteúdo com o objetivo de chamar a atenção dos leitores. Outra válvula de escape são as transformações gráficas. O escritor Orlando Carneiro recebeu o Prêmio Jabuti de designer gráfico pelo livro “Marcas do Tempo”, e mesmo assim afirma que o layout é importante, mas que as letras continuam as mesmas: o “a” continua sendo “a”, o “b” sendo o “b” e assim por diante. Ou seja, de acordo com ele os jornais são feitos para oferecer conteúdo informativo, então o principal objetivo não deve ser a apreciação pela beleza do material.

Além disso, colocar revistas e projetos dentro do jornal com a chamada “venda casada” é outra forma continuar conquistando o leitor, como explica o diretor de contas de O Liberal, Valdo Ferreira. Se a pessoa se interessar por uma revista ou outro material, ela terá que comprar o jornal impresso inteiro para poder conferir essa produção, assim o leitor tem o que quer e o jornal faz o que precisa: vender e informar.

O jornal Diário do Pará, por exemplo, produziu um projeto chamado “Casarões”, no qual maquetes de papel que retratavam prédios históricos de Belém eram adicionadas ao jornal, com o intuito que o leitor pudesse montar a miniatura, conhecer mais da cultura paraense e, claro, não deixar de comprar o jornal esperando pela próxima construção. Hamilton Pinheiro, que acompanhou essa e outras produções do jornal, conta que conheceu famílias que montavam as maquetes juntas e faziam questão de ir até o prédio real para comparar a miniatura com a construção. “A gente tem que ter a consciência de que os tempos mudaram, as pessoas mudaram e a gente tem que mudar junto, se não vamos ficando para trás”, acrescenta Hamilton.

Mas se o que faz a escola é o aluno, quem faz o jornal é o leitor. Cezar Cruz, o personagem que representa os fiéis leitores dos jornais impressos e digitais, afirma, sem demonstrar dúvidas, que enquanto houver jornal impresso, ele não deixará de consumir. E assim o jornal segue vivendo. Ou sobrevivendo. Torcendo para que, caso tudo dê errado e realmente acabe, possa ressurgir e ter, em sua versão vintage, um valor simbólico tão especial quanto o dos nostálgicos discos de vinil.

Por Yasmim Bitar.

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