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O Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo, com sede em Washington, cortou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2018, de 2,7%, previstos em relatório divulgado em abril, para 1,1%. Em 2019, a estimativa baixou de 2,8% para 2,2%. A elevada incerteza com as eleições e a crise na Argentina são os dois principais fatores que justificam o corte da estimativa, de acordo com relatório divulgado nesta quinta-feira, 4.

"A eleição muito disputada tem gerado dúvidas nos investidores sobre continuidade das reformas", afirma o chefe da área de análise da América Latina do IIF, Martín Castellano, no relatório. A crescente chance de um segundo turno polarizado, entre o candidato de esquerda Fernando Haddad (PT) e de direita, Jair Bolsonaro (PSL), contribui para aumentar ainda mais a incerteza sobre o cenário brasileiro para os próximos meses.

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O IIF destaca que os temores dos agentes sobre as reformas, sobretudo a fiscal, aumentam quando se considera que o sistema político brasileiro é muito fragmentado, o amplo descontentamento com os partidos políticos mais tradicionais e uma economia enfraquecida. Se houver continuidade de política, o PIB deve se acelerar em 2019, ressalta o documento.

Não se pode descartar um cenário em que o próximo presidente seja incapaz de implementar as reformas, sobretudo as mais impopulares, como a da Previdência, alerta o IIF. O fracasso em estabilizar a expansão da dívida pública pode rapidamente deteriorar a confiança de investidores, empresários e consumidores e levar à alta de juros, prejudicando o crescimento.

Pelo lado positivo, o IIF destaca que o Brasil tem inflação sob controle, baixo déficit na conta corrente e patamar pequeno de dívida do governo em moeda estrangeira, além de elevado volume de reservas internacionais. "A fragilidade das contas públicas fornece espaço limitado para escorregões na política econômica e é o principal risco para o cenário", afirma Castellano no relatório.

Crescimento global

O maior risco à perspectiva de crescimento global é a escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China, também apontou o IIF em seu relatório.

No entanto, foram os ventos contrários provenientes de emergentes que levaram o IIF a reduzir a perspectiva de crescimento em 2018 em relação às estimativas feitas em abril. "Os mercados emergentes estão sofrendo vários choques, entre eles, os aumentos das taxas de juros globais, tensões comerciais e episódios de estresse na Argentina e na Turquia", destacou o Instituto.

Diante disso, a previsão de crescimento global para 2018 diminuiu em 0,3 ponto porcentual (p.p.), para 3,2%. Para 2019, a estimativa é de 3,1%, 0,3 p.p abaixo da previsão de abril.

Enquanto a previsão de crescimento dos Estados Unidos em 2018 permaneceu inalterada em 2,9%, "nós rebaixamos nossas projeções para a zona do euro para 2,1% (-0,4 p.p) e no Japão para 1,2% (-0,2 p.p.)". "A dessincronização do crescimento global aprofundou-se desde abril."

O Brasil foi um dos países onde houve maior desaceleração em entrada de capital no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano, de acordo com o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês). De acordo com os dados da organização, o Brasil registrou entrada de US$ 600 milhões no segundo trimestre, enquanto no período de janeiro a março houve entrada de US$ 11 bilhões, totalizando US$ 11,6 bilhões no primeiro semestre de 2018. O resultado mostra um avanço na comparação com os primeiros seis meses de 2017, quando a entrada de capital estrangeiro no Brasil foi de US$ 8,1 bilhões.

Considerando os números do segundo trimestre, o IIF apontou que Índia, Polônia, Brasil, Argentina e Turquia registraram "a maior desaceleração entre os mercados emergentes na comparação com o primeiro trimestre". Nos cálculos do instituto referentes ao primeiro semestre, outros cinco países emergentes superaram o Brasil em termos de entrada de capital estrangeiro: China (US$ 73,7 bilhões), Índia (US$ 32 bilhões), Turquia (US$ 24 bilhões), México (US$ 22 bilhões) e Argentina (US$ 21,7 bilhões).

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O IIF apontou, ainda, que os mercados emergentes como um todo registraram entrada de US$ 11,9 bilhões em julho, acelerando em relação aos resultados de junho, quando houve entrada de US$ 10,6 bilhões. "Após dois meses de saída, a carteira líquida de não-residentes se abriu para mercados emergentes e houve fluxo positivo para essas economias em julho", apontaram os economistas Emre Tiftik e Scott Farnham, do IIF. De acordo com eles, a América Latina atraiu o maior número de entradas de capital (US$ 7,2 bilhões).

Dólar

O IIF afirma ainda que o dólar está próximo de patamares recordes ante moedas de países emergentes por causa do estresse nesses mercados e pela recente fraqueza do yuan. Além disso, a entidade aponta que as tensões na área comercial colaboram para o movimento.

Na opinião do IIF, o dólar deve se fortalecer mais diante de divisas emergentes, no quadro atual. O instituto lembra que a moeda reage também às variações dos preços das commodities, como o petróleo.

O IIF aponta ainda que o dólar está mais fraco em relação a moedas de economias fortes. Nesse caso, o dólar está mais fraco graças a diferenciais nas taxas de juros, nota o instituto em breve relatório.

Nessa quinta-feira, 2, no Brasil, o dólar fechou estável, valendo R$ 3,75. No exterior, a moeda americana registrou valorização. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo e com sede em Washington, apontou, em relatório divulgado nesta terça-feira, 1, que a economia mundial passa por um período de mudanças e que os riscos para os emergentes estão aumentando. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) está em um processo de elevação das taxas de juros, movimento que está afetando o mercado de câmbio de vários países emergentes.

Além disso, o crescimento da economia mundial começa a se "dessincronizar". Os EUA estão crescendo mais que outras regiões, refletindo estímulos fiscais, enquanto outras partes do mundo crescem menos. Este fator aliado ao aumento de juros pelo Fed contribuem para a valorização do dólar e "fazem a vida mais difícil para os emergentes, especialmente para aqueles com maior dependência de financiamento externo".

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Para o instituto, intervenções oficiais dos bancos centrais nos mercados de câmbio podem ser fontes de estabilidade durante períodos de moedas muito voláteis. Nesse contexto, Argentina e Turquia são os emergentes "para se observar" nesse momento, por conta dos elevados déficits em conta corrente. O relatório mostra ainda que Brasil e Indonésia também merecem ser monitorados.

Os países emergentes, incluindo os da América Latina, tendem a intervir no mercado de câmbio de forma "assimétrica", ressalta o IIF. Os BCs parecem muito mais dispostos a impedir valorizações de suas moedas aumentando as reservas internacionais do que reduzir essas reservas para conter desvalorizações quando a pressão no câmbio aumenta, de acordo com o IFF, que observa os movimentos dos BCs desde o início dos anos 2000. Entre os emergentes que têm tido maior pressão para desvalorização de suas moedas estão, pela ordem, Argentina, Turquia, Hong Kong, Brasil e Indonésia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil deve receber US$ 41,1 bilhões em capital externo em 2018 para investimento em renda fixa e Bolsa, prevê o Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo, com sede em Washington. O volume representa aumento de 183% em relação ao ano passado, quando os ingressos somaram US$ 14,5 bilhões, um dos números mais fracos dos últimos anos.

O Brasil, mesmo com as eleições, deve ser um dos emergentes que mais vai atrair capital externo este ano, segundo as estimativas do organismo. Outros destaques são a Argentina, com ingressos estimados em US$ 41,9 bilhões em 2018 e a Turquia, com US$ 51,3 bilhões. Outros mercados devem ter fuga de capital, como a Rússia, com saída estimada de US$ 36 bilhões, e a Coreia do Sul, com perda de US$ 77 bilhões.

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O IIF ressalta que o Brasil atraiu volume de recursos "relativamente robusto" em fevereiro, enquanto outros mercados como China, Polônia e Tailândia perderam capital. Os economistas da instituição observam que os investidores estrangeiros devem mostrar crescente diferenciação no momento da decisão de qual emergente aportar recursos.

Positivo

Após um turbulento mês de fevereiro, os fluxos de capital estrangeiro para países emergentes voltaram a ficar positivos em março e somaram US$ 7,6 bilhões, de acordo com estimativas preliminares do IIF. Apesar da recuperação, o volume de recursos este mês foi o mais fraco desde novembro de 2016.

Regionalmente, a América Latina foi a única região a registrar fuga de capital em março, com saída de US$ 2,1 bilhões, considerando os mercados de renda fixa e bolsa. Os emergentes da Ásia atraíram US$ 5,1 bilhões, seguidos pela África/Oriente Médio, com ingresso de US$ 3,2 bilhões, de acordo com os números do IIF. A África do Sul segue como uma dos países que mais estão atraindo recursos , com os investidores animados pela troca de presidente.

Nos emergentes, os investidores aportaram recursos principalmente na renda fixa em março, com fluxo de US$ 6 bilhões. Na bolsa, o volume de capital somou US$ 1,6 bilhão.

Em março, o IIF ressalta que sinais de recuperação mais forte nos emergentes estão entre os fatores que contribuem para manter estes mercados atrativos para os estrangeiros. Indicador calculado pela própria instituição mostra que a região está crescendo no ritmo mais alto desde 2011. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O aumento do nervosismo no mercado financeiro mundial desde o começo de fevereiro levou os investidores a retirarem US$ 9,3 bilhões apenas neste mês dos principais mercados emergentes, segundo o Instituto Internacional de Finanças (IIF), entidade formada pelos 500 maiores bancos do mundos. Nos últimos dias, o estresse diminuiu, mas a incerteza permanece alta e a tendência é de que os investidores passem a fazer maior diferenciação entre os emergentes quando forem decidir onde aportar recursos, ressalta relatório divulgado no domingo, 18, pela instituição. Os países mais vulneráveis podem sentir mais estes efeitos.

Desde 30 de janeiro, quando os emergentes passaram a registrar fuga de capital, os investidores retiraram US$ 7,5 bilhões das bolsas destes mercados e US$ 1,8 bilhão do mercado de renda fixa, segundo os dados ainda preliminares do IIF, baseados em indicadores de alta frequência dos principais emergentes.

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Nos últimos dias, o ritmo de fuga de recursos se reduziu, seguindo a melhora do humor dos investidores, mas o tom que segue é o de cautela e que os investidores fiquem mais seletivos, diz o relatório.

As principais bolsas mundiais voltaram a subir na semana passada, mas sinais de "tensões" começaram a aparecer nos mercados de crédito, ainda que de forma "modesta", e os retornos ("yields") dos bônus dos países desenvolvidos estão em alta, de acordo com o IIF.

O relatório alerta ainda que cresce no mercado a aposta de que o Fed (o banco central dos EUA) vai subir os juros quatro vezes este ano, o que pode levar a nova reprecificação dos ativos com a divulgação do novo gráfico de pontos do Fed, que reúne a previsão de todos os dirigentes do BC para os juros nos EUA nos próximos anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O otimismo sobre a capacidade do governo brasileiro, encabeçado pelo presidente Michel Temer, de lançar políticas para estimular a economia se reduziu e a frágil situação política no Brasil pode afetar a recuperação da atividade em 2017, afirma o Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo, com sede em Washington.

O IIF cortou a projeção para o crescimento do Brasil em 2017, de expansão esperada em setembro de 1,5% para 1%. Mesmo com o corte, a previsão está acima da média do mercado financeiro brasileiro, que vê o Produto Interno Bruto (PIB) avançando 0,7% no ano que vem, de acordo com o Relatório de Mercado Focus, do Banco Central, da última segunda-feira, 12.

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O cenário para o Brasil vai depender do cenário político interno e das políticas dos Estados Unidos adotadas por Donald Trump, ressalta o relatório do IIF. "Reduzimos nossas projeções de crescimento para o Brasil e a Argentina, pois estamos menos otimistas que seus governos serão capazes de impulsionar as políticas necessárias para apoiar as recuperações após as contrações do PIB este ano", afirma o IIF.

O IIF espera que o real continue se desvalorizando em 2017, com o dólar chegando a valer R$ 3,60 em dezembro. Já a Selic pode ter queda mais rápida, recuando para 12% no primeiro trimestre de 2017 e caindo para 10% na parte final do ano que vem. A inflação em 2017 pode cair abaixo de 5% e se aproximar do centro da meta do Banco Central, ficando em 4,7%, ressalta o relatório.

O fluxo líquido de capital externo privado para o Brasil deve subir para US$ 120 bilhões em 2017, segundo previsão do Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo e com sede em Washington. O montante representa avanço de 9% em relação ao esperado para 2016.

A projeção do IIF é que os fluxos de capital, que incluem investimento estrangeiro direto, aplicações em ações e renda fixa e entre bancos, deve fechar 2016 em US$ 110 bilhões. O número representa melhora ante 2015, quando os aportes externos ficaram em US$ 103 bilhões.

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Para que a melhora esperada dos fluxos de capital estrangeiro se verifique, o governo precisa dar continuidade às reformas na economia, principalmente do lado fiscal, de acordo com o IIF. "Os fluxos de capital para o Brasil estão revivendo, atraídos por menor risco político e avanço na política econômica", ressalta o relatório. / As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os mercados emergentes receberam US$ 25,5 bilhões de investidores estrangeiros em abril para aplicações em renda fixa e nas bolsas, de acordo com dados preliminares divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos maiores bancos do mundo. Todas as quatro regiões avaliadas tiveram ingressos de recursos, mas o destaque foi a América Latina, com US$ 12 bilhões. O IIF menciona que o interesse externo no Brasil é crescente, em meio à expectativa de que a saída da presidente Dilma Rousseff leve o novo governo a adotar medidas mais "pró-mercado", incluindo um ajuste fiscal.

Os dados mostram que o interesse dos investidores por ativos nos emergentes continuou este mês, depois de um começo de 2016 turbulento, mas perdeu fôlego. Em março, os ingressos nestes mercados somaram US$ 37 bilhões, o maior volume em 21 meses.

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Apesar da desaceleração, os aportes de abril seguem acima da média mensal desde 2010, de US$ 22 bilhões.

Do total de recursos aplicados este mês nos emergentes, a maior parte (US$ 20,5 bilhões) foram direcionados para aplicações em renda fixa. As ações receberam US$ 5 bilhões.

A avaliação do IIF é que o fluxo foi ajudado pela postura dos principais bancos centrais do mundo favoráveis a juros baixos, o que estimulou a busca de risco por investidores internacionais. Anteontem o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sinalizou que não tem pressa para elevar as taxas de juros.

Sem fôlego

Apesar do recente interesse pelos emergentes, esses mercados devem ter fuga de capital este ano, prevê o IIF. A avaliação do organismo é que o movimento positivo não deve se mostrar duradouro e as saídas de recursos devem superar os ingressos, totalizando US$ 501 bilhões em 2016.

O ritmo previsto de retirada de recursos este ano é menor do que o registrado em 2015, quando as saídas de capital superaram os ingressos em US$ 750 bilhões. O IIF inclui nos números também a retirada de recursos dos emergentes por seus residentes. A China deve ser o mercado com maior fuga de capital este ano.

Para o economista-chefe do IIF, Charles Collyns, nos últimos meses, houve um crescente interesse por ativos nos mercados emergentes. O movimento, porém, não foi provocado pela melhora das economias desses países, mas por um aumento do apetite por risco dos investidores globais, que perceberam que os temores que marcaram o começo do ano não se concretizaram.

Entre as preocupações, estava a de que a economia mundial fosse entrar em recessão e de que a moeda chinesa fosse ter uma depreciação desordenada.

Collyns ressalta ainda que os principais bancos centrais do mundo têm tido postura "bastante dovish", ou seja, favorável a juros baixos. Mas a melhora do humor dos investidores não quer dizer que as coisas mudaram nos principais países. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Não há uma cura milagrosa para os problemas econômicos e políticos do Brasil, afirma o Instituto Internacional de Finanças (IIF), com sede em Washington, ao comentar o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O IIF avalia que o mercado brasileiro pode estar eufórico demais sobre o cenário pós-impeachment. Os preços dos ativos já embutem em grande parte a saída da presidente Dilma do Planalto, destaca o relatório. "Acreditamos que a euforia do mercado está superestimando a capacidade política de um potencial governo liderado pelo PMDB para colocar em prática um ajuste fiscal coerente e confiável", afirma o economista do IIF, Ramón Aracena.

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"Estamos céticos de que a administração liderada pelo PMDB entregue as reformas fiscais necessárias para mudar o jogo e restabelecer a confiança."

Só uma reforma fiscal confiável, capaz de fazer a relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB), indicador de solvência de um país, parar de subir, é que ajudaria a recuperar a confiança de investidores estrangeiros e domésticos, abrindo as portas para a volta do crescimento econômico, afirma o IIF. A relação dívida/PIB do Brasil superou os 70% e está em trajetória de alta, e o déficit nominal ultrapassou os 10%.

O IIF acredita que se Temer chegar ao poder, ele deve de fato buscar melhorar a confiança de investidores e consumidores adotando medidas mais amigáveis ao mercado e buscando um ajuste fiscal. Mas essa intenção deve encontrar obstáculos significativos, afirma Aracena.

Um desses obstáculos é a Lava Jato, que pode atingir mais membros do PMDB, incluindo Temer, e aliados do partido. Esse movimento diminuiria a legitimidade do governo e a capacidade para reação. Além disso, esse risco pode complicar a intenção de Temer de trazer pessoas de elevado conhecimento técnico e de renome para Brasília, sobretudo para a equipe econômica.

Transição

Além da Lava Jato, o IIF destaca que a transição de governo entre Dilma e Temer não deve ser suave. Um governo do peemedebista vai começar com o ambiente político carregado no Brasil, o que dificultará a aprovação de qualquer reforma que precise de emendas na Constituição, como aquelas necessárias para reduzir a rigidez do orçamento público, por conta dos gastos vinculados.

Outro risco é do aumento de tensões sociais promovido por sindicatos em meio à medidas impopulares de ajuste fiscal e de uma oposição barulhenta do PT.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os fluxos de capital internacional para investimentos em renda fixa e ações nos países emergentes podem ter alguma recuperação em 2016, depois de apresentarem neste ano o pior nível desde a crise financeira mundial de 2008. A melhora, porém, deve ser modesta e os analistas em Wall Street falam que será bastante difícil por enquanto a volta das aplicações para patamares dos anos de boom, como 2011, principalmente agora que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) iniciou o ciclo de alta de juros.

Economistas de bancos e organismos multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial já alertavam para o risco de saída de capital dos emergentes em razão do cenário externo adverso e de problemas internos de alguns dos países. Este ano já foi marcado pela saída forte de recursos. Só em novembro houve retirada de US$ 3,5 bilhões.

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O Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos maiores bancos do mundo, projeta que os fluxos de capital privado para investimento em renda fixa e ações devam ficar em US$ 550 bilhões este ano, a metade do que foi em 2014. Para 2016, o IIF estima que fiquem em US$ 780 bilhões, número que ainda será revisto. Apesar da melhora em relação a este ano, o valor está abaixo do que foi 2014, quando os investimentos líquidos de não residentes somaram US$ 1,1 trilhão.

Na América Latina, o movimento dos estrangeiros deve ser semelhante, com recuperação também fraca prevista para 2016, estimada pelo IIF em US$ 282 bilhões, ante US$ 274 bilhões esperados para 2015 e abaixo dos US$ 316 bilhões de 2014.

Analistas falam que três fatores externos podem influenciar o interesse dos investidores por emergentes, sem considerar os problemas internos de cada mercado. O principal deles é a alta de juros pelo Fed, que tende a continuar no ano que vem. O segundo é a desaceleração da China, que pode provocar estresse no mercado financeiro se ocorrer de forma mais intensa que o previsto. O terceiro é a queda do preço do petróleo, que traz preocupação sobre o crescimento econômico mundial.

No caso do petróleo, o chefe da área de Estratégia para Mercados Emergentes do Bank of America Merrill Lynch, Alberto Ades, avalia que a manutenção das cotações abaixo dos US$ 40 o barril pode piorar a situação de alguns emergentes dependentes da commodity e reduzir previsões de expansão para esse grupo de países. Por enquanto, ele prevê recuperação do PIB dos emergentes em 2016, com o ano marcando o primeiro período de aceleração do crescimento desde 2010. O Brasil, porém, deve ser exceção, com a economia encolhendo 3,5%.

Para o economista do BoFA, 2016 não promete ser um ano bom para os fluxos de capital internacional em direção aos emergentes. "Dificilmente será uma repetição de anos como 2011", disse. Naquele ano, ganhou repercussão internacional a expressão do então ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que os emergentes estavam sendo invadidos por um "tsunami financeiro", em razão dos juros muito baixos nos países desenvolvidos e da política de compra de ativos do Fed, que despejou US$ 4 trilhões na economia e foi encerrada em 2014. Para Ades, um dos maiores riscos para os emergentes é o Fed elevar os juros de forma mais intensa que o previsto, o que deve levar a nova realocação internacional das carteiras.

O diretor e chefe do Departamento de Pesquisa do Barclays, Christian Keller, também espera um ano fraco para os fluxos internacionais de capital. Além dos juros americanos, ele ressalta que há dúvidas sobre o que vai ocorrer com os preços das commodities. Por isso, o tom é de cautela entre investidores.

No caso brasileiro, o estrategista do Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), John Welch, avalia que fatores externos, como a queda dos preços das commodities, devem seguir pesando, mas o problema principal é o mercado doméstico, com forte incerteza tanto no campo político como no econômico. Não se sabe, por exemplo, se Dilma Rousseff continuará no mandato no ano que vem ou mesmo quem pode ser seu substituto. O diferencial do País, diz ele, é que os juros estão muito altos e podem atrair o aplicador mais propenso a risco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O endividamento das famílias na economia mundial aumentou nos últimos anos em grande parte devido à expansão do crédito nos mercados emergentes, afirma um estudo do Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos maiores bancos do mundo. No Brasil, as dívidas também cresceram, mas ainda seguem em níveis abaixo da média dos emergentes.

A estimativa do IIF é de que os passivos das famílias na economia mundial aumentaram em US$ 7,7 trilhões desde a crise financeira de 2008 até este ano, dos quais US$ 6,2 trilhões vieram dos mercados emergentes, atingindo níveis "preocupantes" em alguns países, sobretudo Tailândia, Coreia do Sul, Malásia e China.

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O Brasil é citado como um país que teve expansão do crédito para pessoa física nos últimos anos, mas ainda com nível baixo na comparação com outros mercados. O IIF menciona, porém, que as dívidas das pessoas físicas têm crescido no Brasil nos últimos anos em ritmo maior que a renda das famílias e que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

No País, o endividamento das famílias subiu desde a crise financeira mundial 12 pontos porcentuais, para 25% do PIB, valor abaixo de outros emergentes com níveis mais preocupantes de passivos nas pessoas físicas. Na China, houve um salto neste tipo de endividamento de 35% do PIB em 2007 para quase 60% em 2015. Na Coreia do Sul, alcançou 84% do PIB. Na Malásia e na Tailândia, as dívidas subiram para 70%. Em média, nos emergentes, o porcentual está em 32% do PIB e nos países desenvolvidos fica ao redor de 75%.

O nível de dívida das famílias brasileiras representa 46% da renda disponível, enquanto na Coreia chega a 165% e na Malásia, em 145%. Entre os países desenvolvidos, no Canadá, os passivos atingiram 153% da renda pessoal e na Suécia, 170%. O Brasil é o décimo emergente com maior nível de endividamento por pessoa física, em ranking liderado por Coreia, Malásia e Republica Tcheca. Os passivos médios nos emergentes por indivíduo somam US$ 3 mil, aumento de 120% ante a média de 2007.

A expansão do endividamento das pessoas físicas na economia mundial se deu em ritmo mais lento que o das empresas e dos governos nos últimos anos. Mas mesmo assim o IIF alerta os governos sobre os riscos desses passivos. A dívida das famílias soma US$ 44 trilhões, incluindo os países emergentes e os desenvolvidos.

O aumento dos juros nos Estados Unidos, que pode ocorrer já no mês que vem, deve encarecer o custo do crédito na economia norte-americana, além disso, o crescimento mais fraco da economia mundial e a queda dos preços dos imóveis podem afetar as finanças das pessoas físicas ao redor do mundo.

A piora da situação financeira das famílias pode comprometer bancos, por meio do aumento da inadimplência, e afetar negativamente o mercado de consumo, contribuindo para que o ritmo da atividade econômica permaneça fraco. "As autoridades precisam monitorar o acúmulo do endividamento das famílias para tomar as medidas prudenciais oportunas de modo a evitar que a dívida chegue a níveis insustentáveis", afirma o documento.

Nos países desenvolvidos, as dívidas das famílias tiveram até redução em alguns mercados no pós-crise financeira internacional. Em economias como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Irlanda, ocorreu uma desalavancagem no endividamento. Mesmo assim, o IIF estima que o passivo das famílias cresceu US$ 1,5 trilhão no primeiro mundo desde 2007, puxado por países como Suécia, Austrália e Canadá.

Nos EUA, houve redução sobretudo dos financiamentos de imóveis, ou hipotecas, ao mesmo tempo em que cresceu o empréstimo para estudantes e o crédito para a compra de veículos aumentou para níveis recordes, incluindo o avanço de financiamentos para pessoas de risco mais alto, ou "subprimes". Foi o avanço dos financiamentos imobiliários para esse público de maior risco que desencadeou a crise de 2008 nos EUA.

O endividamento de empresas brasileiras cresceu rápido e atingiu nível preocupante, afirma o Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, em uma análise do aumento do endividamento nos países emergentes divulgada ontem.

"Em particular, países como China, Cingapura, Turquia, Brasil e Rússia viram as dívidas corporativas aumentarem muito rapidamente para níveis preocupantes", afirma o IIF. No geral, os passivos das empresas nos emergentes subiram de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) para 85% nos últimos sete anos. Muitas companhias aproveitaram os juros próximos de zero nos países desenvolvidos para captar no mercado internacional.

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Em um cenário de baixo crescimento econômico e da elevação de juros nos Estados Unidos, que pode ocorrer ainda este ano, o IIF prevê que muitas empresas de países emergentes podem ter de reestruturar suas dívidas. Taxas mais altas no mercado norte-americano encarecem os custos de novas captações e de refinanciamento dessas dívidas. Além do IIF, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já emitiu alertas recentes sobre o aumento dos passivos corporativos nos países emergentes.

Risco

O IIF destaca que não foram apenas os passivos das empresas que aumentaram muito nos últimos anos. As dívidas dos países também cresceram, o que aumenta o risco de default, destaca o relatório, que lembra a complicada situação da Grécia e menciona ainda potenciais problemas na Ucrânia e em Porto Rico, território no Caribe que pertence aos Estados Unidos e que já avisou que não tem como honrar uma dívida de US$ 72 bilhões.

O desafio de empresas e de governos será lidar com um endividamento alto em um ambiente de baixo crescimento econômico, de acordo com o instituto.

"É importante tirar as lições certas para se chegar a um quadro adequado para a reestruturação de dívidas que oriente ações dos governos e as expectativas do mercado e a correta precificação do risco", destaca o relatório.

A falha em lidar com essa questão pode aumentar a incerteza no caso de qualquer crise de dívida podendo ter impacto negativo nas perspectivas para a atividade econômica mundial.

O Brasil aparece no topo de novos rankings criados pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, para identificar os países mais vulneráveis entre os emergentes. No levantamento entre os mercados com a política econômica mais vulnerável, o País está em terceiro lugar, atrás apenas da Ucrânia e Argentina, de acordo com o levantamento da instituição.

O IIF desenvolveu um mapa para medir a vulnerabilidade dos emergentes, formado por três índices - vulnerabilidade externa, doméstica (setor real e financeiro) e de política econômica (credibilidade e estabilidade política). Além de estar em terceiro na ranking de vulnerabilidade de política econômica, o Brasil está em segundo lugar, atrás da Turquia, no levantamento de vulnerabilidade doméstica, por causa do risco trazido pelo crescimento do endividamento em moeda estrangeira de empresas e nos passivos dos bancos. No ranking de vulnerabilidade externa, liderado por Turquia e Ucrânia, o Brasil está em melhor posição, por ter volume alto de reservas internacionais, e figura como um dos menos vulneráveis, junto com Chile, México e Tailândia.

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"A vulnerabilidade dos emergentes permanece em foco desde meados de 2013", ressalta o IIF, citando que foi naquele momento que o Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) pela primeira vez sinalizou que mudaria a política monetária do país. Em tempos de maior aversão ao risco, os investidores aumentam a diferenciação entre os emergentes, baseados no grau de vulnerabilidade de cada mercado.

No Brasil, a inflação persistentemente acima da meta e a deterioração de indicadores fiscais estão entre as razões que explicam porque o País tem um índice alto de vulnerabilidade, de acordo com o IIF. Quando os investidores estrangeiros aumentam a diferenciação entre os emergentes para tomar decisões de alocação de recursos, a vulnerabilidade alta pode ser um problema, diz o IIF.

"Países onde crescentes tensões políticas internas ameaçam a gestão prudente da política macroeconômica, como o Brasil e Turquia, sofreram grandes oscilações de preços", ressalta o IIF no estudo. Na medida em que o Fed se aproxima do momento de elevação dos juros, os países mais vulneráveis podem ficar nos holofotes e ser novamente os mais afetados, afirma o IIF, como já ocorreu em meados de 2013.

Dívidas em dólar

O IIF ressalta que alguns emergentes, que têm tido elevação das taxas de juros, terão também que lidar no futuro próximo com juros maiores nos EUA. Nesse ambiente, surge outra preocupação: as dívidas em moeda estrangeira de empresas e bancos, que aumentaram muito desde a crise global de 2008. Os juros maiores, junto com a forte depreciação de moedas de alguns emergentes, aumentam o temor de que as companhias podem ter dificuldade para honrar os serviços da dívida ou cumprir os pagamentos dos passivos.

O real brasileiro foi a divisa que mais se desvalorizou, apesar dos juros altos no Brasil e da relativa menor vulnerabilidade do País pelo lado externo, afirma o IIF. Por isso, em um documento anterior sobre o Brasil, o IIF enfatiza que o ajuste fiscal é "essencial" para garantir a melhora do ambiente econômico.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reconhece que as recentes medidas econômicas pressionarão a inflação de curto prazo para cima. As perspectivas de médio e longo prazos, porém, serão positivamente influenciadas pela maior confiança nas perspectivas econômicas do País. Por isso, Tombini repetiu a afirmação de que as previsões do mercado para a inflação entre 2016 e 2019 já começam a apresentar sinais de acomodação.

Durante seminário organizado pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), Tombini foi o principal convidado de um almoço-palestra. Aos presentes, o brasileiro reconheceu que as medidas econômicas adotadas pelo governo Dilma Rousseff têm impacto negativo nos índices. "Ações como o realinhamento nos preços administrados geram inflação no curto prazo", disse. "Além disso, também há o impacto do câmbio entre o dólar e o real", completou, ao comentar as razões para a pressão de alta nos preços no curto prazo.

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Apesar desse movimento negativo, o presidente do BC repetiu discurso feito em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, de que as perspectivas para a inflação de médio e longo prazo começam a emitir sinais positivos. Aos presentes no evento do IIF, Tombini disse que as previsões de mercado entre 2016 e 2019 têm apresentado "modesta" queda. Essa acomodação dos preços mais à frente é resultado da confiança gerada com as ações de política fiscal e com a melhora das perspectivas econômicas do País.

Tombini participou de evento do IIF paralelo à reunião de ministros de economia e presidentes de banco central das 20 maiores economias do mundo, o G-20, que acontece em Istambul, na Turquia.

Convencer autoridades internacionais de que o Brasil está adotando medidas corretas para restaurar a confiança é a principal meta do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na reunião das 20 maiores economias do mundo que acontece a partir desta segunda-feira (9), na Turquia. Para Tombini, as medidas fiscais adotadas pelo governo são importantes para reforçar a confiança, o que poderá permitir o aumento do investimento e redução das expectativas futuras de inflação.

"Primeiro de tudo, eu tenho a ambição de convencer vocês que temos a agenda certa para melhorar a confiança no Brasil nos próximos anos e de que as políticas que estamos implementando hoje irão criar uma melhor perspectiva econômica para o médio prazo, começando em 2016", disse Tombini durante seminário do Instituto Internacional de Finanças (IIF), evento paralelo à reunião de ministros de economia e presidentes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo, o G-20.

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Ao ser questionado sobre as perspectivas econômicas para 2015, o presidente do BC usou palavras do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e chancelou a previsão de que o Brasil deve ter crescimento próximo de zero em 2015. "Como o ministro Levy disse, esse ano (o crescimento) tende a ser estável (flat, em inglês), disse.

A presidente reeleita, Dilma Rousseff, terá de reconquistar a confiança dos investidores e consumidores e criar um ambiente mais favorável ao crescimento econômico, afirmou o Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo ao avaliar as eleições brasileiras. "Isso requer uma mudança na direção da política econômica para longe da intervenção do Estado na economia", informa um documento do IIF.

O instituto, com sede em Washington, sugere a adoção de uma política fiscal mais dura por Brasília. Outra recomendação é de que o banco central brasileiro seja mais independente para conduzir a política monetária. "Recuperar a confiança pode ser uma batalha difícil para o segundo governo Dilma", segundo o documento do IIF, destacando que empresários culpam a presidente pela situação atual da atividade econômica brasileira, desaquecida e sem investimentos.

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O Brasil, de acordo com o IIF, está preso em um ambiente de crescimento abaixo do potencial e com inflação alta. Recentemente, o IIF rebaixou suas previsões para a alta do Produto Interno do Bruto (PIB) do País em 2014 e 2015. Para este ano, a instituição espera um avanço de apenas 0,1%, um dos menores patamares entre os principais países emergentes. Para o ano que vem, a previsão é de expansão de 1,1%.

Caso o candidato do PSDB, Aécio Neves, tivesse ganhado nas urnas no domingo, 26, o IIF avalia que os índices de confiança de empresários e consumidores já melhorariam, tornando mais fácil para o mineiro ajustar a política econômica e recuperar o crescimento.

No começo de outubro, em uma outra análise sobre o Brasil, o IIF afirmou que os investidores estrangeiros estão esperançosos por mudanças após as eleições. Se Dilma falhar em adotar uma política econômica mais amigável ao mercado e que reaqueça a atividade, a paciência dos investidores pode ser colocada em cheque e o Brasil ficará mais vulnerável ao aumento da aversão do risco que paira na economia global.

O Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, prevê que o dólar pode continuar forte e se valorizar nas próximas semanas, principalmente em relação às moedas de países emergentes como o Brasil. O real foi a divisa que mais perdeu valor ante o dólar desde o fim de agosto até agora, de acordo com um relatório do Instituto.

A pressão para novas altas do dólar pode vir de mudanças nas expectativas dos investidores sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai elevar as taxas de juros, destaca o IIF. O relatório da instituição ressalta que o comunicado da última reunião de política monetária dos dirigentes do BC norte-americano mostrou continuidade por "tempo significativo" dos juros próximos de zero, mas o que preocupa é a previsão divulgada para as taxas em 2015 e 2016, mais fortes so que o esperado.

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"A diretoria do Fed sinaliza agora um aperto em ritmo mais rápido do que o mostrado em junho e ainda muito mais intenso do que quando a redução das compras de ativos foi anunciada, em dezembro", comentam os economistas do IIF. A mediana das projeções de juros dos dirigentes do Fed estava em 0,75% para o final de 2015 na reunião de dezembro de 2014. No encontro deste mês, subiu para 1,37%. Para 2016, aumentou de 1,75% para 2,87% no mesmo período de comparação.

Os economistas do IFF ressaltam que, em um cenário de maior incerteza, a volatilidade nos mercados de câmbio e juros aumentou nas últimas semanas, depois de alguns meses de calmaria nos mercados. O real brasileiro se desvalorizou em quase 7% em relação ao dólar desde o final de agosto até agora, a maior queda entre as moedas de emergentes. África do Sul e Colômbia aparecem em seguida. As únicas divisas destes países que se valorizaram foram o yuan da China e a moeda da Ucrânia.

Eleições

No geral, as moedas de emergentes caíram 5% ante o dólar este mês, nível menor do que em outros momentos de maior estresse nos mercados internacionais. Mas o IIF destaca que os dados de cada país mostram números mais discrepantes, com os mais vulneráveis sofrendo mais. No caso brasileiro, o relatório ressalta que, além do fortalecimento do dólar por causa do cenário externo, o real tem se enfraquecido também por causa das incertezas em relação às eleições presidenciais.

O mês de setembro vem sendo marcado por um aumento da aversão ao risco, destaca o IIF, que atribui a maior cautela dos investidores a vários fatores. O principal é a expectativa de alta de juros nos Estados Unidos, mas a piora da tensão no Oriente Médio e na Ucrânia e o referendo da Escócia também contribuíram. As bolsas mundiais já caíram 3% este mês, puxadas pelas ações de empresas de países emergentes, com perda média de 6%.

O diretor-gerente do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), Charles Dallara, acredita que um pedido de socorro da Espanha à União Europeia não só beneficiaria o país, mas também a Europa.

Em entrevista ao jornal El País, Dallara afirmou que o pedido de socorro da Espanha aumentaria a confiança, acionaria o programa de compra de bônus do Banco Central Europeu (BCE) e reduziria os custos do financiamento do governo espanhol e das companhias do país.

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"Eu acho que, ao invés de olhar para o pedido de socorro como um revés para este governo, o pedido deveria ser visto como um reconhecimento do que foi feito até agora", ressaltou Dallara. Ele disse que não acha que o pedido de socorro viria com condições duras, visto que a Espanha já implementou medidas de austeridade fortes, segundo o jornal.

Além disso, Dallara afirmou que, embora apoie a iniciativa de criar um "banco ruim", não estava claro para ele qual o papel que o bancos assumirão na nova instituição e se farão parte do capital do banco formado por investidores privados. "É importante proteger a integridade do sistema financeiro como um todo sem infectar bancos saudáveis com a fraqueza de alguns bancos de poupança", declarou o diretor do IIF. As informações são da Dow Jones.

Um "forte default" (calote) da dívida soberana da Grécia teria "destruído a base de capital do Banco Central Europeu (BCE)", afirmou neste sábado Charles Dallara, diretor-gerente do Instituto Internacional de Finanças (IIF), no âmbito da reunião do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo).

Isso porque, segundo ele, a exposição direta do BCE à dívida grega equivale a cerca de 200% de sua base de capital. Mas Dallara considerou o BCE "a instituição financeira mais importante da Europa" e descreveu seus esforços para lidar com a crise de dívida como "vitais."

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Dallara também considerou o último programa de resgate da Grécia como algo que "abrirá uma fase nova e mais confiante na maneira de lidar com os problemas da dívida da zona do euro." O programa "deve abrir caminho para uma renovação econômica", disse. As informações são da Dow Jones.

O principal negociador dos credores privados da Grécia deixou o país neste sábado, mas as conversações com o governo sobre um haircut (desconto) na dívida continuarão por telefone, disse uma fonte do Ministério das Finanças do país. O diretor-gerente do Instituto para Finanças Internacionais (IIF), Charles Dallara, que está representando os bancos e instituições financeiras que detêm bônus gregos, voou para Paris, segundo a fonte.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Alemanha estão pressionando os credores privados para que aceitem um cupom médio inferior a 4% nos novos bônus que a Grécia emitirá após o haircut de 50% sobre sua dívida, afirmaram fontes com conhecimento do assunto.

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A Grécia estavam "a um passo" de firmar um acordo com os credores privados ontem, durante as conversações em Atenas, quando as exigências alemãs e do FMI foram trazidas para a mesa, declarou uma fonte. "Nós estávamos discutindo questões técnicas e jurídicas que concordaram em princípio com um cupom médio de 4%, mas o FMI insiste que isso não será suficiente para trazer a dívida (da Grécia) de volta a níveis sustentáveis", disse.

O haircut de 50% vai diminuir a dívida da Grécia de € 360 bilhões em cerca de € 100 bilhões e faz parte de um segundo empréstimo de socorro da zona do euro para o país, que será de € 130 bilhões. Sem o empréstimo, a Grécia não será capaz de pagar € 14,4 bilhões en bônus que vencem em março, podendo tornar-se o primeiro membro da zona do euro a declarar default.

Os ministros das Finanças da zona do euro deverão discutir um novo pacote de socorro em uma reunião em Bruxelas na segunda-feira, desde que haja acordo nas negociações do haircut. As informações são da Dow Jones.

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