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Enquanto a Itália lida com um número recorde de imigrantes que fazem a viagem arriscada através do Mediterrâneo para chegar à costa da Europa, o país também registra um número recorde de pedidos de asilo político, lotando os centros de detenção de migrantes com supostos refugiados na esperança que alguns de seus casos sejam aceitos.

Durante anos, os refugiados muitas vezes usavam a Itália como porta de entrada para países no Norte da Europa, onde as comunidades de imigrantes mais estabelecidos oferecem melhores oportunidades de emprego.

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Mas a agência de refugiados da ONU informou esta semana que o número de pedidos de asilo apresentados na Itália aumentou 148% em 2014 em relação ao ano anterior, superando de longe o recorde de 2011, quando cerca de 40 mil pessoas solicitaram asilo no país na esteira da Primavera Árabe.

Ao todo, cerca de 63,7 mil pessoas pediram asilo na Itália em 2014, fazendo com o país fosse superado apenas por Alemanha, EUA, Turquia e Suécia, de acordo com um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para o Refugiados. Deste total, 9,8 mil dos pedidos são do Mali, cujos cidadãos lideraram as solicitações de asilo na Itália em 2014.

"Quando eu penso sobre minha situação, eu quero chorar, porque eu não tenho dinheiro e nem mesmo as roupas que uso são minhas", disse Landing Sono, um jovem de 25 anos que está no abrigo para imigrantes Umberto I, em Siracusa, na Sicília.

Ele é um dos 195 homens africanos abrigados no centro de imigrantes. Todos eles vivem o mesmo dilema: são livres para sair e caminhar ao redor da cidade, mas se fugirem antes de ter uma audiência para solicitar asilo, eles vão perder a chance de obtê-lo em outros lugares do país.

Lamin Beyai, de Gâmbia, fica no centro de imigração o dia todo à espera de uma audiência para solicitar asilo. "Não é fácil ter de voltar para o mar para chegar a outro lugar, lá tudo pode acontecer. Só Deus pode salvá-lo", disse. Fonte: Associated Press.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu que a Corte Federal permita a implementação do plano de imigração do Departamento de Segurança Nacional, que foi temporariamente bloqueado pelo juiz federal do Texas Andrew Hanen. O programa vai permitir que cerca de quatro milhões de pessoas que estão ilegalmente no país possam pedir autorizações de trabalhos e terem suas deportações adiadas.

Semana passada, o juiz Hanen bloqueou a implementação em resposta a uma ação judicial movida por 26 estados que alega que o presidente Barack Obama ultrapassou sua autoridade executiva ao criar o programa, anunciado em novembro de 2014.

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Nesta segunda-feira, o governo americano entrou com um recurso contra a decisão do juiz no Quinto Circuito da Corte de Apelações, em Nova Orleans. A batalha judicial possivelmente vai chegar até a Corte Suprema americana.

Se a liminar for concedida, o governo vai continuar preparando o terreno para concretizar o programa de Ação Diferida para Pais de Americanos e Residentes Permanentes Legítimos. Em declaração na semana passada, o governador do Texas, Greg Abbott, do Partido Republicano, disse que o juiz Hanen deve negar o pedido. "Uma liminar é geralmente concedida para manter o status quo. Aqui, o status quo é a lei de imigração aprovada pelo Congresso, não uma ação executiva do presidente que quer reescrever a lei de imigração", disse. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (13) emendas que anulam o novo programa de imigração do presidente Barack Obama, anunciadas em novembro do ano passado. O projeto precisa passar agora pelo Senado.

Os vetos foram aprovados como emendas a um projeto que trata do orçamento do Departamento de Segurança Interna dos EUA. Ele passou por 237 votos favoráveis e 190 contra.

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O movimento é um reflexo do fortalecimento dos republicanos, que se tornaram maioria nas duas casas na última eleição. O partido se opõe fortemente às políticas de imigração de Obama, que regulariza provisoriamente a situação de cerca de 4 milhões de imigrantes ilegais.

Eles também derrotaram o projeto que dá estende a permanência de cerca de 600 mil imigrantes ilegais que chegaram ao país quando crianças. Os republicanos afirmam que os decretos de Obama eram inconstitucionais.

Os republicanos da Câmara acreditam que o Senado pode rejeitar essa manobra e possivelmente obrigá-los a aprovar o projeto sem as emendas relacionadas à imigração. Mesmo que seja aprovada na segunda casa, Obama deve vetar a lei.

A relutância do Senado em aprovar as emendas de imigração acontece porque elas pegaram "carona" justamente no projeto que trata do orçamento do Departamento de Segurança Interna, que ganhou importância renovada depois dos atentados à Paris, na semana passada. A pasta ficará sem dinheiro à partir do final de fevereiro. Fonte: Associated Press.

A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) prendeu, na manhã da quarta-feira (14), no bairro de Piedade, em Jabotão dos Guararapes, o empresário italiano Mirco Folli, de 45 anos, que era procurado da Interpol desde 2012. Mirco é acusado de favorecer a imigração clandestina e exploração da prostituição, além de porte ilegal de arma de fogo e crime financeiro, tendo recebido uma pena de dez anos e sete meses de reclusão.

Com um visto permanente de trabalho, o italiano veio para o Brasil em março de 2004. Ele era dono de uma pizzaria no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, e também trabalhava como tesoureiro na Federação Pernambucana de Rugby.

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De acordo com a PF-PE, Mirco foi preso em sua residência e em nenhum momento reagiu à prisão.  Em conversa com a polícia, o imigrante se disse surpreso pois teria voltado à Itália há três anos para o enterro do pai sem ter sofrido nenhum tipo de impedimento.

Não há informações de que o italiano tenha se envolvido em atos ilícitos ou cometido algum crime no Brasil. Mirco foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel) onde ficará à disposição do Supremo Tribunal Federal para futuramente ser extraditado à Itália.  

A prisão foi realizada pela Representação Regional da Interpol da PF-PE. Esta é a primeira prisão realizada em Pernambuco pela representação.

Com informações da assessoria

O posicionamento do presidente dos EUA, Barack Obama, em relação à imigração pode expandir a força de trabalho do país e aumentar a produtividade, de acordo com um relatório da Casa Branca, que estima que a média de salários cresceria durante um período de dez anos. Os críticos do presidente e até alguns aliados trabalhistas contestam essa informação.

O Conselho de Assessores Econômicos de Obama prevê que, como resultado de suas ações administrativas, o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano crescerá US$ 90 bilhões, ou 0,4%, em dez anos, e os salários teriam um aumento de 0,3% até 2024. As medidas de Obama podem impedir que cerca de 5 milhões de imigrantes ilegais dos EUA sejam deportados e pode torná-los aptos a trabalhar no país.

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O relatório pretende conter críticas como as do senador Jeff Sessions, o líder republicano do Comitê de Orçamento do Senado, que afirma que os movimentos de Obama reduziria os salários e os empregos para os trabalhadores americanos. Richard Trumka, presidente da maior federação trabalhista americana, também diz que o esforço de Obama para fornecer vistos temporários poderia diminuir os salários no setor de alta tecnologia.

Economistas da Casa Branca afirmaram que um aumento da imigração altamente qualificada "seria capaz de elevar os ganhos anuais reais de graduados nativos em 0,4% até 2024".

Uma análise do apartidário Escritório de Orçamento do Congresso, realizada no ano passado, constatou que um projeto de lei de imigração abrangente reduziria todos os salários em uma média de 0,1% ao longo dos dez primeiros anos. Entretanto, o estudo apontou também que os salários subiriam 0,5% em 2033.

Economistas da Casa Branca afirmaram que a queda dos salários prevista no relatório se deu por considerarem remunerações mais baixas para os trabalhadores imigrantes. Eles também disseram que uma das medidas de Obama seria aumentar a base tributária em bilhões de dólares por causa de dois terços dos imigrantes ilegais nos EUA que trabalham, mas não pagam impostos.

De acordo com a proposta de Obama, os imigrantes que procurarem proteção contra a deportação irão receber uma autorização de trabalho de três anos que os obrigará a pagar os impostos federais, estaduais e locais. Fonte: Associated Press.

Os passageiros de voos internacionais que passam pelo Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), poderão testar um novo mecanismo de leitura de passaporte. Ao invés das convencionais cabines da Polícia Federal onde o documento é inspecionado, o passageiro usará um portão eletrônico, também conhecido como e-gate.

Ao todo, a concessionária do aeroporto, GRU Airport, instalou 16 e-gates que são operados pela PF e estão sendo usados em fase de testes. O delegado-chefe da PF no aeroporto, Wagner Castilho, conta que o equipamento faz a leitura do chip contido nos passaportes.

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“O chip tem muito mais informação do que as que estão na caderneta. Estão acumuladas tanto as informações cadastrais e como as biométricas”. Com os dados, o equipamento faz dois tipos de leitura: autenticidade do documento e características físicas do passageiro.

A primeira avalia a autenticidade do material e os dados cadastrais. “Se for materialmente autêntico, com os itens de segurança ativos, o portão se abre. Se não abrir por algum motivo, um policial vai verificar a ocorrência”. Depois, a máquina faz a leitura da biometria do passageiro verificando dados como cor do cabelo, altura, cor dos olhos e comparando com a foto e os dados contidos no chip.

As informações são cruzadas também com os bancos de dados usados pela Polícia Federal, inclusive o da Interpol. “Se o passageiro não tem restrição em nenhum banco de dados, a porta abre”, explica o delegado. Caso o portão permaneça fechado por alguma irregularidade nos dados, um agente será alertado.

Hoje no Brasil, mais de sete milhões de passaportes já possuem o chip. A expectativa é de que até 2016, todos contenham a tecnologia. Os estudos sobre o uso do e-gate começaram há cinco anos. Castilho conta que além de acompanhar o uso do equipamento em outros países, a corporação também fez diversos testes antes da utilização com passageiros. “Na América Latina somos pioneiros. Existe um padrão, especificidades que devem ser cumpridas pelo equipamento. Esse é um equipamento de ponta”.

Segundo a PF, o aeroporto de Guarulhos recebe cerca de 12 milhões de passageiros para voos internacionais por ano. O sistema será usado apenas por brasileiros maiores de 18 anos. Para os menores, o trâmite atual permanece por questões de segurança, já que é necessário apresentar uma autorização para a viagem.

A concessionária GRU Airport acredita que o uso do e-gate vai reduzir o tempo de permanência do passageiro em filas de 3 minutos para 30 segundos e que até o dia 2 de janeiro o recurso passe a fazer parte da rotina e atenda a todos os passageiros do aeroporto. Apesar do uso do e-gate, as cabines da Polícia Federal não serão dispensadas e continuarão funcionando e atendendo as pessoas que não possuem o passaporte com chip.

O ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, afirmou que para aumentar a produtividade da economia, seria fundamental o Brasil ter uma política de imigração. "Não tem outra saída a não ser importar mão-de-obra. Somos um país de imigrantes. Só não faz porque os sindicatos não querem", destacou.

"Estamos perdendo uma oportunidade de ouro. Poderíamos estar importando da Europa engenheiros, médicos, físicos. Quanto custou formar um engenheiro em Portugal? De US$ 1 milhão a US$ 2 milhões", disse. "O País deveria ter de 1,5 milhão a 2 milhões de imigrantes por ano. Essa gente seria absorvida, aumentaria a produtividade sem nenhuma tensão", afirmou. "O Brasil foi feito por nossos avós, que eram todos imigrantes. A abertura à imigração é muito boa e suspeito que uma boa parte do governo sabe que seria", ponderou.

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ajuda aos presidentes dos países da América Central, de onde vem a maioria das crianças e adolescentes que têm imigrado ilegalmente aos EUA, para reduzir o fluxo de menores. Obama também pediu a colaboração do congresso americano para a aprovar o pedido de verbas emergenciais para lidar com o problema.

"Eu espero que os congressistas não sairão de férias sem fazer algo para ajudar a resolver esse problema", disse. "Nós precisamos de mais ação e menos palavras."

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Obama e o vice-presidente Joe Biden encontraram nesta sexta-feira com os presidentes da Guatemala, Honduras e El Salvador.

O líder dos EUA disse que os países precisam conter o fluxo de menores em direção aos Estados Unidos porque os jovens estão se colocando em perigo ao fazer a travessia ilegal pela fronteira com o México.

Obama disse ainda que os EUA poderiam estabelecer um limite para o programa de refugiados da América Central, permitindo que as pessoas se candidatassem a um visto de entrada ao país sem ter que fazer a travessia ilegal, considerada muito perigosa. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O presidente Barack Obama convocou líderes da América Central à Casa Branca para discutir o crescente número de imigrantes que entram nos EUA de modo ilegal. O início da reunião está marcado para as 13h (de Brasília).

A administração Obama considera criar um programa piloto para considerar como refugiadas as crianças de Honduras que cruzam ilegalmente a fronteira, disseram funcionários do governo. O plano envolveria avaliar os jovens ainda no seu país natal para determinar se eles se qualificam para o status de refugiado. Posteriormente, o projeto pode ser ampliado para abrigar outros países da América Central, como El Salvador e Guatemala.

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O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, disse em Washington não ter ouvido sobre o plano, mas esperar que ele seja anunciado nesta sexta-feira. Ele declarou que Honduras, Guatemala e El Salvador buscam uma abordagem conjunta e querem uma solução de proporções iguais.

Além de Molina, Obama também se reunirá com o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, e o presidente de El Salvador, Sánchez Cerén.

O Congresso dos EUA também avalia o pedido de Obama por fundos emergenciais e autoridade adicional para enviar crianças desacompanhadas de volta a seus países de modo mais rápido. No entanto, parece improvável que os republicanos e democratas resolvam as diferenças antes do recesso anual de agosto no Congresso.

Desde outubro, mais de 57 mil menores desacompanhados cruzaram a fronteira para os EUA. A maior parte desse número é de pessoas de Honduras, Guatemala e El Salvador, três países que se tornaram umas das regiões mais violentas do mundo nos últimos anos. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco pediu "intervenção urgente" para proteger o número crescente de crianças e adolescentes que imigram sozinhos para os Estados Unidos. O pontífice disse nesta terça-feira (15) que é preciso fazer campanhas sobre os perigos das travessias ilegais e adotar "novas formas de imigração legal e segura".

Dezenas de milhares de crianças cruzaram as fronteiras norte-americanas nos últimos meses, pressionando o governo americano. O papa leu a mensagem em uma conferência sobre imigração patrocinada pelo Vaticano e sediada na Cidade do México, chamando atenção para os jovens imigrantes que fogem da "pobreza e da violência".

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Desde outubro, mais de 57 mil menores desacompanhados foram detidos pela imigração dos Estados Unidos. A maioria deles vêm de Honduras, Guatemala e El Salvador. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (30) que não vai mais esperar por republicanos no Congresso e irá mover por conta própria para fazer mudanças na política de imigração, o que tem sido uma prioridade em segundo mandato de sua presidência.

Obama disse que vai reorientar a fiscalização da imigração na fronteira com o México, que tem visto uma onda de crianças que cruzam ilegalmente vindos de países da América Central. Isso significa realocar recursos para aumentar a segurança e continuar a deportar pessoas que fazem a travessia e aquelas que representam uma ameaça para a segurança pública e nacional.

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"Eu somente posso tomar uma ação executiva quando temos um problema sério, e nós estamos diante de um problemas sérios e o Congresso escolhe não fazer nada", disse o presidente. "E, diante desta situação, a falha de republicanos para a aprovação dessa lei é ruim para a nossa segurança, para a nossa economia e para o nosso futuro."

Obama disse que decidiu ignorar o Congresso depois que o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, ter informado na semana passada que a Casa não votaria uma reforma na lei de imigração neste ano.

Contrariado, Obama disse que há republicanos e democratas o suficiente na Câmara dispostos a aprovar a lei de imigração e afirmou que ele assinaria. No Senado, a proposta foi aprovada no ano passado. Mas Obama disse ter esperado por mais de um ano para que Boehner tivesse espaço para agir.

A decisão do presidente ocorre em meio a uma série de casos de crianças desacompanhadas de países da América Central que estão tentando fazer sozinhas a travessia da fronteira do México para os Estados Unidos.

A decisão de Obama declara efetivamente que uma mudança na política de imigração via Congresso está encerrada neste ano, e talvez para o resto de sua administração. A alteração das leis de imigração e um mecanismo para fornecer um caminho para a cidadania para os cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais no país têm sido prioridades de Obama nesse seu segundo mandato.

Com a ação de hoje, Obama está instruindo o secretário do Departamento de Segurança Interna, Jeh Johnson, e o procurador-geral, Eric Holder, para apresentarem suas propostas para que ele possa tomar decisões sem a aprovação do Congresso até o final do verão. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Secretário de Segurança Nacional dos EUA, Jeh Johnson, declarou que a administração de Barack Obama está avaliando todas as ações possíveis para solucionar o problema do fluxo de imigrantes atravessando ilegalmente a fronteira no sul do Texas.

Em testemunho escrito para uma audiência no Comitê de Segurança Nacional da Câmara dos Representantes, Johnson detalhou mais de uma dezena de esforços já anunciados para ajudar a conter o problema. A audiência terá início às 11h00 (de Brasília).

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Desde o início do ano orçamentário, em outubro, agentes da Patrulha Fronteiriça apreenderam mais de 52 mil crianças imigrantes viajando sozinhas. Ao mesmo tempo, a administração está lidando com um aumento de mais de 30 mil adultos viajando com crianças, o que pressiona os recursos do departamento. Fonte: Associated Press.

Quase 45.000 imigrantes arriscaram suas vidas no Mediterrâneo para chegar à costa da Itália e de Malta, segundo um balanço publicado nesta terça-feira, em Genebra, pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

"É o número mais elevado desde 2008 se excluirmos 2011, o ano da crise líbia", afirmou um porta-voz da OIM.

Cerca de 42.900 imigrantes ilegais chegaram à Itália e outros 2.800 a Malta.

Entre os que chegaram à Itália, 5.400 eram mulheres e 8.300 menores, 5.200 dos quais não estavam acompanhados.

A maioria dos imigrantes (14.700) chegaram a Lampedusa e às águas próximas da costa siciliana, perto de Siracusa (14.300).

"Os números de migrações para a Itália mostram que cada vez há mais gente que foge da guerra e dos regimes opressores", afirmou José Ángel Oropoza, diretor do gabinete de coordenação da OIM para o Mediterrâneo.

A maioria dos imigrantes procediam da Síria, da Eritreia e da Somália.

Segundo o funcionário da OIM, "todos foram forçados a abandonar o país, e têm o direito de receber a proteção da lei italiana".

As chegadas prosseguiram no início de 2014.

No dia 24 de janeiro, 204 imigrantes foram resgatados por um barco italiano perto de Siracusa.

Nos últimos 20 anos, cerca de 20.000 pessoas perderam a vida tentando chegar à Itália.

Em 2013 o número de mortos chegou a 700, contra 2.300 mortos em 201'.

Doze imigrantes ilegais, entre eles quatro crianças, foram encontrados mortos nesta sexta-feira (14) e outros 15 foram resgatados com vida após um barco virar no oeste da Grécia, disseram autoridades.

O acidente ocorreu nas proximidades da costa de Lefkada, uma ilha no Mar Jônico. O

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Ministério da Marinha Mercante grego acredita que os imigrantes se dirigiam para a Itália, mas ainda não se sabe ao certo onde a viagem começou. A Grécia é uma rota de passagem para a imigração ilegal na União Europeia.

Segundo as autoridades, os passageiros estavam a bordo de um barco de plástico, que poderia estar sobrecarregado. Depois que a embarcação virou e afundou, algumas pessoas conseguiram nadar até a margem e pedir ajuda. Os sobreviventes foram levados a hospitais da região para observação. Fonte: Associated Press.

Quatro brasileiros barrados no Aeroporto Heathrow, em Londres, afirmam que foram humilhados por agentes de imigração. O grupo, três jogadores de futebol e um empresário, participaria de dois jogos beneficentes em um clube amador. O empresário é pastor e ministraria uma aula. Eles ficaram detidos em uma sala por 25 horas. Partiram na sexta-feira, 8, e nesta segunda, 18, estavam de volta a São Paulo.

Os jogadores Felipe Gil Moreira e José Carlos Viana Junior conseguiram o carimbo no passaporte para entrar no país. Enquanto aguardavam o empresário Amarildo Celestino Leão e Abner de Souza Vitor na área de retirada de bagagens, cinco policiais os detiveram. A dupla foi encaminhada até uma sala.

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Lá, todos alegaram ter uma carta-convite do clube onde iriam atuar, o Fire United Christian Football Club. "A carta foi rejeitada porque, segundo o agente da imigração, o inglês era muito fajuto. O documento foi assinado pelo presidente do clube", disse Leão.

Os brasileiros contam que foram ridicularizados quando tentavam falar em inglês. O maior constrangimento foi com Viana Junior. "Me fizeram defecar na frente deles para ver se eu tinha drogas na barriga." Um agente fez um risco com caneta em cima do selo da imigração dos passaportes carimbados.

O pai de Moreira, dono de uma escolinha de futebol em Santa Bárbara D’Oeste, no interior paulista, Aparecido Donizete Moreira, lamentou. "São pessoas de bem, sem passagem pela polícia, com passaporte certinho, não dá para entender". A cópia da notificação do Serviço de Imigração, entregue aos brasileiros, mostra que a prisão e a deportação são baseadas na Lei de Imigração e que os passageiros não tinham informações suficientes e confiáveis. A Embaixada Britânica em Brasília disse que solicitou informações, mas não costuma comentar processo de deportação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As autoridades sauditas lançaram uma campanha de repressão contra a imigração ilegal, um dia depois de expirar uma anistia que permitiu a regularização da situação de imigrantes ou a saída de quase um milhão de expatriados, principalmente asiáticos.

"Patrulhas policiais percorrem a partir desta segunda-feira todas as regiões do reino dentro de uma grande campanha de segurança contra os transgressores das disposições sobre residência e trabalho dos estrangeiros", declarou o porta-voz do ministério do Interior, Mansur al Turki.

O porta-voz acrescentou que esta campanha é destinada "aos estrangeiros que que se instalaram por conta própria, os que se encontram em situação irregular depois da expiração de seus vistos do Hajj (peregrinação a Meca), da Omra (pequena peregrinação) ou de visita, assim como os infiltrados".

Mais de quatro milhões de imigrantes ilegais aproveitaram a anistia para regularizar sua situação, enquanto que cerca 900.000 obtiveram um visto e partido do reino, segundo estimativas iniciais.

O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, pediu nesta terça-feira que os líderes da União Europeia adotem um plano de ação para lidar com os problemas de imigração na Europa. Os comentários de Letta foram feitos depois que dois barcos naufragaram recentemente, matando mais de 400 pessoas.

A Europa não pode apenas observar estas tragédias, disse Letta ao parlamento italiano, acrescentando que "espera uma ação imediata". O premiê pediu que a agência de fronteira da União Europeia, Frontex, ganhe mais força e que o programa de patrulha Eurosur seja implementado mais cedo do que o prazo de início de dezembro. Além disso, Letta fez um apelo para que os líderes que comparecerão a uma cúpula da UE nesta semana adotem um plano de ação.

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O Eurosur aproxima diferentes agências de patrulha de fronteira da União Europeia e ajuda-as a se comunicarem entre si e a trocarem informações de drones de vigilância e dados de satélite.

Letta também fez um apelo por um "diálogo com os países do mediterrâneo", de onde migrantes vem ou por onde eles transitam em suas jornadas para as fronteiras europeias.

A tragédia de "Lampedusa é uma questão europeia", afirmou o premiê, referindo-se à ilha italiana onde chegaram milhares de migrantes vindos do norte da África nesta ano.

Um barco que transportava requerentes de asilo majoritariamente da Eritreia pegou fogo e afundou perto da costa de Lampedusa em 3 de outubro, matando 364 migrantes, no pior desastre de refugiados da Itália.

Já no dia 12 de outubro, um barco com refugiados sírios naufragou em alto mar entre Lampedusa e Malta. Trinta e seis corpos foram recuperados, mas autoridades disseram que o número de mortos pode ser de 200 pessoas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um bote com 254 imigrantes sírios e egípcios, entre eles 94 menores, chegou neste domingo à Itália procedente do Egito, depois de uma longa viagem pelo Mediterrâneo. Os imigrantes foram resgatados a umas 150 milhas náuticas a sudeste de Sicília e levados em três lanchas para o porto siciliano de Siracusa.

Os imigrantes se encontravam amontoados em um bote pesqueiro, no qual entrava água por causa das más condições meteorológicas no Mediterrâneo, indicou a imprensa italiana. Este mês, mais de 500 imigrantes africanos e sírios morreram em dois naufrágios diante do litoral da Itália.

Mais de 32.000 imigrantes chegaram ao litoral da Itália e Malta ao longo do ano. Roma pediu mais ajuda à União Europeia, e quer que a questão seja abordada em uma cúpula de líderes do bloco esta semana, em Bruxelas.

Uma menina de 15 anos foi detida pela polícia na França e deportada para Kosovo na semana passada, segundo ativistas de direitos humanos. A jovem Leonarda Dibrani participava de uma viagem escolar com sua professora e alguns colegas quando os oficiais a abordaram.

A ação desencadeou protestos populares e manifestações negativas dentro do Partido Socialistas contra a campanha liderada pelo ministro do Interior, Manuel Valls, contra imigração ilegal. Atualmente, o partido encontra-se no poder sob o comando do presidente François Hollande.

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Valls confirmou que a estudante, que morava na cidade de Levier, foi expulsa da França juntamente com seus irmãos e pais em 8 e 9 de outubro. O ministro disse que estava aplicando a lei ao mesmo tempo em que observava "escrupulosamente" os direitos dos estrangeiros ilegais.

Outros políticos do partido acusam Valls de usar uma manobra populista. "Há a lei, mas também há valores aos quais a esquerda nunca deve abrir mão, correndo o risco de perder a sua alma", disse o presidente da Assembleia Nacional, Claude Bartolone.

O parlamentar Jerome Guedj disse que a política de Valls minou os valores da esquerda. "Não há nenhuma razão para esconder nossa indignação", disse o político em uma entrevista.

A briga pública destaca um dilema enfrentado pelo presidente François Hollande antes das eleições municipais e europeias do próximo ano: como manter contente sua maioria socialista no Parlamento enquanto contem um aumento do sentimento anti-imigração e a crescente popularidade do partido Frente Nacional, de extrema direita.

O malabarismo político de Hollande tornou-se mais difícil porque o seu próprio partido está longe de ser unido.

Em resposta ao que os analistas descrevem como a insatisfação movida pela crise econômica entre os franceses, Valls prometeu reprimir infração de leis por imigrantes.

Sob a sua autoridade, a polícia destruiu dezenas de acampamentos criados por pessoas de etnia roma de origem do leste europeu e por outros ciganos - incluindo cidadãos franceses. Centenas de imigrantes ilegais já foram deportados.

Valls disse que pediu uma revisão do caso de Dibrani.

Em reação à deportação da jovem, centenas de estudantes levantaram barricadas do lado de fora de suas escolas e marcharam pelas ruas de Paris em protesto. Em uma instituição secundarista da capital, os jovens empilharam latas de lixo em frente à entrada do edifício e penduraram um cartaz que dizia "Educação em Perigo". Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A Itália intensificará as patrulhas para deter a imigração ilegal em suas águas no mar Mediterrâneo. Lançado nesta segunda-feira o programa Mare Nostrum contará com radares, equipamentos de visão noturna, drones, helicópteros e cinco navios de guerra. A operação visa a intimidar contrabandistas de refugiados e evitar possíveis desastres como o acidente ocorrido este mês que causou a morte de centenas de pessoas de origens eritreia, somali e síria.

Nesta terça-feira, 290 imigrantes foram resgatados próximos à ilha de Lampedusa, extremo sul da Itália. Um barco de carga ainda ajudou a guarda costeira grega a salvar 73 sírios que estavam em um iate sem combustível no mar Jônico. Uma embarcação panamenha também pegou cerca de 80 pessoas que estavam à deriva no mar líbio e os levou até a Sicília.

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Os contrabandistas geralmente usam embarcações de pesca para carregar os refugiados que são deixados em pequenas jangadas próximas à costa para evitar o controle da guarda costeira.

A intensificação da patrulha marítima procura evitar que pessoas arrisquem suas vidas nessa perigosa travessia. Entretanto, especialistas dizem que essas medidas podem exacerbar a mentalidade de uma "Europa Fortificada", ainda mais com o crescente sentimento anti-imigrantes de algumas regiões.

A proximidade dos países do sul da Europa com o Norte da África já fez com que a Sicília decretasse estado de emergência.

Somente este ano, 32 mil pessoas chegaram à Itália e Malta em busca de ajuda, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). A maioria dos pedidos de asilo é feita na cidade de Lampedusa, onde o pequeno centro de refugiados está constantemente sobrecarregado.

Os governantes italianos pressionam para mudar a atual lei de asilo europeia, segundo a qual o imigrante deve permanecer no país em que primeiro chegou até ter sua permissão avaliada. Segundo eles, a proximidade geográfica com países em conflito faria com que o sul da Europa se tornasse o destino mais constante. Os países do norte justificam a manutenção da legislação dizendo que eles recebem os imigrantes na maioria das vezes após aceito o pedido de asilo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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